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Livro Eletrônico

Aula 00

Ética no Serviço Público p/ INSS 2017/2018 (Técnico do Seguro Social)

Professor: Paulo Guimarães

04921490384 - Victória Vieira Lima e Silva


ƒTICA NO SERVI‚O PòBLICO Ð INSS
Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00
DECRETO 1.171/1994 - INTRODU‚ÌO.

Sum‡rio
Sum‡rio ................................................................................................. 1!
1 - Considera•›es Iniciais ......................................................................... 2!
2 - Decreto n¼ 1.171/1994: C—digo De ƒtica Profissional Do Servidor Pœblico Civil
Do Poder Executivo Federal (Introdu•‹o) .................................................... 4!
3 - Quest›es ..........................................................................................14!
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios ...........................................................14!
3.2 Ð Gabarito .....................................................................................17!
3.3 - Quest›es Comentadas ..................................................................18!
4 - Considera•›es Finais ..........................................................................25!

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Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

AULA 00 - DECRETO N¼ 1.171/1994: CîDIGO


DE ƒTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR
PòBLICO CIVIL DO PODER EXECUTIVO FEDERAL
- INTRODU‚ÌO.
1 - Considera•›es Iniciais
Ol‡, amigo concurseiro! Ainda n‹o temos um novo edital para o INSS, mas voc•
e eu sabemos que quem come•a a se preparar antes Ž que vai conseguir sucesso
quando chegar o momento certo! J
Meu nome Ž Paulo Guimar‹es, e estarei junto com voc• na sua jornada rumo ˆ
aprova•‹o! Vamos estudar em detalhes o conteœdo de ƒtica no Servi•o Pœblico.
Discutiremos as possibilidades de cobran•a em quest›es, e comentaremos
quest›es j‡ aplicadas.
Antes de colocarmos a Òm‹o na massaÓ, permita-me uma pequena apresenta•‹o.
Sou recifense e me graduei em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco.
Minha vida de concurseiro come•ou ainda antes da vida acad•mica, quando
concorri e fui aprovado para uma vaga no ColŽgio Militar do Recife, aos 10 anos
de idade.
Em 2003, aos 17 anos, fui aprovado no concurso do Banco do Brasil, e cruzei os
dedos para n‹o ser convocado antes de fazer anivers‡rio. Tomei posse em 2004
e trabalhei como escritur‡rio, caixa executivo e assistente em diversas ‡reas do
Banco, incluindo atendimento a governo e comŽrcio exterior. Fui tambŽm
aprovado no concurso da Caixa Econ™mica Federal em 2004, mas n‹o cheguei a
tomar posse.
Mais tarde, deixei o Banco do Brasil para tomar posse no cargo de tŽcnico do
Banco Central, e l‡ trabalhei no Departamento de Liquida•›es Extrajudiciais e na
Secretaria da Diretoria e do Conselho Monet‡rio Nacional.
Em 2012, tive o privilŽgio de ser aprovado no concurso para Auditor Federal de
Finan•as e Controle da Controladoria-Geral da Uni‹o, em 2¡ lugar na ‡rea de
Preven•‹o da Corrup•‹o e Ouvidoria. Atualmente, desempenho minhas fun•›es
na Ouvidoria-Geral da Uni‹o, que Ž um dos —rg‹os componentes da CGU.
Minha experi•ncia prŽvia como professor em cursos preparat—rios engloba as
‡reas de Direito Constitucional, ƒtica no Servi•o Pœblico e legisla•‹o espec’fica.
Quanto ao nosso concurso, todos sabem o quanto a carreira do INSS Ž procurada
pelos concurseiros. Claro que essa procura se reflete na alta concorr•ncia dos
concursos, e a sua op•‹o por se preparar com o EstratŽgia Ž, sem dœvida, a
melhor em termos de qualidade do material apresentado e de comprometimento
dos professores.
Ao longo das aulas, destrincharei os detalhes do conteœdo de ƒtica no Servi•o
Pœblico, fazendo coment‡rios que v‹o facilitar a sua compreens‹o, alŽm de

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esquemas, gr‡ficos e tabelas para que voc• possa memorizar mais facilmente
aquilo que for necess‡rio.
Garanto que todos os meus esfor•os ser‹o concentrados na tarefa de obter a
SUA aprova•‹o. Esse comprometimento, tanto da minha parte quanto da sua,
resultar‡ numa prepara•‹o consistente, que vai permitir que voc• esteja pronto
no dia da prova, e tenha motivos para comemorar quando o resultado for
publicado.
Muitas vezes, tomar posse em cargos como esses parece um sonho distante,
mas, acredite em mim, se voc• se esfor•ar ao m‡ximo, ser‡ apenas uma quest‹o
de tempo. E digo mais, quando voc• for aprovado, ficar‡ surpreso em como foi
mais r‡pido do que voc• imaginava.
Nosso cronograma nos permitir‡ cobrir com tranquilidade o conteœdo de ƒtica,
enfatizando sempre os aspectos mais importantes e pontuando as possibilidades
de cobran•a por parte da banca.
A melhor not’cia do dia Ž que TODAS as nossas aulas j‡ est‹o dispon’veis! Isso
mesmo! Voc• j‡ pode cair de cabe•a no conteœdo de ƒtica no Servi•o Pœblico
desde hoje! J

Aula 00 Decreto n¡ 1.171/1994 (Introdu•‹o).

Aula 01 Decreto n¡ 1.171/1994. 22/10

Aula 02 Decreto 6.029/2007. 1/11

Encerrada a apresenta•‹o do curso, vamos ˆ matŽria. Lembro a voc• que essa


aula demonstrativa serve para mostrar como o curso funcionar‡, mas isso n‹o
quer dizer que a matŽria que ser‡ explorada nas p‡ginas a seguir n‹o seja
importante ou n‹o fa•a parte do programa.
Analise o material com carinho, fa•a seus esquemas de memoriza•‹o e prepare-
se para a revis‹o final, e esse curso ser‡ o suficiente para que voc• atinja um
excelente resultado. Espero que voc• goste e opte por se preparar conosco.

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2 - Decreto n¼ 1.171/1994: C—digo De ƒtica


Profissional Do Servidor Pœblico Civil Do Poder
Executivo Federal (Introdu•‹o)
Primeiro de tudo: ƒTICA e MORAL s‹o coisas diferentes. A palavra Žtica vem do
grego ethos, que significa car‡ter, modo de ser. O voc‡bulo moral se originou
da tradu•‹o do ethos para o latim mos (ou mores, no plural), que significa
costume.
Moral n‹o traduz, no entanto, a palavra grega origin‡ria por completo. O ethos
grego possu’a dois sentido diferentes, mas relacionados: o primeiro era a
interioridade do ato humano, ou seja, aquilo que gera uma a•‹o
genuinamente humana e que brota a partir do sujeito moral, ou seja, ethos
remete ao agir, ˆ inten•‹o.
Por outro lado, havia tambŽm o sentido se relacionado ˆ quest‹o dos h‡bitos,
costumes, usos e regras, e que se materializa na assimila•‹o social dos valores.
A tradu•‹o latina do termo ethos para mos n‹o contemplou a dimens‹o pessoal
do ato humano, incorporando apenas o sentido comunit‡rio da atitude valorativa.
Por esse motivo confundimos frequentemente os termos Žtica e moral.
Tanto ethos (car‡ter) como mos (costume) indicam um tipo de comportamento
n‹o natural, adquirido por meio do exerc’cio consciente e do h‡bito. Portanto,
Žtica e moral dizem respeito a uma realidade humana constru’da hist—rica e
socialmente por meio das rela•›es coletivas dos seres humanos enquanto
sociedade.
No nosso dia a dia, dificilmente distinguimos os conceitos de Žtica e moral, mas
v‡rios estudiosos fazem essa distin•‹o. Para ser um pouco mais convincente, eu
diria para voc• que para as BANCAS ORGANIZADORAS Žtica e moral n‹o s‹o a
mesma coisa, e isso Ž o suficiente para que voc• entenda a import‰ncia de
compreender essas diferen•as, certo? J
A moral Ž normativa. Ela determina o nosso comportamento por meio de um
sistema de prescri•‹o de conduta. N—s adotamos uma conduta ou outra com
base num sistema de valores enraizado em nossa consci•ncia. Essa Ž a ideia de
moral.
Os dicion‡rios definem moral como "conjunto de preceitos ou regras para dirigir
os atos humanos segundo a justi•a e a equidade natural." (Michaelis), ou seja,
regras estabelecidas e aceitas pelas comunidades humanas num determinado
momento hist—rico.
A Žtica, por outro lado, Ž a parte da filosofia que se ocupa do comportamento
moral do homem. Ela engloba um conjunto de regras e preceitos de ordem
valorativa, que est‹o ligados ˆ pr‡tica do bem e da justi•a, aprovando ou
desaprovando a a•‹o do homem, de um grupo social ou de uma sociedade.
Para AurŽlio Buarque de Holanda, Žtica Ž "o estudo dos ju’zos de aprecia•‹o que
se referem ˆ conduta humana suscept’vel de qualifica•‹o do ponto de vista do

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bem e do mal, seja relativamente ˆ determinada sociedade, seja de modo


absolutoÓ.
Enquanto a Žtica trata o comportamento humano como objeto de estudo,
procurando tom‡-lo o mais abrangente poss’vel, a moral se ocupa de atribuir um
valor ˆ a•‹o. Esse valor tem como refer•ncias o bem e o mal, baseados no senso
comum.

ƒTICA MORAL

ƒ a reflex‹o filos—fica sobre a Tem car‡ter pr‡tico (com for•a


moral (car‡ter te—rico); normativa);

ƒ permanente, pois Ž universal; ƒ tempor‡ria, pois Ž cultural;

S‹o aspectos de condutas


ƒ princ’pio;
espec’ficas;

Est‡ relacionada com os h‡bitos e


ƒ a Òci•nciaÓ que estuda a moral
costumes de determinados grupos
(diretamente relacionada ˆ pol’tica e
sociais, variando no espa•o e no
ˆ filosofia).
tempo.

No nosso dia a dia encontramos situa•›es que nos p›em diante de dilemas
morais. Esses problemas nos levam a tomar decis›es, fazer escolhas, praticar
a•›es e comportamentos que exigem uma avalia•‹o, um julgamento, um ju’zo
de valor entre o que socialmente Ž considerado bom ou mau, justo ou injusto,
certo ou errado, pela moral vigente.
Nossa dificuldade est‡ em refletir sobre as raz›es das nossas escolhas. Esses
motivos passam pelos comportamentos e pelo sistema valores que cada um de
n—s adota. Agimos por for•a do h‡bito, dos costumes e da tradi•‹o, tendendo a
naturalizar a realidade social, pol’tica, econ™mica e cultural. Essa naturalidade
muitas vezes nos impede de refletir criticamente acerca da nossa realidade.
AtŽ quando a injusti•a n‹o nos atinge, n—s a naturalizamos, e deixamos de fazer
Žtica, pois n‹o refletimos, n‹o pensamos, n‹o criticamos nossas condutas.
No ‰mbito do servi•o pœblico, certos padr›es s‹o estabelecidos por meio de
publica•›es, cartilhas, livros e especialmente atravŽs dos c—digos de Žtica.
A mais importante dessas normas com certeza Ž o C—digo de ƒtica Profissional
do Servidor Pœblico Civil do Poder Executivo Federal, institu’do por meio do

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Decreto n¼ 1.171, de 22 de junho de 1994, e que tem aplicabilidade nas


Administra•›es Direta e Indireta do Poder Executivo Federal.
ƒ importante destacar, ent‹o, a aplicabilidade do C—digo de ƒtica: esfera federal
(Administra•‹o Direta e Indireta) do Poder Executivo. O C—digo de ƒtica n‹o
alcan•a, portanto, a Estados e Munic’pios, e nem aos poderes Legislativo e
Judici‡rio. Juridicamente isso n‹o seria poss’vel, j‡ que estamos diante de um
decreto, e n‹o de uma lei. Decretos s‹o normas editadas pelo Presidente da
Repœblica, e n‹o pelo Congresso Nacional, e por isso t•m um alcance mais
restrito.

O C—digo de ƒtica Profissional do Servidor Pœblico Civil do Poder Executivo


Federal, institu’do pelo Decreto n¡ 1.171/1994, Ž aplic‡vel apenas ˆ esfera
federal (Administra•‹o Direta e Indireta) do Poder Executivo.

AlŽm disso, Ž importante lembrar que no Direito Administrativo a express‹o


servidor pœblico (amplamente utilizada no Decreto) tem duas acep•›es
diferentes. Servidor pœblico pode ser interpretado como sin™nimo de agente
pœblico (o que inclui servidores pœblicos estatut‡rios e empregados pœblicos
celetistas) ou servidor pœblico em sentido estrito (o que inclui somente
servidores estatut‡rios, isto Ž, regidos por estatuto).
O pr—prio C—digo de ƒtica esclarece a quest‹o no inciso XXIV:

XXIV - Para fins de apura•‹o do comprometimento Žtico, entende-se por servidor pœblico
todo aquele que, por for•a de lei, contrato ou de qualquer ato jur’dico, preste servi•os de
natureza permanente, tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o do poder estatal, como as
autarquias, as funda•›es pœblicas, as entidades paraestatais, as empresas pœblicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevale•a o interesse do Estado.

Podemos concluir, portanto, que o C—digo de ƒtica alcan•a todo servidor pœblico,
na acep•‹o mais ampla do termo, incluindo qualquer pessoa que preste servi•os
a qualquer —rg‹o ou entidade estatal, ainda que sem remunera•‹o, junto ao
Poder Executivo Federal.
O C—digo de ƒtica alcan•a, portanto, os servidores estatut‡rios (regidos pela Lei
n¼ 8.112/1990), os empregados celetistas da Administra•‹o Pœblica, os
empregados das empresas pœblicas e sociedades de economia mista federais,
bem como qualquer pessoa que esteja ligada direta ou indiretamente a qualquer
—rg‹o do poder estatal, ou em qualquer setor em que prevale•a o interesse do
Estado.

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Estamos falando, portanto, dos servidores estatut‡rios, dos empregados


pœblicos, daqueles que ocupam cargos comissionados, dos estagi‡rios e atŽ dos
colaboradores terceirizados que prestam seus servi•os junto ˆ Administra•‹o
Pœblica Federal.
O C—digo de ƒtica, porŽm, n‹o alcan•a os servidores dos Estados e Munic’pios, e
nem dos Poderes Legislativo e Judici‡rio, e nem do MinistŽrio Pœblico, a n‹o ser
que esses —rg‹os decidam adotar o C—digo.
TambŽm est‹o exclu’dos os militares das For•as Armadas, pois estes se
submetem a regras r’gidas de conduta, calcadas na hierarquia e na disciplina.
Para concluir nossa aula demonstrativa, quero convid‡-lo a ler a exposi•‹o de
motivos do C—digo de ƒtica Profissional do Servidor Pœblico Civil do Poder
Executivo Federal.
Em maio de 1994, o professor Romildo Canhim, que ˆ Žpoca era Ministro Chefe
da Secretaria da Administra•‹o Federal da Presid•ncia da Repœblica, encaminhou
ao Presidente a exposi•‹o dos motivos que deram origem ao C—digo de ƒtica
profissional no ‰mbito da Administra•‹o Federal.
A exposi•‹o de motivos n‹o faz parte formalmente do Decreto n¡ 1.171/1994,
mas muitas vezes Ž utilizada pelas bancas examinadoras para a elabora•‹o de
quest›es de concurso. Sua leitura Ž extremamente œtil para que possamos
compreender as ideias que aparecem no C—digo.

EXPOSI‚ÌO DE MOTIVOS

Excelent’ssimo Senhor Presidente da Repœblica,

Conforme Ž do conhecimento de Vossa Excel•ncia, em sua 2a Reuni‹o


Ordin‡ria, realizada em 4 de mar•o de 1994, decidiu a Comiss‹o Especial criada
pelo Decreto n¡ 1.001, de 6 de dezembro de 1993, constituir um grupo de
trabalho com o fim espec’fico de elaborar proposta de um C—digo de ƒtica
Profissional do Servidor Civil do Poder Executivo Federal, tendo sido designado
para sua coordena•‹o o Professor Modesto Carvalhosa, Membro da Comiss‹o
Especial e Presidente do Tribunal de ƒtica da Ordem dos Advogados do Brasil,
Sec•‹o de S‹o Paulo.
Ato cont’nuo, contando com a inestim‡vel colabora•‹o do Jurista
Robison Baroni, tambŽm Membro do Tribunal de ƒtica da Ordem dos Advogados
do Brasil, Sec•‹o de S‹o Paulo, e do Doutor Brasilino Pereira dos Santos, Assessor
da Comiss‹o Especial, seguiu-se a elabora•‹o do anexo C—digo de ƒtica
Profissional do Servidor Civil do Poder Executivo Federal, aprovado, por
unanimidade, em Sess‹o Plen‡ria de 6 de abril de 1994.

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Na mesma Sess‹o, a Comiss‹o Especial deliberou submeter ˆ


superior considera•‹o de Vossa Excel•ncia a anexa minuta de Decreto que aprova
o C—digo de ƒtica Profissional do Servidor Civil do Poder Executivo Federal. O
referido C—digo de ƒtica Profissional contempla essencialmente duas partes,
sendo a primeira de ordem substancial, sobre os princ’pios morais e Žticos a
serem observados pelo servidor e a segunda de ordem formal, dispondo sobre a
cria•‹o e funcionamento de Comiss›es de ƒtica.
A primeira parte, que constitui o Cap’tulo I, abrange as regras
deontol—gicas (Se•‹o I), os principais deveres do servidor pœblico (Se•‹o II), bem
como as veda•›es (Se•‹o III), e a segunda, que constitui o Cap’tulo II, trata da
cria•‹o e do funcionamento das Comiss›es de ƒtica em todos os —rg‹os do Poder
Executivo Federal.
Entende a Comiss‹o Especial que um C—digo de ƒtica Profissional
desse jaez se faz imprescind’vel, m‡xime num momento em que os atos de
corrup•‹o generalizada s‹o estimulados sobretudo pelo mau exemplo decorrente
da impunidade, tambŽm resultante, quase sempre, da aus•ncia de valores Žticos
e morais.
Por isso, o referido C—digo de ƒtica, ainda no entendimento da
Comiss‹o Especial, dever‡ integrar o compromisso de posse de todo e qualquer
candidato a servidor pœblico, sendo-lhe entregue, no momento de sua posse,
vinculando-se ˆ sua observ‰ncia durante todo o tempo do exerc’cio funcional.
A Escola Nacional de Administra•‹o Pœblica e a imprensa ter‹o papel
de especial relev‰ncia na divulga•‹o do assunto e na colheita de sugest›es, junto
ˆ cidadania, no sentido de adaptar o C—digo de ƒtica Profissional do Servidor
Pœblico Civil a todos os setores do Poder Executivo Federal.
Enfim, o objetivo mais nobre da elabora•‹o do C—digo de ƒtica
Profissional do Servidor Pœblico Civil do Poder Executivo Federal foi proporcionar
uma ampla discuss‹o sobre este assunto, fazendo com que o maior nœmero
poss’vel de pessoas adote-o para reflex‹o e, posteriormente, tome-o como guia
de conduta profissional e pessoal.
Para se aferir a conveni•ncia e a oportunidade de um C—digo de ƒtica,
bastaria lembrar a recomenda•‹o, inscrita no Pre‰mbulo da Constitui•‹o, no
sentido de que incumbe ao Estado assegurar o exerc’cio dos direitos sociais e
individuais, a liberdade, a seguran•a, o bem-estar, o desenvolvimento, a
igualdade e a justi•a como valores supremos de uma sociedade fraterna,
pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem internacional, com a solu•‹o pac’fica das controvŽrsias", bem assim em
seu artigo 1o, assegurando que a Repœblica Federativa do Brasil "constitui-se em
Estado Democr‡tico de Direito e tem como fundamentos a soberania, a cidadania
e a dignidade da pessoa humana".

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E ainda como corol‡rio dessa posi•‹o assumida pelo Poder


Constituinte, mais adiante, ao lado dos princ’pios doutrin‡rios da legalidade, da
impessoalidade e da publicidade, a Constitui•‹o, no artigo 37, prestigia o princ’pio
da moralidade administrativa atribuindo-lhe foros jur’dicos e, por via de
consequ•ncia, determinando sua imprescind’vel observ‰ncia na pr‡tica de
qualquer ato pela Administra•‹o Pœblica.
Logo, por for•a da pr—pria Constitui•‹o, a Žtica passou a integrar o
pr—prio cerne de qualquer ato estatal como elemento indispens‡vel ˆ sua validade
e efic‡cia.
Isto implica dizer que, sobretudo em respeito ˆ Constitui•‹o de 1988,
que expressamente recomenda a obedi•ncia aos c‰nones da lealdade e da boa
fŽ, a Administra•‹o Pœblica, atravŽs de seus servidores, dever‡ proceder, em
rela•‹o aos administrados, sempre com sinceridade e lhaneza, sendo-lhe
interdito qualquer comportamento astucioso, eivado de mal’cia ou produzido de
maneira a confundir dificultar ou minimizar o exerc’cio de direitos (MELLO, Celso
Antonio Bandeira de. Elementos de Direito Administrativo, 2a edi•‹o, S‹o Paulo,
Editora Revista dos Tribunais, 1990, p. 71).
Como refor•o desse entendimento, a Constitui•‹o de 1988 tambŽm
inovou no artigo 5a, inciso LXXIII, ao incluir a moralidade administrativa entre os
valores b‡sicos da Repœblica a serem protegidos por meio de a•‹o popular.
Segundo esta norma constitucional, mesmo que n‹o haja efetivo preju’zo de
ordem material ao patrim™nio pœblico, se o ato da Administra•‹o for lesivo ˆ
moralidade administrativa dever‡ ser invalidado judicialmente, via a•‹o popular
ou mesmo, antes, revisto administrativamente, conforme o artigo 115 da Lei no
8. 112, de 11 de dezembro de 1990, que consagra posicionamento tradicional da
jurisprud•ncia (Sœmula no 473 do Supremo Tribunal Federal).
A prop—sito, deve ainda ser lembrado que o legislador ordin‡rio,
normatizando sobre o assunto, atravŽs da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de
1990, que disp›e sobre o regime jur’dico dos servidores pœblicos, no artigo 116,
inciso IX, tambŽm determina a obedi•ncia obrigat—ria ao princ’pio da moralidade
administrativa, ao inclu’-lo entre os deveres funcionais dos servidores pœblicos.
Por fim, Ž ainda a pr—pria Lei Maior que disp›e, conforme o par‡grafo
4o de seu artigo 37, que os atos de improbidade administrativa importar‹o a
suspens‹o dos direitos pol’ticos, a perda da fun•‹o pœblica, a indisponibilidade
dos bens e o ressarcimento ao er‡rio, na forma e grada•‹o previstas em lei, sem
preju’zo da a•‹o penal cab’vel".
Cumprindo a norma inscrita nesse dispositivo constitucional, o
legislador ordin‡rio, atravŽs da Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, cuidou de
regulamentar minuciosamente as hip—teses de suspens‹o dos direitos pol’ticos,
perda da fun•‹o pœblica, indisponibilidade dos bens e ressarcimento ao er‡rio em
decorr•ncia da pr‡tica de atos de improbidade administrativa, que abrange todos
os atos imorais, improbos ou aŽticos.

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Isso implica, no entendimento da Comiss‹o Especial, a ado•‹o da


tradicional doutrina segundo a qual "o agente administrativo, como ser humano
dotado da capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal,
o honesto do desonesto, n‹o podendo desprezar o elemento Žtico de sua conduta.
Assim, n‹o ter‡ que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto,
o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas tambŽm entre
o honesto e o desonesto". (MAURICE HAURIOU, "PrŽcis ƒlŽmentares de Droit
Administratif", Paris, 1926, pp. 197 e ss., "apud" MEIRELLES, Hely Lopes. Direito
Administrativo Brasileiro, 18a edi•‹o, atualizada por Eurico de Andrade Azevedo,
DŽlcio Balestero Aleixo e JosŽ Emmanuel Burle Filho, S‹o Paulo, Malheiros
Editores, 1993, p. 84).
Toda a sociedade, conforme o evidenciam a Constitui•‹o, as leis
emergentes e a tradicional doutrina do Direito Administrativo, vem se
convencendo de que somente se a conduta de seus agentes for pautada por
princ’pios rigorosamente conformes ˆ moralidade administrativa e Žtica, a
Administra•‹o poder‡ estabelecer a solidariedade social, como forma de
fortalecimento do Estado de Direito.
Da’ a necessidade de se proporcionar os meios necess‡rios para que
qualquer setor do poder, em vez do exemplo da falta de solidariedade social e do
descaso pelo ser humano, inspire confian•a e respeito.
Esta necessidade se torna ainda mais premente devido ‡ constata•‹o,
a cada momento, da forma humilhante com que, em geral, Ž tratado o ser
humano, sobretudo aqueles mais necessitados de assist•ncia por parte do
Estado, como Ž o caso dos injusti•ados em geral, dos menores de idade, dos
idosos e, sobretudo, dos enfermos, estes nas longas filas dos hospitais pœblicos,
sem as m’nimas condi•›es materiais e humanas para a presta•‹o de um servi•o,
se n‹o adequado, ao menos razo‡vel.
Com efeito, os atos de desrespeito ao ser humano ˆs vezes chegam
a requintes de perversidade, havendo casos em que o pr—prio servidor pœblico
assume a postura de inimigo ou de advers‡rio frente ao usu‡rio, n‹o lhe
prestando sequer uma informa•‹o de que necessita, dando-lhe as costas como
resposta.
Isto, infelizmente, Ž verdade. Esta Ž a maneira como s‹o, de regra,
operados muitos dos servi•os pœblicos no Brasil, num retrato, sem paralelo nos
Pa’ses industrializados, da opress‹o social, da humilha•‹o, da disfun•‹o social,
do dano moral.
E as pessoas - de tanto sofrerem danos morais, de tanto
contemplarem a esperteza alheia, de tanto serem maltratadas no aguardo da
solu•‹o de seus problemas, uma doen•a, um processo ˆ espera do atendimento
de um direito seu pela Administra•‹o Pœblica, ˆs vezes aguardando apenas um
carimbo ou uma rubrica de um servidor pœblico, o que, muitas vezes, somente
acontece depois da morte - por tudo isso, v‹o perdendo sua fŽ nas institui•›es;
as pessoas, mesmo aquelas mais cultas, quase sempre n‹o t•m consci•ncia de
seus direitos e atŽ sup›em serem normais os maus tratos recebidos da parte de
certos setores do servi•o, pensando que os servidores lotados ali estejam no

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exerc’cio regular de um direito de n‹o serem incomodados pelos problemas que


sup›em alheios, o que, de resto, conduz a um verdadeiro estado que poder’amos
denominar de aliena•‹o social ou de inconsci•ncia coletiva.
Por isso, a Comiss‹o Especial, constatada a triste realidade indicativa
de que o arcabou•o jur’dico vem se mostrando cada vez mais ineficiente para
corrigir certas anomalias de condutas de que padecem diversos setores do servi•o
pœblico, decidiu elaborar um C—digo de ƒtica Profissional do Servidor Civil do
Poder Executivo Federal, tendo por fundamentos b‡sicos a probidade, decoro no
exerc’cio da fun•‹o pœblica e os direitos da cidadania de n‹o sofrer dano moral
enquanto usu‡ria desses mesmos servi•os. Com este C—digo pretende-se, numa
primeira fase de sua implementa•‹o, instalar, na Administra•‹o Pœblica, a
consci•ncia Žtica na conduta do servidor pœblico, com o restaurar da sua
dignidade e da sua honorabilidade, criando assim incentivos ˆ pr‡tica da
solidariedade social.
Isso significa, igualmente, a ades‹o do Estado ao entendimento
doutrin‡rio de que sua conduta conforme ˆ ƒtica consolida efetivamente o Poder,
criando em torno da autoridade a colabora•‹o espont‰nea da cidadania, em
decorr•ncia da consequente obten•‹o de servi•os pœblicos mais satisfat—rios.
A consci•ncia Žtica do servidor pœblico, nesse particular, alŽm de
restaurar a cidadania corrige a disfun•‹o pœblica no Brasil, que decorre n‹o s— da
falta de recursos materiais, mas, principalmente, da conduta muitas vezes
perversa no atendimento aos usu‡rios dos servi•os pœblicos, atentat—ria aos
direitos humanos universalmente declarados.
Um C—digo de ƒtica como o ora submetido a Vossa Excel•ncia, Senhor
Presidente, reflete a constata•‹o de que h‡ muito, na sociedade brasileira, existe
uma demanda difusa n‹o atendida, pelo resgate da Žtica no servi•o pœblico.
Infelizmente, os servi•os pœblicos continuam cada vez mais t‹o
distantes, t‹o indiferentes, t‹o isolados em rela•‹o ˆ popula•‹o, como se o
Estado n‹o tivesse nada a ver com os problemas das pessoas, apenando-as com
a cruel pr‡tica que j‡ se tornou costume, da protela•‹o e do maltrato nas rela•›es
entre os servidores e os destinat‡rios dos servi•os.
Enfim, Senhor Presidente, a Comiss‹o Especial, no cumprimento de
uma das miss›es com as quais entende haver sido criada, busca com o C—digo
de ƒtica ora submetido ˆ superior aprecia•‹o de Vossa Excel•ncia, a cria•‹o de
meios que estimulem em cada servidor pœblico o sentimento Žtico no exerc’cio
da vida pœblica.
O que pretende, enfim, a Comiss‹o Especial Ž, de qualquer forma
contribuir para impedir a continuidade da repetida pr‡tica do desprezo e da
humilha•‹o com que s‹o, em muitos setores da Administra•‹o, tratados os
usu‡rios dos servi•os pœblicos, principalmente aqueles mais desprotegidos e que
por isso mesmo deles mais necessitam.

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Se este C—digo de ƒtica tiver o cond‹o de contribuir para o


esclarecimento ˆs pessoas sobre seus direitos de serem tratadas com dignidade
e respeito por todos os agentes do servi•o pœblico j‡ ter‡ alcan•ado em grande
parte seu objetivo.
Por outro lado, deve ser esclarecido que a efetividade do
cumprimento do C—digo de ƒtica ora apresentado a Vossa Excel•ncia n‹o se
baseia no arcabou•o das leis administrativas e nem com estas se confunde, mas
se apoia no sentimento de ades‹o moral e de convic•‹o ’ntima de cada servidor
pœblico.
Reprisa-se que, absolutamente, n‹o se trata de mais uma lei, como
se poderia pensar ˆ primeira vista, mas de um C—digo de ƒtica, que dever‡ ser
cumprido n‹o tanto por sua condi•‹o de ato estatal, aprovado por um Decreto do
Senhor Presidente da Repœblica, na qualidade de titular da "dire•‹o superior da
administra•‹o federal" (Constitui•‹o, artigo 84, inciso II), mas principalmente em
virtude da ades‹o de cada servidor, em seu foro ’ntimo, levando, com isso, o
Estado a assumir o papel que sempre lhe foi incumbido pela Sociedade,
notadamente nas ‡reas mais carentes, como Ž o caso da presta•‹o dos servi•os
de saœde, seguran•a, transporte e educa•‹o.
Portanto, conforme o entendimento da Comiss‹o Especial, expresso
neste C—digo de ƒtica, o princ’pio da obrigatoriedade do procedimento Žtico e
moral no exerc’cio da fun•‹o pœblica n‹o tem por fundamento a coercibilidade
jur’dica. Ali‡s, atŽ mesmo a coercibilidade jur’dica deve buscar seu fundamento
na ƒtica, pois esta, a rigor, n‹o se imp›e por lei. Ao contr‡rio, est‡ acima da lei,
a ditar as diretrizes desta, fazendo-se aceitar mais pelo senso social, pela
educa•‹o, pela vontade ’ntima do pr—prio agente moral, acolhida com liberdade,
em decorr•ncia de sua conscientiza•‹o e de sua convic•‹o interior.
Enfim, o C—digo de ƒtica ora apresentado a Vossa Excel•ncia n‹o se
confunde com o regime disciplinar do servidor pœblico previsto nas leis
administrativas. Antes de tudo, fornece o suporte moral para a sua correta
aplica•‹o e cumprimento por todos os servidores.
Para melhor se compreender a total separa•‹o entre o C—digo de ƒtica
e a lei que institui o regime disciplinar dos servidores pœblicos, basta a evid•ncia
de que o servidor adere ˆ lei por uma simples conformidade exterior, impessoal,
coercitiva, imposta pelo Estado, pois a lei se imp›e por si s—, sem qualquer
consulta prŽvia a cada destinat‡rio, enquanto que, no atinente ao C—digo de
ƒtica, a obrigatoriedade moral inclui a liberdade de escolha e de a•‹o do pr—prio
sujeito, atŽ para discordar das normas que porventura entenda injustas e lutar
por sua adequa•‹o aos princ’pios da Justi•a. Sua finalidade maior Ž produzir na
pessoa do servidor pœblico a consci•ncia de sua ades‹o ˆs normas preexistentes
atravŽs de um esp’rito cr’tico, o que certamente facilitar‡ a pr‡tica do
cumprimento dos deveres legais por parte de cada um e, em consequ•ncia, o
resgate do respeito aos servi•os pœblicos e ˆ dignidade social de cada servidor.

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Por œltimo, o C—digo de ƒtica prev• que o julgamento do servidor em


falta ser‡ feito por uma Comiss‹o de ƒtica, formada por tr•s servidores indicados
conforme seus antecedentes funcionais, passado sem m‡culas, integral
dedica•‹o ao servi•o pœblico, boa forma•‹o Žtica e moral.
As Comiss›es de ƒtica pretendem ser um elo de liga•‹o entre o
usu‡rio e o servi•o pœblico, encarregadas de orientar e aconselhar sobre a Žtica
na Administra•‹o Pœblica, sobretudo no tratamento das pessoas e na prote•‹o
do patrim™nio moral e material do servi•o pœblico.
Caber‡ ˆs Comiss›es de ƒtica instaurar processo sobre ato, fato ou
conduta pass’vel de infring•ncia a princ’pio ou norma Žtica, de of’cio ou mediante
consulta, denœncia ou representa•‹o, formulada por qualquer pessoa que se
identifique ou entidade associativa de classe regularmente constitu’da, contra
servidor pœblico ou contra o setor ou a reparti•‹o pœblica em que haja ocorrido a
falta. A pena ser‡ a censura, devendo a decis‹o ser registrada nos assentamentos
funcionais do servidor.
Com base no exposto, Senhor Presidente, valho-me da presente para
submeter, em nome da Comiss‹o Especial, ˆ elevada considera•‹o de Vossa
Excel•ncia a anexa proposta de Decreto que aprova o C—digo de ƒtica Profissional
do Servidor Pœblico Civil do Poder Executivo Federal.
Respeitosamente,
ROMILDO CANHIM

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3 - Quest›es
3.1 - Quest›es sem Coment‡rios
QUESTÌO 1. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.
A Žtica Ž um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas
pœblicos de regras, seus fundamentos e suas caracter’sticas.

QUESTÌO 2. Depen Ð Agente Ð 2015 Ð Cespe.


ƒtica e moral s‹o termos que t•m ra’zes hist—ricas semelhantes e s‹o
considerados sin™nimos, uma vez que ambos se referem a aspectos legais
da conduta do cidad‹o.

QUESTÌO 3. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.


Moral pode ser definida como todo o sistema pœblico de regras pr—prio de
diferentes grupos sociais, que abrange normas e valores que s‹o aceitos e
praticados, como certos e errados.

QUESTÌO 4. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.


Com base no C—digo de ƒtica Profissional do Servidor Pœblico Civil do Poder
Executivo Federal, julgue o item seguinte.
Nos —rg‹os pœblicos federais, entre os servidores sujeitos ˆ apura•‹o de
desvio Žtico, previsto no Decreto n.¼ 1.171/1994, n‹o est‹o inclu’dos
colaboradores terceirizados, como brigadistas e vigilantes.

QUESTÌO 5. TRE-GO Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2015 Ð Cespe.


Acerca da Žtica no servi•o pœblico, cada item que se seguem apresenta uma
situa•‹o hipotŽtica, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Mauro, estudante de direito que cumpre est‡gio em um TRE, foi flagrado
pelo presidente do tribunal quando acessava s’tios eletr™nicos impr—prios em
um dos computadores do —rg‹o. Nessa situa•‹o, n‹o h‡ que se falar em
desobedi•ncia ao C—digo de ƒtica dos Servidores Pœblicos, uma vez que
Mauro n‹o Ž servidor pœblico.

QUESTÌO 6. Antaq Ð Especialista Ð 2014 Ð Cespe.


Considera-se servidor pœblico, para fins de apura•‹o de comprometimento
Žtico, todo indiv’duo que presta servi•os de natureza permanente,
tempor‡ria, ou excepcional, ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o
do poder estatal.

QUESTÌO 7. Antaq Ð Analista Administrativo Ð 2014 Ð Cespe.


A Žtica Ž a ci•ncia do comportamento moral dos homens em sociedade.

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QUESTÌO 8. Suframa Ð Analista Ð 2014 Ð Cespe.


Entre outros aspectos, a moral pessoal Ž formada pela cultura e tradi•‹o do
grupo ao qual o indiv’duo est‡ inserido.

QUESTÌO 9. FUB Ð Assistente Administrativo Ð 2013 Ð Cespe.


Para fins de comprometimento Žtico, Ž considerado servidor pœblico
exclusivamente aquele que presta servi•os a —rg‹os do poder estatal
mediante retribui•‹o financeira do Estado.

QUESTÌO 10. INPI Ð Analista Ð 2013 Ð Cespe.


ƒtica Ž a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os
princ’pios ideais da conduta humana.

QUESTÌO 11. Suframa Ð Administrador Ð 2008 Ð Funrio.


A fun•‹o pœblica deve ser tida como exerc’cio profissional e, portanto, se
integrar ˆ vida particular de cada agente pœblico, que Ž entendido como
aquele que
a) cumpre est‡gio probat—rio, ocupa cargo est‡vel, efetivo ou cargo em
comiss‹o da Administra•‹o Direta.
a) exerce atividade pœblica remunerada na Administra•‹o Direta e
Autarquias.
c) por for•a de lei ou por qualquer ato jur’dico preste servi•o permanente,
tempor‡rio, eventual ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
para a Administra•‹o Pœblica
d) exerce atividade pœblica remunerada na Administra•‹o Pœblica, exceto
nas empresas de economia mista e empresas pœblicas.
e) exerce atividade pœblica remunerada pelo er‡rio na Administra•‹o
Pœblica.

QUESTÌO 12. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 2 Ð 2010 Ð Cespe.


Importante caracter’stica da moral, o que a torna similar ˆ lei, Ž o fato de
ser absoluta e constituir um padr‹o para julgamento dos atos.

QUESTÌO 13. AL-SP Ð Agente Legislativo Ð 2010 Ð FCC.


ƒtica Ž o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um
indiv’duo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito da Žtica,
considere:
I Ð A dignidade, o decoro, o zelo, a efic‡cia e a consci•ncia dos princ’pios
morais s‹o primados maiores que devem nortear o servi•o pœblico.
II Ð O equil’brio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor
pœblico, Ž que poder‡ consolidar a moralidade do ato administrativo.

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III Ð A moralidade na Administra•‹o Pœblica se limita ˆ distin•‹o entre o bem


e o mal, n‹o devendo ser acrescida da ideia de que o fim Ž sempre o bem
comum.
IV Ð A fun•‹o pœblica deve ser tida como exerc’cio profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor pœblico.
V Ð O trabalho desenvolvido pelo servidor pœblico perante a comunidade n‹o
deve ser entendido como acrŽscimo ao seu pr—prio bem-estar, embora,
como cidad‹o, seja parte integrante da sociedade.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

QUESTÌO 14. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 1 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem como objetivo fundamental levar a modifica•›es na moral, com
aplica•‹o universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.

QUESTÌO 15. TRE-BA Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2010 Ð Cespe.


Apesar de estritamente relacionadas, Žtica e moral n‹o se confundem. No
entanto, os princ’pios Žticos pressup›em determinadas regras morais de
comportamento.

QUESTÌO 16. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


Os conceitos e valores tradicionais da moral n‹o s‹o universais nem
estabelecidos objetivamente, mas t•m suas origens em um momento
hist—rico e em uma cultura espec’ficos, servindo a certos interesses que v‹o
sendo esquecidos com o tempo.

QUESTÌO 17. AGU Ð Agente Administrativo Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica representa uma abordagem sobre as constantes morais, ou seja,
refere-se ˆquele conjunto de valores e costumes mais ou menos permanente
no tempo e no espa•o.

QUESTÌO 18. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem por objetivo a determina•‹o do que Ž certo ou errado, bom ou
mau em rela•‹o ˆs normas e valores adotados por uma sociedade.

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QUESTÌO 19. Anvisa Ð TŽcnico Administrativo Ð 2007 Ð Cespe.


O servidor pœblico jamais pode desprezar o elemento Žtico de sua conduta,
embora, em algumas situa•›es, tenha de decidir entre o que Ž legal e ilegal.

QUESTÌO 20. MDIC Ð Analista TŽcnico Administrativo Ð 2009


Ð Funrio.
O servidor pœblico n‹o poder‡ jamais desprezar o elemento Žtico de sua
conduta. Assim ter‡ que decidir principalmente entre
a) o oportuno e o inoportuno.
b) o conveniente e o inconveniente.
c) o justo e o injusto.
d) o ilegal e o legal.
e) o honesto e o desonesto.

3.2 Ð Gabarito
C 11. C
1.

E 12. E
2.

C 13. A
3.

E 14. C
4.

E 15. E
5.

C 16. C
6.

C 17. C
7.

C 18. E
8.

E 19. C
9.

C 20. E
10.

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3.3 - Quest›es Comentadas


QUESTÌO 1. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.
A Žtica Ž um ramo da filosofia que estuda a moral, os diferentes sistemas
pœblicos de regras, seus fundamentos e suas caracter’sticas.

Coment‡rios
Esta Ž uma precisa defini•‹o do que Ž a ƒtica, seu ramo de estudo e sua rela•‹o
com a moral.
GABARITO: C

QUESTÌO 2. Depen Ð Agente Ð 2015 Ð Cespe.


ƒtica e moral s‹o termos que t•m ra’zes hist—ricas semelhantes e s‹o
considerados sin™nimos, uma vez que ambos se referem a aspectos legais
da conduta do cidad‹o.

Coment‡rios
Depois do que voc• leu hoje, j‡ deve ter a certeza de que ƒtica e Moral n‹o
s‹o a mesma coisa, n‹o Ž mesmo!? J
GABARITO: E

QUESTÌO 3. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.


Moral pode ser definida como todo o sistema pœblico de regras pr—prio de
diferentes grupos sociais, que abrange normas e valores que s‹o aceitos e
praticados, como certos e errados.

Coment‡rios
Esta Ž uma perfeita defini•‹o de moral, que trata das regras observadas por
um determinado grupo social, num dado momento hist—rico.
GABARITO: C

QUESTÌO 4. MPU Ð TŽcnico Ð 2015 Ð Cespe.


Com base no C—digo de ƒtica Profissional do Servidor Pœblico Civil do Poder
Executivo Federal, julgue o item seguinte.
Nos —rg‹os pœblicos federais, entre os servidores sujeitos ˆ apura•‹o de
desvio Žtico, previsto no Decreto n.¼ 1.171/1994, n‹o est‹o inclu’dos
colaboradores terceirizados, como brigadistas e vigilantes.

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Coment‡rios
ƒ preciso tomar cuidado aqui, pois a defini•‹o de servidor pœblico do Decreto n¼
1.171/1994 Ž bem mais ampla do que a da Lei n¼ 8.112/1990. Vamos relembrar!?
XXIV - Para fins de apura•‹o do comprometimento Žtico, entende-se por servidor pœblico
todo aquele que, por for•a de lei, contrato ou de qualquer ato jur’dico, preste servi•os de
natureza permanente, tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o do poder estatal, como as
autarquias, as funda•›es pœblicas, as entidades paraestatais, as empresas pœblicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevale•a o interesse do Estado.

Perceba que a defini•‹o Ž t‹o ampla, que Ž poss’vel enquadrar atŽ os


colaboradores terceirizados e estagi‡rios.
GABARITO: E

QUESTÌO 5. TRE-GO Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2015 Ð Cespe.


3
Acerca da Žtica no servi•o pœblico, cada item que se seguem apresenta uma
situa•‹o hipotŽtica, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Mauro, estudante de direito que cumpre est‡gio em um TRE, foi flagrado
pelo presidente do tribunal quando acessava s’tios eletr™nicos impr—prios em
um dos computadores do —rg‹o. Nessa situa•‹o, n‹o h‡ que se falar em
desobedi•ncia ao C—digo de ƒtica dos Servidores Pœblicos, uma vez que
Mauro n‹o Ž servidor pœblico.

Coment‡rios
Vamos relembrar mais uma vez a defini•‹o de servidor pœblico trazida pelo
C—digo de ƒtica?
XXIV - Para fins de apura•‹o do comprometimento Žtico, entende-se por servidor pœblico
todo aquele que, por for•a de lei, contrato ou de qualquer ato jur’dico, preste servi•os de
natureza permanente, tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o do poder estatal, como as
autarquias, as funda•›es pœblicas, as entidades paraestatais, as empresas pœblicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevale•a o interesse do Estado.

ƒ poss’vel, portanto, enquadrar na defini•‹o colabores terceirizados e tambŽm


estagi‡rios.
GABARITO: E

QUESTÌO 6. Antaq Ð Especialista Ð 2014 Ð Cespe.


Considera-se servidor pœblico, para fins de apura•‹o de comprometimento
Žtico, todo indiv’duo que presta servi•os de natureza permanente,
tempor‡ria, ou excepcional, ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o
do poder estatal.

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Coment‡rios
Para acertar esse tipo de quest‹o, voc• precisa lembrar que a defini•‹o de
servidor pœblico para fins de aplica•‹o do C—digo de ƒtica Ž bastante ampla.
Vamos relembrar o inciso XXIV?
XXIV - Para fins de apura•‹o do comprometimento Žtico, entende-se por servidor pœblico
todo aquele que, por for•a de lei, contrato ou de qualquer ato jur’dico, preste servi•os de
natureza permanente, tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o do poder estatal, como as
autarquias, as funda•›es pœblicas, as entidades paraestatais, as empresas pœblicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevale•a o interesse do Estado.

A defini•‹o, portanto, alcan•a inclusive colaboradores terceirizados e


estagi‡rios, e o Cespe j‡ deixou isso bem claro em quest›es aplicadas
principalmente em 2015.
GABARITO: C
3
QUESTÌO 7. Antaq Ð Analista Administrativo Ð 2014 Ð Cespe.
A Žtica Ž a ci•ncia do comportamento moral dos homens em sociedade.

Coment‡rios
Perfeito! ƒtica Ž ci•ncia, e seu objeto de estudo Ž a moral.
GABARITO: C

QUESTÌO 8. Suframa Ð Analista Ð 2014 Ð Cespe.


Entre outros aspectos, a moral pessoal Ž formada pela cultura e tradi•‹o do
grupo ao qual o indiv’duo est‡ inserido.

Coment‡rios
Mais uma defini•‹o correta. A moral est‡ diretamente relacionada com a
cultura e a tradi•‹o, num determinado grupo, num dado momento hist—rico.
GABARITO: C

QUESTÌO 9. FUB Ð Assistente Administrativo Ð 2013 Ð Cespe.


Para fins de comprometimento Žtico, Ž considerado servidor pœblico
exclusivamente aquele que presta servi•os a —rg‹os do poder estatal
mediante retribui•‹o financeira do Estado.

Coment‡rios
A defini•‹o de servidor pœblico para fins de aplica•‹o do C—digo de ƒtica Ž
bastante ampla, alcan•ando inclusive as pessoas que prestam servi•os sem
remunera•‹o. Vamos relembrar o que diz o inciso XXIV do C—digo de ƒtica.
XXIV - Para fins de apura•‹o do comprometimento Žtico, entende-se por servidor pœblico
todo aquele que, por for•a de lei, contrato ou de qualquer ato jur’dico, preste servi•os de
natureza permanente, tempor‡ria ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer —rg‹o do poder estatal, como as

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autarquias, as funda•›es pœblicas, as entidades paraestatais, as empresas pœblicas e as


sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevale•a o interesse do Estado.

GABARITO: E

QUESTÌO 10. INPI Ð Analista Ð 2013 Ð Cespe.


ƒtica Ž a parte da filosofia que estuda os fundamentos da moral e os
princ’pios ideais da conduta humana.

Coment‡rios
Esta Ž uma defini•‹o perfeita de ƒtica. Trata-se de uma parte da filosofia que se
ocupa de estudar a moral.
GABARITO: C

QUESTÌO 11. Suframa Ð Administrador Ð 2008 Ð Funrio.


==335c3==

5
A fun•‹o pœblica deve ser tida como exerc’cio profissional e, portanto, se
integrar ˆ vida particular de cada agente pœblico, que Ž entendido como
aquele que
a) cumpre est‡gio probat—rio, ocupa cargo est‡vel, efetivo ou cargo em
comiss‹o da Administra•‹o Direta.
a) exerce atividade pœblica remunerada na Administra•‹o Direta e
Autarquias.
c) por for•a de lei ou por qualquer ato jur’dico preste servi•o permanente,
tempor‡rio, eventual ou excepcional, ainda que sem retribui•‹o financeira,
para a Administra•‹o Pœblica
d) exerce atividade pœblica remunerada na Administra•‹o Pœblica, exceto
nas empresas de economia mista e empresas pœblicas.
e) exerce atividade pœblica remunerada pelo er‡rio na Administra•‹o
Pœblica.

Coment‡rios
Vimos na aula de hoje que, para fins de aplica•‹o do C—digo de ƒtica e do Decreto
n¡ 1.171/1994, o conceito de servidor pœblico deve ser encarado de forma ampla.
Deve, portanto, ser considerado servidor todo aquele que presta servi•os ˆ
Administra•‹o Pœblica, ainda que sem remunera•‹o.
GABARITO: C

QUESTÌO 12. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 2 Ð 2010 Ð Cespe.


Importante caracter’stica da moral, o que a torna similar ˆ lei, Ž o fato de
ser absoluta e constituir um padr‹o para julgamento dos atos.

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Coment‡rios
Observe que temos mais uma quest‹o, agora de outra banca, dizendo que a
moral Ž absoluta. Isso n‹o Ž verdade! A moral n‹o Ž universal, e n‹o tem os
mesmos valores em todos os lugares e Žpocas.
GABARITO: E

QUESTÌO 13. AL-SP Ð Agente Legislativo Ð 2010 Ð FCC.


ƒtica Ž o conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um
indiv’duo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito da Žtica,
considere:
I Ð A dignidade, o decoro, o zelo, a efic‡cia e a consci•ncia dos princ’pios
morais s‹o primados maiores que devem nortear o servi•o pœblico.
II Ð O equil’brio entre a legalidade
c e a finalidade, na conduta do servidor
pœblico, Ž que poder‡ consolidar a moralidade do ato administrativo.
III Ð A moralidade na Administra•‹o Pœblica se limita ˆ distin•‹o entre o bem
e o mal, n‹o devendo ser acrescida da ideia de que o fim Ž sempre o bem
comum.
IV Ð A fun•‹o pœblica deve ser tida como exerc’cio profissional e, portanto,
se integra na vida particular de cada servidor pœblico.
V Ð O trabalho desenvolvido pelo servidor pœblico perante a comunidade n‹o
deve ser entendido como acrŽscimo ao seu pr—prio bem-estar, embora,
como cidad‹o, seja parte integrante da sociedade.
Est‡ correto o que se afirma APENAS em:
a) I, II e IV.
b) I, III e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
e) III, IV e V.

Coment‡rios
Na assertiva III o erro est‡ em limitar a moralidade ˆ distin•‹o entre bem e mal.
Vimos na aula de hoje que essa distin•‹o vai muito alŽm disso, chegando atŽ ˆ
distin•‹o entre o honesto e o desonesto. AlŽm disso, a conduta do servidor
pœblico deve ser sempre orientada para o bem comum. O outro erro est‡ na
assertiva V, que diz que o trabalho do servidor n‹o deve ser entendido como
acrŽscimo ao seu pr—prio bem estar. Isso n‹o faz muito sentido, j‡ que o servido
trabalha para o bem da sociedade, da qual ele mesmo tambŽm faz parte. As
demais assertivas est‹o corretas.
GABARITO: A

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Teoria e Quest›es
Aula 00 Ð Prof. Paulo Guimar‹es

QUESTÌO 14. ANEEL Ð TŽcnico Ð çrea 1 Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem como objetivo fundamental levar a modifica•›es na moral, com
aplica•‹o universal, guiando e orientando racionalmente e do melhor modo
a vida humana.

Coment‡rios
Vimos que a Žtica pretende ter um car‡ter cient’fico, e seu objeto de estudo s‹o
as ideias e atitudes humanas relacionadas ˆ moral e, de uma forma mais ampla,
ˆ busca da felicidade.
GABARITO: C

QUESTÌO 15. TRE-BA Ð TŽcnico Judici‡rio Ð 2010 Ð Cespe.


Apesar de estritamente relacionadas, Žtica e moral n‹o se confundem. No
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entanto, os princ’pios Žticos pressup›em determinadas regras morais de
comportamento.

Coment‡rios
O objetivo principal da moral Ž a prescri•‹o de conduta, enquanto a Žtica busca
compreender o comportamento humano relacionado ˆ moral e ˆ busca pela
felicidade. Os princ’pios morais s‹o regras, enquanto os princ’pios Žticos s‹o
apenas orientadores para essas regras.
GABARITO: E

QUESTÌO 16. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


Os conceitos e valores tradicionais da moral n‹o s‹o universais nem
estabelecidos objetivamente, mas t•m suas origens em um momento
hist—rico e em uma cultura espec’ficos, servindo a certos interesses que v‹o
sendo esquecidos com o tempo.

Coment‡rios
Vimos e revimos que os conceitos relativos ˆ moral n‹o s‹o universais e nem
objetivos, mas mudam de acordo com a Žpoca e local em que s‹o aplicados. Acho
que a quest‹o ficou mal formulada na parte que diz que os interesses que pautam
o estabelecimento dos valores da moral Òv‹o sendo esquecidos com o tempoÓ.
Acredito que podemos pensar em alguns que sejam universais ou que estejam
muito ligados ao senso comum. De qualquer forma, pelo gabarito oficial a quest‹o
est‡ correta.
GABARITO: C

QUESTÌO 17. AGU Ð Agente Administrativo Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica representa uma abordagem sobre as constantes morais, ou seja,
refere-se ˆquele conjunto de valores e costumes mais ou menos permanente
no tempo e no espa•o.

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Coment‡rios
A Žtica Ž uma reflex‹o filos—fica sobre a moral, e tambŽm tem por fun•‹o
influenciar o estabelecimento do sistema de valores humano. Apenas chamo sua
aten•‹o para a utiliza•‹o da express‹o Òconstantes moraisÓ. Eu n‹o gosto muito
de como o termo foi aplicado, mas aqui ele n‹o significa exatamente algo
imut‡vel, mas diz respeito aos enunciados, aos princ’pios.
GABARITO: C

QUESTÌO 18. AGU Ð Contador Ð 2010 Ð Cespe.


A Žtica tem por objetivo a determina•‹o do que Ž certo ou errado, bom ou
mau em rela•‹o ˆs normas e valores adotados por uma sociedade.

Coment‡rios
Estabelecer o que Ž certo e o que Ž errado, e qual conduta deve ser praticada ou
n‹o, Ž a atividade de prescri•‹o da conduta. J‡ vimos e revimos que a Žtica n‹o
prescreve conduta, mas apenas busca compreend•-la. O papel prescritivo Ž da
moral.
GABARITO: E

QUESTÌO 19. Anvisa Ð TŽcnico Administrativo Ð 2007 Ð Cespe.


O servidor pœblico jamais pode desprezar o elemento Žtico de sua conduta,
embora, em algumas situa•›es, tenha de decidir entre o que Ž legal e ilegal.

Coment‡rios
Esse trecho da exposi•‹o de motivos do C—digo de ƒtica j‡ cobrado em diversas
provas de concursos. Vamos relembrar?
Isso implica, no entendimento da Comiss‹o Especial, a ado•‹o da tradicional
doutrina segundo a qual "o agente administrativo, como ser humano dotado da
capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem do Mal, o honesto
do desonesto, n‹o podendo desprezar o elemento Žtico de sua conduta. Assim,
n‹o ter‡ que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas tambŽm entre o
honesto e o desonesto".
GABARITO: C

QUESTÌO 20. MDIC Ð Analista TŽcnico Administrativo Ð 2009


Ð Funrio.
O servidor pœblico n‹o poder‡ jamais desprezar o elemento Žtico de sua
conduta. Assim ter‡ que decidir principalmente entre
a) o oportuno e o inoportuno.
b) o conveniente e o inconveniente.

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c) o justo e o injusto.
d) o ilegal e o legal.
e) o honesto e o desonesto.

Coment‡rios
Mais uma vez surge o mesmo trecho da exposi•‹o de motivos.
GABARITO: E

4 - Considera•›es Finais
Caro amigo, chegamos ao final do nosso curso! Se tiver ficado alguma dœvida por
favor me procure no f—rum. Estou tambŽm dispon’vel no e-mail e nas redes
sociais.

Grande abra•o!

Paulo Guimar‹es

professorpauloguimaraes@gmail.com

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(61) 99607-4477

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