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Universidade Nilton Lins

Curso de Graduação em Farmácia

Família Trypanosomatidae:
Trypanossoma cruzi e Doença de Chaga

Disciplina: Parasitologia Clínica – Unidade 2


(Parte 2)
Prof.: Fabio Vidal
Fig. 2 - Classificação de Trypanosomatidae e Relação taxonômica com outros protozoários
Gênero Trypanosoma
-- Mais de 150 espécies  classes de vertebrados
A subdivisão Stercoraria apresenta três subgêneros, e a
Salivaria, quatro subgêneros.
-- A primeira subdivisão agrupa os tripanossomas:
- com desenvolvimento no intestino posterior de
triatomíneos hematófagos
- transmissão através da contaminação dos vertebrados
com as fezes do vetor (T. cruzi)
-- A segunda subdivisão agrupa os tripanossomas (T.
brucei)
- com desenvolvimento e transmissão através das porções
anteriores do tubo digestivo de dípteros
Gênero Trypanosoma
Ordem Kinetoplastida
Família Trypanosomatidae
tripanossomas Gênero Trypanosoma
de mamíferos

Subdivisão Stercoraria Salivaria


Desenvolvimento
TD TG + GS
vetor
Transmissão Contaminativa Inoculativa
vetor fezes saliva
Sugênero Schizotrypanum - T. cruzi Trypanozoon - T. brucei
Herpetosoma - T. rangeli Dutonella - T. vivax
Megatrypanum - T. theileri Nannomonas- T. congolense
Picnomonas - T. suis
Trypanosoma cruzi
Filo: Sarcomastigophora
Subfilo: Mastigophora
Ordem: Kinetoplastida
Família: Trypanosomatidae
Gênero: Trypanosoma
Espécie: Trypanosoma cruzi
Trypanosoma cruzi
Agente etiológico da Doença de Chagas

Carlos Chagas, 1909


Identificou o parasita
Ciclos HV e HI
reservatórios
patogenia
Doença de Chagas
Epidemiologia T. cruzi
América Latina
Endemia: México - Sul
Agentina/Chile
16-18 milhões pessoas infectadas
100 milhões pessoas em áreas de
risco

Brasil
Área endêmica Brasil: 1/4 território
8 milhões de pessoas infectadas
MG,RS,GO,SE,BA
25 milhões de pessoas expostas
ao risco de infecção
Região amazônica: enzootia
emergente?
T. cruzi
Triatomíneos: vetores
Hemípteros Hematófagos - noturnos
Família Reduvidiae
Subfamília: Triatominae

ovo - n1-n2-n3-n4-n5-adulto
Hábitat: Silvestre, Peridomiciliar, domiciliar

Espécies importantes no Brasil


Gênero espécies
Triatoma infestans, brasiliensis,
sordida, pseudomaculata
Rhodnius neglectus
Panstrongylus megistus
T. cruzi – vetores
Doença de Chagas T. cruzi
zoonose - antropozoonose
Ciclos de transmissão
Ciclo silvestre (zoonose) - reservatórios silvestres
gambá, tatú, roedores, tamanduá, preguiça, morcegos, macacos, etc
Ciclo paradoméstico - animais domésticos (cão, gato, porcos) - homem
Ciclo doméstico – homem - homem
Trypanosoma cruzi T. cruzi
Epidemiologia
Transmissão
- Vetor
- Transfusões de sangue
- Congênita
- transplantes
- Acidentes de laboratório
- Ingestão (cana/açaí)
Casos atuais - T. cruzi

“...este ano já houve cinco surtos da doença de chagas no Pará...Cerca


de 100 pessoas contraíram a doença. Ano passado foram registrados
258 casos. Quase 100% das pessoas que têm doença de chagas foram
infectadas via oral, pela ingestão do açaí, já que grande parte da
população costuma consumir o fruto batido. A ingestão só pode ser
feita se houver higienização...”
https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2018/08/20/mais-dois-casos-de-doenca-de-chagas-
sao-confirmados-em-acara-no-pa-agora-sao-20-pessoas-contaminadas.ghtml
1. O inseto pica e defeca 2. Os tripomastigotas invadem
ao mesmo tempo. O células ondes se transformam
tripomastigota passa à em amastigostas
ferida nas fezes
3. Os amastigotas
multiplicam-se
8. Transformam-se dentro das células
em tripomastigosta por divisão binária
no intestino posterior

7. Multiplicam-se Os tripomastigotas
infectam células de
tecidos e se transformam
em amastigotas
intracelulares em novos
6. Transformam-se em locais de infecção.
Manifestações clínicas
epimastigotas no intestino podem resultar deste ciclo
do médio do inseto infeccioso

5. Tripomastigotas sanguíneos
4. Os amastigotas intracecelulares
são absorvidos por novo inseto
transformam-se em tripomastigostas e
pica em nova picada.
destroem as células saindo para o sangue

Ciclo Heteroxênico (fase de multiplicação intracelular  vertebrado; fase extracelular triatomíneo)


T. cruzi – Formas
amastigota

epimastigota
tripomastigota
MORFOLOGIA:

Amastigota: *intracelular (tecidos do


hospedeiro vertebrado)

Epimastigota: *intestino posterior de


triatomíneos,
*em meios de cultura

Tripomastigota: * sangue circulante


* fezes do triatomíneo
* em meios de cultura
Formas T.cruzi
______________________________
Encontradas no vetor
Epimastigota multiplicação no HI TD anterior e médio
divisão binária simples não é infectante
Tripomastigota metacíclico infectante para HV TD posterior
não se multiplica fezes
Encontradas no HV
Amastigota intracelular diversos tipos céls
multiplicação HV nucleadas
divisão binária simples
Tripomastigota sangüíneo infectante para vetor sangue HV
não se multiplica
________________________________________________________

Epimastigota Tripomastigota Amastigota


Amastigotas

Intracelular
(tecidos do hospedeiro
vertebrado)
Tripomastigotas

* sangue circulante
* fezes do triatomíneo
Epimastigotas

intestino posterior de triatomíneos


Interação T. cruzi – célula hospedeira

Fagócito Células não fagocíticas


macrófago epiteliais, musculares, nervosas

penetração passiva penetração ativa

fagocitose clássica fagocitose induzida


T. cruzi: adesão e invasão células
1. Células fagocíticas: fagocitose clássica
2. Células não fagocíticas: fagocitose induzida
Mecanismos de Patogenicidade
Lesões na fase crônica são incompatíveis com o número de
parasitas!

Destruição células parasitadas pelo T. cruzi


- Antígenos T. cruzi expressos membrana de células do HV

Destruição células não parasitadas pelo T. cruzi


- Antígenos T. cruzi “depositados” membrana
- Antígenos T. cruzi e de células hospedeiros - reatividade
cruzada
Mecanismos de Patogenicidade
Resposta imune - inflamação - Fibrose

Coração
- redução da eficiência de contração: retenção sangue-
megacárdio
- lesões do sistema excito-condutor: arritmias

Trato Gastrointestinal
- destruição de neurônios dos plexos mioentéricos
(parassinpático)
- Esfíncteres em contração permanente (simpático)
- Dificuldade de trânsito de alimentos/fezes
- cárdia: acúmulo de alimentos - megaesôfago
- reto-sigmóide: acúmulo de fezes - megacólon
Doença de Chagas Patogenia - Fase aguda

Local de inoculação:
Nenhum sinal ou Reação Inflamatória Local
Chagoma de inoculação
olho: Sinal de Romaña (edema bipalpebral

Fase aguda:
Fase multiplicação intensa do T. cruzi
Período Pré-patente 7-15 dias
Parasitemia elevada
Imunossupressão - Ativação policlonal
Acs IgM
Período de Incubação: 1-3 semanas
Sintomas - febre, astenia, cefaléia, mialgia, adenite
Mortalidade:10% (> crianças e imunodeprimidos)
- miocardite aguda
- menigoencefalite aguda
Chagoma de inoculação (sinal de Romaña)
Doença de Chagas Patogenia - Fase crônica

Quadros Clínicos
isolado X resposta hospedeiro
Variação geográfica (virulência/tropismo) (imunidade/genética?)

Polimorfismo genético: linhagens

Brasil
Assintomático Sintomático
70% casos 30% casos
Forma indeterminada Forma Cardíaca
cardiopatia crônica (megacárdio)
arritmias leves (crônica)- severas (morte súbita)
Forma Digestiva - megaesofago
- megacólon
Forma Oligossintomática
Forma Cardíaca + Digestiva
Doença de Chagas - Patogenia

Forma cardíaca

Formas digestiva e intestinal


Doença de Chagas Fase crônica
Equilíbrio relação parasito-hospedeiro

Parasitemia baixíssima - Parasita nunca é totalmente eliminado

Resposta Imune Humoral


Acs IgG anti Tripo sg - Opsonização: Mos ativados matam parasita
- bloqueio da penetração
- Lise Complemento, ADCC
Resposta Imune Celular
Células efetoras - T, NK, N Reagudização
Imunossuprimidos
Mecanismos de Escape
Localização intracelular
Imunessupressão fase aguda
Escape do fagolisossoma para o citoplasma da célula
Capping-shedding (remoção de Acs e C da superfície do parasita)
Fatores interferem cascata complemento
Indução de apoptose de células T
Diagnóstico

Clínico: RX, ECG, etc - auxiliar


Métodos diretos: detecção do parasita
Métodos indiretos: detecção de Acs contra o parasita
Fase Aguda: métodos diretos
- esfregaço de sangue
- gota espessa
- xenodiagnóstico
- hemocultura
específicos
pouco sensíveis

Fase Crônica:
- métodos indiretos: sorologia
- métodos diretos: xenodiagnóstico, hemocultura, PCR
Doença de Chagas: Tratamento
(Nifurmox (Lampit)
Benzonidazol (Rochagan ) Nitroimidazol + thiabendazole (Megazol)

- em uso para tratamento nas fases aguda e crônica


5-6 mg/kg peso corporal (30-60 dias)

- eficiência: fase aguda:>90%


fase crônica:>60%

problemas
- efeitos colaterais
- tratamento demorado
- controle de cura
EPIDEMIOLOGIA:

- Existência do protozoário;
- É uma zoonose
- Reservatórios silvestres: tatus, gambás, etc
- Reservatórios domiciliares: cão, gato, homem
- No Brasil: RS, SC (parte), PR (parte), SP, MG (exceto sul), GO,
estados do nordeste
- Insetos transmissores:  Panstrongylus megistus, Triatoma
infestans
PROFILAXIA:
- Melhoria habitações rurais
- Combate ao barbeiro
- Controle doadores sangue
- Vacinação (em estudo)
Referência

• NEVES, D. P. et all. Parasitologia


Humana.11 ed. Atheneu, 2000.

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