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CURSO DE DIREITO
Porto Alegre
2017
Porto Alegre
2017
NELSON MONTEIRO SARMENTO SILVA
BANCA EXAMINADORA:
_____________________________________
_____________________________________
Profa. XXXXXXXXXXXXXXXXXX
Examinadora
_____________________________________
Prof. XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
Examinador
Porto Alegre
2017
RESUMO
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................6
2 OS ATOS JURÍDICOS..............................................................................................8
2.1 Planos da existência, validade e eficácia...............................................................8
2.2 O vício de vontade como causa de nulidade dos atos jurídicos..........................22
2.2.1 Do erro...............................................................................................................22
2.2.2 Do dolo..............................................................................................................24
2.2.3 Da coação.........................................................................................................26
2.2.4 Do estado de perigo..........................................................................................29
2.2.5 Da lesão............................................................................................................30
2.2.6 Da fraude contra credores.................................................................................32
3 O PEDIDO DE DEMISSÃO.....................................................................................34
3.1 O princípio da continuidade da relação de emprego............................................34
3.2 Dissolução contratual por resilição de iniciativa do operário................................37
3.3 O vício de vontade no pedido de demissão.........................................................39
4 CONCLUSÃO.........................................................................................................44
REFERÊNCIAS..........................................................................................................47
6
1 INTRODUÇÃO
1
FORTES, Olga Vishnevsky. Revista Consultor Jurídico, 6 de dezembro de 2015, 7h23.
<http://www.conjur.com.br/2015-dez-06/olga-fortes-interpretacao-ampliada-clt-efeito-indesejado>
7
2
TRT-3 - RO: 00843201101503000 0000843-28.2011.5.03.0015, Relator: Marcelo Lamego Pertence, Setima
Turma, Data de Publicação: 25/05/2012,24/05/2012. DEJT. Página 110. Boletim: Não.
3
TRT-2 - RECORD: 3734200609002009 SP 03734-2006-090-02-00-9, Relator: MARCELO FREIRE GONÇALVES,
Data de Julgamento: 08/10/2009, 12ª TURMA, Data de Publicação: 16/10/2009
4
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV (atualizado por Marcos Bernardes de
Mello e Marcos Ehrhardt Jr), 2013, pp. 62-63.
8
2 OS ATOS JURÍDICOS
5
DE MELLO, Marcos Bernardes. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Existência, ed. 17ª, 2011, Saraiva, p. 38.
10
jurídico de reputá-lo pessoa para os fins de direito. Neste sentido, assim leciona o
ilustre doutrinador Marcos Bernardes de Mello:
6
Ibid., p. 43.
11
como suporte fático suficiente à incidência da norma jurídica. O cerne não é senão o
fato principal previsto pela norma jurídica, ainda que não expressamente
mencionado. É determinante na configuração final do suporte fático. Além disso, o
cerne fixa a concreção do suporte fático no tempo. O elemento completante, por sua
vez, completa o cerne. Para exemplificar: no contrato de compra e venda o acordo
das vontades é o cerne, enquanto a qualidade do bem e preço determinado ou
determinável são os elementos completantes.
Os elementos complementares do suporte fático apenas complementam o
núcleo deste, não o integrando, portanto. Referem-se apenas perfeição de seus
elementos. São elementos complementares os relativos ao sujeito, ao objeto e à
forma da manifestação da vontade. Destaca-se que os elementos complementares
apenas dizem respeito aos pressupostos de validade ou eficácia dos negócios
jurídicos, sem qualquer influência quanto à existência do fato jurídico. Conclui-se
desse modo que tais elementos exclusivamente interessam a atos jurídicos lícitos
lato sensu.
O preceito ou disposição está relacionado com a eficácia jurídica. Ele consiste
na parcela da norma jurídica onde são prescritos os efeitos atribuídos aos fatos
jurídicos. Explica Marcos Bernardes de Mello neste sentido:
7
Ibid., p. 103.
12
8
Ibid., p. 200.
13
9
MIRANDA. Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo III, atualizado por Vilson Rodrigues Alves,
1ª ed, Editora Bookseller, 2000, p. 29.
10
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV, atualizado por Marcos Bernardes de
Mello e Marcos Ehrhardt Jr., Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 62.
14
11
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Validade, 14ª Ed., Editora Saraiva, 2015, p.
58.
15
naqueles atos que os relativamente incapazes não podem praticar sozinhos deverão
ser assistidos por seus pais, tutor ou curador, e não representados por estes. Nesta
categoria inclui-se a pessoa de dezesseis anos aos dezoitos anos, o deficiente
mental, cuja deficiência prejudica ou reduz o entendimento, no entanto, sem eliminá-
lo, e o sulvícola, enquanto não integrado à comunidade nacional. O direito pátrio
considera nulo o ato praticado pelo absolutamente incapaz, diretamente, e anulável
quando praticado pelo relativamente incapaz sem, porém, a presença de quem o
deva assistir.
O segundo pressuposto de validade relativo ao sujeito é a perfeição da
vontade, que é o mesmo que a ausência de defeitos invalidantes. O doutrinador
Marcos Bernardes de Mello conceitua a perfeição da manifestação da vontade da
seguinte forma:
12
Ibid., p. 77.
16
“O art. 145, II, in fine, fala de ser nulo o negócio jurídico se fôr “impossível” o
seu objeto. A impossibilidade pode ser: cognoscitiva, lógica, moral, jurídica,
ou física. O que não pode ser conhecido não pode ser objeto de negócio
juridico ou de ato jurídico stricto sensu: não há negócio jurídico, se o objeto
do negócio foi atuar, com o pensamento, na lua, ou em alguma estrêla; nem
ato jurídico stricto sensu, em tais circunstâncias de impossibilidade. A
impossibilidade lógica dá-se quando há invencível contradição, e o negócio
jurídico ou o ato jurídico stricto sensu existe, caindo a parte contraditória,
como se não estivesse escrita; ou não existe o negócio jurídicio, se a
contradição invencível o apanha todo. Ocorre o mesmo com a manifestação
de vontade ininteligível.
13
Ibid., p. 79.
17
14
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV, atualizado por Marcos Bernardes de
Mello e Marcos Ehrhardt Jr., Editora Revista dos Tribunais, 2013, pp. 254-255.
18
“(...) é a sanção determinada pela lei, que priva o ato jurídico de seus efeitos
normais, em razão do descumprimento das formas mencionadas na norma
15
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Validade, 14ª Ed., Editora Saraiva, 2015, p.
163.
16
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV, atualizado por Marcos Bernardes de
Mello e Marcos Ehrhardt Jr., Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 221.
19
Além disso, o vício da nulidade absoluta é insanável, razão pela qual o ato
jurídico não pode ser convalidado mediante confirmação. Há exceções, no entanto.
A nulidade de atos de constituição de pessoas jurídicas bem como de sua
administração colegiada são sanáveis pela caducidade, conforme artigos 45 do
Código Civil, § único e 48, § único.
A nulidade absoluta pode ser decretada de ofício pelo juiz, quando este tiver
conhecimento do ato jurídico ou ainda de seus efeitos nefastos e entendê-los
provados. Também pode ser alegável por qualquer interessado e mesmo pelo
Ministério Público, quando a este couber a interferência no feito. Em outras palavras,
a nulidade absoluta opera-se ipso iure. Por isso a nulidade absoluta se caracteriza
por ser uma nulidade de pleno iure. As exceções nesta característica também estão
presentes. Exemplo: As decisões dos órgãos colegiados das pessoas jurídicas
17
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho, 32ª ed., Editora Atlas, 2011, p. 165.
18
Ibid., p. 167.
20
O vício referente à nulidade relativa, por sua vez, é sanável, podendo o ato
jurídico ser convalidado mediante confirmação. Por exemplo, se a parte não está
nem representada e nem assistida ou autorizada se trataria de nulidade relativa,
onde o juiz daria prazo para parte sanar o ato.
A nulidade relativa não pode ser pronunciada de ofício pelo juiz e nem por
qualquer interessado e pelo Ministério Público. A alegabilidade cabe somente aos
interessados diretos, pois aqui há predominância de interesses particulares, sendo
19
Ibid., 168.
21
“Parece não haver dúvida de que quanto ao ato anulável existe a prescrição
por depender de provocação da parte interessada a declaração da
anulabilidade e por não se tratar de norma de ordem pública”20.
Passando-se agora para o plano da eficácia do ato jurídico deve-se dizer que
eficácia jurídica refere-se aos efeitos imputados pelas normas em relação ao fato
jurídico. Portanto, a eficácia jurídica não é senão decorrência específica e exclusiva
de fato jurídico. Como se nota, há irradiação de consequências jurídicas,
constituindo-se, em imputação que a norma jurídica traduz a fatos da vida por sua
importância para o homem em sociedade.
Há limitação que a eficácia jurídica sofre de ordem pessoal, espacial,
temporal, contenuística, bem como restrições impostas pela vontade, por conta do
poder de autoregramento que pode lhe ser reconhecido. As limitações de ordem
pessoal se referem à limitação na esfera jurídica do próprio sujeito de direito. O
limite espacial diz respeito a um limite de atuação que é coincidente com o âmbito
da valência do sistema jurídico. O limite temporal, por sua vez, refere-se ao término
temporal da vigência da norma, todavia, pela simples circunstância da norma jurídica
perder sua vigência não são desconstituídos os fatos jurídicos.
20
MARTINS, Sérgio Pinto. Ato nulo e prescrição no Direito do Trabalho, pp. 182, em Revista de Direito do
Trabalho, ano 32, abril-junho, 2006.
22
A ineficácia jurídica, por outra banda, pode ser definida com as seguintes
palavras que tomamos de empréstimo de Marcos Bernardes de Mello:
2.2.1 Do erro
2121
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Eficácia 1ª parte, 7ª Ed., Editora Saraiva,
2011, p. 75.
23
2.2.2 Do dolo
22
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Validade, 14ª Ed., Editora Saraiva, 2015, p.
215.
25
procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar
indenização”.
Marcos Bernardes de Mello explica também que há o chamado dolo
incidental, que não é invalidante:
Vale referir que a legitimação para a ação própria de anulação do ato jurídico
por dolo se transmite aos herdeiros, legítimos ou testamentários, da vítima, que
podem iniciar a demanda, como, inclusive, prossegui-la, se já proposta
anteriormente. Ademais, quem praticou o dolo de maneira algum pode alega-lo para
obter a anulação do negócio jurídico, porque, é princípio do Direito que “ninguém
pode se beneficiar da própria torpeza” e também que não há direito a ação àquele
que agiu com improbidade, princípio que nos veio do Direito romano (Nemo de
improbitate sua consequitur actionem).
Cabe a vítima de dolo, isto é, o deceptus, o ônus de prova, eis que o dolo não
se presume, assim, é preciso a demonstração de que não teria realizado o negócio
jurídico se conhecesse a verdade. Por outro lado, o direito não exige rigor para
provável, contentando-se com presunções, vez que trata-se de manifestação de má-
fé. O Decreto-Lei nº 1.608, de 18 de setembro de 1939, neste sentido, versou em
seu art. 252: “O dólo, a fraude, a simulação e, em geral, os atos de má fé poderão
ser provados por indícios e circunstâncias”.
O dolo invalidante pode se dar inclusive através de omissão. Como explica
Pontes de Miranda para que a omissão “possa ser dolosa é preciso que haja dever
de falar ou de esclarecer, e tal dever – que, assim referido, seria vago – há de
resultar do uso do tráfico, inclusive dos princípios de boa fé, que impõem dever de
falar a verdade”24.
23
Ibid., p. 221.
24
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV, atualizado por Marcos Bernardes de
Mello e Marcos Ehrhardt Jr., Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 447
26
2.2.3 Da coação
25
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1 : parte, 10ª ed., Saraiva, 2012. Versão Kindle.
26
Ibid.
27
Ibid.
27
28
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Validade, 14ª Ed., Editora Saraiva, 2015,
pp. 231-234.
28
Ademais, exige-se que ameaça de dano seja dirigida à própria pessoa que
sofre a coação, à família do coagido ou mesmo à patrimônio, não necessariamente
ao seu próprio, mas inclusive de pessoas da família; igualmente a ameaça pode ser
dirigida a terceiro que não integre a família, desde que o juiz entenda presentes as
circunstâncias de afeição e amizade requeridas, para daí falar-se em coação. O
relacionamento com o terceiro ameaçado deve ter uma profundida de relação
pessoal capaz de influenciar a psiquê do coagido de modo tão intenso que o
conduza a ceder à coação.
Como pressuposto da coação invalidante o medo que inflige o coagido há de
ser atual, isto é, presente na ocasião da prática do ato. Assim, se depois de
cessada a ameaça se pratica o ato que se pretendia anteriormente obter pela
coação, não se pode falar em anulabilidade. Por outro lado, não é necessário que o
mal que se ameaça seja atual, eis que ele pode ser futuro, como igualmente o dano
que se ameaça causar pode ser futuro. Portanto, é o medo que precisa existir no
momento da realização do ato e não o mal receável.
Por último pressuposto, tem-se que o medo precisa ser fundado, quer dizer,
não é qualquer receio de consequências desagradáveis que constitui ameaça. Daí
29
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV, atualizado por Marcos Bernardes de
Mello e Marcos Ehrhardt Jr., Editora Revista dos Tribunais, 2013, p. 476.
29
que o temor reverencial não baste para compor o temor que fala o art. 153 do
Código Civil, senão vejamos: “Não se considera coação a ameaça do exercício
normal de um direito, nem o simples temor reverencial”.
Vale referir que nem toda coação configura espécie de ato ilícito indenizativo,
embora constitua ilícito invalidante, pelo que não se deve confundir. Onde a coação
foi exercia sem consciência da parte do coator, ainda que exista invalida, não se há
de falar em ilícito indenizativo. Por outro lado, quando há consciência do coator há
dever de indenizar, por conseguinte, não havendo necessidade de apurar culpa
daquele. Assim explica Pontes de Miranda sobre o assunto:
Destaca-se que o coator não pode alegar a coação para obter anulação do
ato. Valendo os mesmos princípios do dolo na coação. A coação também não se
presume, cabendo ao coacto o ônus da prova que não se restringe a prova da
ameaça, mas também dos outros pressupostos essenciais que caracterizam a
coação invalidante.
30
Ibid., p. 494.
31
BERNARDES DE MELLO, Marcos. Teoria do Fato Jurídico – Plano da Validade, 14ª Ed., Editora Saraiva, 2015, p.
240.
30
2.2.5 Da lesão
premências várias perde a noção do real valor e realiza negócio grandemente sem
proporção do ponto de vista econômico, o que evidencia que esta vontade está
viciada. O art. 157 assim versa sobre o tema: “Ocorre a lesão quando uma pessoa,
sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação
manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta”.
O primeiro parágrafo do art. 157 acrescenta que na apreciação da
desproporção das prestações se levará em conta os valores que são vigentes ao
tempo em que foi celebrado o negócio jurídico. O segundo parágrafo, por sua vez,
admite possibilidade que seja oferecido suplemento suficiente ou redução do
proveito para que a nulidade relativa não seja decretada.
Evidentemente constitui pressuposto essencial para a caracterização da lesão
invalidante a assunção por um dos figurantes a negócio jurídico de obrigação onde
há valor manifestamente desproporcional ao da contraprestação. É um negócio
absurdo do ponto de vista econômico. A Legislação brasileira não estabeleceu
critérios objetivos para a avaliação da desproporção indicada, apenas requerendo a
presença de manifesta desproporção.
No entanto, não é o bastante que exista manifesta desproporção, como
explica Marcos Bernardes de Mello:
“Não basta, porém, que haja uma manifesta desproporção qualquer, mas
que seja ela significativa, importante (para usar a linguagem do Código de
Québec), a ponto de causar sério prejuízo ao lesado. Isto também não quer
dizer que precise ser enorme, tal como exagerada desproporção exigida
pelo Código Francês na compra e venda de imóveis. A significância da
desproporção deve ser valorada segundo o prudente arbítrio do juiz,
decidindo em juízo de equidade, considerando, sempre, os valores vigentes
ao tempo da concretização do negócio”32.
32
Ibid., pp. 248-249.
32
Portanto, se o prejudicado não produzir prova de um dos dois dados, ainda que a
desproporção seja manifesta, não se configura a lesão invalidante.
Ademais, a premente necessidade não deve ser vista apenas sobre o prisma
da questão econômica, mas pode ter caráter meramente moral. Pense-se no caso
de alguém que precisa locar um apartamento para abrigar-se com sua família de
modo urgente e acaba por aceitar a locação por valor exorbitante por razão da
necessidade.
A inexperiência, por sua vez, não deve ser confundida com o nível cultural da
pessoa, mas em suas habilidades e conhecimento para lidar com a espécie de
contrato. Mesmo uma pessoa com muita cultura e com experiência em economia,
pode ser lesada, desde que não tenha experiência ao negócio específico que
contratou. Evidentemente que uma pessoa ignorante será mais facilmente exposta à
lesão, mas isto não é uma regra necessária.
O ônus da prova cabe ao lesado, que precisa demonstrar a existência de
estado necessidade ou a experiência ao negócio, igualmente que contraiu a
obrigação forçado por um destes dados; e, além disso, a significativa desproporção
entre a sua prestação e a contraprestação. É essencial, evidentemente, a
demonstração do nexo causal entre o estado de necessidade ou a inexperiência e a
conclusão do negócio, ou seja, que o negócio foi realizado somente por conta
daquelas circunstâncias.
33
Ibid., p. 253.
33
34
Ibid., p. 254.
34
3. O PEDIDO DE DEMISSÃO
35
MARTINEZ, Luciano. Curso de Direito do Trabalho, 3ª ed. 2012. Editora Saraiva. p. 97.
35
36
TRT-1 - RO: 00109855720135010054 RJ, Relator: EVANDRO PEREIRA VALADAO LOPES, Data de Julgamento:
02/06/2015, Quinta Turma, Data de Publicação: 17/06/2015.
36
40
GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho, 14ª Ed. Editora LTr. 2015. p. 1.270.
39
41
LORENZETTI, Ari Pedro. As nulidades no Direito do Trabalho. Editora LTr, 2008, p. 365.
40
e já vem repercutindo nos tribunais, tanto para impor reparações cabíveis, quanto
para anular atos, como a rescisão do contrato por iniciativa do
trabalhador”42(grifei). Os seguintes julgados são exemplificativos do tema:
Ressalta-se, além disso, que o assédio moral pode se dar por variadas formas,
desde coação positiva, como gestos, palavras ou atos, quanto em abstenção
proposital para obter o fim desejado, desde que prejudique o trabalhador e o incite a
pedir demissão. Assim refere Ari Pedro Lorenzetti sobre isso:
42
Ibid., p. 172.
43
TRT18, RO - 0010111-41.2012.5.18.0052, Rel. ELVECIO MOURA DOS SANTOS, 3ª TURMA, 02/04/2014.
44
TRT 4ª Região, RO 96.022110-7, Ac. 6ª T., 11.12.97, Rel. Juíza Teresinha Maria Delfina Signori Correia. DJE
26.1.98.
41
45
LORENZETTI, Ari Pedro. As nulidades no Direito do Trabalho. Editora LTr, 2008, p. 173.
46
DALLEGRAVE NETO, José Affonso, Contrato individual de trabalho: uma visão estrutural. São Paulo: LTr, 1998,
p. 123, Citado em LORENZETTI, Ari Pedro. As nulidades no Direito do Trabalho. Editora LTr, 2008, p. 174.
42
47
Acórdão, 2ª Turma. Processo nº TST-RR-1202-32.2014.5.02.0263. Data 26/10/2016.
48
TRT-4 - RO: 00100355820125040811 RS 0010035-58.2012.5.04.0811, Relator: JOÃO PEDRO SILVESTRIN, Data
de Julgamento: 29/11/2012, 1ª Vara do Trabalho de Bagé.
49
TRT-3 – RO: 00699201210703006, Relator: JOSÉ MARLON DE FREITAS, Data de Julgamento: 16/04/2013.
43
50
TRT-1. Recurso Ordinário : RO 00013157520145010501 RJ. Data de Julgamento 22 de Julho de 2015. Acesso
25/10/2017.
44
4 CONCLUSÃO
51
TRT-4 - Recurso Ordinário : RO 19513320105040231 RS 0001951-33.2010.5.04.0231. Data de Julgamento 13
de Julho de 2011. Acesso 25/10/2017.
52
TRT -14 - RECURSO ORDINARIO : RO 46920074031400 RO 00469.2007.403.14.00. Data de Julgamento 7 de
Novembro de 2007.
45
53
SÜSSEKIND, Arnaldo; LACERDA, Durval de; VIANNA, J. de Salgadas. Direito brasileiro do trabalho, v. 2, Rio de
Janeiro: Livraria Jacinto Editora, 1943, p. 27-8; Citado em LORENZETTI, Ari Pedro. As nulidades no Direito do
Trabalho. Editora LTr, 2008, p. 226, nota 67.
46
REFERÊNCIAS
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 1 : parte, 10ª ed.,
Saraiva, 2012. Versão Kindle.
GODINHO, Maurício. Curso de Direito do Trabalho, 14ª ed. Editora LTr, 2015.
MARTINS, Sergio Pinto. Direito Processual do Trabalho, 32ª ed., Editora Atlas,
2011.
MARTINS, Sérgio Pinto. Ato nulo e prescrição no Direito do Trabalho, pp. 181-200,
em Revista de Direito do Trabalho, ano 32, abril-junho, 2006.
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo III, atualizado
por Vilson Rodrigues Alves, 1ª ed, Editora Bookseller, 2000.
MIRANDA, Pontes de. Tratado de Direito Privado, Parte Geral, Tomo IV,
atualizado por Marcos Bernardes de Mello e Marcos Ehrhardt Jr., Editora Revista
dos Tribunais, 2013.
TRT 4ª Região, RO 96.022110-7, Ac. 6ª T., 11.12.97, Rel. Juíza Teresinha Maria
Delfina Signori Correia. DJE 26.1.98. Acesso 10/10/2017. < https://trt-
4.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/9032108/recurso-ordinario-ro-
1186005819955040732-rs-0118600-5819955040732>