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OBRIGAÇÕES – Aula n. 5
a expressão ‘coisa incerta’ não quer dizer qualquer coisa, porém, diz
respeito à coisa indeterminada, mas suscetível de determinação.
Exemplo: entregar uma tonelada de trigo, um milhão de reais ou cem
grosas de lápis.
A partir da escolha: A obrigação de dar coisa incerta se
transforma em obrigação de dar coisa certa.
Disciplina o artigo 244 do CC que “Nas coisas determinadas
pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o
contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a
coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor”.
Via de regra, portanto, a escolha pertencer ao devedor, exceto
quando o título constitutivo da obrigação previr, de forma expressa, que
o credor fará a escolha. Entrementes, se a escolha pertencer ao devedor,
este “não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a
melhor” (segunda parte do art. 244). Como o devedor não é obrigado a
dar o melhor, obviamente, se a escolha couber ao credor, este não poderá
ficar com os melhores. Após a feitura a escolha, a obrigação passa a ser
orientada pelos princípios da obrigação de dar coisa certa.
Nesse sentido, antes da escolha, não poderá o devedor alegar
perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior, ou caso
fortuito, consoante disciplina o art. 246 do CC.
3
A S S I S , Araken de. Comen tári os ao Cód i go d e Proces s o Ci vi l – art s . 566 a 645,
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