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frj.
Mauricio Neves, Eng.
i.u
GPI/COPPE/UFRJ
e-mail: mauricio@pep.ufrj.br
.gp
Heitor Mansur Caulliraux, DSc.
ww
GPI/EE-COPPE/UFRJ
e-mail: caullira@uninet.com.br
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Almaisa Souza, MSc.
GPI/EE-COPPE/UFRJ
RJ
e-mail: almaisa@pep.ufrj.br
UF
Resumo
li /
Este artigo apresenta e analisa parte dos resultados de uma pesquisa aplicada a 286 empresas industriais, em dez
Po
estados do Brasil. Sua proposta é apontar o que tem sido feito pelas empresas na área de recursos humanos, de
modo a suportar e promover o esforço de automação e integração do seu sistema produtivo. A existência e
relevância de um planejamento estratégico voltado para a criação de capacitações específicas nos recursos
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humanos; o padrão dos programas de treinamento relativos à automação da manufatura; o foco destes
programas, etc., são algumas das questões que serão tratadas neste artigo. Ele pretende apresentar conclusões
PE
sobre como as empresas pesquisadas encaram os seus quadros de RH, dentro dos projetos de modernização.
OP
Abstract
da
This paper presents and analyses part of the results of a survey conducted over 286
ra
manufacturing firms in ten Brazilian states. It particularly focuses on what firms have done in
the human resources area to support and promote the effort of automation and integration of
eg
their productive systems. The existence and relevance of a strategic planning for the creation
Int
paper deals with. It also develops some conclusions about how firms tackle the HR issue in
çã
modernisation projects.
du
br
A economia globalizada impõe novas exigências às empresas, impulsionando-as a
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moverem-se continuamente no sentido de melhorarem a oferta de seus produtos e serviços.
i.u
Segundo opinião de diversos observadores e analistas da evolução recente da indústria
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brasileira, podemos constatar uma retomada de investimentos nas empresas, em instalações,
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equipamentos e soluções informáticas (Neves e Proença, 1996). Afinal, estamos diante de um
ambiente caracterizado pelo avanço dos meios informáticos e de produção, logo, a
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capacitação tecnológica é um fator competitivo inegável.
RJ
Em termos de recursos humanos, esse novo ambiente necessita de profissionais
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dotados de uma maior robustez de conhecimentos, de modo a poderem operar em ambientes
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automatizados e integrados. O profissional deste cenário de final de século - o chamado
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homem polivalente - precisa estar apto à rápidas tomadas de decisão, ser comunicativo e de
fácil adaptabilidade, assim como também estar atento à velocidade e a utilização da difusão da
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(Caulliraux, Proença e Neves 1996; Neves e Proença, 1996), mas nenhum destinou-se
o
presente. Vale ressaltar que o tema RH propriamente dito, além de constar na Pesquisa de
du
CIM, já foi objeto de estudo do GPI em outras pesquisas (Ramos, M.M. e Proença, A., 1995),
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empresas de diversos setores, nos anos de 1995 e 1996, em 10 estados da federação - RJ, SP,
Gr
MG, ES, RS, PR, SC, BA, CE, PE. Uma publicação completa contendo a metodologia de
pesquisa e todos os resultados alcançados em cada um dos estados está sendo preparada.
Sendo assim, este texto aporta justamente uma primeira análise que pretende
responder a perguntas do tipo: existe planejamento estratégico para capacitação de pessoal nas
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empresas no Brasil?; se existe, qual a relevância do mesmo?; qual o padrão dos treinamentos
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realizados visando prover a mão-de-obra de capacitações para operar num novo estágio de
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modernização industrial?; qual é a qualificação do profissional que vem sendo treinado?;
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quem são os formadores de RH para automação e integração?
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É claro que buscaremos não apenas apresentar os dados levantados com a pesquisa,
mas também formular hipóteses que explicariam os mesmos. Não temos pretensão de esgotar
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o assunto, mas sabemos que deverá ser uma relevante contribuição para mapear o pensamento
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vigente na indústria aqui situada, nesta questão que muitas vezes é esquecida ao se tratar de
modernização: o homem.
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Po
2. Resultados Selecionados da Pesquisa Integração: a Área de Recursos Humanos
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PE
OP
Estratégia para RH. Como forma de estratificação, adotamos a divisão da amostra entre
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empresas que possuem mais de 20% do market-share nacional no seu principal produto, e
ra
empresas com menos de 20%. Essa divisão foi fruto de experiências de pesquisas passadas
eg
(Souza, 1996), onde formulou-se a hipótese de que empresas líderes possuíam maior presença
Int
da documentação citada. Repare que não estamos querendo concluir ostensivamente que se
uma organização tem sua documentação formal de estratégias (competitiva, de produção,
o
çã
PDI, etc.), ela realmente implanta o processo de Planejamento Estratégico no seu padrão de
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tomada de decisões. De qualquer forma, este é um primeiro indicativo de que por trás das
políticas setoriais da empresa (Hayes e Wheelright, 1984) existe uma visão de futuro das
ro
eP
lideranças.
od
up
Gr
60%
40% Estratégia
competitiva
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20%
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0%
Não Sabe Mais que 20% Menos que
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do Mercado 20% do Estratégia
para RH
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Nacional Mercado
Market-Share no Brasil Nacional
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Figura 1. Formalização de Documentos Estratégicos em Função do Market-Share
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Um primeiro aspecto relevante deste quadro é a baixa percentagem presente, de
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maneira geral, em termos de formalização das estratégias competitivas e de RH. Em termos
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comparativos, fica claro que as empresas com maior mercado aparecem sempre com maior
grau de formalização de suas estratégias. Po
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competitivo pode ser vista em Proença, 1994), embora não inibam a elaboração de políticas
pontuais de RH, em aproximadamente 12% dos casos (diferença entre aqueles que, embora
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RH). Nos demais grupos (aqueles que conhecem seu Market-Share), é sempre maior a
eg
formalização da primeira, o que poderia indicar que nem sempre são realizados os
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30%
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20%
10% Estratégia
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0% para RH
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Nacional Multinacional
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Constituição Jurídica
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O resultado encontrado, compatível com o anterior em termos da relação entre as duas
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Estratégias citadas, aponta para uma maior prática de formalização nas empresas com origem
estrangeira, uma vez que a prática de Planejar, é característica culturalmente mais
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disseminada em outros países (principalmente, nos EUA e Japão).
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Um outro leque de resultados da pesquisa, agora mais relacionado com a questão
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tecnológica da modernização, foi o mapeamento do padrão dos treinamentos que estão sendo
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fundamental para este artigo, vamos repetir a explicação dada por Caulliraux, Proença e
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entende-se neste texto por sistema produtivo. Em nossa visão, este precisa ser conceituado de
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todas as funções citadas, constituindo-se de dois braços: o lado direito com funções técnicas
ligadas ao produto (sistemas CAE/CAD/CAM, comando numérico (CN), planejamento do
processo (CAPP), controle de equipamentos (CEquip) e controle de qualidade (CQ)); e o
braço esquerdo com funções ligadas Planejamento (PP) e Controle (CP) da produção”.
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Antes de apresentarmos o resultado da aplicação do Modelo na área de RH, segue a
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atualização do gráfico (já publicado em outros artigos em versão incompleta no que diz
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respeito ao total de empresas da amostra), no qual representamos qual a porcentagem de
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informatização encontrada em cada função do Y, para o total de empresas da amostra.
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80%
% de Empresas Informatizadas
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70%
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60%
50%
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40%
30% Po
20%
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10%
0%
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Qualidade
CEquip
CAD
CN
CAE
CAPP
CP
PP
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/C
Função do Modelo Y
constataram, ou seja, que a maior parte dos esforços empresariais em informatização estão
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relacionadas com o Modelo Y, mostrar qual o perfil dos temas abordados nos treinamentos
indicados pelas empresas.
od
up
Gr
25%
br
15%
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citados 10%
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5%
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0%
CAD
CEquip
CAPP
CN
CAE
CP
Qualida
PP
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de
Tipo de Curso -
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Classificação nas Funções do Modelo Y
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Figura 4. Tipo de Curso Ministrado em Cada Função do Modelo Y
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Neste gráfico, o importante não é a análise das porcentagens puramente, uma vez que
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a escala entre os gráficos das figuras 3 e 4 é diferente. Na primeira, as quantidades de todos
as barras somadas ultrapassa 100%, já que uma mesma empresa pode ter mais de uma área de
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sua estrutura informatizada. Na segunda, como a relação foi construída sobre o total de
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treinamentos citados, o somatório das barras é igual a 100%, ou seja, cada treinamento aborda
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Portanto, o que é válido para comparação e análises entre os dois gráficos acima, é o
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perfil do quadro apresentado, isto é, a relação de tamanho entre as barras de uma mesma
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figura deveriam ser, no mínimo, parecidas. Repare que, dentro desta abordagem, existem
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relação a automação desta função nas empresas, principalmente quando comparado com o
o
maior grau de automação do Núcleo Informatizado. Isto poderia ser explicado pela má
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qualidade das informatizações, principalmente na área de PCP, onde muita coisa é elaborada
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equipamentos automatizados, as empresas que definem por automação nestas funções, devido
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mesmos, e à qualificação de mão-de-obra que está sendo formada para operar no novo
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ambiente advindo da automação/integração.
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Geral
23%
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Específico
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77%
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informático, ou seja, sempre relacionado com uma ferramenta. Treinamentos gerais são
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aqueles onde os conceitos não se prendem a uma determinada ferramenta, mas sim a teoria
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que existe por detrás da mesma. Como exemplo, podemos citar os cursos de “AutoCAD”
eg
escopo Geral é preocupante, na medida em que verificamos, uma vez mais, que a maioria das
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empresas ainda mantém a premissa de aplicar apenas treinamentos pontuais, para a operação
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trabalho de pesquisa realizado em empresas líderes (Souza, op. cit.), onde verificou-se que os
treinamentos são quase sempre conseqüência da implantação de uma nova tecnologia.
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Ainda sobre esse assunto, numa outra pesquisa sobre modernização industrial e a
questão de recursos humanos, C. Salm e A Fogaça (1991), apud SOUZA (1996) detectam que
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entre as maiores empresas do complexo industrial brasileiro, “os atributos mais valorizados
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nos trabalhadores relacionam-se a conteúdos desenvolvidos pela educação geral”, o que torna
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a política encontrada na Pesquisa Integração uma espécie de “apagar incêndios em
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capacitação”, muito praticada embora não valorizada, pelo menos enquanto referencial
teórico.
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O próximo gráfico mostra, dentre os cursos ministrados, quem foram os fornecedores
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dos mesmos. Vale sempre lembrar que não estamos aqui falando de todos os cursos
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realizados pelas empresas, mas apenas daqueles ligados à automação/integração da produção.
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50%
45%
Po
40%
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35%
PE
30%
25%
OP
20%
15%
/C
10%
5%
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0%
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Neste gráfico sobressaiu a participação de Outras Empresas, que são aquelas pessoas
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jurídicas que estão apenas realizando treinamentos, sem nenhuma espécie de intervenção no
sistema produtivo. Por exemplo, se uma empresa de consultoria é contratada apenas para
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realizar um curso e nada mais, ela é classificada neste campo. Outros grupos de destaque são
up
constatação de que muitos fabricantes estão utilizando uma política de vendas que atrela o
treinamento ao custo do pacote de software ou ao hardware (e isso também explicaria a maior
incidência de treinamentos específicos). Quanto aos internos, a tradicional economia obtida
com o uso de multiplicadores parece ser uma prática bastante empregada.
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O último resultado que será apresentado é relativo ao perfil da mão-de-obra que está
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sendo qualificada para operar no novo ambiente advindo da automação, ou seja, pretendemos
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mostrar qual é a qualificação daqueles que realizaram treinamento visando a criação de novas
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capacitações relacionadas com as novas tecnologias presentes nos projetos de modernização
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industrial.
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60%
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50%
40%
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30%
20% Po
10%
0%
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Manutenção
melhor qualificados, o que caracterizaria a polarização. Esse fato vem de acordo com o
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quadro teórico sobre a educação do trabalhador, no que tange a atual conjuntura caracterizada
pelo avanço da tecnologia e da automação industrial. Este novo ambiente impulsiona as
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novo ambiente, àqueles dotados de um maior nível educacional e com um maior potencial
eP
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De um modo geral, os resultados desta pesquisa apontam para uma potencialidade de
um movimento dos empresários em direção ao desenvolvimento de políticas de recursos
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humanos, como sustentação à sobrevivência ante o avanço tecnológico. Isso foi também
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comprovado no estudo de Souza (op. cit.). Podemos dizer que a área de recursos humanos
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tende a ser encarada como uma área estratégica para o atingimento das metas, pelo menos nas
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empresas líderes de mercado.
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No entanto, apesar do número significativo de empresas na amostra, não podemos
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concluir que haja uma tendência geral de se investir pesadamente em RH. Os motivos podem
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variar desde a incerteza quanto ao retorno imediato de determinado investimento (Caulliraux,
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1994), a falta de indicadores precisos, ou até mesmo a falta de clareza de alguns quanto a
importância do comprometimento humano nos processos produtivos.
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Vale a pena ressaltar que a ausência de uma “visão estratégica em RH” pode ter
conseqüências em diversos níveis para a organização. Mesmo sabendo que o nosso foco é a
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performance (Reengenharia, TQC, etc.) tem no pessoal uma das chaves para o seu sucesso.
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Sendo assim - se for verdadeira a hipótese de que muitas organizações não têm um
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Planejamento Estratégico de longo prazo e, quando têm, nem sempre possuem uma política de
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competitivas baseadas em produtos específicos (que possuem um ciclo de vida limitado), mas
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sim nas suas capacitações, fica neste artigo o alerta de que a formulação de uma estratégia
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4. Referências Bibliográficas
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Carvalho, Ruy de Q. “Capacitação tecnológica, revalorização do trabalho e educação” in:
Ferreti, Celso João et al. (orgs.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate
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multidisciplinar, Vozes, Petrópolis, 1994.
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Caulliraux, H. M. Projeto Educação Tecnológica: Considerações sobre o Investimento no
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Desenvolvimento de Recursos Humanos, Anexo 2 - Relatório final, Volume 1, COPPETEC
ET 160.109 - GPI/EE/COPPE/UFRJ, Jun/1994
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Caulliraux, H.M., Proença, A e Neves, M. Sistemas Integrados de Produção no Brasil:
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Situação Atual, Causas e Perspectivas, Revista Produção, vol. 6, Belo Horizonte, Julho 1996.
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Ferreti, Celso João et al. (orgs.). Novas tecnologias, trabalho e educação: um debate
multidisciplinar, Vozes, Petrópolis, 1994.
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Souza, Almaisa. Políticas de Recursos Humanos: um estudo exploratório em dez empresas
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do ramo industrial. Revista Brasileira de Educação, n0 3, ANPED, Associação Nacional de
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Pós-Graduação e Pesquisa em Educação, 1996.
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