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UFG-IME

APLICAÇÕES REAIS

1. O espaço vetorial Rn
Seja n um número natural. O espaço euclidiano n-dimensional Rn é o produto cartesiano
de n fatores iguais a R:
Rn = R × R × · · · × R,
Os pontos de Rn são, pois, todas as n-listas x = (x1 , x2 , . . . , xn ) cujas coordenadas x1 , x2 , . . . , xn
são númeroas reais. Dados x = (x1 , x2 , . . . , xn ) e y = (y1 , y2 , . . . , yn ) em Rn tem-se x = y
se, e somente se, x1 = y1 ,...,xn = yn .
Dados x = (x1 , x2 , . . . , xn ), y = (y1 , y2 , . . . , yn ) em Rn e um número real α definimos a
soma x + y e o produto α · x pondo

x + y = (x1 + y1 , x2 + y2 , . . . , xn + yn ) α · x = (α · x1 , α · x2 , . . . , α · xn )

Estas operações fazem de Rn um espaço vetorial de dimensão n sobre o corpo dos reais, no
qual o elemento neutro para a adição é 0 = (0, 0, . . . , 0) e o simétrico de x = (x1 , x2 , . . . , xn )
é x = (−x1 , −x2 , . . . , −xn ).
Os elementos de Rn serão às vezes chamados pontos e às vezes vetores. Geometricamente,
considerar x ∈ Rn como vetor significa imaginar a seta que tem origem no ponto 0 e extremi-
dade em x.
No espaço vetorial Rn , destaca-se a base canônica (e1 , e2 , . . . , en ), formada pelos vetores
e1 = (1, 0, . . . , 0), e2 = (0, 1, 0, . . . , 0),..., en = (0, 0, . . . , 0, 1), que têm uma coordenada
igual a 1 e as outras nulas. Dado x = (x1 , x2 , . . . , xn ) em Rn , tem-se

x = x1 · e1 + · · · + xn · en .

Denotamos este espaço vetorial por Vn = (Rn , +, ·).


2. Bolas, conjuntos abertos e conjuntos limitados
Um bola aberta de centro num ponto a ∈ Rn e raio r > 0 é o conjunto dos pontos x ∈ Rn
onde x = (x1 , x2 , . . . , xn ) cuja distância ao ponto a = (a1 , a2 , . . . , an ) é menor do que r.
Usaremos a notação B (a, r) para indicar esse conjunto. Assim:

B (a, r) = {x ∈ Rn : |x − a| < r} .

onde |x − a| = (x1 − a1 )2 + (x2 − a2 )2 + · · · + (xn − an )2 é a distancia Euclidiana.

1
Analogamente define-se a bola fechada B[a, r] e a esfera S[a, r], ambas com centro a e raio
r, pondo:

B[a, r] = {x ∈ Rn : |x − a| ≤ r} e S[a, r] = {x ∈ Rn : |x − a| = r}

Um subconjunto X ⊂ Rn diz-se limitado quando existe uma bola fechada B[0, c] de centro na
origem e raio c que contem X.
Um conjunto X ⊂ Rn chama-se aberto quando para cada x ∈ X existe δ > 0 tal que
B (x, δ) ⊂ X.
Seja X ⊂ Rn , um ponto a ∈ Rn chama-se ponto de acumulação do conjunto X quando
toda bola aberta de centro a contém algum ponto de X, diferente do ponto a, isto é para todo
ϵ > 0 deve existir x ∈ X tal que 0 < |x − a| < ϵ. Se a ∈ X não é ponto de acumulação, diz-se
que a é um ponto isolado de X. Para que isso aconteça, é necessário e suficiente que exista
ϵ > 0 com B(a, ϵ) ∩ X = {a}.

3. Aplicações contı́nuas
Seja f : X → Rn uma aplicação definida no conjunto X ⊂ Rn . Diz-se que f é contı́nua
no ponto a ∈ X quando, para qualquer ϵ > 0 dado, se pode obter δ > 0 tal que todo ponto
x ∈ X, |x − a| < δ implica que |f (x) − f (a)| < ϵ

Teorema 3.1 A composta de duas aplicações contı́nuas é contı́nua. Mas precisamente, dados
X ⊂ Rm , Y ⊂ Rn , f : X → Rn contı́nua no ponto a ∈ X, com f (X) ⊂ Y , g : Y → Rp contı́nua
no ponto b = f (a), então g ◦ f : X → Rp é contı́nua no ponto a.
Proposição 3.2 Sejam X ⊂ Rm e f, g : X → Rn , α : X → R aplicações contı́nuas. Então
são também continuas as aplicações:

i) f + g : X : Rn , (f + g)(x) = f (x) + g(x);

ii) α · f : X → Rn , (α · f )(x) = α(x) · f (x);

iii) 1/α : X → R, (1/α) (x) = 1/α(x) (definida se α(x) ̸= 0, ∀x ∈ X).

Sejam f : X → Rn uma aplicação definida num conjunto X ⊂ Rm e a ∈ Rm um ponto de


acumulação de X.
Diz-se que o ponto b ∈ Rn é o limite de f (x) quando x tende para a e escreve-se

b = lim f (x),
x→a

para significar o seguinte:

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Dado qualquer ϵ > 0, pode-se obter δ > 0 tal que se x ∈ X, 0 < |x − a| < δ então
|f (x) − b| < ϵ.
Proposição 3.3 Uma aplicação f : X ⊂ Rm → Rn é contı́nua em a ∈ X ponto de acumulação
de X se, e somente se lim f (x) = f (a). Se, porém, a não é ponto de acumulação então toda
x→a
aplicação é contı́nua em a.

4. Derivadas Parciais
Seja f : U → R uma função real, definida num subconjunto aberto U ⊂ Rn . Dado o ponto
a ∈ U , a i-ésima derivada parcial de f no ponto a ( onde 1 ≤ i ≤ n ) é o limite
∂f f (a + tei ) − f (a)
(a) = lim
∂xi t→0 t
Quando U ⊂ R2 , uma função f : U → R é o que se chama um ”função real de duas
variáveis reais”. Escreve-se f (x, y) para indicar seu valor no ponto z = (x, y). Desta forma,
as derivadas parciais de f num ponto c = (a, b) ∈ U podem também ser representadas por
∂f ∂f ∂f ∂f
(c) e (c), em vez de (c), (c). Temos:
∂x ∂y ∂x1 ∂x2
∂f f (a + t, b) − f (a, b) ∂f f (a, b + t) − f (a, b)
(c) = lim , (c) = lim
∂x t→0 t ∂y t→0 t

5. Derivadas direcionais
Sejam f : U → R definida no aberto U ⊂ Rn , a ∈ U e ⃗v ∈ Rn unitario |⃗v | = 1. A derivada
direcional de f no ponto a, segundo o vetor ⃗v , é por definição, o limite
∂f f (a + t ⃗v ) − f (a)
(a) = D⃗v (a) = lim
∂⃗v t→0 t

6. Funções diferenciáveis
Dada f : U → R, com U ⊂ Rn , seja x = (x1 , x2 , . . . , xn ) ∈ U . Diremos que a função
f é diferenciável no ponto x quando existirem constantes a1 , a2 , . . . , an tais que, para todo
h = (h1 , h2 , . . . , hn ) ∈ Rn , com x + h ∈ U , se tenha
r(h)
f (x + h) = f (x) + a1 · h1 + a2 · h2 + · · · + an · hn + r(h), onde lim = 0.
h→0 |h|
Quando f é diferenciável em todos os pontos de U , dizemos simplesmente que f é dife-
renciável.
Se f é diferenciável no ponto x então, tomando h = t ei onde ei um vetor da base canônica,
temos hj = 0 se j ̸= i e hi = t. Logo
f (x + t ei ) − f (x) r(tei ) r(tei )
= ai + = ai ± .
t t |tei |
3
∂f
Fazendo t → 0, vemos que existe cada derivada parcial de f no ponto x sendo (x) = ai .
∂xi
A definição abaixo é, por tanto, equivalente à anterior.
Diremos que a função f : U → R é diferenciável no ponto x ∈ U quando existirem as
∂f ∂f
derivadas parciais (x), . . . , (x) e, além disso, para todo vetor h = (h1 , h2 , . . . , hn ) tal
∂x1 ∂xn
que x + h ∈ U , tivermos
∂f ∂f ∂f
f (x + h) = f (x) + (x) · h1 + (x) · h2 + · · · + (x) · hn + r(h),
∂x1 ∂x2 ∂xn
r(h)
onde lim = 0.
h→0 |h|
Uma função real f : U → R, definida no aberto U ⊂ Rn , diz-se de classe C 1 quando
∂f ∂f
existem, em cada ponto x ∈ U , as derivadas parciais (x), . . . , (x) a as n funções
∂x1 ∂xn
∂f
: U → R, assim definidas são contı́nuas. Mais geralmente, diremos que uma função
∂xi
f : U → R é de classe C k quando ela possuir derivadas parciais em todos os pontos de U e
∂f ∂f
as funções (x), . . . , (x) : U → R forem de classe C k−1 . Aqui, k é um inteiro positivo
∂x1 ∂xn
> 0.
Teorema 6.1 Se uma função f : U → R possui derivadas parciais em todos os pontos de U
e cada uma delas é continua no ponto c,então f é diferenciável no ponto c.
Corolário 6.2 Toda função de classe C 1 é diferenciável.

7. A diferencial de uma função


Seja f : U → R definida no aberto U ⊂ Rn , diferenciável no ponto a ∈ U . A diferencial de
f no ponto a é a aplicação df (a) : Rn → R, cujo valor no vetor h = (h1 , h2 , · · · , hn ) é dado
por
∑n
∂f ∂f ∂f
df (a)(h) = (a) · hi = (a) · h1 + · · · + (a) · hn .
i=1
∂xi ∂x1 ∂xn
Dada a função diferenciável f : U → R definida no aberto U ⊂ Rn , definiremos o gradiente de
f no ponto a ∈ U pelo vetor
( )
∂f ∂f ∂f
∇ f (a) = (a), (a), · · · , (a)
∂x1 ∂x2 ∂xn
Dada f : U → R, diferenciável no aberto, U ⊂ Rn , e dado um número real c, diz-se que
o pnto x ∈ U está no nı́vel c, relativamente a f , quando f (x) = c. Fixado c, o conjunto
Sc = {x ∈ U : f (x) = c} dos pontos de U que estão no nı́vel c é a imagem inversa f −1 (c),
a qual é chamada a superfı́cie de nı́vel c de função f . Quando f : U ⊂ R2 → R, c ∈ R o
conjunto Sc chama-se a curva de nı́vel c da função f . Destacaremos as três propriedades mais
importantes do gradiente de uma função diferenciável f , suporemos que ∇ f (a) ̸= 0. Então
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i) O gradiente aponta para uma direção segundo a qual a função f é crescente,

ii) Dentre todas as direções ao longo das quais a função f cresce, a direção do gradiente é
a de crescimento mais rápido,

iii) O gradiente de f no ponto a é perpendicular à superficie de nivel de f que passa por


esse ponto.

8. Fórmula de Taylor e pontos crı́ticos


Seja f : U → R diferenciável no aberto U ⊂ Rn , se para i = 1, 2, . . . , n as funções
∂f
:U →R
∂xi
são diferenciáveis num ponto a ∈ U , diz-se que f é duas vezes diferenciável no ponto a. Neste
caso, para todos inteiros i, j = 1, 2, . . . , n, existem as derivadas parciais de segunda ordem
( )
∂ ∂f ∂ 2f
(a) = (a).
∂xj ∂xi ∂xj ∂xi
Teorema 8.1 (Teorema de Schwarz) Seja f : U → R (U aberto)duas vezes diferenciável
no ponto a ∈ U ⊂ Rn . Para quaisquer 1 ≤ i, j ≤ n, tem-se
∂ 2f ∂ 2f
(a) = (a)
∂xj ∂xi ∂xi ∂xj

Seja f : U → R (U aberto) duas vezes diferenciável no ponto a ∈ U ⊂ Rn à aplicação


d2 f (a) : Rn → R definida por
∑ ∂ 2f
d2 f (a)(h) = (a)hi hj .
ij
∂xi ∂xj

num vetor h = (h1 , · · · , hn ) ∈ Rn chama-se a diferencial segunda da função f no ponto a.


A fórmula de Taylor de segunda ordem para uma função f : U → R definida no aberto
U ⊂ Rn , duas vezes diferenciável, é a seguinte:
1 2 r(h)
f (a + h) = f (a) + df (a)(h) + d f (a)(h) + r(h) onde lim .
2 h→0 |h|2
De fato, a fórmula acima se demonstra introduzindo a função ϕ : [0, 1] → R, definida por
ϕ(t) = f (a + t h), usando a fórmula de Taylor para funções de uma variável real, escreve-se ϕ
como
1
ϕ(1) = ϕ(0) + ϕ′ (0) + ϕ′′ (0) + r.
2
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notando que que ϕ(0) = f (a), ϕ(1) = f (a + h) e

∑n
∂f

ϕ (t) = (a + th) hi = df (a + th)(h),
i=1
∂xi


n
∂ 2f
′′
ϕ (t) = (a + th) hi hj = d2 f (a + th)(h).
i, j=1
∂xi ∂xj

obtemos a fórmula de Taylor de segunda ordem para f .


Uma forma quadrática Q : Rn → R é uma função cujo valor num vetor h = (h1 , · · · , hn )

n
é dado por Q(h) = qij hi hj , onde (qij ) é uma matriz simétrica n × n.
i, j=1
A forma quadrática associada a uma função duas vezes diferenciável f : U → R no ponto
a ∈ U é definida por
∑ ∂ 2f
d2 f (a)(h) = (a)hi hj
ij
∂x i ∂x j

onde a matriz denotada por ( )


∂ 2f
H(a) = (a)
∂xi ∂xj
é chamada a matriz Hessiana de f no ponto a e o Teorema de Schwarz garante que é simétrica.
Seja X um subconjunto de Rn , a ∈ X chama-se ponto interior a X quando é centro de
alguma bola aberta contida em X, ou seja quando existe δ > 0 tal que |x − a| < δ implica
x ∈ X.
Chamam-se pontos singulares ou pontos crı́ticos da função f : U → R, os pontos onde seu
gradiente é o vetor zero, isto é df (a) = 0 no ponto a ∈ U .
Diz-se que a função f : X ⊂ Rn → R tem um máximo global (resp. mı́nimo global) num
ponto a ∈ X quando f (a) ≥ f (x) (resp. f (x) ≥ f (a)) para todo x ∈ X.
Seja X um subconjunto de Rn , a ∈ Rn chama-se ponto fronteira de X quando toda bola
aberta de centro a, contém pontos de X e pontos do complementar de X. O conjunto de todos
os pontos de fronteira de X denota-se por ∂X e chama-se a fronteira de X.
Todo conjunto X ⊂ Rn tal que ∂X ⊂ X chama-se conjunto fechado, prova-se que se X é
fechado, então o complementar de X é um conjunto aberto.
Um conjunto X ⊂ Rn chama-se compacto se é fechado e limitado.
Teorema 8.2 Toda função real contı́nua f : X → R, definida num compacto X ⊂ Rn , atinge
seu máximo e seu mı́nimo em X, isto é, existem pontos xo , x1 ∈ X tais que f (xo ) ≤ f (x) ≤
f (x1 ) para qualquer x ∈ X.
Diz-se que a função f : X ⊂ Rn → R tem um máximo (resp. mı́nimo) local num ponto
interior a ∈ X quando existe δ > 0 tal que |v| < δ ⇒ f (a) ≥ f (a+v) ( resp. f (a+v) ≥ f (a)).

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Proposição 8.3 Seja f : X ⊂ Rn → R diferenciável em a, ponto interior de X. Se f tem um
máximo local (ou mı́nimo local) no ponto a, então a é um ponto crı́tico de f .
O ponto ( crı́tico a diz-se
) não-degenerado quando a matriz Hessiana nesse ponto é invertı́vel,
∂ 2f
isto é, det (a) ̸= 0.
∂xi ∂xj
Seja Q : Rn → R uma forma quadrática. Diremos que a forma Q é positiva definida quando
tivermos Q(h) > 0 para todo h ̸= em Rn . Se for Q(h) < 0 para todo h ̸= 0, diremos que
Q é uma forma quadrática negativa definida. Chamaremos Q de forma quadrática indefinida
quando existe vetores h e w tais que Q(h) >) e Q(w) < 0.
Teorema 8.4 Sejam f : U → R uma função duas vezes diferenciável em todo U com derivadas
parciais de segunda ordem contı́nuas em U , a ∈ U um ponto crı́tico de f e H a forma
quadrática Hessiana de f no ponto a. Então:

1) Se H é positiva definida, a é um ponto de mı́nimo local não-degenerado,

2) Se H é negativa definida, a é um ponto de máximo local não-degenerado,

3) Se H é indefinida, a não é ponto de mı́nimo local nem de máximo local para f .

Proposição 8.5 Seja M = (aij ) uma matriz simetrica e


 
a11 a12 · · · a1k
 
 
 
 a21 a22 · · · a2k 
Mk = 



 
 
· · · · · · · · · · · · 
ak1 ak2 · · · akk

para k = 1, 2, · · · , n os menores principais da matriz M . Então:

i) M define um forma quadrática positiva se det Mk > 0 para todo k = 1, 2, · · · , n.

ii) M define um forma quadrática negativa se (−1)k det Mk > 0 para todo k = 1, 2, · · · , n.

Seja f : U → R uma função diferenciável no aberto U ⊂ Rn . Diremos que o número


real c é um valor regular de f quando não existirem pontos crı́ticos de f no nı́vel c, ou seja,
f (x) = c ⇒ ∇f (x) ̸= 0.

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