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Ecologia II

módulo «Ecossistemas terrestres»


Bioclimatologia
Bibliografia
Izco et al. (2004). “Botánica” (livro disponível na biblioteca)
www.citi.pt/citi_2005_trabs/antonio_carvalho/
www.pik-potsdam.de/institute/organization/scientific-departments/data-computation/sdm/tools/CDG
www.atmosphere.mpg.de/enid/964e4d656f4d1238ee142478062f9d41,0/English/CLIMATE_ENCYC
LOPAEDIA_144.HTML
www.globalbioclimatics.org/plot/diagram.htm

Mais informações em www.esac.pt/abelho; contactos abelho@esac.pt bingre@esac.pt


 Elementos do clima
 radiação solar, luz, temperatura do ar, pressão
atmosférica, vento, transparência, composição e
humidade do ar, precipitação, evaporação…
 Factores do clima
 características geográficas ou atmosféricas
Variação espacial do clima
 Macroclima
 valores médios dos elementos do clima e das suas
flutuações regulares
 Mesoclima (ou topoclima)
 variações locais do macroclima devidas ao relevo ou à
paisagem
 Microclima
 variações locais dos elementos do clima determinadas
pela microtopografia, pela vegetação e pelo solo
 Nanoclima ou epiclima
 intervalo atmosférico situado a não mais que poucos
milímetros da superfície do solo ou dos organismos
Variação temporal do clima
 Ciclos diários
 originados pelo movimento de rotação da Terra
 Ciclos sazonais ou anuais
 originados pela variação do ângulo de declinação
(formado pelo eixo Terra-Sol e o plano
equatorial) e pela distância entre a Terra e o Sol
durante o movimento de translação da Terra em
redor do Sol
 Ciclos plurianuais
 relacionados com as fases de actividade solar
Interacções entre o clima e as plantas
- a maior parte dos elementos do clima actua como factores ecológicos sobre os organismos -

 Limites de tolerância à variação dos factores ecológicos


 Intervalo óptimo – o organismos desenvolve-se em condições óptimas
 Intervalo de tolerância/actividade – marca o limite de
desenvolvimento
 Intervalo de sobrevivência – aparecimento de lesões letais
 Ajuste das fases do ciclo de vida às épocas climáticas mais
adequadas
 Fotoperíodo
 Termoperíodo
 Hidroperíodo
 Principalmente nas plantas vasculares de climas com estações
desfavoráveis: falta de água, temperatura demasiado alta ou baixa
Factores do clima
 Distribuição latitudinal da radiação solar
 Redistribuição do calor na biosfera
 Influências continentais e oceânicas
 Altitude e relevo
 Atmosfera absorve a maior parte da radiação, mas
deixa passar a radiação visível (380-710 nm)
 Temperatura média global da Terra=15ºC (seria -28ºC
sem atmosfera)
 Radiação reparte-se de forma desigual na Terra
 Forma aproximadamente esférica
 Variação do ângulo de declinação na translação à volta do
Sol
 Radiação diminui com a latitude; variabilidade
aumenta com a latitude
Distribuição da radiação solar na Terra
- as estações do ano -
Distribuição da radiação solar na Terra
- variação latitudinal -
Redistribuição do calor na biosfera
 Evaporação/evapotranspiração
 Condução (por contacto) e convecção (por
movimento de fluidos)
 Advecção horizontal (ventos e correntes
marinhas): provoca trocas latitudinais que
resultam na existência de zonas climáticas
latitudinais
A elevada incidência da radiação solar no Equador…
 Elevada evapotranspiração  condensação
em altitude  abundante precipitação
 Armazenamento de calor no oceano 
correntes oceânicas transferem o calor para
latitudes mais elevadas
 Equador = zona de baixas pressões
Circulação geral da atmosfera
- as zonas de altas e baixas pressões -
Circulação geral da biosfera
- as zonas de ventos predominantes -
Latitude, circulação do ar e precipitação
Circulação oceânica
Influências continentais e oceânicas no clima
 Devido ao calor específico mais baixo do ar,
as influências continentais proporcionam
 Massas de ar secas
 Maior amplitude térmica diária e sazonal
 O aumento da distância ao Equador resulta no
aumento dos contrastes entre estação quente e
estação fria
Influência da altitude e do relevo
 Temperatura diminui Zonação da
 Precipitação aumenta vegetação ao
longo do
 Radiação solar aumenta gradiente
altitudinal
(principalmente UV)

 A orientação do relevo
influencia os gradientes
pluviométricos altitudinais
 e.g., efeito rain shadow
Altitude e relevo
- efeito föhn, efeito chinook ou rain shadow -
Elementos do clima e seus
efeitos nas plantas
 Radiação solar e luz
 Temperatura
 Precipitação
 Evapotranspiração e balanço hídrico
Efeitos destrutivos da radiação
- radiação UV (280-300 nm) e excesso de radiação visível -
 UV absorvida pela camada de ozono e pela água; aumenta
com a altitude e diminui com a latitude
 Radiação UV: oxidação de pigmentos fotossintéticos;
desnaturação das proteínas; aumento das taxas de mutação
genética; etc.
 Radiação visível: destruição de pigmentos fotossintéticos em
plantas sensíveis (algas vermelhas, muitas plantas aquáticas,
musgos e fetos de habitats sombrios e plantas que vivem com
baixas intensidades luminosas)
 Defesas das plantas
 Reflexão através de camadas protectoras na epiderme (ceras,
pilosidade, cortiça); absorção por compostos fenólicos
protoplasmáticos; hábito aquático; controlo da orientação das
folhas…
Efeitos energéticos da radiação
 Coeficiente de extinção
 Atenuação exponencial da radiação ao atravessar as copas
das árvores;
 Depende do índice de área foliar (LAI)= soma da área das
folhas existentes por unidade de superfície de terreno
 Luminosidade relativa (LR)
 % da radiação incidente no exterior da folhagem que
alcança o estrato herbáceo de um bosque pouco denso
 Varia com o tipo de vegetação
 Num pinhal: 15-30%
 Num bosque caducifólio: 1-2% (com folhas); 50% (no Inverno)
 Determina as adaptações das plantas aos regimes
luminosos
 Plantas de luz (heliófilas): LR>30%
 Plantas de sombra (esciófilas ): LR<30%
 Menor produção de biomassa, taxas de
fotossíntese, respiração e consumo de água mais
baixas: aumento da superfície dos órgãos
fotossintéticos; menos tecidos condutores; menos
cloroplastos mas mais pigmentos (principalmente
clorofila b)
Fotoperíodo
- duração do período diurno da radiação solar -
 Utilização da radiação [azul (UV próxima, 300-380 nm),
vermelha e infravermelha] como fonte de informação para o
controlo de processos vitais
 Fototropismo; controlo das taxas de respiração e da
síntese e decomposição de várias moléculas;
estiolamento; formação de diferentes tipos de folhas
na mesma planta…
 Modelo de dia comprido – indução quando
fotoperíodo>determinado valor
 Modelo de dia curto – indução quando
fotoperíodo<determinado valor
Fotoperíodo e fases do ciclo de vida
 Modelo de dia curto (fotoperíodo<determinado valor)
 Indução do repouso invernal de árvores de distribuição
temperada e boreal (Populus, Salix, Fagus, Betula,
Quercus, Acer, Picea, Larix, Corylus, etc.)
 Nalgumas - latitudes temperadas meridionais - juntamente
com temperatura nocturna (<10ºC) como sinal externo
(Fraxinus, Castanea, Prunus, …)
 Modelo de dia longo (fotoperíodo>determinado valor)
 Indução do repouso durante a época seca em plantas de
climas com seca estival
 Activação do pós-repouso, às vezes em conjunto com
temperatura
Temperatura
 Plantas são ectotérmica
 Estenotérmicas: alguns talófitos aquáticos e
parasitas; algas e bactérias que crescem em locais
com temperaturas extremas (altas e baixas)
 Euritérmicas: todas as plantas vasculares
 Efeitos da temperatura elevada
 Inactivação enzimática; alterações das
membranas plasmáticas; aumento da transpiração
Resistência a temperaturas extremas
 Resistência ao calor  Resistência a temperaturas
 Tolerância baixas
 Resistência  Resistência ao esfriamento
protoplasmática à  Isolamento térmico
desnaturação
 Resistência
 Prevenção protoplasmática à
 Reflexão da radiação desnaturação
(ceras, pelos…)  Resistência ao congelamento
 Isolamento térmico (e.g.  Tolerância
sobreiro)  Resistência
 Transpiração protoplasmática à
desidratação por
congelação
Capacidade de manter a água  Prevenção
intracelular mais fria do que o  Isolamento térmico
 Sobre-esfriamento
seu ponto de congelação sem (supercooling)
que ocorra cristalização. Só  Abaixamento do ponto
pode manter-se algumas horas de congelação
Zonação latitudinal e altitudinal dos tipos fisionómicos
de vegetação em função das temperaturas mínimas
 Folhosas de folha perene
 Menos adaptadas ao frio; latitudes tropicais e temperadas
quentes
 Folhosas de folha caduca
 Latitudes temperadas mais frias (perdem a folha no
Inverno)
 Coníferas
 Folhas com menor capacidade fotossintética mas
resistentes ao frio
 Latitudes elevadas
Ciclo da água na biosfera
«as transferências entre as massas oceânicas e continentais estabelecem-se
através da minúscula fracção atmosférica»
Distribuição da água na biosfera
Percentagem
Oceanos 97.20
Superfícies de água nos continentes
Calotes polares e glaciares 2.15
Lagos de água doce 0.01
Lagos salgados e mares continentais 0.01
Correntes fluviais 0.0001
Águas subsuperficiais
Águas subterrâneas 0.62
Água edáfica 0.002
Água atmosférica 0.001
Total 100
(1360106 km3)
A precipitação
 Média global anual: 1040 mm doa quais 700 mm sobre os
continentes
 Distribuição desigual: desde 11455 mm (Havai) a <0.1 mm
(deserto de Atacama, Chile)
 Península Ibérica: média anual máxima>3000 mm (Pirinéus) a
157 mm (Cabo de Gata, a região mais seca da Europa)
 Variação interanual e sazonal elevada
 Padrões gerais dependem dos factores do clima – ventos,
cinturas de baixas pressões (Equador = chuva elevada),
presença e orientação de montanhas, regimes anticiclónicos
(desertos = pouca chuva)…
 Entre 30-45º latitude: climas mediterrânicos, caracterizados por
um deficit pluviométrico durante a estação mais quentes
Distribuição da precipitação média anual
Evapotranspiração e balanço hídrico
 Plantas poiquilohídricas ou ectohídricas
 Não têm mecanismos reguladores; o seu conteúdo hídrico depende da
disponibilidade ambiental de água
 Sensíveis à desidratação – podem apenas viver em ambientes com
disponibilidade permanente de água (algas é plantas aquáticas; fungos
e musgos, etc.)
 Tolerantes à desidratação – abaixo de um certo valor param a sua
actividade metabólica (bactérias, algas e fungos terrestres, musgos de
habitats secos, líquenes, etc.)
 Plantas homohídricas ou endohídricas
 Têm mecanismos de regulação que mantêm o conteúdo hídrico
interno relativamente constante
 Cutícula epidérmica das folhas limita a transpiração dos órgãos aéreos,
por sua vez regulada pelos estomas;
 Economia hídrica regulada pela pressão osmótica de um grande vacúolo
central que permite o funcionamento contínuo do protoplasma;
 Potencial hídrico
A absorção radicular de água é promovida pela transpiração, que
leva ao estabelecimento de um gradiente de potencial hídrico

 Taxa de absorção
depende
 Da diferença entre o
potencial hídrico da
raíz e do solo
 Da superfície radicular
 Da condutividade
hidráulica do solo
 Da temperatura do solo
 Plantas estenohídricas
 Ectohídricas intolerantes à dessecação;
suculentas; plantas vasculares aquáticas e de solos
húmidos
 Plantas eurihídricas
 Ectohídricas que toleram dessecação; muitas
plantas vasculares de locais com baixa
disponibilidade hídrica (heliófilas, plantas
mediterrânicas, coníferas, plantas dos desertos e
de solos salinos)
Resistência à seca
 Adaptação do ciclo de vida, reduzindo o aparelho vegetativo
durante a época seca (sementes, bolbos, rizomas…) – seca de
longa duração (climas desérticos ou com seca sazonal)
 Redução da transpiração
 Fecho dos estomas (seca de curta duração)
 Diminuição do tamanho dos estomas, folhas pequenas e compactas,
cutícula espessa (Quercus de folha permanente)
 Enrolamento das folhas sobre a página com estomas (gramíneas)
 Abscisão foliar parcial ou total
 Redução permanente da folhagem
 Aumento da absorção, aumentando o tamanho da raíz
 Armazenamento de água – cactos, suculentas…
 Plantas CAM – fotossíntese (diurna) temporalmente separada
da absorção de CO2 (nocturna)
 Plantas C3 – necessitam de menor quantidade de CO2

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