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DA ASSOCIAÇÃO COOPERAN
RESUMO
O presente estudo de caso visa avaliar a importância da reciclagem para a inclusão social,
através do trabalho de reciclagem na Cooperativa dos Catadores de Lixo - COOPERAN do
município de Palmas. O objetivo consiste na avaliação da gestão da cooperativa, assim como
propor medidas e ações a serem desenvolvidas, e na implantação de equipamentos de EPI’s
(equipamento de proteção individual) e de tecnologias em equipamentos de trabalhos,
melhoramentos da estruturação do prédio do empreendimento”. A implementação de
cooperativas é uma forma de trabalho em grupo, valorizando os princípios democráticos, a
participação do espírito de cidadania, da autonomia e, consequentemente, a inclusão social.
Muitos dos cooperados antes de se afiliarem a COOPERAN, se viam desempregados, sem
renda para o meio de sobrevivência e sustento em seus lares.
ABSTRACT
This case study aims to evaluate the importance of recycling to social inclusion through the
work of the Cooperative Recycling of Recyclable Trash - COOPERAN the city of Palmas.
The objective is to assess the management of the cooperative, and to propose measures and
actions to be developed, and deployment of equipment EPI (protective equipment) and
technology in equipment works, improvements to the building structure of the enterprise. The
implementation of cooperatives is a form of group work, emphasizing the principles of
democracy, the participation of the spirit of citizenship, autonomy, and thus social inclusion.
Many of the cooperative prior to affiliate will COOPERAN, found themselves unemployed,
without income for the livelihoods and living in their homes.
De acordo com Brasil e Santos (2004), reciclar é economizar energia, poupar recursos
naturais e trazer de volta ao ciclo produtivo o que é jogado fora. A reciclagem é um conjunto
de técnicas que tem como finalidade aproveitar os detritos e reutilizá-los no ciclo de produção
de que saíram. O retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem,
embora o termo já venha sendo utilizado popularmente para designar o conjunto de operações
envolvidas. O vocabulário surgiu na década de 1970, quando as preocupações ambientais
passaram a ser tratadas com rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo em
1973, quando os países do Oriente Médio descobriram que o petróleo é um bem não-
renovável e que, por isso, iria acabar algum dia. Foi quando reciclar ganhou importância
estratégica.
Muitas cidades do Brasil vêm adotando a reciclagem como uma das formas de diminuição da
poluição do nosso sistema terrestre no intuito de evitar danos a meio ambiente. E no
panorama visual fazendo com que haja menos desperdícios. Nesse contexto, entra a
reciclagem como alternativa sustentável do planeta pois, o material que se recolhe pode ser
reutilizado de várias maneiras, surgindo então os catadores de material reciclado.
A reciclagem, em um contexto geral, passa por grandes dificuldades, uma vez que a falta de
tecnologias e pessoas capacitadas dificultam o desenvolvimento desse processo. Para que se
desenvolva um sistema eficiente, as cooperativas necessitam de um planejamento, tecnologias
e pessoas capacitadas para o bom andamento das atividades de reciclagem.
Autores como Gardner (1996); Heller (1995); e Ribeiro (1994), dizem que o lixo constitui
uma preocupação ambiental mundial, especialmente em grandes centros urbanos de países
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subdesenvolvidos. Pouco se conhece sobre as repercussões da disposição desses resíduos a
céu aberto sobre a saúde humana e das práticas sanitárias da população, em relação a eles. A
geração do lixo, proporcional ao crescimento populacional, suscita uma maior demanda por
serviços de coleta pública, pois esses resíduos, se não forem coletados e tratados
adequadamente, provocam efeitos diretos e indiretos na saúde, além da degradação ambiental.
Assim, entende-se que o lixo torna-se um problema quando se encontra acumulado no
ambiente e é capaz de provocar incômodos, como mau-cheiro ou poluição visual; serve como
foco da presença de animais; provoca doenças em crianças e adultos; ou quando o poder para
a solução do problema desloca-se da esfera individual para ser uma questão coletiva e/ou
institucional. Entende-se que a discussão sobre as possíveis soluções para o problema do lixo
requer fóruns mais amplos de debate com a população, que ultrapassem os limites de
gabinetes governamentais e se aproximem cada vez mais da realidade local.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
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Para resolver o problema do lixo, algumas soluções podem ser enumeradas através do
Princípio dos Três Erres 3R’s - (ABREU, 2001; MANO; PACHECO e BONELLI, 2005;
VILHENA e POLITI, 2000).
A coleta seletiva é citada como uma alternativa para o problema do lixo, possibilitando
melhor reaproveitamento do papel, vidro, metal, plástico e matéria orgânica. Ela diminui o
volume de lixo que vai para os aterros sanitários, aumentando sua vida útil e evitando que as
prefeituras tenham de gastar dinheiro com a construção de novos aterros. Outro ganho para a
sociedade acontece quando os materiais recicláveis são encaminhados para centrais de
triagem, mantidas por cooperativas de catadores, que têm ali um trabalho mais digno do que
vasculhar materiais recicláveis pelas ruas ou em lixões (INSTITUTO AKATU, 2006).
O desenvolvimento mundial passa por uma desaceleração, com reflexos positivos ao meio
ambiente como um todo, pois as fábricas parando de funcionar, ou diminuindo seu
funcionamento, demandam menos matérias-primas, consomem menos energia e poluem
menos, ao mesmo tempo em que os consumidores aumentam o tempo de uso de suas coisas,
por economia, gerando menos resíduos. Porém, tal fato acarreta um imediato aumento de
mão-de-obra descartada, que engrossará uma excessiva fileira de desempregados (BAUMAN,
2004).
Essa crise, como qualquer outra, tem seus reflexos mais dramáticos entre os mais pobres. Por
conseguinte, está afetando significativamente os catadores de recicláveis, devido ao
desaquecimento da atividade de reciclagem, com a conseqüente diminuição da demanda por
matérias-primas. Com isso, o preço por tonelada dos diversos materiais (pode chegar a 70
diferentes tipos para a comercialização, segundo O Instituto Ethos). É uma Empresa de
Responsabilidade Social é uma organização sem fins lucrativos, caracterizada como Oscip.
(organização da sociedade civil de interesse público). Sua missão é mobilizar, sensibilizar e
ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as
parceiras na construção de uma sociedade justa e sustentável.A reciclagem no Brasil sofreu
forte queda, ameaçando assim a sobrevivência de milhares de pessoas). Segundo dados do
Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), com a crise as perdas
já ultrapassam 60%.(Outro fator que é preciso levar em conta) é o aumento significativo de
catadores individuais, que pode ser percebido nas ruas das grandes e médias cidades, também
é um fator que deve ser considerado.
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Segundo estimativas do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis
(MNCR), existem atualmente cerca de 800 mil catadores de material reciclável no país, sendo
responsável por 90% do processo de reciclagem. Segundo dados da Associação Brasileira de
Embalagens (ABRE), o Brasil reciclou, em 2005, 96% das latas de alumínio; em 2006, 51,3%
de PET e em 2007, 25,5% de tetrapack (embalagens longa vida). Isto mostra que, à exceção
do alumínio, muito ainda pode e deve ser feito para aumentar esses índices, e a participação
dos catadores pode ser fundamental na coleta dos resíduos domiciliares.
Devido à queda brutal no valor dos materiais, a manutenção do nível de renda só será possível
aumentando a capacidade de triagem, e o aumento do volume de material separado. Aí existe
um sério problema a ser considerado: a existência de empresas, contratadas pelas prefeituras,
para fazer a coleta do lixo, cujo destino ainda é o lixão (64% das cidades brasileiras ainda
destinam seus resíduos a lixões, segundo o Instituto Ethos, 2007). Isto faz com que os
catadores tenham que se anteciparem à passagem dos caminhões nos domicílios, a fim de
separar os resíduos antes da coleta, expediente que não se mostra eficiente em função da
grande quantidade de sacos a serem abertos, tendo como resultado a sujeira que é tão comum
de se ver nas ruas de cidades como o Rio de Janeiro.
Os contratos com as empresas de coleta são milionários (como aponta a notícia Aterro em
Paciência já não depende da Prefeitura, publicada em 11/10/2009, pelo jornal O GLOBO),
apenas para transladar todo o lixo doméstico para os lixões, onde novamente passará por uma
triagem, pelos catadores, que lá trabalham em condições subumanas, dados do Movimento
Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (estimam que 70% dos catadores trabalham
em lixões).
Diante de tantas dificuldades, e apesar de terem sua atividade reconhecida, com direito
inclusive há um dia nacional de comemoração (10 de dezembro), o poder de mobilização tem
conseguido avanços significativos em sua luta por condições e direito ao trabalho.
Recentemente, em reunião realizada em Brasília pelos ministros do Desenvolvimento Social,
das Cidades, do Trabalho, do Planejamento, da Previdência Social, dos Direitos Humanos,
Meio Ambiente, da Advocacia-Geral da União e o presidente da Caixa Econômica Federal,
ficou decidida a liberação de R$ 42 milhão, a fundo perdido, aos catadores de material
reciclável, dinheiro que deverá ser usado para a compra de máquinas e construção de galpões
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(O Globo em 20/1/2009: Lula libera Recursos para Catadores de Lixo Reciclável). No
entanto, resta saber quais critérios foram usados para que chegassem a esse valor, bem como
que critérios definirão os beneficiados por esses recursos.
Além disso, os catadores se submetem a situação de trabalho que podem comprometer a sua
segurança e saúde. Essa última questão merece ser mais bem estudada, bem como, conhecer o
perfil sócio-econômico desses trabalhadores.
Coleta Seletiva, Cooperativas e Reciclagem são assuntos que tomaram a mídia e de certa
forma se tornaram uma espécie de modismos. Sabemos porém que na verdade são assuntos
que tratam de uma outra realidade, de certa forma até bem distante da mídia. Trata-se de um
conjunto de ferramentas ambientais que na prática além de alavancar uma série de negócios
acaba por auxiliar, e muito no tratamento dos resíduos sólidos.Cooperativas Panorama
Mundial, a cooperação que, em todos os lugares responde à necessidade do ser humano. E na
verdade, um conceito universal. As cooperativas estão presentes em todos os países e em
todos os sistemas econômicos e culturais.
Segundo o relatório do Banco Mundial “seria difícil encontrar um sistema mais eficaz do que
o cooperativo para encorajar e estimular a participação ativa das populações, na realização de
programas de desenvolvimento”. O desempenho é o resultado efetivo que se obtém numa
determinada atividade ou função.
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Este resultado abordado nem sempre é simples de ser mensurado porque é fruto de pessoas,
portanto, é variável e depende de diversos fatores, desde conhecimento ou treinamento da
atividade até a satisfação em realizá-la.
Nesta escolha, entretanto, deve ser avaliado seu potencial. O comportamento é um conjunto
de atitudes que uma pessoa apresenta diante de diversos fatores que estão em seu ambiente. O
comportamento das pessoas numa cooperativa sofre muitas influências. Dentre elas, podemos
citar: o próprio modelo de gestão, a cultura pessoal e sua sintonia ou não com a cultura
organizacional, seu estado motivacional, seu papel e suas perspectivas dentro da cooperativa.
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esperado, identificar as possíveis falhas e os meios para melhorar o desempenho da
cooperativa.
3. MATERIAS E MÉTODOS
Inicialmente foi realizado levantamento bibliográfico, e em seguida visitas “in loco” (figura
01) e entrevista com o presidente do empreendimento no qual este estudo está sendo
desenvolvido (figura 02), sendo inserido questionário aberto (figura 03) . Nesse contexto, foi
avaliado todo o processo da gestão quanto à coleta, separação e organização do material
reciclável (figura 04) para posteriormente serem encaminhados às empresas interessadas na
compra do referido material, nos quais os dejetos são encaminhados e dispostos no Aterro
Sanitário do município. (Figura 01 a 07).
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Figura 02: Entrevista com o Presidente da Associação (COOPERAN)
Fonte: Foto no local.
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Figura 04 e 05 : Mapa da cidade de Palmas e do Estado do Tocantins
Fonte: http://images.google.com.br/images
Figura 06: Setor Industrial (de Palmas). E Localização do Empreendimento via Satélite
Fonte: Google Earth 2009
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A cooperativa existe desde 2004, e passou a ter sede própria a partir de fevereiro de 2009. De
acordo com os cooperados, a cooperativa conta com apoio de vários órgãos públicos e
privados, que contribuem com doação de materiais recicláveis, dentre eles o principal é o
papel, pois é o mais utilizado por esses órgãos. O local onde funciona a sede do
empreendimento é uma área doada pela Prefeitura. A cooperativa possui convênio com o
Banco do Brasil, que doou um caminhão e a construção do prédio onde funciona a
cooperativa. Contam ainda com a parceria da Caixa Econômica Federal, quando necessitam
de algum patrocínio para participarem de eventos, doando-lhes material de apoio.
A metodologia do sistema de gestão desenvolvido foi realizada através de uma entrevista com
o Presidente e aplicação de um questionário com perguntas abertas referentes a temas
relacionados à gestão de cooperativas de reciclagem.Os entrevistados foram os 10 cooperados
juntamente com o presidente da referida Cooperativa.
Outro grande desafio da Cooperativa é o aumento do preço de venda dos materiais recicláveis
como a cooperativa não está devidamente estruturada, a comercialização dos materiais
acontece através de atravessadores, que são pessoas ou empresas que compram esse material
para revenderem para as indústrias de reciclagem, impondo preços muito inferiores aos
praticados no mercado. Existe em Palmas uma empresa de pequeno porte que compra o
plástico para fabricação de sacolas recicladas, fator de grande importância para o município,
tendo em vista a diminuição dos plásticos no meio ambiente e os problemas ecológicos
decorrentes do mesmo. Para os cooperados a sensibilização e a conscientização contribuem
para a limpeza da cidade, e consequentemente para a diminuição dos problemas causados pela
proliferação de insetos causadores de doenças.
4.2 Doações
A Cooperativa recebe doações das diversas modalidades como: móveis descartados pela
comunidade, os quais são vendidos às empresas que necessitam dessas peças, livros, o que
têm como propósito fazer uma pequena biblioteca dentro do próprio empreendimento, e já
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dispõe de ambiente organizado e alguns livros que transparecem a real importância da leitura,
informação e aprendizagem.
A Empresa desenvolve trabalhos artesanais em que muito material reciclável é utilizado para
confecção de artesanatos. Como destaque há um grupo de mulheres cooperadas que
confecciona peças a partir dos materiais coletados pela COOPERAN. Este grupo vem atuando
desde 2006, e já participou de oficinas para a confecção de papel reciclado, artesanato, peças
de papel jornal e plástico (PET) onde as cooperadas propõem mostrar o potencial que há por
trás do produto reciclado, buscando assim a sustentabilidade nos aspectos econômicos, sociais
e ambientais. A finalidade é buscar apoio junto às entidades que possam atuar na construção
de uma ala separada para que elas possam trabalhar exclusivamente na oficina de artesanatos,
assim aumentando a renda de cada uma.
Observa-se que o beneficio social da cooperativa consiste no trabalho exercido com maior
sustentabilidade pelos catadores, uma vez que trabalhando no aterro sanitário, estariam
expostos à proliferação de doenças, sem contar que o trabalho deles, além de cooperar com o
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meio ambiente, evita a exposição dos resíduos sólidos e ainda traz o beneficio de geração de
trabalho e renda, educação, treinamentos e, principalmente em exercer sua responsabilidade
sócio-ambiental, ou seja, contribuir para o desenvolvimento econômico, social e ambiental,
melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus cooperados, de suas famílias e da
comunidade local.
Ainda existe nesse contexto, a informação de que todos levam à própria comunidade peças
artesanais fabricadas na cooperativa, e ainda, a presença dos cooperados em seminários
expondo seus trabalhos criados através do reuso dos materiais reciclados, explicando desde
cedo que a coleta seletiva facilita o manuseio da disposição do lixo fazendo com que o
material reciclado seja usado de forma correta.
Segundo o presidente da cooperativa, em Palmas, não existe apoio que outras cooperativas
têm fora do Estado. A maioria destas, conta com o apoio da Instituição Cáritas Brasileira
atuante na defesa dos direitos humanos e do desenvolvimento sustentável solidário, na
perspectiva de políticas públicas. Seus agentes trabalham junto aos excluídos, muitas vezes
em parceria com outras instituições e movimentos sociais.
A reciclagem é feita com a colaboração do consumidor que pode ajudar a diminuir o acúmulo
de dejetos, e também para poupar a natureza da extração interminável de recursos, podendo
ser citados algumas vantagens:
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• Os materiais utilizados por eles como: o papel branco, papel escrito, papelão e garrafas
pet, plásticos, materiais ferroso e não ferroso, são na maioria das vezes separados por
eles mesmos;
• A cooperativa é uma empresa que visa à inclusão social;
• Os catadores se encarregam da separação dos materiais;
• As cooperativas de catadores permitem que muitos desempregados tenham uma
ocupação digna, longe dos "lixões" onde ficariam expostos a doenças.
As condições são muito precárias por falta de capacitação e também apoio financeiro que eles,
no momento, não têm como gostariam. Com relação ao destino dos resíduos descartados, os
estes vão para o aterro sanitário de Palmas. A venda do produto é sempre feita por
atravessadores, geralmente nos finais de semana.
5. DISCUSSÃO
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Em Palmas a situação com relação à agenda 21 local ainda é precária, pois ainda está em
estudo a sua implantação, sendo assim a cooperativa não tem suas próprias diretrizes para
seguir. Nesse contexto, a coleta seletiva seria uma alternativa para diminuição dos resíduos
sólidos no aterro sanitário e, consequentemente aumentar a sua vida útil, apresentando à
população o significado dos princípios dos 3Rs, o primeiro R significa reduzir a geração de
resíduos, o segundo R significa Reutilizar o resíduo e o terceiro R significa Reciclar o resíduo.
(Segundo pesquisa relata pelo INSTITUTO AKATU, 2006).
A coleta seletiva tem um fator positivo diante das dificuldades encontradas na criação de
novos aterros sanitários, sendo de grande importância para a população, e também para as
prefeituras com gastos para novos aterros. Em Palmas a situação não é diferente de muitas
capitais, sendo o maior fator negativo encontrado com relação a espaço, pois a área da cidade
não comportaria outro aterro, sendo assim a grande importância dos recicladores em nossa
cidade. Outro aspecto importante da reciclagem, além da consciência ecológica, é o fator
social. A coleta de material reciclável é, muitas vezes, a única fonte de renda dos catadores
Como a Prefeitura de Palmas até agora não implantou nenhum programa oficial de coleta
seletiva e reciclagem, Eles têm se mobilizado para, na medida do possível, dar um tratamento
adequado ao lixo produzido na cidade.
Nessa ordem (BAUMAN, 2004), refere-se que os aspectos positivos ao meio ambiente
acarretariam danos aos mais pobres e necessitados, com a diminuição de matéria prima haverá
aumento de desemprego, pois gerando menos resíduos, há aumento imediato de mão-de-obra
descartada, que engrossará as fileiras de desempregados. Os primeiros a serem atingidos
seriam os recicladores, essa demanda já vem acontecendo por conseqüências do aumento de
catadores individuais.
Rebouças de Oliveira (2003): faz o seguinte comentário “trabalho em equipe é uma forma
estruturada de realização de serviços multidisciplinares, consolidando inclusive, o treinamento
e o aprendizado interativos, fortalecendo a alavancagem do conhecimento de todos os
participantes e aprimorando a qualidade da cooperativa.” Normalmente, quem toma parte num
programa ambiental, por conta do lixo, começa a se envolver em todos os sentidos. Abre os
olhos para o que nunca tinha percebido e começam a tomar consciência de outras coisas, antes
não percebido, pontos positivo pra ambos buscando a eficiência ao se inserir em uma
comunidade. As preocupações com os resíduos depostos, geram em um todo a análise nesse
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contexto, a definição é gerada de forma bem ampla. Desenvolverem novas formas de gestão,
envolvendo a revisão e aprimoramento de suas práticas administrativa, diferentemente das
empresas em geral.
6. CONCLUSÃO
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BAUMAN, Zygmunt. Vidas Desperdiçadas. Ed. Jorge Zahar. Rio de Janeiro, 2005.
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HEIDEN, A.I.V.D.; RIBEIO. Cooperativas de Reciclagem de Lixo e Inclusão Social: O
caso do Município de Itaúna – MG. Disponível
em<www.vcneg.org/documentos/anais_cneg5/T8_0139_0557.pdf20/1/2009>. Acessado em
21.09.2009.
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