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RAMOS, Ismar Batista.

Inclusão na educação profissional: uma avaliação a partir da


visão dos profissionais e alunos de um campus do IFNMG. Mestrado em Educação.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 2016.

Paradigma: Educação como direito.

Objetivos: Compreender a política de inclusão das Pessoas com Necessidades


Educacionais Especiais em um Campus do IFNMG.

Específicos:

Analisar as legislações investigando as ações e condições de execução das políticas


públicas destinadas às pessoas com deficiência no campus pesquisado.

Investigar os impactos do trabalho da equipe do Napne na instituição partir da avaliação


docente.

Avaliar as ações de inclusão adotadas pela instituição na perspectiva discente.

Metodologia

Abordagem qualitativa.

Método: Estudo de caso.

Problema

Como ocorre a inclusão das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais em um


campus do IFNMG?

Educação de pessoas com necessidades educacionais


especiais.

Mundo

A autora destaca que as pessoas com deficiência foram rotuladas de diversas formas ao
longo da história.

Citando Mazzotta (2011) a autora aponta que até o século XVIII as noções a respeito da
deficiência eram basicamente ligadas ao misticismo e ocultismo. Essa condição era
considerada como imutável.

Apresenta as primeiras iniciativas educacionais que iniciaram primeiramente na Europa-


Citando Jannuzzi e Mazzotta e depois se estendeu ao resto do mundo.
Brasil

Período de 1500-1822: Visão mística da deficiência. Eram visto como doentes incuráveis
incluídos na categoria de pobres e desvalidos de sorte.

Período de 1822-1889: Foram criadas as primeiras instituições voltadas para o


atendimento de pessoas com deficiência inspiradas nas experiências europeias e
americanas e refletiam iniciativas particulares de educadores e familiares.

1854- Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atual Instituto Benjamim Constant

1857- Instituto Nacional de Educação de Surdos.

Citando Mazzotta, a autora destaca as expressões utilizadas para referi-se ao atendimento


das pessoas com deficiência: Pedagogia dos Anormais, Pedagogia Teratológica,
Pedagogia Curativa ou Terapêutica, Pedagogia da Assistência Social, Pedagogia
Emendativa. Os serviços eram de abrigo, assistência e terapia.

Primeira República: 1889-1930: Aumento de instituições para atendimento de caráter


assistencialista e privado

Governo de Getúlio Vargas: 1930-1945: Programa Escola Nova: Baseado em estudos de


Alfredo Binet (1857-1911) e Theodoe Simon (1872-1961) buscava-se a organização de
classes homogêneas e os estudantes eram classificados entre normais e anormais ou
excepcionais. Inicio do processo de patologização escolar ao adotar uma visão psico-
pedagógica. Incluía-se os que apresentavam o fracasso escolar e por isso considerados
deficientes.

1930-1960- Aumento da participação popular, organização dos deficientes em torno dos


seus problemas.

1950-1970: A educação é vista como possibilidade de torna-los participantes na atividade


produtiva, em decorrência da influência da Teoria do Capital Humano.

1961- LDB- artigo 88- Educação dos excepcionais:

1970- Criação do CENESP: Primeiro órgão para educação especial. Integracionista.

1971- LDB

1970-1980- Principio da normalização que orientou a perspectiva integracionista.


Originado na Dinamarca, “tinha como objetivo possibilitar modos de vida os mais
semelhantes possíveis às formas e condições de vida do resto da sociedade”. 27- Ler
Mantoan e Sassaki.

Modelo de Integração e Inclusão


Papel das Conferências Mundiais.

“A partir de 2008, esses acordos internacionais impulsionaram a definição de um novo


curso nas diretrizes das políticas de Educação Especial no Brasil. A visão predominante
passou a ser de que a educação inclusiva demanda um sistema educacional ‘inclusivo’,
esto é, todas as pessoas devem estar na rede regular de ensino”. 33

Inclusão de pessoas com necessidades educacionais especiais


na educação brasileira

Os dados das estatísticas oficiais mostram que houve um aumento significativo de


matrículas nas universidades de pessoas com deficiência. Esse número é bem maior nas
IES particulares. Período de 2003-2013.

Cita Sassaki (2005) Acessibilidade nas seis dimensões: arquitetônica, comunicacional,


metodológica, instrumental, programática, atitudinal.

Resultados

Com relação à quebra de barreiras metodológicas, na instituição pesquisada, esta aparece


como uma preocupação secundária. “Alguns entrevistados relacionaram esse tipo de
acessibilidade à sensibilidade e à disposição individual de alguns docentes, que sinaliza
que esta não é uma prática institucionalizada, posto que nem todos os docentes estão
sensíveis ou aptos para a realização da quebra de barreiras metodológicas”. P. 93

Os professores da instituição pesquisada não acredita que os alunos com NEE são bem
atendidos e aponta como razão para isto, principalmente questões relativas à falta de
formação docente e espaço físico inadequado. 93

“As barreiras metodológicas referidas pelos profissionais do Napnee podem estar


associadas à falta de formação dos docentes, haja vista que para romper com as práticas
massificadas de ensino, no qual há um grande número de docentes bacharéis que não
tiveram em sua formação conteúdos voltados para o ensino”. 94

A partir dos relatos dos professores, “nota-se que a dificuldade por parte dos docentes
aumenta quando a deficiência exige adaptações ainda mais específicas como no caso dos
deficientes intelectuais, visuais e auditivos mais comprometidos”. 96

Após a pesquisa a autora concluiu que existe um descompasso entre as ações previstas na
legislação e no PDI da instituição e as condições de execução delas. Destaca-se “a
necessidade de formação docente e dos membros do Napne.

A autora percebeu um aumento das “estratégias para viabilizar o acesso”, porém, com
relação as ações que visam garantir a permanência e conclusão dos cursos, deixaram a
desejar.
Com relação ao Napne, pode-se perceber na Instituição pesquisada, que este não possuir
infraestrutura e por este motivo falta reconhecimento da comunidade acadêmica das
ações realizadas pelo Núcleo que deixa de ser um núcleo de referência para a inclusão de
pessoas com NEE.

“O grande número de profissionais bacharéis que não possui em seu currículo de


graduação conteúdos necessários ao exercício da docência foi muito ressaltado como um
dos motivos para o despreparo dos profissionais para lidar com as diferenças. No entanto,
os profissionais licenciados também declaram-se despreparados para essa atuação”. 113.

A educação profissional possui especificidades “que carece de uma abordagem


metodológica adequada ao contexto de formação para o mundo do trabalho porque possui
conteúdo teórico e prático”. 113

“Dessa forma, os dados indicam que após o ingresso através dos processos seletivos e
vestibulares, só conseguem permanecer no campus os alunos que são capazes de ‘se
adaptar’ para acompanhar os cursos com as condições existentes na instituição”. 114

A autora indica a necessidade de aprofundar estudos que possam “contribuir para a


elucidação de questões como a similaridade dos cursos de bacharelado e licenciatura no
que tange ao despreparo para o atendimento à inclusão, a pouca procura pelos cursos de
formação em educação especial ou inclusiva entre os docentes e demais servidores da
educação profissional, a incompatibilidade existente entre as demandas do NAPNE e a
ausência de formação específica de seus profissionais, dentre outros”. 116

FICHAMENTO.
A pesquisa de Ramos (2016) buscou investigar as ações e condições de execução das
políticas públicas destinadas às pessoas com deficiência em um campus do Instituto
Federal do Norte de Minas. Como metodologia o autor utiliza a abordagem qualitativa e
o estudo de caso. O autor entrevistou os membros do Napne e docentes que lecionavam
para estudantes com deficiência. Foi aplicado também questionários para estudantes com
o objetivo de conhecer a percepção deles sobre o percurso escolar e o apoio recebido na
instituição. A análise dos dados foram realizados por meio de Análise do Conteúdo.
O autor aponta que houve avanços no que diz respeito ao acesso na instituição, porém, as
ações para a permanência deixam a desejar.
O resultado da pesquisa indicou que os alunos com necessidades educacionais especiais
não são bem atendidos e atribui o fato à “falta de formação docente e espaços físicos
inadequados”. Essas dificuldades são maiores quando os estudantes necessitam de
adaptações curriculares mais específicas, como acontece no caso de deficiência
intelectual. Essas “barreiras metodológicas”, apontadas no resultados da pesquisa foi
atribuído pelo autor à formação docente “no qual há um grande número de docentes
bacharéis que não tiveram em sua formação conteúdos voltados para o ensino” (RAMOS,
2015, p. 94).

Dessa forma, os dados indicam que após o ingresso através dos processos seletivos
e vestibulares, só conseguem permanecer no campus os alunos que são capazes de
‘se adaptar’ para acompanhar os cursos com as condições existentes na instituição
(RAMOS, 2015, p. 114).

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