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(Décio Pignatari)

(Augusto de Campos)
PARKER
TEXACO

ESSO
FORD ADAMS
FABER
MELHORAL
SONRISAL

RINSO
LEVER
GESSY

RCE
GE MOBILOIL
KOLYNOS

ELECTRIC
COLGATE
MOTORS
GENERAL

casas pernambucanas
Agosto 1964
Entre lojas de flores e de sapatos, bares,
mercados, butiques,
viajo
num ônibus Estrada de Ferro - Leblon.
Viajo do trabalho, a noite em meio,
fatigado de mentiras.

O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,


relógios de lilazes, concretismo,
neoconcretismo, ficções da juventude, adeus,
que a vida
eu a compro à vista aos donos do mundo.
Ao peso dos impostos, o verso sufoca,
a poesia agora responde a inquérito
policial-militar.

Digo adeus à ilusão


Mas não ao mundo. Mas não à vida,
meu reduto e meu reino.
Do salário injusto,
da punição injusta,
da humilhação, da tortura,
do terror,
retiramos algo e com ele construímos um artefato
Um poema
Uma bandeira (Ferreira Gullar)
Concretismo
Vanguardas Modernistas
Início
São Paulo, 1956:
• Décio Pignatari
• Augusto de Campos
• Haroldo de Campos

• Revista Noigandres (1953) – Grupo Noigrandes


• Atende ao propósito da sociedade capitalista
industrial – Comunicação rápida, imagética.
Augusto de Campos

Décio Pignatari

Haroldo de Campos
Características
• Fim do verso como unidade rítmica formal da
poesia
• Espaço gráfico: visual, sonoro e verbal
• Sem preocupação social
• Experimentalismo, formalismo
• O poema transforma-se em objeto visual,
valendo-se do espaço gráfico como agente
estrutural
• Paronomásias, aliterações, neologismos
• Livre associações fônicas e semânticas, poema
lido em várias direções
Décio Pignatari: Beba coca-cola , 1957
Ronaldo Azeredo: Velocidade, 1958
Décio Pignatari: Um movimento, 1956
Décio Pignatari. Terra
mal me quer
se mal me queres
mal
se mal me queres
bem mal queres
bem mal
se bem
queres
bem bem me queres
se bem mal queres
se bem bem mal queres
mal me queres
mal me quer
bem bem queres

mal me quer
 Edgard Braga (1963)
mal me queres
bem
me
se
f o r m a
r e f o r m a
d i s f o r m a
t r a n s f o r m a
c o n f o r m a
i n f o r m a
f o r m a

 José Lino Grünewald (1959)
tensão (1956) . Augusto de Campos
pós-tudo (1984) . Augusto de Campos
Olho por
olho;
Augusto
de
Campos
Dissidências
• 1. Neoconcretismo e o Não Objeto –
Ferreira Gullar
• Recusa de poema como objeto útil
• O leitor participa construtivamente do
poema
• Expansão do conceito de poema –
instalações artísticas
• Obra: O poema enterrado
Poemas Neoconcretos II

verde verde verde

verde verde verde

verde verde verde

verde verde verde erva

Ferreira Gullar
29º Bienal de SP
• 2. Poesia Práxis – Vanguarda Nova
• Possui caráter “participante”, “social”;
denuncia a desumanidade da vida
moderna,
• Une formalismo e participação –
formalismo programático
• Publicação Lavra-lavra, 1962

• Mario Chamie
Rural
Medir é a medida
medo
a terra, medo do homem, a lavra;
lavra
duro campo, muito cerco, varia várzea.
Medir é a medida
mede
o sítio, dote do homem, o sêmen;
some
capim seco, muito buço. tosca sebe.
Medir é a medida
mede
a área, fundo do homem, a sombra;
soma
torto galho, muito valo, frágil cana.
Medir é a medida
mede
a furna, rumo do homem, o sonho;
sonha
fofo brejo, muito lodo, fértil mofo.
Medir é a medida
mede
a choça, cave do homem, a cova;
cava
Mário Chamie
rasa poça, muito barro, planta morta.
Mário Chamie

Ferreira Gullar
3. Poema-Processo
• Wlademir Dias Pino
• Recusa radical à discursividade
• Poesia sem palavras
Crie um poema concretista

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