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BRENDA ISABEL
FEMINICÍDIO NA LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA
Belo Horizonte
2017
BRENDA ISABEL
FEMINICÍDIO NA LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA
Belo Horizonte
2017
TERMO DE APROVAÇÃO
BRENDA ISABEL
FEMINICÍDIO NA LEGISLAÇÃO
BRASILEIRA
ORIENTADOR _________________________________________________
AVALIADOR ___________________________________________________
Agradeço em primeiro lugar a Deus que iluminou o meu caminho durante esta
Caminhada.
Dedico esta, bem como todas as minhas demais conquistas, aos meus amados pais,
e agradeço a eles por todo o carinho e apoio. Por sempre me auxiliarem na busca de
meus sonhos.
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................. 8
ABSTRACT ............................................................................................................. 9
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9
2 HISTÓRICO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER ......................................... 10
2.1 CONCEITO DE FEMINICÍDIO ......................................................................... 15
2.1.1 Motivação para o Feminicídio .................................................................... 16
2.1.2 Em que contexto acontece o Feminicídio ................................................ 16
2.1.3 Características do crime de Feminicídio 17
2.2 FEMINICIDIO NO CÓDIGO PENAL BRASILEIRO ......................................... 17
2.3 COMO A VITIMAÇÃO INFLUENCIOU NA CRIAÇÃO DA QUALIFICIADORA
............................................................................................................................... 18
2.4 COMO SE DAVA A PUNIÇÃO ANTES DA QUALIFICADORA DO
FEMINICÍDIO......................................................................................................... 19
3. A NATUREZA QUALIFICADORA DO FEMINICÍDIO ....................................... 19
3.1 Homicídio Privilegiado .................................................................................. 19
3.2 Homicídio Qualificado ................................................................................... 20
3.2.1 Ordem Objetiva ........................................................................................... 20
3.2.2 Ordem Subjetiva ......................................................................................... 20
3.2.3 Homicídio Doloso ....................................................................................... 20
3.2.4 Homicídio Culposo 20
4. A EFETIVIDADE DA QUALIFICADORA DO FEMINICÍDIO ............................. 20
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 23
6. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................. 25
RESUMO
The purpose of this study is to analyze Law 13,104 of March 9, 2015, which
typified the conduct of the feminicide, framing it as a qualified homicide and including
a new list of majorantes to the Penal Code, as well as to consider the necessity of the
Law of Feminicide By means of data on the murder of women in Brazil, extracted from
the Map of Violence 2015. It also analyzes whether the creation of the Law would only
have the intention of guaranteeing the integrity of the woman, or if there are political
interests embedded in the creation of the Law. Used is a research methodology
qualitative, exploratory, bibliographical and documentary. First, the concept of gender
violence is analyzed, which is considered a synonym of violence against women, since
this is its greatest victim, and how the culture of the patriarchy served to legitimize this
type of violence, in a process of Woman before the male figure.
Next, the crime of feminicide is analyzed punctually, starting from the analysis
of its typical requirements and the changes entailed in the Brazilian Penal Code. There
is also an analysis of the alarming data in the Map of Violence 2015, Homicide of
Women in Brazil.
1 INTRODUÇÃO
Este tipo de crime de gênero carrega em si traços como o ódio que exige a
destruição da vítima e também pode vir acompanhado de práticas da violência sexual,
tortura e/ou mutilação da vítima, antes ou depois do homicídio.
* É perpetrado com meios sexuais, ainda que sem manifestar o intento sexual;
Neste momento, será feita uma análise de como o Brasil optou por tornar o
crime de feminicidio em um crime hediondo, o feminicidio de acordo com a legislação
é na verdade uma qualificadora para o crime de homicídio que já é previsto no Código
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Penal, havendo também o aumento da pena, isso ocorreu com a alteração da Lei nº
8.072/1990, que seria a Lei dos Crimes Hediondos, dessa forma o femicídio passa a
ser um crime hediondo
A vítima muitas das vezes fica em segundo plano, ou seja, todas as atenções
são voltadas para o criminoso e para o crime em si, deixando a vítima de ter a
importância devida. Para muitos penalistas o Código Penal deve ser voltado para
compreender o crime e o sujeito ativo e deixar de ser meramente voltado para aqueles
que cometem os crimes.
Muitas das vezes a vítima e classificada como sujeito participante, pois julgam
a vítima de acordo com sua maior ou menos contribuição na pratica do crime. Criando
dessa forma vários tipos de vítima. A vitimologia, estudo do crime e seus sujeitos, dá
a devida atenção ao papel que a vítima tem dentro da relação criminal, desta forma
torna-se necessário a criação de políticas publica de assistência a vítimas para
compreensão dos fatos e sobretudo garantir seus direitos no processo criminal.
Diante disso fica claro que a Lei Maria da Penha não era responsável por punir
esse tipo de crime, pois esse não é seu objetivo principal, seu intuito era de proteger
a mulher vítima de violência doméstica e familiar, através de medidas protetivas.
O crime de homicídio é o mais grave, tendo em vista que a vida é o bem mais precioso
que o ser humano possui, o criminoso coloca fim a vida de sua vítima. O homicídio e
dividido em simples, privilegiado, qualificado, culposo simples, culposo ou doloso.
O homicídio qualificado está dividido em duas ordens, sendo elas de ordem objetiva
e subjetiva.
Diz respeito ao fato praticado, trata dos meios e modos de execução, ou seja, daquilo
que o agente se faz valer para pratica do crime.
Diz respeito ao autor e não ao crime, ou seja, está relacionada a esfera interna do
praticante do crime.
Ocorre quando quem praticou o crime teve a intenção de matar, ou assumiu esse
risco, agindo por vontade própria, agindo de forma consciente, ele pode ser:
privilegiado, simples ou qualificado.
Ocorre quando quem praticou o crime o fez por imprudência, negligencia oi imperícia.
Essa conduta possui finalidade licita.
(c) Poder simbólico do direito penal para conscientizar a sociedade sobre a gravidade
singular desses crimes;
(d) Novas figuras penais podem contribuir a que o Estado responda mais
adequadamente ante esses crimes;
(h) O Comitê CEDAW vem apoiando as leis de tipificação do Feminicídio desde 2006
(Comitê CEDAW, 2006, 2012);
(a) Discriminação em prejuízo dos homens, dando maior valor a vida das mulheres;
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(b) Violação do princípio básico de direito penal liberal, caracterizado pela igualdade;
(d) O poder político se vale dessa categoria, incluindo-a em sua legislação e, com
isso, isenta-se de investir recursos humanos e econômicos suficientes para
efetivamente conter a violência.
(e) Em muitos países, a tipificação tem sido tão confusa que dificilmente se a pode
aplicar
(g) A ênfase deve ser nas políticas preventivas e não nas penais;
(i) O direito penal não é uma via adequada para fazer frente a esse fenômeno, sendo
que a tipificação do Feminicídio tem um impacto mais midiático que real, posto que a
proteção das mulheres não se incrementa por esta via, criticando-se a ênfase
unicamente penal da normativa e a falta de medidas que fortaleçam a prevenção,
tratamento e proteção das mulheres.
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Instrumentos para que coibir essa pratica, para que esse crime seja extirpado
de vez de nossa sociedade
mudanças efetivas com o feminicído, eis que o crime já era anteriormente tratado
através do homicídio.
O Direito Penal está sendo apenas simbólico nessa questão, de nada adiantará
apenas a criação do feminicído sem o envolvimento do Poder Público e da população
no combate a esse crime.
6. BIBLIOGRAFIA
AGUILAR, Ana Letícia. Femicidio... La Pena Capital por Ser Mujer (tradução nossa).
Disponível em: . Acesso em: 27 jul. 2015 BARROS, Francisco Dirceu. A
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http://franciscodirceubarros.jusbrasil.com.br/artigos/177072499/aimpossibilidade-
juridica-de-aplicar-a-majorante-feminicista-da-primeira-parte-doartigo-121-7-inciso-i-
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Feminicídio e Neocolpuvulvoplastia: As Implicações Legais do Conceito de Mulher
para Fins Penais. Disponível em: <
http://franciscodirceubarros.jusbrasil.com.br/artigos/173139537/feminicidio-
eneocolpovulvoplastia-as-implicacoes-legais-do-conceito-de-mulher-para-os-
finspenais>. Acesso em: 07 set. 2015 BERISTAIN Antonio. Nova Criminologia à Luz
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Universidade de Brasilia, 2000. Disponível em: <
http://www.ehu.eus/es/web/ivac/nova-criminologia>. Acesso em 25 ago. 2015
BIANCHINI, Alice; GOMES, Luiz Flávio. Feminicídio: Entenda as Questões
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BIANCHINI, Alice; MARINELA, Fernanda; MEDEIROS, Pedro Paulo de. Feminicídio:
O Que Não Tem Nome Não Existe. Disponível em: . Acesso em: 03 out. 2015
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Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.
Disponível em: . Acesso em: 31 ago. 2015 BRASIL. Decreto n. 6.949, de 25 de agosto
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