Vous êtes sur la page 1sur 12

PAULA VERA GRANDEZI DA SILVA

RESENHAS CRITICAS ACADEMICAS


PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO EM INSUFICIÊNCIA CARDIACA EM
FASE AMBULATORIAL

SÃO PAULO
2018
SUMÁRIO

ARTIGO 01 – SOUZA, TL. PINHEIRO, DA. Avaliação funcional de cardiopatas


Avaliação funcional de cardiopatas após fisioterapia cardiovascular fase III após
fisioterapia cardiovascular fase III. Pensamento Plural: Revista Científica do São
João da Boa Vista, v.1, n.1, 2007.

ARTIGO 02 – SALES, V. MORAES, JR. CARNEIRO, H. ARAUJO, CFS. Respostas


cardiovasculares a partir da imersão na fase de recuperação do protocolo de
reabilitação cardíaca Revista Brasileira em Promoção da Saúde, vol. 24, núm. 2, pp.
123-128, abril-jun, 2011

ARTIGO 03 - CASTRO, VMN. VITORINO, PVO. Revisão integrativa sobre a


fisioterapia na reabilitação cardiovascular no Brasil. Estudos, Goiânia, v. 40, n. 4, p.
479-487, out./dez. 2013

ARTIGO 04 – BOTELHO, PM. SANTOS, CBC. BALDOINO,AS. Benefícios da


reabilitação cardíaca ambulatorial em pacientes pós infarto agudo do miocárdio.
Movimento e Saúde - Revista Inspirar, n 01, v 05, abril 2013.
ARTIGO 01 – SOUZA, TL. PINHEIRO, DA. Avaliação funcional de cardiopatas
Avaliação funcional de cardiopatas após fisioterapia cardiovascular fase III após
fisioterapia cardiovascular fase III. Pensamento Plural: Revista Científica do São João
da Boa Vista, v.1, n.1, 2007.

O objetivo do estudo foi avaliar a performance de pacientes cardiopatas que


passaram por protocolos de reabilitação na clinica escola da UNIFAE. A justificativa
para o uso dos protocolos vem da ênfase que a atividade física é bem aceita como um
agente terapêutico, a qual mostrado em diversos estudos que promova remodela[coes
positivas no organismo, dentre redução da freqüência cardíaca máxima, aumento do
volume sistólico, aumento da contratilidade miocárdica e hipertrofia cardíaca. tais
possuem impactos positivos para os pacientes que apresentaram algum tipo de doença
coronariana. são adaptações gerais que podem ser adquiridas com tempo de
treinamento, assim justificando a inclusão de indivíduos que passaram por DAC ou
IAM para protocolos de reabilitação.

Os indivíduos foram submetidos a um teste ergométrico de avaliação funcional,


em uma esteira de frenagem eletromagnética com potências de esforço crescentes,
caracterizando um teste de esforço em degrau contínuo, com o protocolo de Ellestad.
Esse é um teste máximo para esteira ergométrica e é usado, principalmente, em idosos,
por não exigir inclinações acentuadas.
A velocidade do teste fica entre 1,7 e 8,0 milhas por hora (mph) e a duração de
cada estágio varia de 2 a 3 minutos. Nos quatro primeiros estágios, a inclinação da
esteira é de 10%; e no quinto, aumenta-se a inclinação em 5% até o fim do teste, que
ocorre com 7 steps.
A carga foi aumentada até que os voluntários não conseguissem mais continuar
o teste, mesmo com os incentivos dados verbalmente para que eles continuassem, ou
quando algum sinal de PA ou FC assim contra indicassem a continuidade do mesmo. A
potência de trabalho foi, então, diminuída gradativamente. Quando os voluntários
atingiram a carga máxima do teste (sétimo step) diminuía-se a carga gradativamente
também.
Durante todo o teste os voluntários estavam conectados a um frequencímetro
para determinação da freqüência cardíaca. A PA também foi mensurada ao final de cada
potência de trabalho e também ao final do primeiro, terceiro e quinto minutos da
recuperação por meio de um esfigmomanômetro e de um estetoscópio pelo método
auscultatório, sempre no membro superior esquerdo.
Em seguida os pacientes realizaram treinamento físico da Reabilitação
Cardiovascular-fase III na Clínica Escola com alunos do último ano de Fisioterapia.
O treinamento consistiu em: Aquecimento, Condicionamento e Desaquecimento.
Chegando para a sessão, os pacientes tinham sua pressão arterial e sua
freqüência cardíaca aferidas, valores denominados como valores de repouso. Realizava-
se, então, a fase de Aquecimento, fase de duração média de dez minutos, composta por
exercícios de alongamentos, exercícios calistênicos e exercícios dinâmicos para que
houvesse pequena elevação da freqüência cardíaca, como preparação para uma fase de
aumento metabólico maior.

Os pacientes, então, realizavam a fase de Condicionamento propriamente dito,


fase de 25 a 30 minutos, composta de exercícios aeróbios dinâmicos, como caminhadas.
Essa fase era separada em “steps”, tempos em que se interrompia o exercício e aferia-se
tanto pressão arterial como freqüência cardíaca. As sessões de treinamento físico foram
realizadas duas vezes por semana com duração média total em torno de 60 minutos.
Todos os valores aferidos de cada paciente durante toda a sessão eram registrados em
uma ficha própria do setor de Cardiologia Ambulatorial. Após oito semanas de
Fisioterapia Cardiovascular-fase III, os pacientes foram submetidos novamente ao teste
de avaliação funcional, (Protocolo de Ellestad), seguindo exatamente os mesmos
moldes do primeiro teste

Os resultados apontam que o valor médio ± desvio padrão da carga máxima,


em steps, no primeiro teste, aquele realizado pelos voluntários antes do treinamento foi
de 4,12 ± 1,80 steps, variando de um mínimo de 2 a um máximo de 7 steps.
Já o valor médio dessa variável no segundo teste de avaliação funcional, após o
período de treinamento de Reabilitação Cardíaca Fase III, foi de 5,00 ± 1,85 steps,
variando de 2 a 7 steps.
Quando esses valores foram comparados com o teste t de Student, não se
encontraram diferenças estatisticamente significativas, com p>0,05. Esses resultados
demonstram adaptações fisiológicas do treinamento que resultam em maior
funcionalidade dos sistemas fisiológicos e permitem, portanto, maior performance aos
cardiopatas.
A Resposta da Pressão Arterial Sistólica na carga máxima do Teste de Esforço
O valor médio ± desvio padrão da PAS no primeiro teste, aquele realizado pelos
voluntários antes do treinamento foi de 165,00 ± 25,07 mmHg, variando de um mínimo
de 120 a um máximo de 190 mmHg.
Já o valor médio dessa variável no segundo teste de avaliação funcional, após o
período de treinamento de Reabilitação Cardíaca Fase III, foi de 150,00 ± 10,69 mmHg,
variando de 140 a 170 mmHg.
A resposta da Pressão Arterial Diastólica na carga máxima do Teste Crescente O
valor médio ± desvio padrão da PAD no primeiro teste, aquele realizado pelos
voluntários antes do treinamento, foi de 100,00 ± 19,27 mmHg, variando de um mínimo
de 80 a um máximo de 140 mmHg.
Já o valor médio dessa variável no segundo teste de avaliação funcional, após o
período de treinamento de Reabilitação Cardíaca Fase III, foi de 87,50 ± 12,81 mmHg,
variando de 70 a 110 mmHg.
Sobre as respostas de Freqüência Cardíaca (FC) na carga máxima do Teste
Crescente O valor médio ± desvio padrão da FC no primeiro teste, aquele realizado
pelos voluntários antes do treinamento, foi de 127,37 ± 11,87 mmHg, variando de um
mínimo de 114 a um máximo de 149 mmHg. Já o valor médio dessa variável no
segundo teste de avaliação funcional, após o período de treinamento de Reabilitação
Cardíaca Fase III, foi de 130,12 ± 8,07 mmHg, variando de 129 a 139 mmHg.

São conclusões específicas desse estudo: que carga máxima do segundo teste foi
maior que o primeiro; assim, após treinamento físico da Fisioterapia Cardiovascular os
cardiopatas apresentaram melhor condição de manter e suportar cargas maiores nos
testes de avaliação funcional. Em relação aos valores de Pressão Arterial na carga
máxima dos testes, tanto a Sistólica como a Diastólica apresentaram valor menor após
treinamento físico, mostrando menor sobrecarga cardiovascular. A Freqüência Cardíaca
na carga máxima dos testes foi menor após a Reabilitação Cardíaca, portanto, no
segundo teste comparado com o primeiro, também assegurando aos cardiopatas melhor
funcionalidade do sistema cardíaco, já que eles apresentaram esse valor menor, mesmo
com uma carga máxima maior.
Pontos importantes teóricos descritos no trabalho apontam:

O aquecimento é preventivo para complicações cardíacas, como arritmias e


lesões musculoesqueléticas. Após esses exercícios, a freqüência cardíaca era aferida,
valor denominado de pós-aquecimento. A fase de condicionamento tem objetivo de
atingir a chamada FC alvo ou FC treino, valor de FC do limiar de anaerobiose, ou seja,
momento metabólico máximo do exercício aeróbio, onde as adaptações fisiológicas são
estimuladas de forma máxima, e que a intensidade dessa fase é dada pela velocidade,
quando o paciente andava ou corria, dependendo do paciente estar ou não na faixa da
FC alvo, valor esse de 70 a 85% da FC máxima do teste de avaliação funcional
previamente realizado. O desaquecimento, composto por exercícios de alongamentos e
de relaxamentos, com objetivo de fazer as variáveis fisiológicas retornarem aos valores
basais. O desaquecimento tinha duração média de 10 minutos. Após essa fase,
novamente aferiam-se FC e PA de cada paciente. Descritos também em
Apresentam dados relevantes e coerentes sobre a metodologia que se apresenta
bem desenhado e reprodutível, com analise de dados detalhadas capazes de serem
comparados a outros estudos. Aliás, seguindo dados dos estudos de FORJAZ, 1998;
GHORAYEB 1999 e MENDES, 2006.
ARTIGO 02 – SALES, V. MORAES, JR. CARNEIRO, H. ARAUJO, CFS.
Respostas cardiovasculares a partir da imersão na fase de recuperação do protocolo de
reabilitação cardíaca Revista Brasileira em Promoção da Saúde, vol. 24, núm. 2, pp.
123-128, abril-jun, 2011

Trata-se de um estudo intervencional, descritivo e prospectivo, com abordagem


quantitativa, do Programa de Reabilitação Cardíaca do Núcleo de Atenção Médica
Integrada (NAMI) da Universidade de Fortaleza (UNIFOR), na cidade de Fortaleza,
estado do Ceará, Brasil, no período de agosto a setembro de 2008. A amostra foi
composta por 20 pacientes cardiopatas (portadores de infarto agudo do miocárdio,
cardiomegalia e hipertensão leve, moderada e grave), assintomáticos em suas atividades
físicas habituais, em repouso e aqueles que apresentam sintomas desencadeados pela
atividade física habitual, diagnosticados pelo médico do programa de reabilitação de
acordo com Classificação Funcional da Insuficiência Cardíaca da New York Heart
Association, os quais vêm-se mantendo estáveis clinicamente e participam do Programa
de Reabilitação Cardíaca. Foram excluídos aqueles que não apresentaram condições
clínicas para a imersão (dificuldades e instabilidade clínica ao entrar na piscina),
respostas hemodinâmicas anormais ao exercício, como aumento da pressão arterial,
arritmia, palpitações cardíacas e dispnéia.
Os dados foram coletados pelos próprios pesquisadores, com métodos
apropriados, durante três atendimentos, com intervalo de uma semana entre cada um
deles, o que permitiu eliminar a possibilidade de vieses potenciais nos resultados. Tais
procedimentos nos permitiram tirar conclusões significativas dos resultados. Os
atendimentos foram realizados pelos fisioterapeutas participantes do programa e
acompanhados pelos pesquisadores. As variáveis estudadas restringiram-se àquelas
contidas na ficha de avaliação: os valores de dispnéia, pela escala analógica modificada
de Borg para dispnéia, da pressão arterial, pela aferição do esfigmomanômetro,
colocado no braço esquerdo ao nível do coração e em posição sentada, da frequência
cardíaca, e da saturação de oxigênio medida pelo oxímetro de pulso sendo essas
variáveis verificadas no repouso, pós-exercício e pós-imersão. O protocolo de
atendimento aplicado consiste em aquecimento com exercícios de alongamentos e
caminhadas leves por 15 minutos, seguidos de endurance com caminhada acelerada por
um tempo de 30 minutos (obedecendo e aumentando a intensidade da caminhada de
acordo com o nível de tolerância de cada paciente). O desaquecimento, que representa a
fase de recuperação, tinha a duração de 10 minutos, com atividades de baixa
intensidade.
Para a análise dos resultados, utilizou-se, inicialmente, a estatística descritiva
para apresentar os dados em tabelas de distribuição de freqüências e percentuais.
Posteriormente, identificaram se as associações entre as variáveis frequência cardíaca,
pressão arterial, saturação e dispnéia nos estágios de repouso e pós-imersão, nos três
períodos de atendimento. Para isto, utilizou-se o Repeated Measures ANOVA, através
do relacionamento de todas as variáveis. Analisando a variância de medidas repetidas,
selecionaram-se apenas as que possuíam correlação forte e significativa para o estudo,
apresentando p<0,05.
RESULTADOS

Dos 20 pacientes atendidos, 14 (70%) eram do sexo masculino e 6 (30%), do sexo


feminino, com idade média de 56 ± 12 anos.
Os diagnósticos apresentados pelos pesquisados eram de 14 (70%) com hipertensão
arterial, 3 (15%) com insuficiência cardíaca, 2 (10%) com infarto agudo do miocárdio e
1 (5%) com cardiomegalia.
Podemos observar que, nos três atendimentos, houve alterações estatisticamente
significantes na frequência cardíaca.
No primeiro atendimento, um aumento de 23% comparado o repouso com o pós-
exercício (74,25 bpm, 91,95 bpm, respectivamente); confrontando o pós-exercício com
a pós-imersão, uma redução significante de 25% (91,95 bpm, 73,45 bpm
respectivamente).
Houve um aumento de 91% em relação ao repouso com o pós-exercício (77,25 bpm,
147,8 bpm respectivamente) apresentando redução de 96%, comparado o pós-exercício
com a pós-imersão (147,8 bpm, 75,15 bpm respectivamente).
No último atendimento, foi identificado um aumento de 17%, acareando o repouso com
o pós-exercício (77,9 bpm, 91,55 bpm respectivamente); mostrando uma redução de
26%, quando analisado o pós-exercício com a pós- imersão (91,55 bpm, 72,15bpm,
respectivamente).
Entre os valores de repouso e de pós-imersão, não houve diferença estatisticamente
significante ao comparar os resultados dos três atendimentos.
Não apresentaram diferenças estatisticamente significativas na pressão arterial sistólica
ao comparar os três momentos da avaliação e os três dias de atendimento.
Ainda Ao contrário, a pressão arterial diastólica apresentou redução nos três
atendimentos, quando comparados os valores de pós-exercício com pós-imersão, porém
sem significância estatística.
Em todos os pacientes, as variantes apresentaram valores iguais, em torno de 97%,
mantendo-se a mesma durante o repouso, o pós-exercício e a pós-imersão, não tendo,
portanto, significância estatística, quando comparados os três momentos da avaliação e
os três atendimentos.

CONCLUSAO
A aplicação da imersão como complemento terapêutico na fase de recuperação cardíaca
não gerou nenhuma repercussão clínica, havendo melhoras signi¿cativas do nível de
tolerância dos pacientes diante das suas atividades, sem apresentarem nenhuma
repercussão clínica depois da aderência ao programa de reabilitação cardíaca.

Os pontos fortes e positivos do estudo estão no trabalho em imersão desses


pacientes, algo até então pouco estudado para cardiopatas. A fase de protocolo dos
pacientes serem orientados a passarem pelo chuveiro, molhando-se rapidamente e, em
seguida, entrarem em piscina a uma temperatura de 30° C, variando o nível de imersão
entre linha axilar e processo xifóide faz com que haja o trabalho de vasodilatação e vaso
constrição ( trabalho também realizado por estudos russos que são adeptos da sauna,
esse estudo tem demonstrado efeitos benéficos dessa cultura). Com o propósito de
retornar o organismo às condições de repouso, com pressão arterial e frequência
cardíaca próximas aos valores basais, as atividades desenvolvidas na piscina foram as
mesmas praticadas em terra, diminuindo gradativamente sua intensidade, garantindo,
assim, um desaquecimento mais seguro, já que a interrupção abrupta do exercício pode
causar momentânea queda da pressão arterial por vasodilatação periférica, diminuição
da ação da bomba muscular e redução da pré-carga. Inclusive com a utilização de um
protocolo moderadamente simples, ima vez que nem todo sistema de saúde tem a
estrutura de vestiários com chuveiro e piscina para a realização do mesmo, porém o
protocolo é altamente viável de reprodução.
O estudo apresenta muitos benefícios de tal protocolo relata que uma série de
adaptações fisiológicas acontece no organismo, quando o individuo é submetido
submersão em água. Em respeito às respostas cardiopulmonares, o estudo demonstra
respostas satisfatórias nas variáveis de freqüência cardíaca e dispnéia, após a aplicação
da imersão na fase de recuperação, não apresentando nenhuma diferença quando
comparado o repouso com a pós-imersão, demonstrando os benefícios da imersão no
individuo: a sua freqüência cardíaca e sua dispnéia voltam aos valores de repouso,
sendo suficiente o tempo de terapia na água e adequados os procedimentos técnicos
realizados durante a fase de recuperação nestas variáveis.
A ausência de resultados estatisticamente significativos para PAS e SpO2 entre
os valores de repouso e pós-imersão foram justificados pela pequena amostra de
pacientes, número reduzido de atendimento e tempo de terapia,sendo sugerido a
realização de estudos futuros.
Outros estudos que relatam sobre a diminuição da freqüência cardíaca após a
imersão, o justificam pela ação da pressão hidrostática, deslocando o sangue presente
nos membros inferiores para a região do tórax, causando um aumento do retorno
venolinfático e do volume sanguíneo central, contribuindo, assim, para um aumento do
débito sistólico com diminuição do trabalho cardíaco, uma vez que o sistema
cardiopulmonar também é um bom reservatório sanguineo. Outros autores atribuem a
queda da freqüência cardíaca à profundidade e à temperatura da água, promovendo
trabalho com o retorno venoso. O bacana do estudo foi o relato do trabalho em diversas
alturas de água uma vez que foi evidenciado que a freqüência cardíaca é mais baixa
com a água na altura do tórax do que com a água pela cintura pélvica e quanto à
temperatura da água, a 25° C, a frequência cardíaca cai, ao passo que, em temperaturas
termoneutras, a queda da frequência é menor e, em águas quentes, a freqüência aumenta
significativamente, contribuindo para o principal beneficio. Dos quatro foi o estudo
mais bacana e completo, pois além de trazer toda a teoria, fez um protocolo diferenciado
dos estudos comumente encontrados nas bases de dados da área da saúde.
ARTIGO 03 - CASTRO, VMN. VITORINO, PVO. Revisão integrativa sobre a
fisioterapia na reabilitação cardiovascular no Brasil. estudos, Goiânia, v. 40, n. 4, p.
479-487, out./dez. 2013

O artigo é uma revisão integrativa da literatura que selecionou artigos de 2000 a


2013, pesquisas realizadas no Brasil nos idiomas Inglês e Português.
Foram excluídos os artigos publicados que apresentassem pesquisas com dados
referentes a outros países. As bases de dados científicos pesquisadas foram Bireme,
MEDLINE, LILACS, IBECS.
As palavras chaves combinadas com fator boleano E foram: medicina física e
reabilitação e doença das coronárias; reabilitação e insuficiência cardíaca; centros de
reabilitação e freqüência cardíaca; centros de reabilitação e doença das coronárias;
reabilitação e doenças cardiovasculares; insuficiência cardíaca e serviços hospitalares de
fisioterapia; insuficiência cardíaca e fisioterapia; doença das coronárias e fisioterapia;
freqüência cardíaca e fisioterapia; exercício e insuficiência cardíaca; exercício e doença
das coronárias; exercício e doenças cardiovasculares.
Para a verificação dos critérios de inclusão no estudo os artigos eram lidos em
seu resumo e quando eleito, lido na íntegra. Os artigos incluídos apresentaram a
seguinte distribuição por metodologia utilizada: 03 retrospectivos; 08 experimentais
prospectivos; 05 relatos de caso e 01 revisão bibliográfica.
Os estudos de fase I foram realizados com pacientes em pós-operatório de
transplante cardíaco e revascularização do miocárdio após evento de infarto agudo do
miocárdio (IAM).
Foram avaliados o EPAP (Expiratory Positive Airway Pressure), BiPAP (Bilevel
Positive Pressure Airway) com a fisioterapia respiratória convencional (FRC) e somente
a FRC; RPPI (pressão positiva respiratória intermitente) comparado com o incentivador
respiratório (IR) e os efeitos do exercício físico associado com padrões respiratórios.
A PEEP (pressão positiva expiratória) ideal encontrado, que não promove queda
pressórica para pacientes pós-transplante cardíaco foi de 5-10 cmH2O
Os achados das analises demostrasm que O BiPAP promoveu reestabelecimento
da função pulmonar de forma mais precoce quanto utilizado com a FRC em comparação
com a FRC isolada. Quando comparadas a utilização de RPPI e IR, observou-se que a
RPPI reverte a hipoxemia precocemente e a IR foi mais efetiva na melhora da força dos
músculos respiratórios.
Relatam ainda que exercícios físicos e padrão respiratório freqüentemente
utilizado no tratamento imediato do pós IAM mostraram-se efetivos e seguros.
Relata-se ainda sobre o uso da espirometria de incentivo (EI) associada com
EPAP comparada apenas com orientações sobre técnicas de tosse, mobilização precoce
e exercícios de respiração profunda.
Estudos sobre EI+EPAP apresentaram melhores resultados com relação a
dispnéia e sensação de esforço após o teste de caminhada de seis minutos (TC6) e
também melhor qualidade de vida.
Estudos sobre a percepção de pacientes submetidos a reabilitação cardiovascular
no pós-operatório cardíaco. Foram encontrados dados que a fisioterapia contribui para o
sucesso do processo de reabilitação pós-cirúrgica, mas contribui pouco na fase pré-
cirúrgica. Ainda estudos abordaram as fases I e II da reabilitação cardiovascular que
estudaram os efeitos de um protocolo com utilização da estimulação diafragmática
elétrica transcutânea (EDET), manobras (higiene brônquica e reexpansão
pulmonar), tem demonstrado resultados parecidos.

A conclusão é que a fase I é muito realizada em diversos ambientes hospitalares em


todo Brasil. Entretanto, estudos sobre o assunto são pouco freqüentes, visto que as
condutas e nomenclaturas são diferentes de um estudo para outro. Os protocolos
convencionais composto por aquecimento, exercício aeróbio e resistido e
desaquecimento são os mais estudados em centros de reabilitação cardiovascular e
hospitais. Entretanto, uma alternativa de protocolo está despertando o interesse dos
fisioterapeutas, a reabilitação não supervisionada, que tem apresentado bons resultados
com custos reduzidos. As principais formas de atuação da fisioterapia no Brasil
encontradas nos estudos estão voltadas para a fase III da Reabilitação Cardiovascular. O
principal grupo de pacientes atendidos no país é o de coronariopatas tanto antes quanto
após evento cardiovascular. As fases I e II ainda têm pouca atuação da fisioterapia, bem
como o acompanhamento dos pacientes abrangendo todas as fases; demonstrando bem o
cenário SUS, e contradizendo a situação estrutural do estudo de Sales,2011, pois os
paciente não tem a orientação médica de acompanhamento fisioterapêutico e menos
ainda encaminhamento a reabilitação cardíaca. Os serviços de fisioterapia têm que
contrabalancear custo x benefício onde por não ser o principal setor de investimento (
setor primário/ preventivo) acaba por trabalhar com protocolos de baixo custo e com
materiais muitas vezes defasados. Atente-se também que o cenário apresentado no
estudo de Goiânia utiliza estudos de todo Brasil, apontando as falhas dos programas de
reabilitação, onde centros de estudo que possuem bons protocolos com estrutura
apresentam dados mais significativos quanto a prevenção de novos eventos e melhorias
significativas na qualidade de vida. Porém tais protocolos ainda são restritos a
população sendo necessário mais estudos sobre o tema.
ARTIGO 04 – BOTELHO, PM. SANTOS, CBC. BALDOINO, AS. Benefícios da
reabilitação cardíaca ambulatorial em pacientes pós infarto agudo do miocárdio.
Movimento e Saúde - Revista Inspirar, n 01, v 05, abril 2013.

O objetivo dessa revisão da literatura é discutir os benefícios da Reabilitação


Cardíaca englobando exercícios aeróbicos e resistidos em pacientes pós-infarto agudo
do miocárdio na fase ambulatorial.
O estudo refere-se a uma revisão da literatura, sendo o levantamento
bibliográfico realizado nos bancos de dados SCIENCE DIRECT, PUBMED, SCIELO,
LILACS e Google Acadêmico; além de Teses, livros de Reabilitação Cardíaca e
Cardiologia. As palavras chave utilizadas foram: Infarto agudo do miocárdio,
reabilitação cardíaca, exercício aeróbico, exercício resistido, fisioterapia e os seus
correspondentes em inglês foram utilizados como palavras-chaves. Os critérios de
inclusão abrangem artigos em português e inglês relacionando os benefícios da
Reabilitação Cardíaca em pacientes pós infarto agudo do miocárdio quanto a melhora
do VO2 e força muscular, envolvendo exercícios aeróbicos e resistidos na fase
ambulatorial, publicados no período de 2002 a 2012 em periódicos ou revistas
indexadas, exceto um artigo de 1967 utilizado por sua relevância histórica. Foram
excluídos artigos de revisão sistemática da literatura; relacionados ao tratamento à fase
hospitalar; que englobasse o exercício aeróbico ou resistido com outra doença
cardiovascular; ou estivessem fora do período proposto.
Os resultados da busca nas bases de dados apontaram um total de 99 artigos
relativo à temática proposta, sendo estes divididos pelos seguintes números: SCIENCE
DIRECT (30), SCIELO (16), LILACS (12), PUBMED (17) e GOOGLE ACADÊMICO
(24). Dos artigos selecionados, nove discorrem sobre o benefício do exercício aeróbico,
quatro abrangem sobre o benefício do exercício resistido, doze relacionam a utilização
do exercício aeróbico em conjunto com o resistido e três demonstram a importância da
RCA na mortalidade. Dentre os nove artigos que envolvem os exercícios aeróbicos na
RCA em pacientes pós-IAM, têm-se cinco (05) randomizados e quatro (04) não
randomizados, sendo discutida a otimização da capacidade funcional através do
aumento do VO2 de pico, o incremento no tempo de exercício através da reserva de
perfusão miocárdica, além dos exercícios de alta, média e baixa intensidade.
O estudo relata sobre trabalhos que demonstram a importância da inserção dos
pacientes pós IAM em programas de RCA visando à prevenção dos fatores de risco e a
promoção de benefícios advindos da prática de exercício físico. Fala ainda que
sedentarismo é responsável direto pelo baixo condicionamento físico traduzido pela
redução no VO2 de pico, além da redução nos níveis de HDL-colesterol, elevados
níveis de triglicérides, aumento do peso corporal e diminuição da auto-
estima.apresentados em 7 estudos.
Refere que o exercício aeróbico é uma modalidade freqüentemente utilizada
como protocolo da RCA, sendo de fundamental importância à realização deste para
minimizar ou reverter às conseqüências advindas do IAM. Estudos demonstraram
melhora da capacidade física conseqüente ao aumento do VO2 de pico, devido a um
melhor desempenho cardiovascular, ainda utilizaram o exercício aeróbio de moderada
intensidade durante um período mínimo de 12 semanas com duração de 20-30 minutos e
5 minutos de aquecimento e desaquecimento como intervenção integrando 63 pacientes
na amostra.
Exercícios aeróbicos também foram englobados estes afirmam significativa
melhora nos parâmetros hemodinâmicos em repouso, entre eles, a capacidade
cardiorrespiratória.
Estudos referem exercícios aeróbios por 10 meses, com freqüência de três vezes
na semana e duração de 20-40 minutos a sessão, os relatos são de melhora da
capacidade funcional com aumento significativo do VO2 de pico, que foi diretamente
proporcional a maior capacidade de suportar esforços prolongados.
Os autores demonstram ainda redução do colesterol total, LDL-colesterol, níveis
séricos da glicose e aumento do HDL-colesterol.
Os efeitos do exercício aeróbico de baixa, moderada e alta intensidade foram
verificados após 4 semanas de treinamento físico em baixa intensidade não percebeu
diferença significativa em relação ao VO2 de pico.
Após 4 semanas de treinamento com exercícios aeróbicos de alta (AI) e
moderada intensidade (MI), duração de 45 minutos, com 33 pacientes pós-IAM,
percebeu-se que o treinamento de alta intensidade resulta em maior aumento da
capacidade funcional quando comparado com exercícios de moderada intensidade. O
autor confirma a hipótese de que o exercício de (AI) promove melhor resposta
vasodilatadora endotélio dependente e independente, correlacionando com provável
melhora na aptidão cardiorrespiratória.
Os resultados de alguns estudos também demonstraram que exercícios de AI são
superiores a exercícios de MI, a submissão de indivíduos com doença arterial
coronariana estável a exercícios de AI (80-90% VO2 pico), com tempo total em esteira
de 33 minutos e MI (50-60% VO2 pico) com tempo total de 41 minutos. Após 10
semanas, promoveu aumento de 17,9% no grupo de AI e 7,9% no grupo de MI.

Diante dos resultados destaca-se a combinação do aeróbico e resistido como


protocolo ideal, demonstrando maiores benefícios a curto e longo prazo. Além disso, a
prática ininterrupta dos exercícios impede que haja o descondicionamento, enfatizando
a importância da prática contínua.
É necessário a realização de novos estudos que abordem as duas modalidades
individual e conjuntamente, a fim de que se chegue a uma conclusão, além da
necessidade de protocolos com uso de imersão, com controles a nível de exames
laboratoriais, para que se possa documentar fielmente os achados já que há autores que
referem à prática do exercício resistido como um complemento ao exercício aeróbico.

Vous aimerez peut-être aussi