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2° Edição
HELDER GUERREIRO
2016
1
Deus seja Louvado.
Guerreiro, Helder
Eu odeio EDO 2ª ed./ Helder Guerreiro – Manaus, 2016.
Bibliografia
2
SUMÁRIO
1. Conselhos de um amigo 6
2. No início da sua vida antissocial - Problema de valor inicial 7
2.1 Teorema de existência e unicidade 7
2.2 Os sete passos 7
2.3 Primeiro Exemplo 8
2.4 Segundo Exemplo 9
3. Os mais lights - Variação de parâmetros e variáveis separáveis 10
3.1 Variação de parâmetros 10
3.1.1 Primeiro Exemplo 11
3.1.2 Exemplo sem variação de parâmetros 12
3.2 Variáveis separáveis 13
3.2.1 Primeiro Exemplo 13
3.2.2 Segundo Exemplo 13
3.2.3 Terceiro Exemplo 14
4. Ta ficando chato - Equações diferenciais exatas 15
4.1 A função solução 15
4.2 Primeiro Exemplo 16
4.3 Segundo Exemplo 17
4.4 Complicando a sua vida – Equação não exata em equação Exata 18
4.4.1 Primeiro Exemplo 18
4.5 Equação exata transformada – Fator integrante em função de y 20
4.5.1 Primeiro Exemplo 21
5. Uma alternativa interessante - Equações homogêneas 22
5.1 Primeiro Exemplo 23
6. Super Exemplo – Tá na hora de treinar 24
6.1 Equação homogênea 24
6.2 Variáveis separáveis 25
6.3 Equações exatas 25
6.4 Variação de parâmetros 26
6.5 Método comum 27
Um bônus para sua mente – Integral por partes 28
Exemplos 29
Integrais infinitas 30
3
Exemplo 31
Exercícios resolvidos – Já estou bonzinho demais 32
Primeira questão 32
Segunda questão 46
7. Lembranças de um futuro esquecido - Trajetórias ortogonais 56
7.1 Primeiro Exemplo 57
8. Equações de Riccati – Nome difícil para uma coisa difícil 58
8.1 Primeiro Exemplo 59
Exercícios resolvidos – Para não enferrujar 60
9. Equações lineares de segunda ordem – Aumentando o grau de dificuldade 68
9.1 Sua forma 68
9.2 Soluções gerais 68
9.3 Equação característica 69
9.4 Primeiro Exemplo 70
9.5 Segundo Exemplo 70
9.6 Terceiro Exemplo 71
10. Equações de Bernoulli e equações não lineares de segunda ordem 73
10.1 Equações de Bernoulli – Um dia você vai se lembrar desse nome 73
10.1.1 Primeiro Exemplo 73
10.2 Equação de 2º ordem não linear sem o termo em y 74
10.2.1 Primeiro Exemplo 75
10.3 Equação de 2º ordem não linear sem a variável independente t 76
10.3.1 Primeiro Exemplo 76
11. Conjunto fundamental de soluções – Álgebra? Me esquece por favor! 77
11.1 Primeiro Exemplo (Regra de Cramer) 78
11.2 Primeiro Exemplo (Sistema Comum) 79
11.3 Segundo Exemplo (Regra de Cramer) 80
11.4 Segundo Exemplo (Sistema Comum) 81
12. Equações características com raízes negativas – Sua vida cada vez mais negativa 83
12.1 Número Complexos 83
12.2 Equações características com raízes negativas 84
12.3 Primeiro exemplo 86
13. Equação de coeficientes variáveis – Sim, o demônio é real 86
13.1 Primeiro exemplo 88
14. Equações características com raiz única – Uma pegadinha básica 90
4
14.1 Primeiro exemplo 91
14.2 Segundo exemplo 91
15. Redução de Ordem – Domando o diabo 92
14.1 Primeiro exemplo 93
14.2 Primeiro Exemplo (método comum) 94
Exercícios resolvidos – Se parar, a bicicleta cai 96
Primeira questão 96
Segunda questão 100
Terceira questão 100
16. Equações de segunda ordem não homogenias com coeficientes constantes 104
16.1 Uma equação não homogenia – Ou seja, um saco de problema 104
Primeiro teorema 104
Segundo teorema 104
Explicando 105
16.2 Método dos coeficientes indeterminados – Sua vida indeterminada 105
16.3 Primeiro Exemplo 106
16.4 Segundo Exemplo 107
16.5 Terceiro Exemplo 107
16.6 Quarto Exemplo 108
17. Formas de equações não homogenias – Diferentes formas de sofrer 109
Terceiro Teorema 109
Explicação 110
17.1 Primeiro Exemplo 110
18 Caso especial de equação não homogênea – Ainda mais problemas 110
18.1 Exemplo destrutivo 111
18.2 Solução 111
18.3 Exemplo Construtivo 112
19. Variação de parâmetros – Variando a sua pressão 114
19.1 Primeiro Exemplo 116
19.2 Segundo exemplo (com formula) 117
20. Equações de ordem superior – Estamos ferrados 119
20.1 Primeiro Exemplo 119
5
1. Conselhos de um amigo
Olá, meu nome é Helder Guerreiro aluno de Engenharia Química na Universidade Federal do Amazonas
(UFAM), esses conselhos que lhe darei é para você que está pouco se lixando para a matéria ou está com uma grande
dificuldade em aprender a calcular as nossas queridas Equações Diferenciais Ordinárias.
Bom, primeiramente é importante falar a você que qualquer matéria que envolva matemática só pode ser
vencida se você pôr em prática as listas que o professor passa em sala. Faça quantas puder o mais rápido que puder,
dessa forma você está preparado para qualquer prova que vier pela frente. Nos meus estudos, percebi que a maior
dificuldade enfrentadas por muitos são as relíquias da morte do Cálculo I, ou seja, muitas pessoas ainda carregam a
cruz de não ter aprendido cálculo muito bem, aí sua alma fica dividia entre EDO e Cálculo que nem uma horcrux
(entendedores entenderão). Por isso, treine bem o seu cálculo, por que não adianta de nada saber tão bem os passos a
se fazer na prova e chegar no dia e ficar travado numa integral de cotg (x).
Nunca decore, aprenda! O importante aqui é que você consiga resolver as EDO’s que apareceram pela frente.
Esse curso está aí para que você tenha habilidades lá na frente, pois existem matérias que exigirão de você esse
conhecimento. Preste atenção nas dicas que eu te der, sabe por que? Por que eu sou um cara leigo como qualquer
outra pessoa, então eu sei muito bem o que é passar dificuldade numa matéria na faculdade.
Este material foi preparado durante meu 3° período da faculdade, onde uma turma imensa foi formada ao
comando de um ótimo professor. Todos os assuntos contidos nesta apostila foram baseados nas aulas do meu professor
de EDO, Prof. Carlos Wagner. Não usei o livro como base de meu conhecimento, pois o professor já se baseava nele
para nos dar aulas. Os assuntos contidos aqui não são necessariamente todos os assuntos de EDO, mas os que foram
possíveis em ser ministrados no período letivo de aula.
Agradeço por ter esta apostila em mãos e faça bom proveito. Esta apostila é e sempre será gratuita para quem
quiser de onde quer que seja, além de usá-la compartilhe-a também, pois assim como esta apostila pode lhe ajudar,
também pode ajudar outras pessoas.
6
2. No início da sua vida antissocial - Problema de valor inicial
“Se as funções p e q são contínuas num intervalo aberto 𝐼 = (𝛼, 𝛽), que contém o ponto 𝑡 = 𝑡0 , então existe uma única
função 𝑦 = ∅(𝑡) que satisfaz a equação diferencial:
𝑦 ′ + 𝑝(𝑡)𝑦 = 𝑞(𝑡)
Para cada 𝑡 ∈ 𝐼 e que também satisfaz a condição inicial: 𝑦(𝑡0 ) = 𝑦0 , onde 𝑦0 é um valor inicial arbitrário. ”
- Ou seja, este teorema está dizendo que 𝑦 ′ + 𝑝(𝑡)𝑦 = 𝑞(𝑡) é uma regra a se seguir para a resolução de PVI’s.
A regra geral apresentada pelo PVI deve ser da seguinte forma: 𝑦 ′ + 𝑝(𝑡)𝑦 = 𝑞(𝑡), basicamente consiste em não haver
coeficiente algum a frente do 𝑦′. Caso a equação não apresente essa forma, deve-se ajeita-la.
O integrante será encontrado da seguinte forma 𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 , basta pegar a função 𝑝(𝑡) integrar e depois usar como
expoente de “e”.
Do lado esquerdo da igualdade simplifique a expressão de tal forma que encontre a primitiva da derivada do produto
𝑑
dessa forma: [𝑘𝑥], e coloque uma integral no lado direito da igualdade anulando a derivada do lado esquerdo.
𝑑𝑥
Passo 5 Integrar
Trocando a integral do lado direito pelo seu resultado (não esqueça da constante C) hora de isolar o y, ao terminar de
isolá-lo essa será a solução geral.
Com a solução geral pronta use o ponto que foi dado pelo enunciado usando um valor para y e um para t e encontre o
valor de C. Depois volte a solução geral e substitua o valor de C.
7
2.3 Primeiro Exemplo
𝑡 3 𝑦 ′ 4𝑡 2 𝑦 𝑒 −𝑡 4 𝑒 −𝑡
𝑡 3 𝑦 ′ + 4𝑡 2 𝑦 = 𝑒 −𝑡 → + = → 𝑦 ′
+ 𝑦 =
𝑡3 𝑡3 𝑡3 𝑡 𝑡3
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡
4
∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑑𝑡 = 4ln|𝑡| = ln|𝑡 4 |
𝑡
4
𝜇(𝑡) = 𝑒 ln 𝑡 = 𝑡 4
4 𝑒 −𝑡 𝑡 4
𝑦 ′ + 𝑦 = 3 → 𝑡 4 𝑦 ′ + 4𝑡 3 𝑦 = 𝑡𝑒 −𝑡
𝑡 𝑡
𝑡 4 𝑦′ + 4𝑡 3 𝑦 𝑑
𝑡 4 𝑦 ′ + 4𝑡 3 𝑦 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑡 4 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑦𝑡 4 ] = 𝑡𝑒 −𝑡 → 𝑦𝑡 4 = ∫ 𝑡𝑒 −𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡
Integrar
Passo 5
∫ 𝑡𝑒 −𝑡 𝑑𝑡 = −𝑡𝑒 −𝑡 − 𝑒 −𝑡 + 𝑐
𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑦 𝑒 −𝑡 𝑒 −𝑡 𝑐
𝑦𝑡 4 = −𝑡𝑒 −𝑡 − 𝑒 −𝑡 + 𝑐 → 𝑦=− − 4 + 4
𝑡3 𝑡 𝑡
Passo 7 Solução do PVI
𝑦 = 0, 𝑡 = −1
𝑒 −𝑡 𝑒 −𝑡 𝑐 𝑒 𝑒 𝑐
𝑦=− − 4 + 4→0=− − + →𝑐=0
𝑡 3 𝑡 𝑡 (−1) 1 1
𝑐=0
𝑒 −𝑡 𝑒 −𝑡
𝑦=− − 4
𝑡3 𝑡
8
2.4 Segundo Exemplo
t𝑦 ′ 2𝑦 4𝑡 2 2
t𝑦 ′ + 2𝑦 = 4𝑡 2 → + = → 𝑦 ′ + 𝑦 = 4𝑡
𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡
2
∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑑𝑡 = 2ln|𝑡| = ln|𝑡 2 |
𝑡
2
𝜇(𝑡) = 𝑒 ln 𝑡 = 𝑡 2
2 𝑡2
𝑦 ′ + 𝑦 = 4𝑡 → 𝑡 2 𝑦 ′ + 2𝑡𝑦 = 4𝑡 3
𝑡
𝑡 2 𝑦′ + 2𝑡𝑦 𝑑
𝑡 2 𝑦 ′ + 2𝑡𝑦 = 4𝑡 3 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑡 2 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑦𝑡 2 ] = 4𝑡 3 → 𝑦𝑡 2 = ∫ 4𝑡 3 𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 5
Integrar
∫ 4𝑡 3 𝑑𝑡 → 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑔𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑎
4𝑡 4
∫ 4𝑡 3 𝑑𝑡 = +𝑐
4
∫ 4𝑡 3 𝑑𝑡 = 𝑡 4 + 𝑐
𝑖𝑠𝑜𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑦 𝑐
𝑦𝑡 2 = 𝑡 4 + 𝑐 → 𝑦 = 𝑡2 +
𝑡2
𝑦 = 2, 𝑡 = 1
𝑐 𝑐
𝑦 = 𝑡2 + →2=1+ →𝑐 =1
𝑡2 1
𝑐=1
1
𝑦 = 𝑡2 +
𝑡2
9
3. Os mais lights - Variação de parâmetros e variáveis separáveis
I. 𝑦 ′ + 𝑝(𝑡)𝑦 = 𝑞(𝑡)
a) Simplificando e integrar:
𝑑
[𝑦𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 ] = 0
𝑑𝑡
𝑑
∫ [𝑦𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 ]𝑑𝑡 = ∫ 0 𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑦𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑐
𝑦 = 𝑐(𝑡)𝑒 − ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡
c) Substituindo em I.
𝑦 ′ + 𝑝(𝑡)𝑦 = 𝑞(𝑡)
𝑐 ′ (𝑡)
= 𝑞(𝑡) → 𝜇 = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 → 𝑐 ′ (𝑡) = 𝑞(𝑡) 𝜇(𝑡)
𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡
10
3.1.1 Primeiro Exemplo
cos(𝑡) 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑑𝑢
∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑡)𝑑𝑡 = ∫𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑑𝑡 → { →∫
𝑢
= ln|𝑢|= ln|𝑠𝑒𝑛(𝑡)|
𝜇(𝑡) = 𝑒 𝑑𝑢 = cos(𝑡)𝑑𝑡
cos(𝑡)
𝑦 ′ 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦=0
𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑦 ′ 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + cos(𝑡) 𝑦 = 0
𝑑
[𝑦𝑠𝑒𝑛(𝑡)] = 0
𝑑𝑡
𝑦𝑠𝑒𝑛(𝑡) = 𝑐
𝑐
𝑦=
𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑐(𝑡)
𝑦= (𝑡𝑜𝑟𝑛𝑎𝑟 𝑐 𝑓𝑢𝑛çã𝑜)
𝑠𝑒𝑛(𝑡)
2
𝑐 ′ (𝑡) = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡) → 𝑐 ′ (𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑠𝑒𝑛(𝑡)
Substituindo c
𝑐 2𝑡 + 𝑘
𝑦= →𝑦=
𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
11
𝜋
2𝑡 + 𝑘 2( ) +𝑘
𝑦= →1= 2
𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝜋 → 1= 𝜋+𝑘 → 𝑘 = 1−𝜋
𝑠𝑒𝑛 ( )
2
Substituindo k
2𝑡 + 𝑘 2𝑡 + 1 − 𝜋
𝑦= →𝑦=
𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝜋
𝑦 ′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑡)𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑡) , 𝑦 ( ) = 1
2
cos(𝑡) 𝑢 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑑𝑢
∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑡)𝑑𝑡 = ∫𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑑𝑡 → { →∫
𝑢
= ln|𝑢|= ln|𝑠𝑒𝑛(𝑡)|
𝜇(𝑡) = 𝑒 𝑑𝑢 = cos(𝑡)𝑑𝑡
× 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑦 ′ + 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑡)𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑡) → 𝑦 ′ 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑡)𝑦 = 2𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
cos(𝑡) 2
𝑦 ′ 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦= 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑦 ′ 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + cos(𝑡) 𝑦 = 2
𝑑
[𝑦𝑠𝑒𝑛(𝑡)] = 2
𝑑𝑡
2𝑡 + 𝑐
𝑦𝑠𝑒𝑛(𝑡) = 2𝑡 + 𝑐 → 𝑦 =
𝑠𝑒𝑛(𝑡)
Substituindo c
2𝑡 + 𝑐 2𝑡 + 1 − 𝜋
𝑦= →𝑦=
𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
12
3.2 Variáveis separáveis
I. 𝑦 ′ + 𝑝(𝑥)𝑦 = 𝑞(𝑥)
Provando que I = II
𝑑𝑦
𝑦 ′ + 𝑝(𝑥)𝑦 = 𝑞(𝑥) → + 𝑝(𝑥)𝑦 = 𝑞(𝑥)
𝑑𝑥
𝑑𝑦
𝑑𝑥 + 𝑝(𝑥)𝑦𝑑𝑥 = 𝑞(𝑥)𝑑𝑥 (𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑑𝑥)
𝑑𝑥
𝑑𝑦 + 𝑝(𝑥)𝑦𝑑𝑥 = 𝑞(𝑥)𝑑𝑥
[𝑝(𝑥)𝑦
⏟ − 𝑞(𝑥)] 𝑑𝑥 + ⏟
1 𝑑𝑦 = 0
𝑀(𝑥,𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦)
𝑑𝑦 𝑥2
=
𝑑𝑥 1 − 𝑦 2
𝑦3 𝑥 3
𝑦− = +𝑐
3 3
𝑑𝑦 𝑦𝑐𝑜𝑠(𝑥)
= , 𝑦(0) = 1
𝑑𝑥 1 + 2𝑦 2
(1 + 2𝑦 2 )𝑑𝑦 𝑦𝑐𝑜𝑠(𝑥)𝑑𝑥 1
= → ( + 2𝑦) 𝑑𝑦 = cos(𝑥) 𝑑𝑥
𝑦 𝑦 𝑦
13
1
∫ ( + 2𝑦) 𝑑𝑦 = ∫ cos(𝑥) 𝑑𝑥 → ln|𝑦| + 𝑦 2 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝑐
𝑦
𝑦 = 1, 𝑥 = 0
ln|𝑦| + 𝑦 2 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 𝑐
ln|1| + 12 = sen(0) + c
0+1 =0+c→ c= 1
𝑐=1
ln|𝑦| + 𝑦 2 = 𝑠𝑒𝑛(𝑥) + 1
1
𝑦 2 (1 − 𝑥 2 )2 𝑑𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 , 𝑦(0) = 0
1 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑦 2 (1 − 𝑥 2 )2 𝑑𝑦 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥)𝑑𝑥 → 𝑦 2 𝑑𝑦 = 𝑑𝑥
√1 − 𝑥 2
𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥)
∫ 𝑦 2 𝑑𝑦 = ∫ 𝑑𝑥
√1 − 𝑥 2
𝑣 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥)
𝑦3
{ 𝑑𝑥 → = ∫ 𝑣𝑑𝑣
𝑑𝑣 = 3
√1 − 𝑥 2
𝑦3 𝑣 2
= +𝑐
3 2
2
𝑦 3 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥))
= +𝑐
3 2
𝑦 = 0, 𝑥 = 0
2
𝑦 3 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥))
= +𝑐
3 2
2
03 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(0)) 0
= +𝑐 →0= +𝑐 →𝑐 =0
3 2 2
𝑐=0
2
𝑦 3 (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥)) 3 2
= → 𝑦 3 = (𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛(𝑥))
3 2 2
14
4. Ta ficando chato - Equações diferenciais exatas
- Perceba que a derivada da função Ψ é igual a equação diferencial apresentada acima, se elas são iguais a
função é igual a equação que é igual a zero:
𝑑𝛹 = 0
∫ 𝑑𝛹 = ∫ 0 → 𝛹 = 𝑐 → 𝑥 2 + 𝑥𝑦 2 = 𝑐
Isso significa que a função 𝛹 é a solução para a equação diferencial proposta no enunciado, essa função por ser igual a
equação será igual a zero que ao integrar para encontrar a solução geral será igual a constante.
𝜕𝛹
= 𝑀(𝑥, 𝑦)
𝜕𝑥
𝜕𝛹
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
{ 𝜕𝑦
A partir desse sistema se encontrará a função solução, mas este sistema somente será possível SE E SOMENTE SE
𝜕𝑀 𝜕𝑁
= .
𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜕𝛹
= 𝑀(𝑥, 𝑦)
𝐼 𝜕𝑥
𝐷𝐼 𝜕𝛹
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
{ 𝜕𝑦
15
- Primeiro parte-se da derivada parcial em relação a x, integre o valor dos dois lados e pronto.
𝜕𝛹
∫ 𝑑𝑥 = ∫ 𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 𝜕𝛹
𝜕𝑥 Obs.:∫ 𝑑𝑥 = 𝛹(𝑥, 𝑦)
𝜕𝑥
𝜕𝛹
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
{ 𝜕𝑦
- Segundo, na derivada parcial em relação a y como o valor de M e N são os mesmos o mesmo valor que foi
𝜕𝛹
achado na derivada parcial em relação a x (valor de M) será o valor de y, pois se 𝑀(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) então =
𝜕𝑥
𝜕𝛹
.
𝜕𝑦
𝜕𝛹
Fazendo ∫ 𝑀(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 = 𝑅 + 𝑐 ∫ 𝑑𝑥 = 𝑅 + 𝑐
𝜕𝑥
𝜕𝛹 𝜕
= (𝑅 + 𝑐)
{ 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝜕𝛹
Com esse valor atribuído deriva-se o valor do resultado em relação a y, substitua o valor original de no lado
𝜕𝑦
esquerdo enquanto no lado direito fica o valor da 𝛹(𝑥, 𝑦) isso será o suficiente para encontrar a constante “c”, após
encontra-la integre dos dois lados.
A constante “c” neste caso está se comportando mais como uma função, ao derivá-lo não podemos zerá-lo e ao integrá-
lo não podemos adicionar uma variável, então vamos mudar seu nome para: 𝑐 = 𝑓(𝑦).
Após encontrar o valor de 𝑓(𝑦) substitua em 𝛹(𝑥, 𝑦) e pronto, sua função solução já está pronta.
Neste caso a função solução é a solução do PVI e a solução igual a uma constante “c” é a solução geral.
Essa constate “c” aparece por que após identificar a solução função reconheceremos que 𝑑𝛹 = 0, logo temos que 𝛹 = 𝑐.
𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑦 − 1
𝜕𝑀 𝜕𝑁
{ = 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑦 | = 𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑦 } São iguais!
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Passo 2 Sistema
𝜕𝛹
= 𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑦 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫(𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 2𝑥𝑒 𝑦 )𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑦 + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 𝜕𝛹
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹 →{
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑦
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
16
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑦 + 𝑓(𝑦)
{ →{
2 𝑦 2 𝑦
𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 𝑒 − 1 = 𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 𝑒 + 𝑓′(𝑦) 𝑓 ′ (𝑦) = −1
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑦 − 𝑦
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑐
𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 + 𝑥 2 𝑒 𝑦 − 𝑦 = 𝑐
𝜕𝑀 𝜕𝑁
{ = 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 − 2𝑠𝑒𝑛𝑥| = 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑠𝑦 − 2𝑠𝑒𝑛𝑥} São iguais!
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Passo 2 Sistema
𝜕𝛹
= 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦 − 2𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫(𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦 − 2𝑦𝑠𝑒𝑛𝑥)𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 𝜕𝛹
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹 →{
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑦
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
17
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑐
𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛𝑦 + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑥 = 𝑐
𝜕𝑀 𝜕𝑁
Uma equação não é exata quando: ≠
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Multiplicando pelo fator integrante temos: 𝑀(𝑥, 𝑦)𝜇(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑥, 𝑦)𝜇(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0 (𝐼)
𝜕 𝜕 𝜕𝑀 𝜕𝜇 𝜕𝑁 𝜕𝜇
[𝑀𝜇] = [𝑁𝜇] → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝜇+ 𝑀= 𝜇+ 𝑁
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝜇 𝜕𝜇
𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝜇 𝜕𝜇 𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝜇 𝜕𝜇 𝑁− 𝑀
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜇− 𝜇= 𝑁− 𝑀→( − )𝜇 = 𝑁− 𝑀→𝜇=
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑀 𝜕𝑁
−
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Devemos analisar o fator integrante somente com uma variável, então escolhe-se o x como variável padrão da função
𝜇, neste caso a sua derivada em relação a y deve ser desconsiderada valendo zero.
𝜕𝜇 𝜕𝑀 𝜕𝑁
𝑁 𝜇′ 𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜇′ −
𝜕𝑥 ′ 𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜇= →𝜇= → 𝜇( − )=𝜇𝑁→ =
𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜇 𝑁
− −
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥
Integrando
𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑁
𝜇′ − −
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥
∫ =∫ → ln|𝜇| = ∫
𝜇 𝑁 𝑁
Logo vemos que o fator integrante de uma equação que foi transformada para exata é:
𝜕𝑀 𝜕𝑁
−
𝜕𝑦 𝜕𝑥
∫
𝜇(𝑥) = 𝑒 𝑁
(3𝑥𝑦 + 𝑦 2 ) + (𝑥 2 + 𝑥𝑦)𝑦 ′ = 0
Passo 1 Organizar
𝑑𝑦
(3𝑥𝑦 + 𝑦 2 ) + (𝑥 2 + 𝑥𝑦) = 0 → (3𝑥𝑦 + 𝑦 2 )𝑑𝑥 + (𝑥 2 + 𝑥𝑦)𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑥
𝜇 = 𝜇(𝑥)
18
Passo 3 Multiplicar fator integrante desconhecido
(3𝑥𝑦 + 𝑦 2 )𝜇(𝑥) 𝑑𝑥 + ⏟
⏟ (𝑥 2 + 𝑥𝑦)𝜇(𝑥) 𝑑𝑦 = 0
𝑀(𝑥,𝑦) 𝑁(𝑥,𝑦)
𝜕𝑀
= (3𝑥 + 2𝑦)𝜇(𝑥)
𝜕𝑦
𝜕𝑁 2 ′
{ 𝜕𝑥 = (2𝑥 + 𝑦)𝜇(𝑥) + (𝑥 + 𝑥𝑦)𝜇 (𝑥)
𝜕𝑀 𝜕𝜇 𝜕𝑁 𝜕𝜇
A equação será exata se e somente se: 𝜇+ 𝑀= 𝜇+ 𝑁, então.
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜇′ 1 𝜇′ 1
𝜇(𝑥) = 𝑥𝜇 ′ (𝑥) → = → ∫ = ∫ → ln|𝜇| = ln|𝑥| → 𝜇(𝑥) = 𝑒 ln|𝑥| = 𝑥
𝜇 𝑥 𝜇 𝑥
Passo 7 Sistema
𝜕𝛹 𝑥 2𝑦2
= 3𝑥 2 𝑦 + 𝑥𝑦 2 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫(3𝑥 2 𝑦 + 𝑥𝑦 2 )𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3 𝑦 + + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 2
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹 →
𝜕𝛹
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦)
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
𝑥 2𝑦2 3
𝑥 2𝑦2
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 𝑦 +3
+ 𝑓(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 𝑦 + + 𝑓(𝑦)
2 2
→ ⏟
𝑥 3 + 𝑥 2𝑦 = ⏟
𝑥 3 + 𝑥 2 𝑦 + 𝑓 ′ (𝑦)
𝜕𝛹 𝜕 𝑥 2𝑦2
= (𝑥 3 𝑦 + + 𝑓(𝑦)) 𝜕𝛹 𝑁(𝑥,𝑦)
{ 𝜕𝑦 𝜕𝑦 2 { 𝜕𝑦
𝑥 2𝑦2 𝑥 2𝑦2
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3 𝑦 + + 𝑓(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3
𝑦 + + 𝑓(𝑦)
{ 2 →{ 2
𝑥 3 + 𝑥 2 𝑦 = 𝑥 3 + 𝑥 2 𝑦 + 𝑓 ′ (𝑦) 𝑓 ′ (𝑦) = 0
Passo 8 Integrar
𝑥 2𝑦2
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 3 𝑦 +
2
Passo 10 Solução geral
19
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
𝑥 2𝑦2
𝑐 = 𝑥 3𝑦 +
2
𝑥 2𝑦2
2𝑐 = 2𝑥 3 𝑦 + 2 → 2𝑥 3 𝑦 + 𝑥 2 𝑦 2 = 2𝑐
2
𝑥 2 𝑦 2 + 2𝑥 3 𝑦 = 𝑘
𝜕𝑀 𝜕𝑁
Esta equação não será exata se ≠ , neste caso deve-se encontrar um fator integrante que force a equação a ter o
𝜕𝑦 𝜕𝑥
resultado oposto, porém o fator integrante pode ser em função de x ou de y.
Multiplicando pelo fator integrante temos: 𝑀(𝑥, 𝑦)𝜇(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 + 𝑁(𝑥, 𝑦)𝜇(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = 0 (𝐼)
𝜕 𝜕 𝜕𝑀 𝜕𝜇 𝜕𝑁 𝜕𝜇
[𝑀𝜇] = [𝑁𝜇] → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝜇+ 𝑀= 𝜇+ 𝑁
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥
𝜕𝜇
Estamos analisando em função de y, então =0
𝜕𝑥
𝜕𝑀 𝜕𝜇 𝜕𝑁
𝜇+ 𝑀= 𝜇
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜕𝜇
𝜕𝜇 𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝜇 𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝑀
𝜕𝑦
𝑀= 𝜇− 𝜇→ 𝑀=( − )𝜇 → 𝜇 =
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑁 𝜕𝑀
−
𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜕𝜇 𝜕𝑁 𝜕𝑀
𝑀 𝜇′ 𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜇 ′ −
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
𝜇= →𝜇= → 𝜇( − ) = 𝜇′ 𝑀 → =
𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜇 𝑀
− −
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
Integrando
𝜕𝑁 𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑀
𝜇′ − −
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑦
∫ =∫ → ln|𝜇| = ∫
𝜇 𝑀 𝑀
Logo vemos que o fator integrante de uma equação que foi transformada para exata é:
𝜕𝑁 𝜕𝑀
−
𝜕𝑥 𝜕𝑦
∫
𝜇(𝑦) = 𝑒 𝑀
20
𝜕𝑀 𝜕𝑁 𝜕𝑁 𝜕𝑀
− −
𝜕𝑦 𝜕𝑥 𝜕𝑥 𝜕𝑦
∫ ∫
𝜇(𝑥, 𝑦) = (𝑒 𝑁 ,𝑒 𝑀 )
𝜕𝑀 𝜕𝑁
−
𝜕𝑦 𝜕𝑥 1−2𝑦 1 𝑢 = 2𝑥𝑦−𝑒 −2𝑦 1 𝑑𝑢 1
∫ =∫ = 1−2𝑦 ∫ →{ → −1 ∫ = ( −1)ln|𝑢|
𝜇(𝑥) = 𝑒 𝑁 2𝑥𝑦−𝑒 −2𝑦 2𝑥𝑦−𝑒 −2𝑦 𝑑𝑢 = 2𝑦𝑑𝑥 2𝑦 𝑢 2𝑦
1
( −1)ln|2𝑥𝑦−𝑒 −2𝑦 |
𝜇(𝑥) = 𝑒 2𝑦
Acho que ninguém gostaria de trabalhar com um fator integrante desse tipo.
𝜕𝑁 𝜕𝑀 1
− 𝑦(2 − )
∫
𝜕𝑥 𝜕𝑦
=∫
2𝑦 −1
= ∫
𝑦 1 1
= ∫ 2− = ∫ 2𝑑𝑦 −∫ 𝑑𝑦 = 2𝑦−ln|𝑦| 𝑒 2𝑦
𝜇(𝑦) = 𝑒 𝑀 𝑦 𝑦 𝑦 𝑦 = 𝑒 2𝑦−ln|𝑦| =
𝑒 ln|𝑦|
𝑒 2𝑦
𝜇(𝑦) =
𝑦
𝑒 2𝑦 𝑒 2𝑦 𝑒 2𝑦 −2𝑦
𝑦𝑑𝑥 + (2𝑥𝑦 − 𝑒 −2𝑦 )𝑑𝑦 = 0 → 𝑦𝑑𝑥 + (2𝑥𝑦 − 𝑒 ) 𝑑𝑦 = 0
𝑦 𝑦 𝑦
1
𝑒 2𝑦 𝑑𝑥 + (2𝑥𝑒 2𝑦 − ) 𝑑𝑦 = 0
𝑦
1
𝑀(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2𝑦 , 𝑁(𝑥, 𝑦) = 2𝑥𝑒 2𝑦 −
𝑦
Passo 4 Sistema
𝜕𝛹
= 𝑒 2𝑦 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫(𝑒 2𝑦 )𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2𝑦 𝑦 + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 𝜕𝛹
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹 →{
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑦
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2𝑦 𝑦 + 𝑓(𝑦)
2𝑦
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 + 𝑓(𝑦) 1
2𝑦
{𝜕𝛹 𝜕 2𝑦 → 2𝑥𝑒 − 𝑦 = 2𝑥𝑒⏟ 2𝑦 + 𝑓 ′ (𝑦)
= (𝑒 𝑥 + 𝑓(𝑦)) ⏟ 𝑁(𝑥,𝑦)
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝛹
{ 𝜕𝑦
21
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2𝑦 𝑦 + 𝑓(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2𝑦 𝑦 + 𝑓(𝑦)
{ 1 →{ ′ 1 1
2𝑥𝑒 2𝑦 − = 2𝑥𝑒 2𝑦 + 𝑓 ′ (𝑦) 𝑓 (𝑦) = − → 𝑓(𝑦) = − ln|𝑦| = ln | |
𝑦 𝑦 𝑦
1
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2𝑦 𝑦 + ln | |
𝑦
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
1
𝑐 = 𝑒 2𝑦 𝑦 + ln | |
𝑦
Perceba que quando o valor de M é complicado é melhor evita-lo usando fator integrante em função de x, e quando o
valor de N é complicado é melhor evita-lo usando fator integrante em função de y.
𝑑𝑦
= 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑑𝑥
Uma equação pode ser testada como homogênea mudando o seu domínio:
Após a mudança se o resultado for igual ao original, temos uma equação homogênea. A equação homogênea pode nos
ajudar pois toda equação homogênea pode se tornar uma equação de variáveis separáveis. Como? Toda equação
homogênea pode representada do jeito como está abaixo:
𝑑𝑦 𝑦
= 𝐹( )
𝑑𝑥 𝑥
Com isso podemos fazer uma substituição e trocar essa fração por uma variável simples como abaixo:
𝑦
𝑢= → 𝑦 = 𝑢𝑥
𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑢
𝑦 = 𝑢𝑥 → =𝑥 +𝑢
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑦 𝑑𝑢
= 𝐹( ) → 𝑥 + 𝑢 = 𝐹(𝑢)
𝑑𝑥 𝑥 𝑑𝑥
Depois dessa troca você substitui na equação e assim poderá manejá-la para que ela se transforme em uma equação
por variáveis separáveis. Não entendeu? Calma, veja esse exemplo abaixo primeiro e veja os passos.
22
5.1 Primeiro Exemplo
𝑑𝑦 𝑦 2 + 2𝑥𝑦
=
𝑑𝑥 𝑥2
Passo 1 Substituição por u
𝑦
𝑢= → 𝑦 = 𝑢𝑥
𝑥
𝑑𝑢
𝑥 + 𝑢 = 𝐹(𝑢)
𝑑𝑥
Passo 2 Retomando a equação
𝑑𝑢 𝑑𝑢
𝑥 = 𝑢2 + 2𝑢 − 𝑢 → 𝑥 = 𝑢2 + 𝑢
𝑑𝑥 𝑑𝑥
Passo 3 Variáveis separáveis
𝑑𝑢 𝑑𝑥
=
𝑢2 +𝑢 𝑥
Passo 4 Integrar
𝑑𝑢 𝑑𝑥
(𝐼) ∫ = (𝐼𝐼) ∫
𝑢2 + 𝑢 𝑥
𝑑𝑢 𝐴 𝐵 𝑢=0 𝐴=1
(𝐼) ∫ = + → 1 = 𝐴(1 + 𝑢) + 𝐵𝑢 → {
𝑢2 + 𝑢 𝑢 1 + 𝑢 𝑢 = −1 𝐵 = −1
𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑑𝑢 𝑢
∫ =∫ −∫ = ln|𝑢| − ln|1 + 𝑢| = ln | |
𝑢2+𝑢 𝑢 1+𝑢 1+𝑢
𝑑𝑥
(𝐼𝐼) ∫ = ln|𝑥| + 𝑐
𝑥
𝑢 𝑢 u
ln | | = ln|𝑥| + 𝑐 → aplicando função inversa → eln|1+𝑢| = eln|𝑥| ec → = xc
1+𝑢 1+u
y
x
u x+y y
= xc → = xc → = xc → y = xc(x + y)
1+u x x+y
23
6. Super Exemplo – Tá na hora de treinar
Está na hora de um super exemplo, que é a resolução de um único exercício usando todas as ferramentas
apresentadas aqui até agora, se você está com dúvida nas questões analise-as mais devagar e veja como efetuar cada
passo nas contas.
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
Passo 1 Organizar
𝑑𝑦 2𝑦
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 → 2𝑦𝑑𝑥 = 𝑥𝑑𝑦 → =
𝑑𝑥 𝑥
2𝑡𝑦 2𝑡𝑦 2𝑦
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = = =
𝑡𝑥 𝑡𝑥 𝑥
𝑑𝑢
𝑥 + 𝑢 = 𝐹(𝑢)
𝑑𝑥
Passo 4 Retomando a equação
𝑑𝑢 𝑑𝑢
𝑥 + 𝑢 = 2𝑢 → 𝑥 =𝑢
𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑢 𝑑𝑥
=
𝑢 𝑥
Passo 6 Integrar
𝑑𝑢 𝑑𝑥
∫ =∫
𝑢 𝑥
ln|𝑢| = ln|𝑥| + 𝑐
𝑢 = 𝑐𝑥
𝑢 = 𝑐𝑥 → y = cx 2
24
6.2 Variáveis separáveis
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑥 𝑑𝑦
2𝑦𝑑𝑥 = 𝑥𝑑𝑦 → =
𝑥 2𝑦
Passo 2 Integrar
𝑑𝑥 1 𝑑𝑦
∫ = ∫
𝑥 2 𝑦
1 1 1 1
ln|𝑥| = ln|𝑦| + ln|𝑐| → ln|𝑥| = (ln|𝑦| + ln|𝑐|) → ln|𝑥| = ln|𝑦𝑐|
2 2 2 2
1 1
ln|𝑥| = ln |𝑦𝑐 2 | → 𝑥 = 𝑦𝑐 2 → 𝑥 2 = 𝑦𝑐
𝑦 = 𝑐𝑥 2
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
𝜕𝑀 𝜕𝑁
−
∫
𝜕𝑦 𝜕𝑥
= ∫
2−(−1) 3
= ∫ − = −3 ∫
𝑑𝑥 1
=−3 ln|𝑥| =ln| 3 |
1
ln| 3 | 1
𝜇(𝑥) = 𝑒 𝑁 −𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 =𝑒 𝑥 =
𝑥3
2𝑦 1
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 → 3
𝑑𝑥 − 2 𝑑𝑦 = 0
𝑥 𝑥
Passo 3 Sistema
𝜕𝛹 2𝑦 2𝑦 𝑦
= 3 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫ ( 3 ) 𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = − 2 + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝜕𝛹 → →{ 𝜕𝛹
𝜕𝛹
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦)
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦 𝜕𝑦
𝑦
𝑦 𝛹(𝑥, 𝑦) = − 2 + 𝑓(𝑦)
𝛹(𝑥, 𝑦) = − 2 + 𝑓(𝑦) 𝑥
𝑥 1 1
{𝜕𝛹 𝜕 𝑦 → − 2 = − 2 + 𝑓 ′ (𝑦)
= (− 2 + 𝑓(𝑦)) ⏟ 𝑥 ⏟𝑥
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝑥 𝜕𝛹 𝑁(𝑥,𝑦)
{ 𝜕𝑦
25
𝑦
𝛹(𝑥, 𝑦) = − + 𝑓(𝑦) 𝑦
𝑥2 𝛹(𝑥, 𝑦) = − 2 + 𝑓(𝑦)
{ 1 1 →{ 𝑥
− 2 = − 2 + 𝑓 ′ (𝑦) 𝑓 ′ (𝑦) = 0 → 𝑓(𝑦) = 0
𝑥 𝑥
𝑦
𝛹(𝑥, 𝑦) = −
𝑥2
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
𝑦
𝑐=− → 𝑦 = −𝑐𝑥 2 → 𝑦 = 𝑐𝑥 2
𝑥2
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
𝑑𝑦 2𝑦 2𝑦
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0 → = → 𝑦′ = → 𝑥𝑦 ′ − 2𝑦 = 0
𝑑𝑥 𝑥 𝑥
𝑥𝑦 ′ 2𝑦 2𝑦
𝑥𝑦 ′ − 2𝑦 = 0 → − = 0 → 𝑦′ − =0
𝑥 𝑥 𝑥
Passo 3 Fator integrante
2 𝑑𝑥
−2 ∫ =−2 ln|𝑥| =ln|𝑥 −2 | −2 |
𝑒 ∫ 𝑝(𝑥)𝑑𝑥 = −∫𝑥𝑑𝑥 = 𝑥 = 𝑒 ln|𝑥 = 𝑥 −2
Passo 4
Multiplicar pelo fator integrante
2𝑦 𝑥 −2 2𝑦 𝑦 ′ 2𝑦
𝑦′ − = 0 → 𝑥 −2 𝑦 ′ − =0→ 2− 3 =0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑦 ′ 2𝑦
− =0
𝑥2 𝑥3
𝑑 𝑦
[ ]=0
𝑑𝑥 𝑥 2
𝑦
=𝑐
𝑥2
𝑦 = 𝑐𝑥 2
26
𝑐 ′ (𝑥) = 0𝑥 2 → 𝑐 ′ (𝑥) = 0
∫ 𝑐 ′ (𝑥) = ∫ 0𝑑𝑥
𝑐(𝑥) = 𝑐
𝑦 = 𝑐(𝑥)𝑥 2 → 𝑦 = 𝑐𝑥 2
2𝑦𝑑𝑥 − 𝑥𝑑𝑦 = 0
𝑥𝑦 ′ 2𝑦 2𝑦
𝑥𝑦 ′ − 2𝑦 = 0 → − = 0 → 𝑦′ − =0
𝑥 𝑥 𝑥
2 𝑑𝑥
−2 ∫ =−2 ln|𝑥| =ln|𝑥 −2 | −2 |
𝑒 ∫ 𝑝(𝑥)𝑑𝑥 = −∫𝑥𝑑𝑥 = 𝑥 = 𝑒 ln|𝑥 = 𝑥 −2
2𝑦 𝑥 −2 2𝑦 𝑦 ′ 2𝑦
𝑦′ − = 0 → 𝑥 −2 𝑦 ′ − =0→ 2− 3 =0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑦 ′ 2𝑦
− =0
𝑥2 𝑥3
𝑑 𝑦
[ ]=0
𝑑𝑥 𝑥 2
𝑦
=𝑐
𝑥2
𝑦 = 𝑐𝑥 2
Perceba que entre Variação de parâmetros e o Método comum, variação de parâmetro se torna inviável por que a
equação já tinha zero em sua igualdade.
De todas estas variáveis separáveis foi a técnica mais viável com apenas três passos e pouca conta, isso se dá, pois, a
equação estava visivelmente facilitando a separação.
27
Um bônus para sua mente – Integral por partes
𝑡
∫ 𝑡 2 𝑒 2 𝑑𝑡
Escolha as melhores opções para u e v, a variável u deve ser qualquer função que ao derivá-la uma ou mais vezes ela
possa zerar e a variável v deve ser uma função que ao integrá-la ou derivá-la ela nunca chegue a zero. O polinômio é a
melhor das escolhas para u, ele pode zerar e o neperiano nunca zera então ele será v.
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
. . .
𝑡
𝑡2 →
+
2𝑒 2
A variável u será derivada e ∙ ∙ ∙
a variável v será integrada 2𝑡 − 𝑡
∙ → 4𝑒 2
∙ ∙
+ 𝑡
42 → 8𝑒 2
[ ∙ ∙ ∙ ]
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
Variável u começa sendo simplesmente copiado, . . .
𝑡
não precisa deriva-lo ainda. 𝑡2 +
2𝑒 2
→
A variável v já começa a ser integrada logo na primeira aparição ∙ ∙ ∙
2𝑡 − 𝑡
∙ → 4𝑒 2
∙ ∙
+ 𝑡
42 → 8𝑒 2
[ ∙ ∙ ∙ ]
Após isso trace uma reta entre os dois,
isso significa que um será multiplicado pelo outro.
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
. . . Depois da reta traçada continue a derivar o u e a integrar o v
𝑡 sempre colocando as setas na mesma linha.
𝑡2 +
→ 2𝑒 2
∙ ∙ ∙
2𝑡 − 𝑡
Você irá derivar e integrar até a última
∙ → 4𝑒 2 derivada de u, ou seja, antes de zerá-lo.
∙ ∙
+ 𝑡
42 → 8𝑒 2
[ ∙ ∙ ∙ ]
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
. . .
𝑡
𝑡2 →
+
2𝑒 2
∙ ∙ ∙
2𝑡 − 𝑡
∙ → 4𝑒 2
∙ ∙
. + 𝑡
2 → 8𝑒 2
[∙ ∙ ∙ ]
28
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
Assim que já se chegou antes de zerar o u . . .
é hora de alternar sinais nas setas, isso é, 𝑡2 + 𝑡
colocar positivo e negativo nas setas sempre alternando os sinais. → 2𝑒 2
∙ ∙ ∙
2𝑡 − 𝑡
∙ → 4𝑒 2
∙ ∙
+
. 𝑡
Isso significa que esse sinal faz parte do v, ou seja, quando 8𝑒 2 2
→
o sinal for (+) o v será positivo, quando o sinal for (-) o v será ∙ ∙ ] [∙
negativo.
Esse sinal que aparece na reta é como se fosse uma multiplicação
-1 ou +1, ou seja, caso o v já esteja negativo e a seta estiver com o (-) então teremos uma simples multiplicação de
negativo com negativo que dará positivo.
O mesmo vale para o u, no final das contas o u sempre irá multiplicar com o seu respectivo v, ou seja, cuidado com o
jogo de sinais.
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
Para o resultado final, basta multiplicar . . .
os sinais e cada u com seu v e somar tudo 𝑡2 +
→ 2𝑒 2
𝑡
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+ 1
𝑡 → 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) 1 1
3 ∫ cos(2𝑡) 𝑡 𝑑𝑡 → 2 → 3 [𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + 𝑐𝑜𝑠(2𝑡) ]
− 1 2 4
1 → −cos(2𝑡)
[ 4]
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
3 𝑡 + 𝑡 3 𝑡 𝑡
∫ 𝑡𝑒 2 𝑑𝑡 → [ 𝑡 → 2𝑒 2 ] → [2𝑡𝑒 2 − 4𝑒 2 ]
2 − 𝑡 2
1 → 4𝑒 2
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+
∫ 𝑡𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑑𝑡 → [ 𝑡 → −𝑐𝑜𝑠(𝑡)] → −𝑡𝑐𝑜𝑠(𝑡) + 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑐
−
1 → −sen(𝑡)
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
. . .
𝑡
𝑡2 +
→ 2𝑒 2
3 𝑡 ∙ ∙ ∙ 3 𝑡 𝑡 𝑡
∫ 𝑡 2 𝑒 2 𝑑𝑡 → 2𝑡 − 𝑡 → [2𝑡 2 𝑒 2 − 8𝑡𝑒 2 + 16𝑒 2 ]
2 → 4𝑒 2 2
∙
∙ ∙
. + 𝑡
2 → 8𝑒 2
[∙ ∙ ∙ ]
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+
∫ 𝑡𝑒 −𝑡 𝑑𝑡 → [ 𝑡 → −𝑒 −𝑡 ] → −𝑡𝑒 −𝑡 − 𝑒 −𝑡 + 𝑐
−
1 → 𝑒 −𝑡
29
Integrais infinitas
Em alguns casos pode-se ocorrer o que chamo de integral infinita, é quando tanto u como v são funções que nunca
zerão e como o objetivo deste método é derivar o u até que o mesmo zere, nunca chegaremos ao fim. Veja uma integral
de exemplo abaixo:
𝑡
∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡
Neste caso a variável u e v pode ser tanto um como outro a sua resposta não sairá errada independente da variável
escolhida o que pode acontecer é só que a sua conta fique um pouco maior.
No caso de uma integral infinita seguimos os passos comuns ensinados antes, só que como dessa vez u nunca irá
zerar, o nosso objetivo agora será encontrar o núcleo da integral. O que é isso? Veja abaixo:
𝑡
∫⏟
2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡
𝑁ú𝑐𝑙𝑒𝑜
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
Perceba, o u escolhido foi + 𝑡
2cos(𝑡) → 2𝑒 2
o cosseno, depois de derivá-lo
∙ ∙ ∙
duas vezes voltamos para ele −2𝑠𝑒𝑛(𝑡) − 𝑡 Lembre-se: para encontrar o núcleo não dependemos das
e do outro lado o neperiano
→ 4𝑒 2
∙ ∙ ∙ constantes, elas simplesmente ficaram fora da integral.
não mudou, isso significa que 4−2cos(𝑡) + 𝑡
encontramos o núcleo. ∙ → 8𝑒 2
[ ∙ ∙ ]
Antes de começar a multiplicar os sinais, u e seus respectivos v, precisamos prestar atenção numa coisa muito
importante, essa integral por partes não foi terminada ela foi feita até o ponto em que o núcleo se repetisse. Então
preste atenção no formato da integral por partes:
∫ 𝑢𝑑𝑣 = 𝑢𝑣 − ∫ 𝑣𝑑𝑢
Perceba que dentro da integral do lado direito da igualdade o u já foi derivado, mas o v ainda não foi integrado, ou
seja, a integral só acontece quando o processo é totalmente terminado, isso significa dizer que o v não será integrado
na última fila, somente o u será derivado, assim:
30
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+ 𝑡
2cos(𝑡) → 2𝑒 2
∙ ∙ ∙ 𝑡 𝑡 𝑡
− 𝑡
−2𝑠𝑒𝑛(𝑡) → → 4𝑒 2 cos(𝑡) + 8𝑒 2 𝑠𝑒𝑛(𝑡) − 4 ∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡
4𝑒 2
∙ ∙ ∙
4−2cos(𝑡) + 𝑡
→ 8𝑒 2
[ ∙ ∙ ∙ ]
𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡 = 4𝑒 2 cos(𝑡) + 8𝑒 2 𝑠𝑒𝑛(𝑡) − 4 ∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡
Perceba que o 4 está do lado de fora da integral e não multiplica com o 2 que está lá dentro, isso porque o 2 faz parte
do núcleo. Devemos fazer tudo isso para que a integral mãe que originou tudo isso seja igual a uma outra integral
filha, se elas forem iguais podemos fazer uma simples conta de 𝑥 + 𝑥 = 2𝑥
𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡 = 4𝑒 2 cos(𝑡) + 8𝑒 2 𝑠𝑒𝑛(𝑡) − 4 ∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡
𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
4 ∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡 + ∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡 = 4𝑒 2 cos(𝑡) + 8𝑒 2 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑡 𝑡 𝑡
5 ∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡 = 4𝑒 2 cos(𝑡) + 8𝑒 2 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑡 4 𝑡 8 𝑡
∫ 2 cos(𝑡) 𝑒 2 𝑑𝑡 = 𝑒 2 cos(𝑡) + 𝑒 2 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑐
5 5
Exemplo
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+ 5𝑒 𝑡
𝑠𝑒𝑛(2𝑡) → ∙
∙ ∙ .
−
∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡 → 2 cos(2𝑡) →
𝑡 𝑡 𝑡
5𝑒 𝑡 → 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 − 2 cos(2𝑡) 5𝑒 − 4 ∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑑𝑡
∙ ∙ ∙
4−4𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + ∙
∙ → 5𝑒 𝑡
[ ∙ ∙ ]
31
Exercícios resolvidos – Já estou bonzinho demais
Primeira questão
- Determine a solução geral para cada equação diferencial dada e use-a para determinar como as soluções se
comportam quando 𝑡 → ∞
a) 𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑡𝑒 −𝑡 + 1
𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑡𝑒 −𝑡 + 1 → y ′ et + yet = t + et
Passo 3 Simplificar
𝑦′𝑒 𝑡 + 𝑒 𝑡 𝑦 𝑑
𝑦 ′ 𝑒 𝑡 + 𝑦𝑒 𝑡 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑒 𝑡 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑦𝑒 𝑡 ] = 𝑡 + 𝑒 𝑡 → 𝑦𝑒 𝑡 = ∫ 𝑡 𝑑𝑡 + ∫ 𝑒 𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑡2 𝑡2 𝑐
𝑦𝑒 𝑡 = + 𝑒𝑡 + 𝑐 → 𝑦 = 𝑡 + 1 + 𝑡
2 2𝑒 𝑒
𝑡→∞
𝑡2 𝑐 ∞2 𝑐
𝑦= + 1 + → 𝑦 = +1+ ∞
2𝑒 𝑡 𝑒𝑡 2𝑒 ∞ 𝑒
𝑦→1
32
b) 𝑦 ′ − 2𝑦 = 3𝑒 𝑡
3𝑒 𝑡
𝑦 ′ − 2𝑦 = 3𝑒 𝑡 → 𝑦 ′ 𝑒 −2𝑡 − 2𝑒 −2𝑡 𝑦 = → y ′ e−2t + (−2ye−2t ) = 3e−t
𝑒 2𝑡
Passo 3 Simplificar
𝑑
[𝑦𝑒 −2𝑡 ] = 3𝑒 −𝑡 → 𝑦𝑒 −2𝑡 = ∫ 3𝑒 −𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡
−3𝑒 −𝑡 𝑐
𝑦𝑒 −2𝑡 = −3𝑒 −𝑡 + 𝑐 → 𝑦 = −2𝑡
+ −2𝑡
𝑒 𝑒
𝑡→∞
−3𝑒 2𝑡
𝑦= + 𝑒 2𝑡 𝑐 → 𝑦 = −3𝑒 ∞ + 𝑒 2∞ 𝑐
𝑒𝑡
33
𝑦
c) 𝑦 ′ + = 3cos(2𝑡) (𝑡 > 0)
𝑡
1
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑡 𝑑𝑡 = ln|𝑡| = 𝑒 ln|𝑡| = 𝑡
Passo 2
Multiplicar o fator integrante
𝑦
𝑦′ + = 3cos(2t) → y ′ t + y = 3tcos(2t)
𝑡
Passo 3 Simplificar
𝑦′𝑡 + 1𝑦 𝑑
𝑦 ′ 𝑡 + 𝑦 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑡]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑦𝑡] = 3tcos(2𝑡) → 𝑦𝑡 = ∫ 3tcos(2𝑡) 𝑑𝑡
𝑑𝑡
𝑢=𝑡 𝑑𝑣 = cos(2𝑡)𝑑𝑡 1 1
3 ∫ cos(2𝑡) 𝑡 𝑑𝑡 → 𝑝𝑜𝑟 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑒𝑠 → { 1 → 𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) − ∫ 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) 𝑑𝑡
𝑑𝑢 = 𝑑𝑡 𝑣 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) 2 2
2
1 1
𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) − ∫ 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) 𝑑𝑡
2 2
𝑢 = 2𝑡
{
𝑑𝑢 = 2𝑑𝑡 → 𝑑𝑡 = 𝑑𝑢/2
1 𝑑𝑢 1 1
∫ sen(𝑢) = ∫ sen(𝑢) 𝑑𝑢 = −cos(2𝑡)
2 2 4 4
1 1
3 ∫ cos(2𝑡) 𝑡 𝑑𝑡 = 3 [𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + cos(2𝑡) ]
2 4
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+ 1
𝑡 → 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) 1 1
3 ∫ cos(2𝑡) 𝑡 𝑑𝑡 → 2 → 3 [𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + 𝑐𝑜𝑠(2𝑡) ]
− 1 2 4
1 → −cos(2𝑡)
[ 4]
34
Passo 5 Solução PVI
𝑡→∞
3 3
𝑦𝑡 = 𝑡𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + cos(2𝑡) + 𝑐
2 4
3 3 𝑐
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + cos(2𝑡) +
2 4𝑡 𝑡
𝑠𝑒𝑛(2∞)3 cos(2∞) 3 𝑐
𝑦= + +
2 4∞ ∞
35
d) 2𝑦 ′ + 𝑦 = 3𝑡
Passo 1 Organizar
2𝑦 ′ 𝑦 3 𝑦 3
2𝑦 ′ + 𝑦 = 3𝑡 → + = 𝑡 → 𝑦′ + = 𝑡
2 2 2 2 2
1 1 1
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫2𝑑𝑡 =2𝑡 = 𝑒 2t
Passo 4 Simplificar
1 1
1 𝑒 2𝑡 3 1 𝑒 2𝑡 1
𝑑 1
𝑒 2𝑡 𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑡𝑒 2𝑡 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → + 𝑦′𝑒 2𝑡
𝑦 → [𝑦𝑒 2𝑡 ]
2 2 2 𝑑𝑡
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑑 1 3 1 1 3 1
[𝑦𝑒 2𝑡 ] = 𝑡𝑒 2𝑡 → 𝑦𝑒 2𝑡 = ∫ 𝑡𝑒 2𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡 2 2
Integrar
Passo 5
𝑡 3 𝑡
𝑦𝑒 2 = ∫ 𝑡𝑒 2 𝑑𝑡
2
Método rápido
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
3 𝑡 + 𝑡 3 𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
∫ 𝑡𝑒 2 𝑑𝑡 → [ 𝑡 → 2𝑒 2 ] → [2𝑡𝑒 2 − 4𝑒 2 ] → 2𝑡𝑒 2 − 6𝑒 2 + 𝑐
2 − 𝑡 2
1 → 4𝑒 2
𝑡→∞
𝑐
y = 2𝑡 − 6 + 𝑡
𝑒2
𝑐
y = 2∞ − 6 + ∞
𝑒2
𝑦 → −6
e) 𝑦 ′ + 𝑦 = 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)
36
Passo 1 Encontrar o fator integrante
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑑𝑡 =𝑡 = 𝑒 𝑡
𝑦 ′ + 𝑦 = 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡) → 𝑒 𝑡 𝑦 ′ + 𝑒 𝑡 𝑦 = 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡
Passo 3 Simplificar
𝑦′𝑒 𝑡 + 𝑒 𝑡 𝑦 𝑑
𝑦 ′ + 𝑦 = 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡) → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑒 𝑡 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑦𝑒 𝑡 ] = 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 → 𝑦𝑒 𝑡 = ∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 4
Integrar
Ambas as funções na integral são funções que nunca zerão ao derivar, nesse caso esta integral se tornará uma
integral por partes infinita se for resolvida pelo método convencional de integração por partes.
Como ambas as funções podem ser tanto “u” como “dv” na escolha de variáveis devemos selecionar a escolha que
tornará a conta menor possível.
A integração por partes irá terminar quando a integral ∫ 𝑣𝑑𝑢 que é resultante da integração por partes obter uma
aparência idêntica à sua integral original (∫ 𝑢𝑑𝑢) independente de constantes.
Para isso coloque a constante 5 na conta, para que no final∫ 𝑢𝑑𝑢 = ∫ 𝑣𝑑𝑢
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+ 1
5𝑒 𝑡 → − cos(2𝑡)
2
∙ ∙ 1
−
5𝑒 𝑡 → − 𝑠𝑒𝑛(2𝑡)
4 5 cos(2𝑡)𝑒 𝑡 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 1
∙ ∙ 1
∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡 → + →− + + − + ∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡
5𝑒 𝑡 → cos(2𝑡) 2 4 8 16 16
∙ 8
∙ 1
−
5𝑒 𝑡 → 𝑠𝑒𝑛(2𝑡)
. 16
. 1
5𝑒 𝑡 +
− cos(2𝑡)]
[ → 32
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+ 5𝑒 𝑡
𝑠𝑒𝑛(2𝑡) → ∙
∙ ∙ .
−
∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡 → 2 cos(2𝑡) →
𝑡 𝑡 𝑡
5𝑒 𝑡 → 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 − 2 cos(2𝑡) 5𝑒 − 4 ∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑑𝑡
∙ ∙ ∙
4−4𝑠𝑒𝑛(2𝑡) + ∙
∙ → 5𝑒 𝑡
[ ∙ ∙ ]
37
4 ∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡 + ∫ 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 𝑑𝑡 = 5𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 − 2 cos(2𝑡) 5𝑒 𝑡
⏟ ⏟
4𝑥 𝑥
4x + x = 5x
𝑦𝑒 𝑡 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 − 2 cos(2𝑡) 𝑒 𝑡 + 𝑐
𝑠𝑒𝑛(2𝑡)𝑒 𝑡 2 cos(2𝑡) 𝑒 𝑡 𝑐 𝑐
𝑦= 𝑡
− 𝑡
+ 𝑡 → 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) − 2cos(2𝑡) + 𝑡
𝑒 𝑒 𝑒 𝑒
𝑡→∞
𝑐
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(2𝑡) − 2cos(2𝑡) +
𝑒𝑡
𝑐
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(2∞) − 2cos(2∞) +
𝑒∞
38
f) (1 + 𝑡 2 )𝑦 ′ + 4𝑡𝑦 = −2(1 + 𝑡 2 ) → (1 + 𝑡 2 )𝑦 ′ + 4𝑡𝑦 = −2 − 2𝑡 2
(1 + 𝑡 2 )𝑦 ′ + 4𝑡𝑦 = 0
Passo 2 Organizar
4𝑡𝑦
𝑦′ + =0
1 + 𝑡2
4𝑡 𝑡 2 𝑑𝑢 2
∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ = 4∫ 𝑑𝑡→ { 𝑢=𝑡 +1 →2 ∫ =2 ln|𝑢| =2 ln|𝑡 2 +1|= ln|(𝑡 2 +1) |
𝜇(𝑡) = 𝑒 1+𝑡 2 1+𝑡 2 𝑑𝑢=2𝑡𝑑𝑡 𝑢
2 +1)2 |
𝜇(𝑡) = 𝑒 ln|(𝑡 → (𝑡 2 + 1)2
Passo 5 Simplificar
𝑑
[𝑦(𝑡 2 + 1)2 ] = 0 → 𝑦(𝑡 2 + 1)2 = ∫ 0𝑑𝑡
𝑑𝑡
Integrar
Passo 6
𝑐(𝑥)
𝑦(𝑡 2 + 1)2 = 𝑐 → 𝑦 =
(𝑡 2 + 1)2
𝑐 ′ (𝑥) = 𝑞(𝑥)𝜇(𝑥)
𝑐(𝑥) = −2 ∫ 𝑡 6 𝑑𝑡 − 6 ∫ 𝑡 4 𝑑𝑡 − 6 ∫ 𝑡 2 𝑑𝑡 − 2 ∫ 𝑑𝑡
2𝑡 7 6𝑡 5 6𝑡 3
𝑐(𝑥) = − − − − 2𝑡 + 𝑐
7 5 3
39
Passo 8 Solução geral
2𝑡 7 6𝑡 5 6𝑡 3
𝑐(𝑥) (− − − − 2𝑡 + 𝑐)
7 5 3
𝑦= 2 → 𝑦 =
(𝑡 + 1)2 (𝑡 2 + 1)2
2𝑡 7 6𝑡 5 6𝑡 3 2𝑡 𝑐
𝑦=− − − − +
7(𝑡 2+ 1) 2 2
5(𝑡 + 1) 2 3(𝑡 + 1)2 (𝑡 2 + 1)2 (𝑡 2 + 1)2
2
𝑡→∞
40
2
g) 𝑦 ′ + 2𝑡𝑦 = 2𝑡𝑒 −𝑡
Passo 3 Simplificar
2 2
2 2 𝑦′𝑒 𝑡 + 2𝑡𝑒 𝑡 𝑦 𝑑 2
𝑦 ′ 𝑒 𝑡 + 2𝑡𝑒 𝑡 𝑦 = 2𝑡 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑒 𝑡 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑 2 2
[𝑦𝑒 𝑡 ] = 2𝑡 → 𝑦𝑒 𝑡 = ∫ 2𝑡𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 4
Integrar
∫ 2𝑡𝑑𝑡 = 𝑡 2 + 𝑐
2 𝑡2 𝑐
𝑦𝑒 𝑡 = 𝑡 2 + 𝑐 → 𝑦 = 2 + 2
𝑒𝑡 𝑒𝑡
Passo 6 Solução PVI
𝑡→∞
𝑡2 𝑐
𝑦= 2 + 2
𝑒𝑡 𝑒𝑡
∞2 𝑐
𝑦= 2 + 2
𝑒∞ 𝑒∞
41
h) 𝑦 ′ − 2𝑦 = 𝑡 2 𝑒 2𝑡
Passo 3 Simplificar
𝑑
[𝑦𝑒 −2𝑡 ] = 𝑡 2 → 𝑦𝑒 −2𝑡 = ∫ 𝑡 2 𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 4 Integrar
𝑡3
∫ 𝑡 2 𝑑𝑡 = +𝑐
3
𝑡3
𝑦𝑒 −2𝑡 = +𝑐
3
Passo 6 Solução PVI
𝑡→∞
∞3 𝑒 2∞
𝑦= + 𝑐𝑒 2∞
3
42
i) 𝑡𝑦 ′ + 2𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
Passo 1 Organizar
2 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑡𝑦 ′ + 2𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) → 𝑦 ′ + 𝑦=
𝑡 𝑡
2 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑦′ + 𝑦= → 𝑦 ′ 𝑡 2 + 2𝑡𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑡
𝑡 𝑡
Passo 4 Simplificar
𝑦′𝑡 2 + 2𝑡𝑦 𝑑
𝑦 ′ 𝑡 2 + 2𝑡𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑡 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑦𝑡 2 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑦𝑡 2 ] = 𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑡 → 𝑦𝑡 2 = ∫ 𝑡𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 5 Integrar
Método rápido
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
+
∫ 𝑡𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑑𝑡 → [ 𝑡 → −𝑐𝑜𝑠(𝑡)] → −𝑡𝑐𝑜𝑠(𝑡) + 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑐
−
1 → −sen(𝑡)
cos(𝑡) 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑐
𝑦𝑡 2 = −𝑡𝑐𝑜𝑠(𝑡) + 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 𝑐 → 𝑦 = − + + 2
𝑡 𝑡2 𝑡
𝑡→∞
cos(∞) 𝑠𝑒𝑛(∞) 𝑐
𝑦=− + 2
+ 2
∞ ∞ ∞
43
j) 𝑡𝑦 ′ − 𝑦 = 𝑡 2 𝑒 −𝑡
Passo 1 Organizar
𝑦
𝑡𝑦 ′ + 𝑦 = 𝑡 2 𝑒 −𝑡 → 𝑦 ′ + (− ) = 𝑡𝑒 −𝑡
𝑡
1 1 1
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 =− ∫ 𝑡 𝑑𝑡 = −ln|𝑡|
= 𝑒 ln| 𝑡 | =
𝑡
𝑦 1 1
𝑦 ′ + (− ) = 𝑡𝑒 −𝑡 → 𝑦 ′ + (− 2 ) 𝑦 = 𝑒 −𝑡
𝑡 𝑡 𝑡
Passo 4 Simplificar
1 1
1 1 𝑦′ + (− 2 ) 𝑦 𝑑 𝑦
𝑦 ′ + (− 2 ) 𝑦 = 𝑒 −𝑡 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡 𝑡 → [ ]
𝑡 𝑡 𝑑𝑡 𝑡
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑑 𝑦 𝑦
[ ] = 𝑒 −𝑡 → = ∫ 𝑒 −𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑡 𝑡 𝑡
Passo 5 Integrar
∫ 𝑒 −𝑡 𝑑𝑡 = −𝑒 −𝑡 + 𝑐
𝑦 𝑡
= −𝑒 −𝑡 + 𝑐 → 𝑦 = − 𝑡 + 𝑡𝑐
𝑡 𝑒
Passo 7 Solução PVI
𝑡→∞
∞
𝑦=− + ∞𝑐
𝑒∞
44
k) 2𝑦 ′ + 𝑦 = 3𝑡 2
Passo 1 Organizar
𝑦 3 2
2𝑦 ′ + 𝑦 = 3𝑡 2 → 𝑦 ′ + = 𝑡
2 2
𝑡 𝑡
𝑡 𝑒2 3 𝑡 𝑒2𝑡
𝑑 𝑡
𝑦′𝑒 2 + 𝑦 = 𝑡 2 𝑒 2 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑦′𝑒 2
+ 𝑦 → [𝑦𝑒 2 ]
2 2 2 𝑑𝑡
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑑 𝑡 3 𝑡 𝑡 3 𝑡
[𝑦𝑒 2 ] = 𝑡 2 𝑒 2 → 𝑦𝑒 2 = ∫ 𝑡 2 𝑒 2 𝑑𝑡
𝑑𝑡 2 2
Passo 5 Integrar
Método rápido
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
. . .
𝑡
𝑡2 →
+
2𝑒 2
3 𝑡 ∙ ∙ ∙ 3 𝑡 𝑡 𝑡
∫ 𝑡 2 𝑒 2 𝑑𝑡 → 2𝑡 − 𝑡 → [2𝑡 2 𝑒 2 − 8𝑡𝑒 2 + 16𝑒 2 ]
2 → 4𝑒 2 2
∙
∙ ∙
. + 𝑡
2 → 8𝑒 2
[∙ ∙ ∙ ]
𝑐
𝑦 = 3𝑡 2 − 12𝑡 + 24 + 𝑡
𝑒2
𝑡→∞
𝑐
𝑦 = 3∞2 − 12∞ + 24 + ∞
𝑒2
𝑦 → 24
45
Segunda questão
- Determine explicitamente a solução do problema de valor inicial dado.
1
a) 𝑦 ′ = (1 − 2𝑥)𝑦 2 , 𝑦(0) = −
6
𝑑𝑦 𝑑𝑦
= (1 − 2𝑥)𝑦 2 → 2 = (1 − 2𝑥)𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑦
Passo 2 Integrar
𝑑𝑦 1
∫ 2
= ∫(1 − 2𝑥)𝑑𝑥 → − = 𝑥 − 𝑥 2 + 𝑐
𝑦 𝑦
1 1 𝑥 𝑐
− = 𝑥(1 − 𝑥) + 𝑐 → − = (1 − 𝑥) +
𝑦 𝑦 2 2
1
𝑦 = −𝑥 𝑐
(1 − 𝑥) +
2 2
1
𝑦(0) = −
6
1 1 𝑐 1
− =−𝑐 → =1→𝑐=
6 12 12
2
1 1
𝑦 = −𝑥 𝑐 → 𝑦 = −𝑥
(1 − 𝑥) + 1
2 2 (1 − 𝑥) +
2 24
46
b) 𝑦 ′ = (1 − 2𝑥)𝑦 , 𝑦(1) = −2
𝑑𝑦 𝑑𝑦
= (1 − 2𝑥)𝑦 → = (1 − 2𝑥)𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑦
Passo 2 Integrar
𝑑𝑦
∫ = ∫(1 − 2𝑥)𝑑𝑥 → ln|𝑦| = 𝑥 − 𝑥 2 + 𝑐
𝑦
𝑦 = 𝑒 𝑥(1−𝑥) 𝑒 𝑐
1
𝑦(0) = −
6
1
−2 = 𝑒 0 𝑒 𝑐 → 𝑒 𝑐 = −2 → 𝑐 = ln|−2| → 𝑐 = ln | |
2
1 𝑥(1−𝑥)
𝑦 = 𝑒 𝑥(1−𝑥) 𝑒 𝑐 → 𝑦 = 𝑒
2
c) 𝑥𝑑𝑥 + 𝑦𝑒 −𝑥 𝑑𝑦 = 0 , 𝑦(0) = 1
Passo 2 Integrar
𝑦2
∫ 𝑥𝑒 𝑥 𝑑𝑥 = ∫ −𝑦𝑑𝑦 → 𝑐 + 𝑥𝑒 𝑥 − 𝑒 𝑥 = −
2
𝑦2
− = 𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) + 𝑐 → −𝑦 2 = 2𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) + 2𝑐
2
−𝑦 = √2𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) + 2𝑐
𝑦(0) = 1
1
−1 = −2 + 2𝑐 → 𝑐 =
2
−𝑦 = √2𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) + 2𝑐 → −𝑦 = √2𝑒 𝑥 (𝑥 − 1) + 1
47
𝑑𝑟 𝑟2
d) = , 𝑟(1) = 2
𝑑𝜃 𝜃
𝑑𝑟 𝑑𝜃
=
𝑟2 𝜃
𝑑𝑟 𝑑𝜃
∫ =∫ → ln|𝑟 2 | = ln|𝜃𝑐| → 𝑟 = √𝜃𝑐
𝑟2 𝜃
𝑟(1) = 2
2 = √𝑐 → 𝑐 = 4
𝑟 = √4𝜃 → 𝑟 = 2√𝜃
2𝑥
e) 𝑦 ′ = , 𝑦(0) = −2
𝑦+𝑥 2 𝑦
Passo 1 Organizar
𝑑𝑦(𝑦 + 𝑥 2 𝑦) + 2𝑥𝑑𝑥 = 0
Vamos transformar esta equação em equação exata, veja que N(x,y) é uma equação mais complicada que M(x,y), como
queremos sempre o jeito mais fácil iremos procurar um fator integrante em relação a y.
Passo 3 Derivadas
𝜕𝑀 𝜕𝑁
( = 𝜇 ′ (𝑦)2𝑥| = 2𝑥𝑦𝜇(𝑦))
𝜕𝑦 𝜕𝑥
𝜇 ′ (𝑦)
𝜇 ′ (𝑦)2𝑥 = 2𝑥𝑦𝜇(𝑦) → =𝑦
𝜇(𝑦)
Passo 5 Integrar
𝜇 ′ (𝑦) 𝑑𝜇 𝑦2
∫ = ∫ 𝑦𝑑𝑦 → ∫ = ∫ 𝑦𝑑𝑦 → ln|𝜇| =
𝜇(𝑦) 𝜇 2
Passo 6 Exponencial
𝑦2 𝑦2
𝑒 ln|𝜇| = 𝑒 2 → 𝜇(𝑦) = 𝑒 2
48
Passo 7 Substituir fator integrante desconhecido
𝑦2 𝑦2
𝑑𝑦(𝑦 + 𝑥 2 𝑦)𝜇(𝑦) + 2𝑥𝜇(𝑦)𝑑𝑥 = 0 → 𝑑𝑦(𝑦 + 𝑥 2 𝑦)𝑒 2 + 2𝑥𝑒 2 𝑑𝑥 = 0
Passo 8 Sistema
2
𝜕𝛹 𝑦2 𝑦
𝑦2
= 2𝑥𝑒 2 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫ (2𝑥𝑒 2 ) 𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 2
𝑒 + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥
𝜕𝛹 → →{ 𝜕𝛹
𝜕𝛹 = 𝑁(𝑥, 𝑦)
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑦
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
𝑦2
𝑦2
2 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 𝑒 2 + 𝑓(𝑦)
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 𝑒2
+ 𝑓(𝑦) 2 2
{𝜕𝛹 𝜕 𝑦 2 → (𝑦 + 𝑥 2 𝑦)𝑒 𝑦2 = 𝑦𝑥 2 𝑒 𝑦2 + 𝑓 ′ (𝑦)
= (𝑥 2 𝑒 2 + 𝑓(𝑦)) ⏟ ⏟
𝜕𝑦 𝜕𝑦 𝜕𝛹 𝑁(𝑥,𝑦)
{ 𝜕𝑦
𝑦2 𝑦2
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 𝑒 2 + 𝑓(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 𝑒 2 + 𝑓(𝑦)
{ 𝑦2 𝑦2 𝑦2
→{ 𝑦2
2 2 2 ′
𝑒 𝑦 + 𝑒 𝑥 𝑦 = 𝑦𝑥 𝑒 + 𝑓 (𝑦)
2 2 𝑓 ′ (𝑦) = 𝑒 2 𝑦
𝑦2 𝑦2 𝑦2
∫𝑓 ′ (𝑦)
= ∫ 𝑒 2 𝑦 𝑑𝑦 →{ 𝑢 =
2 → 𝑓(𝑦) = 𝑒 2
𝑑𝑢 = 𝑦𝑑𝑦
𝑦2 𝑦2 𝑦2
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 𝑒 2 + 𝑒 2 → 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 2 (𝑥 2 + 1)
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
𝑦2 𝑦2 𝑐
𝑐 = 𝑒 2 (𝑥 2 + 1) → 𝑒 2 =
(𝑥 2 + 1)
𝑦(0) = −2
𝑐 = 𝑒 2 (0 + 1) → 𝑐 = 𝑒 2
𝑦2 𝑒2 𝑦2 𝑒2 𝑦2
𝑒2 = → ln |𝑒 2 | = ln | | → = ln|𝑒 2 | − ln|(𝑥 2 + 1)|
(𝑥 2 + 1) (𝑥 2 + 1) 2
𝑦2
= 2 − ln|(𝑥 2 + 1)| → 𝑦 2 = 4 − 2 ln|(𝑥 2 + 1)|
2
𝑦 = √4 − 2 ln|(𝑥 2 + 1)|
49
1
f) 𝑦 ′ = 𝑥𝑦 3 (1 + 𝑥 2 )−2 , 𝑦(0) = 1
𝑑𝑦 1 𝑑𝑦 1
= 𝑥𝑦 3 (1 + 𝑥 2 )−2 → 3 = 𝑥(1 + 𝑥 2 )−2 𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑦
Passo 2 Integrar
𝑑𝑦 1
∫ 3
= ∫ 𝑥(1 + 𝑥 2 )−2 𝑑𝑥
𝑦
𝑑𝑦
∫ = ln|𝑦 3 |
𝑦3
1 2 1 𝑑𝑢 1
∫ 𝑥(1 + 𝑥 2 )−2 𝑑𝑥 → {𝑢 = 1 + 𝑥 → ∫ = 2 √ 𝑢 = √1 + 𝑥 2 + 𝑐
𝑑𝑢 = 2𝑥𝑑𝑥 2 √𝑢 2
ln|𝑦 3 | = √1 + 𝑥 2 + 𝑐
1
ln|𝑦 3 | √1+𝑥 2 𝑐 √1+𝑥 2 𝑐 3
𝑒 =𝑒 𝑒 → 𝑦 = (𝑒 𝑒 )
𝑦(0) = 1
ln|𝑦 3 | = √1 + 𝑥 2 + 𝑐 → 0 = 1 + 𝑐 → 𝑐 = −1
1
1 1
𝑒 √1+𝑥 3
2
√1+𝑥 2 𝑐 3 2 3
𝑦 = (𝑒 𝑒 ) →𝑦=( ) → 𝑦 = (𝑒 √1+𝑥 −1 )
𝑒
50
g) (2𝑥 + 3) + (2𝑦 − 2)𝑦 ′ = 0
Passo 1 Organizar
Passo 2 Teste
𝜕𝑀
=0
𝑀(𝑥, 𝑦) = 2𝑥 + 3 𝜕𝑦
{ → Exata!
𝑁(𝑥, 𝑦) = 2𝑦 − 2 𝜕𝑁
{ 𝜕𝑥 = 0
Passo 3 Sistema
𝜕𝛹
= 2𝑥 + 3 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫(2𝑥 + 3)𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 + 3𝑥 + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 𝜕𝛹
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹 →{
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑦
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 + 3𝑥 + 𝑦 2 − 2𝑦
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
𝑐 = 𝑥 2 + 3𝑥 + 𝑦 2 − 2𝑦
𝑦 2 − 2𝑦 = 𝑐 − 𝑥 2 − 3𝑥
𝑦(𝑦 − 2) = −𝑥(𝑥 + 3) + 𝑐
51
h) (3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑑𝑥 + (𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑑𝑦 = 0
𝜕𝑀 𝜕𝑁
−
𝜕𝑦 𝜕𝑥 3𝑥 2 +2𝑥+3𝑦 2 −2𝑥 𝑥 2 +𝑦2
∫ 𝑁 =∫ = 3 ∫ 2 2 = 3 ∫ 𝑑𝑥 = 3𝑥
𝜇(𝑥) = 𝑒 𝑥 2 +𝑦2 𝑥 +𝑦 = 𝑒 3𝑥
𝜇(𝑥) = 𝑒 3𝑥
(3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 𝑑𝑥 + (𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑒 3𝑥 𝑑𝑦 = 0
Passo 3 Sistema
𝜕𝛹
= (3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫(3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 𝑑𝑥
𝜕𝑥
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦)
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
𝑢 𝑠𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑣
𝑒 3𝑥
+
(3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 ) → 3
. ∙ 𝑒 3𝑥
(6𝑥𝑦 −
2
∫(3𝑥 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥
𝑑𝑥 → + 2𝑦) → 9
∙. ∙ ∙
+
∙
(6𝑦) → 𝑒 3𝑥
∙ ∙ 27
[ ∙ ]
1 1 2
∫(3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 𝑑𝑥 = (3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 − (6𝑥𝑦 + 2𝑦)𝑒 3𝑥 + 𝑦𝑒 3𝑥
3 9 9
2 𝑦3 2 2 2
∫(3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑦𝑒 3𝑥 + 𝑥𝑦𝑒 3𝑥 + 𝑒 3𝑥 − 𝑥𝑦𝑒 3𝑥 − 𝑦𝑒 3𝑥 + 𝑦𝑒 3𝑥
3 3 3 9 9
𝑦 3 3𝑥 𝑦3
∫(3𝑥 2 𝑦 + 2𝑥𝑦 + 𝑦 3 )𝑒 3𝑥 𝑑𝑥 = 𝑥 2 𝑦𝑒 3𝑥 + 𝑒 → (𝑥 2 𝑦 + ) 𝑒 3𝑥
3 3
𝑦 3 3𝑥 2
𝑦 3 3𝑥
2
𝛹(𝑥, 𝑦) = (𝑥 𝑦 + ) 𝑒 + 𝑓(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = (𝑥 𝑦 + ) 𝑒 + 𝑓(𝑦)
3 3
→
𝜕𝛹 𝜕𝛹 𝜕 𝑦3
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = ((𝑥 2 𝑦 + ) 𝑒 3𝑥 + 𝑓(𝑦))
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦 𝜕𝑦 3
𝑦 3 3𝑥
𝛹(𝑥, 𝑦) = (𝑥 2 𝑦 + ) 𝑒 + 𝑓(𝑦)
3
(𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑒 3𝑥
⏟ (𝑥 2 + 𝑦 2 )𝑒 3𝑥 + 𝑓 ′ (𝑦) → 𝑓(𝑦) = 0
=⏟
𝜕𝛹 𝑁(𝑥,𝑦)
{ 𝜕𝑦
𝑦 3 3𝑥
𝛹(𝑥, 𝑦) = (𝑥 2 𝑦 + )𝑒
3
52
Passo 5 Solução geral
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
𝑦 3 3𝑥
𝑐 = (𝑥 2 𝑦 + )𝑒
3
𝑦 3 𝑒 3𝑥
= 𝑐 − 𝑥 2 𝑦𝑒 3𝑥
3
3𝑐
𝑦= − 3𝑥 2 𝑦
𝑒𝑥
i) 𝑒 𝑥 𝑑𝑥 + (𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑦) + 2𝑦𝑐𝑜𝑠𝑠𝑒𝑐(𝑦))𝑑𝑦 = 0
𝜕𝑁 𝜕𝑀
−
𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝑒 𝑥 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑦) cos(𝑦) 𝑢 =𝑠𝑒𝑛(𝑦)
∫ 𝑀 =∫ = ∫ 𝑐𝑜𝑡𝑔(𝑦) = ∫ 𝑑𝑦 → { = ln|𝑠𝑒𝑛(𝑦)|
𝜇(𝑦) = 𝑒 𝑒𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑦) 𝑑𝑢 =cos(𝑦)𝑑𝑦 = 𝑒 ln|𝑠𝑒𝑛(𝑦)|
𝜇(𝑦) = 𝑠𝑒𝑛(𝑦)
Passo 3 Sistema
𝜕𝛹
= 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑦) 𝛹(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑦)𝑑𝑥 𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑦) + 𝑓(𝑦)
𝜕𝑥 𝜕𝛹
𝜕𝛹 → 𝜕𝛹 →{
= 𝑁(𝑥, 𝑦)
= 𝑁(𝑥, 𝑦) = 𝑁(𝑥, 𝑦) 𝜕𝑦
{ 𝜕𝑦 { 𝜕𝑦
𝛹(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑦) + 𝑦 2
𝑑𝛹 = 0 → 𝛹 = 𝑐
𝑐 = 𝑒 𝑥 𝑠𝑒𝑛(𝑦) + 𝑦 2
53
𝑑𝑦 𝑥+𝑦
j) =
𝑑𝑥 𝑥
𝑡𝑥 + 𝑡𝑦 𝑡(𝑥 + 𝑦) 𝑥 + 𝑦
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = → → = 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑡𝑥 𝑡𝑥 𝑥
𝑑𝑢
𝑥 + 𝑢 = 𝐹(𝑢)
𝑑𝑥
Passo 3 Retomando a equação
𝑑𝑢 𝑥 + 𝑢𝑥 𝑥(1 + 𝑢)
𝑥 +𝑢 = → → 1+𝑢
𝑑𝑥 𝑥 𝑥
𝑑𝑢
𝑥 =1+𝑢−𝑢
𝑑𝑥
𝑑𝑢 1
=
𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑥
𝑑𝑢 =
𝑥
Passo 5 Integrar
𝑑𝑥
∫ 𝑑𝑢 = ∫ → 𝑢 = ln|𝑥𝑐|
𝑥
𝑦
= ln|𝑥𝑐| → 𝑦 = 𝑥 ln|𝑥𝑐|
𝑥
54
𝑑𝑦 𝑥 2 +𝑥𝑦+𝑦 2
k) =
𝑑𝑥 𝑥2
𝑡 2 𝑥 2 + 𝑡 2 𝑥𝑦 + 𝑡 2 𝑦 2 𝑡 2 (𝑥 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦 2 ) 𝑥 2 + 𝑥𝑦 + 𝑦 2
𝑓(𝑡𝑥, 𝑡𝑦) = → → = 𝑓(𝑥, 𝑦)
𝑡 2𝑥 2 𝑡 2𝑥 2 𝑥2
𝑦
𝑢= → 𝑦 = 𝑢𝑥
𝑥
𝑑𝑢
𝑥 + 𝑢 = 𝐹(𝑢)
𝑑𝑥
Passo 3 Retomando a equação
𝑑𝑢 𝑥 2 + 𝑥 2 𝑢 + 𝑢2 𝑥 2 𝑥 2 (1 + 𝑢 + 𝑢2 )
𝑥 +𝑢 = → → 1 + 𝑢 + 𝑢2
𝑑𝑥 𝑥2 𝑥2
𝑑𝑢
𝑥 = 1 + 𝑢 + 𝑢2 − 𝑢
𝑑𝑥
𝑑𝑢 1 + 𝑢2
=
𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑢 𝑑𝑥
2
=
1+𝑢 𝑥
Passo 5 Integrar
𝑑𝑢 𝑑𝑥
∫ 2
=∫ → 𝑡𝑎𝑛−1 (𝑢) = ln|𝑥𝑐|
1+𝑢 𝑥
𝑦 𝑦 𝑦
𝑡𝑎𝑛−1 ( ) = ln|𝑥𝑐| → 𝑡𝑔 [𝑡𝑎𝑛−1 ( )] = 𝑡𝑔[ln|𝑥𝑐|] → = 𝑡𝑔[ln|𝑥𝑐|]
𝑥 𝑥 𝑥
𝑦 = 𝑥𝑡𝑔[ln|𝑥𝑐|]
55
7. Lembranças de um futuro esquecido - Trajetórias ortogonais
Neste assunto fala-se em família de curvas, que são curvas cujo comportamento é parecido aos das curvas de nível
(assunto de cálculo II). Veja a família de curvas da função 𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝑐 abaixo:
Através dessa equação podemos encontrar outra família que intersecta a primeira ortogonalmente, ou seja, é uma
família de curvas onde cada uma é ortogonal a outra da primeira família.
𝑑𝑦
𝑥 2 + 𝑦 2 = 𝑐 → 2𝑥 + 2𝑦 =0
𝑑𝑥
𝑑𝑦
Se você olhar o resultado dessa derivada como se fosse uma função de primeiro grau perceba que o é o coeficiente
𝑑𝑥
angular dessa função
𝑑𝑦 𝑥
=−
𝑑𝑥 𝑦
Com isso podemos encontrar o coeficiente angular da outra família que é ortogonal a essa.
Isso pode acontecer por que quando duas retas são ortogonais uma sempre terá o inverso negativo do coeficiente da
outra, veja:
1
𝑚1 𝑚2 = −1 → 𝑚1 = −
𝑚2
𝑑𝑦 𝑦
=
𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑥
∫ =∫ → ln|𝑦| = ln|𝑥| → 𝑦 = 𝑥
𝑦 𝑥
Temos a bissetriz dos quadrantes pares (reta que passa na origem pelos quadrantes 2 e 4),
essa é a equação da família em que todas curvas são ortogonais ás curvas da primeira
família.
56
7.1 Primeiro Exemplo
𝑥2 𝑦2
Família de elipses: + =𝑘
𝑎2 𝑏2
Passo 1 Derivando
2𝑥 2𝑦 𝑑𝑦 1 𝑦 𝑑𝑦 𝑥
2
+ 2 = 0 →× → 2 =− 2
𝑎 𝑏 𝑑𝑥 2 𝑏 𝑑𝑥 𝑎
𝑑𝑦 𝑏2𝑥
=− 2
𝑑𝑥 𝑎 𝑦
𝑑𝑦 𝑏 2 𝑥 𝑑𝑦 𝑎2 𝑦
=− 2 → =
𝑑𝑥 𝑎 𝑦 𝑑𝑥 𝑏 2 𝑥
𝑑𝑦 𝑎2 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥
= 2 → 2 = 2 →∫ 2 =∫ 2
𝑑𝑥 𝑏 𝑥 𝑎 𝑦 𝑏 𝑥 𝑎 𝑦 𝑏 𝑥
1 1 2 2
2
ln|𝑦| = 2 ln|𝑥𝑐| → ln|𝑦 𝑏 | = ln|𝑥𝑐 𝑎 |
𝑎 𝑏
2 2
𝑦 𝑏 = 𝑐𝑥 𝑎
57
8. Equações de Riccati – Nome difícil para uma coisa difícil
𝑑𝑦
I. = 𝑞1 (𝑡) + 𝑞2 (𝑡)𝑦 + 𝑞3 (𝑡)𝑦 2
𝑑𝑡
Esta é uma equação não linear, porém não precisamos usar cálculos mais avançados do que já temos, através de uma
solução geral pode-se encontrar um formato em que se possa aplicar os métodos de resolução de uma equação de
linear.
1
𝑦 − 𝑦1 =
𝑣(𝑡)
Derivando implicitamente
𝑑𝑦 𝑑𝑦1 1 𝑑𝑦
− =− 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡
𝑑𝑦 𝑑𝑦1
Usando substituindo de (I) em e
𝑑𝑡 𝑑𝑡
1 𝑑𝑣
𝑞1 (𝑡) + 𝑞2 (𝑡)𝑦 + 𝑞3 (𝑡)𝑦 2 − ⏟
⏟ 𝑞1 (𝑡) − 𝑞2 (𝑡)𝑦1 − 𝑞2 (𝑡)𝑦12 = −
𝑑𝑦 𝑑𝑦1
𝑣 2 𝑑𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Organizando a bagunça
1 𝑑𝑣
𝑞1 (𝑡) + 𝑞2 (𝑡)𝑦 + 𝑞3 (𝑡)𝑦 2 − 𝑞1 (𝑡) − 𝑞2 (𝑡)𝑦1 − 𝑞2 (𝑡)𝑦12 = −
𝑣 2 𝑑𝑡
1 𝑑𝑣
𝑞2 (𝑡)(𝑦 − 𝑦1 ) + 𝑞3 (𝑡)(𝑦 2 − 𝑦12 ) = −
𝑣 2 𝑑𝑡
1 1 1
𝑦 − 𝑦1 = → 𝑦 = + 𝑦1 → 𝑦 + 𝑦1 = + 2𝑦1
𝑣(𝑡) 𝑣 𝑣
1 1 𝑑𝑣 1 1 𝑑𝑣
𝑞2 (𝑡) + 𝑞3 (𝑡)(𝑦 2 − 𝑦12 ) = − 2 → 𝑞2 (𝑡) + 𝑞3 (𝑡)(𝑦 − 𝑦1 )(𝑦 + 𝑦1 ) = − 2
𝑣 𝑣 𝑑𝑡 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
1 1 1 1 𝑑𝑣
𝑞2 (𝑡) + 𝑞3 (𝑡) ( + 2𝑦1 ) = − 2
𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
𝑑𝑣
Isolando
𝑑𝑡
1 1 1 1 𝑑𝑣
𝑞2 (𝑡) + 𝑞3 (𝑡) ( + 2𝑦1 ) = − 2
𝑣(𝑡) 𝑣 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
𝑑𝑣 1
= −𝑣𝑞2 (𝑡) − 𝑣𝑞3 (𝑡) ( + 2𝑦1 )
𝑑𝑡 𝑣
𝑑𝑣
= −𝑣𝑞2 (𝑡) − 𝑞3 (𝑡) − 2𝑣𝑦1 𝑞3 (𝑡)
𝑑𝑡
𝑑𝑣
= −𝑣 [𝑞2 (𝑡) + 2𝑦1 𝑞3 (𝑡)] − 𝑞3 (𝑡)
𝑑𝑡
58
Estando nesse formato a equação pode ser resolvida como uma equação linear.
1
𝑦 ′ = 1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 , 𝑦(𝑡) = 𝑡 , 𝑦−𝑦 =
𝑣(𝑡)
𝑦 = 𝑡 → 𝑦′ = 1
1 = 1 + 𝑡 2 − 2𝑡 2 + 𝑡 2 → 1 = 1 Há solução!
1 1
𝑦−𝑦= →𝑦= ⏟
𝑡 +
𝑣 𝑦=𝑡
𝑣
1 𝑑𝑦 1 𝑑𝑣
𝑦=𝑡+ → 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 → = 1− 2
𝑣 𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡
Passo 4 Substituindo na equação
𝑦 ′ = 1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2
𝑑𝑦 1 𝑑𝑣 1 𝑑𝑣
=1− 2 → 1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 = 1 − 2
𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡
1 𝑑𝑣
1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 = 1 −
𝑣 2 𝑑𝑡
1 𝑑𝑣
𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 = −
𝑣 2 𝑑𝑡
2
1 1 1 𝑑𝑣
𝑡 2 − 2𝑡 (𝑡 + ) + (𝑡 + ) = − 2
⏟ 𝑣 ⏟ 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
𝑦 𝑦
2𝑡 2𝑡 1 1 𝑑𝑣
𝑡 2 − 2𝑡 2 − + 𝑡2 + + 2 = − 2
𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
2𝑡 2𝑡 1 1 𝑑𝑣
−2𝑡 2 − + 2𝑡 2 + + 2 = − 2
𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
1 1 𝑑𝑣
=− 2
𝑣2 𝑣 𝑑𝑡
𝑑𝑣
= −1
𝑑𝑡
𝑑𝑣 = −𝑑𝑡
59
Passo 7 Integrar
∫ 𝑑𝑣 = − ∫ 𝑑𝑡 → 𝑣 = −𝑡 + 𝑐
1 1
𝑦−𝑦= →𝑦−𝑦=
𝑣(𝑡) 𝑐−𝑡
1
a) 𝑦 ′ = 1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 , 𝑦1 (𝑡) = 𝑡 , 𝑦 − 𝑦1 =
𝑣(𝑡)
𝑦 = 𝑡 → 𝑦′ = 1
1 = 1 + 𝑡 2 − 2𝑡 2 + 𝑡 2 → 1 = 1 Há solução!
1 1
𝑦 − 𝑦1 = →𝑦= ⏟
𝑡 +
𝑣 𝑦 =𝑡
𝑣
1
1 𝑑𝑦 1 𝑑𝑣
𝑦=𝑡+ → 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 → = 1− 2
𝑣 𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡
𝑦 ′ = 1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2
𝑑𝑦 1 𝑑𝑣 1 𝑑𝑣
=1− 2 → 1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 = 1 − 2
𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡
1 𝑑𝑣
1 + 𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 = 1 −
𝑣 2 𝑑𝑡
1 𝑑𝑣
𝑡 2 − 2𝑡𝑦 + 𝑦 2 = −
𝑣 2 𝑑𝑡
2
1 1 1 𝑑𝑣
𝑡 2 − 2𝑡 (𝑡 + ) + (𝑡 + ) = − 2
⏟ 𝑣 ⏟ 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
𝑦 𝑦
2𝑡 2𝑡 1 1 𝑑𝑣
𝑡 2 − 2𝑡 2 − + 𝑡2 + + 2 = − 2
𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
2𝑡 2𝑡 1 1 𝑑𝑣
−2𝑡 2 − + 2𝑡 2 + + 2 = − 2
𝑣 𝑣 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
60
1 1 𝑑𝑣
=− 2
𝑣2 𝑣 𝑑𝑡
𝑑𝑣
= −1
𝑑𝑡
𝑑𝑣 = −𝑑𝑡
Passo 7 Integrar
∫ 𝑑𝑣 = − ∫ 𝑑𝑡 → 𝑣 = −𝑡 + 𝑐
1 1
𝑦 − 𝑦1 = → 𝑦 − 𝑦1 =
𝑣(𝑡) 𝑐−𝑡
61
2 cos2(𝑡)−𝑠𝑒𝑛2 (𝑡) +𝑦 2 1
b) 𝑦 ′ = , 𝑦1 (𝑡) = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) , 𝑦 − 𝑦1 =
2 cos(𝑡) 𝑣(𝑡)
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) → 𝑦 ′ = cos(𝑡)
1 1
𝑦 − 𝑦1 = → 𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
⏟ +
𝑣 𝑦 =𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑣
1
1 𝑑𝑦 1 𝑑𝑣
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + → 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎 𝑖𝑚𝑝𝑙í𝑐𝑖𝑡𝑎 → = cos(𝑡) − 2
𝑣 𝑑𝑡 𝑣 𝑑𝑡
1 2
2 cos 2 (𝑡) − 𝑠𝑒𝑛2 (𝑡) + (𝑠𝑒𝑛(𝑡) + )
𝑣 = cos(𝑡) − 1 𝑑𝑣
2 cos(𝑡) 𝑣 2 𝑑𝑡
2𝑠𝑒𝑛(𝑡) 1
2 cos 2 (𝑡) − 𝑠𝑒𝑛2 (𝑡) + 𝑠𝑒𝑛2 (𝑡) + + 2 1 𝑑𝑣
𝑣 𝑣 = cos(𝑡) −
2 cos(𝑡) 𝑣 2 𝑑𝑡
2𝑠𝑒𝑛(𝑡) 1
2 cos 2 (𝑡) + + 2
𝑣 𝑣 = cos(𝑡) − 1 𝑑𝑣
2 cos(𝑡) 𝑣 2 𝑑𝑡
𝑡𝑔(𝑡) 1 1 𝑑𝑣
𝑐𝑜𝑠(𝑡) + + 2
= 𝑐𝑜𝑠(𝑡) − 2
𝑣 2 𝑐𝑜𝑠(𝑡) 𝑣 𝑣 𝑑𝑡
𝑡𝑔(𝑡) 1 1 𝑑𝑣
+ =− 2
𝑣 2 𝑐𝑜𝑠(𝑡) 𝑣 2 𝑣 𝑑𝑡
𝑡𝑔(𝑡) 2 1 𝑑𝑣
− 𝑣 − 2
𝑣2 =
𝑣 2 𝑐𝑜𝑠(𝑡) 𝑣 𝑑𝑡
62
𝑑𝑣 1
= −𝑡𝑔(𝑡)𝑣 −
𝑑𝑡 2 𝑐𝑜𝑠(𝑡)
Ou
1 1
𝑣 ′ = −𝑡𝑔(𝑡)𝑣 − → 𝑣 ′ + 𝑡𝑔(𝑡)𝑣 = −
2 𝑐𝑜𝑠(𝑡) 2 𝑐𝑜𝑠(𝑡)
1
𝑣 ′ + 𝑡𝑔(𝑡)𝑣 = −
2 cos(𝑡)
𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑢=cos(𝑡) 𝑑𝑢 1
∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑡𝑔(𝑡)=∫ cos(𝑡) →{ =∫ − = −ln|𝑢|=− ln|cos(𝑡)|=ln|
𝑢 cos(𝑡)
|
𝜇(𝑡) = 𝑒 𝑑𝑢=−𝑠𝑒𝑛(𝑡)𝑑𝑡
1 sec(𝑡)
𝑣 ′ + 𝑡𝑔(𝑡)𝑣 = − → sec(𝑡) 𝑣 ′ + sec(𝑡) 𝑡𝑔(𝑡)𝑣 = −
2 cos(𝑡) 2 cos(𝑡)
Passo 8 Simplificar
𝑑 sec(𝑡) sec(𝑡)
[𝑠𝑒𝑐(𝑡)𝑣] = − → 𝑠𝑒𝑐(𝑡)𝑣 = ∫ − 𝑑𝑡
𝑑𝑥 2 cos(𝑡) 2 cos(𝑡)
Passo 9 Integrar
sec(𝑡) 1 𝑑𝑡 1 1
∫− 𝑑𝑡 = − ∫ = − ∫ sec 2 (𝑡) 𝑑𝑡 = − 𝑡𝑔(𝑡) + 𝑐
2 cos(𝑡) 2 cos (𝑡)
2 2 2
1
𝑠𝑒𝑐(𝑡)𝑣 = − 𝑡𝑔(𝑡) + 𝑐
2
Passo 10 Solução geral
1 𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑣=− +𝑐
cos(𝑡) 2 cos(𝑡)
1
𝑣 = − 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + cos(𝑡) 𝑐
2
Passo 11 Substituir na solução geral
1 1
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + → 𝑣 = − 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + cos(𝑡) 𝑐
𝑣 2
Então
1 2
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + → 𝑠𝑒𝑛(𝑡) +
1 −𝑠𝑒𝑛(𝑡) + 2 cos(𝑡) 𝑐
− 𝑠𝑒𝑛(𝑡) + cos(𝑡) 𝑐
2
63
𝑦
c) Família de parábolas: 𝑦 = 𝑘𝑥 2 → 𝑘 =
𝑥2
Passo 1 Derivando
𝑑𝑦
= 2𝑥𝑘
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑦 𝑑𝑦 2𝑦
= 2𝑥 ( 2 ) → =
𝑑𝑥 𝑥 𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑦 2𝑦 𝑑𝑦 𝑥
= → =−
𝑑𝑥 𝑥 𝑑𝑥 2𝑦
𝑑𝑦 𝑥
=− → 2𝑦𝑑𝑦 = −𝑥𝑑𝑥 → ∫ 2𝑦𝑑𝑦 = − ∫ 𝑥𝑑𝑥
𝑑𝑥 2𝑦
𝑥2 𝑥2
𝑦2 = 𝑐 − → 𝑦 = √𝑐 −
2 2
d) Família de hipérboles: 𝑦𝑥 = 𝑐
Passo 1 Derivando
𝑑𝑦
𝑥+𝑦=0
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑦
=−
𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑦 𝑦 𝑑𝑦 𝑥
=− → =
𝑑𝑥 𝑥 𝑑𝑥 𝑦
𝑑𝑦 𝑥
= → 𝑦𝑑𝑦 = 𝑥𝑑𝑥 → ∫ 𝑦𝑑𝑦 = ∫ 𝑥𝑑𝑥
𝑑𝑥 𝑦
𝑦2 𝑥 2
= → 𝑦2 = 𝑥 2
2 2
𝑦=𝑥
64
e) Família de círculos: (𝑥 − 𝑐)2 + 𝑦 2 = 𝑐 2
Passo 1 Derivando
𝑑𝑦
2(𝑥 − 𝑐) + 2𝑦 =0
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑦 2(𝑥 − 𝑐)
2𝑦 = −2(𝑥 − 𝑐) → =−
𝑑𝑥 𝑑𝑥 2𝑦
𝑑𝑦 (𝑥 − 𝑐) 𝑑𝑦 𝑦
=− → =
𝑑𝑥 𝑦 𝑑𝑥 (𝑥 − 𝑐)
𝑑𝑦 𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦 𝑑𝑥
= → = →∫ =∫
𝑑𝑥 (𝑥 − 𝑐) 𝑦 (𝑥 − 𝑐) 𝑦 𝑥−𝑐
ln|𝑦| = ln|𝑥 − 𝑐|
𝑦=𝑥−𝑐
f) Família de elipses: 𝑥 2 − 𝑥𝑦 + 𝑦 2 = 𝑐 2
Passo 1 Derivando
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦
2𝑥 − (𝑥 + 𝑦) + 2𝑦 = 0 → 2𝑥 − 𝑦 − 𝑥 + 2𝑦 =0
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑦 − 2𝑥
(2𝑦 − 𝑥) = 𝑦 − 2𝑥 → =
𝑑𝑥 𝑑𝑥 2𝑦 − 𝑥
𝑑𝑦 𝑦 − 2𝑥 𝑑𝑦 2𝑦 − 𝑥 𝑥 − 2𝑦
= → =− →
𝑑𝑥 2𝑦 − 𝑥 𝑑𝑥 𝑦 − 2𝑥 𝑦 − 2𝑥
𝑑𝑦 𝑥 − 2𝑦 𝑥 − 2𝑦
= → 𝑦′ = (𝑒𝑞. ℎ𝑜𝑚𝑜𝑔ê𝑛𝑒𝑎𝑠)
𝑑𝑥 𝑦 − 2𝑥 𝑦 − 2𝑥
𝑦
𝑢= → 𝑦 = 𝑢𝑥
𝑥
𝑑𝑢
𝑥 + 𝑢 = 𝐹(𝑢)
𝑑𝑥
65
Passo 6 Retomando a equação
𝑑𝑢 1 − 2𝑢
𝑥 = −𝑢
𝑑𝑥 𝑢−2
𝑑𝑢 1 − 2𝑢 − 𝑢2 + 2𝑢 1 − 𝑢2
𝑥 = =
𝑑𝑥 𝑢−2 𝑢−2
1 − 𝑢2 𝑑𝑢 𝑑𝑥 𝑢−2 𝑑𝑥
𝑥𝑑𝑢 = ( ) 𝑑𝑥 → = → 𝑑𝑢 =
𝑢−2 1 − 𝑢2 𝑥 1 − 𝑢2 𝑥
( )
𝑢−2
𝑢−2 𝑑𝑥
∫ 2
𝑑𝑢 = ∫
1−𝑢 𝑥
1 1 3
𝑢−2 𝐴 𝐵 𝑢 = −1 → 𝐴 = −
∫ 𝑑𝑢 → + →{ 2 → ∫− 2 +∫− 2
1 − 𝑢2 1−𝑢 1+𝑢 3 1−𝑢 1+𝑢
𝑢=1→𝐵=−
2
1 1 1
− ∫ = ln|1 − 𝑢|
2 1−𝑢 2
3 1 3
− ∫ = − ln|1 + 𝑢|
{ 2 1+𝑢 2
1 3 1 3
ln|𝑐𝑥| = ln|1 − 𝑢| − ln|1 + 𝑢| → ln|𝑐𝑥| = ln |(1 − 𝑢)2 | + ln |(1 + 𝑢)−2 |
2 2
1
(1 − 𝑢)2
𝑐𝑥 = 3
(1 + 𝑢)2
66
g) Família de parábolas: 2𝑐𝑦 + 𝑥 2 = 𝑐 2 , 𝑐 > 0
Passo 1 Derivando
𝑑𝑦
2𝑐 + 2𝑥 = 0
𝑑𝑥
𝑑𝑦 𝑑𝑦 2𝑥 𝑥
2𝑐 = −2𝑥 → =− =−
𝑑𝑥 𝑑𝑥 2𝑐 𝑐
𝑑𝑦 𝑥 𝑑𝑦 𝑐
=− → =
𝑑𝑥 𝑐 𝑑𝑥 𝑥
𝑑𝑦 𝑐 𝑐 𝑑𝑥
= → 𝑑𝑦 = 𝑑𝑥 → ∫ 𝑑𝑦 = 𝑐 ∫
𝑑𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
𝑦 = 𝑐 ln|𝑥|
𝑦 = ln|𝑥 𝑐 |
67
9. Equações lineares de segunda ordem – Aumentando o grau de dificuldade
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
= 𝑓 (𝑡, 𝑦, )
𝑑𝑡 2 𝑑𝑡
𝑑𝑦
Essa função 𝑓 que aparece na igualdade nos diz que ela é linear em 𝑦 e na sua derivada em relação a 𝑡 ( ),
𝑑𝑡
Como assim?
𝑑𝑦
Isso quer dizer as variáveis são 𝑦 e enquanto o que estiver em função 𝑡 será constante.
𝑑𝑡
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
2
= 𝑝(𝑡) + 𝑞(𝑡)𝑦 + 𝑔(𝑡)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
Aqui chamamos o termo independente (no caso o 𝑔(𝑡)) de termo não homogêneo.
Aqui também usamos a palavra “homogênea” para nos relacionarmos a uma equação linear de segunda ordem, mas
não confunda isso com as equações homogêneas estudadas no assunto anterior.
Uma equação é dita homogenia quando o termo não homogêneo é nulo, ou seja:
𝑦 ′′ + 𝑝(𝑡)𝑦 ′ + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0
Como 𝑝(𝑡) e 𝑞(𝑡) são constantes, então vamos trocar por algo mais atraente:
𝑦 ′′ + 𝑎𝑦 ′ + 𝑏𝑦 = 0
Quando temos uma equação linear de segunda ordem devemos encontrar funções que representem essa equação, veja
o exemplo para entender melhor:
𝑦 ′′ − 𝑦 = 0
Temos uma equação homogênea de segunda ordem. Ela nos diz que devemos encontrar uma função cuja derivada
segunda seja igual a própria função.
68
Que função faz isso? Veja
𝑦 = 𝑒𝑡
𝑦′ = 𝑒 𝑡
𝑦 ′′ = 𝑒 𝑡
𝑦 = 𝑘𝑒 𝑡 𝑦 = 𝑒 −𝑡
𝑦 ′ = 𝑘𝑒 𝑡 𝑦 ′ = −𝑒 −𝑡
𝑦 ′′ = 𝑘𝑒 𝑡 𝑦 ′′ = 𝑒 −𝑡
Mas para generalizar todas as possibilidades de uma vez devemos somar duas funções que obedeçam a equação, desta
forma:
𝑦(𝑡) = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡
Dessa forma juntamos todas as possibilidades possíveis de combinação de soluções, ou seja, temos uma solução geral.
𝑦 ′′ + 𝑦 = 0 → 𝑦 ′′ = −𝑦
𝑦 = 𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦 = cos(𝑡)
′
𝑦 = cos(𝑡) ↔ 𝑦′ = −𝑠𝑒𝑛(𝑡)
𝑦 ′′ = −𝑠𝑒𝑛(𝑡) 𝑦 ′′ = − cos(𝑡)
Para conseguirmos valores e resultados para as nossas soluções gerais precisamos de um mecanismo que se chama
equação característica. Veja como encontra-la
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 0 (𝐼)
Temos uma equação homogênea e agora supondo que 𝑦(𝑡) = 𝑒 𝜆𝑡 seja a solução de (𝐼), então derivamos essa solução
até a segunda ordem para substituirmos na equação
Nesse caso a exponencial nunca vai zerar, então a única coisa que pode acontecer é:
𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0
(Equação característica de I)
69
9.4 Primeiro Exemplo
𝑦 ′′ − 𝑦 = 0
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 1) = 0
𝜆2 − 1 = 0
𝜆1 = +1
𝜆2 = 1 → 𝜆 = √1 → → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡
𝜆2 = −1
𝑦(0) = −1
{ ′
𝑦 (0) = 2
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡 → 𝑦 ′ = 𝑘1 𝑒 𝑡 − 𝑘2 𝑒 −𝑡
−1 = 𝑘1 + 𝑘2 → 2 = 𝑘1 − 𝑘2
Passo 5 Sistema
𝑘 + 𝑘2 = −1 1 3
{ 1 → (𝑘1 = |𝑘2 = − )
𝑘1 − 𝑘2 = 2 2 2
1 𝑡 3 −𝑡
𝑦= 𝑒 − 𝑒
2 2
𝑦 ′′ − 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 5𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 6𝑒 𝜆𝑡 = 0
70
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 5𝜆 + 6) = 0
𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0
𝑦(0) = 2
{
𝑦 ′ (0) = 3
Passo 5 Sistema
𝑘1 + 𝑘2 = 2
{ → (𝑘1 = 9|𝑘2 = −7)
−2𝑘1 − 3𝑘2 = 3
𝑦 = 9𝑒 −2𝑡 − 7𝑒 −3𝑡
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
4𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 + 8𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 3𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (4𝜆2 + 8𝜆 + 3) = 0
4𝜆2 + 8𝜆 + 3 = 0
3 3 1 3 𝑡
4𝜆2 + 8𝜆 + 3 = 0 → 𝜆2 + ⏟
2𝜆+ = 0 → (𝜆 + ) (𝜆 + ) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 2𝑡 + 𝑘2 𝑒 2
⏟
4 2 2
𝑆
𝑃
Método de Girard
Passo 4 Aplicar dados
𝑦(0) = 2
{ 1
𝑦 ′ (0) =
2
71
3𝑡 𝑡 3 3𝑡 1 𝑡
𝑦 = 𝑘1 𝑒 2 + 𝑘2 𝑒 2 → 𝑦 ′ = 𝑘1 𝑒 2 + 𝑘2 𝑒 2
2 2
1 3 1
2 = 𝑘1 + 𝑘2 → = 𝑘 + 𝑘
2 2 1 2 2
Passo 5 Sistema
𝑘1 + 𝑘2 = 2
𝑘 + 𝑘2 = 2 1 5
{3 1 1→{ 1 → (𝑘1 = − |𝑘2 = )
𝑘1 + 𝑘2 = 3𝑘1 + 𝑘2 = 1 2 2
2 2 2
1 3𝑡 5 𝑡
𝑦 = − 𝑒 2 + 𝑒2
2 2
72
10. Equações de Bernoulli e equações não lineares de segunda ordem
Neste caso a variável 𝑛 não pode ser zero e nem igual a 1, se não essa equação seria linear.
Derivando
𝑑𝑣 𝑑𝑣
= (1 − 𝑛)𝑦 −𝑛
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑣 ′ = (1 − 𝑛)𝑦 −𝑛 𝑦 ′
Desta forma o termo 𝑦 −𝑛 que é responsável pela formação da equação de Bernoulli será cancelado.
𝑣′ + (1 − 𝑛)𝑝(𝑡)𝑣 = (1 − 𝑛)𝑞(𝑡)
Com isso temos uma equação linear que pode ser resolvida normalmente como um problema de valor inicial.
𝑡 2 𝑦 ′ + 2𝑡𝑦 − 𝑦 3 = 0 , (𝑡 > 0)
Passo 1 Organizar
2 1
𝑦′ + 𝑦 = 2 𝑦3
𝑡 𝑡
Passo 2 Substituição
𝑣 = 𝑦 −2 → 𝑑𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑛𝑑𝑜 → 𝑣 ′ = −2𝑦 −3 𝑦 ′
2 1
−2𝑦 −3 𝑦 ′ − 2𝑦 −3 𝑦 = −2𝑦 −3 2 𝑦 3
𝑡 𝑡
4 2
𝑣′ − 𝑣 = − 2
𝑡 𝑡
73
Passo 4 Fator integrante
1
= −4 ∫ = −4 ln|𝑡| = ln|𝑡 −4 | −4 |
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 𝑡 = 𝑒 ln|𝑡 = 𝑡 −4
4 2 4 2
𝑣 ′ − 𝑣 = − 2 → 𝑡 −4 𝑣 ′ − 𝑡 −4 𝑣 = −𝑡 −4 2
𝑡 𝑡 𝑡 𝑡
𝑡 −4 𝑣 ′ − 4𝑡 −5 𝑣 = −2𝑡 −6
Passo 6 Simplificar
𝑡 −4 𝑣 ′ + −4𝑡 −5 𝑣 𝑑
𝑡 −4 𝑣 ′ − 4𝑡 −5 𝑣 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑣𝑡 −4 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑣𝑡 −4 ] = −2𝑡 −6 → 𝑣𝑡 −4 = ∫ −2𝑡 −6 𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 7
Integrar
2𝑡 −5 2
∫ −2𝑡 −6 𝑑𝑡 → −2 ∫ 𝑡 −6 𝑑𝑡 = − +𝑐 = 5+𝑐
−5 5𝑡
2
𝑣𝑡 −4 = +𝑐
5𝑡 5
2 2 + 5𝑐𝑡 5
𝑣= + 𝑐𝑡 4 =
5𝑡 5𝑡
1 1
𝑣= 2
→ 𝑦2 =
𝑦 𝑣
5𝑡 5𝑡
𝑦2 = 5
→𝑦=√
2 + 𝑐𝑡 2 + 𝑐𝑡 5
𝑦 ′′ = 𝑓(𝑡, 𝑦, 𝑦 ′ ) →
⏟ 𝑦 ′′ = 𝑓(𝑡, 𝑦 ′ )
⏟
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 2º 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑦
Com uma simples substituição transformamos a equação de segunda ordem em uma equação de primeira ordem
𝑣 = 𝑦 ′ → 𝑣 ′ = 𝑦′′
⏟′ = 𝑓(𝑡, 𝑣)
𝑣
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 1° 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚
74
10.2.1 Primeiro Exemplo
𝑡 2 𝑦 ′′ + 2𝑡𝑦 ′ − 1 = 0 , (𝑡 > 0)
2 1
𝑡 2 𝑣 ′ + 2𝑡𝑣 − 1 = 0 → 𝑣 ′ + 𝑣 = 2
𝑡 𝑡
2 2
𝜇(𝑡) = 𝑒 ∫ 𝑝(𝑡)𝑑𝑡 = ∫ 𝑡 =2 ln|𝑡|
= 𝑒 ln|𝑡 | = 𝑡 2
𝑡 2 𝑣 ′ + 2𝑡𝑣 = 1
Passo 4 Simplificar
𝑡 2 𝑣 ′ + 2𝑡𝑣 𝑑
𝑡 2 𝑣 ′ + 2𝑡𝑣 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → → [𝑣𝑡 2 ]
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑡
𝑑
[𝑣𝑡 2 ] = 1 → 𝑣𝑡 2 = ∫ 𝑑𝑡
𝑑𝑡
Solução geral
Passo 5
1 𝑐
𝑣𝑡 2 = 𝑡 + 𝑐 → 𝑣 = +
𝑡 𝑡2
𝑣 = 𝑦 ′ → 𝑣 ′ = 𝑦′′
𝑑𝑦 1 𝑐
= +
𝑑𝑡 𝑡 𝑡 2
Passo 7 Integrar
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑐
𝑦=∫ + 𝑐 ∫ 2 → 𝑦 = ln|𝑘𝑡| −
𝑡 𝑡 𝑡
75
10.3 Equação de 2º ordem não linear sem a variável independente t
⏟′′ = 𝑓(𝑡, 𝑦, 𝑦 ′ ) →
𝑦 ⏟′′ = 𝑓(𝑦, 𝑦 ′ )
𝑦
𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 2º 𝑜𝑟𝑑𝑒𝑚 𝐸𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑠𝑒𝑚 𝑜 𝑡𝑒𝑟𝑚𝑜 𝑖𝑛𝑑𝑒𝑝𝑒𝑛𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑡
Usando uma substituição simples transformamos essa equação em primeira ordem, mas a substituição deve ter um
cuidado, a substituição será feita de forma diferente na qual foi apresentada no assunto anterior.
𝑣 = 𝑦′
𝑑𝑦
𝑣(𝑦) =
𝑑𝑡
Veja que 𝑣 está em função de 𝑦, mas 𝑦 está em função de 𝑡. Temos uma regra da cadeia
𝑑𝑣 𝑑𝑦 𝑑𝑣 𝑑𝑣 𝑑𝑣
𝑣 ′ = 𝑦 ′′ → = → 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑣 = 𝑦 ′ → =𝑣
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑦 𝑑𝑡 𝑑𝑦
𝑦𝑦 ′′ + 𝑣 2 = 0
𝑑𝑣 𝑑𝑣
𝑦𝑣 ′ + 𝑣 2 = 0 → 𝑦 (𝑣 ) + 𝑣2 = 0 → ÷ 𝑣 → 𝑦 +𝑣 =0
𝑑𝑦 𝑑𝑦
𝑑𝑣 1
+ 𝑣=0
𝑑𝑦 𝑦
𝑑𝑣
𝑦 +𝑣 =0
𝑑𝑦
Passo 4 Simplificar
𝑑𝑣
𝑑𝑣 𝑦 + 1𝑣 𝑑
𝑦 + 𝑣 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑑𝑦 → [𝑣𝑦]
𝑑𝑦 𝑑𝑡
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑑
[𝑣𝑦] = 0 → 𝑣𝑦 = ∫ 0𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 5
Retornar valores
76
𝑑𝑦
𝑣𝑦 = 𝑐 → 𝑦 = 𝑐 → 𝑦𝑑𝑦 = 𝑐𝑑𝑡
𝑑𝑡
Passo 6 Integrar
𝑦2
∫ 𝑦𝑑𝑦 = 𝑐 ∫ 𝑑𝑡 → = 𝑐𝑡 + 𝑘
2
𝑦 2 = 2(𝑐𝑡 + 𝑘)
𝑦 = √2(𝑐𝑡 + 𝑘)
Quando resolvemos as equações de segunda ordem precisamos de uma solução geral que tenham todas as
combinações possíveis para equação.
Como teste, sabemos se a solução geral realmente pertence a equação quando fazemos uma simples substituição
Isso foi só para você ver como é que se testa a solução geral mesmo, mas que interessa é o seguinte: pelo teorema de
existência e unicidade, temos que para cada valor de 𝑡 pertencente a um intervalo aberto 𝐼 = (𝛼, 𝛽) temos a condição
de que 𝑦(𝑡0 ) = 𝑦0
Isso quer dizer que quando a equação é aplicada ao ponto 𝑡0 temos o resultado 𝑦0
Aplicando o teorema
Se fizermos dessas duas soluções um sistema, podemos encontrar as constantes pela regra de Cramer.
𝐷𝑥 𝐷𝑦
𝑐1 = 𝑐2 =
𝐷 𝐷
77
O determinante principal é que manda na casa, se ele for zero, tudo vai por aguas abaixo, mas se for diferente de zero
então temos um sistema fundamental de soluções.
A propósito esse determinante principal denomina-se Wronskiano, um nome feio que me faz me perguntar por que
não existe uma tradução dos nomes estrangeiros para o português, todo mundo sabe traduzir mary, quero ver essa
coisa aí.
𝑦1 (𝑡0 ) 𝑦2 (𝑡0 )
𝑊𝑟𝑜𝑛𝑠𝑘𝑖𝑎𝑛𝑜 → 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 ) = | |
𝑦1′ (𝑡0 ) 𝑦2′ (𝑡0 )
Mas pensa comigo na lógica, se esse cara for zero, a constante vai ser zero também, logo toda equação vai zerar, então
se preocupe com a regra de Cramer não com esse nome feio.
Esse método pela regra de Cramer não é um passo obrigatório, pode-se encontrar esse sistema fundamental de
solução por uma simples resolução de sistema mesmo. Você só vai usar somente o Wronskiano caso você queira só
saber se há um sistema de solução para aquele caso, se você for encontrar as constantes também, não se preocupe com
ele, ao encontrar as constantes você mesmo identifica se há sistema de solução ou não.
O fato não é desprezar o Wronskiano, e sim somente deixa-lo em segundo plano. Veja os porquês.
Se o Wronskiano zerar a constante vai ser zero, logo toda questão também;
Você pode encontrar as constantes sem o Wronskiano por sistema, ao encontrar as constantes, se elas forem
zero, logo o Wronskiano também é zero.
Mas e se o Wronskiano não for zero e sim só a outra determinante? Bom, neste caso simplesmente uma
constante vai dar zero e outra não, só se você tiver a sorte de pegar uma equação em que os dois
determinantes zeram, neste caso tanto faz o Wronskiano zerar ou não.
𝑦 ′′ − 𝑦 = 0, 𝑦(0) = −2 , 𝑦 ′ (0) = 1
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 1) = 0
𝜆2 − 1 = 0
𝜆1 = +1
𝜆2 = 1 → 𝜆 = √1 → → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡
𝜆2 = −1
78
Passo 4 Aplicar dados
𝑦(0) = −2
{ ′
𝑦 (0) = 1
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡 → 𝑦 ′ = 𝑘1 𝑒 𝑡 − 𝑘2 𝑒 −𝑡
−2 = 𝑘1 + 𝑘2 → 1 = 𝑘1 − 𝑘2
Passo 5 Sistema
𝑘1 + 𝑘2 = −2
{
𝑘1 − 𝑘2 = 1
1 1 −2 1 1 −2
𝐷=| | = −2 𝐷𝑥 = | |=1 𝐷𝑦 = | |=3
1 −1 1 −1 1 1
𝐷𝑥 1 𝐷𝑦 3
𝑐1 = =− 𝑐2 = =−
𝐷 2 𝐷 2
1 3
𝑦 = − 𝑒 𝑡 − 𝑘2 𝑒 −𝑡
2 2
𝑦 ′′ − 𝑦 = 0, 𝑦(0) = −2 , 𝑦 ′ (0) = 1
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 1) = 0
𝜆2 − 1 = 0
𝜆1 = +1
𝜆2 = 1 → 𝜆 = √1 → → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡
𝜆2 = −1
𝑦(0) = −2
{ ′
𝑦 (0) = 1
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡 → 𝑦 ′ = 𝑘1 𝑒 𝑡 − 𝑘2 𝑒 −𝑡
−2 = 𝑘1 + 𝑘2 → 1 = 𝑘1 − 𝑘2
Passo 5 Sistema
79
𝑘1 + 𝑘2 = −2
{
𝑘1 − 𝑘2 = 1
1
2𝑘1 = −1 = −
2
1 1 3
− − 𝑘2 = 1 → −𝑘2 = + 1 → 𝑘2 = −
2 2 2
1 3
𝑦 = − 𝑒 𝑡 − 𝑘2 𝑒 −𝑡
2 2
Resumindo
Você simplesmente viu que pode resolver um sistema por regra de Cramer, que “novidade” né? Então nada de
desespero não vimos nada de novo ainda, esse tal de Wronskiano é só um nome que eu vou esquecer quando acordar
pela manhã, então se foque no seguinte: resolva seu sistema, seja por adição, Cramer ou sei lá o que.
𝑦 ′′ + 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 0
Antes de começarmos a questão vou lhe explicar o que é esse Wronskiano igual a 1. Bom, esse cara não é um
determinante? Qual o tipo de determinante que sempre dará 𝑑𝑒𝑡 = 1? Isso mesmo, você não lembra.
1 0
| | = 1 , uma matriz identidade.
0 1
𝑦(0) = 1, 𝑦 ′ (0) = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 5𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 6𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 5𝜆 + 6) = 0
𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0
𝑦(0) = 1
{
𝑦 ′ (0) = 0
Passo 5 Sistema
𝑘1 + 𝑘2 = 1
{
−2𝑘1 − 3𝑘2 = 0
1 1 1 1 1 1
𝐷=| | = −1 𝐷𝑥 = | | = −3 𝐷𝑦 = | |=2
−2 −3 0 −3 −2 0
𝐷𝑥 𝐷𝑦
𝑐1 = =3 𝑐2 = = −2
𝐷 𝐷
Passo 6 Solução geral
𝑦 ′′ + 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 5𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 6𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 5𝜆 + 6) = 0
𝜆2 + 5𝜆 + 6 = 0
81
Passo 4 Aplicar dados
𝑦(0) = 1
{
𝑦 ′ (0) = 0
Passo 5 Sistema
𝑘1 + 𝑘2 = 1
{
−2𝑘1 − 3𝑘2 = 0
𝑘1 = 1 − 𝑘2 → −2(1 − 𝑘2 ) − 3𝑘2 = 0 → 𝑘2 = −2
𝑘1 = 1 + 2 = 3
Com esse assunto, não há nada a que se preocupar, o que acabou de ser dado foi somente uma revisão da regra de
Cramer, os outros métodos já foram ensinados em assuntos anteriores, então não complique sua vida e resolva as
equações pelo método mais simples, seja Cramer ou sei lá.
Para você que gosta de álgebra linear II EDO é uma ramificação dela, então lembra do Wronskiano? Então, quando
seu resultado é diferente de zero temos que a solução é Linearmente Independente à equação. Tudo tem uma lógica,
se o Wronskiano resultasse em zero teríamos uma L.D. (Linearmente Dependente) e não uma L.I., mas como o
sistema de soluções é uma base, então ele deve gerar e ser L.I.
82
12. Equações características com raízes negativas – Sua vida cada vez mais negativa
Os números complexos não têm por objetivo querer atrapalhar a sua vida e sim na verdade para ajudar, os números
complexos tem muitas aplicações na tecnologia que não existiriam sem esse estudo.
Tudo consiste na habilidade de dominar unidades imaginárias, essas unidades são admitidas quando o limite dos
conjuntos dos reais é ultrapassado.
Isso acontece quando temos uma raiz de um número negativo, pelo conjunto dos números reais é impossível haver
uma solução para isso, mas a explicação não está em olhar somente para a raiz.
22 = 2.2 = 4
Veja que é impossível imaginar que essa conta desse um número negativo, por esse fato, a exponencial é uma função
que é não negativa e o mesmo acontece para a sua função inversa, a raiz.
Com isso temos uma saída que foi pensada por muito tempo pelos matemáticos como, Raphael Bombelli, Leonard
Euler e Carl Friederich Gauss, esse é método de chamar √−1 de 𝑖.
No conjunto dos números complexos, todas as operações envolvendo o 𝑖 são operações comuns do jeito que nós
conhecemos.
Usando os 8 testes para um espaço vetorial (que você aprendeu em álgebra II) o conjunto dos complexos obedece a
todos com o uso das operações usuais.
83
Lembrando da leitura de sinais o conjunto mostrado acima significa que:
“Os números complexos é o conjunto de todo 𝑧 tal que 𝑧 = 𝑎 + 𝑏𝑖 com a e b pertencentes ao conjunto dos reais e 𝑖 2 = −1.”
Aqueles números que acompanham o 𝑖 são chamados de imaginários (𝛽) e os que não tem o 𝑖 são chamados de reais
(𝛼).
Com essa revisão vamos iniciar alguns exemplos de uma equação diferencial ordinária de segunda ordem com uma
equação característica com raiz negativa.
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 0
Solução geral
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑒 𝜆𝑡
Equação característica
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝑎𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑏𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 𝑐𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐) = 0
𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0
Como estamos atrás de uma situação geral, então vamos supor que as raízes dessa equação sejam complexas.
𝜆 = 𝛼 + 𝛽𝑖
{ 1
𝜆2 = 𝛼 − 𝛽𝑖
Logo
Agora para nos ajudar nos cálculos vamos usar uma equação estabelecida por Leonard Euler em que
𝑒 𝑖𝜃 = cos(𝜃) + 𝑖𝑠𝑒𝑛(𝜃)
Na hora de inserir −𝛽𝑡 na segunda equação percebemos que não há uma mudança no sinal do cosseno somente no
seno, isso se dá pois o cosseno é uma função par e seno é uma função ímpar, que quer dizer que:
√2 √2 √2 √2
Veja que cos(45°) = e cos(−45°) = agora o seno sen(45°) = e sen(−45°) = −
2 2 2 2
84
Agora depois de substituir tudo temos
𝑦 = 𝑒 𝛼𝑡 2 cos(𝛽𝑡)
Mas há outra possibilidade de encontrar uma resposta, podemos subtrair em vez de somar, lembre-se que as
constantes na equação geral podem atingir qualquer valor, seja negativo, seja positivo.
𝑦 = 𝑒 𝛼𝑡 2𝑖 sen(𝛽𝑡)
Além de somar precisávamos subtrair também por que com a soma perdemos o segundo membro ficando somente um,
então com a subtração arranjamos outro para formar para com o resultado da soma.
𝑦 = 𝑒 𝛼𝑡 2 cos(𝛽𝑡) − 𝑒 𝛼𝑡 2𝑖 sen(𝛽𝑡)
Olhando para esse resultado não parece uma boa ficar trabalhando com um número imaginário no meio de toda a
equação, para isso vamos pensar no seguinte: o 𝑖 é uma constante não é mesmo? E uma constante não interfere na
equação geral! Então vamos simplesmente esquecer todas essas constantes e fazer tudo igual a um mesmo, assim:
𝑦 = 𝑒 𝛼𝑡 cos(𝛽𝑡) + 𝑒 𝛼𝑡 sen(𝛽𝑡)
Para confirmar se isso realmente é o conjunto fundamental de soluções da equação ordinária com uma equação
característica de raízes negativas, devemos usar o Wronskiano.
𝑒 𝛼𝑡 cos(𝛽𝑡) 𝑒 𝛼𝑡 sen(𝛽𝑡)
𝑤=[ 𝛼𝑡 ]
𝛼𝑒 cos(𝛽𝑡) − 𝑒 𝛼𝑡 𝛽 sen(𝛽𝑡) 𝛼𝑒 𝛼𝑡
sen(𝛽𝑡) + 𝑒 𝛼𝑡 𝛽 cos(𝛽𝑡)
𝑒 𝛼𝑡 𝛽
Com esse valor temos certeza que o Wronskiano não é zero, pois a exponencial nunca zera e a constante 𝛽 não pode
ser zero pois se ela fosse zero nem solução geral existiria.
É um conjunto infinito de soluções para uma equação ordinária de segunda ordem cuja equação característica tenha
raízes negativas.
85
12.3 Primeiro exemplo
𝑦 ′′ + 𝑦 ′ + 𝑦 = 0
𝜆2 + 𝜆 + 1 = 0
Passo 2 Raízes
1
(𝑟𝑒𝑎𝑙) 𝛼 = −
−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐 −1 ± √−3 −1 ± √3𝑖 2
𝑥= → → →
2𝑎 2 2 √3
{(𝑖𝑚𝑎𝑔𝑖𝑛á𝑟𝑖𝑜) 𝛽 = 2
𝑡 √3 √3
𝑦 = 𝑒 𝛼𝑡 [𝑘1 cos(𝛽𝑡) + 𝑘2 sen(𝛽𝑡)] → 𝑦 = 𝑒 −2 [𝑘1 cos ( 𝑡) + 𝑘2 sen ( 𝑡)]
2 2
𝑦 ′′ + 𝑝(𝑡)𝑦 ′ + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0
Com isso se torna impossível resolver esta equação pelos métodos convencionais, agora devemos encontrar uma
alternativa para conseguirmos resolver isso. Vamos atrás de uma relação que desmembrar essa equação.
Primeiro vamos começar com a hipótese de que temos uma variável 𝑥 que está sendo igualada as variáveis em função
de 𝑡. Vamos descobrir valores para as derivadas de 𝑦
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥
=
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡
Essa é a derivada de 𝑦, temos uma regra da cadeia por que o 𝑦 está sendo derivado em relação a 𝑡 é uma relação de 𝑥.
Para facilitarmos a leitura vamos usar a nomenclatura usual de derivadas para todas as derivadas em relação a 𝑡.
Assim:
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑𝑦
= → 𝑦′ = 𝑥 ′
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑥
𝑑 2 𝑦 𝑑 2 𝑦 𝑑𝑥 2 𝑑𝑦 𝑑 2 𝑥
= ( ) +
𝑑𝑡 2 𝑑𝑥 2 𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2
𝑑𝑦
Temos aqui a regra do produto e uma regra da cadeia em que irá abrir mais uma derivada de 𝑥 em relação a 𝑡 que
𝑑𝑥
irá multiplicar com a outra que já estava lá e no final de tudo a derivada fica ao quadrado.
86
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
𝑦 ′′ = (𝑥 ′ )2 + 𝑥 ′′
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦
𝑦 ′′ + 𝑝(𝑡)𝑦 ′ + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0 → (𝑥 ′ )2 + 𝑥 ′′ + 𝑝(𝑡) (𝑥 ′ ) + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥 𝑑𝑥
𝑑2𝑦 𝑑𝑦
(𝑥 ′ )2 + [𝑥 ′′ + 𝑥 ′ 𝑝(𝑡)] + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
Lembra-se da forma geral? Então não podemos ter nada ao lado da segunda derivada. Vamos dividir tudo.
𝑑2 𝑦 𝑥 ′′ + 𝑥 ′ 𝑝(𝑡) 𝑑𝑦 𝑞(𝑡)
+[ ] + 𝑦=0
𝑑𝑥 2 (𝑥 ′ )2 𝑑𝑥 (𝑥 ′ )2
Aqui chegamos aonde queríamos, a equação deve chegar até aqui para uma análise.
A análise é o seguinte, como esses coeficientes se tornariam constantes? Bom para variáveis a única lógica é que o de
cima seja igual ao de baixo.
𝑞(𝑡) = (𝑥 ′ )2
Para resolvermos uma equação é necessário encontrar o valor de 𝑥 para a solução geral, isso por que quando
integramos o valor de 𝑥 encontraremos o valor de 𝑡 que é a real incógnita desse problema.
1
𝑞(𝑡) = (𝑥 ′ )2 → 𝑥 ′ = 𝑞(𝑡)2
1 1
𝑥 ′′ = 𝑞(𝑡)−2 𝑞 ′ (𝑡)
2
1 1 1
− ′
𝑥 ′′ + 𝑥 ′ 𝑝(𝑡) 2 𝑞(𝑡) 2 𝑞 (𝑡) + 𝑞(𝑡)2 𝑞(𝑡)
=
(𝑥 ′ )2 𝑞(𝑡)
Ao chegar nesse ponto temos que, se esse resultado der um valor constante temos então a possibilidade de fazer a
equação de coeficientes variáveis em uma equação de variáveis constantes.
𝑞(𝑡)
Como adotamos 𝑞(𝑡) = (𝑥 ′ )2 isso quer dizer que (𝑥 ′ )2
= 1, então se esse valor nos levar a análise de que o outro
𝑞(𝑡)
coeficiente será constante então substituímos o valor de (𝑥 ′ )2
por 1 e o valor constante que for encontrado no outro
coeficiente.
Só não devemos esquecer que no final de tudo a solução geral irá estar com o 𝑥 que não é a incógnita do problema,
então através da integral descobrimos do valor em relação a 𝑡.
1 1
𝑥 ′ = 𝑞(𝑡)2 → 𝑥 = ∫ 𝑞(𝑡)2 𝑑𝑡
Se você gosta de decorar, vamos melhorar aquela fração encontrada no segundo coeficiente
87
1 1 1 1
𝑞(𝑡)−2 𝑞 ′ (𝑡) + 𝑞(𝑡)2 𝑞(𝑡) 2𝑞(𝑡)2
2
1
𝑞(𝑡)
2𝑞(𝑡)2
𝑞 ′ (𝑡) + 2𝑝(𝑡)𝑞(𝑡)
2𝑞(𝑡)3/2
Isso foi somente para ajeitá-la e deixar melhor, veja que o que foi adicionado em laranja não faz mudança no
resultado por que aquilo divido resulta em 1.
Se você substituir os valores e jogar nessa fração e o resultado for constante você irá pular todo processo feito antes e
bastará substituir o valor encontrado no coeficiente e igualar o primeiro coeficiente a um.
2
𝑦 ′′ + 𝑡𝑦 ′ + 𝑒 −𝑡 𝑦 = 0 , − ∞ < 𝑡 < +∞
Passo 1 Derivadas
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑 2 𝑦 𝑑 2 𝑦 𝑑𝑥 2 𝑑𝑦 𝑑 2 𝑥
= → 2 = 2( ) +
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2
𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
𝑦′ = 𝑥 ′ → 𝑦 ′′ = (𝑥 ′ )2 2 + 𝑥 ′′
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Passo 3 Substituir
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑦 2
(𝑥 ′ )2 2 + 𝑥 ′′ + 𝑡 𝑥′ + 𝑒 −𝑡 𝑦 = 0
⏟ 𝑑𝑥 𝑑𝑥 ⏟ 𝑑𝑥
𝑦 ′′ 𝑦′
Passo 4 Organizar
𝑑2 𝑦 𝑑𝑦 2
(𝑥 ′ )2 + [𝑥 ′′ + 𝑡𝑥 ′ ] + 𝑒 −𝑡 𝑦 = 0
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥
2
𝑑2𝑦 𝑥 ′′ + 𝑡𝑥 ′ 𝑑𝑦 𝑒 −𝑡
+ [ ] + 𝑦=0
𝑑𝑥 2 (𝑥 ′ )2 𝑑𝑥 (𝑥 ′ )2
2 𝑡2
(𝑥 ′ )2 = 𝑒 −𝑡 → 𝑥 ′ = 𝑒 − 2
𝑡2
𝑥 ′′ = −𝑡𝑒 − 2
Passo 6 Teste
𝑡2 𝑡2
𝑥 ′′ + 𝑡𝑥 ′ −𝑡𝑒 − 2 + 𝑡𝑒 − 2
= 2 =0
(𝑥 ′ )2 𝑒 −𝑡
88
𝑑2𝑦
+𝑦=0
𝑑𝑥 2
Agora resolvendo como uma equação de segunda ordem com variáveis constantes
𝜆2 + 1 = 0
Passo 9 Raízes
(𝑟𝑒𝑎𝑙) 𝛼 = 0
𝜆 = √−1 = ±𝑖 → {
(𝑖𝑚𝑎𝑔) 𝛽 = 1
Temos que o imaginário é ±𝑖, mas na hora de selecionar pode escolher qualquer um, mas somente um, por isso que
𝛽=1
𝑦 = 𝑘1 cos(𝑥) + 𝑘2 sen(𝑥)
𝑡2
𝑥 = ∫ 𝑒 − 2 𝑑𝑡
O problema é que essa integral é impossível de se resolver, logo não tem outro jeito
𝑡2 𝑡2
𝑦 = 𝑘1 cos (∫ 𝑒 − 2 𝑑𝑡 ) + 𝑘2 sen (∫ 𝑒 − 2 𝑑𝑡 )
Veja que praticamente são 7 passos para transformar uma equação com coeficiente variáveis em uma com coeficiente
constante.
No início parece complicado, mas se você parar para analisar os passos são simples e com repetições de alguns
exercícios isso se torna prático e fácil.
Não aconselho de forma alguma decorar o teste.
89
14. Equações características com raiz única – Uma pegadinha básica
Este é o caso comum em que quando a equação característica resulta em um discriminante nulo (∆= 0), nesse caso ao
invés da solução geral ser como de costume: 𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡 , aqui teríamos somente uma das parcelas, assim:
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 , isso é um problema pois um conjunto fundamental de soluções deve ter duas funções somadas para a
Independência Linear e a possibilidade de gerar o espaço. Para isso utilizou-se de algumas técnicas para tentar
descobrir uma saída para este caso.
𝑦 = 𝑣𝑦1
Em que 𝑦1 é uma solução particular da equação. Então desenvolvemos essa ferramenta usando as derivadas dela
𝑦 ′ = 𝑣 ′ 𝑦1 + 𝑣𝑦1′ → 𝑦 ′′ = ⏟
𝑣 ′′ 𝑦1 + 𝑣 ′ 𝑦1′ + 𝑣 ′ 𝑦1′ + 𝑣𝑦1′′
𝑣 ′′ 𝑦1 +2𝑣 ′ 𝑦1′ +𝑣𝑦1′′
Com isso podemos substituir na forma geral de uma equação ordinária de segunda ordem
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 0
Agora organizando
𝑎𝑣 ′′ 𝑦1 + 𝑣 ′ (2𝑎𝑦1′ + 𝑏𝑦1 ) = 0
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝑎𝑣 ′′ 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑣 ′ (2𝑎𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 𝑏𝑒 𝜆𝑡 ) = 0
Como estamos num caso em que o discriminante é nulo, então teremos uma forma de encontrar o valor da variável:
−𝑏
𝑎𝜆2 + 𝑏𝜆 + 𝑐 = 0 → 𝛥 = 0 → 𝜆 = → 2𝑎𝜆 + 𝑏 = 0
2𝑎
Logo
𝑎𝑣 ′′ 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑣 ′ (2𝑎𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 𝑏𝑒 𝜆𝑡 ) = 0
𝑒 𝜆𝑡 𝑎𝑣 ′′ = 0
Nesta parte final temos que num produto resultando em zero, um ou mais de um dos elementos envolvidos é igual a
zero, mas 𝑒 𝜆𝑡 nunca será igual a zero e a constante 𝑎 também nado pode por que ela é o coeficiente que acompanha 𝑦1′′ ,
ou seja, se 𝑎 for zero esta equação deixa de ser de segunda ordem e tudo que fizemos será em vão, por fim só nos resta
dizer que:
𝑣 ′′ = 0
90
Por que isso é bom? Lembre-se que usamos 𝑦 = 𝑣𝑦1 como ferramenta para este caso, nós conhecemos o valor de 𝑦1 pois
o mesmo é solução particular da equação, então com o valor de 𝑣 encontramos o valor da solução geral que é 𝑦.
Não se engane, o valor que encontramos é 𝑣 ′′ = 0, temos que integrá-lo duas vezes para encontrarmos o seu valor.
∫ 𝑣 ′′ 𝑑𝑣 = 𝑐1 → ∫ 𝑣 ′ 𝑑𝑣 = 𝑐1 𝑡 + 𝑐2
Logo
Como 𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = (𝑐1 𝑡 + 𝑐2 )𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 = 𝑐1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑐2 𝑡𝑒 𝜆𝑡
Esta é a solução geral de uma equação ordinária de segunda ordem cuja equação característica tenha uma única raiz.
Se o teste do Wronskiano for feito comprova-se que {𝑒 𝜆𝑡 , 𝑡𝑒 𝜆𝑡 } é L.I., ou seja, um conjunto fundamental de soluções.
𝑦 ′′ + 4𝑦 ′ + 4𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 + 4𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 4𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 + 4𝜆 + 4) = 0
𝜆2 + 4𝜆 + 4 = 0
1 1
𝑦 ′′ − 𝑦 ′ + 0,25𝑦 = 0 → 𝑦 ′′ − 𝑦 ′ + 𝑦 = 0 → 𝟒𝒚′′ − 𝟒𝒚′ + 𝒚 = 𝟎, 𝑦(0) = 2 𝑦 ′ (0) =
4 3
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
91
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
4𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 4𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (4𝜆2 − 4𝜆 + 1) = 0
4𝜆2 − 4𝜆 + 1 = 0
−𝑏 4 1 𝑡 𝑡
4𝜆2 − 4𝜆 + 1 = 0 → 𝜆 = = = → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 2 + 𝑘2 𝑡𝑒 2
2𝑎 8 2
𝑦(0) = 2
{ ′ 1
𝑦 (0) =
3
𝑡 𝑡 𝑘1 𝑡 𝑡 𝑘2 𝑡 𝑡
𝑦 = 𝑘1 𝑒 2 + 𝑘2 𝑡𝑒 2 → 𝑦′ = 𝑒 2 + 𝑘2 𝑒 2 + 𝑒2
2 2
1 𝑘1
2 = 𝑘1 → = + 𝑘2
3 2
Passo 5 Sistema
2 1 2
𝑘1 = 2 → + 𝑘2 = → (𝑘1 = 2|𝑘2 = − )
2 3 3
𝑡 2 𝑡
𝑦 = 2𝑒 2 − 𝑡𝑒 2
3
Aqui não envolve o fato do discriminante ser nulo, também por que uma equação de coeficiente variáveis tem que
passar por um processo primeiro para depois se transformar numa equação característica.
Aqui iremos usar a mesma técnica apresentada antes, só que dessa vez não é para encontrar somente a solução geral,
mas sim para resolver esse tipo de equação e transformá-la em uma equação simples de primeira ordem. Essa técnica
se chama Redução de ordem.
A diferença deste método de resolução com o aprendido antes é que dessa vez a questão deve fornecer uma solução
particular, ou seja, o 𝑦1 para que aí sim possa se resolver a equação.
𝑦 ′ = 𝑣 ′ 𝑦1 + 𝑣𝑦1′ → 𝑦 ′′ = ⏟
𝑣 ′′ 𝑦1 + 𝑣 ′ 𝑦1′ + 𝑣 ′ 𝑦1′ + 𝑣𝑦1′′
𝑣 ′′ 𝑦1 +2𝑣 ′ 𝑦1′ +𝑣𝑦1′′
Com isso podemos substituir na forma geral de uma equação ordinária de segunda ordem com coeficientes variáveis
𝑦 ′′ + 𝑝(𝑡)𝑦 ′ + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0
𝑣 ′′ 𝑦1 + 𝑣 ′ (2𝑦1′ + 𝑝(𝑡)𝑦1 ) = 0
𝑢′ 𝑦1 + 𝑢(2𝑦1′ + 𝑝(𝑡)𝑦1 ) = 0
Nesta forma temos um simples PVI, sendo que sua solução geral deve ser dada como a de um equação característica
de raiz única.
Passo 1 Derivadas
𝑦 = 𝑣𝑡 −1 → 𝑦 ′ = 𝑣 ′ 𝑡 −1 − 𝑣𝑡 −2 → 𝑦 ′′ = 𝑣 ′′ 𝑡 −1 − 2𝑣 ′ 𝑡 −2 + 2𝑣𝑡 −3
Passo 2 Substituir
2𝑡 2 (𝑣 ′′ 𝑡 −1 − 2𝑣 ′ 𝑡 −2 + 2𝑣𝑡 −3 ) + 3𝑡(𝑣 ′ 𝑡 −1 − 𝑣𝑡 −2 ) − 𝑣𝑡 −1 = 0
𝑣 ′′ 2𝑡 + 𝑣 ′ (−4 + 3) + 𝑣(4𝑡 −1 − 3𝑡 −1 − 𝑡 −1 ) = 0
2𝑡𝑣 ′′ − 𝑣 ′ = 0
𝑢 = 𝑣′
2𝑡𝑢′ − 𝑢 = 0
1
𝑢′ − 𝑢=0
2𝑡
Passo 6 Simplificar
3 3
1 𝑡 −2 1 𝑡 −2 𝑑 1
𝑢′ 𝑡 −2 − 𝑢 → 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 → 𝑡 −2 𝑢′
+− 𝑢 → [𝑢𝑡 −2 ]
2 2 𝑑𝑡
𝐴𝑛𝑢𝑙𝑎𝑛𝑑𝑜 𝐷𝑒𝑟𝑖𝑣𝑎𝑑𝑎𝑠
𝑑 1 1
[𝑢𝑡 −2 ] = 0 → 𝑢𝑡 −2 = 𝑐1
𝑑𝑡
93
Passo 7 Integrar
1 1
𝑢𝑡 −2 = 𝑐1 → 𝑢 = 𝑐1 𝑡 2
𝑢 = 𝑣′
3
′
1 2𝑐1 𝑡 2 3
𝑣 = 𝑐1 𝑡 2 →𝑣= + 𝑐2 → 𝑣 = 𝑐3 𝑡 2 + 𝑐2
3
Passo 8 Solução geral
3
𝑦 = 𝑣𝑦1 → 𝑦 = (𝑐3 𝑡 2 + 𝑐2 ) 𝑡 −1
𝑐2 1
𝑦= + 𝑐3 𝑡 2
𝑡
Passo 1 Organizar
3 ′ 1
2𝑡 2 𝑦 ′′ + 3𝑡𝑦 ′ − 𝑦 = 0 → 𝑦 ′′ + 𝑦 − 2𝑦 = 0
2𝑡 2𝑡
Passo 2 Derivadas
𝑑𝑦 𝑑𝑦 𝑑𝑥 𝑑 2 𝑦 𝑑 2 𝑦 𝑑𝑥 2 𝑑𝑦 𝑑 2 𝑥
= → 2 = 2( ) +
𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 𝑑𝑥 𝑑𝑡 2
𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑𝑦
𝑦′ = 𝑥 ′ → 𝑦 ′′ = (𝑥 ′ )2 2 + 𝑥 ′′
𝑑𝑥 𝑑𝑥 𝑑𝑥
Passo 4 Substituir
𝑑2𝑦 𝑑𝑦 3 ′ 𝑑𝑦 1
(𝑥 ′ )2 2 + 𝑥 ′′ + 𝑥 − 𝑦=0
⏟ 𝑑𝑥 𝑑𝑥 2𝑡 ⏟ 𝑑𝑥 2𝑡 2
𝑦 ′′ 𝑦′
1 1
𝑥 = ln|𝑡| → 𝑥 ′ = → 𝑥 ′′ = − 2
𝑡 𝑡
Passo 6 Substituir
1 2 𝑑 2 𝑦 1 𝑑𝑦 3 1 𝑑𝑦 1
( ) 2
− 2 + ( ) − 2𝑦 = 0
𝑡 𝑑𝑥 𝑡 𝑑𝑥 2𝑡 𝑡 𝑑𝑥 2𝑡
1 𝑑 2 𝑦 1 𝑑𝑦 3 𝑑𝑦 1
−2 − 2 + 2 − 2𝑦 = 0
×𝑡 2
𝑡 𝑑𝑥 2 𝑡 𝑑𝑥 2𝑡 𝑑𝑥 2𝑡
𝑑 2 𝑦 𝑑𝑦 3 𝑑𝑦 1
− + − 𝑦=0
𝑑𝑥 2 𝑑𝑥 2 𝑑𝑥 2
94
𝑑 2 𝑦 1 𝑑𝑦 1
+ − 𝑦=0
𝑑𝑥 2 2 𝑑𝑥 2
1 1
𝜆2 + 𝜆 − = 0 → 2𝜆2 + 𝜆 − 1 = 0
2 2
−1 ± √12 + 4(2) 1
2𝜆2 + 𝜆 − 1 = 0 → 𝜆 = → (𝜆 + 1) (𝜆 − )
4 2
𝑥
𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑥 + 𝑐2 𝑒 2
𝑐1 1
𝑦= + 𝑐2 𝑡 2
𝑡
Ambos lhe dão o mesmo resultado, analise os dois e veja qual deles você tem mais afinidade, mas é importante que
você aprenda os dois métodos.
95
Exercícios resolvidos – Se parar, a bicicleta cai
Primeira questão
Ache a solução geral da equação diferencial proposta:
a) 𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ − 3𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 + 2𝜆𝑒 𝜆𝑡 − 3𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 + 2𝜆 − 3) = 0
𝜆2 + 2𝜆 − 3 = 0
𝜆2 + 2𝜆 − 3 = 0 → 𝜆2 + ⏟ 3 = 0 → (𝜆 + 3)(𝜆 − 1) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 −3𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝑡
2𝜆−⏟
𝑆 𝑃
b) 𝑦 ′′ + 3𝑦 ′ + 2𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 + 3𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 2𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 + 3𝜆 + 2) = 0
𝜆2 + 3𝜆 + 2 = 0
𝜆2 + 3𝜆 + 2 = 0 → 𝜆2 + ⏟ 2 = 0 → (𝜆 + 2)(𝜆 + 1) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 −2𝑡 + 𝑘2 𝑒 −𝑡
3𝜆+⏟
𝑆 𝑃
96
c) 6𝑦 ′′ − 𝑦 ′ − 𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
6𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 𝜆𝑒 𝜆𝑡 − 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (6𝜆2 − 𝜆 − 1) = 0
6𝜆2 − 𝜆 − 1 = 0
1 ± √−12 + 4(6) 1 1 1 1
6𝜆2 − 𝜆 − 1 = 0 → 𝑥 = → (𝜆 + ) (𝜆 − ) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 −2𝑡 + 𝑘2 𝑒 3𝑡
2(6) 2 3
d) 2𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ + 𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
2𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 3𝜆𝑒 𝜆𝑡 + 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (2𝜆2 − 3𝜆 + 1) = 0
2𝜆2 − 3𝜆 + 1 = 0
3 ± √−32 − 4(2) 1 1
2𝜆2 − 3𝜆 + 1 = 0 → 𝑥 = → (𝜆 − 1) (𝜆 − ) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 2𝑡
2(2) 2
97
e) 𝑦 ′′ + 5𝑦 ′ = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 + 5𝜆𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 + 5𝜆) = 0
𝜆2 + 5𝜆 = 0
𝜆2 + 5𝜆 = 0 → 𝜆(𝜆 + 5) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 −5𝑡 + 𝑘2
f) 4𝑦 ′′ − 9𝑦 ′ = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
4𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 9𝜆𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (4𝜆2 − 9𝜆) = 0
4𝜆2 − 9𝜆 = 0
98
g) 𝑦 ′′ − 9𝑦 ′ + 9𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 9𝜆𝑒 𝜆𝑡 − 9𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 9𝜆 − 9) = 0
𝜆2 − 9𝜆 − 9 = 0
9−3√13 9+3√13
𝑡 𝑡
𝑦 = 𝑘1 𝑒 2 + 𝑘2 𝑒 2
h) 2𝑦 ′′ + 2𝑦 ′ + 𝑦 = 0
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆1𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆2𝑡
2𝜆2 + 2𝜆 + 1 = 0
1
−2 ± √2 2 − 4.2 𝛼=−
2𝜆2 + 2𝜆 + 1 = 0 → 𝜆 = → 2
4 1
𝛽=
2
Passo 3 Solução geral
1 𝑡 𝑡
𝑦 = 𝑒 𝛼𝑡 [𝑘1 cos(𝛽𝑡) + 𝑘2 sen(𝛽𝑡)] → 𝑦 = 𝑒 −2𝑡 [𝑘1 cos ( ) + 𝑘2 sen ( )]
2 2
99
Segunda questão
Encontre uma equação diferencial cuja solução geral seja:
a) 𝑦 = 𝑐1 𝑒 2𝑡 + 𝑐2 𝑒 −3𝑡
𝑦 = 𝑘1 𝑒 2𝑡 + 𝑘2 𝑒 −3𝑡 → (𝜆 − 2)(𝜆 + 3) = 0 → 𝜆2 + 𝜆 − 6 = 0
Passo 2 EDO
𝜆2 + 𝜆 − 6 = 0 → 𝑦 ′′ + 𝑦 ′ − 6𝑦 = 0
b) 𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑡/2 + 𝑐2 𝑒 −2𝑡
1 1 5
𝑦 = 𝑘1 𝑒 −2𝑡 + 𝑘2 𝑒 −2𝑡 → (𝜆 + ) (𝜆 + 2) = 0 → 𝜆2 + 𝜆 + 1 = 0
2 2
Passo 2 EDO
5 5
𝜆2 + 𝜆 + 1 = 0 → 𝑦 ′′ + 𝑦 ′ + 𝑦 = 0
2 2
Terceira questão
Determine a solução do problema de valor inicial e determine o seu valor máximo:
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 𝜆𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (𝜆2 − 𝜆) = 0
𝜆2 − 𝜆 = 0
𝜆2 − 𝜆 = 0 → 𝜆(𝜆 − 1) = 0 → 𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2
5
𝑦(0) =
{ 4
3
𝑦 ′ (0) = −
4
100
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 → 𝑦 ′ = 𝑘1 𝑒 𝑡
5 3
= 𝑘1 + 𝑘2 → − = 𝑘1
4 4
Passo 5 Sistema
3
(𝑘1 = − |𝑘2 = 2)
4
3
𝑦 = − 𝑒𝑡 + 2
4
Passo 7 Ponto máximo
Vamos desenhar o gráfico positivo desta solução, para isso necessitamos do ponto quando 𝑦 = 0 e 𝑡 = 0.
3 8 8
− 𝑒 𝑡 + 2 = 0 → 𝑒 𝑡 = → 𝑡 = ln = 1
4 3 3
3 3 5
𝑦 = − 𝑒0 + 2 → 𝑦 = − + 2 =
4 4 4
3
𝑦 = − 𝑒 1 + 2 = −0,04
4
101
a) 2𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ + 𝑦 = 0,𝑦(0) = 2𝑦 ′ (0) = 1/2
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝜆𝑡 + 𝑘2 𝑒 𝜆𝑡
𝑦 = 𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′ = 𝜆𝑒 𝜆𝑡 → 𝑦 ′′ = 𝜆2 𝑒 𝜆𝑡
2𝜆2 𝑒 𝜆𝑡 − 3𝑒 𝜆𝑡 + 𝑒 𝜆𝑡 = 0
𝑒 𝜆𝑡 (2𝜆2 − 3𝜆 + 1) = 0
2𝜆2 − 3𝜆 + 1 = 0
3 ± √−32 − 4(2) 1
2𝜆2 − 3𝜆 + 1 = 0 → 𝑥 = → (𝜆 − 1) (𝜆 − ) = 0
4 2
1
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 2𝑡
𝑦(0) = 2
{ 1
𝑦 ′ (0) =
2
1 1 1
𝑦 = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 2𝑡 → 𝑦 ′ = 𝑘1 𝑒 𝑡 + 𝑘2 𝑒 2𝑡
2
1 1
2 = 𝑘1 + 𝑘2 → = 𝑘1 + 𝑘2
2 2
Passo 5 Sistema
𝑘1 + 𝑘2 = 2
{ 1 1 → (𝑘1 = −1|𝑘2 = 3)
𝑘1 + 𝑘2 =
2 2
Vamos desenhar o gráfico positivo desta solução, para isso necessitamos do ponto quando 𝑦 = 0 e 𝑡 = 0.
1 𝑡 𝑡 1 𝑡 1 1
−𝑒 𝑡 + 3𝑒 2𝑡 = 0 → 𝑒 𝑡 (−1 + 3𝑒 −2 ) = 0 → 𝑒 −2 = → − = ln → 𝑡 = −2 ln = 2,2
3 2 3 3
𝑦 = −𝑒 0 + 3𝑒 0 → 𝑦 = −1 + 3 = 2
MASSSS, aqui temos uma coisa muito importante que não deve ser despercebida, temos duas funções somadas aí.
Isso quer dizer que a trajetória da função terá algumas curvas a mais em meio ao gráfico e isso pode se tornar um
ponto máximo que esteja fora dos eixos.
102
Para este caso usamos o método do Cálculo I, a análise por pontos críticos e concavidades.
3 1 3 𝑡 𝑡 2 𝑡 2 2
−𝑒 𝑡 + 𝑒 2𝑡 = 0 → 𝑒 𝑡 (−1 + 𝑒 −2 ) = 0 → 𝑒 −2 = → − = ln → 𝑡 = −2 ln = 0,81
2 2 3 2 3 3
𝑓 ′′ (𝑡) = 0 , 𝑖𝑛𝑐𝑒𝑟𝑡𝑜
Passo 9 Veredito
3 0,81
−𝑒 0,81 + 𝑒 2 < 0
4
103
16. Equações de segunda ordem não homogenias com coeficientes constantes
Uma equação não homogenia é uma equação que não é igual a zero como descrita abaixo:
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 𝑔(𝑡)
Se houver uma equação idêntica a essa só que igualada a zero, temos uma equação correspondente:
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 0
Para esse caso temos o desenvolvimento de teoremas que possam explicar uma maneira de resolver essas equações.
Veja-os a seguir
Primeiro teorema
Se 𝑦1 e 𝑦2 forem duas soluções de uma equação não homogenia, então a diferença 𝑦1 − 𝑦2 é uma solução de uma
equação homogenia correspondente.
𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 0
𝑔(𝑡) − 𝑔(𝑡) = 0
Segundo teorema
A solução geral de uma equação não homogenia pode ser escrita na forma:
Onde 𝑦1 e 𝑦2 constituem um conjunto fundamental de soluções de uma equação homogenia correspondente e 𝑦𝑝 (𝑡) é
uma solução particular da equação não homogenia.
𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜
Pelo primeiro teorema se 𝑦𝑝 (𝑡) é uma solução particular de uma equação não homogenia então 𝑦(𝑡) − 𝑦𝑝 (𝑡) é a solução
geral da equação homogenia.
𝑐1 𝑦1 (𝑡) + 𝑐2 𝑦2 (𝑡) são a solução geral da equação correspondente então temos:
104
Explicando
O primeiro teorema serve de base para o segundo, o segundo teorema diz claramente como é que deve ser a solução
geral de uma equação de segunda ordem não homogenia.
Em laranja é a solução geral da equação correspondente da equação não homogenia, em azul é a solução particular da
equação não homogenia.
A solução geral de uma equação correspondente é simples de achar, basta usar as equações características.
A solução particular de uma equação não homogenia deverá ser encontrada com os seguintes passos que serão
apresentados.
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 𝑔(𝑡)
A solução particular 𝑦𝑝 deve ter a mesma característica da 𝑔(𝑡), será como se fosse um chute, mas esse chute será
somente da função como não sabemos qual o coeficiente que estará multiplicando a solução então simplesmente
colocamos uma constante ao lado da função.
𝑔(𝑡) → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑔(𝑡)
Veja exemplos:
A função 𝑠𝑒𝑛(𝑡) e cos(𝑡) devem trabalhar
juntar pois se somente uma delas estiver
2𝑒 −𝑡 → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 −𝑡
teremos um erro na conta.
cos(𝑡) → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑐𝑜𝑠(𝑡) + 𝐵𝑠𝑒𝑛(𝑡) As funções polinomiais devem completar
todos os seus graus na solução particular.
7𝑡 2 + 5 → 𝑦𝑝 = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶
Com esse chute temos de substituir os valores na equação não homogenia, para isso devemos derivar a solução até a
respectiva ordem da equação:
𝑦𝑝 = 𝐴𝑔(𝑡)
Como está tudo com funções parecidas, elas podem somar entre si e até mesmo se cancelarem. Dessa forma o objetivo
é encontrar esse coeficiente 𝐴, depois de organizar a soma usa-se da comparação de coeficientes com funções iguais
dos dois lados da igualdade para montarmos um sistema, assim:
105
Se uma função estivesse faltando do outro
lado, os coeficientes seriam iguais a zero.
5𝐴 = 3
{
−2𝐵 = 3
Outro exemplo
5𝐴 + 3𝐵 = 3
{
𝐴 − 2𝐵 = 3
Quando os valores das constantes forem achados substituímos seus valores na forma original da solução particular:
𝑦𝑝 = 𝐴𝑔(𝑡)
Depois de substituir a constante encontrada, basta adicionarmos esse valor à solução geral da equação
correspondente completando assim o resultado final:
𝑦(𝑡) = 𝑐1 𝑦1 + 𝑐2 𝑦2 + 𝑦𝑝
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 3𝑒 2𝑡
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 0
3 ± √32 + 4.4 𝜆 = −1
𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = →{ 1 → 𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡
2 𝜆2 = 4
ℎ quer dizer homogenia
Passo 2 Solução particular
𝑔(𝑡) = 3𝑒 2𝑡 → 𝑦𝑝 (𝑡) = 𝐴𝑒 2𝑡
Passo 3 Derivadas
Passo 4 Substituir
−6𝐴𝑒 2𝑡 = 3𝑒 2𝑡
−6𝐴𝑒 2𝑡 = 3𝑒 2𝑡
3 1
𝐴=− =−
6 2
1
𝑦𝑝 = 𝐴𝑒 2𝑡 → − 𝑒 2𝑡
2
𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝
106
1
𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡 − 𝑒 2𝑡
2
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 2 sen 𝑡
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 0
3 ± √32 + 4.4 𝜆 = −1
𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = →{ 1 → 𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡
2 𝜆2 = 4
Passo 3 Derivadas
Passo 4 Substituir
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 3𝑒 2𝑡
−3𝐴 − 5𝐵 = 0 5 3
{ → (𝐴 = − |𝐵 = )
−5𝐴 + 3𝐵 = 2 17 17
5 3
𝑦𝑝 = 𝐴 sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 → − sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡
17 17
𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝
5 3
𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡 − sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡
17 17
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 4𝑡 2 − 1
3 ± √32 + 4.4 𝜆 = −1
𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = →{ 1 → 𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡
2 𝜆2 = 4
Solução particular
𝑔(𝑡) = 4𝑡 2 − 1 → 𝑦𝑝 (𝑡) = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶
Passo 3 Derivadas
Passo 4 Substituir
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 4𝑡 2 − 1
2𝐴 − 3(2𝐴𝑡 + 𝐵) − 4(𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶) = 4𝑡 2 − 1
−4𝐴 = 4
3 11
{ 4𝐵 − 6𝐴 = 0 → ⟨𝐴 = −1|𝐵 = |𝐶 = − ⟩
2 8
2𝐴 − 3𝐵 − 4𝐶 = −1
3 11
𝑦𝑝 = 𝐴𝑡 2 + 𝐵𝑡 + 𝐶 → −𝑡 2 + 𝑡 −
2 8
𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝
3 11
𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡 − 𝑡 2 + 𝑡 −
2 8
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = −8𝑒 𝑡 cos 2𝑡
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 0
3 ± √32 + 4.4 𝜆 = −1
𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = →{ 1 → 𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡
2 𝜆2 = 4
Passo 3 Derivadas
𝑦𝑝 = 𝑒 𝑡 (𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡) → 𝑦𝑝′ = 𝑒 𝑡 [(𝐴 + 2𝐵) cos 2𝑡 + (𝐵 − 2𝐴) sen 2𝑡]
108
Passo 4
𝑦𝑝′′ = 𝑒 𝑡 [(−3𝐴 + 4𝐵) cos 2𝑡 + (−3𝐵 − 4𝐴) sen 2𝑡]
Substituir
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = −8𝑒 𝑡 cos 2𝑡
𝑒 𝑡 [(−3𝐴 + 4𝐵) cos 2𝑡 + (−3𝐵 − 4𝐴) sen 2𝑡] − 3(𝑒 𝑡 [(𝐴 + 2𝐵) cos 2𝑡 + (𝐵 − 2𝐴) sen 2𝑡]) − 4(𝑒 𝑡 (𝐴 𝑐𝑜𝑠 2𝑡 + 𝐵 𝑠𝑒𝑛 2𝑡))
𝑒 𝑡 [(−10𝐴 − 2𝐵) cos 2𝑡 + (−10𝐵 + 2𝐴) sen 2𝑡] = −8𝑒 𝑡 cos 2𝑡
−10𝐵 + 2𝐴 = 0 10 2
{ → (𝐴 = |𝐵 = )
−2𝐵 − 10𝐴 = −8 13 13
10 2
𝑦𝑝 = 𝑒 𝑡 (𝐴 cos 2𝑡 + 𝐵 sen 2𝑡) → 𝑒 𝑡 ( cos 2𝑡 + sen 2𝑡)
13 13
𝑦 = 𝑦ℎ + 𝑦𝑝
10 2
𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡 + 𝑒 𝑡 ( cos 2𝑡 + sen 2𝑡)
13 13
Terceiro Teorema
𝐷𝑒𝑚𝑜𝑛𝑠𝑡𝑟𝑎çã𝑜
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦 ′ + 𝑐𝑦 = 𝑔(𝑡)
109
Explicação
Se uma equação não homogenia tenha um 𝑔(𝑡) em parcelas (somas) você pode separar a equação principal na mesma
quantidade de parcelas criando outras equações, cada uma com uma parte do 𝑔(𝑡) completo.
𝑎𝑦 ′′ + 𝑏𝑦1′ + 𝑐𝑦1 = 𝑒 𝑡
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 𝑒 𝑡 + 𝑒 −𝑡 → { ′′1
𝑎𝑦2 + 𝑏𝑦2′ + 𝑐𝑦2 = 𝑒 −𝑡
Cada uma dessas equações terá o seu método de resolução normal como foi ensinado nos exemplos anteriores, no final
de tudo haverá a soma das soluções gerais das duas equações. Como a equação correspondente será a mesma para
ambos os casos, soma-se somente as soluções particulares e se completa com a solução da equação correspondente.
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 3𝑒 2𝑡 + 2 sen 𝑡 − 8𝑒 𝑡 cos 2𝑡
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 0
3 ± √32 + 4.4 𝜆 = −1
𝜆2 − 3𝜆 − 4 = 0 → 𝜆 = →{ 1 → 𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡
2 𝜆2 = 4
Passo 2 Separação
2
𝑦1′′ − 3𝑦1′ − 4𝑦1 = 3𝑒 2𝑡
𝑦 ′′ − 3𝑦 ′ − 4𝑦 = 3𝑒 2𝑡 + 2 sen 𝑡 − 8𝑒 𝑡 cos 2𝑡 → { 𝑦2′′ − 3𝑦2′ − 4𝑦2 = 2 sen 𝑡
𝑦3′′ − 3𝑦3′ − 4𝑦3 = −8𝑒 𝑡 cos 2𝑡
Passo 3
Essas equações já foram resolvidas antes,
Soluções particulares usaremos somente os seus resultados
2 1
𝑦𝑝1 = − 𝑒 2𝑡
2
5 3
𝑦𝑝2 = − sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡
17 17
𝑡
10 2
{𝑦𝑝3 = 𝑒 (13 cos 2𝑡 + 13 sen 2𝑡)
1 5 3 10 2
𝑦 = 𝑐1 𝑒 −𝑡 + 𝑐2 𝑒 4𝑡 − 𝑒 2𝑡 − sen 𝑡 + 𝐵 cos 𝑡 + 𝑒 𝑡 ( cos 2𝑡 + sen 2𝑡)
2 17 17 13 13
Quando nos deparamos com uma solução particular 𝑦𝑝 (𝑡) parecida com a solução geral da homogênea 𝑦ℎ (𝑡) temos
então um erro, lá na frente tudo se anulará e teremos o resultado zero.
110
É como se fossem ondas (uma comparação), as duas ondas são idênticas, mas uma segue de uma forma e a segunda
segue de outra, quando se encontram temos a interferência destrutiva acabando com a duas ondas, ou seja, zero.
𝑦 ′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡
𝜆1 = 2𝑖 𝛼=0
𝜆2 + 4 = 0 → 𝜆 = √4𝑖 → →
𝜆2 = −2𝑖 𝛽 = 2
Passo 4 Derivadas
Passo 5 Substituir
2 𝑦 ′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡
0 = 3 cos 2𝑡
18.2 Solução
Você pode pensar que agora vamos utilizar ferramentas pesadas para calcular aquela coisa sem que no final tudo
venha se anular.
Mas não, a solução é simplesmente multiplicar a solução particular pela função mais simples possível, o polinômio.
Esse polinômio pode ser simplesmente 𝑡, após multiplica-lo na solução particular teremos uma diferença entre as
soluções particular e homogenia e assim poderemos dar procedimento ao cálculo normal como já aprendemos.
Infelizmente nem tudo são flores, com a multiplicação do polinômio as derivadas se tornarão extensas por causa da
derivada do produto que irá aparecer toda vez.
111
18.3 Exemplo Construtivo
𝑦 ′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡
2 𝑦 ′′ + 4𝑦 = 0
𝜆1 = 2𝑖 𝛼=0
𝜆2 + 4 = 0 → 𝜆 = √4𝑖 → →
𝜆2 = −2𝑖 𝛽 = 2
Passo 4 Derivadas
𝑦𝑝′′ (𝑡) = 2𝐵 cos 2𝑡 − 2(𝐴 + 2𝐵𝑡) sen 2𝑡 − 2𝐴 sen 2𝑡 + 2(𝐵 − 2𝐴𝑡) cos 2𝑡
Passo 5 Substituir
2 𝑦 ′′ + 4𝑦 = 3 cos 2𝑡
(4𝐵 − 4𝐴𝑡) cos 2𝑡 − (4𝐴 + 4𝐵𝑡) sen 2𝑡 + 4(𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 𝐵𝑡 sen 2𝑡) = 3 cos 2𝑡
(4𝐵 − 4𝐴𝑡) cos 2𝑡 − (4𝐴 + 4𝐵𝑡) sen 2𝑡 + 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 = 3 cos 2𝑡
(4𝐵 − 4𝐴𝑡) cos 2𝑡 + (−4𝐴 − 4𝐵𝑡) sen 2𝑡 + 4𝐴𝑡 cos 2𝑡 + 4𝐵𝑡 sen 2𝑡 = 3 cos 2𝑡
3
(𝐴 = 0|𝐵 = )
4
112
Passo 7
3
𝑦𝑝 (𝑡) = 𝑡 sen 2𝑡
4
3
𝑦(𝑡) = 𝑐1 cos 2𝑡 + 𝑐2 sen 2𝑡 + 𝑡 sin 2𝑡
4
113
19. Variação de parâmetros – Variando a sua pressão
A variação de parâmetros nesse caso consiste em: a solução particular será a cópia da solução geral da homogênea, só
que dessa vez os coeficientes constantes serão trocados por funções. Logo em seguida, sua derivada é igualada a zero.
𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑦1 + 𝑐2 𝑦2
2 𝑦 ′′ + 𝑝(𝑡)𝑦 ′ + 𝑞(𝑡)𝑦 = 0
Método convencional, cada questão tem seu jeito de resolver a equação característica
2 𝑦ℎ (𝑡) = 𝑐1 𝑦1 + 𝑐2 𝑦2
2 𝑦𝑝 (𝑡) = 𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2
Não esqueça: 𝑢 são funções
𝑢1′ 𝑦1 + 𝑢2′ 𝑦2 = 0
Passo 4 Derivadas
2 𝑦𝑝 (𝑡) = 𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2
Passo 5 Substituir
(𝑢1′ 𝑦1′ + 𝑢1 𝑦1′′ + 𝑢2′ 𝑦2′ + 𝑢2 𝑦2′′ ) + 𝑝(𝑡)(𝑢1 𝑦1′ + 𝑢2 𝑦2′ ) + 𝑞(𝑡)(𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2 ) = 𝑔(𝑡)
𝑢1′ 𝑦1′ + 𝑢1 𝑦1′′ + 𝑢2′ 𝑦2′ + 𝑢2 𝑦2′′ + 𝑝(𝑡)𝑢1 𝑦1′ + 𝑝(𝑡)𝑢2 𝑦2′ + 𝑞(𝑡)𝑢1 𝑦1 + 𝑞(𝑡)𝑢2 𝑦2 = 𝑔(𝑡)
Isolando 𝑢1 e 𝑢2
114
𝑢1′ 𝑦1′ + 𝑢2′ 𝑦2′ + 𝑢1 (𝑦1′′ + 𝑝(𝑡)𝑦1′ + 𝑞(𝑡)𝑦1 ) + 𝑢2 (𝑦2′′ + 𝑝(𝑡)𝑦2′ + 𝑞(𝑡)𝑦2 ) = 𝑔(𝑡)
Passo 6 Sistema
𝑦1 𝑦2 ′ ′
∆= |𝑦 ′ 𝑦2′ | = 𝑦1 𝑦2 − 𝑦2 𝑦1 Esse cara é o Wronskiano
1
0 𝑦2
∆1 = | | = −𝑦2 𝑔(𝑡)
𝑔(𝑡) 𝑦2′
𝑦1 0
∆2 = | | = 𝑦1 𝑔(𝑡)
𝑦1′ 𝑔(𝑡)
𝑦2 𝑔(𝑡) 𝑦2 𝑔(𝑡)
𝑢1′ = − =−
𝑦1 𝑦2′ − 𝑦2 𝑦1′ 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )(𝑡)
𝑦1 𝑔(𝑡) 𝑦1 𝑔(𝑡)
𝑢2′ = ′ ′ =
𝑦1 𝑦2 − 𝑦2 𝑦1 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )(𝑡)
Passo 7 Integrar
2 𝑦2 𝑔(𝑡) 𝑦2 𝑔(𝑡)
𝑢1 = − ∫ ′ ′ = −∫
𝑦1 𝑦2 − 𝑦2 𝑦1 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )(𝑡)
𝑦1 𝑔(𝑡) 𝑦1 𝑔(𝑡)
𝑢2 = ∫ =∫
𝑦1 𝑦2′ − 𝑦2 𝑦1′ 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )(𝑡)
𝑦(𝑡) = 𝑐1 𝑦1 + 𝑐2 𝑦2 + 𝑢1 𝑦1 + 𝑢2 𝑦2
115
Se você ama formulas, veja as formas que você pode resolver uma questão bem rapidamente:
0 𝑦2
| | 𝑦2 𝑔(𝑡) 𝑦2 𝑔(𝑡)
𝑔(𝑡) 𝑦 ′
𝑢1 = ∫ 𝑦 𝑦 2 = − ∫ = −∫
1 2
|𝑦 ′ 𝑦 ′ | 𝑊(𝑦1 , 𝑦2 )(𝑡) 𝑦1 𝑦2′ − 𝑦2 𝑦1′
1 2
𝑦1 0
| | 𝑦1 𝑔(𝑡) 𝑦1 𝑔(𝑡)
𝑦1′ 𝑔(𝑡)
𝑢2 = ∫ 𝑦 𝑦 = ∫ =∫ ′ ′
1 2 𝑊(𝑦 ,
1 2 𝑦 )(𝑡) 𝑦1 2 − 𝑦2 𝑦1
𝑦
|𝑦 ′ 𝑦 ′ |
1 2
𝑦 ′′ − 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 2𝑒 𝑡
2 𝑦 ′′ − 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 0
5 ± √52 − 4.6 𝜆 =3
𝜆2 − 5𝜆 + 6 = 0 → 𝜆 = →{ 1
2 𝜆2 = 2
2 𝑦𝑝 (𝑡) = 𝑢1 𝑒 3𝑡 + 𝑢2 𝑒 2𝑡
𝑢1′ 𝑒 3𝑡 + 𝑢2′ 𝑒 2𝑡 = 0
Passo 4 Derivadas
2 𝑦𝑝 (𝑡) = 𝑢1 𝑒 3𝑡 + 𝑢2 𝑒 2𝑡
Passo 5 Substituir
2 𝑦 ′′ − 5𝑦 ′ + 6𝑦 = 2𝑒 𝑡
3𝑢1′ 𝑒 3𝑡 + 2𝑢2′ 𝑒 2𝑡 = 2𝑒 𝑡
116
Passo 6 Sistema
2 3𝑢′ 𝑒 3𝑡 + 2𝑢2′ 𝑒 2𝑡 = 2𝑒 𝑡
{ 1′ 3𝑡 → (𝑢1 = −𝑒 −2𝑡 |𝑢2 = 2𝑒 −𝑡 )
𝑢1 𝑒 + 𝑢2′ 𝑒 2𝑡 = 0
𝑦𝑝 (𝑡) = −𝑒 −2𝑡 𝑒 3𝑡 + 2𝑒 −𝑡 𝑒 2𝑡
𝑦𝑝 (𝑡) = −𝑒 𝑡 + 2𝑒 𝑡
𝑦𝑝 (𝑡) = 𝑒 𝑡
𝑦(𝑡) = 𝑐1 𝑒 3𝑡 + 𝑐2 𝑒 2𝑡 + 𝑒 𝑡
𝑦 ′′ + 𝑦 = t𝑔 𝑡
2 𝑦 ′′ + 𝑦 = 0
𝜆 = −𝑖 𝛼=0
𝜆2 + 1 = 0 → 𝜆 = √1𝑖 → { 1 →{
𝜆2 = 𝑖 𝛽=1
Passo 4 Sistema
0 𝑦2
| | − tg 𝑡 sen 𝑡
𝑔(𝑡) 𝑦 ′
𝑢1 = ∫ 𝑦 𝑦 2 = ∫
1 2
|𝑦 ′ 𝑦 ′ | 1
1 2
0 𝑦2
| | sen 𝑡
𝑔(𝑡) 𝑦2′
𝑢2 = ∫ 𝑦 𝑦 = ∫
1 2
|𝑦 ′ 𝑦 ′ | 1
1 2
117
Passo 5 Integrar
2 − tg 𝑡 sen 𝑡 sen2 𝑡
𝑢1 = ∫ = −∫ = ∫ cos 𝑡 𝑑𝑡 − ∫ sec 𝑡 𝑑𝑡 = sen 𝑡 − ln|sec 𝑡 − tg 𝑡|
1 cos 𝑡
𝑢2 = ∫ sen 𝑡 𝑑𝑡 = − cos 𝑡
Perceba que sem usar a formula tivemos 7 passos; usando a formula, tivemos 6 passos. Então para não perder tempo
decorando, aprenda o método comum, mas se você não se garante na derivada do produto, decore o método mecânico
para resolver as variações.
Você vai utilizar o método da Variação de Parâmetros quando ao tentar resolver uma equação por coeficientes
indeterminados, você não consegue obter uma solução particular da equação, então o jeito é partir para a variação de
parâmetro.
A variação de parâmetro resolve QUALQUER equação ordinária de segunda ordem não homogênea.
Você usa esse método quando uma equação foge do estilo: exponencial, polinomial e seno-cosseno. Após esses,
encontrar uma solução particular se torna muito difícil.
O método dos coeficientes indeterminados foge de integrais, mas a variação de parâmetros exige que você integre.
118
20. Equações de ordem superior – Estamos ferrados
Estamos Ferrados? Bom, de certa forma: sim. Tudo vai depender da forma maravilhosa como a questão será feita. Os
passos iniciais são simples, de certa forma, mas logo em seguida temos a incrível tarefa de derivar a solução geral em
relação a ordem da equação para encontrar os coeficientes da solução geral, por exemplo: se a equação for de ordem 4,
temos que derivar três vezes.
Resumindo, você irá resolver uma equação de ordem superior da mesma forma que uma equação de segunda ordem.
Vamos a um exemplo.
𝑦(0) = 1
𝑦 ′ (0) = 0
𝑦 ′′′′ + 𝑦 ′′′ − 7𝑦 ′′ − 𝑦 ′ + 6𝑦 = 0 ,
𝑦 ′′ (0) = −2
{𝑦 ′′′ (0) = −1
2 𝜆4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0
Você sabe encontrar as raízes disso aí? Vamos lembrar do 3º ano do ensino médio
O importante é ter uma primeira raiz, a qual será encontrada por tentativa, depois disso é tudo mecânico.
𝜆4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0 → 1 + 1 − 7 − 1 + 6 = 0
(𝜆1 − 1) = 0
. 1 1 −7 −1 6
coeficientes
1 . . . . .
O processo é simples:
119
Dividindo
. 1 1 −7 −1 6
1 1 2 −5 −6 0
Temos o resultado:
𝜆3 + 2𝜆2 − 5𝜆 − 6 = 0
𝜆4 + 𝜆3 − 7𝜆2 − 𝜆 + 6 = 0 → 1 − 1 − 7 + 1 + 6 = 0
(𝜆2 + 1) = 0
. 1 2 −5 −6
Polinômio dividido −1 1 1 −6 0
−1 ± √12 + 4.6 𝜆 =2
𝜆2 + 𝜆 − 6 = 0 → 𝜆 = → 3
2 𝜆4 = −3
Passo 3 Derivadas
2
𝑦(0) = 1 ; 𝑦 ′ (0) = 0 ; 𝑦 ′′ (0) = −2 ; 𝑦 ′′′ (0) = −1
𝑦 = 𝑐1 𝑒 𝑡 + 𝑐2 𝑒 −𝑡 + 𝑐3 𝑒 2𝑡 + 𝑐4 𝑒 −3𝑡 → 𝑐1 + 𝑐2 + 𝑐3 + 𝑐4 = 1
120
Passo 4 Sistema
2 𝑐1 + 𝑐2 + 𝑐3 + 𝑐4 = 1
𝑐1 − 𝑐2 + 2𝑐3 − 3𝑐4 = 0
{
𝑐1 + 𝑐2 + 4𝑐3 + 9𝑐4 = −2
𝑐1 − 𝑐2 + 8𝑐3 − 27𝑐4 = −1
1 1 1 1 1 𝑎21
𝐿2 = 𝐿2 − 𝑚2 𝐿1 , 𝑚2 = =1
2 −3 0 |→ 𝑎11
|1 −1
1 1 4 9 −2 𝐿2 = (0 −2 1 −4 −1)
1 −1 8 −27 −1
1 1 1 1 1 𝑎
𝐿3 = 𝐿3 − 𝑚3 𝐿1 , 𝑚3 = 31 = 1
𝑎11
|0 −2 1 −4 −1| →
𝐿3 = (0 0 3 8 −3)
1 1 4 9 −2
1 −1 8 −27 −1
1 1 1 1 1 𝑎41
𝐿4 = 𝐿4 − 𝑚4 𝐿1 , 𝑚4 = =1
𝑎11
|0 −2 1 −4 −1| →
0 0 3 8 −3 𝐿4 = (0 −2 7 −28 −2)
1 −1 8 −27 −1
1 1 1 1 1 𝑎42
𝐿4 = 𝐿4 − 𝑚4 𝐿2 , 𝑚4 = =1
𝑎22
|0 −2 1 −4 −1| →
0 0 3 8 −3 𝐿4 = (0 0 6 −24 −1)
0 −2 7 −28 −2
1 1 1 1 1 𝑎43
𝐿4 = 𝐿4 − 𝑚4 𝐿3 , 𝑚4 = =2
𝑎33
|0 −2 1 −4 −1| →
0 0 3 8 −3 𝐿4 = (0 0 0 −40 5)
0 0 6 −24 −1
𝑐1 + 𝑐2 + 𝑐3 + 𝑐4 = 1
0 − 2𝑐2 + 𝑐3 − 4𝑐4 = −1 1 2 5 11
{ → 𝑐4 = − , 𝑐3 = − , 𝑐2 = , 𝑐1 =
0 + 0 + 3𝑐3 + 8𝑐4 = −3 8 3 12 8
0 − 0 + 0 − 40𝑐4 = 5
Pode parecer muito complicado, mas com treino isso se torna prático, mas também existem questões desse tipo que
pela sua forma de ser torna a resolução extremamente cansativa.
Vale avisar que qualquer método e problema que se encontra em uma equação de segunda ordem, também se aplica
em equações superiores da mesma forma. O importante é lembrar que equação de ordem superior é a mesma coisa
que uma equação de segunda ordem, a diferença é que pela ordem da equação a resolução se torna maior e mais
cansativa de se calcular.
121
Bom, chegamos ao fim do nosso passeio pelo inferno. Espero que tenha APRENDIDO e não decorado os passos
para a prova e depois esquecer. Esse aprendizado é importante para a sua vida.
Agradeço pela opção em estudar com a minha apostila, venha revê-la toda vez que tiver dúvidas. Tenho
materiais a parte como listas resolvidas e EDO e esta apostila em slides na rede social Passei Direto, os nomes das
listas resolvidas para que você encontre no site são:
Faça bom proveito das listas e espero que dê tudo certo no seu período, só tenho a agradecer a Deus por ter me
dado forças e saúde para produzir esta apostila e ao Professor Carlos Wagner pelas suas aulas que me motivaram a
criar esta apostila. Obrigado
122