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aT aT ALCONPAT BRASIL ALCONPAT Internacional Asociacién Latinoamericana de Control de Calidad, Patologia y Recuperacién de la Construccién Boletin Técnico Inspeccion, diagnéstico y prognéstico en la construccion civil Inspecdo, diagnéstico e prognéstico na construcdo civil Inspection, diagnosis, prognosis in civil construction Bemardo Tutition Marcelo Pacheco UNISINOS. BRASIL Introdugao O surgimento de problemas patolégicos em uma estrutura esti relacionado a diversos fatores, sendo muitas vezes decorréncia de um conjunto destes, que acabam por desencadear em anomalias na edificagao. fi de grande importancia o conhecimento destes fatores, pois para se determinar que medidas devam ser tomadas diante de uma estrutura que apresenta alguma manifestagio patolégiea, faz-se nocessirio conhecer 0 correto diagnéstico dessa anomalia, para poder agir de forma eficiente, proporcionando uma recuperacio adequada ao tipo de problema apresentado, As manifestagées patolégicas sfo originadas por falhas que incidem durante a realizagao de uma ou mais das atividades do processo da construgao civil. Conforme Red Rehabilitar (2003), “o proceso de construgdo ¢ uso pode ser dividido em cinco etapas planejamento, projeto, fabricagiio dos materiais ¢ componentes fora do canteiro, execugao © uso”, de acordo com a Fig. 1 _ © sew one — Figura 1, tapas de construgo todas obras cvis Red Rehabilitar. 2003) [ALCONPAT int ‘As ctapas iniciais dispdem um tempo relative curto em relagdo a diltima que é a fase de uso, etapa mais longa que envolve a operagio e manutengao das edificagées, que, de acordo com a ABNT NBR 15575:2018, Norma de Descmpenho, ¢ de, no ‘mfnimo, cinquenta anos, no Brasil Estudos tém demonstrado que quanto mais cedo se detectar uma anomalia, mais eficiente e menos onerosa serd a intervengdo, Muitos cuidados sdo deixados de lado quando se projeta se constréi ou se utiliza uma edificagao, prejudicando a vida ttil e desempenho da estrutura durante sua vida itil. Portanto, se observa que o ciclo de vida de uma edificagdo consiste na etapa de produgao ¢ uso. A Fig. 2 ilustra este ponto de forma mais detalhada. ‘CICLO DE VIDA DO EDIFICIO — FASE DEPRODUCAO FASE DE USO Plangjxments| Prajete ‘Consragto Us Produc de Namen Comsooncntes ‘Figura 2, Ciclo de vida de uma construsio (MENEGOTT, 2002), Ainda, de acordo com a ABNT NBR 15575:2013. desempenho é 0 comportamento que uma edificagdo e seus sistemas apresentam durante 0 sett uso, estando diretamente relacionado com a manutengao realizada na edificagio, 0 que influi dirotamente na sua vida itil. Ou seja, a vida wtil pode ser prolongada com ages de manutencao, 0 que elevard o seu desempenho ao longo do tempo, levando-a a atingir a VUP (vida itil de projeto), conforme Fig. 3, Desempanne Weide Figura 3, Desempenho so longo da tempo (ABN'T NBR 18578 2013). 4 Baletin Técnico 01 © sistema de manutengéo deve ser elaborado de modo a garantir esse desempenho, através de manutengées preventivas periédicas, com 0 acompanhamento e cumprimento do planejamento, previsto no programa de manutengao preventiva. Portanto, faz-se necessario que se preserve a estrutura através de manutengées periédicas, que, conforme a ABNT NBR 56742012. manutencio significa “conjunto de atividades a serem realizadas para conservar ou recuperar a capacidade funcional Tornpo da edificagdo e de suas partes constituintes para atender as necessidades e seguranga dos usuarios A manutengio de edificagées ¢ essencial e obrigatéria por normas no Brasil (ABNT NBR Inspegio, diagnéstice e prognéstico na construgao civil 5674:2012), ¢ deve ser realizada por profissional habilitado e de acordo com o sistema de manutengao, desenvolvido ainda na fase de projeto. 1.Problemas patolégicos e manuten¢ao Quando uma edificagio fica “doente”, apresenta algum problema em sua integridade. ou podem surgir sinais externos, sintomas, indicando que algo nao esté correto. Algumas vezes esses sinais externos demoram a aparecer e outras podem ser imperceptiveis & maioria dos leigos. A sintomatologia se preocupa em estudar estes sinais| com 0 objetivo de diagnosticar aquela manifestacao ou problema patolégico. Para se efetuar um diagnéstico correto de uma manifestagio patolégiea, faz-se necessério realizar, inicialmente, uma inspegdo visual para se fazer uma coleta de dados, identificando todos os sintomas observados, assim como sua localizagdo ¢ intensidade. Muitas vezes, para um profissional experiente, a inspegao visual pode ser suficiente para se estabelecer a causa da “doenga” da odificago, porém, is vozes, se fax necessiria a realizagao de ensaios especificos © andlise dos projetos para auxiliar no diagnéstico. Apés a obtencio de todos os dados possiveis sobre os sintomas apresentados pela edificagio, G ¢ ‘Figura 4. Fluxograme dos passos pare intopretare anaicar probleme De acordo com Wilke (2012), 6 importante frisar que a inspecio das estruturas 6 uma parte importante, mas apenas uma parte da manutencio inicia-se a etapa de anélise destes dados, onde necessério verificar a influéncia de cada informacao no comportamento global da construgao. Para que esta etapa seja bem sucedida, além da experiéncia fundamental profissional, profundo conhecimento teérico do comportamento estrutural e dos materiais frente aos diversos agentes agressivos, Apés a conclustio da andlise dos dados obtidos em campo é possivel estabelecer os mecanismos que originaram o aparecimento das manifestagies patoligicas na edificagio, ou seja, diagnosticar © problema, No entanto 0 profissional também deve apresentar um prognéstico, explicando as consequéncias que surgirdo caso no sejam efetuadas as medidas corretivas para a eliminagdo do problema, assim como também se faz necessirio indiear quais so estas medidas corretivas, contemplando a etapa da terapia a ser executada, Na Fig. 4 tem-se uma visio expandida dos passos a serem realizados para interpretar ¢ analisar a evidéncia de problemas patolégicos nas edificagées. == Diagnose fongen tmtsn mactnemon C=) 2 patolgcos nae eicasies, (Andrade, 199°) das edificagdes, As inspegdes, programadas ou nao, auxiliam na identificagao dos problemas, porém, apés, deve-se intervir no elemento danificado. jernarde Tutkian & Marcele Pacheco [ALCONPAT int A manutengio pode ser corretiva, para recuperar determinado dano: manutengo_preventiva, para manter 0 desempenho das estruturas; preditiva ou detectiva, que acompanha através de instrumentagao 0 desempenho da estrutura; constituindo entdo a engenharia de manutengio, que é a forma mais eficiente de garantir o desempenho e vida ttil das estruturas, diminuindo a possibilidade de falhas. A Fig.6 ilustra os diferentes tipos de manutengao. ‘USTO RELATIVO GA INTERVENCAO. Figura 5, Tipoe de manutengie (Kardeee Navef. 200), Quanto mais cedo se prever determinado problema na estrutura, mais facil e econémica seré a intervengao, Esta ideia é bem representada pela Lei de Sitter, de 1984, ilustrada na Fig. 6 Para que a completamente enfermidade soja perfeita © entendida —_(diagnosticada), 2. Inspegao Bouma atividade técnica especializada que abrange a coleta de elementos, de projet © de construcio, © exame minucioso da construcio, a elaboragao de relatérios, a avaliagio do estado da obra ¢ as recomendagdes, que podem ser de nova vistoria, de obras de manutengio, de recuperagio, de reforgo ou de reabilitagio da estrutura (Helene, 2007). Aanilise eo estudo de um processo patolégico deve permitir ao investigador a determinacao, com rigor, da origem, do mecanismo e dos danos subsequentes, de forma que possa avaliar ¢ concluir sobre as téenicas de recomendagées mais eficazes. A denominagao mais, comum, para caracterizar este tipo de estudo, 6 a inspegdo ou avaliacao da estrutura. Em gerais, as seguintes correspondem a uma inspecao: a) elaboragio de uma ficha de antecedentes, da termos etapas 5 Baletin Técnico 01 Le ts 4 ERiO0O DE TEND Figura 6. Loi do Sitor (1984). 6 necessario que se conheca suas formas de manifestacdo (sintomas), os processos de surgimento (mecanismos), os agentes desencadeadores desses processos (causas) e em que etapa da vida da estrutura teve origem o problema. No proceso de reabilitagdo de um edificio, a inspecio ¢ o diagnésticosio passos importantes, j4 que, segundo as definigdes e interpretagdes, viré a decisdo da intervengio ou no na construgio. Um diagnéstico preciso representa 0 sucesso do investimento ¢, claro, 0 inicio da solugao do problema (Muitoz, 2001). estrutura e do ambiente, baseado em documentacao existente e visita a obra; ) exame visual geral da estrutura; ©) levantamento dos danos; 4) selecio de regides para a realizacio de ensaios, mediges, andlises fisioquimicas no conereto, nas armaduras ¢ no ambiente circundante; ©) selegiio das ténicas de ensaio, medigées, andlise mais acurada, ete; 1) execusio de medigées, ensaios e andlises fisico- quimico, Dopendendo do tipo de estrutura e dos problemas avaliados inicialmente, é importante que se realize uma averiguagiio mais detalhada na estrutura, a fim de poder realizar um diagnéstico preciso. A Fig. 7 apresenta um fluxograma das etapas de uma inspegio preliminar e detalhada. Inspegio, diagnéstice e prognéstico na construgao civil Exccupti-de piano detrabare ‘estate Figura 7. Fluxograma das etapas de uma inspeyo preliminar edetathada (Helene. 2007) 2.1 Inspegao preliminar Com base nas informagGes obtidas através desta etapa, ¢ possivel determinar a natureza e origem do problema, como também de servir como base para um estudo mais detalhado, Para esta etapa recomenda-se utilizar formulirios de avaliagio, que poderdo ser ou nao os expostos neste Boletim. a) Ficha de avaliagio de antecedentes da estrutura e do ambiente: + Hstrutura: deve-se procurar buscar informagses, sobre a estrutura, como a idade ou tempo de servigo, natureza e procedéncia dos materiais| constituintes, resisténcia caracteristiea, qualidade © caracteristicas de construgio, idade de inicio dos problemas, diagnésticos e reparagdes anteriores, niveis de tensdo de trabalho da estrutura, eventuais mudangas de uso, ete, A Fig. 8 e Fig, 9 apresentam um exemplo de formulério utilizado para avaliar ‘uma estrutura de conercto armado. jernardo Tutkian & Marcele Pacheco 7 [ALCONPAT int Formulsrie 1 FICHA DE DESCRIGAO E ANTECEDENTES DA ESTRUTURA 1. Dados gersis da ertruturs 111 Tipo ce Eserutura Descngdo bisica dos componentes Esities¢bo a Inddstria Pome Muro de Conteng be Tanque oe Armazenamento, Onto. 1.2.Data oe constupio da esiruiura: 1.31Uso geral da esirutura: 14. Crnquis oa geometna, coordenadas, onenta; de e dre do vento incicanda o meso ce expose‘ 2. Dacos especitices Ga estrupura 3.4. Propnedades dos matenats Tipo de cmenti Tipo de Agua: Nolureza des agregados: 2.2. Profelo de conereta: Reesisténcia caracteristica & compressor Cesagem dé cmento. Desagem de agregadns Reeiagfia dgualcimenia Usa de adios: 2.3 Propriedades dos materiass Na obea Privfabricada Conereto refargaido Protendido. Tecnologia de tabeicagiio em cbea: Midtedo de compacta to: Miah CMe Cura ‘Figura 8. Formulério tilizago pare evalia eestrutura d concroto (Red Durar. 1997) 3 Baletin Técnico 01 Inspegdo, diagnéstice e prognéstice na construgdo civil FICHA DE DESCRIGAG E ANTECEDENTES DA ESTRUTURA 23, Hesies de Vida een Seriga ca Esttira 31 Dt inc uti: 32. Resistincta do concreo J eomeressia na obra 11 Anomatas obeervadas durante 2 constr: 33. Anomalies amtatioemente detwetadas: 34 Enaniva & marutengi. FResuttacos da prova de erga: Inapogies vtineras: 5. Informagiis secon Data [Elaborad por Figura 9, Pormalirio wtlizado pare avaliarwestratura de concroto (Red Durar. 1997) + Ambiente: informages que —_permitam — ensaiossimplesemedidas que permitam determinar caractorizar sua agressividade. & fundamontal 0 qualificar a intonsidade dosta intoragéo sobre assinalar a forma de interagao entre o ambiente e a estrutura. Deve-se procurar, principalmente, a estrutura afetada; neste sentido, corresponderé responder aos quesitos apresentados na Fig. 10. a0 critério e experiéncia do avaliador e também de Bernardo Tutkian & Marcele Pacheco 9 [ALCONPAT int Formulario 2 FICHA DE DESCRIGAO DO MEIO Agentes fisico-quimicgs em contalo com a estrutura OD Atmostera | O Agua 0 Solo ID. Outro meio 9 rua © naturat Qdoce |G natural (alta temperatura OD salobra 2 urbana OD doméstica © potdvel [0 atero = |O_agentes quimicos O residual 2 marinna 2 industrial O comentes de interteréncia 1D industrial IO atmostera especitica 2. Propredades fisicas @ quimicas do meio Figura 10, Formulévio uilizedo para 8 condi do meio om o b) Exame geral visual da estrutura: + Este processo deve permitir determinar se 0 problema se apresenta generalizada ou localizadamente. Deve-se realizar um exame diferenciado dos elementos, registrando os sinais aparentes de corrosio (manchas, extensio, 10 Baletin Técnico 01 ID) Aimostera® Ja Agua la Solo Dumidade retativa: | cloretas: lor cloretos: [temperatura [od suttatos: Io sultatos \Qregime de ventas. [pH [pH [2 temperatura: lov potenciat redox lo resistwicade elétrica [ov umicace: [oh nivel trestico: * Se tor possivel, obler dados meteoralogicos médios jue a ostrutura esta exposta Red Duvar. 199°), grau de degradasio, ete), fissuras (localizagao, diregao, dimensfo, abortura, ete.), regides de desprendimento de concreto com ¢ sem exposigao da armadura, degradagao do concreto, assim como qualquer outra anomalia, A elaboragéo de um registro fotogréfico amplo é muito importante, 2.2 Inspegao detalhada Segundo Helene (1998), a partir da inspecéo preliminar, pode ser necesséria uma averiguacao mais criteriosa da estrutura, Isto vai depender da natureza das anomalias apresentadas e da experiéncia do analista, f recomendavel que sejam abordados nesta investigacao mais detalhada o que segue + fichas, croquis e planos de levantamento de danos: + plano de amostras; + tabela de tipificagao dos danos; + téenicas de ensaio/medicdo/analises adequadas; + regides onde deverdo ser realizados ensaios; + planifieagdo de materiais © equipamentos Segundo Andrade e Andrea (2001), uma vez conhecida aestrutura, através da inspegioe ensaios deverse destacar as manifestagdes patolégicas com 0 objetivo de orientar as eausas e origem dos problemas. Como exemplo: + diferenciar as rogides com distintas exigéncias estruturais e mecinicas; + identificar as caracteristicas originais da estrutura + diferenciar as distintas regides submetidas a distintos meios agressivos + estabelecer os graus de deterioragiio da estrutura ou seus elementos. Figura 11, Bnsaiosndo destrtivos para inspecionar a estrutu No final de uma inspegdo detalhada devem ser disponibilizados todos os dados necessérios a caracterizagao dos danos existentes, de forma a realizar um diagnédstico sobre o estado da estrutura, bem como prever 0 seu comportamento futuro ltrastom (Font: Lorensi etal. 2012). Inspegio, diagnéstice e prognéstico na construgao civil Deve-se também selecionar: + téenicas e regides de ensaio, medigdes ¢ analises: + plano de equipamentos; + plano de execugao da inspegao detalhada. utilizagio de materiais e Caso a estrutura em anilise seja de conereto armado, podem ser realizados os seguintes ensaios: a) no conereto: + resistividade; + avaliagao da dureza superficial da estrutura, através da esclerometria; + determinagio da velocidade de propagacio da onda de ultrassom + profundidade de carbonatagao; + penetragao de cloretos; + resisténcia A compressio; + porosidade, b) na armadura: + localizagao e espessura de cobrimento, através da pacometria; + perda de diametro e seu limite eldstico; + medigdo de potenciais de corrosao; + medigdo da velocidade de corrosio. Na Fig, 11 pode-se verificar a realizagdo de uma inspegdo em uma estrutura de concreto armado com o uso de ensaio nao destrutivo. (Helene, 1993) Poderd ser necessiria a realizagio de uma observacao estrutural, por um determinado periodo de tempo, nao s6 para a aquisigdo de informagses iteis, quando ocorrem fendmenos evolutivos de jernarde Tutkian & Marcelo Pacheco 11 [ALCONPAT int danos, mas também durante a realizagdo de uma reabilitagdo estrutural E importante salientar que para garantir a 3. Diagnéstico Dé-se 0 nome de diagnéstico do problema patolégico, todo 0 processo de entendimento ¢ explicagao cientifica dos fendmenos ocorridos e seus respectivos desenvolvimentos de uma construcao onde ocorrem manifestagdes patolégicas, Os sintomas possuem dinamismo, isto & 0 diagnéstico de um problema patolégico nao pode ser algo imediatista, mas sim, uma andlise que estabilidade da edificagao 6 necessdria a realizacio de inspecdes periddicas, no intuito de interromper qualquer proceso de degradacao constatado. entenda ¢ leve em consideragao todo 0 proceso de evolugao do caso, pois, assim como 0 aspecto de uma manifestagao pode ser de uma mancira durante uma fase, em outro perfodo pode encontra- se completamente diferente. A Fig. 12 apresenta um eshogo das etapas e da importncia de um diagnéstico nas estruturas com manifestagées patolégicas, Conhecimento des sintomas, mecanismas, causase onigens, Figura 12, Bshoco das ctapas eda importancia de um diagnético nas estruturas com manifostagies patlisices ‘Na realidade, nunca hé a certeza, mas sim uma redugio no niimero de dtividas. Haverd, portanto, sempre um grau de incerteza no diagnéstico, euja eficdcia, 66 poder ser confirmada pela resposta satisfatéria da estrutura ao tratamento prescrito. Observa-se que, ainda assim, a incerteza poderd persistir, que, existem enfermidades diferentes que podem ser tratadas com 0 mesmo visto 12 Baletin Técnico 01 “remédio’, e vice-versa (LAPA, 2008). Salienta-se que os dados devem ser colhidos ordenadamente, até que seja possivel realizar 0 diagnéstico. A colheita desordenada e excessiva de dados pode criar dificuldades e, até mesmo, desviar © patologista do caminho certo, A etapa de inspecio 6 crucial para a formulagao de um bom parecer téenico da estrutura, 3.1 Processo de elaboragao processo de elaboragio de um diagnéstico tem inicio a partir do momento em que se iniciam os estudos referentes ao easo e andlise objetiva do entendimento completo de um quadro geral de fondmenos ¢ manifestagées dinamicas. Nesta fase, érealizada uma interpretagio de cada subsfdio levantando, compondo progressivamente um quadro cronolégico de entendimento de como a estrutura funciona, como foi construida, como 4. Prognéstico Depois de estabelecido 0 diagnéstico da enformidade em questo, passa-se para a definigao da conduta a ser seguida, isto 6, a escolha da medida adotada para o caso, Porém, antes que se tome qualquer atitude, 6 necessiirio que seja feito lum levantamento das hipéteses de evolugio do problema, isto 6, 0 prognéstico do caso. Para a elaboragio do prognéstico, 0 téenico iré analisar e estudar o problema, baseando-se em determinados pardmetros, ao longo do tempo, para a obtengdo de possiveis alternativas de desenvolvimento da falha. Alguns parametros a serom considerados so: + quadro de evolugdo natural do problema; + condigées de exposigiio a que a edificagdo se eneontra; + tipo de terreno em que esta lovalizada; + tipologia do problema. Diaréstico~ Corosio das amadurss dase Figura 18. Exemplo de diagnéatico e prognéatico da parte inferioe de uma laje om concreto armado (Acerve de Bernardo Tatkian) Estabelecido 0 prognéstico, parte-se para a tomada de decisao sobre o que fazer, analisando-se Inspegio, diagnéstice e prognéstico na construgao civil tem reagido aos agentes agressivos, como ¢ porque surgiram os problemas, ete. Todos estes dados geram orientages e direcionamentos para a procura de informagées, 0 patologista pode aplicar nogdes probabilisticas para a formulagao do diagnéstico, almejando obter probabilidades de ocorréncia de cada hipétese formulada com base no quadro de sintomas por ole conhecido. Este estudo 6 importante, nao s6 para casos simples de diagnésticos © reparos evidentes, mas, principalmente, para problemas complexos, dificeis de serem solucionados, pois, em diversos ‘casos, percebe-se que a possibilidade de resolugdo 6 praticamente remota, devendo-se desenvolver medidas apenas de controle da situagao, isto 6, para que nao venha a piorar. Em algumas situagées, através do prognéstico, pereebe-se que a intervengdo nao seré um procedimento satisfatério e/ou com custo beneficio consideravel, pois a evolugio desfavoravel do caso é ‘um fator inevitavel, constituindo-se um prognéstico pessimista. Na Fig. 13 apresenta-se um exemplo de diagnéstico e prognéstico da parte inferior de uma Iaje em conereto armado, as possiveis alternativas de intervencio frente aos problemas patolégicos. jernarde Tutkian & Marcele Pacheco 13. ALCONPAT int. Esta fase exigira do profissional tamanha sensibilidade e criatividade, além de vasto conhecimento no assunto. A Fig. problemas patolégicos foram evoluinda com o 14 mostra uma situagio em que os passar do tempo até que a edificacao ficasse sem condigdes de uso, Certamente, uma inspecio adequada, seguida de um diagnéstico eficiente ‘um prognéstico correto, possivelmente evitaria este dano, caso a recuperagao fosse executada. Figura 14, Deteriorago de eficagi em Havana, Cuba (Acero de Diego Schneier), Em fungio do prognéstico, o especialista define o objetivo da intervencio, que poderd ser + erradicar a enfermidade; + impedir ou controlar sua evolugao; + nfo intervir, 5. Consideragées fin: As edificagdes sio constituidas de materiais que, expostos As condigdes do ambiente e em servigo, envelhecem ¢ se doterioram, devendo, portanto, serem restauradas e mantidas em condigdes de funcionamento, a fim de conservar o seu desempenho dentro dos niveis requeridos, A realizagdo de inspegdes periédieas com a finalidade de subsidiar as atividades de manutengio certamente possibilitard uma melhor estratégia de ago, evitando que muitos dos problemas que ocorrem nas estruturas tenham seus efeitos intensifieados a ponto de comprometer as condigdes de funcionamento e a durabilidade. 6. Referéncias graficas “Andrade, C, & Andres, R, La resistividad eléctrica como ‘arimptro de control delhormiyony de ou durabilidad. Revista do Ia Asociacién Latinoamericana de Control de Calidad. Patologia y Recuperacion de ln Construceism 14 Boletin Técnico 01 E, no caso da nfo intervencao, por algum motivo, o patologista deve estimar o tempo de vida da estrutura, limitar sua utilizagdo e, quando necessirio, indicar a demoligao, sendo que esta 6 deve ser a tiltima alternativa. Primeiramente 6 necessério examinar as estruturas e descobrir os problemas que podem afetar o seu desempenho, Depois disso 6 necessiirio avaliar as conseqiiéncias destes problemas no desempenho da estrutura e determinar a curva de degradacao provavel. A terceira fase envolve a selegdo da melhor alternativa de intervengao para resolver 0 problema, priorizando intervengées se necessirio. Finalmente, 6 necossério preparar um programa de intervengdes para resolver os problemas, inclusive projetos, de acordo com as prioridades estabelecidas. ~ Alcompat. Volumen 1, niimero 2, mayo-ngosto 2011, p 99-10 Andrade, C, Mannal para Diagudstico de Obras Deterioradas vor Corrosto de Armaduras, Antonio

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