Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
A orientação do relevo
influencia os gradientes
pluviométricos altitudinais
e.g., efeito rain shadow
Altitude e relevo
- efeito föhn, efeito chinook ou rain shadow -
Elementos do clima e seus
efeitos nas plantas
Radiação solar e luz
Temperatura
Precipitação
Evapotranspiração e balanço hídrico
Efeitos destrutivos da radiação
- radiação UV (280-300 nm) e excesso de radiação visível -
UV absorvida pela camada de ozono e pela água; aumenta
com a altitude e diminui com a latitude
Radiação UV: oxidação de pigmentos fotossintéticos;
desnaturação das proteínas; aumento das taxas de mutação
genética; etc.
Radiação visível: destruição de pigmentos fotossintéticos em
plantas sensíveis (algas vermelhas, muitas plantas aquáticas,
musgos e fetos de habitats sombrios e plantas que vivem com
baixas intensidades luminosas)
Defesas das plantas
Reflexão através de camadas protectoras na epiderme (ceras,
pilosidade, cortiça); absorção por compostos fenólicos
protoplasmáticos; hábito aquático; controlo da orientação das
folhas…
Efeitos energéticos da radiação
Coeficiente de extinção
Atenuação exponencial da radiação ao atravessar as copas
das árvores;
Depende do índice de área foliar (LAI)= soma da área das
folhas existentes por unidade de superfície de terreno
Luminosidade relativa (LR)
% da radiação incidente no exterior da folhagem que
alcança o estrato herbáceo de um bosque pouco denso
Varia com o tipo de vegetação
Num pinhal: 15-30%
Num bosque caducifólio: 1-2% (com folhas); 50% (no Inverno)
Determina as adaptações das plantas aos regimes
luminosos
Plantas de luz (heliófilas): LR>30%
Plantas de sombra (esciófilas ): LR<30%
Menor produção de biomassa, taxas de
fotossíntese, respiração e consumo de água mais
baixas: aumento da superfície dos órgãos
fotossintéticos; menos tecidos condutores; menos
cloroplastos mas mais pigmentos (principalmente
clorofila b)
Fotoperíodo
- duração do período diurno da radiação solar -
Utilização da radiação [azul (UV próxima, 300-380 nm),
vermelha e infravermelha] como fonte de informação para o
controlo de processos vitais
Fototropismo; controlo das taxas de respiração e da
síntese e decomposição de várias moléculas;
estiolamento; formação de diferentes tipos de folhas
na mesma planta…
Modelo de dia comprido – indução quando
fotoperíodo>determinado valor
Modelo de dia curto – indução quando
fotoperíodo<determinado valor
Fotoperíodo e fases do ciclo de vida
Modelo de dia curto (fotoperíodo<determinado valor)
Indução do repouso invernal de árvores de distribuição
temperada e boreal (Populus, Salix, Fagus, Betula,
Quercus, Acer, Picea, Larix, Corylus, etc.)
Nalgumas - latitudes temperadas meridionais - juntamente
com temperatura nocturna (<10ºC) como sinal externo
(Fraxinus, Castanea, Prunus, …)
Modelo de dia longo (fotoperíodo>determinado valor)
Indução do repouso durante a época seca em plantas de
climas com seca estival
Activação do pós-repouso, às vezes em conjunto com
temperatura
Temperatura
Plantas são ectotérmica
Estenotérmicas: alguns talófitos aquáticos e
parasitas; algas e bactérias que crescem em locais
com temperaturas extremas (altas e baixas)
Euritérmicas: todas as plantas vasculares
Efeitos da temperatura elevada
Inactivação enzimática; alterações das
membranas plasmáticas; aumento da transpiração
Resistência a temperaturas extremas
Resistência ao calor Resistência a temperaturas
Tolerância baixas
Resistência Resistência ao esfriamento
protoplasmática à Isolamento térmico
desnaturação
Resistência
Prevenção protoplasmática à
Reflexão da radiação desnaturação
(ceras, pelos…) Resistência ao congelamento
Isolamento térmico (e.g. Tolerância
sobreiro) Resistência
Transpiração protoplasmática à
desidratação por
congelação
Capacidade de manter a água Prevenção
intracelular mais fria do que o Isolamento térmico
Sobre-esfriamento
seu ponto de congelação sem (supercooling)
que ocorra cristalização. Só Abaixamento do ponto
pode manter-se algumas horas de congelação
Zonação latitudinal e altitudinal dos tipos fisionómicos
de vegetação em função das temperaturas mínimas
Folhosas de folha perene
Menos adaptadas ao frio; latitudes tropicais e temperadas
quentes
Folhosas de folha caduca
Latitudes temperadas mais frias (perdem a folha no
Inverno)
Coníferas
Folhas com menor capacidade fotossintética mas
resistentes ao frio
Latitudes elevadas
Ciclo da água na biosfera
«as transferências entre as massas oceânicas e continentais estabelecem-se
através da minúscula fracção atmosférica»
Distribuição da água na biosfera
Percentagem
Oceanos 97.20
Superfícies de água nos continentes
Calotes polares e glaciares 2.15
Lagos de água doce 0.01
Lagos salgados e mares continentais 0.01
Correntes fluviais 0.0001
Águas subsuperficiais
Águas subterrâneas 0.62
Água edáfica 0.002
Água atmosférica 0.001
Total 100
(1360106 km3)
A precipitação
Média global anual: 1040 mm doa quais 700 mm sobre os
continentes
Distribuição desigual: desde 11455 mm (Havai) a <0.1 mm
(deserto de Atacama, Chile)
Península Ibérica: média anual máxima>3000 mm (Pirinéus) a
157 mm (Cabo de Gata, a região mais seca da Europa)
Variação interanual e sazonal elevada
Padrões gerais dependem dos factores do clima – ventos,
cinturas de baixas pressões (Equador = chuva elevada),
presença e orientação de montanhas, regimes anticiclónicos
(desertos = pouca chuva)…
Entre 30-45º latitude: climas mediterrânicos, caracterizados por
um deficit pluviométrico durante a estação mais quentes
Distribuição da precipitação média anual
Evapotranspiração e balanço hídrico
Plantas poiquilohídricas ou ectohídricas
Não têm mecanismos reguladores; o seu conteúdo hídrico depende da
disponibilidade ambiental de água
Sensíveis à desidratação – podem apenas viver em ambientes com
disponibilidade permanente de água (algas é plantas aquáticas; fungos
e musgos, etc.)
Tolerantes à desidratação – abaixo de um certo valor param a sua
actividade metabólica (bactérias, algas e fungos terrestres, musgos de
habitats secos, líquenes, etc.)
Plantas homohídricas ou endohídricas
Têm mecanismos de regulação que mantêm o conteúdo hídrico
interno relativamente constante
Cutícula epidérmica das folhas limita a transpiração dos órgãos aéreos,
por sua vez regulada pelos estomas;
Economia hídrica regulada pela pressão osmótica de um grande vacúolo
central que permite o funcionamento contínuo do protoplasma;
Potencial hídrico
A absorção radicular de água é promovida pela transpiração, que
leva ao estabelecimento de um gradiente de potencial hídrico
Taxa de absorção
depende
Da diferença entre o
potencial hídrico da
raíz e do solo
Da superfície radicular
Da condutividade
hidráulica do solo
Da temperatura do solo
Plantas estenohídricas
Ectohídricas intolerantes à dessecação;
suculentas; plantas vasculares aquáticas e de solos
húmidos
Plantas eurihídricas
Ectohídricas que toleram dessecação; muitas
plantas vasculares de locais com baixa
disponibilidade hídrica (heliófilas, plantas
mediterrânicas, coníferas, plantas dos desertos e
de solos salinos)
Resistência à seca
Adaptação do ciclo de vida, reduzindo o aparelho vegetativo
durante a época seca (sementes, bolbos, rizomas…) – seca de
longa duração (climas desérticos ou com seca sazonal)
Redução da transpiração
Fecho dos estomas (seca de curta duração)
Diminuição do tamanho dos estomas, folhas pequenas e compactas,
cutícula espessa (Quercus de folha permanente)
Enrolamento das folhas sobre a página com estomas (gramíneas)
Abscisão foliar parcial ou total
Redução permanente da folhagem
Aumento da absorção, aumentando o tamanho da raíz
Armazenamento de água – cactos, suculentas…
Plantas CAM – fotossíntese (diurna) temporalmente separada
da absorção de CO2 (nocturna)
Plantas C3 – necessitam de menor quantidade de CO2