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ÍNDICE
1. Histórico
2. Localização e vias de acesso
3. Aspectos Fisiográficos
4. Situação Demográfica
5. Situação Cultural
6. Situação Administrativa
7. Infra-estrutura
8. Atividade Econômica
9. Apreciação do Setor Mineral
a. Introdução
b. Apreciação Geológica
c. Área de Exploração
d. Exploração
e. Seleção de área a ser explorada
f. Máquinas Utilizadas
g. Produção/Custo
h. Comercialização
i. Arrecadação do IUM
j. Pessoal Empregado
10. Conclusões e Recomendações
1. HISTÓRICO
3. ASPECTOS FISIOGRÁFICOS
A região fica situada no centro de uma bacia fechada, originada por uma estrutura do
tipo sinclinal, variando as altitudes de 550 m a 1200 m, da boca para o eixo da
estrutura.
A vegetação local é caracterizada pelo tipo savana, idêntica aos campos observados
em outras áreas do Território. Restritamente encontram-se palmeiras (buritis) e florestas
de galeria, todos afetos à bacia hidrográfica, quando o nível freático se encontra a menor
profundidade.
O clima recebe influência direta da altitude, sendo seco, com temperatura média de
25o C.
Os cursos d’água principais que drenam a região são os igarapés do Paiva e seu
afluente, Cabo Sobral, sendo ambos referidos a bacia do rio Amajarí por sua margem
direita. A direção geral dos leitos está condicionada à estrutura, ou seja, acompanham a
acomodação das camadas sedimentares. Subordinadamente, aparecem igarapés de 3a e
4a ordens, sem nenhum significado, pois, permanecem secos a maior parte do ano.
4. SITUAÇÃO DEMOGRÁFICA
5. SITUAÇÃO CULTURAL
6. SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA
7. INFRA-ESTRUTURA
O maior aglomerado populacional fica situado na região do Cabo Sobral, que conta
com aproximadamente 50 casas, dispostas em uma única rua, denominada de corrutela.
Todas as casas são de taipa e cobertas de palha, poucas delas com reboco e pintura.
Além deste aglomerado, existem acampamentos provisórios na região de garimpagem,
que servem de abrigo às equipes que operam nas máquinas resumidoras e garimpagem.
Independente das habitações e comércios, não existem hospedarias, sendo os
garimpeiros recém-chegados, alojados nos acampamentos instalados na frente do
serviço.
A região carece de saneamento, eletrificação e transporte, existindo comunicação com
Boa Vista, somente através de um aparelho transceptor, tendo como operador a
professora da escola do Paiva. Qualquer comunicação urgente entre a corrutela e Boa
Vista, demora aproximadamente duas horas, tempo necessário para percorrer a pé o
trecho do Cabo Sobral – Paiva.
8. ATIVIDADE ECONÔMICA
a. Introdução
b. Apreciação Geológica
c. Área de Exploração
As áreas produtoras situam-se nos vales e paleovales do igarapé Cabo Sobral, bem
como no sedimento quaternário do igarapé do Paiva, estando 90% concentrados no
primeiro igarapé, onde localizam-se todas as máquinas existentes no Tepequém. No
Paiva, os aluviões estão praticamente inexplorados, sendo ali desenvolvidos somente
trabalhos manuais em pequena escala. O desinteresse para com a área data do início da
exploração da região, quando, segundo os garimpeiros, a área foi abandonada por ser o
diamante muito “comprido “, ou seja, seu cascalho é descontínuo e de baixo teor.
Tecnicamente a informação não foi constatada, sendo necessário um trabalho mais
detalhado, principalmente porque a bacia do igarapé do Paiva drena rochas
diamantíferas observadas em toda região, tal como o igarapé Cabo Sobral.
d. Exploração
A seleção do terreno a ser lavrado é feita pelo dono das máquinas ou equipes de
garimpeiros, escolhendo dentre as áreas livres aquelas que apresentam maior volume de
aluvião inexplorado ou que outrora produziram mais diamantes. Quando se trata de
garimpeiros, a equipe procura os remanescentes aluvionais inexplorados, abandonados
na época áurea por possuírem baixo teor de minério em comparação com a média obtida.
Após essa seleção, são fincados piquetes com a marca do dono ou equipe, passando o
terreno a ser respeitado como propriedade particular, uma vez que a ética garimpeira
não permite a invasão de terras piquetadas.
f. Máquinas utilizadas
g. Produção/Custo
Embora seja difícil estimar a produção real da região, tomou-se como base para a
estimativa aqui apresentada os dados obtidos numa área relavada, em três áreas
lavadas, todas por processos indiretos e, a produção de uma cata de garimpeiro. Um
corte médio de 30 x 30 x 5 (4500 m3), é trabalhado pelo sistema indireto em
aproximadamente 60 dias, sendo 30 para a escavação, 10 para a retirada e 20 para a
lavagem ou relavagem do material. Infelizmente não foi possível obter dados sobre a
lavagem direta, mas pelos cálculos acima e sabendo-se que a retirada e lavagem do
material são simultâneos, a produção, neste sistema é três vezes maior que na lavagem
direta.
Outro dado importante que reflete consideravelmente na produção é a irregularidade
de operação das máquinas, pois quando alguma delas quebra a operação, paralisa por
aproximadamente 10 dias, tempo necessário para a busca de peças de reposição em Boa
Vista. Felizmente este problema tende a diminuir, já que se sabe a vida útil das peças
que mais desgastam, havendo no próprio local de trabalho, sobressalentes que
substituem a parte defeituosa em pouco espaço de tempo. Um dos danos mais
frequentes, é o desgaste do disco de turbina, sendo normal a utilização de solda a base
de manganês, material mais adequado para o enchimento da bucha da chapa. Em vista
disso, algumas máquinas já contam com soldadores nas suas equipes, que prestam
assistência também às demais frentes de exploração.
Os quadros 1, 2, 3 e 4, mostram a produção e demais dados sobre a exploração do
diamante da região do Tepequém.
Quadro 1
3
Corte (m) Volume de Tempo de Rend/dia Produção Teor (ct/m ) Valor Data de
3 3
Aluvião (m ) extração (d) (m ) (ct) Cr$1000,00 Venda
10x15x5 750 45 16,66 170 0,22 306 1/79
10x10x5 500 60 8,33 117 0,23 245 3/79
20x20x5 2000 60 33,33 80 0,04 350 5/79
30x30x6 5400 90 60,00 299 0,05 1800 6/79
30x30x5 4500 60 75,00 143 0,03 470 9/79
30x30x5 4500 60 75,00 70 0,01 160 1/80
7650 375 - 879 - 3331 -
Quadro2
3
Corte (m) Volume de Tempo de Rend/dia Produção Teor (ct/m ) Valor Data de
3 3
Aluvião (m ) extração (d) (m ) (ct) Cr$1000,00 Venda
10x15x5 500 60 8,33 238 0,47 465 2/79
10x10x5 500 65 7,69 220 0,44 700 5/79
20x15x5 1500 60 25,00 130 0,08 420 5/79
30x30x6 5400 60 90,00 120 0,02 250 6/79
20x30x5 3000 60 50,00 140 0,04 370 10/79
20x20x4 1600 60 26,66 58 0,03 200 2/80
12500 365 - 906 - 2405 -
Quadro 3
3
Corte (m) Volume de Tempo de Rend/dia Produção Teor (ct/m ) Valor Data de
3 3
Aluvião (m ) extração (d) (m ) (ct) Cr$1000,00 Venda
30x20x10 6000 75 80,00 30 0,005 94 1/79
25x30x10 7500 85 88,23 100 0,01 264 3/79
30x30x5 4500 65 69,23 82 0,01 400 5/79
30x30x5 4500 60 75,00 132 0,02 420 6/79
30x40x6 7200 80 90,00 300 0,04 1408 9/79
29700 365 - 644 - 2586 -
Quadro 4
3
Corte (m) Volume de Tempo de Rend/dia Produção Teor (ct/m ) Valor Data de
3 3
Aluvião (m ) extração (d) (m ) (ct) Cr$1000,00 Venda
40x30x8 9600 160 60,00 147 0,01 350 -
20x30x8 4800 80 60,00 86 0,01 230 -
40x30x6 7200 125 58,40 126 0,01 280 -
22600 365 - 359 - 860 -
Nos dados apresentados na tabela, já está incluído o transporte uma vez por mês,
entre Boa Vista e Tepequém, admitindo-se que todas as equipes de máquinas possuam
condução própria.
Com relação ao salário, consta na tabela somente o ordenado do cozinheiro, já que
os demais trabalhadores ganham uma porcentagem de 35% da produção bruta, sendo
7% para o administrador e 28% para o restante da equipe.
h. Comercialização
i. Arrecadação do IUM
j. Pessoal Empregado