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Sucesso

MATEMÁTICA
2o) Seja B o conjunto das vogais do nosso alfabeto,
então:

B = {a, e, i, o, u}
1. TEORIA DOS CONJUNTOS
3o) Seja C o conjunto dos algarismos do sistema
1. Introdução decimal de numeração, então:

Como em qualquer assunto a ser estudado, a C = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}


Matemática também exige uma linguagem adequada
para o seu desenvolvimento. B. Uma Propriedade de Seus Elementos
A apresentação de um conjunto por meio da listagem
A teoria dos Conjuntos representa instrumento de de seus elementos traz o inconveniente de não ser
grande utilidade nos diversos desenvolvimentos da uma notação prática para os casos em que o conjunto
Matemática, bem como em outros ramos das ciências apresenta uma infinidade de elementos. Para estas
físicas e humanas. situações, podemos fazer a apresentação do conjunto
por meio de uma propriedade que sirva a todos os
Devemos aceitar, inicialmente, a existência de alguns elementos do conjunto e somente a estes elementos.
conceitos primitivos (noções que adotamos sem
definição) e que estabelecem a linguagem do estudo A = {x / x possui uma determinada propriedade P}
da teoria dos Conjuntos. Exemplos

Adotaremos a existência de três conceitos primitivos: 1o) Seja B o conjunto das vogais do nosso alfabeto,
elemento, conjunto e pertinência. Assim é preciso então:
entender que, cada um de nós é um elemento do B = {x / x é vogal do nosso alfabeto}
conjunto de moradores desta cidade, ou melhor, cada
um de nós é um elemento que pertence ao conjunto 2o) Seja C o conjunto dos algarismos do sistema
de habitantes da cidade, mesmo que não tenhamos decimal de numeração, então:
definido o que é conjunto, o que é elemento e o que é C = {x/x é algarismo do sistema decimal de
pertinência. numeração}

C.Diagrama de Euler-Venn
2. Notação e Representação
A apresentação de um conjunto por meio do
A notação dos conjuntos é feita mediante a utilização diagrama de Euler-Venn é gráfica e, portanto, muito
de uma letra maiúscula do nosso alfabeto e a prática. Os elementos são representados por pontos
representação de um conjunto pode ser feita de interiores a uma linha fechada não entrelaçada. Dessa
diversas maneiras, como veremos a seguir. forma, os pontos exteriores à linha representam
elementos que não pertencem ao conjunto
considerado.
A. Listagem dos Elementos
Exemplo
Apresentamos um conjunto por meio da listagem de
seus elementos quando relacionamos todos os
elementos que pertencem ao conjunto considerado e
envolvemos essa lista por um par de chaves. Os
elementos de um conjunto, quando apresentados na
forma de listagem, devem ser separados por vírgula ou
por ponto-e-vírgula, caso tenhamos a presença de
números decimais.
Exemplos
3. Conjuntos Especiais
1o) Seja A o conjunto das cores da bandeira brasileira,
Embora conjunto nos ofereça a idéia de “reunião” de
então:
elementos, podemos considerar como conjunto
agrupamentos formados por um só elemento ou
A = {verde, amarelo, azul, branco}
agrupamentos sem elemento algum.

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4. Conjunto Universo
Chamamos de conjunto unitário aquele formado por
um só elemento. Quando desenvolvemos um determinado assunto
dentro da matemática, precisamos admitir um conjunto
Exemplos ao qual pertencem os elementos que desejamos
utilizar. Este conjunto é chamado de conjunto
1o) Conjunto dos números primos, pares e positivos: universo e é representado pela letra maiúscula U.

{2} Uma determinada equação pode ter diversos


conjuntos solução de acordo com o conjunto universo
2o) Conjunto dos satélites naturais da Terra: que for estabelecido.

{Lua} Exemplos

3o) Conjunto das raízes da equação x + 5 = 11: 1o) A equação 2x3 – 5x2 – 4x + 3 = 0 apresenta:

{6}

Chamamos de conjunto vazio aquele formado por


nenhum elemento. Obtemos um conjunto vazio
considerando um conjunto formado por elementos que
admitem uma propriedade impossível.
2o) O conjunto dos pontos eqüidistantes de um ponto
Exemplos dado pode ser formado:

1o) Conjunto das raízes reais da equação: – por apenas dois pontos, se o conjunto universo for
uma reta que passa pelo ponto dado;
x2 + 1 = 0

2o) Conjunto:

O conjunto vazio pode ser apresentado de duas


– pelos infinitos pontos de uma circunferência, se o
formas: ou { } ( é uma letra de origem conjunto universo for um plano que passa pelo ponto
norueguesa). Não podemos confundir as duas dado;

notações representando o conjunto vazio por { },


pois estaríamos apresentando um conjunto unitário

cujo elemento é o .

O conjunto vazio está contido em qualquer conjunto e,


por isso, é considerado subconjunto de qualquer
conjunto, inclusive dele mesmo.
– pelos infinitos pontos de uma superfície esférica, se
Demonstração o conjunto universo for o espaço a que o ponto dado
pertence.
Vamos admitir que o conjunto vazio não esteja contido
num dado conjunto A. Neste caso, existe um elemento
x que pertence ao conjunto vazio e que não pertence
ao conjunto A, o que é um absurdo, pois o conjunto
vazio não tem elemento algum. Conclusão: o conjunto
vazio está contido no conjunto A, qualquer que seja A.

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opções, teremos:

Observemos o exemplo anterior: o conjunto A = {2, 3,


5} apresenta três elementos e, portanto, é de se supor,
pelo uso da relação apresentada, que n [P (A)] = 23 =
Para iniciarmos qualquer procedimento matemático, é 8, o que de fato ocorreu.
importante sabermos em qual conjunto universo
vamos atuar.
6. Igualdade de Conjuntos

Dois conjuntos são iguais se, e somente se, eles


5. Conjunto de Partes possuírem os mesmos elementos, em qualquer ordem
e independentemente do número de vezes que cada
Dado um conjunto A, dizemos que o seu conjunto de elemento se apresenta. Vejamos os exemplos:
partes, representado por P (A), é o conjunto formado
por todos os subconjuntos do conjunto A. {1, 3, 7} = {1, 1, 1, 3, 7, 7, 7, 7} = {7, 3, 1}

Observação
A. Determinação do Conjunto de Partes
Vamos observar, com o exemplo a seguir, o Se o conjunto A está contido em B (A B) e B está
procedimento que se deve adotar para a determinação contido em A (B A), podemos afirmar que A = B.
do conjunto de partes de um dado conjunto A. Seja o
conjunto A = {2, 3, 5}. Para obtermos o conjunto de
partes do conjunto A, basta escrevermos todos os Resumo
seus subconjuntos:
a) Conceito de conjunto: “reunião” de elementos que
o constituem um conjunto e a ele pertencem.
1 ) Subconjunto vazio: , pois o conjunto vazio é
subconjunto de qualquer conjunto. b) Notação e representação: por meio da listagem dos
elementos; por meio de uma propriedade comum a
2o) Subconjuntos com um elemento: {2}, {3}, {5}. seus elementos; graficamente, pelo uso do diagrama
de Euler-Venn.
3o) Subconjuntos com dois elementos: {2, 3}, {2, 5} e
{3, 5}. c) Pertinência: indica quando um elemento
o (pertence) ou (não pertence) a um determinado
4 ) Subconjuntos com três elementos:A = {2, 3, 5}, pois
conjunto.
todo conjunto é subconjunto dele mesmo.
Assim, o conjunto das partes do conjunto A pode ser
d) Inclusão: indica quando um conjunto está
(contido) ou (não contido) em outro conjunto. Um
apresentado da seguinte forma: P(A) = { , {2}, {3}, conjunto estará contido em outro se todos os
{5}, {2, 3}, {2, 5}, {3, 5}, {2, 3, 5}} elementos do 1o conjunto pertencerem também ao 2o
conjunto. O primero será chamado de subconjunto do
B. Número de Elementos do Conjunto de Partes segundo.

Podemos determinar o número de elementos do e) Conjuntos especiais: unitário – um único elemento;


conjunto de partes de um conjunto A dado, ou seja, o vazio – nenhum elemento. O conjunto vazio é
número de subconjuntos do referido conjunto, sem que
haja necessidade de escrevermos todos os elementos representado, geralmente, pela letra norueguesa .
do conjunto P (A). Para isso, basta partirmos da idéia
de que cada elemento do conjunto A tem duas opções f) Conjunto de partes de A: conjunto de todos os
na formação dos subconjuntos: ou o elemento subconjuntos do conjunto A. Não podemos nos
pertence ao subconjunto ou ele não pertence ao esquecer do conjunto vazio e do próprio conjunto A.
subconjunto e, pelo uso do princípio multiplicativo das
regras de contagem, se cada elemento apresenta duas

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b) A = {0, 3, 6, 9 ...60}
g) Igualdade de conjuntos:
Resolução

a) é número ímpar}
Exercícios Resolvidos
b) é múltiplo de 3, maior ou igual a
01. Dado o conjunto M = {1, 3, 5, 7}, pede-se: zero e menor ou igual a 60}

a) Quantos elementos possui P(M)? Operações com Conjuntos

b) Escreva os elementos de P(M). 1. União de Conjuntos

Resolução Dados os conjuntos A e B, dizemos que a união dos


conjuntos A e B, de notação (lê-se: A união B), é
a) M = {1, 3, 5, 7}, então n(M) = 4, portanto n(M) = 2 4 = o conjunto formado pelos elementos que pertencem a
16. A ou B. Podemos representar a união de dois
conjuntos pela seguinte sentença:
b) P(M)= { {1}, {3}, {5}, {7}, {1,3}, {1,5}, {1,7}, {3,5},
{3,7}, {5,7}, {1,3,5}, {1, 3, 7}, {1, 5, 7}, {3, 5, 7}, {1, 3, 5,

7} , } Graficamente, temos:
02. Se o conjunto P(R) tem 1 024 elementos, quantos
são os elementos de R?

Resolução

Decompondo 1 024 em fatores primos, obteremos:


1 024 = 210, então n(R) = 10

03. Considerando U = {–2, –1, 0, 1, 2, 3, 4} como


conjunto universo, determinar o conjunto solução de:

Exemplo

Dados os conjuntos A = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7} e B = {2, 4,


6, 8, 10}, calcular .
Resolução
Resolução

= {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 10}

Graficamente, teremos

04. Os elementos dos conjuntos abaixo são números


naturais. Escreva esses conjuntos por meio de uma
propriedade que os caracterize:

a) D = {1, 3, 5, 7, 9, 11, ...} Observe que os elementos comuns não são repetidos.

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Não há elementos comuns, nesse caso dizemos que
os conjuntos são disjuntos.
2. Intersecção de Conjuntos 3. Diferença de Conjuntos

Dados os conjuntos A e B, dizemos que a intersecção


dos conjuntos A e B, de notação (lê-se: A Dados os conjuntos A e B, dizemos que a diferença
intersecção B), é o conjunto formado pelos elementos dos conjuntos A e B, nessa ordem e com notação A –
que pertencem a A e a B. Podemos representar a B (lê-se: A menos B), é o conjunto formado pelos
intersecção de dois conjuntos pela seguinte sentença: elementos que pertencem a A e não pertencem a B.
Podemos representar a diferença de dois conjuntos
por meio da seguinte sentença:

Graficamente, temos:

Graficamente, temos:

Exemplos

01. Sendo A = {2, 3, 5, 6, 8} e B = {3, 5, 8, 9}


determinar . 4. Conjunto Complementar
Resolução Quando dois conjuntos A e B são de tal maneira que B
está contido em , dizemos que a diferença A
= {3, 5, 8}, apenas os elementos comuns a A e B. – B é o conjunto complementar de B em relação a
A, cuja representação podemos ver a seguir:
Graficamente:

=A–B

Graficamente, temos:

02. Calcule M N onde M = {2, 3, 5} e N = {4, 6}.


M N=

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Exemplos

01. Calcular A – B, sabendo que


A = {3, 4, 6, 8, 9} e B = {2, 4, 5, 6, 7, 10}

Resolução

A – B = {3, 8, 9}

Elementos que estão em A mas não estão em B.

Graficamente: Associações das Operações


As operações estudadas podem aparecer associadas
conforme veremos nos exemplos abaixo:

01. Dados A = {0, 1, 3, 4}, B = {2, 3, 4, 5}, C = {4, 5} e


D = {5, 6, 7}, calcule:

a) (A C) B

b) (B C) D

c) (B – A) C
02. Sendo A = {1, 3, 5} e B = {0, 1, 3, 5, 6}, calcule:

a) A – B d)
b) B – A Resolução

Resolução

a) A – B = , não existe elemento de A que não a)


pertença a B.

b)
b)

Graficamente
c)

d)

Resumo

União
Observação
A B = { x / x A ou x B }
Se A é um subconjunto do conjunto universo U, o
complementar de A em relação a U pode ser O elemento está em A ou B.
representado por A’ ou , dessa forma, teremos

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A = { x N / x é primo } e
Intersecção
B={x N/x<5}
A B={x/x Aex B}
É correto afirmar que:
O elemento pertence aos dois conjuntos
simultaneamente.
a) A B tem dois elementos

Diferença b) A B tem dez elementos

A–B={x/x Aex B} c) B A B

d) B A
Conjunto Complementar
e) A B
Se B A , teremos
Resolução

A = { x N / x é primo } = { 2, 3, 5, 7, 11, 13, … }


Se A U , teremos
B = { x N / x < 5 } = { 0, 1, 2, 3, 4 }

A B = { 2, 3 }, logo A tem dois elementos.

Exercícios Resolvidos 03. Dados os conjuntos:

01. Classificar em falsa (F) ou verdadeira (V) cada A = {a, b, c} B = {b, c, d} e C = {a, c, d, e}
uma das seguintes afirmações: Calcule ( A – C ) ( C – B ) ( A B C )

a) 0 { 0 } Resolução

b) { 5 } { , { 1 }, { 5 }, { 1,5 } } A–C={b}
C – B = { a, e }
c) { x } { x, { x, y } } A B C={c}
{ b } { a, e } { c } = { a, b, c, e }
d) ={ }
Resposta: {a, b, c, e}
Operações com Conjuntos

Resolução
1.1 CONJUNTOS NUMÉRICOS
a) V – 0 é o elemento do conjunto.
Evidentemente, para a Matemática, os conjuntos de
b) F – pois {5} é um elemento do conjunto. maior importância são os conjuntos numéricos,
aqueles formados por números. Destes, alguns são
c) F – pois {x} não está no conjunto. especiais pela sua grande utilização e, por isso,
recebem nomes convencionais, como veremos a
d) F – O 1o é conjunto vazio, e o 2o um conjunto que seguir:
tem o elemento .
1.1.1 NUMEROS NATURAIS
Os números naturais: o conjunto N
02. São dados os conjuntos
N = {1,2,3,4,5,6, ... , 19,20, ... , 1001, 1002, ... ,
10000001, ... }

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Notas elucidativas: Dados os números naturais a, b, c, em N, são válidas


as seguintes propriedades:
a) os números naturais surgiram da necessidade de
contagem dos elementos de um conjunto pelo homem 1.1 – Fechamento: a soma de dois números naturais é
primitivo e, neste sentido, o zero ( 0 ) não seria um sempre um número natural. Diz-se então que o
número natural. conjunto N dos números naturais é fechado em relação
à adição.
b) por volta do ano 458 DC, o zero foi introduzido
pelos hindus, para representar a coluna vazia dos 1.2 – Associativa: a + (b + c) = (a + b) + c
ábacos, daí sua denominação original de sunya
(vazio). 1.3 – Comutativa: a + b = b + a
Ábaco - segundo o dicionário Melhoramentos - 7ª
edição: calculador manual para aritmética, formado de 1.4 – Elemento neutro: a + 0 = 0 + a = a . Zero é o
um quadro com vários fios paralelos em que deslizam elemento neutro da adição.
botões ou bolas móveis.
c) no entanto, como o zero atende às propriedades 1.5 – Unívoca: o resultado da adição de dois números
básicas dos números naturais, ele pode ser naturais é único.
considerado um número natural, não obstante a
premissa contrária não conflitar a teoria. Assim, não 1.6 – Monotônica: Uma desigualdade não se altera, se
deveremos estranhar quando aparecer em provas de somarmos um mesmo número natural a
vestibulares o conjunto N como sendo N = {0, 1, 2, 3, ambos os membros, ou seja, se a > b então a + c > b
4, 5, ... }, definindo-se um outro conjunto sem o zero: + c.
N* = N - {0} = {1,2,3,4, ... }. Como esta forma de
abordagem é a mais usual, consideraremos o zero 2 – Subtração: Observa-se que a subtração (diferença)
como sendo um número natural, no que se segue. é uma operação inversa da adição.
d) o conjunto dos números naturais é infinito. Se a + b = c então dizemos que a = c – b ( c menos b).
É óbvio que o conjunto N não é fechado em relação à
Propriedades: subtração, pois a subtração (diferença) entre dois
números naturais, nem sempre é um outro número
1 – Todo número natural n, possui um sucessor natural. Por exemplo, a operação 3 – 10 não teria
indicado por suc(n), dado por resultado no conjunto N dos números naturais. Das
suc(n) = n + 1. Exemplo: suc(32) = 32 + 1 = 33. seis propriedades do item anterior, verifica-se que a
operação subtração possui apenas aquelas dos sub-
2 – Dados dois números naturais m e n, ocorrerá uma itens (1.5) e (1.6).
e somente uma das condições :
m = n : m igual a n (igualdade) 3 – Multiplicação: é um caso particular da adição
m > n : m maior do que n (desigualdade) (soma), pois somando-se um número natural a si
m < n : m menor do que n (desigualdade). Esta próprio n vezes, obteremos a + a + a + ... + a = a . n =
propriedade é conhecida como Tricotomia. axn
Na igualdade a . n = b, dizemos que a e n são os
Nota: Às vezes teremos que recorrer aos símbolos ³ fatores e b é o produto.
ou £ os quais possuem a seguinte leitura:
Propriedades:
a ³ b : a maior do que b ou a = b.
a £ b : a menor do que b ou a = b
Dados os números naturais a, b e c, são válidas as
seguintes propriedades:
Assim por exemplo, x £ 3, significa que x poderá
assumir em N, os valores 3,2,1 ou 0. 3.1 – Fechamento: a multiplicação de dois números
Já x < 3, teríamos que x seria 2, 1 ou 0. naturais é sempre outro número natural. Dizemos
então que o conjunto N dos números naturais é
Operações em N fechado em relação à operação de multiplicação.
1 – Adição: a + b = a mais b.a + b = a mais b. 3.2 – Associativa: a x (b x c) = (a x b) x c ou a . (b . c) =
(a . b) . c
Propriedades:

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3.3 – Comutativa: a x b = b x a
Podemos desmembrar a dupla desigualdade acima em
3.4 – Elemento neutro: a x 1 = 1 x a = a. O número 1 é duas, a saber:
o elemento neutro da multiplicação.
0 £ 245 – 5b e 245 – 5b < b
3.5 – Unívoca: o resultado da multiplicação de dois
números naturais é único. Resolvendo a primeira: 0 £ 245 – 5b \ 5b £ 245 \ b
£ 49.
3.6 – Monotônica: : Uma desigualdade não se altera,
se multiplicarmos ambos os membros, por um mesmo Resolvendo a segunda: 245 – 5b < b \ 245 < 6b \
número natural, ou seja, se a > b então a x c > b x c. 6b > 245 \b > 40, 83...
3.7 – Distributiva: a x (b + c) = (a x b) + (a x c). Ora, sendo b um número natural maior do que 40,83 e
menor ou igual a 49, vem que os valores possíveis
4 – Potenciação: é um caso particular da multiplicação, para b serão: 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47, 48 e 49.
onde os fatores são iguais. Assim é que multiplicando- A soma dos valores possíveis para b será então,
se um número natural a por ele mesmo n vezes, S = 41 + 42 + 43 + 44 + 45 + 46 + 47 + 48 + 49 = 405.
obteremos a x a x a x a x ... x a que será indicado pelo
símbolo Resposta: 405
a n , onde a será denominado base e n expoente.
Assim é que, por exemplo, 53 = 5.5.5 = 125, 71 = 7, 43 = UNICAMP 1994 – 2ª fase – A divisão de um certo
4.4.4 = 64, etc. número inteiro N por 1994 deixa resto 148. Calcule o
resto da divisão de N + 2000 pelo mesmo número
5 – Divisão: é um caso particular da subtração, senão 1994.
vejamos: o que significa dividir 17 por 3? Significa
descobrir, quantas vezes o número 3 cabe em 17, ou Solução:
seja: 17 – 3 – 3 – 3 – 3 - 3 e restam 2. Podemos
escrever a expressão anterior como: Pelo Teorema de Euclides visto acima, poderemos
17 = 5 . 3 + 2 . O número 17 é denominado dividendo, escrever:
o número 3 é denominado divisor, o número 5 é
denominado quociente e o número 2 é denominado N = 1994.q + 148, onde q é o quociente.
resto.
De uma maneira geral, dados os números naturais D, Analogamente, para N + 2000, teremos:
d, q e r, poderemos escrever a relação
D = d.q + r com 0 £ r < d. N + 2000 = 1994.Q + r, onde Q é o novo quociente e r
Se r = 0, dizemos que a divisão é exata, ou seja, não é o novo resto.
deixa resto. A demonstração da existência e da
unicidade dos números D, d, q e r, pode ser vista nos Podemos escrever: N = 1994.Q – 2000 + r
compêndios de Teoria dos Números e não cabe aqui
nestas notas introdutórias. A relação vista acima é N = 1994.Q – (1994 + 6) + r
conhecida como Teorema de Euclides. N = 1994.Q – 1994 – 6 + r
N = 1994(Q - 1) + r - 6
5.1 – Exercícios resolvidos N – 1994(Q – 1) - r + 6 = 0

Dividindo-se o número 245 por um número natural b, Substituindo o valor de N fica:


obtém-se quociente 5 e resto r. Determine o valor da
soma dos valores possíveis para b. 1994.q + 148 – 1994(Q – 1) - r + 6 = 0

Solução: 1994(q – Q +1) + (154 – r) = 0

Pela exposição anterior, poderemos escrever: Ora, sendo Q, q e r naturais, a soma acima será nula,
245 = 5.b + r com 0 £ r < b . se e somente se ocorrer
q – Q + 1 = 0, ou seja, Q = q + 1 e 154 - r = 0.
Da primeira expressão, tiramos: r = 245 – 5b Como estamos interessados no novo resto r, vem
Substituindo na segunda, vem: imediatamente que: r = 154.
0 £ 245 – 5b < b

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Resposta: 154 número 8 com um traço (semelhante ao atual sinal de
menos) na frente para não se esquecer de que no saco
Outra maneira de resolver o problema, talvez mais faltava 8 Kg de feijão.
simples, seria: Mas se ele resolvesse despejar no outro saco os 2 Kg
que restaram, escrevia o número 2 com dois traços
Temos pelo enunciado: cruzados (semelhante ao atual sinal de mais) na frente,
para se lembrar de que no saco havia 2 Kg de feijão a
N = 1994.q + 148 mais que a quantidade inicial.
Com essa nova notação,os matemáticos poderiam,
Adicionando 2000 a ambos os membros, vem:
não somente indicar as quantidades, mas também
representar o ganho ou a perda dessas quantidades,
N + 2000 = 1994.q + 2000 + 148
através de números, com sinal positivo ou negativo.
N + 2000 = 1994.q + 2000 + 148
O conjunto Z dos Números Inteiros
Decompondo 2000 na soma equivalente 1994 + 6, fica: Definimos o conjunto dos números inteiros como a
reunião do conjunto dos números naturais, o conjunto
N + 2000 = 1994.q + 1994 + 6 + 148 dos opostos dos números naturais e o zero. Este
conjunto é denotado pela letra Z (Zahlen=número em
N + 2000 = 1994.(q + 1) + 154 alemão). Este conjunto pode ser escrito por:
Logo, o novo quociente é q + 1 e o novo resto é igual a Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4,...}
154.
Exemplos de subconjuntos do conjunto Z
Conjunto dos números inteiros exceto o número zero:
1.1.2 NUMEROS INTEIROS E
FRACIONÁRIOS Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...}
Conjunto dos números inteiros não negativos:
Introdução aos números inteiros
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Na época do Renascimento, os matemáticos sentiram
cada vez mais a necessidade de um novo tipo de Conjunto dos números inteiros não positivos:
número, que pudesse ser a solução de equações tão Z- = {..., -4, -3, -2, -1, 0}
simples como:
Observação: Não existe padronização para estas
x + 2 = 0, 2x + 10 = 0, 4y + 4 = 0 notações.
As Ciências precisavam de símbolos para representar
temperaturas acima e abaixo de 0º C, por exemplo.
Astrônomos e físicos procuravam uma linguagem
Reta Numerada
matemática para expressar a atração entre dois
corpos. Uma forma de representar geometricamente o conjunto
Z é construir uma reta numerada, considerar o número
Quando um corpo age com uma força sobre outro
0 como a origem e o número 1 em algum lugar, tomar a
corpo, este reage com uma força de mesma
unidade de medida como a distância entre 0 e 1 e por
intensidade e sentido contrário. Mas a tarefa não ficava
os números inteiros da seguinte maneira:
somente em criar um novo número, era preciso
encontrar um símbolo que permitisse operar com esse
número criado, de modo prático e eficiente.
Sobre a origem dos sinais
A idéia sobre os sinais vem dos comerciantes da Ao observar a reta numerada notamos que a ordem
época. Os matemáticos encontraram a melhor notação que os números inteiros obedecem é crescente da
para expressar esse novo tipo de número. Veja como esquerda para a direita, razão pela qual indicamos com
faziam tais comerciantes: uma seta para a direita. Esta consideração é adotada
Suponha que um deles tivesse em seu armazém duas por convenção, o que nos permite pensar que se fosse
sacas de feijão com 10 kg cada. Se esse comerciante adotada outra forma, não haveria qualquer problema.
vendesse num dia 8 Kg de feijão, ele escrevia o

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Baseando-se ainda na reta numerada podemos afirmar Atenção: O sinal (+) antes do número positivo pode
que todos os números inteiros possuem um e somente ser dispensado, mas o sinal (-) antes do número
um antecessor e também um e somente um sucessor. negativo nunca pode ser dispensado.
Ordem e simetria no conjunto Z Exemplos:
-3 + 3 = 0, 6 + 3 = 9, 5 - 1 = 4
O sucessor de um número inteiro é o número que está
Propriedades da adição de números inteiros
imediatamente à sua direita na reta (em Z) e o
antecessor de um número inteiro é o número que está Fecho: O conjunto Z é fechado para a adição, isto é, a
imediatamente à sua esquerda na reta (em Z). soma de dois números inteiros ainda é um número
inteiro.
Exemplos:
Associativa: Para todos a,b,c em Z:
3 é sucessor de 2 e 2 é antecessor de 3
-5 é antecessor de -4 e -4 é sucessor de -5 a+(b+c)=(a+b)+c
0 é antecessor de 1 e 1 é sucessor de 0 2+(3+7)=(2+3)+7
-1 é sucessor de -2 e -2 é antecessor de -1 Comutativa: Para todos a,b em Z:
Todo número inteiro exceto o zero, possui um elemento a+b=b+a
denominado simétrico ou oposto -z e ele é 3+7=7+3
caracterizado pelo fato geométrico que tanto z como -z
estão à mesma distância da origem do conjunto Z que Elemento neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a
é 0. cada z em Z, proporciona o próprio z, isto é:
Exemplos: z+0=z
7+0=7
O oposto de ganhar é perder, logo o oposto de +3 é -3
O oposto de perder é ganhar, logo o oposto de -5 é +5 Elemento oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z,
tal que
Módulo de um número Inteiro
O módulo ou valor absoluto de um número Inteiro é z + (-z) = 0
definido como sendo o maior valor (máximo) entre um 9 + (-9) = 0
número e seu elemento oposto e pode ser denotado Multiplicação (produto) de números inteiros
pelo uso de duas barras verticais | |. Assim:
A multiplicação funciona como uma forma simplificada
|x| = max{-x,x} de uma adição quando os números são repetidos.
Poderiamos analisar tal situação como o fato de
Exemplos:
estarmos ganhando repetidamente alguma quantidade,
|0| = 0, |8| = 8, |-6| = 6 como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
consectivas, significa ganhar 30 objetos e esta
Observação: Do ponto de vista geométrico, o módulo
repetição pode ser indicada por um x, isto é:
de um número inteiro corresponde à distância deste
número até a origem (zero) na reta numérica inteira. 1 + 1 + 1 + ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
Se trocarmos o número 1 pelo número 2, teremos:
Soma (adição) de números inteiros
2 + 2 + 2 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Para melhor entendimento desta operação,
associaremos aos números inteiros positivos a idéia de Se trocarmos o número 2 pelo número -2, teremos:
ganhar e aos números inteiros negativos a idéia de (-2) + (-2) + ... + (-2) = 30 x (-2) = -60
perder.
Observamos então que a multiplicação é um caso
ganhar 3 + ganhar 4 = ganhar 7 particular da adição onde os valores são repetidos.
(+3) + (+4) = (+7)
Na multiplicação o produto dos números a e b, pode
perder 3 + perder 4 = perder 7 ser indicado por axb, a.b ou ainda ab sem nenhum
(-3) + (-4) = (-7) sinal entre as letras.
ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 Para realizar a multiplicação de números inteiros,
(+8) + (-5) = (+3) devemos obedecer à seguinte regra de sinais:
perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (+1)×(+1)=(+1)
(-8) + (+5) = (-3) (+1)×(-1)=(-1)

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(-1)×(+1)=(-1) todo número inteiro elevado a um expoente ímpar é um
(-1)×(-1)=(+1) número que conserva o seu sinal.
Observação: Quando o expoente é n=2, a potência
Com o uso das regras acima, podemos concluir a^2 pode ser lida como: "a elevado ao quadrado" e
que: quando o expoente é n=3, a potência a3 pode ser lida
como: "a elevado ao cubo". Tais leituras são
Sinais dos números Resultado do produto provenientes do fato que área do quadrado pode ser
obtida por A=a^2 onde a é o lado e o volume do cubo
iguais positivo pode ser obtido por V=a3 onde a é o lado do cubo.
diferentes negativo Radiciação de números inteiros
A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a
Propriedades da multiplicação de números inteiros operação que resulta em um outro número inteiro não
Fecho: O conjunto Z é fechado para a multiplicação, negativo b que elevado à potência n fornece o número
isto é, a multiplicação de dois números inteiros ainda é a. O número n é o índice da raiz enquanto que o
um número inteiro. número a é o radicando (que fica sob o sinal do
Associativa: Para todos a,b,c em Z: radical). Leia a observação seguinte para entender as
razões pelas quais não uso o símbolo de radical neste
ax(bxc)=(axb)xc trabalho.
2x(3x7)=(2x3)x7 Observação: Por deficiência da linguagem HTML, que
Comutativa: Para todos a,b em Z: até hoje não implementou o sinal de raiz n-ésima,
usarei Rn[a] para indicar a raiz n-ésima de a. Quando
axb=bxa n=2, simplesmente indicarei a raiz de ordem 2 de um
3x7=7x3 número inteiro a como R[a].
Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por Dessa forma, b é a raiz n-ésima de a se, e somente se,
todo z em Z, proporciona o próprio z, isto é: a=bn, isto é:
zx1=z b=Rn[a] se, e somente se, a=bn
7x1=7
A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de a operação que resulta em um outro número inteiro
zero, existe um inverso z-1=1/z em Z, tal que não negativo que elevado ao quadrado é igual ao
z x z-1 = z x (1/z) = 1 número a.
9 x 9-1 = 9 x (1/9) = 1
Propriedade mista (distributiva) Observação importante: Não existe a raiz quadrada
de um número inteiro negativo no conjunto dos
Distributiva: Para todos a,b,c em Z: números inteiros.
ax(b+c)=(axb)+(axc)
3x(4+5)=(3x4)+(3x5) Erro muito comum: Frequentemente lemos em alguns
Potenciação de números inteiros materiais didáticos e até mesmo ocorre em algumas
A potência an do número inteiro a, é definida como um aulas aparecimento de:
produto de n fatores iguais. O número a é denominado R[9] = ±3
a base e o número n é o expoente.
mas isto está errado. O certo é:
an = a × a × a × a × ... × a
a é multiplicado por a n vezes R[9] = +3

Exemplos: Observamos que não existe um número inteiro não


negativo que multiplicado por ele mesmo resulte em
25 = 2 x 2 x 2 x 2 x 2 = 32 um número negativo.
(-2)3 = (-2) x (-2) x (-2) = -8 A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a
(-5)2 = (-5) x (-5) = 25 operação que resulta em um outro número inteiro que
(+5)2 = (+5) x (+5) = 25 elevado ao cubo seja igual ao número a. Aqui não
com os exemplos acima, podemos observar que a restringimos os nossos cálculos somente aos números
potência de todo número inteiro elevado a um não negativos.
expoente par é um número positivo e a potência de Exemplos:

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R3[8] = 2, pois 23 = 8.
R3[-8] = -2, pois (-2)3 = -8.
R3[27] = 3, pois 33 = 27.
R3[-27] = -3, pois (-3)3 = -27.
Observação: Obedecendo à regra dos sinais para a
multiplicação de números inteiros, concluímos que:
2º) denominadores diferentes
Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número
inteiro negativo, mas se o índice da raiz for ímpar, é Para somar frações com denominadores
possível extrair a raiz de qualquer número inteiro. diferentes, uma solução é obter frações equivalentes,
de denominadores iguais ao mmc dos denominadores
Números fracionários
Seria possível substituir a letra X por um número das frações. Exemplo: somar as frações .
natural que torne a sentença abaixo verdadeira? Obtendo o mmc dos denominadores temos
5.X=1 mmc(5,2) = 10.
Substituindo X, temos:
X por 0 temos: 5.0 = 0
X por 1 temos: 5.1 = 5. (10:5).4 = (10:2).5 =
8 25
Portanto, substituindo X por qualquer número natural
jamais encontraremos o produto 1. Para resolver esse
problema temos que criar novos números. Assim,
surgem os números Fracionários.
Resumindo: utilizamos o mmc para obter as
Toda fração equivalente representa o mesmo frações equivalentes e depois somamos normalmente
número fracionário. as frações, que já terão o mesmo denominador, ou
seja, utilizamos o caso 1.
Portanto, uma fração (n diferente de zero) e Multiplicação e divisão de números fracionários
todas frações equivalentes a ela representam o mesmo Na multiplicação de números fracionários, devemos
multiplicar numerador por numerador, e denominador
número fracionário . por denominador, assim como é mostrado nos
exemplos abaixo:
Resolvendo agora o problema inicial, concluímos

que X = , pois .

Adição e subtração de números fracionários


Temos que analisar dois casos:
1º) denominadores iguais Na divisão de números fracionários, devemos
multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda,
Para somar frações com denominadores iguais, como é mostrado no exemplo abaixo:
basta somar os numeradores e conservar o
denominador. Potenciação e radiciação de números
fracionários
Para subtrair frações com denominadores iguais,
basta subtrair os numeradores e conservar o Na potenciação, quando elevamos um número
denominador. fracionário a um determinado expoente, estamos
elevando o numerador e o denominador a esse
Observe os exemplos: expoente, conforme os exemplos abaixo:

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números racionais, uma vez que elas podem ser
escritas
na forma a / b com b ¹ 0.
Exemplos:
1 – Escreva na forma a / b o número racional r =
1,25252525...
Sendo r = 1,252525... , multiplicando ambos os
membros por 100, teremos:
Na radiciação, quando aplicamos a raiz quadrada a 100.r = 125,252525...
um número fracionário, estamos aplicando essa raiz ao
numerador e ao denominador, conforme o exemplo Subtraindo estas igualdades membro a membro, fica:
abaixo: 100r – r = 125,252525... – 1,252525... , de onde
tiramos:
99.r = 124 , e, portanto, r = 124 / 99.

2 – Escreva na forma a / b a dízima periódica s =


2,0353535...
Sendo s = 2,0353535... , multiplicando ambos os
membros por 10, teremos:
10.s = 20,353535...
Multiplicando ambos os membros da igualdade anterior
por 100, teremos:
100.10s = 100.20,353535...
1.1.3 NUMEROS RACIONAIS 1000.s = 2035,353535...
Subtraindo membro a membro a segunda da primeira
I – Introdução igualdade, vem:
Sendo a e b dois números inteiros, com a condição 1000.s – 10.s = 2035,353535... - 20,353535...
de b não nulo, chama-se número racional ao quociente 990.s = 2015, e, portanto, s = 2015 / 990
a/b.
Quando o número racional está representado na forma
Assim, são exemplos de números racionais:
a / b onde a e b são inteiros, com b não nulo,
2/3, -3/5, 87/95, ... , etc costumamos denominar a de numerador e b de
denominador, sendo o número a / b conhecido como
O conjunto dos números racionais é representado pela fração ordinária.
letra Q . O uso da letra Q deriva da palavra inglesa
Propriedade fundamental das frações:
quotient , que significa quociente, já que a forma geral
de um número racional é um quociente de dois Uma fração ordinária não se altera, se multiplicarmos o
números inteiros. seu numerador e denominador, por um mesmo número
diferente de zero.
Como todo número inteiro a pode ser escrito na forma
a / 1 = a , concluímos que todo número inteiro é Assim é que:
também um número racional. Assim, é trivial perceber
que o conjunto dos números inteiros está contido ou é a/b=a.n/b.n para n diferente de zero.
um subconjunto do conjunto dos números racionais, ou
seja: Z Ì Q . Exemplo: 2/3 = 4/6 = 8/18 = 24/54 = ... , etc
Os números racionais podem também ser
Notas:
representados na forma de um número decimal, ou
seja, na forma i,d onde i é a parte inteira e d a parte
1 – Se o denominador de uma fração ordinária for
decimal.
igual a 10 (ou a uma potencia de dez), ela é conhecida
Por exemplo, 4/5 = 0,8 ; 3/5 = 0,6 ; 2/3 = 0,6666... ; como fração decimal.
20/3 = 6,3333... ; etc
Exemplos: 3 / 10; 625 / 1000.
Observe que todas as dízimas periódicas (também
2 – Um número racional da forma a / 100 é conhecido
conhecidas como números decimais periódicos) são
como porcentagem e indicado simbolicamente por a

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%. c) (2 / 5) + (3 / 4) = (2 . 4 + 5 . 3) / (5 . 4) = 23 / 20

Exemplos: d) (5 / 3) – (3 / 4) = (5 . 4 – 3 . 3) / (3 . 4) = 11 / 12
b) Multiplicação
a) 25 / 100 = 25 %
b) 75 / 100 = 75 % Sejam os números racionais a / b e c / d onde a, b,
c) 1 / 100 = 1 % c e d são números inteiros com b e d diferentes de
zero.
Usando uma terminologia comumente aceita, se a < b,
A multiplicação obedece à seguinte regra geral:
dizemos que a fração é própria e se a > b , dizemos
que a fração é imprópria. Se a for um múltiplo de b, a
(a / b) . (c / d) = (a . c) / (b . d)
fração a / b será um número inteiro e a fração é dita
aparente.
Ou seja, para multiplicar duas frações, multiplicamos
entre si, os numeradores e os denominadores.
Assim, por exemplo, 5 / 7 é uma fração própria, 9 / 5 é
uma fração imprópria e
Exemplos:
10 / 5 = 2 é uma fração aparente. Saliente-se que trata-
se apenas de uma terminologia consagrada pelo uso,
a) (2 / 3) . (5 / 7) = (2 . 5) / (3 . 7) = 10 / 21
sem nenhum sentido prático e, eu diria, talvez até inútil.
b) (3 / 4) . (7 / 6) = (3 . 7) / (4 . 6) = 21 / 24
É importante acrescentar que o conjuntos dos números
racionais é denso e infinito, ou seja, dados dois
Observe que a fração 21 / 24, pode ser simplificada,
números racionais r1 e r2, sempre existirá um número
dividindo-se numerador e denominador por 3,
racional r
resultando 7 / 8.
tal que r1 < r < r2 .
Por exemplo, entre os números inteiros 7 e 8 não c) Divisão
existe nenhum outro número inteiro, porém existe um
número infinito de números racionais entre eles. 7,1; Sejam os números racionais a / b e c / d onde a, b,
7,9; 7,0045; 7,999; .. etc são apenas alguns dos c e d são números inteiros com b e d diferentes de
infinitos exemplos possíveis. zero.
II – Operações com números racionais
A divisão obedece à seguinte regra geral:
a) Adição e subtração
(a / b) : (c / d) = (a / b) . (d / c) = (a . d) / (b . c)
Sejam os números racionais a / b e c / d onde a, b,
c e d são números inteiros com b e d diferentes de A regra é então comumente enunciada como: para
zero. dividir uma fração por outra, basta multiplicar a primeira
A soma e a subtração destes números racionais, pelo inverso da segunda.
obedecem à seguinte regra: Justificativa:
(a / b) ± (c / d) = (ad ± bc) / (bd)
Seja a fração F = (a / b) : (c / d)
Observe que se os denominadores b e d forem
iguais, a igualdade acima Pela propriedade fundamental das frações, vista no
se reduz a: início do texto, poderemos multiplicar o numerador e
(a / b) ± (c / b) = (a ± c) / b denominador por (d / c), resultando:

que é um caso particular da expressão geral. F = (a / b) . (d / c) : (c / d) . (d / c)


Ou seja: para somar duas frações de mesmo
denominador, adicionam-se os numeradores e Simplificando a expressão acima, lembrando que (c / d)
mantém-se o denominador comum. . (d / c) = 1, vem, finalmente que F = (a / b) . (d / c) = (a
. d) / (b . c), conforme indicado na fórmula acima.
Exemplos:
a) (2 / 5) - (1 / 5) = (2 - 1) / 5 = 1 / 5 Exemplos:
b) (4 / 3) + (8 / 3) = (4 + 8) / 3 = 12 / 3 = 4

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a) (2 / 3) : (4 / 5) = (2 /3) . (5 / 4) = (2 . 5) / (3 . 4) = 10 /
12 = 5 / 6. 3 / 4 = 0,75 = 0,750000...
b) (3 / 7) : (2 / 9) = (3 / 7) . (9 / 2) = (3 . 9) / (7 . 2) =
27 / 14 - 2 / 3 = - 0,666666...
d) Potenciação
1 / 3 = 0,333333...
n n n
(a / b) = a / b para b diferente de zero.
2 / 1 = 2 = 2,0000...
3 3 3
Exemplo: (2 / 5) = 2 / 5 = 8 / 125
4 / 3 = 1,333333...
III - Exercícios
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1,50000...
1 – Calcule 3/5 de 60.
0 = 0,000... etc
Solução: 3/5 de 60 = (3/5) . 60 = (3 . 60) / 5 = 180 / 5 =
36. Existe entretanto, uma outra classe de números que
não podem ser escritos na forma de fração
2 – Calcule 3/5 de 2/3. a / b , conhecidos como números irracionais , os quais
serão abordados de uma forma elementar neste
Solução: 3/5 de 2/3 = (3/5) . (2/3) = (3.2) / (3.5) = 6 / 15 capítulo.
= 2 / 5.
2 – Os números irracionais
3 – Calcule 2/5 dos 3/4 de 40.
Assim como existem as dízimas periódicas, também
Solução: 2/5 dos 3/4 de 40 = (2/5).(3/4) . 40 = existem as dízimas não periódicas que são justamente
(2.3.40) / (5.4) = 240 / 20 = 12. os números irracionais, uma vez que elas nunca
poderão ser expressas como uma fração do tipo a / b .
4 – Calcule 30 % de 70.
Exemplos de dízimas não periódicas ou números
Solução: 30 % de 70 = (30 / 100) . 70 = (30.70) / 100 = irracionais:
2100 / 100 = 21.
a) 1,01001000100001000001...
5 – Calcule 15 % de 60 %.
b) 3,141592654...
Solução: 15 % de 60 % = (15/100) . (60 / 100) = (15.60)
/ (100.100) = 900 / 10000. Mas, 900 / 10000 = 9 / 100 = c) 2,7182818272...
9%.
d) 6,54504500450004... etc
6 – Calcule 3/2 dos 0,121212 ... de 33 % de 2400.
Resposta: 144 Existem dois tipos de números irracionais: os
algébricos e os transcendentes.
1.1.4 NUMEROS IRRACIONAIS Os números irracionais algébricos, são as raízes
inexatas dos números racionais, a exemplo de Ö2 ,
1 – Introdução Ö5 , Ö17 , Ö103 , ... etc, ou qualquer outra raiz
inexata.
Vimos na aula anterior , os números racionais, aqueles
que podem ser escritos na forma de uma fração a / b Já os números irracionais transcendentes
onde a e b são dois números inteiros, com a condição complementam aqueles irracionais algébricos, sendo
de que b seja diferente de zero, uma vez que sabemos os exemplos mais famosos de números irracionais
da impossibilidade matemática da divisão por zero. transcendentes, o número p (pi), o número de Euler e ,
cujos valores aproximados com duas decimais são
Vimos também, que todo número racional pode ser respectivamente 3,14 e 2,72 .
escrito na forma de um número decimal periódico,
também conhecido como dízima periódica. O número p representa a razão do comprimento de
qualquer circunferência dividido pelo diâmetro da
Vejam os exemplos de números racionais a seguir: mesma circunferência e o número e é a base do

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sistema de logaritmos neperianos.
Fundamentado nas explanações anteriores, podemos
É interessante comentar, que ao tratarmos na prática, afirmar que:
dos números irracionais, deveremos sempre adotar os
seus valores aproximados, uma vez que , por serem 3.1 – todas as dízimas periódicas são números
dízimas não periódicas, os valores adotados serão racionais.
sempre aproximações.
3.2 – todos os números inteiros são racionais.
Um exemplo clássico de não racionalidade de um
número, é o caso da 3.3 – todas as frações ordinárias são números
raiz quadrada de dois. racionais.

O valor aproximado da raiz quadrada de dois ( Ö2 ) 3.4 – todas a s dízimas não periódicas são números
é igual a 1,414. Vamos analisar o porquê do número Ö2 irracionais.
não ser racional:
3.5 – todas as raízes inexatas são números irracionais.
Para isto , vamos utilizar o método da redução ao
absurdo, que consiste em negar a tese, e concluir pela 3.6 – a soma de um número racional com um número
negação da hipótese. irracional é sempre um número irracional.

Vamos supor inicialmente, por absurdo, que Ö2 seja 3.7 – a diferença de dois números irracionais, pode ser
um número racional. um número racional.
Ora, neste caso, e se isto fosse verdadeiro, o número Exemplo: Ö5 - Ö5 = 0 e 0 é um número racional.
Ö2 poderia ser escrito na forma de uma fração
irredutível a / b , ou seja, com a e b primos entre si , 3.8 – o quociente de dois números irracionais, pode ser
e, portanto, teríamos: um número racional.
Exemplo: Ö8 : Ö2 = Ö4 = 2 e 2 é um número racional.
Ö2 = a / b , onde a e b são inteiros, com b diferente de
zero. 3.9 – o produto de dois números irracionais, pode ser
um número racional.
Quadrando ambos os membros da igualdade anterior, Exemplo: Ö5 . Ö5 = Ö25 = 5 e 5 é um número racional.
teremos:
1.5 – NÚMEROS REAIS
2 = a2 / b2 , de onde tiramos a2 = 2.b2 . 3.10 – a união do conjunto dos números irracionais
com o conjunto dos números racionais, resulta num
Ora, como a2 é o dobro de b2, é correto afirmar que a é conjunto denominado conjunto R dos números reais.
um número par.
Sendo a um número par, podemos escreve-lo na 3.11 – a interseção do conjunto dos números racionais
forma a = 2k, onde k é um número inteiro. Daí, vem com o conjunto dos números irracionais, não possui
que: (2k)2 = 2b2 ou 4k2 = 2b2 , de onde tiramos que elementos comuns e, portanto, é igual ao conjunto
b2 = 2k2 , ou seja, b também é par. Ora, sendo a e b vazio ( Æ ).
pares, o quociente a / b não seria uma fração
irredutível, já que o quociente de dois números pares é Simbolicamente, teremos:
outro número par. Vemos portanto que isto nega a
hipótese inicial de que a fração a / b seja irredutível, ou QUI=R
seja, de que a e b sejam primos entre si. Logo,
QÇI=Æ
concluímos que afirmar que Ö2 é racional , é falso , ou
seja, Ö2 não é um número racional, e, portanto, Ö2 é
REVISÃO
um número irracional.

Nota: dois números inteiros são ditos primos entre si, CONJUNTOS NUMÉRICOS
se o máximo divisor comum
(MDC) destes números for igual à unidade, ou seja:
MDC (a,b) = 1. • Conjunto dos números naturais: N

3 – Identificação de números irracionais

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biunivocamente com cada ponto de uma reta,
estabelecendo o que nós chamaremos de reta real ou
eixo real.
• Conjunto dos números inteiros: Z

A partir dessa representação gráfica, iremos observar


algumas propriedades importantes dos números reais.
No conjunto dos números inteiros (Z) podemos
individualizar dois subconjuntos: O eixo real apresenta uma ordenação dos números de
tal maneira que qualquer número colocado à direita de
• Conjunto dos números inteiros não negativos: Z+ um outro será maior que este outro.

Numa comparação entre números reais representados


• Conjunto dos números inteiros não positivos: Z–
no eixo real, podemos estabelecer subconjuntos de
extrema importância e que serão chamados de
intervalos reais, cuja representação vamos estudar a
seguir:

Vamos convencionar que qualquer conjunto numérico


que, em sua representação, tiver acrescentado o
símbolo * (asterisco) ficará sem o elemento 0 (zero).
Assim:

• Conjunto dos números racionais: Q Podemos “explicar” o aparecimento dos conjuntos


numéricos através da necessidade que a Matemática
manifestava em apresentar resultados que os
conjuntos numéricos existentes até então não
forneciam. A partir dos conjuntos dos números
naturais, operações como, por exemplo, a subtração 5
Com relação aos números racionais, eles podem ser – 8 só puderam apresentar um resultado com o
encontrados de três maneiras: número inteiro ou aparecimento do conjunto dos números inteiros. A
número decimal exato ou número decimal periódico divisão de número 8 por 3 só pode apresentar
(dízimas periódicas). resultado dentro do conjunto dos números racionais.
O cálculo da raiz quadrada do número 17, por
Os números que não podem ser colocados na forma exemplo, é um resultado possível somente dentro do
de fração com numerador inteiro e denominador inteiro conjunto dos números irracionais. Pela reunião do
não-nulo são chamados de números irracionais. conjunto dos números racionais com os números
irracionais obtivemos o conjunto dos números reais.
Por mais amplo que possa parecer o conjunto dos
Exemplos: , ,
números reais, não foi suficiente para cumprir todas as
exigências quanto a esgotar as necessidades de
• Conjunto dos números reais: R
resultados possíveis dentro da Matemática. Algumas
operações matemáticas só puderam apresentar
R = {x / x é racional ou x é irracional}
resultados dentro do conjunto dos números
complexos.
Os números reais podem ser associados

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= ]–1, 6] = {x R | –1 < x 6}

Operações com Intervalos = {4}

Vejamos com exemplos: = ]4, 6] = {x R | 4 < x 6}

1o. Dados A = [0, 3] e B = [1, 5[, calcule:


Resumo
a)
b)
Números naturais:
c)
N= {0,1, 2, 3...}.
Resolução
Números inteiros:

Z = { ...,–3, –2, –1,0,1,2,3...}

Números racionais:

Q = {x / x = com p Z, q Z*}

Observemos que Z* = Z – {0}; Z+ é o conjunto dos


números inteiros não negativos e Z– o conjunto dos
= [0, 5[ = {x R | 0 x < 5 }
números inteiros não positivos. Esta notação é válida,
também, para outros conjuntos numéricos.
= [1, 3] = {x R | 1 x 3 }

= [0, 1[ = {x R | 0 x < 1 }

2o. Dados A=]–1, 4] e B = [4, 6], determine:

a)
b)
c)
Resolução

Note que podemos representar o conjunto dos


números irracionais por R – Q

Exercícios Resolvidos

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01. (Fuvest - SP) Dividir um número por 0,0125 Quando queremos indicar que um determinado
equivale a multiplicá-lo por: elemento x faz parte de um conjunto A, dizemos que o
elemento x pertence ao conjunto A e indicamos:

em que o símbolo é uma versão da letra grega


epsílon e está consagrado em toda matemática como
símbolo indicativo de pertinência. Para indicarmos que
um elemento x não pertence ao conjunto A,
Resolução indicamos:

Note que 0,0125 = que, simplificada por 125,


Exemplo
dará . Seja n o número, então:
Consideremos o conjunto: A = {0, 2, 4, 6, 8}

n: =n· = 80 · n multiplicá-lo por 80. O algarismo 2 pertence ao conjunto A:

Resposta: E

02. (Ulbra-RS) Uma estrada está marcada em 5 partes


O algarismo 7 não pertence ao conjunto A:
iguais conforme a figura abaixo. Se o carro x está na
posição 170,3 e o y na posição 231,8, a localização do
carro Z é:

a) 207,2.
b) 36,9. 1.2.2 Relação de Inclusão
c) 194,9.
d) 182,6. Subconjuntos
e) impossível determinar.
Dizemos que o conjunto A está contido no conjunto B
se todo elemento que pertencer a A, pertencer
também a B. Indicamos que o conjunto A está contido
em B por meio da seguinte símbologia:
Resolução

Entre x e y existem 5 intervalos iguais de comprimento


n:
170,3 + n = 231,8 Obs. – Podemos encontrar em algumas publicações
n = 61,5 uma outra notação para a relação de inclusão:
Cada intervalo terá:
61,5:5=12,3 unidades
De z para y temos duas unidades:
12,3 · 2= 24,6 unidades O conjunto A não está contido em B quando existe
A posição de Z será dada por: pelo menos um elemento de A que não pertence a B.
231,8 – 24,6 = 207, 2 unidades Indicamos que o conjunto A não está contido em B
desta maneira:
Resposta: A

1.2 - RELAÇÕES

1.2.1 Relação de Pertinência

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formam um Estado.

2. EQUAÇÕES E FUNÇÕES
POLINOMIAIS
Antes de Iniciarmos os estudos sobre equações e
funções polinomiais vamos relembrar conceitos
básicos de equações e funções.
Equações de primeiro grau Ou Lineares
(com uma variável)
Introdução
Equação é toda sentença matemática aberta que
exprime uma relação de igualdade. A palavra equação
tem o prefixo equa, que em latim quer dizer "igual".
Exemplos:
Se o conjunto A está contido no conjunto B, dizemos 2x + 8 = 0
que A é um subconjunto de B. Como todo elemento 5x - 4 = 6x + 8
do conjunto A pertence ao conjunto A, dizemos que A 3a - b - c = 0
é subconjunto de A e, por extensão, todo conjunto é
subconjunto dele mesmo. Não são equações:
4 + 8 = 7 + 5 (Não é uma sentença aberta)
Importante – A relação de pertinência relaciona um x - 5 < 3 (Não é igualdade)
elemento a um conjunto e a relação de inclusão refere-
se, sempre, a dois conjuntos. (não é sentença aberta, nem igualdade)
A equação geral do primeiro grau:
ax+b = 0
onde a e b são números conhecidos e a > 0, se
resolve de maneira simples: subtraindo b dos dois
lados, obtemos:
ax = -b
dividindo agora por a (dos dois lados), temos:

Podemos notar que existe uma diferença entre 2 e {2}.


O primeiro é o elemento 2, e o segundo é o conjunto
formado pelo elemento 2. Um par de sapatos e uma Considera a equação 2x - 8 = 3x -10
caixa com um par de sapatos são coisas diferentes e A letra é a incógnita da equação. A palavra
como tal devem ser tratadas. incógnita significa " desconhecida".
Na equação acima a incógnita é x; tudo que
Podemos notar, também, que, dentro de um conjunto, antecede o sinal da igualdade denomina-se 1º
um outro conjunto pode ser tratado como um de seus membro, e o que sucede, 2º membro.
elementos. Vejamos o exemplo a seguir:

{1, 2} é um conjunto, porém no conjunto


A = {1, 3, {1, 2}, 4} ele será considerado um elemento,
ou seja, {1, 2} A. Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um
termo da equação.
Uma cidade é um conjunto de pessoas que
representam os moradores da cidade, porém uma
cidade é um elemento do conjunto de cidades que

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 Não sendo citado o conjunto universo,
devemos considerar como conjunto universo
o conjunto dos números racionais.

 O conjunto verdade é também conhecido por


conjunto solução e pode ser indicado por S.
Raízes de uma equação
Equação do 1º grau na incógnita x é toda Os elementos do conjunto verdade de uma equação
equação que pode ser escrita na forma ax=b, são chamados raízes da equação.
sendo a e b números racionais, com a diferente
Para verificar se um número é raiz de uma equação,
de zero.
devemos obedecer à seguinte seqüência:
 Substituir a incógnita por esse número.
Conjunto Verdade e Conjunto Universo de uma  Determinar o valor de cada membro da
Equação equação.
Considere o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5} e a  Verificar a igualdade, sendo uma sentença
equação x + 2 = 5. verdadeira, o número considerado é raiz da
Observe que o número 3 do conjunto A é equação.
denominado conjunto universo da equação e o Exemplos:
conjunto {3} é o conjunto verdade dessa mesma Verifique quais dos elementos do conjunto
equação. universo são raízes das equações abaixo,
determinando em cada caso o conjunto verdade.
Observe este outro exemplo:
 Determine os números inteiros que  Resolva a equação x - 2 = 0, sendo U = {0,
satisfazem a equação x² = 25 1, 2, 3}.
O conjunto dos números inteiro é o conjunto Para x = 0 na equação x - 2
universo da equação. = 0 temos: 0 - 2 = 0 => -2 = 0. (F)
Os números -5 e 5, que satisfazem a Para x = 1 na equação x - 2
equação, formam o conjunto verdade, podendo ser = 0 temos: 1 - 2 = 0 => -1 = 0. (F)
indicado por: V = {-5, 5}. Para x = 2 na equação x - 2
Daí concluímos que: = 0 temos: 2 - 2 = 0 => 0 = 0. (V)
Para x = 3 na equação x - 2
Conjunto Universo é o conjunto de todos = 0 temos: 3 - 2 = 0 => 1 = 0. (F)
os valores que variável pode assumir. Indica-
se por U. Verificamos que 2 é raiz da equação x - 2 = 0, logo
V = {2}.

 Resolva a equação 2x - 5 = 1, sendo U = {-1,


Conjunto verdade é o conjunto dos valores
0, 1, 2}. Para x = -1 na equação 2x - 5 = 1
de U, que tornam verdadeira a equação .
temos: 2 . (-1) - 5 = 1 => -7 = 1. (F)
Indica-se por V.
Para x = 0 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . 0 - 5 = 1
=> -5 = 1. (F)
Observações: Para x = 1 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . 1 - 5 = 1
=> -3 = 1. (F
 O conjunto verdade é subconjunto do conjunto
universo. Para x = 2 na equação 2x - 5 = 1 temos: 2 . 2 - 5 = 1
=> -1 = 1. (F)
A equação 2x - 5 = 1 não possui raiz em U, logo V =
Ø.
Resolução de uma equação

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Resolver uma equação consiste em realizar uma 2.1 EQUAÇÕES POLINOMIAIS
espécie de operações de operações que nos
conduzem a equações equivalentes cada vez mais Apresentação
simples e que nos permitem, finalmente, determinar os
elementos do conjunto verdade ou as raízes da
Introdução
equação. Resumindo:

Resolver uma equação significa Achar as soluções de equações polinomiais foi um dos
determinar o seu conjunto verdade, grandes desafios da Álgebra Clássica.
dentro do conjunto universo
considerado. As primeiras contribuições vieram com o matemático
árabe AL-Khowarizmi no século IX, com importantes
conclusões sobre a resolução de equações de 1 o e 2o
graus.
Na resolução de uma equação do 1º grau com
uma incógnita, devemos aplicar os princípios de
Em seus trabalhos, Al-Khowarizmi usou pela primeira
equivalência das igualdades (aditivo e multiplicativo).
vez o termo “álgebra”, que significa “trocar de
Exemplos:
membro” um termo de uma equação.

Porém, só no século XVI, no Renascimento, é que os


Sendo , resolva a equação . matemáticos italianos Girolano Cardano (1501-1576),
MMC (4, 6) = 12 Niccolo Tartaglia (1500-1557) e Ludovico Ferrari (1522-
1565) começaram a propor fórmulas para resolver
equações de 3o e 4o graus. No entanto, a resolução de
equações de grau superior ao 4o ainda continua sendo
um grande desafio.
-9x = 10 => Multiplicador por (-1)
9x = -10 Em 1798, em sua tese de doutoramento, o matemático
alemão Carl Friedrich Gauss (1777-1855) demonstrou
que “toda equação de grau n (n N*) admite pelo
menos uma raiz complexa”, o que ficou conhecido
como o Teorema Fundamental da Álgebra.

Em 1824, o matemático norueguês Niels Henrik Abel


Como , então . (1802-1829) demonstrou que uma equação do 5 o grau
não poderia ser resolvida através de fórmulas
envolvendo radicais.
 Sendo , resolva a equação 2 . (x - 2) - 3
. (1 - x) = 2 . (x - 4). Em 1829, o jovem matemático francês Évariste Galois
Iniciamos aplicando a propriedade distributiva (1811-1832) demonstrou que a impossibilidade
da multiplicação: descoberta por Abel se estendia a todas as equações
polinomiais de grau maior que o 4 o.

2x - 4 - 3 + 3x = 2x - 8 As descobertas de Abel e Galois não significam, no


2x + 3x -2x = - 8 + 4 + 3 entanto, que nunca poderemos conhecer as raízes de
3x = -1 uma equação de grau maior que o 4o. Existem
teoremas gerais que, associados a condições
particulares, permitem que descubramos soluções de
equações deste tipo.

Como , então 1. Definições e Elementos


Após a revisão destes conceitos entraremos no tópico
do programa de provas: Denominamos equação polinomial ou equação
algébrica de grau n, na variável x C, toda equação
que pode ser reduzida à forma:

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a0xn + a1xn-1 + ... + an-1x + an = 0


2o) Resolver a equação:
em que:
x3 + x2 – 3x – 3 = 0
an, an-1, ..., a2, a1 e a0 são números complexos
chamados coeficientes. Resolução

x2(x + 1) – 3(x + 1) = 0
Exemplos
(x + 1)(x2 – 3) = 0
o o
1 ) 3x – 2 = 0 é uma equação algébrica de 1 grau.
x+1=0 x = –1
2o) 5x3 – 3x +1 = 0 é uma equação algébrica de 3o
grau. ou

3o) + ix + 1 = 0 é uma equação algébrica de 5o x2 – 3 = 0 x2 = 3 x=


grau.
Assim: S = {–1, , } (conjunto solução)
Chamamos de raiz ou zero de uma equação
polinomial P(x) = 0 todo número complexo , tal que P(
) = 0. 3o) Resolver a equação x3 +2x2 +2x = 0 em C.

é raiz de P(x) = 0 P( ) = 0 Resolução

x3 + 2x2 + 2x = 0 x(x2 + 2x + 2) = 0
Exemplo
x(x2 + 2x + 2) = 0
3 2
1 é raiz da equação x – 3x + 3x – 1 = 0,
pois 13 – 3 · 12 + 3 · 1 + 1 = 0 x = 0 ou x2 + 2x + 2 = 0

Conjunto solução de uma equação polinomial é o


conjunto formado por todas as raízes da equação. De x2 + 2x + 2 = 0, vem:

Resolver uma equação é obter o seu conjunto = 4 – 8 = –4 = 4i2


verdade.

Exemplos x = –1 + i ou x = –1 – i

1o) Resolver a equação x3 – 4x2 + 3x = 0 Portanto:

Resolução x3 + 2x2 + 2x = 0 x = 0 ou x = –1 + i ou x = –1 – i

x3 – 4x2 + 3x = 0 x (x2 – 4x + 3) = 0 Ou seja, o conjunto solução da equação é


S = {0, –1 + i, – 1 – i}
Então:

x=0 Dizemos que duas equações são equivalentes em U


quando os seus conjuntos soluções em U são iguais.
ou

x2 – 4x + 3 = 0 x = 3 ou x = 1 2. Multiplicidade das Raízes

Assim: Em uma equação algébrica de grau n, podemos ter,


entre as suas n raízes, m raízes iguais entre si.
S = {0, 1, 3} (conjunto solução). Quando m raízes são iguais a um mesmo número a,

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dizemos que a é raiz de multiplicidade m da
equação.

Observações
Exemplo
1a) Quando é uma raiz de multiplicidade m de uma
equação P(x) = 0, P(x) é divisível por (x – )m e não é Resolver a equação:
divisível por (x – )m + 1
2x3 – 3x2 + 2x – 1 = 0
a
2 ) Quando é raiz de multiplicidade 1 de uma
equação P(x) = 0, dizemos que é uma raiz simples de Resolução
P(x) = 0
2–3+2–1=0 1 é raiz da equação.
Exemplo
Dividindo P(x) = 2x3 – 3x2 + 2x – 1 por (x – 1), temos:
Verificar qual a multiplicidade da raiz 2 na equação
x4 – 4x3 + 16x – 16 = 0. Resolver a equação.

Resolução

Dividindo P(x) = x4 – 4x3 + 16x – 16 por (x – 2), temos:


Assim: P(x) = (x – 1) (2x2 – x + 1)

Resolvendo a equação 2x2 – x + 1 = 0, temos:

= 1 – 8 = – 7 = 7i2

Assim:
x=
P(x) = (x – 2) (x3 – 2x2 – 4x + 8)

Dividindo Q1(x) = x3 – 2x2 – 4x + 8 por (x – 2), temos: Assim:

Resumo

A. Definição
Assim: P(x) = (x – 2) (x – 2) · (x2 – 4)

Como x2 – 4 = (x + 2) (x – 2), temos: Dado o polinômio


P(x) = (x – 2)3 · (x + 2)
P(x) = a0xn + a1xn – 1 + a2xn – 2 + ... + an – 1x + an, equação
Então, 2 é raiz tripla (multiplicidade 3) da equação polinomial ou algébrica é a equação expressa por P(x)
P(x) = 0. = 0, ou seja:

O conjunto solução da equação é: a0xn + a1xn – 1 + a2xn – 2 + ... + an – 1x + an = 0

S = {2, – 2}
B. Raiz, zero ou solução

A. Quando 1 é raiz? Raiz, zero ou solução é valor da variável que torna o


polinômio nulo, ou seja, é valor da variável que torna a
Sabemos que, num polinômio P(x), o valor de P(1) é sentença verdadeira.
igual à soma dos coeficientes de P(x), o que nos
permite concluir:

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x4 + px3 + px2 + px + p = 0, sabendo-se que 1 é raiz,
C. Conjunto verdade ou conjunto solução então:

É o conjunto de todas as raízes de uma equação. a) p = –1/4


As equações algébricas são resolvidas considerando
como conjunto universo o conjunto dos números b) p = 0 ou p = 1
complexos. Resolver uma equação é determinar todas
as suas raízes. c) p = 0 ou p = –1

D. Multiplicidade de uma raiz d) p = 1 ou p = –1

Multiplicidade de uma raiz é a quantidade de vezes


que um mesmo número é raiz de uma mesma e) p =
equação algébrica.
Resolução
E. Quando o número 1 é raiz de uma equação
algébrica P(1) = 1 + p + p + p + p = 0 1 + 4p = 0

O número 1 é raiz de uma equação algébrica se, e


somente se, a soma dos coeficientes desta equação p=
for igual a zero.
Resposta: A
Exercícios Resolvidos 03. (PUC-SP) A multiplicidade da raiz
x0 = 1 da equação x4 – x3 –3x2 + 5x – 2 = 0 é:
01. Calcule m de modo que o número seja raiz da
a) 1
equação:
b) 2
x3 – 4x2 + mx + 2 = 0
c) 3
Resolução
d) 4
Se é raiz da equação, temos: e) 5
x3 – 4x2 + mx + 2 = 0 Resolução

x4 – x3 – 3x2 + 5x – 2 = 0

1 – 8 + 4m + 16 = 0

4m = –9

m= Logo, 1 é raiz de multiplicidade 3.

Resposta: C
Reposta: m =
04. (PUC-SP) No universo C, a equação
02. (FGV-SP) Na equação:

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Resolução

Se a soma dos coeficientes é zero, então o polinômio


anula-se para x = 1. Assim sendo, o número real 1 é
raiz do polinômio. Portanto, pelo teorema de
admite: D’Alembert, o polinômio é divisível por (x – 1).

a) três raízes racionais. Resposta: B

b) duas raízes não reais. Equações Polinomiais – Teoremas Fundamentais

c) duas raízes irracionais. Teoremas Fundamentais

d) uma única raiz não inteira. A. Teorema Fundamental da Álgebra

e) uma única raiz positiva. Toda equação polinomial de grau n, n 1, admite pelo
menos uma raiz complexa.
Resolução
B. Teorema da Decomposição

Admitamos que 1 é uma raiz da equação de grau n,


(n 1):

P(x) = a0xn + a1xn–1 +...+ an–1x + an = 0


(x + 1) · x · (x – 2) = –2
Dividindo P(x) por (x – 1), encontramos um quociente
3 2 Q1(x) e resto R1 = P( 1) = 0
x – x – 2x + 2 = 0
Então:
Fatorando: x2 · (x – 1) – 2 · (x – 1) = 0

(x – 1) (x2 – 2) = 0

x – 1 = 0 ou x2 – 2 = 0
Q1(x) tem grau n – 1 e, se n – 1 1, a equação Q1(x) =
x = 1 ou x = ou x = 0 possui pelo menos uma raiz 2. Dividindo Q1(x) por
(x – 2), encontramos um quociente Q2(x) e resto
R2 = Q1( 2) = 0.
Então:
Resposta: C

05. (Ufes-ES) Se f é um polinômio tal que a soma de


seus coeficientes é zero, então:
Ou seja:
a) f(0) = 0

b) f é divisível por x – 1

c) f é divisível por x – 2
Prosseguindo nesse raciocínio, chegaremos, após um
d) f é identicamente nulo número finito de divisões, a um polinômio constante
Qn(x) = R, tal que:
e) f não possui raízes reais

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P(3) = 54 – 27 – 33 + 6 = 0
Através da identidade:
Logo, 3 é raiz de P(x) = 0

Equações Polinomiais – Teoremas Fundamentais


é fácil

percebermos que k = a0 b) Como 3 é raiz, podemos dividir P(x) por (x – 3),


encontrando resto nulo.
Então:

Assim:
P(x) = (x – 3) (2x2 + 3x – 2)

As demais raízes de P(x) = 0 são as raízes de


Observações 2x2 + 3x – 2 = 0, que são:

1o) Toda equação polinomial de grau n admite n raízes


(reais ou imaginárias).

2o) Quando conhecemos uma raiz a da equação P(x) =


0, dividindo P(x) por (x – ) encontramos o quociente
Q(x), tal que:
P(x) = (x – ) · Q(x) Então, as demais raízes da equação são

Então
c) A forma fatorada de P(x) é:

Assim, as demais raízes de P(x) = 0 também são


raízes da equação Q(x) = 0.

Como o grau de Q(x) é uma unidade menor que o grau 2o) Resolver a equação x3 – 3x2 + 4x – 2 = 0, em C,
de P(x) = 0, dizemos que abaixamos o grau da sabendo que 1 é raiz.
equação.
Resolução
Exemplos
Dividindo P(x) = x3 – 3x2 + 4x – 2 por (x – 1), temos:
o 3 2
1 ) Dada a equação 2x – 3x – 11x + 6 = 0:

a) verificar que 3 é uma de suas raízes;


b) obter as suas demais raízes;
c) escrever esta equação na forma fatorada.

Resolução Assim: P(x) = (x –1) (x2 – 2x + 2)

a) Sendo P(x) = 2x3 – 3x2 – 11x + 6 = 0 Fazendo x2 – 2x + 2 = 0, temos:


P(3) = 2 · 33 – 3 · 32 – 11 · 3 + 6

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Equações Polinomiais – Teoremas Fundamentais

x = 1 + i ou x = 1 – 1 As demais raízes de P(x) = 0 serão as raízes de


2x2 – 7x – 15 = 0, então:
Então: S = {1, 1 + i, 1 – i}
3o) Resolver a equação:
2x4 – 7x3 – 17x2 +7x + 15 = 0, sabendo que duas de
suas raízes pertencem ao conjunto {–2, –1, 0, 1, 2}.
Resolução

Vamos dividir:
P(x) = 2x4 – 7x3 – 17x2 + 7x + 15 por (x + 2), (x + 1),
(x), (x – 1) e (x – 2), até encontrarmos resto zero.

C. Multiplicidade das Raízes

Conforme vimos no módulo anterior, em uma equação


algébrica de grau n, podemos ter, entre as suas n
raízes, m raízes iguais entre si. Quando m raízes são
iguais a um mesmo número , dizemos que é raiz de
multiplicidade m da equação, e, na forma fatorada, o
fator (x – ) aparece exatamente m vezes.

Como o resto é nulo, temos:


P(x) = (x + 1) (2x3 – 9x2 – 8x + 15)

As outras raízes de P(x) serão as raízes de


2x3 – 9x2 – 8x + 15 = 0

Vamos dividir:
Q(x) = 2x3 – 9x2 – 8x + 15 sucessivamente por
(x +1), x, (x – 1) e (x – 2), até encontrarmos resto zero.
Resumo

Teorema fundamental da Álgebra

"Toda equação algébrica de grau n, n 1, admite, pelo


menos, uma raiz complexa".

Teorema da decomposição

Dado o polinômio:
P(x) = a0xn + a1xn – 1 + a2xn – 2 + ... an – 1x + an,
pode-se fatorá-lo como P(x) = a0 (x – x1) (x – x2)
(x – x3) ... (x – xn), em que x1, x2, x3, ..., xn são as raízes
da equação P(x) = 0.
Como o resto é nulo, temos:
Q(x) = (x – 1) (2x2 – 7x – 15)
Multiplicidade de uma raiz
Assim:
P(x) = (x + 1) (x – 1) (2x2 – 7x – 15) Multiplicidade de uma raiz é a quantidade de vezes
que um mesmo número é raiz de uma mesma

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Sucesso
equação algébrica. Se é raiz de multiplicidade m de
um polinômio P(x) de grau n, com m n, podemos
escrever
P(x) = (x – )m · Q(x), em que Q(x) é um polinômio de
grau n – m .

Exercícios Resolvidos

01. Componha uma equação de grau 3 em que o


coeficiente do termo de maior grau é 3, sabendo que 3 Equações Polinomiais – Teoremas Fundamentais
é raiz simples e 2 é raiz dupla.
Resolução
Resolução
P(x) = x3 + 3x2 – 4 ; – 2 é raiz dupla:
3(x – 2)2 (x – 3) = 0
3(x2 – 4x + 4) (x – 3) = 0
3(x3 – 7x2 + 16x – 12) = 0
3x3 – 21x2 + 48x – 36 = 0

02. (UEL-PR) As soluções de uma das equações


abaixo, para um valor adequado de k, são –2, 3 e 5.
Qual é essa equação? x–1=0 x=1

a) x3 + 6x2 – 31x + k = 0 Temos, então:


b) x3 + kx2 – x + 36 = 0 P(x) = (x + 2)2 (x – 1)
c) 2x3 + 6x2 – x + k = 0
d) 2x3 – 12x2 – 2x + k = 0
e) 2x3 – 12x2 + kx + 20 = 0 é definida para P(x) > 0 ou:
Resolução (x+2)2 · (x – 1) > 0.
a0 (x + 2) (x – 3) (x – 5) = 0 Como (x + 2)2 é positivo ou nulo, devemos ter x – 1 > 0
a0 (x2 – x – 6) (x – 5) = 0 ou x > 1.
a0(x3 – 6x2 – x + 30) = 0
Resposta: C
Para a0 = 1, temos: x3 – 6x2 – x + 30 = 0
Para a0 = 2, temos: 2x3 – 12x2 – 2x + 60 = 0 04. (Fuvest-SP) As três raízes de 9x3 – 31x – 10 = 0
são p, q e 2. O valor de p2 + q2 é:
A equação procurada está na alternativa D e o valor
de k é 60. a) 5/9
b) 10/9
c) 20/9
03. Sabendo-se que –2 é uma raiz dupla do polinômio d) 26/9
P(x) = x3 + 3x2 – 4, então o conjunto de todos os e) 31/9
Resolução
números reais x para os quais a expressão está
definida é:

Então
9x3 – 31x – 10 = (x – 2) · (9x2 + 18x + 5).

Assim:

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x1 · x 2 =

B. Para Equações de 3o Grau

Consideremos a equação:
Resposta: D ax3 + bx2 + cx + d = 0 (a 0)
Equações Polinomiais – Relações de Girard Supondo que x1, x2 e x3 são raízes, temos:
Albert Girard – Matemático Francês (1595-1632) ax3 + bx2 + cx + d a (x – x1) (x – x2) ( x – x3)
As relações de Girard são relações entre os
coeficientes de uma equação algébrica e as raízes da
x3 + x3 – (x1 + x2 + x3)x2 +
mesma.
+ (x1 x2 +x1x3+ x2x3 )x – x1 · x2 ·x3
Analisemos inicialmente essas relações para
equações de 2o, 3o e 4o graus e, de modo análogo,
para equações de grau n.

A. Para Equações de 2o Grau Assim:

Consideremos a equação:

ax2 + bx + c = 0 (a 0)

Supondo que x1 e x2 são raízes, temos:

ax2 + bx + c a (x – x1) (x – x2)

Exemplo
x2 + x2 – (x1 + x2) x + x1 · x2
Sendo x1, x2 e x3 raízes de
Assim: 3x3 – 7x2 + 8x + 2 = 0

x1 + x2 +x3 =

x1x2 + x1x3 + x2x3

Exemplo
x1x2x3 =
Sendo x1 e x2 raízes de x2 – 7x + 8 = 0

C. Para Equações de 4o Grau


x1 + x 2 =
Consideremos a equação
e ax4 + bx3 + cx2 + dx + e = 0 (a 0)

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Supondo que x1, x2, x3 e x4 são raízes da equação,


temos:
Como , são raízes
ax4 + bx3 + cx2 + dx + e de 2x2 + 5x – 3 = 0
a (x – x1) (x – x2) (x – x3) (x – x4) Resolvendo, temos:

x3 = –3 e x4 =
4
x – ( x1 + x2 + x3 + x4) x3 +(x1x2 + x1x3+
+ x1x4 + x2x3 + x2x4 + x3x4)x2 – (x1x2x3+
+x1x2x4 + x1x3x4 + x2x3x4)x + x1x2x3x4 Então, as outras raízes são 2 – i, –3 e .

Assim: D. Para Equação de Grau n

Consideremos a equação de grau n (n > 1)

a0xn+ a1x n–1+ ... +an–2x2+an–1x+an=0

Sendo x1, x2, ... , xn raízes dessa equação, temos:

x1 + x2 + ... + xn =

x1 · x2 + x1 · x3 + ... + xn–1· xn =
Equações Polinomiais – Relações de Girard

Exemplo x1 · x2 · x3·...· xn=(–1)n


Sabendo que 2 + i é raiz da equação
2x4 – 3x3 – 13x2 + 37x – 15 = 0, determine as outras Exemplos
raízes.
1o) Calcular o coeficiente m para que a equação
Resolução x3 + mx2 – 2x + 1 = 0 admita duas raízes opostas.
Se x1 = 2 + i é uma raiz, então x2 = 2 – i também é. Resolução
(Isto será demonstrado no próximo módulo.)

Se , – e são as raízes, temos:

(I)

(II)

(III)

Substituindo (I) e (II) em (III), temos:

– 2 · (– m) = –1

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2o) Calcular o coeficiente m de modo que a equação


x3 + mx2 + 11x + m = 0 admita raízes , , y que
verifiquem a relação

Resolução

5. Equação algébrica de grau n

Dada a equação:

a0xn + a1x n–1 + ... + an–2x2 + an–1x + an=0


com raízes x1, x2, ... , xn, temos:

Resumo

Relações de Girard

1. Equação algébrica do 1o grau

a0x+a1 = 0 x1 =

2. Equação algébrica do 2o grau

Exercícios Resolvidos

01. (UFSCar-SP 2000) Sabendo-se que a soma de


duas das raízes da equação
x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0 é igual a 5, pode-se afirmar a
respeito das raízes que:

3. Equação algébrica do 3o grau a) são todas iguais e não nulas.


b) somente uma raiz é nula.
c) as raízes constituem uma progressão geométrica.
d) as raízes constituem uma progressão aritmética.
e) nenhuma raiz é real.

Resolução

x3 – 7x2 + 14x – 8 = 0
Raízes: x1, x2 e x3
Informação: x1 + x2 = 5
4. Equação algébrica do 4o grau

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Informação: x1 · x2 = 1
Girard: x1 + x2 + x3 = 7 5 + x3 = 7
x3 = 2
Girard:
Como 2 é raiz, por Briot-Ruffini, temos
– 2 é raiz P(–2) = 0
2(–2)3 – (–2)2 – 2k + 4 = 0
– 16 – 4 – 2k + 4 = 0
– 2k – 16 = 0
k=–8
x2 – 5x + 4 = 0
x = 1 ou x = 4 Resposta: A
S = {1, 2, 4}
Equações Polinomiais – Teorema das Raízes
Resposta: C Complexas

Teorema das Raízes Complexas


02. (ITA-SP) Se , , são raízes da equação

x3 – 2x2 + 3x – 4 = 0, então, o valor de é: Raízes Complexas de Equações com Coeficientes


Reais

a) d)

Consideremos a equação de coeficientes reais:


b) e)
a0xn + a1xn–1 + ... + an–1x + an = 0

c) Supondo que o número complexo z é raiz da equação,


temos:
Resolução
a0zn + a1zn–1 + ... + an–2z2 + an–1z + an = 0

Logo, o conjugado de:

a0zn + a1zn–1 + ... + an–2z2 + an–1z + an

também é zero, ou seja:


Resposta: C

03. (Fuvest-SP) Sabe-se que o produto de duas raízes Utilizando as propriedades do conjugado, concluímos
da equação algébrica 2x3 – x2 + kx + 4 = 0 que:
é igual a 1. Então, o valor de k é:

a) – 8 d) 4

b) – 4 e) 8
Dessa forma, também é raiz da equação
c) 0 considerada.

Resolução Assim, concluímos que:

2x3 – x2 + kx + 4 = 0
Raízes: x1, x2 e x3

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2a) Numa equação algébrica de coeficientes reais, a
quantidade de raízes imaginárias é sempre um número
par.

Equações Polinomiais – Teorema das Raízes


Complexas

Resumo
Exemplo
Teorema das raízes complexas
Resolver a equação x4 – 4x3 + 5x2 – 2x – 2 = 0
sabendo, que uma raiz é (1 – i). Dada a equação
a0xn + a1xn–1 + a2xn–2 + ... + an–1x + an = 0
Resolução com coeficientes reais, se o número complexo não real

Se (1 – i) é raiz da equação z = a + bi for uma de suas raízes, então o seu


P(x) = x4 – 4x3 + 5x2 – 2x – 2 = 0, então (1 + i) também conjugado = a + bi também será raiz da equação.
é raiz. Assim:

Exercícios Resolvidos

01. Uma equação algébrica com coeficientes reais


admite como raízes os números complexos 2 + i, 1 – i
e 0. Podemos afirmar que o grau dessa equação é,
necessariamente:

a) par.
P(x) = [x – (1 + i)] [x – (1 – i)] · [x2 – 2x – 1]
b) ímpar.
Fazendo x2 – 2x –1 = 0, temos ou
c) igual a três.
Logo:
d) menor ou igual a seis.

e) maior ou igual a cinco.


Importante
Resolução
Demonstra-se que, numa equação algébrica de
coeficientes reais, valem ainda as propriedades: Como a equação tem coeficientes reais, além das
raízes 2 + i, 1 – i e zero, ela admite também 2 – i e 1 +
1a) Se z é raiz de multiplicidade m, então também i como raízes. Logo, o menor grau possível para essa
será raiz de multiplicidade m. equação é 5.

2a) Dada a equação algébrica Resposta: E


a0xn + a1xn–1 + a2xn–2 + ... + an–1x + an = 0 com
coeficientes inteiros, se o número irracional a + (n
não é um quadrado perfeito) for uma de suas raízes, 02. Resolver a equação x3 – 5x2 + 8x – 6 = 0, sabendo-
se que 1 + i é uma de suas raízes.
então o número irracional a – também será raiz
desta equação.
Resolução
Conseqüências
Sendo a equação de coeficientes reais, se 1 + i é uma
a raiz, então 1 – i também será raiz desta equação.
1 ) Numa equação algébrica de coeficientes reais e de
Assim, já temos duas das três raízes da equação.
grau ímpar, pelo menos uma de suas raízes é real.
Pelas relações de Girard, temos:

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Supondo que inteiro é raiz de P(x) = 0, temos:

P( ) = 0

03. Sendo 4 + e raízes do polinômio


P(x) = 2x5 – 22x4 + 74x3 + 2x2 – 420x + 540, então a
soma dos quadrados das raízes reais desse polinômio
é:

a) 17
b) 23
c) 19
d) 25 Assim, também é inteiro e, portanto:
e) 21

Resolução

Sendo a equação de coeficientes inteiros, se 4 + e Observação


são raízes, então 4 – e– também são raízes
desta equação. Assim, já temos quatro das cinco Com esta propriedade, quando tivermos uma equação
raízes da equação. Pelas relações de Girard, temos: algébrica de coeficientes inteiros, podemos descobrir
as suas raízes inteiras (se existirem). Para tanto,
devemos pesquisar todos os divisores (positivos e
negativos) de an, o termo independente da equação.

Exemplo

Resolver a equação:
As raízes reais são: ,– e 3.

A soma dos quadrados das raízes reais é:

Resolução

Resposta: C As possíveis raízes inteiras da equação são os


divisores de – 6, ou seja, ± 1, ± 2, ± 3, ± 6.
Equações Polinomiais – Pesquisa de Raízes Racionais
Pesquisando as raízes:
Pesquisa de Raízes

Vimos até aqui que, para resolvermos uma equação


algébrica P(x) = 0 de grau n, devemos descobrir uma
raiz e dividir P(x) por (x – ), recaindo em uma
equação
Q(x) = 0 de grau n – 1.

A. Raízes Inteiras de Equações com Coeficientes


Inteiros 2 é uma raiz de P(x) = 0, então
P(x) = (x – 2) (2x2 – 7x + 3)
Consideremos uma equação

P(x) = a0xn + a1xn–1 + ... + an–1x + an = 0 2x2 – 7x + 3 = 0 x= ou x = 3


com an, an–1, ... , a2, a1 e a0 inteiros (an 0 e a0 0).

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Como a · p2 + b · p · q + c · q2 é inteiro, é inteiro.

Observação Como p e q são primos entre si,

Podemos notar que a equação tem outra raiz inteira, o


número 3, que é um divisor de an = – 6.
B. Raízes Racionais de Equações com Coeficientes Assim, na equação ax3 + bx2 + cx + d = 0 as possíveis
Inteiros

Consideremos a equação: raízes racionais são tais que p é divisor do termo


independente d, e q é divisor do coeficiente do termo
ax3 + bx2 + cx + d = 0, com coeficientes a, b, c e d de maior grau da equação.
inteiros (a 0 e d 0).
Generalizando, temos:
Equações Polinomiais – Pesquisa de Raízes Racionais

Supondo que o número racional (p e q inteiros e


primos entre si) é raiz da equação, temos:

Exemplo
De (I) temos: Resolver a equação: 2x3 + x2 + x – 1 = 0
ap3 + (b · p2 + c · p · q + d · q2) · q = 0 Resolução

Os divisores do termo independente são: + 1 e – 1


2 2
então b · p + c · p · q + d · q = –
Os divisores do coeficiente do termo de maior grau
são: ±1 e ± 2
Como b · p2 + c · p · q + d · q2 é inteiro, é inteiro.
Os únicos valores racionais possíveis para raízes da
Como p e q são primos entre si,
equação são: +1, –1, e–

Pesquisando estes valores, temos:

Também de (I) temos:

(a · p2 + b · p · q + c · q2) · p + d · q3 = 0

então, a · p2 + b · p · q + c · q2 = –

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16.
Assim, é raiz e a equação pode ser escrita:
Resposta: A

(x – ) (2x2 + 2x + 2) = 0
02. Obter todas as raízes, reais e não reais, da
2
Resolvendo a equação 2x + 2x + 2 = 0, temos: equação: x3 – 4x2 + x + 26 = 0.

Resolução
x=– + i ou x = – – i P { ± 1, ± 2, ± 13, ± 26} e q {± 1}
Assim:

Assim, { ± 1, ± 2, ± 13, ± 26} (possíveis raízes


racionais).

Para x = – 2, temos:
Equações Polinomiais – Pesquisa de Raízes Racionais

Resumo

Raízes Racionais
Portanto, – 2 é uma raiz

Se a fração racional irredutível (p e q inteiros primos


entre si) for raiz da equação de grau n e de
coeficientes inteiros, a0xn + a1xn–1 + ... + an–1x1 + an = 0,
então p é divisor de an e q é divisor de a0.

Exercícios Resolvidos
V = {– 2, 3 + 2i, 3 – 2i}
01. Entre as frações
03. Resolver a equação: 2x3 – 7x2 + 6x + 5 = 0

Resolução
podem ser raízes da equação
16x6 + ax5 + bx4 + cx3 + dx2 + ex + 45 = 0, com a, b, c, f(x) = 2x3 – 7x2 + 6x + 5
d e e números inteiros, as frações:

As possíveis raízes racionais são:

Resolução

Em todas as alternativas, exceto a primeira, em pelo


Portanto, –1/2 é uma das raízes; as outras duas são
menos uma das frações ou o numerador não é divisor
as raízes da equação:
inteiro de 45 ou o denominador não é divisor inteiro de

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2x2 – 8x + 10 = 0 f(5) = 4.5 + 3 = 23 , portanto 23 é imagem de 5 pela
x2 – 4x + 5 = 0 função f , f(0) = 4.0 + 3 = 3, etc.
Para definir uma função , necessitamos de dois
= 16 – 20 = – 4 = 4i2 conjuntos (Domínio e Contradomínio ) e de uma
fórmula ou uma lei que relacione cada elemento do
domínio a um e somente um elemento do
contradomínio .
Quando D(f) Ì R e CD(f) Ì R , sendo R o conjunto dos
números reais , dizemos que a função f é uma função
, assim real de variável real . Na prática , costumamos
considerar uma função real de variável real como
sendo apenas a lei y = f(x) que a define , sendo o
conjunto dos valores possíveis para x , chamado de
domínio e o conjunto dos valores possíveis para y ,
chamado de conjunto imagem da função . Assim , por
exemplo , para a função definida por y = 1/x , temos
que o seu domínio é D(f) = R* , ou seja o conjunto dos
2.2 FUNÇÕES POLINOMIAIS reais diferentes de zero (lembre-se que não existe
divisão por zero) , e o seu conjunto imagem é também
R* , já que se y = 1/x , então x = 1/y e portanto y
Agora vamos relembrar conceitos de funções para
também não pode ser zero .
depois entrarmos em Funções Polinomiais
Dada uma função f : A ® B definida por y = f(x) ,
podemos representar os pares ordenados (x , y) Î f
FUNÇÕES
onde x Î A e y Î B ,num sistema de coordenadas
cartesianas .
Definição O gráfico obtido será o gráfico da função f .
Dados dois conjuntos A e B não vazios , chama-se
função (ou aplicação) de A em B, representada por Assim , por exemplo , sendo dado o gráfico cartesiano
f : A ® B ; y = f(x) , a qualquer relação binária que de uma função f , podemos dizer que:
associa a cada elemento de A , um único elemento de a ) a projeção da curva sobre o eixo dos x , nos dá o
B. domínio da função .
.
Portanto , para que uma relação de A em B seja uma b ) a projeção da curva sobre o eixo dos y , nos dá o
função , exige-se que a cada x Î A esteja associado conjunto imagem da função .
um único y Î B , podendo entretanto existir y Î B que
não esteja associado a nenhum elemento pertencente c ) toda reta vertical que passa por um ponto do
ao conjunto A. domínio da função , intercepta o gráfico da função em
no máximo um ponto .
Veja a figura abaixo:

Obs : na notação y = f(x) , entendemos que y é


imagem de x pela função f, ou seja:
y está associado a x através da função f.
Exemplo:

f(x) = 4x+3 ; então f(2) = 4.2 + 3 = 11 e portanto , 11 é


imagem de 2 pela função f ;

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2) na função f(x) = ax + b , se b = 0 , f é dita função
linear e se b ¹ 0 f é dita função afim .
3) o gráfico intercepta o eixo dos x na raiz da equação
f(x) = 0 e, portanto, no ponto de abcissa x = - b/a .
4) o gráfico intercepta o eixo dos y no ponto (0 , b) ,
onde b é chamado coeficiente linear .
5) o valor a é chamado coeficiente angular e dá a
inclinação da reta .
6) se a > 0 , então f é crescente .
7) se a < 0 , então f é decrescente .
8) quando a função é linear, ou seja, y = f(x) = ax , o
gráfico é uma reta que sempre passa na origem.
Exercício resolvido:
1 - Determine a função f(x) = ax + b, sabendo-se que
f(2) = 5 e f(3) = -10.
SOLUÇÃO:
Podemos escrever:
5 = 2.a + b
-10 = 3.a + b
Subtraindo membro a membro, vem:
5 - (- 10) = 2.a + b - (3.a + b)
15 = - a \ a = - 15
Substituindo o valor de a na primeira equação
1.12 FUNÇÃO DO 1º GRAU ou LINEAR
(poderia ser na segunda), fica:
Uma função é dita do 1º grau , quando é do tipo y = ax 5 = 2.(- 15) + b \ b = 35.
+ b , onde a é diferente de 0 . Logo, a função procurada é: y = - 15x + 35.
Exemplos :
Agora resolva esta:
f(x) = 3x + 12 ( a = 3 ; b = 12 )
A função f é definida por f(x) = ax + b. Sabe-se que f(-
f(x) = -3x + 1 (a = -3; b = 1).
1) = 3 e f(3) = 1, então podemos afirmar que f(1) é
Propriedades da função do 1º grau : igual a:
1) o gráfico de uma função do 1º grau é sempre uma *a) 2
reta b) -2
c) 0
d) 3
e) –3
Sejam a e b números reais não nulos. Uma função
afim é uma função f: R R que para cada x em R,
associa y = f(x)= ax+b.
Exemplos: As funções f: R R definidas por:
a. f(x) = -3 x + 1
b. f(x) = 2 x + 7
c. f(x) = x/2 + 4

– Função Quadrática
Sejam a, b ec
números reais, com
a não nulo. A função

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quadrática é uma função f:R R que para cada x em Grau de um polinômio
R, f(x)=ax2+bx+c.
Exemplos: Em um polinômio, o termo de mais alto grau que
1. f(x)=x2 possui um coeficiente não nulo é chamado termo
dominante e o coeficiente deste termo é o coeficiente
2. f(x)=-4 x2 do termo dominante. O grau de um polinômio p=p(x)
3. f(x)=x2-4x+3 não nulo, é o expoente de seu termo dominante, que
4. f(x)=-x2+2x+7 aqui será denotado por gr(p).
O gráfico de uma função quadrática é uma curva
denominada Acerca do grau de um polinômio, existem várias
observações importantes:
Feita esta revisão
vamos adentrar agora 1. Um polinômio nulo não tem grau uma vez que
no assunto do não possui termo dominante. Em estudos mais
programa de provas: avançados, define-se o grau de um polinômio
nulo mas não o faremos aqui.
FUNÇÕES 2. Se o coeficiente do termo dominante de um
POLINOMIAIS polinômio for igual a 1, o polinômio será
chamado mônico.
Um polinômio (função polinomial) com coeficientes
reais na variável x é uma função matemática f:R R 3. Um polinômio pode ser ordenado segundo as
definida por: suas potências em ordem crescente ou
decrescente.
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
4. Quando existir um ou mais coeficientes nulos,
o polinômio será dito incompleto.
onde ao, a1, a2, ..., an são números reais, denominados
coeficientes do polinômio. O coeficiente ao é o termo
constante. 5. Se o grau de um polinômio incompleto for n, o
número de termos deste polinômio será menor
do que n+1.
Se os coeficientes são números inteiros, o polinômio é
denominado polinômio inteiro em x.
6. Um polinômio será completo quando possuir
todas as potências consecutivas desde o grau
Uma das funções polinomiais mais importantes é f:R mais alto até o termo constante.
R definida por:
7. Se o grau de um polinômio completo for n, o
f(x) = a x² + b x + c número de termos deste polinômio será
exatamente n+1.
O gráfico desta função é a curva plana denominada
parábola, que tem algumas características utilizadas É comum usar apenas uma letra p para representar a
em estudos de Cinemática, radares, antenas função polinomial p=p(x) e P[x] o conjunto de todos os
parabólicas e faróis de carros. Ver o link A função polinômios reais em x.
quadrática nesta mesma página para entender a
importância da função polinomial quadrática.
Igualdade de polinômios
O valor numérico de um polinômio p=p(x) em x=a é
obtido pela substituição de x pelo número a, para obter Os polinomios p e q em P[x], definidos por:
p(a).
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
Exemplo: O valor numérico de p(x)=2x²+7x-12 para q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn
x=3 é dado por:

são iguais se, e somente se, para todo k=0,1,2,3,...,n:


p(3) = 2×(3)²+7×3-12 = 2×9+21-12 = 18+9 = 27

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ak=bk Elemento neutro: Existe um polinômio po(x)=0 tal que

Teorema: Uma condição necessária e suficiente para po + p = p


que um polinômio inteiro seja identicamente nulo é que
todos os seus coeficientes sejam nulos. qualquer que seja p em P[x].

Assim, um polinômio: Elemento oposto: Para cada p em P[x], existe outro


polinômio q=-p em P[x] tal que
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
p+q=0
será nulo se, e somente se, para todo k=0,1,2,3,...,n:
Com estas propriedades, a estrutura (P[x],+) é
ak= 0 denominada um grupo comutativo.

O polinômio nulo é denotado por po=0 em P[x]. Produto de polinômios

O polinômio unidade (identidade para o produto) p 1=1 Sejam p, q em P[x], dados por:
em P[x], é o polinômio:

p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn


p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ + ...+ anxn q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn

tal que ao=1 e ak=0, para todo k=1,2,3,...,n. Definimos o produto de p e q, como um outro
polinômio r em P[x]:
Soma de polinômios
r(x) = p(x)·q(x) = co + c1x + c2x² + c3x³ +...+ cnxn
Consideremos p e q polinômios em P[x], definidos por:
tal que:
n
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +... + anx
q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +... + bnxn ck = aobk + a1bk-1 + a2 bk-2 + a3bk-3 +...+ ak-1 b1 + akbo

Definimos a soma de p e q, por: para cada ck (k=1,2,3,...,m+n). Observamos que para


cada termo da soma que gera ck, a soma do índice de
a com o índice de b sempre fornece o mesmo
(p+q)(x) = (ao+bo)+(a1+b1)x+(a2+b2)x²+...+(an+bn)xn
resultado k.

A estrutura matemática (P[x],+) formada pelo conjunto A estrutura matemática (P[x],·) formada pelo conjunto
de todos os polinômios com a soma definida acima, de todos os polinômios com o produto definido acima,
possui algumas propriedades: possui várias propriedades:

Associativa: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], Associativa: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x],
tem-se que: tem-se que:

(p + q) + r = p + (q + r) (p · q) · r = p · (q · r)

Comutativa: Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem- Comutativa: Quaisquer que sejam p, q em P[x], tem-
se que: se que:

p+q=q+p p·q=q·p

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Elemento nulo: Existe um polinômio po(x)=0 tal que e colocamos os mesmos entre parênteses e após o n-
ésimo coeficiente colocamos uma quantidade infinita
de zeros, assim nós temos somente uma quantidade
po · p = po
finita de números não nulos, razão pela qual tais
sequências são denominadas sequências quase-
qualquer que seja p em P[x]. nulas.

Elemento Identidade: Existe um polinômio p1(x)=1 tal Esta forma de notação


que
p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,an,0,0,0,...)
p1 · p = p
funciona bem quando trabalhamos com espaços
qualquer que seja p em P[x]. A unidade polinomial é vetoriais, que são estruturas matemáticas onde a
simplesmente denotada por p1=1. soma dos elementos e a multiplicação dos elementos
por escalar têm várias propriedades.
Existe uma propriedade mista ligando a soma e o
produto de polinômios Vamos considerar S o conjunto das sequências quase-
nulas de números reais com as operações de soma,
Distributiva: Quaisquer que sejam p, q, r em P[x], multiplicação por escalar e de multiplicação, dadas
tem-se que: abaixo.

p · (q + r) = p · q + p · r Sejam p e q em S, tal que:

Com as propriedades relacionadas com a soma e o p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,am,0,0,0,...)


produto, a estrutura matemática (P[x],+,·) é q = (bo,b1,b2,b3,b4,...,bn,0,0,0,...)
denominada anel comutativo com identidade.
e vamos supor que m < n.

Espaço vetorial dos polinômios reais Definimos a soma de p e q, como:

Embora uma sequência não seja um conjunto mas sim


p+q = (ao+bo,a1+b1,a2+b2,...,an+bn,0,0,0,...)
uma função cujo domínio é o conjunto dos números
naturais, usaremos neste momento uma notação para
sequência no formato de um conjunto. a multiplicação de p em S por um escalar k, como:

O conjunto P[x] de todos os polinômios pode ser k.p = (kao,ka1,ka2,ka3,ka4,...,kam,0,0,...)


identificado com o conjunto S das sequências quase-
nulas de números reais , isto é, as sequências da
forma: e o produto de p e q em S como:

p = (ao,a1,a2,a3,a4,...,an,0,0,0,...) p·q = (co,c1,c2,c3,c4,...,cn,0,0,0,...)

Isto significa que após um certo número natural n, sendo que


todos os termos da sequência são nulos.
ck = aobk + a1bk-1 + a2bk-2 + a3bk-3 +...+ ak-1b1+akbo
A identificação ocorre quando tomamos os coeficientes
do polinômio para cada ck (k=1,2,3,...,m+n).

p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn O conjunto S com as operações definidas é:
associativo, comutativo, distributivo e possui
elementos: neutro, identidade, unidade, oposto.

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Características do grau de um polinômio onde q=q(x) é um polinômio de grau n-1. Assim,
podemos escrever:
Se gr(p)=m e gr(q)=n então
p(x)=(x-c) q(x)+p(c)
gr(p.q) = gr(p) + gr(q)
gr(p+q)<max{gr(p),gr(q)} e é claro que r(x)=p(c) é um polinômio de grau 0.

Algoritmo da divisão de polinômios Zeros de um polinômio

Dados os polinômios p e q em P[x], dizemos que q Um zero de um polinômio real p em P[x] é um número
divide p se existe um polinômio g em P[x] tal que c, que pode ser real ou complexo, tal que p(c)=0. O
zero de um polinômio também é denominado raiz do
polinômio.
p(x) = g(x) q(x)

Uma consequência do Algoritmo da Divisão de


Se p em P[x] é um polinômio com gr(p)=n e g é um polinômios é que:
outro polinômio com gr(g)=m<n, então existe um
polinômio q em P[x] e um polinômio r em P[x] com
gr(r)<gr(g), tal que: x-c é um fator de p se, e somente se, r(x)=f(c)=0

p(x) = q(x) g(x) + r(x) o que é equivalente a:

Um caso particular importante é quando tomamos c é um zero de p, sse, x-c é um divisor de p=p(x)
g(x)=x-c e

2.3 EQUAÇÕES TRANSCENDENTAIS


p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn
(EXPONENCIAIS, LOGARÍTMICAS E
TRIGONOMÉTRICAS)
Como para todo k=1,2,3,...,n vale a identidade:

xk-ck = (x-c)( xk-1 + cxk-2 + c²xk-3 +...+ ck-2x+ck-1 )


2.3.1 EQUAÇÕES EXPONENCIAIS
Uma equação é chamada exponencial quando a
incógnita a ser determinada comparece como
então para expoente.
Para resolver uma equação exponencial, você deve
p(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn reduzir ambos os membros da igualdade a uma
mesma base. Então, basta igualar os expoentes para
temos que recair numa equação comum.
Há equações exponenciais em que não é
p(c) = ao + a1c + a2c² + a3c³ +...+ anc n possível reduzir de imediato os dois membros à
mesma base. Para resolvê-las, freqüentemente é
conveniente utilizar uma variável auxiliar.
e tomando a diferença entre p(x) e p(c), teremos:
Aplicações
p(x)-p(c) = a1(x-c) + a2(x²-c²) + a3(x³-c³) +...+ an(xn-cn)
01. Resolva a equação 5x = 125.
Solução:
o que garante que podemos evidenciar g(x)=x-c para
obter 5x = 125 5x = 53 x = 3
02. Resolva a equação 32x + 4.3x + 3 = 0.
p(x)- p(c)=(x-c) q(x) Solução:
A expressão dada pode ser escrita na forma:

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(3x)2 - 4.3x + 3 = 0
Pronto, estamos com as
Fazendo 3x = y, temos: bases iguais. Vamos cortar
y2 – 4y + 3 = 0 y = 1 ou y = 3 e resolver a equação do
Como 3x= y, então 3x= 1 x = 0 ou 3x = 3 x = 1 primeiro grau novamente.
Portanto, S = {0,1}.
Para termos uma equação devemos ter uma igualdade Aplicando as propriedades
2x-2=5
ou seja, alguma coisa igualada à outra. operatórias.
E para ser equação exponencial devemos ter uma
2x=5+2
igualdade que tenha uma variável (normalmente X)
2x=7
colocada no expoente (potência). Para resolvê-las
x=7/2 Esta é a solução
utilizamos métodos que se valem das propriedades
que acabamos de estudar.
Vamos aumentar mais uma vez o nível.
Não existe uma fórmula mágica para resolução de
equações exponenciais, existe um objetivo a ser Novamente
alcançado. Quando nos deparamos com uma equação começamos
exponencial devemos procurar um método de fatorando.
IGUALAR AS BASES de ambos os lados da igualdade.
Isso mesmo, o objetivo é esse IGUALAR AS BASES. Para igualar as
Veja abaixo vários exemplos resolvidos. bases, vamos
aplicar as
Esta é a nossa equação propriedades de
exponencial. Temos uma igualdade potenciação e
e veja que sua variável (X) está radiciação.
como expoente do termo à
esquerda desta igualdade. Com as bases
Bom, o nosso objetivo é igualar as iguais vamos
bases, vamos fatorar ambos os operar os
lados: expoentes

O lado esquerdo já estava


fatorado. Agora temos os dois
lados com a mesma base.
Chegamos ao objetivo. Agora
devemos "CORTAR" as bases de
ambos os lados.

Pronto, com as bases "cortadas"


mantemos os expoentes e
calculamos uma equação do
primeiro grau.

x=2 Esta é a solução!!


Esta é a nossa
Vejam agora um exemplo um pouquinho mais solução x=4
difícil:
Mais um exemplo um pouco mais difícil.
O nosso objetivo é sempre
Este exemplo é um pouco
o mesmo, igualar as bases.
mais difícil pois tem um
Vamos fatorar ambos os
expoente no expoente. Note
lados.
que teremos que igualar as
Temos agora que utilizar as bases duas vezes. Preste
propriedade de potenciação atenção. Vamos fatorar

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Agora podemos cortar as primeiro trabalhar no 2
bases. Sobram os expoentes. mais de dentro.

Temos outra equação Agora é só fazer a


exponencial. Novamente multiplicação de
vamos fatorar e igualar as potências de mesma
bases. base.

Corta-se as bases.

Uma raiz já foi. Vamos


x+1=2 fazer a mesma coisa
x=2-1 com as outras.
x=1 Esta é a nossa solução, x=1

Novamente vamos aumentar a dificuldade:


Como sempre,
vamos fatorar.

Vamos aplicar as
propriedades
operatórias de
potenciação para
multiplicação e
divisão de mesma Mais uma vez para matar
base. a última raiz.

Bases iguais, corta-las...

Pronto, objetivo
alcançado.
Cortando...
Agora é só operar e
8x-7=x-3 isolar "x".
8x-x=7-3
7x=4
x=4/7 Esta é a solução

Agora com mais raizes.


Esta parece ser bem
mais difícil, né?? Mas a
dificuldade é a mesma,
você precisa ter os
Esta é a nossa solução.
mesmo conhecimentos
para resolve-la. As bases
Veja uma que precisa de bascara para resolver:
já estão definidas, vai ser
2. O que devemos fazer Precisamos igualar as bases mas
é transformar o lado nenhum dos lados da igualdade
esquerdo em uma única pode ser fatorado. Iremos usar
raiz usando as uma propriedade que
propriedades de aprendemos na lição passada:
radiciação. Vamos qualquer número elevado na

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potência zero vale 1 (Xo=1).
Então o lado direito da igualdade
pode ser 3o. 3) Se , então "x" vale:
(A) -1/6
Agora com as bases igualadas (B) -1/3
vamos corta-las. (C) -1/2
(D) 1/2
Agora é uma equação do (E) 1/5
x2-x-6=0 segundo grau. Aplicando Báscara
achamos suas raizes.
4) (PUC-RS) A soma das raizes da equação 9·5x2-
2x+1
Esta é a solução, "x" pode ser =5625 é:
{-2 e 3}
qualquer um destes valores. (A) -4
(B) -2
Última agora (C) -1
(D) 2
A única diferença deste exemplo é (E) 4
que antes de fatorar para tentar
x+3 igualar as bases temos que
3·2 =192 5) (UFRGS) Sabendo-se que 6x+2=72, tem-se que 6-x
"passar" o três que está
multiplicando para o lado direito vale:
dividindo. (A) -4
(B) -2
2x+3=192/3 Efetuando o cálculo (C) 0
(D) ½
Agora sim!!! Fatoramos para igualar (E) 2
2x+3=64
as bases.

2x+3=26 Cortando... 6) (UFRGS) O valor de x que verifica a equação

x+3=6
x=6-3 é:
x=3 Esta é a nossa solução. (A) -1
(B) -1/2
Faça agora alguns exercícios que utilizam este (C) 0
mesmo método para resolução. Após isso veja (D) 1/2
mais exemplos resolvidos com outros métodos de (E) 1
resolução.
12) (UFRGS) A solução da equação

é
1) 2) 3)
(A) -2
(B) 1/2
4) (C) 14/15
(D) 15/14
(E) 2
5) 6) 7)
7) (UFRGS) Sabendo que 4x-4x-1=24 então x1/2 vale

(A) /2

(B) /2
(C)

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(D) /5

(E) /2
8·2x+2x=18
9·2x=18
8) (PUCRS) A soma das raizes da equação 2x=2
x=1

é: 5) 3x(x-4)=3-3 6) 3x2- 7) 4-(x-1)=42(x+2)


10x+7 -2
x(x-4)=-3 =3 -(x-1)=2(x+2)
(A) -2 x2- -x+1=2x+4
(B) -1 x2-4x=-3 10x+7=-2 -x-2x=4-1
(C) 0 x2- x2- -3x=3
(D) 1 4x+3=0 10x+7+2=0 x=-1
(E) 2 (Báscara)
(Exercícios de Exponenciais Resolvidos - x'=3 x2-
x''=1 10x+9=0
1) 4) (Báscara)
3) x'=9
2)
x''=1

5) 7)

6) 3) Se , então "x" vale:


(A) -1/6
1) Aplicando as propriedades de exponencial (B) -1/3
temos: (C) -1/2
(D) 1/2
Agora com as bases igualadas (E) 1/5
10x(x-1)=10-6
podemos cortá-las. - Primeiro vamos transformar os decimais (números
com vírgula) em frações:
x(x-1)=-6 Operando

Chegamos em uma equação do


x2-x=-6
2 segundo grau, aplicando Báscara
x -x+6=0
achamos os resultados - Veja que podemos simplificar a fração da esquerda e
transformar em potência o lado direito da igualdade:
Note que temos uma raiz
quadrada de um número negativo!
Isto não é um número do conjunto
dos REAIS (R), portanto a
resposta é x R (x não pertence
- As bases estão quase igualadas, só que uma é o
aos REAIS).
inverso da outra. Vamos inverter uma delas e adicionar
o expoente "-1".

2) 4x2=256 3) 2x2-
4x2=44 7x+12
=1
2
x =4 2x2-
7x+12
=20
x2 -
7x+12=0 4)
(Báscara) Tirando MMC
x=4 x=3 - Agora sim, com as bases igualadas podemos cortá-
las:

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- Agora podemos inverter ambos os lados que a
igualdade continua verdadeira:

- Aplicando as propriedades de potenciação:


6-x=½
Resposta certa letra "D"

6) (UFRGS) O valor de x que verifica a equação


Resposta certa letra "B".

é:
4) (PUC-RS) A soma das raizes da equação 9·5x2-
2x+1
=5625 é: (A) -1
(B) -1/2
(A) -4 (C) 0
(B) -2 (D) 1/2
(C) -1 (E) 1
(D) 2
(E) 4
- Primeiro vamos "passar" o nove que está 7) (UFRGS) A solução da equação
multiplicando o lado esquerdo para o lado direito
dividindo: é
5x2-2x+1=5625/9 (A) -2
5x2-2x+1=625 (B) 1/2
(C) 14/15
- Fatorando: (D) 15/14
5x2-2x+1=54 (E) 2
- Cortando as bases:
x2-2x+1=4 8) (UFRGS) Sabendo que 4x-4x-1=24 então x1/2 vale
x2-2x+1-4=0
x2-2x-3=0 (A) /2
- Sendo a fórmula da soma das raizes S=-b/a, temos: (B) /2
S=-(-2)/1
S=2 Resposta certa letra "D". (C)

(D) /5
5) (UFRGS) Sabendo-se que 6x+2=72, tem-se que 6-x
vale: (E) /2
(A) -4 Pegando a expressão dada no enunciado, podemos
(B) -2 transformar a subtração em uma divisão:
(C) 0 4x-4x-1=24
(D) ½ 4x-4x/4=24
(E) 2 Colocando o termo 4x em evidência:
- Para resolver este problema, não precisamos achar o 4x(1-1/4)=24
valor de "x" . É pedido quanto vale 6-x, se nós
Efetuando o MMC nos parênteses acima:
calcularmos quanto é 6x podemos calcular o que é
pedido. Veja só: 4x(3/4)=24
6x+2=72 Efetuando as continhas:
6x·62=72 4x=24 . (4/3)
6x·36=72 4x= 32
6x=72/36 Agora podemos colocar os dois lados na base DOIS
6x=2 para poder cortá-la:

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22x = 25 log2(log4x) = log2(2) => log4x = 2 => 42 = x =>
Cortando as bases: x=16
2x=5 Como x=16 satisfaz as condições de
x=5/2 existência, então o conjunto solução é S={16}.
Como o exercício pede o valor de x1/2 , devemos
apenas elevar os dois lados da equação acima no
expoente 1/2:
x1/2=(5/2)1/2 3. Resolva o
x1/2=51/2/21/2 sistema:
Racionalizando:
x1/2=101/2/2 Resolução: condições de existência: x>0 e y>0
Letra E Da primeira equação temos:
log x+log y=7 => log y = 7-log x
Substituindo log y na segunda equação temos:
3.log x – 2.(7-log x)=1 => 3.log x-14+2.log x = 1 =>
GABARITO 5.log x = 15 =>
=> log x =3 => x=103
01- x R 5- D
Substituindo x= 103 em log y = 7-log x temos:
02- ±2 6- A log y = 7- log 103 => log y = 7-3 => log y =4 => y=104.
Como essas raízes satisfazem as condições de
03- B 7- B existência, então o conjunto solução é S={(103;104)}.

04- D 8- E 2.3.3 EQUAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS

2.3.2 EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS INTRODUÇÃO


Chamamos de equações logarítmicas toda equação Quando encontramos função trigonométrica da
que envolve logaritmos com a incógnita aparecendo no incógnita ou função trigonométrica de alguma
logaritmando, na base ou em ambos. função da incógnita em pelo menos um dos
membros de uma equação, dizemos que esta equação
é trigonométrica.
Exemplos de equações logarítmicas: Exemplos:
1. log3x =5 (a solução é x=243)
2. log(x2-1) = log 3 (as soluções são x’=-2 e x’’=2)
1) sen x + cos x = e sen 2x = cos2 x são equações
3. log2(x+3) + log2(x-3) = log27 (a solução é x=4) trigonométricas.
4. logx+1(x2-x)=2 (a solução é x=-1/3)

Alguns exemplos resolvidos: 2) x + ( tg 30º) . x2 e x + sen 60º = não são


1. log3(x+5) = 2 equações trigonométricas.
Resolução: condição de existência: x+5>0 => Dizemos que r é uma raiz ou solução da
x>-5 equação trigonométrica f(x) = g(x) se r for elemento do
domínio de f e g e se f(r) = g(r) for verdadeira.
log3(x+5) = 2 => x+5 = 32 => x=9-5 => x=4
Como x=4 satisfaz a condição de existência,
então o conjunto solução é S={4}.
2. log2(log4 x) = 1 Na equação sen x - sen =0, por exemplo, os
Resolução: condição de existência: x>0 e
log4x>0
log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2),
então

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números são algumas de suas raízes e

os números não o são.


O conjunto S de todas as raízes da equação é o
seu conjunto solução ou conjunto verdade.
Quase todas as equações trigonométricas,
quando convenientemente tratadas e transformadas,
podem ser reduzidas a pelo menos uma das três
equações seguintes:
sen x = sen a cos x = cos a tg x = tg a
Estas são as equações trigonométricas Logo, podemos escrever que:
elementares ou equações trigonométricas
fundamentais. cos x = cos a x= a+

RESOLUÇÃO DA 1ª EQUAÇÃO FUNDAMENTAL O conjunto solução dessa equação será, portanto:


Ela baseia-se no fato de que, se dois arcos têm o
mesmo seno, então eles são côngruos ou
suplementares.
2.4 FUNÇÕES TRANSCENDENTAIS
(EXPONENCIAIS, LOGARÍTMICAS E
TRIGONOMÉTRICAS)

2.4.1 FUNÇÃO EXPONENCIAL

Chamamos de funções exponenciais aquelas


nas quais temos a variável aparecendo em expoente.
A função f:IRIR+ definida por f(x)=ax, com a 
+
IR e a¹1, é chamada função exponencial de base a. O
domínio dessa função é o conjunto IR (reais) e o
contradomínio é IR+ (reais positivos, maiores que
zero).
Logo, podemos escrever que:

sen x = sen a GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO


EXPONENCIAL

Temos 2 casos a considerar:


 quando a>1;
O conjunto solução dessa equação será, portanto:  quando 0<a<1.

Acompanhe os exemplos seguintes:

1) y=2x (nesse caso, a=2, logo a>1)

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Atribuindo alguns valores a x e calculando os c) os valores de y são sempre positivos (potência
correspondentes valores de y, obtemos a tabela e de base positiva é positiva), portanto o
o gráfico abaixo: conjunto imagem é Im=IR+.

Além disso, podemos estabelecer o seguinte:

a>1 0<a<1

x -2 -1 0 1 2
y 1/4 1/2 1 2 4

2) y=(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)


Atribuindo alguns valores a x e calculando os
correspondentes valores de y, obtemos a tabela e
o gráfico abaixo:

x -2 -1 0 1 2 f(x) é crescente e Im=IR+ f(x) é decrescente e


Para quaisquer x1 e x2 do Im=IR+
y 4 2 1 1/2 1/4
domínio: Para quaisquer x1 e x2 do
x2>x1  y2>y1 (as domínio:
desigualdades têm mesmo x2>x1  y2<y1 (as
sentido) desigualdades têm
sentidos diferentes)

2.4.2 FUNÇÃO LOGARÍTMICA

A função f:IR+IR definida por f(x)=logax, com


a¹1 e a>0, é chamada função logarítmica de base a. O
domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais positivos,
Nos dois exemplos, podemos observar que maiores que zero) e o contradomínio é IR (reais).
a) o gráfico nunca intercepta o eixo horizontal; a
função não tem raízes;
b) o gráfico corta o eixo vertical no ponto (0,1);
GRÁFICO CARTESIANO DA FUNÇÃO
LOGARÍTMICA

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Sucesso
Temos 2 casos a considerar: a) o gráfico nunca intercepta o eixo vertical;
 quando a>1; b) o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0).
 quando 0<a<1. A raiz da função é x=1;
c) y assume todos os valores reais, portanto o
conjunto imagem é Im=IR.
Acompanhe nos exemplos seguintes, a
construção do gráfico em cada caso:
2.4.3 FUNÇÃO TRIGONOMÉTRICA
3) y=log2x (nesse caso, a=2, logo a>1) Trigonometria do Triângulo Retângulo:
Atribuindo alguns valores a x e calculando os Num triângulo retângulo definimos as chamadas
correspondentes valores de y, obtemos a tabela e razões trigonométricas que são relações entre os
o gráfico abaixo: lados do triângulo e que têm a propriedade de
determinar a medida dos ângulos do triângulo, uma
vez que seus lados sejam conhecidos.
x 1/4 1/2 1 2 4
y -2 -1 0 1 2

No triângulo retângulo ABC, consideremos, por


exemplo, o ângulo que tem vértice em B, cuja medida
x, em graus, é um número real que está no intervalo
. Entre os lados do triângulo podemos
estabelecer as seguintes razões:
Seno
4) y=log(1/2)x (nesse caso, a=1/2, logo 0<a<1)
Seno de x é a razão entre o comprimento do cateto
Atribuindo alguns valores a x e calculando os
correspondentes valores de y, obtemos a tabela e oposto ao ângulo e o comprimento da hipotenusa do
o gráfico abaixo: triângulo. Indicando o Seno de x por Sen x, temos:

x 1/4 1/2 1 2 4 .
y 2 1 0 -1 -2 Dado um segmento , indicamos o comprimento de
por AB, onde AB= med( ).
Cosseno
Cosseno de x é a razão entre o comprimento do cateto
adjacente ao ângulo e o comprimento da hipotenusa
do triângulo. Indicando o Cosseno de x por Cos x,

temos: .
Tangente
Tangente de x é a razão entre os comprimentos do
cateto oposto e do cateto adjacente ao ângulo .
Indicando a Tangente de x por Tg x, temos:

.
Nos dois exemplos, podemos observar que

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Sucesso
Um fato interessante é que, como pode ser observado acutângulo ou obtusângulo, ampliamos o domínio das
na figura abaixo, usando o fato de que os triângulos funções definidas acima, colocando:
A1BC1, A2BC2, A3BC3, A4BC4, ... são semelhantes, Um triângulo é dito obtusângulo quando um de seus
imediatamente concluímos que ângulos é obtuso, isto é, tem medida maior que 90o.
Um triângulo é dito acutângulo quando todos os seus
ângulos são agudos, isto é, têm medida estritamente
menor do que 90o.
assim como, Sen 90=1
Cos 90=0
Sen (180-x)=Sen x
Cos(180-x)=-Cos x
e Tg(180-x)=-Tgx
Problema: Defina as três funções estendidas,
explicitando qual o domínio e qual a imagem de cada
uma delas.
Notação: indicando pela letra minúscula o lado oposto
a cada vértice do triângulo, que é denotado pela
correspondente letra maiúscula, e indicando por A a
medida em graus do ângulo , B a medida em graus
do ângulo e C a medida em graus do ângulo ,
temos:
Lei dos senos:
ou seja, Sen x, Cos x, Tg x não dependem do
Em todo triângulo ABC, vale a seguinte relação:
particular triângulo retângulo ABC, mas apenas do
ângulo , cuja medida é x graus.
Observação : De acordo com a definição, é fácil
Lei dos cossenos:
verificar que , para todo x variando no Em todo triângulo ABC, valem as relações:
intervalo ]0,90[.

Temos assim, a possibilidade de definir três funções


que têm como domínio o intervalo ]0,90[, da seguinte
maneira: se x variando em ]0,90[, representa a medida
em graus de um ângulo agudo de um triângulo
retângulo, definimos: Entretanto, não interessa a limitação do domínio
dessas funções Sen, Cos e Tg, ao intervalo ]0,180[,
nem tampouco o uso da unidade grau para a medida
dos ângulos, pois queremos definir funções cujos
domínios sejam os maiores possíveis dentro do
conjunto de todos os números reais, inclusive com
uma medida que seja mais interessante. Para isso,
precisamos abandonar o triângulo retângulo e utilizar
um outro modelo geométrico que nos permita
estabelecer relações semelhantes àquelas válidas no
triângulo retângulo. O modelo geométrico é a
Observação: No caso das funções definidas acima, circunferência orientada de raio unitário, na qual será
temos: a imagem da função Sen é ]0,1[, bem como a possível ampliar todos os conceitos e alcançar os
objetivos propostos.
da função Cos; a imagem da função Tg é .
Entretanto, a fim de poder estabelecer a Lei dos
Senos e a Lei dos Cossenos, que são relações úteis Exercício 1: Determine a diagonal
entre os lados e os ângulos de um triângulo qualquer, maior de um losango cujos lados
não necessariamente retângulo, podendo ser

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medem 10cm e sabendo que um dos ângulos mede Fisicamente, o valor de 12,18 m apresenta um erro:
120o. ele tem quatro algarismos significativos e o valor de
É dado um losango, representado na figura ao lado: AC que foi dado tem apenas dois algarismos
significativos. Respeitando esse fato, a resposta deve
ter no máximo dois algarismos significativos.
Como as diagonais do losango são perpendiculares e
A distância entre as árvores é pois de,
cada diagonal do losango é a bissetriz dos ângulos
aproximadamente, 12 m.
opostos, podemos , a partir da figura, observar que
basta considerar o
Exercício 3: Mostre que a área S de um triângulo,
cujos lados são a, b e c, é dada por:
Sen 60 =
de onde, , onde p é o semi-
perímetro do triângulo.

Essa relação é devida a Heron.


= Temos a figura abaixo:

pois Sen 60 =

Logo x = 5 e, como as diagonais de um losango se


interceptam mutuamente no ponto médio, a diagonal

maior mede 10 cm, isto é, aproximadamente 17


cm.

Exercício 2: Um agrimensor quer encontrar a


distância entre duas árvores A e B que se encontram Nosso objetivo é calcular a área do triângulo em
em margens opostas de um rio. A partir de um ponto função unicamente de seus lados a,b,c.
C, que se encontra na mesma margem do que A, ele
tomou as seguintes medidas: AC=14m,
Sabemos que .
e . Com esses dados, é possível
encontrar a distância entre as árvores?
Também temos Sen A = . (1)
Esquematizando o problema, temos:
E, pela lei dos cossenos, a2 = b2+c2-2bc Cos A (2)

De (2) podemos isolar Cos A, obtendo

Cos A = (3)

Logo, de (1) e (3),


Pela Lei dos senos, aplicada ao triângulo ABC, temos:
De fato, Sen2A+Cos2A=1

pois a medida do ângulo é 40o. Ou seja, , pois

Logo 12,18 .

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Simplificando essa equação chegamos à expressão
desejada

onde é o semi-perímetro do triângulo


 andando no sentido horário;
ABC.

Exercício 4:
Calcule a medida da diagonal menor de um hexágono
regular cujo lado mede 6 cm.

 andando no sentido anti-horário, dando


algumas voltas na circunferência e parando
em B;

Como o hexágono é regular, cada ângulo interno mede


120 graus, uma vez que ao dividir o hexágono em
triângulos a partir do seu centro, obtemos seis
triângulos que são todos eqüiláteros - pois são
eqüiângulos.  andando no sentido horário, dando algumas
Na figura, observamos que o quadrilátero DEFO é um voltas na circunferência e parando em B.
losango, sendo e suas diagonais, que são
perpendiculares e se interceptam mutuamente no
ponto médio.

Indicando por x a medida da diagonal , temos:

Sen 60= , pois o lado do hexágono mede 6cm.

Em qualquer uma das situações descritas, fica


Como Sen 60= , temos determinado um diferente arco na circunferência. Para
que isso fique claro, a circunferência é orientada e,
por convenção, o sentido anti-horário é considerado
= o sentido positivo de percurso; conseqüentemente,
o sentido horário é o negativo.
e daí, x=6 cm. Em primeiro lugar, temos que a cada arco orientado
corresponde um ângulo central orientado.
A Circunferência Trigonométrica: Além disso, precisamos estabelecer uma forma de
Dados dois pontos A e B numa circunferência, medir os arcos orientados e, portanto, dos
podemos sair de A e chegar em B de diferentes correspondentes ângulos centrais orientados.
maneiras: Para medir um arco qualquer AB, precisamos verificar
 andando no sentido anti-horário; quantas vezes a unidade de medida "cabe" nele. A fim

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de medir arcos e ângulos orientados, temos duas
unidades de medida específicas: o grau e o radiano.
Para medir os arcos, podemos também examinar o Logo, ou seja, 1o corresponde a
seu comprimento e então as unidades usuais podem aproximadamente a 0,017 rad.
ser utilizadas, como m, cm, km, etc.
A circunferência orientada, de raio 1, acoplada a um Exercício 2: Como se relaciona a medida em graus e
referencial cartesiano e com um ponto origem para em radianos de um mesmo arco na circunferência
marcar os arcos orientados é chamada circunferência trigonométrica?
trigonométrica - ou círculo trigonométrico, se Dado um arco, com ao temos:
encaramos a região do plano, ou ainda ciclo
trigonométrico.
Como o raio da circunferência é unitário, cada arco de
comprimento L - isto é, o arco tem comprimento igual a
L unidades de medida de comprimento - tem L de onde,
radianos, ou seja, o número de radianos do arco é
numericamente igual ao seu comprimento em
unidades de medida de comprimento. rad
Com esse modelo geométrico, podemos estender as Por outro lado, dado um arco, com x rad, temos:
definições das funções trigonométricas para qualquer
ângulo central orientado e, portanto, para qualquer
arco orientado.
Exercício 1: Qual a medida, em graus, do ângulo de 1 de onde
radiano? Qual a medida, em radianos, do ângulo de 1
grau.

Em primeiro lugar, temos:


Exercício 3: Calcule em radianos: 30o, 60o, 75o,
, , , .
Pelo Exercício 2, já sabemos que a medida a em graus
se relaciona com a medida x em radianos. Colocando:

Logo, . Portanto, 1 radiano corresponde a rad, temos:


aproximadamente 57o.

Quando a = 30º, temos


O raio r é unitário; tem
1umc.
O comprimento do arco
Quando a = 60º, temos
AB é 1 umc.

O ângulo tem 1
radiano. Quando a = 75º, temos
O arco AB tem 1 radiano. Quando a = -120º, temos

Quando a = 136º, temos


Por outro lado, temos:
Quando a = 1360º, temos

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Quando a = -1360º, temos Assim, se a circunferência do arco considerado tem
raio unitário, a medida do arco, em radianos, é
numericamente igual ao comprimento do arco.

Medidas de arcos e ângulos: o grau


Segundo Hariki, S., um arco de uma circunferência
Função Seno
Consideremos a função f(x)=sen x. Cada ponto do
qualquer, que tem comprimento igual a do gráfico é da forma (x, sen x), pois a ordenada é
comprimento da circunferência, mede 1 grau, cuja sempre igual ao seno da abscissa, que é um número
representação é 1o. real que representa o comprimento do arco em u.m.c.
A esse arco está associado um ângulo central e, ou a medida do arco em radianos.
portanto, o grau também é a medida do ângulo central O gráfico dessa função é o seguinte:
obtido ao considerar o arco na circunferência cujo

comprimento é da circunferência.
Dessa maneira, uma circunferência completa tem
360o.
O grau é uma unidade de medida que tem como sub-
unidades: o minuto e o segundo. Chama-se minuto a

do grau e segundo a do minuto.


Não confunda minuto (') e segundo (''), submúltiplos do
grau, com minuto (min) e segundo (s) submúltiplos da O domínio da função seno é R e a imagem é o
hora! intervalo [-1,1].
Trata-se de uma função limitada e periódica de período
Medidas de arcos e ângulos: o radiano P= .
Apesar do grau ser uma unidade bastante popular na Agora, queremos descobrir como é o gráfico de uma
medida de ângulos, ele não está relacionado com as função seno mais geral, y=a.sen(bx+m)+k, quando
propriedades métricas do plano e também não é usado comparado ao gráfico de y=sen x, a partir das
no cálculo. Portanto o objetivo agora é apresentar uma transformações sofridas pelo gráfico dessa função.
unidade que possua essas características. Situação 1: Consideremos a função seno cuja
Considere uma circunferência de centro O e um arco
expressão é dada por , onde k
AB nessa circunferência. Se o arco AB tem
é uma constante real. A pergunta natural a ser feita é:
comprimento igual ao raio, dizemos que ele mede 1
qual a ação da constante k no gráfico desta nova
radiano.
função quando comparado ao gráfico da função inicial
Portanto, radiano é a medida de um arco cujo y=sen x?
comprimento é igual ao raio da circunferência que
Para responder a essa questão, façamos, por
contém o referido arco. Como ao arco está associado
um ângulo central, também podemos dizer que radiano
é a medida do ângulo central que determina na exemplo, k=1, k=2, , , ou
circunferência um arco cujo comprimento é igual ao qualquer outro valor para k e verifiquemos o que
raio. acontece.
Uma vez que uma circunferência qualquer tem Observemos que cada ponto do gráfico de
comprimento umc, o arco de uma volta tem ordenada igual a uma unidade a
tem medida igual a radianos. mais do que a ordenada do ponto de mesma abscissa
De modo geral, dado um arco cujo comprimento é L no gráfico de y=sen x. Ou seja, o gráfico de
umc, dizemos que sua medida, em radianos, é igual a é o resultado de uma translação
vertical de 1 unidade da curva que é gráfico de y= sen
x.
.

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Analogamente, fazendo a=3, o gráfico de y=3.sen x


Podemos facilmente generalizar esse raciocínio terá uma inclinação igual ao triplo da inclinação de
quando utilizamos outros valores de k, ou seja, a y=sen x.
conclusão é análoga para qualquer outro valor de
k: o gráfico de sofre uma translação Fazendo, por exemplo , cada ponto do gráfico
vertical de k unidades, quando comparado ao terá ordenada igual à metade daquela do ponto de
gráfico de . Portanto, o gráfico de mesma abscissa no gráfico de y=sen x.
"sobe" ou "desce" em relação à posição inicial de
, conforme k>0 ou k<0 respectivamente.
Observação: É muito importante ter claro que y=sen
x+k não é a mesma função que y=sen(x+k). Na
primeira temos uma translação vertical de k unidades
do gráfico de y=sen x, enquanto que na segunda
temos uma translação horizontal. O uso dos
parênteses é essencial no caso da segunda função.

Situação 2: Ainda podemos pensar numa função seno


que seja dada pela expressão , Para qualquer outro valor positivo do parâmetro a, a
onde a é uma constante real, . Observe que se conclusão é semelhante: o gráfico da função muda de
a=0, a função obtida não será a função seno, mas sim inclinação. Entretanto, ainda há uma questão
a função constante real nula. importante a ser detalhada.
Atribuindo valores ao coeficiente a, por exemplo, a=2, No caso do coeficiente a ser negativo, observamos
inicialmente a situação mais simples de y=- sen x.
Cada ponto desse gráfico tem ordenada igual ao
a=3, , ou qualquer outro valor positivo, oposto do valor da ordenada do ponto de mesma
podemos verificar o que acontece. A seguir, atribuindo abscissa em y=sen x. O seu gráfico é, portanto, uma
valores negativos ao coeficiente a, por exemplo, curva simétrica, em relação ao eixo horizontal, à
curva que é o gráfico de y=sen x.

, , , , e assim por
diante, poderemos chegar a uma conclusão geral.
Observemos, por exemplo, que no gráfico de
, em cada ponto, a ordenada é o dobro
daquela do ponto de mesma abscissa do gráfico de
y=sen x.
Dessa forma, o coeficiente 2 na expressão da função
provoca uma mudança de inclinação na curva, que é
seu gráfico, em comparação ao gráfico inicial. As
raízes, evidentemente, continuam as mesmas.

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Situação 4: Finalmente podemos pensar numa função
Analogamente, podemos fazer o gráfico considerando seno que seja dada pela expressão
qualquer outro valor negativo de a, observando a
simetria em relação ao eixo horizontal, quando , onde b é uma constante real
fazemos a comparação com o gráfico da função não nula.
oposta. Observemos, por exemplo, o gráfico de y=sen 2x em
Assim, o coeficiente a, em y=a.sen x, tem o papel comparação ao gráfico de y=sen x.
de mudar a inclinação do gráfico da função y=sen
x. Quando a>1, a inclinação aumenta, quando
0<a<1, a inclinação diminui.
Quando o coeficiente a é negativo, o gráfico de
y=a.sen x sofre uma reflexão em relação ao eixo
horizontal, quando comparado ao gráfico da
função oposta.
Situação 3: Uma questão a ser ainda considerada é a

função do tipo , onde m é um


número real não nulo.
Observemos, por exemplo, o gráfico de y=sen(x+1)
em comparação ao gráfico de y=sen x.
Em y=sen x temos que (0, 0) pertence ao gráfico, Aquilo que imediatamente chama a atenção é o fato de
enquanto que, em y=sen(x+1), ele não pertence. O que o período de y=sen 2x é justamente a metade
fato importante é que o "papel desempenhado" por x=- daquele de y=sen x.
1 em y=sen(x+1) é o mesmo que o "papel Por outro lado, podemos examinar o gráfico de y=sen
desempenhado" por x=0 em y=sen x. Dessa forma, o
gráfico de y=sen(x+1) sofreu uma translação
horizontal de -1 quando comparado ao gráfico de x em comparação ao gráfico de y=sen x.
y=sen x.

Neste caso, aquilo que imediatamente chama a

atenção é o fato de que o período de y=sen x é


justamente o dobro daquele de y=sen x.
Para qualquer outro valor de m não nulo, a análise é
semelhante, quando fazemos a comparação com o De modo geral, para b>0, a ação do coeficiente b - até
gráfico da função mais simples, y=sen x. Sempre aqui considerado um número positivo - é a de provocar
ocorre uma translação horizontal de -m no gráfico em mudança no período da função: enquanto y=sen x é
relação a y=sen x. uma função de período 2p, y=sen bx é uma função de
Observação: É muito importante ter claro que
y=sen(x+k) não é o mesmo que y=sen x+k. Na período .
primeira temos uma translação horizontal de -k
unidades do gráfico de y=sen x, enquanto que na Entretanto ainda é preciso analisar o que acontece
segunda temos uma translação vertical. O uso dos quando b é negativo; para isto basta observar que a
parênteses é essencial no caso da primeira função. função seno é uma função ímpar e,
conseqüentemente, sen(-bx)=-sen(bx).

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Sucesso
Dessa maneira, o gráfico de y=sen(-bx) é simétrico
em relação ao gráfico de y=sen bx, com relação ao
eixo horizontal.

Exemplo: Seja . Desenhe


seu gráfico, fazendo os gráficos intermediários, a fim
de entender as transformações ocorridas.
Para desenhar o gráfico da função

, a partir da função mais


simples y=sen x, observemos, em primeiro lugar que:

Agora, temos:

 o gráfico de é o resultado de

uma translação horizontal de no gráfico de


y=sen x;

 o gráfico de éo
resultado de uma mudança no período no

gráfico anterior. O período agora é ;

 o gráfico de éo
resultado de uma mudança de inclinação do
gráfico anterior provocada pelo coeficiente 3;

 o gráfico de éo

resultado de uma translação vertical de do


gráfico anterior.

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multiplicada pelo
coeficiente a;
 por fim, o gráfico de
Conclusão: Podemos, portanto, considerar a função
seno do tipo
sofreu uma
translação vertical de k unidades, pois, a
cada abscissa, a ordenada do ponto do
, onde os coeficientes a e b não são zero, examinando
as transformações do gráfico da função mais simples
y=f(x)=sen x, quando fazemos: em primeiro lugar
gráfico de
ficou acrescida de k quando comparada à
, em seguida ordenada do ponto de mesma abscissa do

, e, gráfico de .

O estudo dos gráficos das funções envolvidas auxilia


finalmente, . na resolução de equações ou inequações, pois as
operações algébricas a serem realizadas adquirem um
significado que é visível nos gráficos das funções
Analisemos o que aconteceu: esboçadas no mesmo referencial cartesiano.

Exercício 1: Resolva as equação abaixo, desenhando


 em primeiro lugar, sofreu
o gráfico da função envolvida. Construa os gráficos
das funções intermediárias num mesmo par de eixos,
uma translação horizontal de a fim de visualizar as transformações que ocorreram:

unidades, pois exerce o papel que


x=0 exercia em y=sen x; Primeiramente vamos desenhar o gráfico da função:

 em segundo lugar, f(x)=


sofreu uma mudança de período em relação
que, a partir de y=sen x, sofreu uma translação

a , passando a ter período horizontal para a esquerda de unidades.

;
 a seguir, no gráfico de

ocorreu uma
mudança de inclinação pois, em cada
ponto, a ordenada é igual àquela do ponto
de mesma abscissa em

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número real que representa o comprimento do arco em
u.m.c. ou a medida do arco em radianos.
O gráfico dessa função é o seguinte:

Agora vamos ver quando é que O domínio da função cosseno é R e a imagem é o


, observando que há uma infinidade de pontos em que intervalo [-1,1].
isso ocorre. De fato, sendo Trata-se de uma função limitada e periódica de período
P=2 .
Agora, queremos descobrir como é o gráfico de uma
função cosseno mais geral, y=a.cos(bx+m)+k, quando
temos comparado ao gráfico de y= , a partir das
transformações sofridas pelo gráfico dessa função.
Situação 1: Consideremos a função cosseno cuja
sen x.cos +sen .cos x=sen x
expressão é dada por , onde k
é uma constante real. A pergunta natural a ser feita é:
Mas, como sen =1 e cos =0, temos: qual a ação da constante k no gráfico desta nova
função quando comparado ao gráfico da função inicial
cos x=sen x
y= ?
de onde concluímos que
Para responder a essa questão, façamos, por

x= +k , k Z.
exemplo, k=1, k=2, k= , k=1, k= , ou qualquer
pois o seno e o cosseno de um arco coincidem quando outro valor para k e verifiquemos o que acontece.
o arco se encontra nos quadrantes ímpares. Observemos que cada ponto do gráfico de y = cosx +
1 tem ordenada igual a uma unidade a mais do que a
ordenada do ponto de mesma abscissa no gráfico de .
Ou seja, o gráfico de y = cosx + 1 é o resultado de
uma translação vertical de 1 unidade da curva que é
gráfico de .

Exercício 2: Ache os valores de x, , tais


que
Função Cosseno
Consideremos a função f(x)= . Cada ponto do
gráfico é da forma (x, ), pois a ordenada é
sempre igual ao cosseno da abscissa, que é um

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Podemos facilmente generalizar esse raciocínio


quando utilizamos outros valores de k, ou seja, a Analogamente, fazendo a=3, o gráfico da função y=3
conclusão é análoga para qualquer outro valor de terá uma inclinação igual ao triplo da inclinação
k: o gráfico da função y= cosx +k sofre uma de y= .
translação vertical de k unidades, quando
comparado ao gráfico de y=cosx . Portanto, o
gráfico de y=cosx +k "sobe" ou "desce" em relação Fazendo, por exemplo , cada ponto do gráfico
à posição inicial de y=cosx , conforme k>0 ou k<0 terá ordenada igual à metade daquela do ponto de
respectivamente.
mesma abscissa no gráfico de y= .
Observação: É muito importante ter claro que y= cos x
+k não é o mesmo que y=cos(x+k). Na primeira temos
uma translação vertical de k unidades do gráfico de
y=cos x , enquanto que na segunda temos uma
translação horizontal. O uso dos parênteses é
essencial no caso da segunda função.
Situação 2: Ainda podemos pensar numa função
cosseno que seja dada pela expressão
, onde a é uma constante real,
. Observe que se a=0, a função obtida não será
a função cosseno, mas sim a função constante real
nula.
Atribuindo valores ao coeficiente a, por exemplo, a=2,
Para qualquer outro valor positivo do parâmetro a, a
a=3, , ou qualquer outro valor positivo, conclusão é semelhante: a função cosseno muda de
podemos verificar o que acontece. A seguir, atribuindo inclinação. Entretanto, ainda há uma questão
valores negativos ao coeficiente a, por exemplo, importante a ser detalhada.
No caso do coeficiente a ser negativo, observamos
inicialmente a situação mais simples de y= cos x.
, , , , e assim por Cada ponto desse gráfico tem ordenada igual ao
diante, poderemos chegar a uma conclusão geral. oposto do valor da ordenada do ponto de mesma
Observemos, por exemplo, que no gráfico de y=2.cos abscissa em y= cos x. O seu gráfico é, portanto, uma
x, em cada ponto, a ordenada é o dobro daquela do curva simétrica, em relação ao eixo horizontal, à
ponto de mesma abscissa do gráfico de y= cos x. curva que é o gráfico de y= cos x.
Dessa forma, o coeficiente 2 na expressão da função
provoca mudança de inclinação na curva que é seu Analogamente, podemos fazer o gráfico considerando
gráfico em comparação ao gráfico inicial. As raízes, qualquer outro valor negativo de a, observando a
evidentemente, continuam as mesmas. simetria em relação ao eixo horizontal, quando

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fazemos a comparação com o gráfico da função Situação 4: Finalmente podemos pensar numa função
oposta. cosseno que seja dada pela expressão
Assim, o coeficiente a, em y=a.cosx, tem o papel , onde b é uma constante real.
de mudar a inclinação do gráfico da função y=cos
x. Quando a>1, a inclinação aumenta, quando Observemos, por exemplo, o gráfico de y= cos 2x em
0<a<1, a inclinação diminui. Quando o coeficiente a comparação ao gráfico de y= cos x.
é negativo, o gráfico da função y=a.cos x sofre
uma reflexão em relação ao eixo horizontal,
quando comparado ao gráfico da função oposta.

Situação 3: Uma questão a ser ainda considerada é a

função do tipo , onde m é


um número real não nulo.
Observemos, por exemplo, o gráfico de y=cos(x+1) em
comparação ao gráfico de y= cos x.
Em y=cos x temos que (0,1) pertence ao gráfico,
enquanto que, em y=cos(x+1), ele não pertence,
devido a um "deslocamento horizontal à esquerda". O
fato importante é que o "papel desempenhado" por x=- Aquilo que imediatamente chama a atenção é o fato de
1 em y=cos(x+1) é o mesmo que o "papel que o período de
desempenhado" por x=0 em y=cos x. Dessa forma, o y= cos2x é justamente a metade daquele de y= cos x.
gráfico de y=cos(x+1) sofreu uma translação horizontal Por outro lado, podemos examinar o gráfico de y=cos x
à esquerda de -1 quando comparado ao gráfico de
y=cos x.
em comparação ao gráfico de y=cos x em
comparação ao gráfico de y= cos x.

Para qualquer outro valor de m não nulo, a análise


é semelhante, quando fazemos a comparação com
o gráfico da função mais simples, y=cos x. Sempre
ocorre uma translação horizontal de -m no gráfico Neste caso, aquilo que imediatamente chama a
em relação a y=cos x.
Observação: É muito importante ter claro que atenção é o fato de que o período de y=cos xé
y=cos(x+k) não é o mesmo que y= cos x+k. Na justamente o dobro daquele de y=cos x.
primeira temos uma translação horizontal de -k
De modo geral, a ação do coeficiente b - até aqui
unidades do gráfico de y=cos x , enquanto que na
considerado um número positivo - é a de provocar
segunda temos uma translação vertical. O uso dos
mudança no período da função: enquanto y= cos x é
parênteses é essencial no caso da primeira função.
uma função de período 2, y=cos bx é uma função de

período .

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66
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Sucesso
Entretanto ainda é preciso analisar o que acontece
quando b é negativo; para isto basta observar que a
função cosseno é uma função par e,
conseqüentemente, cos(-bx)=cos(bx).
Dessa maneira, o gráfico de y=cos(-bx) coincide com o
gráfico de y=cos bx.

Exemplo: Seja . Desenhe


seu gráfico, fazendo os gráficos intermediários, todos
num mesmo par de eixos.
Para desenhar o gráfico da função

, a partir da função mais


simples y= cos x, observemos, em primeiro lugar que:

Agora, temos:

 o gráfico de é o resultado de
uma translação horizontal de 1 do gráfico de
y=cos x;

 o gráfico de é o resultado
de uma mudança no período no gráfico
anterior, cujo período é 2. O período agora é
;

 o gráfico de é o resultado
de uma mudança de inclinação do gráfico
anterior provocada pelo coeficiente 3;

 o gráfico de éo

resultado de uma translação vertical de do


gráfico anterior.

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Sucesso
 por fim, o gráfico de
Conclusão: Podemos, portanto, considerar as funções
cosseno do tipo
sofreu uma
translação vertical de k unidades, pois, a cada
abscissa, as ordenadas dos pontos do gráfico
, onde os coeficientes a e b não são zero, examinando
as transformações do gráfico da função mais simples
y=f(x)=cos x, quando
de ficaram
acrescidas de k quando comparadas às
ordenadas dos pontos do gráfico de
fazemos em primeiro lugar ,

.
em seguida , e, finalmente,
Exercício 1: Resolva a equação abaixo desenhando
os gráficos das funções envolvidas. Construa os
. gráficos das funções intermediárias num mesmo par
de eixos, a fim de visualizar as transformações que
ocorreram:
Analisemos o que aconteceu:

 em primeiro lugar, sofreu Primeiramente vamos desenhar o gráfico da função:

uma translação horizontal de unidades,


f(x)=
que, a partir de y=cos x sofreu uma translação
pois exerce o papel que x=0 exercia
em y=cos x;
horizontal para a esquerda de unidades.

 em segundo lugar,
sofreu uma mudança de período em relação a

, passando a ter período

;
 a seguir, no gráfico de

ocorreu uma
mudança de inclinação pois, em cada ponto, a
ordenada é igual àquela do ponto de mesma Agora vamos ver quando ,
observando que há uma infinidade de pontos em que
isso ocorre. De fato, sendo
abscissa em
multiplicada pelo coeficiente a;

temos

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68
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Sucesso

cos x.cos sen .senx=cosx


 depois, o gráfico de f3(x)=
que sofreu mudança de inclinação em relação
ao gráfico da função anterior;
Mas, cos =0 e sen =1, temos:

 finalmente f4(x)= que


sofreu uma translação vertical de 2 unidades
, k Z, para "baixo".
pois o seno e o cosseno de um arco são iguais em
valor absoluto, mas de sinais contrários, quando o arco
se encontra nos quadrantes pares.

Exercício 2: Encontre o conjunto solução da equação:

Para encontrar os valores de x tais que

, vamos primeiramente
desenhar o gráfico de

y=f(x)= .
Para tanto fazemos:

 o gráfico de f1(x)= que sofreu

uma translação horizontal de unidades em


relação ao gráfico de y=cos x;

 em seguida, f2(x)= que


sofreu mudança de período em relação ao
gráfico anterior;

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Sucesso

Função Tangente
Consideremos a função f(x)=tg x. Cada ponto do
gráfico é da forma (x, tg x), pois a ordenada é sempre
igual à tangente da abscissa, que é um número real
que representa o comprimento do arco em u.m.c. ou a
medida do arco em radianos.
O gráfico dessa função é o seguinte:

Queremos os pontos onde o gráfico azul, O domínio da função tangente é

e a imagem é o conjunto
cruza o eixo x, ou seja: R.
Trata-se de uma função periódica de período .
Agora, queremos descobrir como é o gráfico de uma
função tangente mais geral, y=a.tg(bx+m)+k, quando
isto é, comparado ao gráfico de y=tg x, a partir das
transformações sofridas pelo gráfico dessa função.
Situação 1: Consideremos a função tangente cuja
expressão é dada por , onde k é
uma constante real. A pergunta natural a ser feita é:
qual a ação da constante k no gráfico desta nova
função quando comparado ao gráfico da função inicial
y=tg x?
Mas então Para responder a essa questão, façamos, por

exemplo, k=1, k=2, , , ou


Ou seja, qualquer outro valor para k e verifiquemos o que
acontece.
Observemos que cada ponto do gráfico de
tem ordenada igual a uma unidade a
mais do que a ordenada do ponto de mesma abscissa
no gráfico de . Ou seja, o gráfico de y=tg x+1

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Sucesso
é o resultado de uma translação vertical de 1 unidade em comparação ao gráfico inicial. As raízes,
evidentemente, continuam as mesmas.
da curva que é gráfico de .

Analogamente, fazendo a=3, o gráfico de y=3.tg x terá


Podemos facilmente generalizar esse raciocínio uma inclinação igual ao triplo da inclinação de y=tg x.
quando utilizamos outros valores de k, ou seja, a
conclusão é análoga para qualquer outro valor de
Fazendo, por exemplo , cada ponto do gráfico
k: o gráfico de sofre uma translação terá ordenada igual à metade daquela do ponto de
vertical de k unidades, quando comparado ao mesma abscissa no gráfico de y=tg x.
gráfico de . Portanto, o gráfico de
"sobe" ou "desce" em relação à
posição inicial de , conforme k>0 ou k<0
respectivamente.
Observação: É muito importante ter claro que não é o
mesmo que y=tg(x+k). Na primeira temos uma
translação vertical de k unidades do gráfico de y=tg x,
enquanto que na segunda temos uma translação
horizontal. O uso dos parênteses é essencial no caso
da segunda função.
Situação 2: Ainda podemos pensar numa função
tangente que seja dada pela expressão
, onde a é uma constante real, Para qualquer outro valor positivo do parâmetro a, a
. Observe que se a=0, a função obtida não será conclusão é semelhante: a função tangente muda de
a função tangente, mas sim a função constante real inclinação. Entretanto, ainda há uma questão
nula. importante a ser detalhada.
Atribuindo valores ao coeficiente a, por exemplo, a=2, No caso do coeficiente a ser negativo, observamos
inicialmente a situação mais simples de y=tg x. Cada
ponto desse gráfico tem ordenada igual ao oposto do
a=3, , ou qualquer outro valor positivo, valor da ordenada do ponto de mesma abscissa em
podemos verificar o que acontece. A seguir, atribuindo y=tg x. O seu gráfico é, portanto, uma curva simétrica,
valores negativos ao coeficiente a, por exemplo, em relação ao eixo horizontal à curva que é o gráfico
de y=tg x.

, , , , e assim por
diante, poderemos chegar a uma conclusão geral.
Observemos, por exemplo, que no gráfico de y=2.tg x,
em cada ponto, a ordenada é o dobro daquela do
ponto de mesma abscissa do gráfico de y=tg x. Dessa
forma, o coeficiente 2 na expressão da função provoca
mudança de inclinação na curva que é seu gráfico

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71
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Sucesso
é semelhante, quando fazemos a comparação com
o gráfico da função mais simples, .
Sempre ocorre uma translação horizontal de -m no
gráfico em relação a .
Observação: É muito importante ter claro que
y=tg(x+k) não é o mesmo que . Na
primeira temos uma translação horizontal de -k
unidades do gráfico de y=tg x, enquanto que na
segunda temos uma translação vertical. O uso dos
parênteses é essencial no caso da primeira função.

Analogamente, podemos fazer o gráfico considerando Situação 4: Finalmente podemos pensar numa função
qualquer outro valor negativo de a, observando a tangente que seja dada pela expressão
simetria em relação ao eixo horizontal, quando , onde b é uma constante real.
fazemos a comparação com o gráfico da função
oposta. Observemos, por exemplo, o gráfico de em
Assim, o coeficiente a, em y=a.tg x, tem o papel de
comparação ao gráfico de .
mudar a inclinação do gráfico da função y=tg x.
Quando a>1, a inclinação aumenta, quando 0<a<1,
a inclinação diminui. Quando o coeficiente a é
negativo, o gráfico de y=a.tg x sofre uma reflexão
em relação ao eixo horizontal, quando comparado
ao gráfico da função oposta.

Situação 3: Uma questão a ser ainda considerada é a

função do tipo , onde m é um


número real não nulo.
Observemos, por exemplo, o gráfico de y=tg(x+1) em
comparação ao gráfico de y=tg x.
Em y=tg x temos que (0,0) pertence ao gráfico, Aquilo que imediatamente chama a atenção é o fato de
enquanto que, em y=tg(x+1), ele não pertence. O fato que o período de y=tg 2x é justamente a metade
importante é que o "papel desempenhado" por x=-1 daquele de y=tg x.
em y=tg(x+1) é o mesmo que o "papel desempenhado"
por x=0 em y=tgx. Dessa forma, o gráfico de y=tg(x+1)
sofreu uma translação horizontal à esquerda de -1 Por outro lado, podemos examinar o gráfico de y=tg
quando comparado ao gráfico de y=tg x. x em comparação ao gráfico de y=tg x.

Para qualquer outro valor de m não nulo, a análise

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Sucesso

Neste caso, aquilo que imediatamente chama a

atenção é o fato de que o período de y=tg xé


justamente o dobro daquele de y=tg x.
De modo geral, a ação do coeficiente b - até aqui
considerado um número positivo - é a de provocar
mudança no período da função: enquanto y=tg x é
uma função de período , y=tg bx é uma função de

período , para b>0.


Entretanto ainda é preciso analisar o que acontece
quando b é negativo; para isto basta observar que a
função tangente é uma função ímpar e,
conseqüentemente, tg(-bx)=-tg(bx).

Exemplo: Seja . Desenhe


seu gráfico, fazendo os gráficos intermediários, todos
num mesmo par de eixos.
Para desenhar o gráfico da função

, a partir da função mais


simples y=tg x, observemos, em primeiro lugar que

Agora, temos:

 o gráfico de é o resultado de
uma translação horizontal de 1 unidade do
gráfico de y=tg x;

 o gráfico de é o resultado de
uma mudança no período no gráfico anterior.

O período agora é ;

 o gráfico de é o resultado
de uma mudança de inclinação do gráfico
anterior provocada pelo coeficiente 3;

 o gráfico de éo

resultado de uma translação vertical de do


gráfico anterior.

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Sucesso

Conclusão: Podemos, portanto, considerar as funções


tangente do tipo  por fim, o gráfico de
sofreu uma translação vertical de k
unidades, pois, a cada abscissa, as
ordenadas dos pontos do gráfico de
, onde os coeficientes a e b não são zero, examinando
as transformações do gráfico da função mais simples
y=f(x)=tg x, quando fazemos em primeiro lugar
ficaram
acrescidas de k quando comparadas às
ordenadas dos pontos do gráfico de
, em seguida ,

.
e, finalmente,

Exercício 1: Para que valores de x não é possível se


. definir tg x? Qual o domínio da função tg?
Quando esboçamos o gráfico de y=tg x, observamos
Analisemos o que aconteceu: que não existe tangente dos números da forma

 em primeiro lugar, sofreu , onde . De fato, para um arco que


tenha tal comprimento, não é possível encontrar sua
tangente, pois o cosseno nesse caso é
uma translação horizontal de zero.
Assim, temos:
unidades, pois exerce o papel que
x=0 exercia em y=tg x;

Exercício 2: Qual imagem da função tg?


 em segundo lugar, Para encontrar o conjunto Im tg, basta observar que
sofreu uma mudança de período em relação
conforme x tende a por valores menores do que ,
a , passando a ter período o valor de tg x cresce muito e tende a .

; Por outro lado, conforme x tende a por valores

 a seguir, no gráfico de
maiores do que , o valor de tg x cresce muito em
valor absoluto, mas com sinal negativo, tendendo a
ocorreu uma .
mudança de inclinação pois, em cada Como a tangente é periódica de período , esse tipo
ponto, a ordenada é igual àquela do ponto de observação pode ser repetida em todos os números
de mesma abscissa em

da forma , onde .
multiplicada pelo
coeficiente a; Assim,

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Sucesso

Exercício 3: Resolva a inequação


, fazendo os gráficos das funções envolvidas.

Para construir o gráfico de ,


observamos as diferentes transformações a partir do
gráfico de :

 o gráfico de é o resultado de uma


translação de 1 para a esquerda;

 o gráfico de é o resultado
de mudança de período do gráfico anterior: o E agora, comparando os gráficos das duas funções
envolvidas na inequação, temos:

período agora é ;

 finalmente, o gráfico de
é o resultado de mudança de inclinação do

gráfico anterior provocada pelo fator .


Assim temos:

Examinando as intersecções entre os dois gráficos,


temos:

ou seja,

Logo, através da função inversa de tg,


3(x+1)=arctg 8
ou

que é um número pertencente ao

intervalo , pois aí a função


é inversível.
Para simplificar a notação, vamos colocar

74
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Dessa forma as outras intersecções visíveis no gráfico ou seja, sempre que x for diferente de um múltiplo

são: , onde e, portanto, a solução inteiro de .


da inequação é: Também, a partir da circunferência trigonométrica, já
sabemos que, na figura abaixo, para cada
, cotg x é a medida algébrica do
segmento BC.

As Funções Trigonométricas Auxiliares

Podemos definir outra três funções, cotangente,


secante e cossecante, às vezes denominadas
funções trigonométricas auxiliares, da seguinte
maneira:

se

Da figura, observamos também que, qualquer que seja


se
, , onde k é
um número inteiro qualquer. Assim a função cotg é
se periódica, de período .
A fim de esboçar o gráfico de y=cotg x, façamos a
De maneira análoga àquela que fizemos com as outras análise de como é a variação de y conforme x varia:
funções trigonométricas, podemos estudar estas três
 e, nesse intervalo,
auxiliares com detalhe, estabelecendo para cada uma
a função é estritamente decrescente, ou seja,
delas o domínio, a imagem e construindo os gráficos.
conforme x aumenta, y diminui;
Além disso, temos, evidentemente, como no caso das
outras três, uma interpretação geométrica importante.  e, nesse intervalo,
Função Cotangente a função é estritamente decrescente, ou seja,
conforme x aumenta, y diminui;
Temos: Observemos que as retas verticais de equação
, para k inteiro, não nulo, são assíntotas ao
gráfico da função.
Definição: se sen x 0.
Logo, o domínio da função cotangente é
.
Propriedade:
Observação: A propriedade acima só é válida quando
os dois termos que aparecem na igualdade têm
sentido, isto é tg x existe e não é zero e a cotg x
existe e não é zero. Assim a propriedade vale no

conjunto ,

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Sucesso

A função y=cotg x tem como imagem o intervalo


 e, nesse
. Ela é uma função não limitada e periódica, intervalo, a função é estritamente decrescente,
de período ∏. ou seja, conforme x aumenta, y diminui;

Temos:
 e, nesse intervalo,
a função é estritamente decrescente, ou seja,
Definição: . conforme x aumenta, y diminui.
Logo, o domínio da função secante é Observemos que as retas verticais de equação

, para k inteiro, não nulo, são assíntotas ao


. gráfico da função.

Também, a partir da circunferência trigonométrica, já


sabemos que, na figura abaixo, para cada
, sec x é a medida algébrica do
segmento OS ou do segmento OT.

A função y=sec x tem como imagem o intervalo


. Ela é uma função não limitada e
periódica, de período 2∏.

Da figura, observamos também que, para todo Função Cossecante


, , onde k é um Temos:
número inteiro qualquer. Assim a função sec é
periódica, de período 2.
Definição: .
A fim de esboçar o gráfico de y=sec x, façamos a
análise de como é a variação de y conforme x varia: Logo, o domínio da função cossecante é

.
 e, nesse intervalo, a
função é estritamente crescente, ou seja,
conforme x aumenta, y aumenta; Também, a partir da circunferência trigonométrica, já
sabemos que, na figura abaixo, para cada
, cossec x é a medida algébrica do
 e, nesse intervalo, segmento OU ou do segmento OC.
a função é estritamente crescente, ou seja,
conforme x aumenta, y aumenta;

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Sucesso

A função y=cossec x tem como imagem o intervalo

Da figura, observamos também que, qualquer que seja . Ela é uma função não limitada e
periódica, de período 2.
, ,
onde k é um número inteiro qualquer. Assim a função Evidentemente, uma vez conhecido o gráfico de cada
cos sec é periódica, de período 2. uma das funções trigonométricas auxiliares,
A fim de esboçar o gráfico de y=cossec x, façamos a cotangente, secante e cossecante, é possível, como
análise de como é a variação de y conforme x varia: fizemos no caso das outras funções trigonométricas,
estudar a ação dos parâmetros em termos de
movimentos dos gráficos no plano. Ou seja, de
 e, nesse intervalo, a maneira completamente análoga, poderíamos estudar
função é estritamente decrescente, ou seja, as funções mais gerais:
conforme x aumenta, y diminui; 

 e, nesse intervalo, a
função é estritamente crescente, ou seja,

conforme x aumenta, y aumenta;

 e, nesse
intervalo, a função é estritamente crescente, 
ou seja, conforme x aumenta, y aumenta;

 e, nesse
intervalo, a função é estritamente decrescente, Interpretação geométrica
ou seja, conforme x aumenta, y diminui. Dado um número real x, fica determinado um ponto na
Observemos que as retas verticais de equação circunferência trigonométrica: na figura abaixo, o ponto
M=M(x).
, para k inteiro, não nulo, são assíntotas ao
gráfico da função.

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Sucesso

Na circunferência trigonométrica observamos que:


 OB=OM=OA=BF=AF=1, pois cada um dos Observamos que a equação só tem sentido para os
correspondentes segmentos é o raio da valores de x tais que
circunferência.
 A reta SU é tangente à circunferência e M é isto é,
ponto de tangência.
 A reta OC é perpendicular à reta SU. , onde
Para cada x real, podemos definir na circunferência pois apenas para esses valores as duas funções estão
trigonométrica as seis funções trigonométricas da definidas.
seguinte maneira:
Agora,
sen x=MP=OQ
cos x=QM=OP significa que ,
tg x=AT
sec x=OS ou seja,
cossec x=OU Logo,
cotg x=BC cos x=0
Não é difícil mostrar que essas definições, usando
medidas de segmentos, coincidem com aquelas dadas
a partir das coordenadas do ponto M=M(x). Para tanto, e, portanto, , onde .
usamos basicamente a noção de semelhança de
triângulos.

Exercício 1: Resolva as equações: b)


a)

Dada a equação: , Dada a equação:


temos que ela é equivalente a
consideremos as funções: e

Assim, queremos achar o conjunto de números x tais


que g(x)=f(x). Comparando os gráficos, temos: Consideremos então as funções:

g(x) = e f(x) = 2.
Resolver a equação dada significa encontrar x tal que
g(x) = f(x).

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Para tanto, examinamos os gráficos das duas funções,
buscando as intersecções.
Observemos, inicialmente, que o gráfico de g é o
Mas então,

resultado de uma translação horizontal de do gráfico


de g1(x)=cossec x

que constitui o conjunto de soluções para a equação


dada.

c)
Já sabemos que a igualdade acima é verdadeira para
todo x, desde que ambos os membros tenham sentido.
Como isso ocorre quando , temos que o
Agora, observemos os gráficos das funções que estão
conjunto solução é .
envolvidas na equação dada:
Podemos também examinar os gráficos das funções
envolvidas. Sejam então

e
Para construir o gráfico de f, consideramos a

translação vertical de 1 do gráfico de .


Temos então:

Em primeiro lugar, observamos que a equação dada

só tem sentido para , onde , pois


para esses valores a função do primeiro membro não
existe.
Por outro,

Por outro lado, ao examinar o gráfico de g,


significa que observamos que ele coincide com o gráfico de f.

ou seja,

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e, portanto

ou
De onde usando a função inversa, temos:

ou

Exercício 3: Resolva a inequação:


, no intervalo .
Comparando as curvas vermelha e cor de rosa nas Para resolver a inequação , no
duas figuras, podemos verificar que elas coincidem.
intervalo , vamos examinar os gráficos das
Exercício 2: Determine os valores de para funções
os quais vale a seguinte igualdade: f(x)=sec x e g(x)=cossec x

A fim de resolver a equação dada,

, observamos que:

Logo, podemos escrever:

pois .
A equação tem sentido quando , isto é,

quando x pertence a . Logo


pelas condições do enunciado, buscamos Graficamente, podemos observar quais são os
intervalos em que o gráfico da função em vermelho se
encontra abaixo ou coincide com aquele da função em
. azul.
Seja então t=sec x. Com essa mudança de variável, Em primeiro lugar, os gráficos coincidem para
obtemos a equação do segundo grau:

, onde .
Assim sendo, observemos que a solução da inequação
é uma reunião de intervalos.
de onde obtemos: ou Do lado direito, isto é para x>0, temos:

Logo ou
enquanto que, do lado esquerdo, isto é, para x<0,
temos:
Mas, isso significa que: ou

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Sucesso
total T de maneiras de ocorrer o acontecimento é dado
Logo, a solução da inequação dada é o conjunto por:
constituído por uma reunião de seis intervalos: T = k1. k2 . k3 . ... . kn
Exemplo:

O DETRAN decidiu que as placas dos veículos do


Brasil serão codificadas usando-se 3 letras do alfabeto
e 4 algarismos. Qual o número máximo de veículos
que poderá ser licenciado?

3. ANÁLISE COMBINATÓRIA, Solução:


PROGRESSÃO ARITMÉTICA,
Usando o raciocínio anterior, imaginemos uma placa
PROGRESSÃO GEOMÉTRICA E genérica do tipo PWR-USTZ.
PROBABILIDADE Como o alfabeto possui 26 letras e nosso sistema
numérico possui 10 algarismos (de 0 a 9), podemos
concluir que: para a 1ª posição, temos 26 alternativas,
3.1 ANÁLISE COMBINATÓRIA e como pode haver repetição, para a 2ª, e 3ª também
teremos 26 alternativas. Com relação aos algarismos,
1 - Introdução concluímos facilmente que temos 10 alternativas para
Foi a necessidade de calcular o número de cada um dos 4 lugares. Podemos então afirmar que o
possibilidades existentes nos chamados jogos de azar número total de veículos que podem ser licenciados
que levou ao desenvolvimento da Análise será igual a: 26.26.26.10.10.10.10 que resulta em
Combinatória, parte da Matemática que estuda os 175.760.000. Observe que se no país existissem
métodos de contagem. Esses estudos foram iniciados 175.760.001 veículos, o sistema de códigos de
já no século XVI, pelo matemático italiano Niccollo emplacamento teria que ser modificado, já que não
Fontana (1500-1557), conhecido como Tartaglia. existiriam números suficientes para codificar todos os
Depois vieram os franceses Pierre de Fermat (1601- veículos. Perceberam?
1665) e Blaise Pascal (1623-1662). 4 - Permutações simples
A Análise Combinatória visa desenvolver métodos que
4.1 - Permutações simples de n elementos distintos
permitam contar - de uma forma indireta - o número de
são os agrupamentos formados com todos os n
elementos de um conjunto, estando esses elementos
elementos e que diferem uns dos outros pela ordem de
agrupados sob certas condições.
seus elementos.
2 - Fatorial
Seja n um número inteiro não negativo. Definimos o Exemplo: com os elementos A,B,C são possíveis as
fatorial de n (indicado pelo símbolo n! ) como sendo: seguintes permutações: ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e
CBA.
n! = n .(n-1) . (n-2) . ... .4.3.2.1 para n  2. 4.2 - O número total de permutações simples de n
elementos distintos é dado por n!, isto é
Para n = 0 , teremos : 0! = 1. Pn = n! onde n! = n(n-1)(n-2)... .1 .
Para n = 1 , teremos : 1! = 1
Exemplos: Exemplos:

a) 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720 a) P6 = 6! = 6.5.4.3.2.1 = 720


b) 4! = 4.3.2.1 = 24 b) Calcule o número de formas distintas de 5 pessoas
c) observe que 6! = 6.5.4! ocuparem os lugares de um banco retangular de cinco
d) 10! = 10.9.8.7.6.5.4.3.2.1 lugares.
e) 10! = 10.9.8.7.6.5! P5 = 5! = 5.4.3.2.1 = 120
f ) 10! = 10.9.8!
3 - Princípio fundamental da contagem - PFC 4.3 - Denomina-se ANAGRAMA o agrupamento
formado pelas letras de uma palavra, que podem ter
Se determinado acontecimento ocorre em n etapas ou não significado na linguagem comum.
diferentes, e se a primeira etapa pode ocorrer de k1
maneiras diferentes, a segunda de k2 maneiras Exemplo:
diferentes, e assim sucessivamente, então o número

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82
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Os possíveis anagramas da palavra REI são: 10.9.8 = 720.
REI, RIE, ERI, EIR, IRE e IER. Observe que 720 = A10,3
5 - Permutações com elementos repetidos 7 - Combinações simples
Se entre os n elementos de um conjunto, existem a 7.1 - Denominamos combinações simples de n
elementos repetidos, b elementos repetidos, c elementos distintos tomados k a k (taxa k) aos
elementos repetidos e assim sucessivamente , o subconjuntos formados por k elementos distintos
número total de permutações que podemos formar é escolhidos entre os n elementos dados. Observe que
dado por: duas combinações são diferentes quando possuem
elementos distintos, não importando a ordem em que
os elementos são colocados.

Exemplo: Exemplo:
Determine o número de anagramas da palavra
MATEMÁTICA.(não considere o acento) No conjunto E= {a,b.c,d} podemos considerar:
a) combinações de taxa 2: ab, ac, ad,bc,bd, cd.
Solução: b) combinações de taxa 3: abc, abd,acd,bcd.
Temos 10 elementos, com repetição. Observe que a c) combinações de taxa 4: abcd.
letra M está repetida duas vezes, a letra A três , a letra 7.2 - Representando por Cn,k o número total de
T, duas vezes. Na fórmula anterior, teremos: n=10, combinações de n elementos tomados k a k (taxa k) ,
a=2, b=3 e c=2. Sendo k o número procurado, temos a seguinte fórmula:
podemos escrever:
k= 10! / (2!.3!.2!) = 151200
Resposta: 151200 anagramas. Nota: o número acima é também
conhecido como Número binomial e
6 - Arranjos simples indicado por:
6.1 - Dado um conjunto com n elementos , chama-se
arranjo simples de taxa k , a todo agrupamento de k
elementos distintos dispostos numa certa ordem. Dois
arranjos diferem entre si, pela ordem de colocação dos Exemplo:
elementos. Assim, no conjunto E = {a,b,c}, teremos:
a) arranjos de taxa 2: ab, ac, bc, ba, ca, cb. Uma prova consta de 15 questões das quais o aluno
b) arranjos de taxa 3: abc, acb, bac, bca, cab, cba. deve resolver 10. De quantas formas ele poderá
6.2 - Representando o número total de arranjos de n escolher as 10 questões?
elementos tomados k a k (taxa k) por An,k , teremos a
seguinte fórmula: Solução:

Observe que a ordem das questões não muda o teste.


Logo, podemos concluir que trata-se de um problema
de combinação de 15 elementos com taxa 10.
Obs : é fácil perceber que An,n = n! = Pn . (Verifique)
Exemplo: Aplicando simplesmente a fórmula chegaremos a:
C15,10 = 15! / [(15-10)! . 10!] = 15! / (5! . 10!) =
Um cofre possui um disco marcado com os dígitos 15.14.13.12.11.10! / 5.4.3.2.1.10! = 3003
0,1,2,...,9. O segredo do cofre é marcado por uma
seqüência de 3 dígitos distintos. Se uma pessoa tentar
Agora que você viu o resumo da teoria, tente resolver
abrir o cofre, quantas tentativas deverá fazer(no
os 3 problemas seguintes:
máximo) para conseguir abri-lo?
01 - Um coquetel é preparado com duas ou mais
Solução: bebidas distintas. Se existem 7 bebidas distintas,
quantos coquetéis diferentes podem ser preparados?
As seqüências serão do tipo xyz. Para a primeira Resp: 120
posição teremos 10 alternativas, para a segunda, 9 e 02 - Sobre uma circunferência são marcados 9 pontos
para a terceira, 8. Podemos aplicar a fórmula de distintos. Quantos triângulos podem ser construídos
arranjos, mas pelo princípio fundamental de contagem, com vértices nos 9 pontos marcados?
chegaremos ao mesmo resultado: Resp: 84

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03 - Uma família com 5 pessoas possui um automóvel Logo:
de 5 lugares. Sabendo que somente 2 pessoas sabem
dirigir, de quantos modos poderão se acomodar para
uma viagem?
Resp: 48
Exercícios resolvidos:

Um salão tem 6 portas. De quantos modos Portanto, p homens e q mulheres podem ser dispostos
distintos esse salão pode estar aberto? em fila em ordem crescente de altura, de (p+q)! / p!.q!
maneiras distintas.
Solução: Exemplo de verificação:

Para a primeira porta temos duas opções: aberta ou Considere três homens e duas mulheres, com as
fechada seguintes alturas em metros:
Para a segunda porta temos também, duas opções, e
assim sucessivamente. Pedro, com 1,76m = P
Para as seis portas, teremos então, pelo Princípio Rafael, com 1,77m = R
Fundamental da Contagem - PFC: Eduardo, com 1,78m = E
N = 2.2.2.2.2.2 = 64 Maria, com 1,75 m = M
Lembrando que uma dessas opções corresponde a Samantha, com 1,74m = S
todas as duas portas fechadas, teremos então que o
número procurado é igual a 64 - 1 = 63. Em termos de alturas temos:

Resposta: o salão pode estar aberto de 63 modos P>R>E>M>S


possíveis. Pela fórmula acima, o número de maneiras de dispor
Exercícios Resolvidos: estas cinco pessoas em ordem crescente de altura,
será igual a:
De quantos modos diferentes podem ser dispostas em
n = (3+2)! / 3!.2! = 5! /3!.2! = 120/12 = 10.
fila (p+q) pessoas sendo p homens de alturas todas
diferentes e q mulheres também de alturas diferentes,
São as seguintes, as 10 disposições possíveis,
de modo que, tanto no grupo dos homens como no
considerando-se a ordem decrescente de alturas:
das mulheres, as pessoas se sucedam em alturas
crescentes?
01 – PREMS
Solução: 02 – PRMES
03 – PRMSE
Supondo os p homens e as q mulheres ordenados 04 – MPRES
segundo suas alturas crescentes, teremos ao todo 05 – MPRSE
(p+q) pessoas. Ordenando-se os p homens em p dos 06 – MPSRE
(p+q) lugares, as q mulheres ocuparão os q lugares 07 – PMRES
restantes. 08 – PMRSE
09 – PMSRE
Ora, basta calcular então, o número de maneiras de 10 – MSPRE
preencher p lugares entre os (p+q) lugares existentes,
Mais Exercícios:
isto é, determinar quantos subconjuntos de p
elementos podem ser formados num conjunto de (p+q) 1 – Mostrar que 2.4.6.8. ... .(2n – 2).2n = n! . 2n
elementos, com a condição de ordenamento crescente Solução:
das alturas.
O número procurado será igual ao número de O primeiro membro da igualdade pode ser escrito
combinações possíveis de (p+q) elementos tomados p como:
a p. 2.1 . 2.2 . 2.3 . 2.4 . ... . 2.(n – 1) . 2.n
Observe que no produto acima, o fator 2 se repete n
vezes; portanto, o produto de 2 por ele mesmo,
n vezes, resulta na potência 2n.
Logo, o primeiro membro da igualdade fica:
2n(1 . 2 . 3 . 4 . ... . n)

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Observe que entre parênteses, temos exatamente o Exemplo:
fatorial de n ou seja: n!
Substituindo, vem finalmente : 2n . n! Seja a equação linear x1 + x2 + x3 = 3.
Assim, mostramos que: As soluções inteiras não negativas da equação acima
2.4.6.8. ... .2(n – 1). 2n = n! . 2n são as ênuplas:
Então, podemos dizer que: (0,0,3)
O produto dos n primeiros números pares positivos é (0,1,2)
igual ao fatorial de n multiplicado pela (0,2,1)
n - ésima potência de 2. (0,3,0)
(1,0,2)
2 – Simplificar o número fracionário:
(1,1,1)
(1,2,0)
(2,0,1)
(2,1,0)
(3,0,0)
Solução: Observe que existem 10 soluções inteiras não
negativas para a equação dada.
Usando o resultado do problema anterior, poderemos
escrever imediatamente: Considere agora o problema seguinte:
Existem quantas soluções inteiras não negativas, para
a equação linear:
x1 + x2 + x3 + ... + xn = b, com b  N ?

Demonstra-se que o número Y, de soluções inteiras


não negativas desta equação linear, é dada por:
Portanto, a expressão dada, quando simplificada, fica
igual a 2 -(n+p).
3 – Mostrar que, qualquer que seja o número inteiro n
 2, o produto
n(n – 1) (n – 2) é um número divisível por 6. Portanto, o número Y de soluções inteiras e não
negativas da equação linear dada é:
Solução:

Vamos preparar a expressão dada, multiplicando-a e


dividindo-a pelo mesmo valor conveniente, o que não
altera o seu valor. Vem: 1 – Qual o número de soluções inteiras não negativas
da equação x + y + z = 5 ?
Solução:
Mas, n! / 3!.(n-3)! = Cn,3  n(n – 1)(n – 2) = 6.Cn,3
Temos: n = 3 e b = 5. Logo:
Portanto, vem:

Resp: 21 soluções inteiras e não negativas.


Como Cn,3 = número de combinações simples de n
elementos tomados 3 a 3, é um número inteiro, 2 – Qual o número de soluções inteiras não negativas
concluímos que inevitavelmente o produto n(n – 1)(n – da equação x + y + z + w = 3?
2) é um número divisível por 6, para n  2.
Nota: para n = 2, teremos n(n – 1)(n – 2) = 2.1.0 = 0, e Solução:
zero é divisível por 6, pois 0/6 = 0. Temos n =4 e b = 3. Logo,
Considere a equação linear a seguir:
x1 + x2 + x3 + ... + xn = b, onde b  N
(N = conjunto dos números naturais).
Resp: 20 soluções inteiras e não negativas.
As soluções desta equação, são os valores de x1, x2, ... Agora resolva este:
, xn que formam um conjunto ordenado Qual o número de soluções inteiras não negativas da
(x1,x2,x3,...,xn), denominado n - upla (ênupla) ordenada. equação linear

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x + y + z + w + t = 2? c) 6825x que dá um total de 1! = 1 permutação.
Resp: 15 soluções inteiras não negativas Logo o número 68275 será precedido por 48+18+1 =
Série de Exercícios – Análise 67 números. Logo, sua posição será a de número 68.
Combinatória 5 - Sabe-se que o número de maneiras de n pessoas
1 - A Diretoria de uma Empresa tem seis membros. sentarem-se ao redor de uma mesa circular é dado
Quantas comissões de quatro membros podem ser pela fórmula
formadas, com a condição de que em cada comissão P’n = (n - 1)! . Nestas condições, de quantas maneiras
figurem sempre o Presidente e o Vice-Presidente? distintas 7 pessoas podem sentar-se em torno de uma
SOLUÇÃO: mesa circular, de tal modo que duas determinadas
Os agrupamentos são do tipo combinações, já que a pessoas fiquem sempre acomodadas juntas?
ordem dos elementos não muda o agrupamento. SOLUÇÃO:
O número procurado é igual a: Supondo que as pessoas A e B fiquem sentadas
C6-2,4-2 = C 4,2 = (4.3)/(2.1) = 6. juntas, podemos considerar que os agrupamentos
possíveis serão das seguintes formas:
Observe que raciocinamos com a formação das
comissões de 2 membros escolhidos entre 4, já que a) (AB)XYZWK.......P’n = (6-1)! = 120
duas posições na comissão são fixas: a do Presidente b) (BA)XYZWK.......P’n = (6-1)! = 120
e do Vice. Logo o número total será: 120+120 = 240.
2 – A Diretoria de uma Empresa tem seis membros. 6 - De quantas maneiras seis pessoas podem sentar-
Quantas comissões de dois membros podem ser se ao redor de uma mesa circular?
formadas, com a condição de que em nenhuma delas
SOLUÇÃO:
figure o Presidente e o Vice?
P’n = (6-1)! = 5! = 5.4.3.2.1 = 120.
SOLUÇÃO:
7 - Numa reunião de sete pessoas há nove cadeiras.
Ora, retirados o Presidente e o Vice, restam 6 – 2 = 4
De quantos modos se podem sentar as pessoas?
elementos. Logo, O número procurado será igual a:
SOLUÇÃO:
C6-2,2 = C4,2 = (4.3)/(2.1) = 6.
Trata-se de um problema de arranjos simples, cuja
3 - Numa assembléia de quarenta cientistas, oito são
solução é encontrada calculando-se:
físicos. Quantas comissões de cinco membros podem
ser formadas incluindo no mínimo um físico? A9,7 = 9.8.7.6.5.4.3 = 181.440
SOLUÇÃO: Nota: observe que An,k contém k fatores decrescentes
a partir de n. Exemplo: A10,2 = 10.9 = 90, A9,3 = 9.8.7 =
A expressão “no mínimo um físico” significa a presença
504, etc.
de 1, 2, 3, 4 ou 5 físicos nas comissões.
Poderíamos também resolver aplicando a regra do
Podemos raciocinar da seguinte forma: em quantas
produto, com o seguinte raciocínio:
comissões não possuem físicos e subtrair este número
do total de agrupamentos possíveis. a primeira pessoa tinha 9 opções para sentar-se, a
segunda, 8 , a terceira,7 , a quarta,6 , a quinta,5 , a
Ora, existem C40,5 comissões possíveis de 5 membros
sexta, 4 e finalmente a sétima, 3. Logo, o número total
escolhidos entre 40 e, existem C40-8,5 = C32,5 comissões
de possibilidades será igual a 9.8.7.6.5.4.3 = 181.440
nas quais não aparecem físicos.
8 - Quantos são os anagramas da palavra
Assim, teremos:
UNIVERSAL que começam por consoante e terminam
C40,5 - C32,5 = 456 632 comissões. por vogal?
Observe que Cn,k = n!/(n-k)!.k!
SOLUÇÃO:
4 - Ordenando de modo crescente as permutações dos
A palavra dada possui 5 consoantes e 4 vogais.
algarismos 2, 5, 6, 7 e 8, qual o lugar que ocupará a
Colocando uma das consoantes, por exemplo, N, no
permutação 68275?
início da palavra, podemos dispor em
SOLUÇÃO: correspondência, cada uma das 4 vogais no final. Eis o
O número 68275 será precedido pelos números das esquema correspondente:
formas: (N...U) (N...I) (N...E) (N....A)
a) 2xxxx, 5xxxx que dão um total de 4! + 4! = 48 Podemos fazer o mesmo raciocínio para as demais
permutações consoantes. Resultam 5.4=20 esquemas do tipo
b) 62xxx, 65xxx, 67xxx que dão um total de 3.3! = 18 acima. Permutando-se as 7 letras restantes situadas
permutações entre a consoante e a vogal, de todos os modos

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possíveis, obteremos em cada esquema 7! Observe que estes 3 conjuntos de livros podem ainda
anagramas. O número pedido será, pois, igual a serem permutados de 3! maneiras distintas entre si.
20.7! = 20.7.6.5.4.3.2.1 = 100.800. Logo, pela regra do produto, o número total de
possibilidades será:
9 - Numa reunião estão doze pessoas. Quantas
comissões de três membros podem ser formadas, com N = [(5!).(3!).(2!)].(3!) = 120.6.2.6 = 8640 modos
a condição de que uma determinada pessoa A esteja distintos.
sempre presente e uma determinada pessoa B nunca Agora resolva estes:
participe junto com a pessoa A? 1 – Com seis homens e quatro mulheres, quantas
SOLUÇÃO: comissões de quatro pessoas podemos formar?
Como um dos 3 integrantes é sempre A, resta 2 – Com seis homens e quatro mulheres, quantas
determinar os dois outros, com a condição de que não comissões de cinco pessoas podemos formar,
seja B. Logo, dos 12, excluindo A(que tem presença constituídas por dois homens e três mulheres?
garantida) e B (que não pode participar junto com A) 3 - De quantos modos podemos dispor cinco livros de
restam 10 pessoas que deverão ser agrupadas duas a Matemática, três de Física e dois de Química em uma
duas. Portanto, o número procurado é igual a C10,2 = prateleira, de modo que os livros do mesmo assunto e
(10.9)/(2.1) = 45. na ordem dada no enunciado, fiquem sempre juntos?
10 - Numa assembléia há cinqüenta e sete deputados Gabarito: 1)210 2)60 3)1440.
sendo trinta e um governistas e os demais,
Uma pastelaria vende pastéis de carne, queijo e
oposicionistas. Quantas comissões de sete deputados
palmito. De quantas formas uma pessoa pode
podem ser formadas com quatro membros do governo
escolher cinco pastéis?
e três da oposição?
A) 18
SOLUÇÃO:
B) 21
Escolhidos três deputados oposicionistas, com eles C) 15
podemos formar tantas comissões quantas são as D) 35
combinações dos 31 deputados do governo tomados 4 E) 25
a 4 (taxa 4), isto é: C31,4 . Podemos escolher 3
oposicionistas, entre os 26 existentes, de C26,3 Solução:
maneiras distintas; portanto o número total de
Pelo enunciado, temos três tipos de pastéis, para
comissões é igual a C26,3 . C31,4 = 81.809.000, ou seja,
serem agrupados em grupos de cinco unidades.
quase oitenta e dois milhões de comissões distintas!.
Sendo C = pastel de carne, Q = pastel de queijo e P =
11 - Quantas anagramas podem ser formados com as pastel de palmito, poderíamos por exemplo, ter os
letras da palavra ARARA? seguintes agrupamentos:
SOLUÇÃO: CCCCC – no caso da pessoa escolher 5 pastéis de
Observe que a palavra ARARA possui 5 letras porém carne.
com repetição. Se as 5 letras fossem distintas PPQQC – no caso da pessoa escolher 2 pastéis de
teríamos palmito, 2 de queijo e 1 de carne, etc.
5! = 120 anagramas.Como existem letras repetidas,
Podemos observar que, sendo x o número de pastéis
precisamos “descontar” todas as trocas de posições
de queijo, y o número de pastéis de queijo e z o
entre letras iguais. O total de anagramas será,
número de pastéis de palmito, é válido escrever:
portanto, igual a
x+y+z=5
P = 5!/(3!.2!) = 10.
Como x, y e z são números inteiros não negativos, o
É óbvio que podemos também calcular diretamente
problema proposto é equivalente à determinação do
usando a fórmula de permutações com repetição.
número total de soluções inteiras e não negativas, da
12 – De quantos modos podemos dispor 5 livros de equação acima.
Matemática, 3 de Física e 2 de Química em uma
Ora, o número de soluções inteiras e não negativas
prateleira, de modo que os livros do mesmo assunto
desta equação, será dado por
fiquem sempre juntos?
SOLUÇÃO:
Dentre os 5 livros de Matemática, podemos realizar 5!
permutações distintas entre eles. Analogamente, 3! onde n = 3 e b = 5. Revise isto clicando AQUI.
para os livros de Física e 2! para os livros de Química.

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Portanto, substituindo os valores, encontraremos a (2,1,2) – CCQPP
solução procurada: (2,2,1) – CCQQP
(1,4,0) – CQQQQ
(1,0,4) – CPPPP
(1,1,3) – CQPPP
Logo, existem 21 maneiras de escolher cinco pastéis (1,3,1) – CQQQP
entre os 3 tipos disponíveis, o que nos leva à (1,2,2) – CQQPP
alternativa B. (0,5,0) – QQQQQ
(0,0,5) – PPPPP
Poderíamos também, resolver o problema de outra (0,1,4) – QPPPP
maneira, a saber: (0,4,1) – QQQQP
Temos 5 unidades para serem divididas em 3 partes (0,2,3) – QQPPP
ordenadas. (0,3,2) – QQQPP
Exemplos:
Observe que a solução do problema, coincide com a
(2,3,0) é uma solução, ou seja: 2 pastéis de carne e 3
determinação do número de soluções inteiras e não
de queijo.
negativas da equação linear x + y + z = 5.
(1,3,1) é uma solução, ou seja: 1 pastel de carne, 3 de
queijo e 1 de palmito.
Para revisar, clique AQUI.
(0,0,5) é uma solução, ou seja: 5 pastéis de palmito,
etc
Agora tente resolver este:
........................................................................................
.................................
Uma pastelaria vende pastéis de carne, queijo e
A representação a seguir, mostra uma disposição de palmito. De quantas formas uma pessoa pode escolher
uma das soluções possíveis: quatro pastéis?
(1,2,2), ou seja: 1 pastel de carne, 2 de queijo e 2 de
palmito. Resposta: 15 formas distintas, a saber, onde C =
carne, Q = queijo e P = palmito:
(4,0,0) - CCCC
Observe que temos 7 = (5 + 2) símbolos, sendo 5 (3,1,0) - CCCQ
“pontinhos” e 2 “traços”. (3,0,1) - CCCP
(2,0,2) - CCPP
Tudo funciona como se tivéssemos que permutar 7 (2,1,1) - CCQP
elementos com repetição de 5 deles e de 2 deles. (2,2,0) - CCQQ
Assim, usando a fórmula de permutações com (1,0,3) - CPPP
repetição , teremos finalmente: (1,1,2) - CQPP
(1,2,1) - CQQP
(1,3,0) - CQQQ
(0,4,0) - QQQQ
(0,3,1) - QQQP
Ou seja, existem 21 maneiras de se escolher 5 pastéis (0,2,2) - QQPP
entre 3 tipos diferentes. (0,1,3) - QPPP
Estas 21 maneiras distintas de escolha, estão (0,0,4) - PPPP
indicadas abaixo, onde
C = pastel de carne Vimos em Análise Combinatória que o número de
Q = pastel de queijo combinações simples de n elementos de um conjunto
P = pastel de palmito: dado, tomados k a k, ou seja, de taxa k, é dado por:
Cn , k = n! / k! (n – k)!
(5,0,0) – CCCCC onde n! = 1.2.3.4.5. ... .(n – 1).n, é denominado fatorial
(4,1,0) – CCCCQ de n.
(4,0,1) – CCCCP
(3,2,0) – CCCQQ Exemplo:
(3,0,2) – CCCPP C7,5 = 7! / 5! (7 – 5)! = 7! / 5! 2! = (7.6.5.4.3.2.1)/
(3,1,1) – CCCQP (5.4.3.2.1.2.1) = 21
(2,3,0) – CCQQQ
(2,0,3) – CCPPP

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Sucesso
Considere o conjunto A = {a, b, c, d, e} formado por Cn,n-k = n! / [(n – k)! [n – (n – k)] = n! / (n – k)! k! = Cn ,
cinco elementos distintos. k
As combinações desses cinco elementos tomados dois
a dois são: Assim, poderemos exemplificar:
ab ac ad ae bc bd be cd ce de , num total de 10
combinações. C7,3 = C7,4 porque 3 + 4 = 7.
Realmente são 10 combinações, pois: C1000, 60 = C1000, 940 porque 60 + 940 = 1000.
C5,2 = 5! / 2!(5 – 2)! =(5.4.3.2.1) / (2.1.3.2.1) = 10. C700, 100 = C700, 600 porque 100 + 600 = 700.

As combinações desses cinco elementos tomados três Genericamente,


a três são: Cn , n - k = Cn , k porque (n – k) + k = n.
abc abd abe acd ace ade bcd bce , num total de
10 combinações. Um caso particular e importante é obtido fazendo k = 0
Realmente neste caso, também são 10 combinações, na igualdade acima, obtendo-se:
pois: Cn, n – 0 = Cn,0 ou seja: Cn , n = Cn , 0
C5,3 = 5! / 3!(5 – 3)! = (5.4.3.2.1) / (3.2.1.2.1) = 10.
Pela fórmula Cn , k = n! / k! (n – k)! , fazendo k = 0,
Observe que no conjunto dado, para cada combinação obteremos finalmente:
de taxa dois, corresponde uma única combinação de Cn,0 = n! / 0! (n – 0)! = n! / n! = 1, já que, por definição ,
taxa três, ou seja, definida uma combinação de taxa o fatorial de zero é igual a 1 ou seja, 0! = 1.
dois, fica definida imediatamente uma outra Portanto, Cn , n = Cn , 0 = 1.
combinação (dita complementar) de taxa três. Isto
justifica o fato de que C5,2 = C5,3 Exercício resolvido
Assim, por exemplo, no caso acima, poderemos Determine o conjunto solução da equação C200 , 2x =
escrever as combinações e suas respectivas C200,9-x
combinações complementares: Solução:
Deveremos ter: 2x = 9 – x ou 2x + 9 – x = 200.
Combinação Combinação Da primeira, tiramos: 2x + x = 9 x = 3.
complementar Da segunda, tiramos: 2x – x = 200 – 9 x = 191.
ab cde Logo, o conjunto solução é S = {3, 191}
ac bde
ad bce Exercício proposto:
ae bcd Resolva a equação C14, x+2 = C14, 5x
bc ade Resposta: S = {2}.
bd ace
be acd
cd abe 3.2 Progressão Aritmética (PA)
ce abd –
de abc
Definição e Termo Geral
De uma forma geral, num conjunto de n elementos,
para cada combinação dos n elementos tomados k a k, 1. Seqüências Numéricas
ou seja, de taxa k, corresponderá uma única
combinação complementar formada pelos
n – k elementos restantes e, portanto, deveremos ter Introdução
sempre
Cn , k = Cn , n - k.
Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas
Isto pode também ser verificado algebricamente, seqüências como, por exemplo, a sucessão de
conforme mostraremos a seguir: cidades que temos numa viagem de automóvel entre
Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
Já sabemos que : aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas seqüências uma
Cn , k = n! / k! (n – k)! ordem numérica, ou seja, adotando a1 para o 1o termo,
a2 para o 2o termo até an para o n-ésimo termo.
Para Cn , n - k poderemos escrever: Dizemos que o termo an é também chamado termo

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geral da seqüência, em que n é um número natural
diferente de zero. Evidentemente, daremos atenção ao 1o) Determinar os cinco primeiros termos da seqüência
estudo das seqüências numéricas. cujo termo geral é igual a:

As seqüências podem ser finitas, quando apresentam an = n2 – 2n, com n N*


um último termo, ou infinitas, quando não apresentam
um último termo. As seqüências infinitas são indicadas Teremos:
por reticências no final.
Exemplos a1 = 1 2 – 2 · 1 a1 = – 1
a2 = 2 2 – 2 · 2 a2 = 0
1o) Seqüência dos números primos positivos: (2, 3, 5, a3 = 3 2 – 2 · 3 a3 = 3
7, 11, 13, 17, 19, ...). Notemos que esta é uma a4 = 4 2 – 4 · 2 a4 = 8
seqüência infinita com a1 = 2; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = a5 = 5 2 – 5 · 2 a5 = 15
11;
a6 = 13 etc.
2o) Determinar os cinco primeiros termos da seqüência
o
2 ) Seqüência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, cujo termo geral é igual a:
7, 9, 11, ...). Notemos que esta é uma seqüência
infinita com a1 = 1; a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 an = 3 · n + 2, com n N*
etc. Progressão Aritmética (PA) – Definição e Termo Geral

3o) Seqüência dos algarismos do sistema decimal de


numeração: (0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que Teremos:
esta é uma seqüência finita com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2;
a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 = 8 e a10 = 9. a1 = 3 · 1 + 2 a1 = 5
a2 = 3 · 2 + 2 a2 = 8
a3 = 3 · 3 + 2 a3 = 11
A. Igualdade
a4 = 3 · 4 + 2 a4 = 14
a5 = 3 · 5 + 2 a5 = 17
As seqüências são apresentadas com os seus
termos entre parênteses colocados de forma
ordenada. Sucessões que apresentarem os mesmos
3o) Determinar os termos a12 e a23 da seqüência cujo
termos, porém em ordem diferente, serão
termo geral é igual a:
consideradas sucessões diferentes. Duas seqüências
só poderão ser consideradas iguais se, e somente se,
an = 45 – 4 · n, com n N*
apresentarem os mesmos termos, na mesma ordem.
Teremos:
Exemplo
a12 = 45 – 4 · 12 a12 = –3
A seqüência (x, y, z, t) poderá ser considerada igual à
a23 = 45 – 4 · 23 a23 = –47
seqüência (5, 8, 15, 17) se, e somente se, x=5; y=8;
z=15 e t=17.
C. Lei de Recorrências
Notemos que as seqüências (0, 1, 2, 3, 4, 5) e (5, 4, 3,
2, 1, 0) são diferentes, pois, embora apresentem os Uma seqüência pode ser definida quando oferecemos
mesmos elementos, eles estão em ordem diferente. o valor do primeiro termo e um “caminho” (uma
fórmula) que permite a determinação de cada termo
conhecendo-se o seu antecedente. Essa forma de
B. Fórmula do Termo Geral
apresentação de uma sucessão é dita de recorrências.
Podemos apresentar uma seqüência através de uma
fórmula que determina o valor de cada termo an em Exemplos
função do valor de n, ou seja, dependendo da posição
do termo. Esta fórmula que determina o valor do termo 1o) Escrever os cinco primeiros termos de uma
an é chamada fórmula do termo geral da sucessão. seqüência em que:

Exemplos a1 = 3 e
an+1 = 2 · an – 4, onde n N*

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90
PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso

Teremos: 2o) (11, 9, 7, 5, 3, 1, –1, ...) é uma PA de primeiro termo


a1 = 11 e razão r = – 2.
a1 = 3
a2 = 2 · a1 – 4 a2 = 2 · 3 – 4 a2 = 2 3o) (5, 5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PA de primeiro termo
a3 = 2 · a2 – 4 a3 = 2 · 2 – 4 a3 = 0 a1 = 5 e razão r = 0.
a4 = 2 · a3 – 4 a4 = 2 · 0 – 4 a4 = –4
a5 = 2 · a4 – 4 a5 = 2 · (–4) – 4 a5 = –12 4o) (0,3; 0,5; 0,7; 0,9; 1,1; 1,3; ...) é uma PA de primeiro
termo a1 = 0,3 e razão r = 0,2.
2o) Determinar o termo a5 de uma seqüência em que:
Observação
a1 = 12 e
an+1 = an – 2 , onde n N*

Teremos:

a2 = a1 – 2 a2 = 12 – 2 a2 = 10
a3 = a2 – 2 a3 = 10 – 2 a3 = 8
a4 = a3 – 2 a4 = 8 – 2 a4 = 6 Progressão Aritmética (PA) – Definição e Termo Geral
a5 = a4 – 2 a5 = 6 – 2 a5 = 4
B. Classificação
Observação 1
As progressões aritméticas são classificadas de
Devemos observar que a apresentação de uma
acordo com o crescimento dos seus termos. Uma PA é
seqüência através do termo geral é mais prática, visto
considerada crescente quando seus termos vão
que podemos determinar um termo no “meio” da
aumentando de valor, decrescente quando seus
seqüência sem a necessidade de determinarmos os
termos diminuem de valor e constante ou estacionária
termos intermediários, como ocorre na apresentação
quando seus termos são todos iguais. Podemos
da seqüência através da lei de recorrências.
reconhecer os tipos de PA observando a sua razão r.
Observação 2 r>0 PA crescente
r<0 PA decrescente
Algumas seqüências não podem, pela sua forma r=0 PA constante
“desorganizada” de se apresentarem, ser definidas
nem pela lei das recorrências, nem pela fórmula do
C. Fórmula do Termo Geral
termo geral. Um exemplo de uma seqüência como
esta é a sucessão de números naturais primos que já
A definição de PA está sendo apresentada por meio de
“destruiu” todas as tentativas de se encontrar uma
uma lei de recorrências, no entanto, a fórmula do
fórmula geral para seus termos.
termo geral é mais prática. Por isso, neste item,
procuraremos estabelecer, a partir da lei de
2. Progressão Aritmética (PA)
recorrências, a fórmula do termo geral da progressão
aritmética.
A. Definição
Vamos considerar uma PA de primeiro termo a1 e
PA é uma seqüência numérica em que cada termo, razão r. Assim, teremos:
a partir do segundo, é o anterior somado a uma
constante r chamada razão da PA. a2 = a 1 + r
a3 = a2 + r = a1 + 2r
a4 = a3 + r = a1 + 3r
com a1 conhecido e n N* a5 = a4 + r = a1 + 4r
. .
Exemplos . .
. .
1o) (0, 3, 6, 9, 12, 15, ...) é uma PA de primeiro termo
a1 = 0 e razão r = 3.

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Sucesso
15, o produto é igual a 105 e formam uma PA
crescente.
Exemplos
Resolução
1o) Numa PA de primeiro termo a1 = 0 e razão r = 3,
temos o termo geral igual a: Fazendo a = ( b – r ) e c = ( b + r) e sendo
a + b + c = 15, teremos:
an = a1 + (n – 1) · r an = 0 + (n – 1) · 3
an = 3 · n – 3. (b – r) + b + (b + r) = 15 3b = 15 b = 5.

Assim, se quisermos determinar o termo a23 desta PA, Assim, um dos números, o termo médio da PA, já é
teremos: conhecido.

a23 = 3 · 23 – 3 a23 = 66. Dessa forma a seqüência passa a ser:

2o) Numa PA de primeiro termo a1 = 11 e razão r = – 2, (5 – r), 5 e (5 + r), cujo produto é igual a 105, ou seja:
temos o termo geral igual a:
(5 – r) · 5 · (5 + r) = 105 52 – r2 = 21
an = a1 + (n – 1) · r an = 11 + (n – 1) · (–2) r2 = 4 r = 2 ou r = –2.
an = –2 · n + 13.
Sendo a PA crescente, ficaremos apenas com r = 2.
Assim, se quisermos determinar o termo a12 desta PA,
basta fazermos: Finalmente, teremos a = 3, b = 5 e c = 7.
Progressão Aritmética (PA) – Definição e Termo Geral
a12 = – 2 · 12 + 13 a12 = – 11.
E. Propriedades
3o) Numa PA de primeiro termo a1 = 0,3 e razão r = 0,2,
temos o termo geral igual a:
P1: para três termos consecutivos de uma PA, o termo
médio é a média aritmética dos outros dois termos.
an = a1 + (n – 1) · r an = 0,3 + (n – 1) · (0,2)
an = 0,2 · n + 0,1.
Demonstração
Assim, se quisermos determinar o termo a20 desta PA,
Vamos considerar três termos consecutivos de uma
faremos:
PA: an–1, an e an+1. Podemos afirmar que:
a20 = 0,2 · 20 + 0,1 a20 = 4,1.
(I) an = an–1 + r e
(II) an = an+1 – r

D. Artifícios de Resolução Fazendo (I) + (II), obteremos:

Em diversas situações, quando fazemos uso de 2an = an–1 + r + 2an+1 – r


apenas alguns elementos da PA, é possível, através 2an = an–1 + an+1
de artifícios de resolução, tornarmos o procedimento
mais simples: Portanto:

PA com três termos: (a – r), a e (a + r), razão igual a r.

PA com quatro termos: (a – 3r), (a – r), (a + r) e (a +


3r), razão igual a 2r.

PA com cinco termos: (a – 2r), (a – r), a, (a + r) e (a +


2r), razão igual a r.
Exemplo

Determinar os números a, b e c cuja soma é igual a Resumo

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Sucesso
Progressão Aritmética
an = 5 + 2n
A. Definição
Resolução
PA é uma seqüência numérica em que cada termo, a
partir do segundo, é o anterior somado a uma an = 5 + 2 n a1 = 5 + 2 = 7
constante r chamada razão da PA. a2 = 5 + 4 = 9
a3 = 5 + 6 = 11
B. Termo Geral
Logo, a PA é (7, 9, 11, ...), cuja razão é

r = 9 – 7 = 2.
C. Propriedades
Resposta: a1 = 7; r = 2
Para três termos consecutivos de uma PA, o termo
médio é a média aritmética dos outros dois termos.
4. Determine quantos múltiplos de 8 existem entre 14 e
701.
Exercícios Resolvidos Resolução
1. Escreva os cinco primeiros termos das seguintes
progressões aritméticas:

a) PA de primeiro termo 4 e razão 3;

b) PA de primeiro termo 20 e razão –4.


Cálculo do número de termos:
Resolução
an = a1 + (n – 1)r
a) (4, 7, 10, 13, 16,...)
696 = 16 + (n – 1) · 8
b) (20, 16, 12, 8, 4, ...)
696 = 16 + 8n – 8
2. Calcule a razão das seguintes progressões
aritméticas: 696 = 8 + 8n

a) (2, 8, 14, ...) 696 – 8 = 8n

8n = 688
b)
n = 86

c) Resposta: O número de múltiplos é 86.


Resolução Progressão Aritmética (PA) – Definição e Termo Geral

a) r = 8 – 2 = 6
5. Interpole 4 meios aritméticos entre 14 e 49.

b) Resolução

c)

3. Calcule o primeiro termo e a razão de uma


progressão aritmética cujo termo geral é: Interpolar meios aritméticos significa completar a

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Sucesso
seqüência de tal forma que 14 e 49 sejam os extremos 1. Termos Eqüidistantes dos Extremos
de uma PA; logo, precisamos determinar a razão.
Numa seqüência finita, dizemos que dois termos são
eqüidistantes dos extremos se a quantidade de termos
que precederem o primeiro deles for igual à
quantidade de termos que sucederem ao outro termo.
Assim, na sucessão:
(a1, a2, a3, a4, ... , ap, ..., ak, ..., an – 3, an – 2, an — 1, an) ,
an = a1 + (n – 1)r temos:
49 = 14 + (6 – 1)r
49 = 14 + 5r a2 e an – 1 são termos eqüidistantes dos extremos;
r=7
a3 e an – 2 são termos eqüidistantes dos extremos;

Resposta: (14, 21, 28, 35, 42, 49) a4 e an– 3 são termos eqüidistantes dos extremos.

Notemos que sempre que dois termos são


6. Três números estão em PA de tal forma que a soma eqüidistantes dos extremos, a soma dos seus índices
entre eles é 15 e o produto é 80. Calcule os três é igual ao valor
números. n + 1. Assim sendo, podemos generalizar que, se os
Resolução termos ap e ak são eqüidistantes dos extremos, então:
p + k = = n + 1.

Propriedade

Numa PA com n termos, a soma de dois termos


eqüidistantes dos extremos é igual à soma destes
extremos.

Demonstração

Sejam, numa PA de n termos, ap e ak dois termos


eqüidistantes dos extremos.

Teremos, então:

(I) ap = a1 + (p – 1) · r ap = a 1 + p · r – r .
Resolvendo o sistema, temos:
(II) ak = a1 + (k – 1) · r ak = a1 + k · r – r.
x = 5 e z = 3.
Fazendo (I) + (II), teremos:
para r = 3
ap + ak = a1 + p · r – r + a1 + k · r – r
a1 = 5 – 3 = 2
a2 = 5 ap + ak = a1 + a1 + (p + k – 1 – 1) · r
a3 = 5 + 3 = 8

para r = –3 Considerando que p + k = n + 1, ficamos com:

a1 = 5 – (–3) = 8 ap + ak = a1 + a1 + (n + 1 – 1 – 1) · r
a2 = 5
a3 = 5 – 3 = 2 ap + ak = a1 + a1 + (n – 1) · r

Resposta: 2, 5 e 8 ap + ak = a1 + an
PA – Soma dos n Primeiros Termos
Portanto, numa PA com n termos, a soma de dois

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Sucesso
termos eqüidistantes dos extremos é igual à soma eqüidistantes dos extremos é igual à soma destes
destes extremos. extremos.
Observação
Soma dos n primeiros termos de uma PA
Numa PA com n termos, em que n é um número ímpar,
o termo médio (am) é a média aritmética dos extremos.

Exercícios Resolvidos

01. Ache a soma dos sessenta primeiros termos da PA


2. Soma dos n Primeiros Termos de uma PA (2, 5, 8, ...).
Vamos considerar a Resolução
PA (a1, a2, a3, ... , an – 2, an – 1, an ) e representar por Sn a
soma dos seus n termos, ou seja:

Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an – 2 + an – 1 + an
(igualdade I)

Cálculo de a60:
Podemos escrever, também:
Sn = an + an – 1 + an – 2 + ... + a3 + a2 + a1 a60= a1 + 59r a60 = 2 + 59 · 3
(igualdade II) a60 = 2 + 177
a60 = 179

Somando-se (I) e (II), temos: Cálculo da soma:

2Sn = ( a1 + an ) + ( a2 +an–1 ) + ( a3 + an–2 ) +

+ ... + ( an–2 + a3 ) + ( an–1 + a2 ) + ( an + a1 )


PA – Soma dos n Primeiros Termos

Considerando que todas estas parcelas, colocadas S60 = 5.430


entre parênteses, são formadas por termos
eqüidistantes dos extremos e que a soma destes Resposta: 5.430
termos é igual à soma dos extremos, temos:
02. Um atleta percorre sempre 500 metros a mais do
2Sn = ( a1 + an ) + ( a1 + an ) + ( a1 + an ) + ( a1 + an ) + que no dia anterior. Sabendo que ao final de 15 dias
+ ... ( a1 + an ) 2Sn = ( a1 + an ) · n ele correu um total de 67.500 metros, calcule o número
de metros percorridos no terceiro dia.
E, assim, finalmente: Resolução

A progressão é:

(x, x + 500, x + 1.000, ...)

Logo:
Resumo
x + x + 500 + x + 1.000 + ... = 67.500

P2 – Numa PA com n termos, a soma de dois termos Cálculo de an:

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Sucesso
an = a1 + (n – 1)r an = x + (15 – 1) · 500 PA (1, 3, 5, ...)
an = x + 7.000
a10 = a1 + (n – 1)r
Cálculo de x: a10 = 1 + (10 – 1) · 2
a10 = 1 + 9 · 2
a10 = 1 + 18
a10 = 19

135.000 = (2x +7.000) · 15 Cálculo da soma dos dez termos:


9.000 = 2x + 7.000
2x = 2.000
x = 1.000
Mas: a3 = x + 1.000 = 1.000 + 1.000 = 2.000
Resposta: 2.000 metros

03. A soma do quarto e oitavo termos de uma PA é 20;


e o trigésimo primeiro termo é o dobro do décimo sexto S10 = 100
termo. Determine a PA.
b) Cálculo do enésimo termo:
Resolução
an = a1 + (n – 1) · r
an = 1 + (n – 1) · 2
an = 1 + 2n – 2
an = 2n – 1

Escrevendo cada termo em função de a1 e r, obtemos: Cálculo da soma dos n primeiros termos

Sn = n · n
Substituindo em , temos: Sn = n2

2a1 + 10r = 20 Resposta: a) 100; b) n2


2(0) + 10r = 20
r=2

Resposta: (0, 2, 4, 6, 8, ...)


PA – Soma dos n Primeiros Termos 3.3 PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Definição e Termo Geral


04.

a) Determine a soma dos dez primeiros números Progressão Geométrica


naturais ímpares.
A. Definição
b) Qual é a soma dos n primeiros números naturais
ímpares?
PG é uma seqüência numérica onde cada termo, a
partir do segundo, é o anterior multiplicado por uma
Resolução
constante q chamada razão da PG.
a) Cálculo do décimo termo:

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Sucesso
quando a1 < 0 e q > 1.
com a1 conhecido e n N*
Exemplos Alternante: quando cada termo apresenta sinal
contrário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
1o) (3, 6, 12, 24, 48, ...) é uma PG de primeiro termo
Constante: quando todos os termos são iguais. Isto
a1 = 3 e razão q = 2.
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também
uma PA de razão r = 0. A PG constante é também
chamada de PG estacionária.
2o) é uma PG de primeiro
Singular: quando o zero é um dos seus termos. Isto
termo = – 36 e razão q = . ocorre quando a1 = 0 ou q = 0.

C. Fórmula do Termo Geral


3o) é uma PG de primeiro termo a1 = 15
A definição de PG está sendo apresentada por meio
e razão q = .
de uma lei de recorrências, e nós já aprendemos nos
módulos anteriores que a fórmula do termo geral é
4o) ( –2, – 6, – 18, – 54, ...) é uma PG de primeiro
mais prática. Por isso, estaremos, neste item,
termo a1 = – 2 e razão q = 3.
procurando estabelecer, a partir da lei de recorrências,
a fórmula do termo geral da progressão geométrica.
5o) (1, – 3, 9, – 27, 81, –243, ...) é uma PG de primeiro
termo a1 = 1 e razão q = – 3.
Vamos considerar uma PG de primeiro termo a1 e
razão q. Assim, teremos:
6o) (5, 5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma PG de primeiro termo
a1 = 5 e razão q = 1.
a2 = a 1 · q
a3 = a2 · q = a1 · q2
7o) (7, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo
a4 = a3 · q = a1 · q3
a1 = 7 e razão q = 0.
a5 = a4 · q = a1 · q4
. .
8o) (0, 0, 0, 0, 0, 0, ...) é uma PG de primeiro termo a 1=
. .
0 e razão q qualquer.
. .

Observação – Para determinar a razão de uma PG,


basta efetuarmos o quociente entre dois termos
Progressão Geométrica – Definição e Termo Geral
consecutivos: o posterior dividido pelo anterior.

Exemplos

1o) Numa PG de primeiro termo a1 = 2 e razão q = 3,


temos o termo geral an igual a:

an = a1 · qn–1 an = 2 · 3n–1
B. Classificação
Assim, se quisermos determinar o termo a5 desta PG,
As progressões geométricas são classificadas faremos:
assim:
a5 = 2 · 34 a5 = 162
Crescente: quando cada termo é maior que o anterior.
Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1.
2o) Numa PG de primeiro termo a1 = 15 e razão q = ,
Decrescente: quando cada termo é menor que o temos o termo geral an igual a:
anterior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou

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97
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Sucesso

Vamos considerar a PG em questão formada pelos

Assim, se quisermos determinar o termo a6 desta PG,


termos a, b e c, onde a = e c = b · q.
faremos:
Assim,

3o) Numa PG de primeiro termo a1 = 1 e razão q = – 3,


temos o termo geral an igual a: Temos:

an = a1 · qn–1 an = 1 · (–3) n–1

Assim, se quisermos determinar o termo a4 desta PG,


faremos:
q = 3 ou q =
a4 = 1 · (–3) 3 a4 = –27
Sendo a PG crescente, consideramos apenas q = 3.
D. Artifícios de Resolução E, assim, a nossa PG é dada pelos números: 1, 3 e 9.
E. Propriedades

Em diversas situações, quando fazemos uso de P1: Para três termos consecutivos de uma PG, o
apenas alguns elementos da PG, é possível, através quadrado do termo médio é igual ao produto dos
de artifícios de resolução, tornarmos o procedimento outros dois.
mais simples. Demonstração

PG com três termos: Vamos considerar três termos consecutivos de uma


PG : an–1 , an e an+1. Podemos afirmar que:

(I) an = an–1 · q e

PG com quatro termos:


(II)
Progressão Geométrica – Definição e Termo Geral

Fazendo (I) · (II), obteremos:

PG com cinco termos:

Portanto:

Exemplo

Considere uma PG crescente formada de três


números. Determine esta PG sabendo que a soma
destes números é 13 e o produto é 27. Observação – Se a PG for positiva, o termo médio
será a média geométrica dos outros dois:
Resolução

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Sucesso

C. Propriedades

P1: para três termos consecutivos de uma PG, o


P2: Numa PG, com n termos, o produto de dois termos quadrado do termo médio é igual ao produto dos
eqüidistantes dos extremos é igual ao produto destes outros dois.
extremos.
Demonstração P2: numa PG, com n termos, o produto de dois termos
eqüidistantes dos extremos é igual ao produto destes
Sejam, numa PG de n termos, ap e ak dois termos extremos.
eqüidistantes dos extremos.
Exercícios Resolvidos
Teremos, então:
01. Escreva os cinco primeiros termos das seguintes
(I) ap = a1 · q p–1 progressões geométricas:
(II) ak = a1 · q k–1 a) a1 = 2 e q = 5
Multiplicando ( I ) por ( II ), ficaremos com:
b)
p–1 k–1 c) a1 = –1 e q = –10
ap · ak = a1 · q · a1 · q
Resolução
ap · ak = a1 · a1 · q p–1+k–1
a) (2, 10, 50, 250, 1.250,…)
Considerando que p + k = n + 1, ficamos com: b) (80, 40, 20, 10, 5,…)
c) (–1, 10, –100, 1.000, –10.000,…)
Resposta

Portanto, numa PG, com n termos, o produto de dois a) (2, 10, 50, 250, 1.250,…)
termos eqüidistantes dos extremos é igual ao produto b) (80, 40, 20, 10, 5,…)
destes extremos. c) (–1, 10, –100, 1.000, –10.000,…)
Progressão Geométrica – Definição e Termo Geral
Observação – Numa PG positiva, com n termos, onde
n é um número ímpar, o termo médio (am) é a média
geométrica dos extremos ou de 2 termos eqüidistantes
dos extremos. 02. Calcule a razão das seguintes progressões
geométricas:

a) (3, 6, 12,…)

Resumo
b)
Progressão Geométrica
c) (an–5, an–3, an–1, ...)
Resolução
A. Definição

PG é uma seqüência numérica onde cada termo, a


partir do segundo, é o anterior multiplicado por uma
constante q chamada razão da PG.
B. Termo geral

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Sucesso
Resposta

a) 2 729 = · 3 n–1

729 · 9 = 3 n–1
b)
3 n–1 = 38 n – 1 = 8 n=9
c) a 2 Resposta: B

05. (UGF-RJ) Em uma progressão geométrica, o


03. (Mackenzie-SP) Se o oitavo termo de uma primeiro termo é 4 e o quinto termo é 324. A razão
dessa progressão geométrica é:
progressão geométrica é e a razão é , o primeiro
termo dessa progressão é: a) 3 d) 2

a) 2–1 d) 28
b) 4 e)

c) 5
b) 2 e) Resolução
c) 26
an = a1 · q n –1
Resolução 324 = 4 · q 5 –1

an = a1 · qn – 1
a8 = a1 · q8 – 1

q 4 = 81 = 3 4 q=3

Resposta: A
–1 –1 7
2 = a1 · (2 )
06. (PUC-SP) Se a seqüência (4x, 2x + 1, x – 1) é uma
–1
2 = a1 · 2 –7 PG, então o valor de x é:

a) d) 8

Resposta: C b) –8 e)

c) –1
04. (Osec-SP) O número de termos da PG
Progressão Geométrica – Definição e Termo Geral

Resolução
é:

a) 8 d) 81

b) 9 e) 4

c) 10
Resolução

an = a1 · qn – 1

99
100
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representar por Pn o produto dos seus n termos, ou
seja:

Resposta: A Pn = a1 · a2 · a3 · …· an – 2 · an – 1 · an
(igualdade I)
07. (UFES) Qual a razão de uma PG de três termos,
em que a soma dos termos é 14 e o produto 64? Podemos escrever, também:

a) q = 4 d) q = 4 ou q = 1 Pn = an · an – 1 · an – 2 · …· a3 · a2 · a1
(igualdade II)
b) q = 2 e) nda
Multiplicando-se (I) e (II), temos:

(Pn)2 = (a1 · an) · (a2 · an – 1) · (a3 · an – 2) · … ·


c) q = 2 ou q =
(an – 2 · a3) · (an – 1 · a2) · (an · a1)

Resolução Considerando que todos esses produtos, colocados


entre parênteses, são formados por termos
eqüidistantes dos extremos e que o produto desses
termos é igual ao produto dos extremos, temos:
Representando a PG por , temos:
(Pn) 2 = (a1 · an) · (a1 · an ) · (a1 · n ) · … · (a1 · an) ·
(a1 · an) · (a1 · an)
(Pn) 2 = (a1 · an)n.

Assim, teremos:

De , obtemos:

x3 = 64 x= x=4
O sinal do produto dependerá do sinal do primeiro
Substituindo x = 4 na equação , temos: termo, do sinal da razão e do número de termos que
desejamos multiplicar.

+ 4 + 4 ·q = 14 4q2 – 10q + 4 = 0 Observação – Podemos obter o produto dos n


primeiros termos de uma PG utilizando um outro
caminho matemático, como veremos a seguir:

Seja Pn = a1 · a2 · a3 · … · an – 2 · an – 1 · an, a indicação


do produto dos n primeiros termos dessa PG.
Progressão Geométrica – Definição e Termo Geral
O produto Pn poderá ser escrito, também, da seguinte
Leitura Complementar forma:

Pn = a1 · a1 · q1 · a1 · q2 · … · a1 · qn – 3 · a1 · qn – 2 · a1 · qn
–1
.
Produto dos n Primeiros Termos de uma PG
Ou simplesmente:

Pn = (a1)n · q1 + 2 + 3 + … + (n – 3) + (n – 2) + (n – 1)

Vamos considerar a PG (a1, a2, a3, … an – 2, an – 1, an) e

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso
Como 1 + 2 + 3 + 4 + … + (n – 1) é a soma dos termos Evidentemente que por qualquer um dos “caminhos” o
resultado final é o mesmo. É somente uma questão de
de uma PA, isto é, 1 + 2 + 3 + ... + (n – 1) = , forma de apresentação.
teremos: Observação

Para q = 1, teremos Sn = n · a1

Soma dos Termos de uma PG 2. Série Convergente – PG Convergente

1. Soma dos n Primeiros Termos de uma PG Dada a seqüência (a1, a2 a3, a4, a5, ..., an–2, an–1, an) ,
chamamos de série a seqüência
S1, S2 S3, S4, S5, ..., Sn–2, Sn–1, Sn , tal que:
Vamos considerar a PG (a1, a2, a3, ..., an – 2, an – 1, an),
com q diferente de 1 e representar por Sn a soma dos S1 = a1;
seus n termos, ou seja: S2 = a1 + a2;
S3 = a1 + a2 + a3;
Sn = a1 + a2 + a3 + ... + an–2 + an–1 + an S4 = a1 + a2 + a3 + a4;
(igualdade I) S5 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5;
.
.
Podemos escrever, multiplicando-se, membro a .
membro, a igualdade ( I ) por q:
Sn–2 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 ... + an–2;
q · Sn = q · a1 + q · a2 + q · a3 + ... + q · an–2 + Sn–1 = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 ... + an–2 + an–1;
+ q · an–1 + q · an Sn = a1 + a2 + a3 + a4 + a5 ... + an–2 + an–1 + an.

Utilizando a fórmula do termo geral da PG, ou seja, Vamos observar, como exemplo, numa PG com
an = a1 · qn – 1, teremos:
primeiro termo = 4 e razão q = , a série que ela vai
q · Sn = a2 + a3 + ... + an–2 + an–1 + an–1 + an + a1 · qn gerar.
(igualdade II)
Os termos que vão determinar a progressão
geométrica são:
Subtraindo-se a equação I da equação II, teremos:

q · Sn – Sn = a1 · qn – a1 Sn · (q – 1) = a1 · (qn – 1)
Soma dos Termos de uma PG

E assim: E, portanto, a série correspondente será:

S1 = 4;
S2 = 4 + 2 = 6;
S3 = 4 + 2 + 1 = 7;

Se tivéssemos efetuado a subtração das equações em


ordem inversa, a fórmula da soma dos termos da PG
ficaria:

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Sucesso
deduzir que qn vai apresentando um valor cada vez
mais próximo de zero. Para valores extremamente
grandes de n não constitui erro considerar que qn é
igual a zero. E, assim, teremos:

Observação

Quando a PG é não-singular (seqüência com termos


não-nulos) e a razão q é de tal forma que:|q| 1 , a
série é divergente. Séries divergentes não
apresentam soma finita.

Resumo
Devemos notar que a cada novo termo calculado, na
PG, o seu valor numérico cada vez mais se aproxima
de zero. Dizemos que esta é uma progressão
geométrica convergente. 1. Soma dos n Primeiros Termos de uma PG

Por outro lado, na série, é cada vez menor a parcela


que se acrescenta. Desta forma, o último termo da
série vai tendendo a um valor que parece ser o limite
para a série em estudo. No exemplo numérico,
estudado anteriormente, nota-se claramente que este
valor limite é o número 8. , para q diferente de 1
Bem, vamos dar a esta discussão um caráter ou
matemático.

É claro que, para a PG ser convergente, é necessário , para q = 1


que cada termo seja, em valor absoluto, inferior ao
anterior a ele. Assim, temos que: Soma dos Termos de uma PG

PG convergente |q| < 1


ou 2. PG Convergente
PG convergente –1< q < 1
Uma PG é convergente quando |q| < 1 e, então, temos
Resta estabelecermos o limite da série, que é o Sn que o limite da soma dos infinitos termos desta PG é:
para quando n tende ao infinito, ou seja,
estabelecermos a soma dos infinitos termos da PG
convergente.

Vamos partir da soma dos n primeiros termos da PG:


Exercícios Resolvidos

01. (Fesp-SP) A soma dos seis primeiros termos da

PG é:
Estando q entre os números – 1 e 1 e, sendo n um
expoente que tende a um valor muito grande, pois
estamos somando os infinitos termos desta PG, é fácil

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Sucesso

3n = 2s + 1 (1)

Resolução
Para a PG , temos:

Substituindo (1) em (2), obtemos:

Resposta: A
Soma dos Termos de uma PG

Resposta: D
03. (UFPa-PA) A soma da série infinita
02. Seja s a soma dos n primeiros termos da ... é:
PG (1, 3, 9, 27, ...). A soma dos n primeiros termos da

PG em função de s é:

Resolução

Resolução

Para a PG (1, 3, 9, 27, ...), temos:

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Sucesso
Resolução

Resposta: C

04. A soma dos termos de uma PG infinita é 3.


Sabendo-se que o primeiro termo é igual a 2, então o
quarto termo dessa PG é:

Resposta: A
Soma dos Termos de uma PG

Resolução 06. A medida do lado de um triângulo eqüilátero é 10.


Unindo-se os pontos médios de seus lados, obtém-se
um segundo triângulo eqüilátero. Unindo-se os pontos
médios dos lados deste novo triângulo eqüilátero,
obtém-se um terceiro, e assim por diante,
indefinidamente. Calcule a soma dos perímetros de
todos esses triângulos .
Resolução

Resposta: A

05. (PUC-RS) O limite da soma dos termos da


Temos: perímetro do 1o triângulo = 30
progressão geométrica , em que x > 1, é
4. Então, o valor de x é: perímetro do 2o triângulo = 15

perímetro do 3o triângulo =
. .
. .
. .

Logo, devemos calcular a soma dos termos da PG

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Sucesso
infinita
Também no século XVII, mais precisamente em 1657,
o holandês Christian Hiygens (1629-1695) publicou
seu livro O Raciocínio nos Jogos de Dados, onde
apresentou importantes contribuições ao estudo das
probabilidades.

O suíço Jacques Bernouilli (1654-1705), na mesma


época, deu uma grande contribuição ao estudo das
probabilidades ao propor um teorema onde afirmava
Resposta: 60 que a probabilidade de um evento ocorrer tende a um
valor constante quando o número e ensaios desse
Soma dos Termos de uma PG
evento tende ao infinito.

3.4 - PROBABILIDADES Depois de Bernouilli, Abraham De Moivre (1667-1751)


publicou o livro A Doutrina do Azar, onde também faz
Probabilidade (I) análises de jogos que contribuíram para o estudo das
probabilidades.
Introdução
Foi em 1812 que Pierre Simon Laplace (1749-1827)
Os cálculos hebreus sobre a posição dos astros, deu forma a uma estrutura de raciocínio e a um
realizados por Ben Ezra no século XII, com a conjunto de definições no seu livro Teoria Analítica da
finalidade de fazer previsões astrológicas, podem ser Probabilidade.
considerados como os primeiros passos rumo à Teoria
das Probabilidades. A teoria moderna das probabilidades hoje constitui a
base de um dos ramos de maior aplicação nas
O Livro dos Jogos de Azar, de Girolamo Cardano ciências, a Estatística.
(1501-1576), publicado em torno de 1550, é o primeiro
manual organizado que traz algumas noções de 1. Experimentos Aleatórios
probabilidades. Nesse livro, Cardano, que era um
jogador, além de matemático, astrólogo e médico, Os experimentos cujos resultados podem ser
desenvolve cálculos de expectativas acerca de jogos previstos, isto é, podem ser determinados antes
de dados e também dá conselhos sobre como mesmo de sua realização, são chamados
trapacear no jogo. experimentos determinísticos. Por exemplo, é
possível prever a temperatura em que a água entrará
No entanto, o estudo sistemático das probabilidades em ebulição desde que conhecidas as condições em
começou, realmente, em 1654, quando um jogador que o experimento se realiza.
francês, o Chevalier de Méré, escreveu a Blaise
Pascal (1623-1662) fazendo várias perguntas sobre o Alguns experimentos, contudo, não são assim
jogo de dados e outros jogos de azar. Uma das previsíveis. Por mais que sejam mantidas as mesmas
perguntas era: dois jogadores, igualmente hábeis, condições, não podemos prever qual será o resultado
querem interromper sua partida. Sabendo-se que o ao lançarmos uma moeda. Esses são chamados
montante das apostas e situação do jogo (quantas experimentos aleatórios (em latim alea = sorte).
partidas cada um ganhou), como deverá ser repartido
o dinheiro?

Pascal, que, extremamente religioso, não era jogador,


escreveu a outro matemático francês Pierre de Fermat
(1601-1665) sobre as perguntas feitas pelo Chevalier
de Méré. A partir dessa correspondência, Pascal e
Fermat aprofundaram estudos conjuntos sobre A teoria das probabilidades estuda a forma de
probabilidades e, apesar de não terem publicado seus estabelecermos as possibilidades de ocorrência num
estudos, chegaram a definir conceitos como experimento aleatório.
expectativa, chance e média, além de estabelecer
técnicas de contagem e estatísticas de incidência de 2. Espaço Amostral e Evento
casos num dado fenômeno.

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso
representado na face voltada para cima.
Vamos estudar experimentos aleatórios com
resultados equiprováveis (mesma chance de O espaço amostral será
ocorrência) e em número determinado, isto é, finito.
Desta forma definimos: U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Analisemos os diversos tipos de eventos que podemos


definir neste experimento.

A. Evento Elementar

Qualquer subconjunto unitário de U.


Probabilidade (I)
Exemplo
Exemplo
Ocorrência de um número múltiplo de 5.
Lançamos três moedas e observamos as faces que
ficaram voltadas para cima. A = {5}

Representar: B. Evento Certo

a) o espaço amostral do experimento; É o próprio espaço amostral U.


Exemplo
b) o evento A: chances de sair faces iguais;
Ocorrência de um divisor de 60
c) o evento B: sair exatamente uma face “cara”;
B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
d) o evento C: chances de sair, pelo menos, uma face
“cara”.
C. Evento Impossível
Resolução
É o conjunto vazio ( ).
Exemplo
a) U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),
(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Ca), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca),
Ocorrência de um múltiplo de 8
(Co, Co, Co)}

b) A = {(Ca, Ca, Ca), (Co, Co, Co)} C={}=

c) B = {(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)}


D. Evento União
d) C = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),
(Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)} É a reunião de dois eventos.
Exemplo
Observação
Evento A: ocorrência de um número primo
Os números de elementos do espaço amostral e dos
eventos de um experimento aleatório são calculados A = {2, 3, 5}
com a análise combinatória.
Evento B: ocorrência de um número ímpar

3. Tipos de Eventos B = {1, 3, 5}

Consideremos o experimento aleatório: lançamento de Evento A B: ocorrência de um número primo ou


um dado comum e observação do número ímpar

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso

A B = {1, 2, 3, 5} = U – A = {1, 4, 6}

E. Evento Intersecção Observação

É a intersecção de dois eventos. No caso do exemplo, podemos dizer que o evento é


a não-ocorrência de um número primo.
Exemplo

Evento A: ocorrência de um número primo 4. Probabilidade Estatística e Probabilidade Teórica

A = {2, 3, 5} Imaginamos a seguinte situação: em uma turma do


segundo colegial, existem 25 garotas e 10 garotos e
Evento B: ocorrência de um número ímpar um brinde foi sorteado para um dos membros da
turma. Temos que adivinhar o sexo do contemplado.
B = {1, 3, 5}
Intuitivamente, “sabemos” que é “mais fácil” ter sido
Evento A B: ocorrência de um número primo e ímpar sorteada uma garota que um garoto, no entanto não
podemos afirmar com certeza o sexo do contemplado.
A “chance” de uma garota ter sido sorteada pode ser
A B = {3, 5} traduzida por um número que chamamos
Probabilidade (I) probabilidade.

F. Eventos Mutuamente Exclusivos Uma observação que pode ser feita é que a teoria das
probabilidades é uma maneira matemática de lidar
Dois eventos E1 e E2 de um espaço amostral U são com a incerteza.
chamados mutuamente exclusivos quando
O cálculo da probabilidade de um evento acontecer,
E1 E2 = muitas vezes, é feito experimentalmente, e essa
probabilidade é chamada de experimental ou
Exemplo estatística.
Exemplo
Evento A: ocorrência de um número par
A probabilidade de uma pessoa morrer aos 25 anos é
A = {2, 4, 6} obtida através do levantamento e do tratamento
adequado de um grande número de casos.
Evento B: ocorrência de um número ímpar
No entanto, para calcularmos a probabilidade de ao
B = {1, 3, 5} jogarmos dois dados obtermos, nas faces voltadas
para cima, dois números iguais, não precisamos
A e B são eventos mutuamente exclusivos, pois realizar o experimento, ela pode ser conseguida a
A B= partir de uma análise teórica do espaço amostral e do
evento, e, neste caso, chamamos de probabilidade
teórica.
G. Evento Complementar
No 2o grau, não desenvolvemos estudos da
É o evento = U – E. probabilidade estatística, que será estudada na
maioria dos cursos de 3o grau.
Exemplo
5. Probabilidade Teórica de um Evento
Evento A: ocorrência de um número primo

A = {2, 3, 5} Se num fenômeno aleatório, o número de elementos


do espaço amostral é n(U) e o número de elementos
Evento : ocorrência de um número não primo do evento A é n(A), então a probabilidade de ocorrer o

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso
evento A é o número P(A) tal que:
U = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), ..., (6, 4), (6, 5), (6, 6)}
n(U) = 6 · 6 = 36
E = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}
n(E) = 6

Assim,
Uma outra forma de definir a probabilidade de ocorrer
o evento A é:
3o) Dentre as seis permutações dos números 1, 2, e 3,
uma é escolhida ao acaso. Considerando o número de
três algarismos assim escolhido, determine a
probabilidade de ele:

a) ser par;

Exemplos b) ser múltiplo de três;

1o) Retirando-se uma carta de um baralho normal de c) ser múltiplo de cinco.


52 cartas, qual é a probabilidade de que a carta
retirada seja um rei? Resolução

O espaço amostral é:

U = {123, 132, 213, 231, 312, 321}

a) evento A: ocorrer número par.

A = {132, 312}

b) evento B: ocorrer número múltiplo de três.


Resolução
B = {123, 132, 213, 231, 312, 321}

c) evento C: ocorrer número múltiplo de cinco:

C={}
2o) Em um lançamento de dois dados, um preto e outro
branco, qual é a probabilidade de que os dois números
obtidos sejam iguais?
Observação

Através da teoria determinamos que, em um


lançamento de um dado “não viciado”, a probabilidade
de que se obtenha o número 3 é 1/6, isto não significa
que, sempre que forem feitos seis lançamentos de um
dado, certamente ocorrerá em um deles, e apenas um,
resultado 2. Na prática, o que se verifica é que,
Resolução considerado um grande número de lançamentos, a

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso
razão entre o número de vezes que ocorre o resultado
2 e o número de lançamentos efetuados se aproxima 1o) Os 900 números de três algarismos estão
de 1/6. colocados em 900 envelopes iguais. Um dos
envelopes é sorteado. Qual a probabilidade de ele
conter um número que tenha, pelo menos, dois
6. Propriedades das Probabilidades algarismos iguais?

P1) A probabilidade do evento impossível é 0. (P( ) Resolução


=0)
Sendo A o evento: ocorrer um número com pelo menos
dois algarismos iguais. É mais fácil calcular P( ), a
probabilidade do evento complementar de A. Assim,

P2) A probabilidade do evento certo é 1. (P(U) = 1)

P3) Sendo A um evento de um espaço amostral U, a


probabilidade de A é um número racional entre 0 e 1,
inclusive. (0 P(A) 1).

Como P(A) = temos:


0 P(A) 1

P4) Sendo A um evento e seu complementar, então


P(A) + P( ) = 1.
Como P(A) + P( ) = 1

Resumo
n(U) = n(A) + n( )

1. Conceitos iniciais

Experimentos aleatórios são aqueles que, repetidos


em condições idênticas, não produzem sempre o
Assim, P(A) + P( ) = 1
mesmo resultado.
Observação Espaço amostral (U): conjunto dos resultados
possíveis de um experimento aleatório.
É comum expressarmos a probabilidade de um evento
na forma de porcentagem. Assim, se P(A) = 0,82, por Evento A: qualquer subconjunto do espaço amostral
exemplo, podemos dizer que P(A) = 82%. U.
Exemplo

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso
a) o espaço amostral do experimento;

b) o evento A: a soma é maior que 8.

Resolução
2. Probabilidade de um evento A em um espaço a) U = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), (1, 4), (1, 5), (1, 6), (2, 1),
amostral equiprovável (2, 2), (2, 3), (2, 4), (2, 5), (2, 6), (3, 1), (3, 2), (3, 3),
(3, 4), (3, 5), (3, 6), (4, 1), (4, ,2), (4, 3), (4 , 4), (4, 5),
(4, 6), (5, 1), (5, 2), (5, 3), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 1),
(6, 2), (6, 3), (6, 4), (6, 5), (6, 6)}

Observação
Em que,
Podemos representar esquematicamente o espaço
amostral:
n(A) = número de elementos do evento A

n(U) = número de elementos do espaço amostral

3. Tipos principais de eventos

1. Evento certo: o próprio espaço amostral U.

b) A = {(3, 6), (4, 5), (4, 6), (5, 4), (5, 5), (5, 6), (6, 3),
(6, 4), (6, 5), (6, 6)}

2. Evento impossível: subconjunto vazio de U.


03. Lançando-se um dado honesto, qual a
probabilidade de se obter um número menor que 4?

Resolução

U = {1, 2, 3, 4, 5, 6} A = {1, 2, 3}
3. Evento complementar: ( ) : =U–A

Probabilidade (I)
04. Uma carta é retirada ao acaso de um baralho de
Exercícios Resolvidos 52 cartas. Determine a probabilidade de ser:

01. Três moedas são lançadas simultaneamente; a) uma dama;


descreva o espaço amostral.
b) uma dama ou rei.
Resolução
Resolução
U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),
(Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca), a) n(U) = 52
(Co, Co, Co)}
n(A) = 4
02. Dois dados são lançados simultaneamente e
observadas as faces voltadas para “cima”, dê:

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Sucesso
A = {4,14, 21, ..., 914}
b) n(U) = 52, n(B) = 8

05. Uma moeda não viciada é lançada três vezes n(A) = 142
seguidas. Qual a probabilidade de:

a) obter 3 coroas?

b) obter exatamente 2 caras?


b) =U–A
c) obter pelo menos 2 caras?

Resolução

a) U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),


(Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca),
(Co, Co, Co)}
07. (Fuvest-SP) Numa urna são depositadas n
A = {(Co, Co, Co)} etiquetas, numeradas de 1 a n. Três etiquetas são
sorteadas (sem reposição). Qual a probabilidade de
que os números sorteados sejam consecutivos?

b) B = {(Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca)} a) d)

b) e) 6 (n – 2) (n – 1)
c) C = {(Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca), (Co, Ca, Ca),
(Ca, Ca, Ca)}
c)

Resolução
Probabilidade (I)

06. Numa urna existem 1 000 bolas, numeradas de 1 a


n(U) = n (n – 1) (n – 2)
1 000. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a
probabilidade:

a) de observar um número múltiplo de 7?


n(A) = (n – 2) · 3!
b) do número obtido não ser múltiplo de 7?

Resolução

a) U = {1, 2, 3, ..., 1 000}

n(U) = 1 000 que corresponde a alternativa d, pois

111
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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso

Importante
No entanto o evento que queremos analisar é
Resolvemos o exercício considerando as diferentes justamente o complementar de A, isto é, a coincidência
ordens em que as etiquetas podem ser sorteadas. No de, pelo menos, dois alunos no dia de aniversário.
entanto, podemos desprezar a ordem em que as
etiquetas são sorteadas, desde que façamos isto no Assim,
espaço amostral e no evento.
P( ) = 1 – P(A)
Assim,

n(A) = (n – 2)

Calculando P( ) para alguns inteiros, temos:

Probabilidade (I)

Leitura Complementar
A Coincidência de Aniversários

Em uma classe de cinquenta alunos, é muito provável


que dois deles façam aniversário no mesmo dia.

Vamos provar que a probabilidade de encontrarmos


duas pessoas em uma classe de 50 alunos que façam
aniversário no mesmo dia é aproximadamente 97%.

Nessa análise não consideramos anos bissextos, e


trabalharemos com uma classe com n(n > 1) alunos.

Seja A o evento: todos os dias de aniversário dos


alunos da classe são diferentes.

n(A) = 365 · 364 · 363 · 362 · ... ·(365 – n + 1) Conclusões

O número de elementos do espaço amostral U é n(U) 1a) Para uma classe de 23 alunos, a probabilidade de
365n, pois para cada aluno são possíveis 365 dias para ocorrer coincidência de aniversários já é maior que
aniversário. 50%.

2a) Para uma classe de 41 alunos, essa probabilidade


já é maior que 90%.

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PORTAL DOS CONCURSOS Sua Passagem para o
Sucesso
3a) Para uma classe de 60 alunos, o evento já é quase
uma certeza. De um baralho comum de 52 cartas, uma carta é
retirada aleatoriamente. Qual a probabilidade de sair
4a) Certeza mesmo, só para 367 alunos (sempre pode um valete ou uma carta de paus?
haver alguém que tenha nascido em 29 de fevereiro).
Probabilidade (II) Resolução

1. Probabilidade do Evento União Sendo:

Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U, Evento A: “a carta é um valete”


dizemos que ocorrer o evento A B (evento união) é
ocorrer pelo menos um dos eventos A ou B.

P (A) =

Evento B: “a carta é de paus”

P (B) =

Evento A B: “a carta é um valete de paus”

n (A B) = n(A) + n(B) – n(A B)

Assim: P (A B) =

Evento A B: “a carta é um valete ou é de paus”

P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B)


Ou seja:

P(A B) =

2. Probabilidades num Espaço Amostral não


Eqüiprovável

Podemos enunciar essa conclusão assim: No espaço amostral equiprovável, todos os resultados
possíveis têm a mesma chance de ocorrência, é por
isso que nos problemas com dados e moedas
estudados anteriormente sempre tomamos o cuidado
de especificar que os dados e moedas eram
“honestos” ou “não viciados”.

Como estudar as probabilidades com dados ou


moedas “viciados”?

Caso particular: se os eventos A e B são mutuamente A fórmula que usamos até agora
exclusivos, isto é, A B = , P(A B) = 0 a fórmula
acima se reduz a:

não é válida, pois não importa apenas a quantidade de


Exemplo resultados favoráveis, já que esses resultados não têm

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necessariamente a mesma “chance” de ocorrência.

Consideremos um experimento, com espaço amostral


U = {a1, a2, …, an}. Chamando de p(a1), p(a2), …, p(an)
as probabilidades de ocorrência dos resultados a1, a2,
…, an, respectivamente, temos que:

1o) p(a1) + p(a2) + … + p(an) = 1


2o) 0 p(a1) 1, para i = 1, 2, …, n

Desta forma para calcularmos a probabilidade do


evento A = {a1, a2, …, am} (m n), fazemos:
2. Eventos Mutuamente Exclusivos

Se A B = dizemos que A e B são eventos


mutuamente exclusivos, e então:
Exemplo

Consideremos um experimento com espaço amostral


U = {a, b, c}, sendo p(a), p(b) e p(c) as possibilidades
3. Probabilidade num Espaço Amostral não
dos resultados a, b e c de modo que p (a) = e p (b) = Equiprovável

. Calcule: Seja U = {a1, a2, a3, ..., an} e P(a1), P(a2), ..., P(an):
probabilidades de ocorrência dos resultados a1, a2, ...,
a) p(c) an, respectivamente.
b) a probabilidade do evento A = {a, c}

Resolução

a) p(a) + p(b) + p(c) = 1


Exercícios Resolvidos

01. Um número inteiro é escolhido ao acaso dentre os


+ + p (c) = 1 números (1, 2, 3, …, 60). Calcule a probabilidade de o
número ser divisível por 2 ou por 5.

p (c) = Resolução

b) P(A) = p(a) + p(c) Sendo:


Evento A: o número é divisível por 2 n(A) = 30
Evento B: o número é divisível por 5 n(A) = 12
P (A) =

P (A) = =
Assim, P (A) =

P (B) = =
Resumo

Probabilidades II P (A B ) = =

1. Probabilidade da União P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B)

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B evento: soma 11
P (A B) = + –
(5, 6) (6, 5)

n(B) = 2
P (A B) =
A e B são eventos mutuamente exclusivos; logo,
A B = P(A ou B) = P(A) + P(B)
P (A B) =

P (A ou B) =
02. Numa urna existem 10 bolas coloridas. As brancas
estão numeradas de 1 a 6 e as vermelhas de 7 a 10. Resposta: E
Retirando-se uma bola, qual a probabilidade de ela ser
branca ou de seu número ser par?
04. Considere um espaço amostral U = {a, b, c, d},
Resolução onde os resultados a, b, c e d têm respectivamente as
probabilidades
Sendo:
Evento A: a bola é branca
Evento B: a bola tem número par
p (a) = , p (b) = , p (c) = e p(d) = x

a) Calcule x
P (A) = ; P (B) = ; P (A B) = b) Qual a probabilidade do evento {a, d}?
Resolução
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B)
a) p(a) + p(b) + p(c) + p(d) = 1

P(A B) =

03. (FMU-SP) Num único lance de um par de dados


honestos, a probabilidade de saírem as somas 7 ou 11
é:
b) A = {a, d}

P (A) = p (a) + p (d) =

05. Um dado é viciado, de modo que a probabilidade


de obter um certo número é esse número multiplicado
por k, e k é um número real. Encontre a probabilidade
de:

Resolução a) ocorrer o número 5;


b) ocorrer um número par.
n(U) = 6 · 6 = 36
Resolução
A evento: soma 7
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
(1, 6) (2, 5) (3, 4) (4, 3) (5, 2) (6, 1) P1 = 1 · k
P2 = 2 · k
n(A) = 6 P3 = 3 · k
P4 = 4 · k

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P5 = 5 · k
P6 = 6 · k

P1 + P2 + P3 + P4 + P5 + P6 = 1
k + 2k + 3k + 4k + 5k + 6k = 1

21k = 1

k=

Na medida em que conhecemos a informação de que


ocorreu o evento B, este passa a ser o espaço
amostral do experimento, pois todos os resultados
agora possíveis pertencem a A. Assim, a probabilidade
de ocorrer o evento A, dado que o evento B já ocorreu,
será:

06. (FEI-SP) Numa moeda viciada, a probabilidade de


ocorrer face cara num lançamento é igual a quatro
vezes a probabilidade de ocorrer coroa. A Exemplo
probabilidade de ocorrer cara num lançamento desta
moeda é: Numa turma de 50 alunos do colégio, 15 são homens
e 35 são mulheres.
a) 40% d) 20%
Sabe-se que 10 homens e 15 mulheres foram
b) 80% e) 50% aprovados num exame de seleção. Uma pessoa é
sorteada ao acaso.
c) 25%
Qual a probabilidade de:
Resolução
a) ela ser do sexo feminino se foi aprovada no exame?
C cara &nbspK coroa
b) ela ter sido aprovada no exame se é do sexo
P(C) = 4 · P(K) masculino?

P(C) + P(K) = 100%


Resolução

O quadro abaixo resume os dados do problema:


P (C) + = 100% = 100%

P (C) =
Probabilidade (III)

1. Probabilidade Condicional

Consideremos num experimento aleatório de espaço


amostral U os eventos A e B, com A B , conforme a) Sendo:
o diagrama abaixo:
Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.

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Evento B: “a pessoa sorteada é mulher”.
A partir das fórmulas (I) e (II), citadas anteriormente,
concluímos:

&nbspP (B/A) =

b) Sendo:

Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.

Evento C: “a pessoa sorteada é homem”.


Exemplo

Consideremos uma urna contendo 5 bolas numeradas


&nbspP (A/C) =
de 1 a 5. Qual a probabilidade de retirarmos a bola 1 e,
sem sua reposição, a bola 2?
2. Probabilidade do Evento Intersecção

Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U, Resolução


dizemos que ocorrer o evento A B (evento
intersecção) é ocorrer simultaneamente os eventos A e A probabilidade de sair bola 1 na primeira retirada é
B.

Para calcular a probabilidade de ocorrer A B, vamos P (A) = .


utilizar a fórmula da probabilidade condicional.
Restando 4 bolas na urna, a probabilidade de ocorrer a
bola 2 na segunda, tendo ocorrido a bola 1 na
primeira, é:
P (A/B) = , dividido por n (U), temos:

P (A/B) =

Como devem ocorrer os dois eventos, temos:

P(A B) = P(A) · P(B/A) =

Assim: (I)
3. Eventos Independentes

Podemos também usar a fórmula de P (B/A), assim: Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U,
dizemos que eles são independentes se a ocorrência
de um deles não modificar a probabilidade de
ocorrência do outro.

Quando A e B são eventos independentes.


Então: (II)

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Então, se P(A B) P(A) · P(B), dizemos que os 3. Eventos Independentes
eventos são dependentes.
Dois eventos são independentes se e somente se:
Exemplos de Eventos Independentes
P (A/B) = P (A) e P (B/A) = P (B) ou
1o) No lançamento simultâneo de dois dados, o
resultado de um deles não influi no resultado do outro.

2o) No lançamento sucessivo de dois dados, o


resultado de um deles não influi no resultado do outro. Observação – Se A independe de B, é imediato que B
independe de A.
3o) Na extração de duas cartas de um baralho, se
antes de extrair a segunda carta for feita a reposição
da primeira, o resultado da primeira não influi no Exercícios Resolvidos
resultado da segunda.
01. Jogando-se um dado e sabendo-se que ocorreu
um número maior que 4, qual a probabilidade de ser
Exemplo de Eventos Dependentes um número par?

Na extração de duas cartas de um baralho, se antes


de extrair a segunda carta não for feita a reposição da Resolução
primeira, o resultado da primeira influencia o resultado
da segunda, pois o espaço amostral passa a ter 51 U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
elementos.
Evento A: ocorreu número maior que 4.
Resumo
A = {5, 6}
1. Probabilidade Condicional
Evento B: ocorreu número par.
Notação: P (A/B) = probabilidade de ocorrer o evento
A, dado que o evento B já ocorreu. B = {2, 4, 6}

P (B/A) = = = 50%
02. (PUC-SP) Retirando-se uma carta de um baralho
comum e sabendo-se que saiu uma carta de copas,
qual a probabilidade de que ela seja uma dama?

2. Probabilidade da Intersecção Resolução

Evento A: a carta é uma dama.

Evento B: a carta é de copas.

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Importante!

Poderíamos chegar à mesma conclusão raciocinando


assim:

A carta é de copas, então o espaço amostral é


formado pelas 13 cartas de copas, que apresentam
apenas uma dama entre elas.
Probabilidade (III)

03. Retirando-se duas cartas ao acaso, sem reposição,


a) a bola é preta:
de um baralho de 52 cartas, qual a probabilidade de
ser a primeira de ouro e a segunda de copas?

Resolução
b) a bola é azul:
Evento A: primeira carta de ouro.

Evento B: segunda carta de copas.

P (A) = = 05. Sejam A e B dois eventos independentes tais que:

P (B/A) = P(A) = e P (A B) =

Calcule P (B).
P (A B) = P(A) · P(B/A) =
Resolução

P (A B) = P (A) + P (B) – P (A B)

Como A e B são independentes


04. Considerem-se duas caixas, I e II. Na caixa I, há 4
P (A B) = P (A) · P (B)
bolas pretas e 6 bolas azuis, e na caixa II há 8 bolas
pretas e 2 bolas azuis. Escolhe-se, ao acaso, uma
P (A B) = P (A) + P (B) – P (A) · P (B)
caixa e, em seguida, dela se tira uma bola. Qual a
probabilidade de que esta bola seja:

a) preta? b) azul? Ou seja: = + P (B) – P (B)

4 = 3 + 12 P (B) – 3 P (B)
Resolução

9 P (B) = 1 P (B) =
Probabilidade de escolha para cada caixa:

06. Uma moeda equilibrada é jogada duas vezes.


Esquema Sejam A e B os eventos:

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1) se m = n , então dizemos que a matriz é quadrada
A: cara na primeira jogada; de ordem n.

B: cara na segunda jogada. Exemplo:

Verifique que A e B são independentes.

Resolução

k = cara e c = coroa A matriz X é uma matriz quadrada de ordem 3x3 , dita


simplesmente de ordem 3 .
U = {(k, k), (k, c), (c, k), (c, c)}
2) Uma matriz A de ordem m x n , pode ser indicada
como A = (aij )mxn , onde aij é um elemento da linha i e
A = {(k, k), (k, c)}
coluna j da matriz.
B = {(k, k), (c, k)} Assim , por exemplo , na matriz X do exemplo
anterior , temos a23 = 2 , a31 = 4 , a33 = 3 , a31 = 4 , a3,2 =
A B = {(k, k)} 5 , etc.
3) Matriz Identidade de ordem n : I n = ( aij )n x n onde aij =
1 se i = j e aij = 0 se i j .
P (A) = ; P (B) = e P (A B) = Assim a matriz identidade de 2ª ordem ou seja de
ordem 2x2 ou simplesmente de ordem 2 é:

P (A) · P (B) = · =

Assim, P (A) · P (B) = P (A B), ou seja, A e B são A matriz identidade de 3ª ordem ou seja de ordem 3x3
independentes. ou simplesmente de ordem 3 é:

5. MATRIZES, DETERMINANTES E
SISTEMAS LINEARES

5.1 MATRIZES 4) Transposta de um matriz A : é a matriz At obtida de A


permutando-se as linhas pelas colunas e vice-versa.
Matriz de ordem m x n : Para os nossos propósitos,
Exemplo:
podemos considerar uma matriz como sendo uma
tabela rectangular de números reais dispostos em m
linhas e n colunas. Diz-se então que a matriz tem
ordem m x n (lê-se: ordem m por n)

Exemplos:
A matriz At é a matriz transposta da matriz A .
A = ( 1 0 2 -4 5)  Uma linha e cinco colunas ( matriz
de ordem 1 por 5 ou 1 x 5) Notas:

4.1) se A = At , então dizemos que a matriz A é


simétrica.

4.2) Se A = - At , dizemos que a matriz A é anti-


B é uma matriz de quatro linhas e uma coluna, simétrica.
portanto de ordem 4 x 1. É óbvio que as matrizes simétricas e anti-simétricas
são quadradas .
Notas:

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4.3) sendo A uma matriz anti-simétrica , temos que A + Regra para o cálculo de um determinante de 2ª ordem
At = 0 (matriz nula) . Dada a matriz quadrada de ordem 2 a seguir:
Produto de matrizes

Para que exista o produto de duas matrizes A e B , o


número de colunas de A , tem de ser igual ao número
 O determinante de A será indicado por det(A) e
de linhas de B.
calculado da seguinte forma :
Amxn x Bnxq = Cmxq
 det (A) =  A = ad - bc
Observe que se a matriz A tem ordem m x n e a matriz
B tem ordem n x q , a matriz produto C tem ordem m x Exemplo:
q.
Vamos mostrar o produto de matrizes com um
exemplo:
Ora, senx.senx + cosx.cosx = sen2x + cos2x = 1
( Relação Fundamental da Trigonometria ) . Portanto, o
determinante da matriz dada é igual à unidade.
Regra para o cálculo de um determinante de 3ª ordem
( Regra de SARRUS).
Onde L1C1 é o produto escalar dos elementos da linha
1 da 1ª matriz pelos elementos da coluna1 da segunda SARRUS (pronuncia-se Sarrí), cujo nome completo é
matriz, obtido da seguinte forma: Pierre Frederic SARRUS (1798 - 1861), foi professor
na universidade francesa de Strasbourg. A regra de
L1C1 = 3.2 + 1.7 = 13. Analogamente, teríamos para SARRUS, foi provavelmente escrita no ano de 1833.
os outros elementos:
L1C2 = 3.0 + 1.5 = 5 Nota: São escassas, e eu diria, inexistentes, as
L1C3 = 3.3 + 1.8 = 17 informações sobre o Prof. SARRUS nos livros de
L2C1 = 2.2 + 0.7 = 4 Matemática do segundo grau, que apresentam (ou
L2C2 = 2.0 + 0.5 = 0 mais simplesmente) apenas citam o nome do
L2C3 = 2.3 + 0.8 = 6 professor, na forma REGRA DE SARRUS, para o
L3C1 = 4.2 + 6.7 = 50 cálculo dos determinantes de terceira ordem. Graças
L3C2 = 4.0 + 6.5 = 30 ao Prof. José Porto da Silveira - da Universidade
L3C3 = 4.3 + 6.8 = 60, e, portanto, a matriz produto Federal do Rio Grande do Sul, pudemos disponibilizar
será igual a: a valiosa informação acima! O Prof. SARRUS, foi
premiado pela Academia Francesa de Ciências, pela
autoria de um trabalho que versava sobre as integrais
múltiplas, assunto que vocês estudarão na disciplina
Cálculo III, quando chegarem à Universidade.

Para o cálculo de um determinante de 3ª ordem pela


Observe que o produto de uma matriz de ordem 3x2 Regra de Sarrus, proceda da seguinte maneira:
por outra 2x3, resultou na matriz produto P 1 - Reescreva abaixo da 3ª linha do determinante, a 1ª
de ordem 3x3. e 2ª linhas do determinante.
Nota: O produto de matrizes é uma operação não 2 - Efetue os produtos em "diagonal" , atribuindo sinais
comutativa, ou seja: A x B  B x A negativos para os resultados à esquerda e sinal
positivo para os resultados à direita.
5.2 DETERMINANTES 3 - Efetue a soma algébrica. O resultado encontrado
será o determinante associado à matriz dada.
Entenderemos por determinante , como sendo um
número ou uma função, associado a uma matriz Exemplo:
quadrada , calculado de acordo com regras
específicas .
É importante observar , que só as matrizes
quadradas possuem determinante .

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Exemplos:
.2 3 5
1) Qual o determinante associado à matriz?
.1 7 4

Portanto, o determinante procurado é o número real


negativo .- 77.
Principais propriedades dos determinantes
P1) somente as matrizes quadradas possuem
determinantes.
Observe que a 4ª linha da matriz é proporcional à 1ª
P2) o determinante de uma matriz e de sua transposta linha (cada elemento da 4ª linha é obtido multiplicando
são iguais: det(A) = det( At ). os elementos da 1ª linha por 3). Portanto, pela
propriedade P5 , o determinante da matriz dada é
P3) o determinante que tem todos os elementos de
NULO.
uma fila iguais a zero , é nulo.
Obs: Chama-se FILA de um determinante, qualquer 2) Calcule o determinante:
LINHA ou COLUNA.
P4) se trocarmos de posição duas filas paralelas de
um determinante, ele muda de sinal.
P5) o determinante que tem duas filas paralelas iguais
ou proporcionais, é nulo.
P6) multiplicando-se (ou dividindo-se) os elementos de
uma fila por um número, o determinante fica Observe que a 2ª coluna é composta por zeros; FILA
multiplicado (ou dividido) por esse número. NULA  DETERMINANTE NULO , conforme
propriedade P3 acima. Logo, D = 0.
P7) um determinante não se altera quando se substitui 3) Calcule o determinante:
uma fila pela soma desta com uma fila paralela,
multiplicada por um número real qualquer.

P8) determinante da matriz inversa : det( A -1) = 1/det(A)


.
Se A-1 é a matriz inversa de A , então A . A -1 = A-1 . A = In Ora, pela propriedade P9 acima, temos: D = 2.5.9 = 90
, onde In é a matriz identidade de ordem n . Nestas
condições , podemos afirmar que det(A.A-1) = det(In) e
portanto igual a 1. Exercícios propostos:
Logo , podemos também escrever det(A) . det(A -1) = 1) As matrizes A e B , quadradas de ordem 3, são tais
1 ; que B = 2.At , onde At é a matriz transposta de A. Se o
logo , concluímos que: det(A-1) = 1 / det(A). determinante de B é igual a 40 , então o determinante
da matriz inversa de A é igual a:
Notas:
a) 1/5
1) se det(A) = 0 , não existe a matriz inversa A -1. b) 5
Dizemos então que a matriz A é SINGULAR ou NÃO c) 1/40
INVERSÍVEL . d) 1/20
e) 20
2) se det A  0 , então a matriz inversa A -1 existe e é Resp. a
única . Dizemos então que a matriz A é INVERSÍVEL . 2) Seja a matriz A de ordem n onde aij = 2 para i = j e
P9) Se todos os elementos situados de um mesmo aij = 0 para i j .
lado da diagonal principal de uma matriz quadrada de Se det (3A) = 1296 , então n é igual a:
ordem n , forem nulos (matriz triangular), o Resp: n = 4
determinante é igual ao produto dos elementos da 3) Determine a soma dos elementos da diagonal
diagonal principal. principal da matriz A = ( aij )3 X 3 , onde
P10) Se A é matriz quadrada de ordem n e k  R aij = i + j se i  j ou aij = i - j se i < j. Qual o
então det(k.A) = kn . det A determinante de A?

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Resp: soma dos elementos da diagonal principal = 12  Para expandir um determinante pelo teorema
e determinante = 72 de Laplace, é mais prático escolher a fila (linha
4) Se A = ( aij ) é matriz quadrada de ordem 3 tal que ou coluna) que contenha mais zeros, pois isto
aij = i - j então podemos afirmar que o determinante da vai facilitar e reduzir o número de cálculos
matriz 5 A é igual a: necessários.
Resp: zero  Pierre Simon Laplace - (1749-1827) -
1 - Definições: Matemático e astrônomo francês.
1.1 - Chama-se Menor Complementar ( D ij ) de um 3 - Cálculo da inversa de uma matriz.
elemento aij de uma matriz quadrada A, ao a) A matriz inversa de uma matriz X , é a matriz X-1 , tal
determinante que se obtém eliminando-se a linha i e a que X . X-1 = X-1 . X = In , onde In é a matriz identidade
coluna j da matriz. de ordem n.
Assim, dada a matriz quadrada de terceira ordem (3x3) b) Matriz dos cofatores da matriz A: é a matriz obtida
A a seguir : substituindo-se cada elemento pelo seu respectivo
cofator.
Símbolo: cof A .
c) Fórmula para o cálculo da inversa de uma matriz:

Podemos escrever:
D23 = menor complementar do elemento a23 = 9 da Onde: A-1 = matriz inversa de A;
matriz A . Pela definição, D23 será igual ao det A = determinante da matriz A;
determinante que se obtém de A, eliminando-se a linha (cof A)T = matriz transposta da matriz dos cofatores de
2 e a coluna 3, ou seja: A.
Exercícios propostos
1 - Se A = ( aij ) é matriz quadrada de ordem 3 tal que
aij = i - j então podemos afirmar que o seu
Da mesma forma determinaríamos D11, D12, D13, D21, determinante é igual a:
D22, D31, D32 e D33. Faça os cálculos como exercício!
*a) 0
1.2 - Cofator de um elemento aij de uma matriz : cof b) 1
( aij ) = (-1 ) i+j . Dij . c) 2
Assim por exemplo, o cofator do elemento a23 = 9 da d) 3
matriz do exemplo anterior, seria igual a: e) -4
cof(a23) = (-1)2+3 . D23 = (-1)5 . 10 = - 10.
2 - UFBA-90 - Calcule o determinante da matriz:
2 - Teorema de Laplace
 O determinante de uma matriz quadrada é
igual à soma dos produtos dos elementos de
uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos
respectivos cofatores.
 Este teorema permite o cálculo do
determinante de uma matriz de qualquer Resp: 15
ordem. Como já conhecemos as regras
práticas para o cálculo dos determinantes de 3 - Considere a matriz A = (aij)4x4 definida por aij = 1
ordem 2 e de ordem 3, só recorremos à este se i  j e aij = i + j se i  j. Pede-se calcular a soma
teorema para o cálculo de determinantes de 4ª dos elementos da diagonal secundária.
ordem em diante. O uso desse teorema, Resp: 12
possibilita abaixar a ordem do determinante. 4 - As matrizes A e B , quadradas de ordem 3, são tais
Assim, para o cálculo de um determinante de que B = 2.At , onde At é a matriz transposta de A.
4ª ordem, a sua aplicação resultará no cálculo Se o determinante de B é igual a 40 , então o
de quatro determinantes de 3ª ordem. O determinante da matriz inversa de A é igual a:
cálculo de determinantes de 5ª ordem, já *a) 1/5
justifica o uso de planilhas eletrônicas, a b) 5
exemplo do Excel for Windows, Lótus 1-2-3, c) 1/40
entre outros.

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d) 1/20
e) 20
1 - Equação linear
5 - Dadas as matrizes A = (aij)3x4 e B = (bij)4x1 tais que
Entenderemos por equação linear nas variáveis
aij = 2i + 3j e bij = 3i + 2j, o elemento
(incógnitas) x1, x2, x3, ... , xn , como sendo a equação
c12 da matriz C = A.B é:
da forma
a)12 a1.x1 + a2.x2 + a3.x3 + ... + an.xn = b onde a1, a2, a3, ...
b) 11 an e b são números reais.
c) 10 a1, a2, a3, ... an são denominados coeficientes e b,
d) 9 termo independente.
*e) inexistente
Nota: se o valor de b for nulo, diz-se que temos uma
Uma matriz inversível equação linear homogênea.
FUVEST – 1999 – 1ª fase – Se A é uma matriz 2x2 Exemplos de equações lineares:
inversível que satisfaz 2A = A2, então o determinante
de A será: 2x1+3x2 =7(variáveis ou incógnitas x1 e x2,coeficientes
2 e 3,e termo independente7)
a) 0
b) 1 3x + 5y = 5 (variáveis ou incógnitas x e y, coeficientes
c) 2 3 e 5, e termo independente 5)
d) 3
e) 4 2x + 5y + z = 17 (variáveis ou incógnitas x, y e z,
coeficientes 2,5 e 1 e termo independente 17)
SOLUÇÃO:
Diz-se que uma matriz é inversível, quando o seu -x1 + 3x2 -7x3 + x4 = 1 (variáveis x1, x2 , x3 e x4,
determinante é um número diferente de zero. coeficientes -1, 3, -7, e 1 e termo independente 1)
Se 2 A = A2, então os seus determinantes são iguais,
ou seja: 2x + 3y + z - 5t = 0 (variáveis ou incógnitas x, y, z e t, e
det(2 A) = det(A2) termo independente nulo).
Sabemos que sendo det(A) o determinante de uma Logo, este é um exemplo de equação linear
matriz de ordem n, podemos dizer que det(k.A) onde k homogênea.
é um número inteiro positivo, será igual a kn . det(A). 2 - A solução de uma equação linear
Para revisar, clique AQUI.
Já estamos acostumados a resolver equações lineares
Portanto, como n = 2 (ordem da matriz), vem: de uma incógnita (variável), que são as equações de
det(2 A) = 22.det(A) primeiro grau. Por exemplo: 2x + 8 = 36, nos leva à
Sabemos também que o determinante do produto de solução única x = 14. Já, se tivermos uma equação
duas matrizes é igual ao produto das matrizes, ou com duas incógnitas (variáveis), por exemplo x + y =
seja: 10, a solução não é única, já que poderemos ter um
det(A.B) = det(A).det(B). número infinito de pares ordenados que satisfazem à
Então, det(A2) = det(A . A) = det(A).det(A) equação, ou seja: x=1 e y=9 [par ordenado (1,9)], x =4
e y =6 [par ordenado (4,6)], x = 3/2 e y 17/2 [par
Substituindo na igualdade det(2 A) = det(A2), as
ordenado (3/2,17/2)], ... , etc.
expressões obtidas anteriormente, vem:
22.det(A) = det(A).det(A) Consideremos agora, uma equação com 3 incógnitas.
4.det(A) – [det(A)]2 = 0
Seja por exemplo: x + y + z = 5
Colocando det(A) em evidencia, fica:
det(A).[4 – det(A)] = 0 As soluções, serão x=1, y=4 e z=0, uma vez que
1+4+0 =5; x=3, y=7 e z=-5, uma vez que
Daí, conclui-se que det(A) = 0 OU det(A) = 4. Como é
3+7- 5=5; x=10, y=-9 e y=4 (uma vez que 10-9+4=5);
dito que a matriz A é inversível, o seu determinante é
... , que são compostas por 3 elementos, o que nos
não nulo e, portanto, a solução det(A) = 0 não serve.
leva a afirmar que as soluções são os ternos
Portanto, det(A) = 4, e a alternativa correta é a de letra
ordenados (1,4,0), (3,7,-5) , (10, -9, 4), ... , ou seja,
E.
existem infinitas soluções (um número infinito de
ternos ordenados) que satisfazem à equação dada.
5.3 SISTEMAS LINEARES De uma forma geral, as soluções de uma equação
linear de duas variáveis, são pares ordenados; de três

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variáveis, são ternos ordenados; de quatro variáveis, são equivalentes, pois ambos admitem o par ordenado
são quadras ordenadas; ... . (3, 2) como solução. Verifique!
Se a equação linear possuir n variáveis, dizemos que 2 - Se um sistema de equações possuir pelo menos
as soluções são n - uplas (lê-se ênuplas) ordenadas. uma solução, dizemos que ele é POSSÍVEL ou
Assim, se a ênupla ordenada (r 1, r2, r3 , ... , rn) é COMPATÍVEL.
solução da equação linear 3 - Se um sistema de equações não possuir solução,
a1.x1 + a2.x2 + a3.x3 + ... + an.xn = b, isto significa que a dizemos que ele é IMPOSSÍVEL ou INCOMPATÍVEL.
igualdade é satisfeita para x1 = r1, x2 = r2 , x3 = r3 , ... , xn
4 - Se o sistema de equações é COMPATÍVEL e
= rn e poderemos escrever:
possui apenas uma solução, dizemos que ele é
a1.r1 + a2.r2 + a3.r3 + ... + an.rn = b.
DETERMINADO.
5 - Se o sistema de equações é COMPATÍVEL e
1 - Sistema linear possui mais de uma solução, dizemos que ele é
É um conjunto de m equações lineares de n incógnitas INDETERMINADO.
(x1, x2, x3, ... , xn) do tipo: 6 - Se os termos independentes de todas as equações
a11x1 + a12x2 + a13x3 + ... + a1nxn = b1 de um sistema linear forem todos nulos, ou seja
a21x1 + a22x2 + a23x3 + ... + a2nxn = b2 b1 = b2 = b3 = ... = bn = 0, dizemos que temos um
a31x1 + a32x2 + a33x3 + ... + a3nxn = b3 sistema linear HOMOGÊNEO.
.................................................................
Exemplo:
.................................................................
x + y + 2z = 0
am1x1 + am2x2 + am3x3 + ... + amnxn = bn
2x - 3y + 5z = 0
Exemplo: 5x - 2y + z = 0
3x + 2y - 5z = -8
2 - Exercícios Resolvidos
4x - 3y + 2z = 4
7x + 2y - 3z = 2 2.1 - Determine o valor de m de modo que o sistema
0x + 0y + z = 3 de equações abaixo,
2x - my = 10
Temos acima um sistema de 4 equações e 3
3x + 5y = 8, seja impossível.
incógnitas (ou variáveis).
Os termos a11, a12, ... , a1n, ... , am1, am2, ..., amn são Solução:
denominados coeficientes e b1, b2, ... , bn são os Teremos, expressando x em função de m, na primeira
termos independentes. equação:
A ênupla (s1, s2 , s3 , ... , sn) será solução do sistema x = (10 + my) / 2
linear se e somente se satisfizer simultaneamente a Substituindo o valor de x na segunda equação, vem:
todas as m equações. 3[(10+my) / 2] + 5y = 8
Exemplo: O terno ordenado (2, 3, 1) é solução do Multiplicando ambos os membros por 2,
sistema: desenvolvendo e simplificando, vem:
x + y + 2z = 7 3(10+my) + 10y = 16
3x + 2y - z = 11 30 + 3my + 10y = 16
x + 2z = 4 (3m + 10)y = -14
3x - y - z = 2 y = -14 / (3m + 10)
pois todas as equações são satisfeitas para x=2, y=3 e Ora, para que não exista o valor de y e, em
z=1. conseqüência não exista o valor de x, deveremos ter o
Notas: denominador igual a zero, já que , como sabemos,
NÃO EXISTE DIVISÃO POR ZERO.
1 - Dois sistemas lineares são EQUIVALENTES
Portanto, 3m + 10 = 0 , de onde conclui-se m = -10/3,
quando possuem as mesmas soluções. para que o sistema seja impossível, ou seja, não
Exemplo: Os sistemas lineares possua solução.
2x + 3y = 12 Agora, resolva e classifique os seguintes sistemas:
S1: a) 2x + 5y .- ..z = 10
3x - 2y = 5
.............3y + 2z = ..9
5x - 2y = 11 .....................3z = 15
S2: b) 3x - 4y = 13
6x + y = 20
.....6x - 8y = 26

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c) 2x + 5y = 6 T1 - um sistema de equações não se altera, quando
....8x + 20y = 18 permutamos as posições de duas equações quaisquer
Resp: do sistema.
a) sistema possível e determinado. S = {(25/3, -1/3, 5)} Exemplo: os sistemas de equações lineares
b) sistema possível e indeterminado. Possui um 2x + 3y = 10
número infinito de soluções. 5x - 2y = 6
c) sistema impossível. Não admite soluções. 5x - 2y = 6
FUVEST – 1999 – 1ª fase – Se A é uma matriz 2x2 2x + 3y = 10
inversível que satisfaz 2A = A2, então o determinante são obviamente equivalentes, ou seja, possuem o
de A será: mesmo conjunto solução. Observe que apenas
mudamos a ordem de apresentação das equações.
a) 0
T2 - um sistema de equações não se altera, quando
b) 1
multiplicamos ambos os membros de qualquer uma
c) 2
das equações do sistema, por um número real não
d) 3
nulo.
e) 4
Exemplo: os sistemas de equações lineares
SOLUÇÃO:
3x + 2y - z = 5
Diz-se que uma matriz é inversível, quando o seu 2x + y + z = 7
determinante é um número diferente de zero. x - 2y + 3z = 1
Se 2 A = A2, então os seus determinantes são iguais,
3x + 2y - z = 5
ou seja:
2x + y + z = 7
det(2 A) = det(A2)
3x - 6y + 9z = 3
Sabemos que sendo det(A) o determinante de uma são obviamente equivalentes, pois a terceira equação
matriz de ordem n, podemos dizer que det(k.A) onde k foi multiplicada membro a membro por 3.
é um número inteiro positivo, será igual a kn . det(A).
T3: um sistema de equações lineares não se altera,
Para revisar, clique AQUI.
quando substituímos uma equação qualquer por outra
Portanto, como n = 2 (ordem da matriz), vem: obtida a partir da adição membro a membro desta
det(2 A) = 22.det(A) equação, com outra na qual foi aplicada a
Sabemos também que o determinante do produto de transformação T2.
duas matrizes é igual ao produto das matrizes, ou Exemplo: os sistemas
seja: 15x - 3y = 22
det(A.B) = det(A).det(B). 5x + 2y = 32
Então, det(A2) = det(A . A) = det(A).det(A) 15x - 3y = 22
Substituindo na igualdade det(2 A) = det(A2), as ...... - 9y = - 74
expressões obtidas anteriormente, vem: são obviamente equivalentes (ou seja, possuem o
22.det(A) = det(A).det(A) mesmo conjunto solução), pois a segunda equação
4.det(A) – [det(A)]2 = 0 foi substituída pela adição da primeira equação, com a
Colocando det(A) em evidencia, fica: segunda multiplicada por ( -3 ).
det(A).[4 – det(A)] = 0 Vamos resolver, a título de exemplo, um sistema de
Daí, conclui-se que det(A) = 0 OU det(A) = 4. Como é equações lineares, pelo método de Gauss ou
dito que a matriz A é inversível, o seu determinante é escalonamento.
não nulo e, portanto, a solução det(A) = 0 não serve. Seja o sistema de equações lineares:
Portanto, det(A) = 4, e a alternativa correta é a de letra . x + 3y - 2z = 3 .Equação 1
E. 2x . - .y + z = 12 Equação 2
Método de eliminação de Gauss ou método do 4x + 3y - 5z = 6 .Equação 3
escalonamento SOLUÇÃO:
Karl Friedrich Gauss - astrônomo, matemático e físico 1 - Aplicando a transformação T1, permutando as
alemão - 1777/1855. posições das equações 1 e 2, vem:
O método de eliminação de Gauss para solução de 2x .-...y + z = 12
sistemas de equações lineares, também conhecido x ..+ 3y - 2z = 3
como escalonamento, baseia-se em três 4x + 3y - 5z = 6
transformações elementares, a saber:

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2 - Multiplicando ambos os membros da equação 2,
por (- 2) - uso da transformação T2 - somando o de modo a possibilitar achar o valor de z facilmente ( z
resultado obtido com a equação 1 e substituindo a = k3 / f ) e daí, por substituição, determinar y e x. Este
equação 2 pelo resultado obtido - uso da é o caminho comum para qualquer sistema.
transformação T3 - vem: Não podemos escrever uma regra geral para o
2x - ..y + z = 12 escalonamento de um sistema de equações lineares, a
.....- 7y + 5z = 6 não ser recomendar a correta e oportuna aplicação
4x + 3y - 5z = 6 das transformações T1, T2 e T3 mostradas
3 - Multiplicando ambos os membros da equação 1 por anteriormente.
(-2), somando o resultado obtido com a equação 3 e Podemos entretanto observar que o método de
substituindo a equação 3 pela nova equação obtida, escalonamento consiste basicamente em eliminar a
vem: primeira incógnita a partir da segunda equação,
2x - ..y + ..z = ...12 eliminar a segunda incógnita em todas as equações a
.....- 7y + 5z = ....6 partir da terceira e assim sucessivamente, utilizando-
........5y - 7z = - 18 se das transformações T1, T2 e T3 vistas acima.
4 - Multiplicando a segunda equação acima por 5 e a A prática, entretanto, será o fator determinante para a
terceira por 7, vem: obtenção dos bons e esperados resultados.
2x -.....y + ....z =....12 Agora, resolva os seguintes sistemas lineares, usando
.....- 35y +25z =... 30 a técnica de escalonamento:
.......35y - 49z = -126
Sistema I : Resp: S = { (3, 5) }
5 - Somando a segunda equação acima com a 4x - 2y = 2
terceira, e substituindo a terceira pelo resultado obtido, 2x + 3y = 21
vem:
Sistema II : Resp: S = { (-1, 2, 4) }
2x - .....y + ....z = ..12
2 a + 5b + .3c = ...20
.....- 35y + 25z = ..30
5 a + 3b - 10c = - 39
...............- 24z = - 96
...a + ..b + ....c = .....5
6 - Do sistema acima, tiramos imediatamente que: z =
Sistema III : Resp: S = { (2, 3, 5) }
(-96) / (-24) = 4, ou seja, z = 4.
..x + .y .- ..z = ...0
Como conhecemos agora o valor de z, fica fácil achar
..x - 2y + 5z = 21
os valores das outras incógnitas:
4x + .y + 4z = 31
Teremos: - 35y + 25(4) = 30  y = 2.
Analogamente, substituindo os valores conhecidos de Regra de Cramer para a solução de um sistema de
y e z na primeira equação acima, fica: equações lineares com n equações e n incógnitas.
2x - 2 + 4 = 12  x = 5. Gabriel Cramer - matemático suíço - 1704/1752.
Portanto, x = 5, y = 2 e z = 4, constitui a solução do Consideremos um sistema de equações lineares com
sistema dado. Podemos então escrever que o conjunto n equações e n incógnitas, na sua forma genérica:
solução S do sistema dado, é o conjunto unitário a11x1 + a12x2 + a13x3 + ... + a1nxn = b1
formado por um terno ordenado (5,2,4) : a21x1 + a22x2 + a23x3 + ... + a2nxn = b2
S = { (5, 2, 4) } a31x1 + a32x2 + a33x3 + ... + a3nxn = b3
Verificação: ....................................................= ...
Substituindo os valores de x, y e z no sistema original, ....................................................= ...
teremos: an1x1 + an2x2 + an3x3 + ... + annxn = bn
5 + 3(2) - 2(4) = 3 onde os coeficientes a11, a12, ..., ann são números reais
2(5) - (2) + (4) = 12 os termos independentes
4(5) + 3(2) - 5(4) = 6 b1, b2, ... , bn , são números reais e x1, x2, ... , xn são
o que comprova que o terno ordenado (5,4,3) é as incógnitas do sistema nxn.
solução do sistema dado. Seja ∆ o determinante da matriz formada pelos
Sobre a técnica de escalonamento utilizada para coeficientes das incógnitas.
resolver o sistema dado, podemos observar que o
nosso objetivo era escrever o sistema na forma:
ax + by + cz = k1
dy + ez = k2
fz = k3

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Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = { (5, 2,
4) }.
Agora, resolva este:
2 x + 5y + 3z = 20
5 x + 3y - 10z = - 39
x+y+z=5
Seja ∆xi o determinante da matriz que se obtém do Resp: S = { (-1, 2, 4) }
sistema dado, substituindo a coluna dos coeficientes
da incógnita xi ( i = 1, 2, 3, ... , n), pelos termos Num restaurante na UFBa
independentes b1, b2, ... , bn.

UFBa 1995 – A tabela abaixo indica o consumo


efetuado num restaurante, em três mesas diferentes,
especificando as porções consumidas de cada
alimento e a conta em reais.
Sendo r reais a conta da mesa III, calcule r .

A regra de Cramer diz que:


Os valores das incógnitas de um sistema linear de n NÚMERO DE PORÇÕES CONSUMIDASVALOR
DA
equações e n incógnitas são dados por frações cujo ARROZ FEIJÃO FRANGO REFRIGERANTE CONTA
denominador é o determinante ∆ dos coeficientes das R$
incógnitas e o numerador é o determinante ∆xi, ou
MESA 3 2 3 4 11,00
seja: I
xi = ∆xi / ∆
MESA 2 1 1 2 6,00
Exemplo: Resolva o seguinte sistema usando a regra II
de Cramer:
MESA 6 5 9 10 r
x + 3y - 2z = 3 III
2x - y + z = 12
4x + 3y - 5z = 6 Solução:
Teremos:
Sejam x , y e z os preços unitários (em reais) , das
porções de arroz, feijão , frango e w o preço unitário do
refrigerante. Poderemos escrever o seguinte sistema
linear:

3x + 2y + 3z + 4w = 11
2x + 1y + 1z + 2w = 6
6x + 5y + 9z + 10w = r

Temos então, um sistema linear com 3 equações e 4


incógnitas.

Vamos resolver este sistema pelo método de


escalonamento :

De modo a eliminar x na segunda e terceira equações,


vamos multiplicar a primeira equação por ( - 2 ) e a
segunda equação por ( + 3), resultando:

– 6x – 4y – 6z – 8w = – 22
6x + 3y + 3z + 6w = 18
Portanto, pela regra de Cramer, teremos: 6x + 5y + 9z + 10w = r
x1 = ∆x1 / ∆ = 120 / 24 = 5
x2 = ∆x2 / ∆ = 48 / 24 = 2 Vamos agora substituir as segunda e terceira
x3 = ∆x3 / ∆ = 96 / 24 = 4 equações, pela soma delas com a primeira equação,
resultando:

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Observe que, pela natureza do problema, as variáveis
– 6x – 4y – 6z – 8w = – 22 x, y e z só podem assumir valores inteiros positivos,
– y–3z–2w=–4 pois referem-se a quantidades de galinhas, codornas e
y + 3z + 2 w = – 22 + r patos.

Somando as segunda e terceira equações acima, Multiplicando a primeira equação por 5, vem:
mantendo a primeira equação, fica: 5x + 5y + 5z = 500

– 6x – 4y – 6z – 8w = – 22 O nosso sistema fica então :


0y + 0z + 0w = – 26 + r 5x + 5y + 5z = 500
5x + 2y + 10z = 500
Daí vem imediatamente que 0 = - 26 + r , de onde
concluímos inevitavelmente: r = 26. Subtraindo membro a membro, a segunda equação da
primeira, fica:
Portanto, a despesa da Mesa III será igual a 26 reais 3y – 5z = 0  y = 5z/3
( R$26,00 ).
Substituindo o valor encontrado para y acima, na
Agora, tente resolver este: equação x + y + z = 100, vem :
x + 5z / 3 + z = 100  x = 100 - 5z / 3 – z = 100 - 5z / 3
Numa lanchonete o garçom apresenta as contas de - 3z / 3 = 100 – 8z/3
três mesas: x = 100 – 8z/3
Mesa I : 2 sanduíches, 3 refrigerantes e 2 sorvetes: R$
9,00 Portanto, a solução do sistema de equações lineares é
Mesa II: 1 sanduíche, 2 refrigerantes e 1 sorvete: R$ representada pelo terno ordenado (100 – 8z/3, 5z/ 3, z)
5,00 onde z é um inteiro positivo.
Mesa III: 4 sanduíches, 5 refrigerantes e 4 sorvetes:
Qual o valor da conta da Mesa III ? Fazendo, por exemplo, z = 1, obteremos a solução :
x = 100 – 8.1/3 = 100 – 8/3 = 300/3 – 8/3 = 292/3
Resposta: R$ 17,00 (dezessete reais). y = 5z/3 = 5.1/3 = 5/3
z=1

Codornas, patos e galinhas Portanto, o terno ordenado (292/3, 5/3, 1) é uma


solução do sistema de equações, mas, não atende ao
problema, já que x, y e z , referem-se a quantidades de
De quantas formas distintas poderemos adquirir 100 galinhas, codornas e patos respectivamente.
aves, entre galinhas, codornas e patos, sabendo-se
que os preços unitários de cada ave são $ 5,00, $ 2,00 Teremos que determinar os valores inteiros de x, y e z.
e $ 10,00 respectivamente, se pretendemos gastar Temos y = 5z/3. Para que y seja um inteiro, z deve ser
exatamente $ 500,00? um múltiplo de 3, ou seja, deveremos ter z = 3k, com k
Qual o número máximo de galinhas que podem ser inteiro e positivo.
adquiridas?
Qual o número máximo de codornas que podem ser Substituindo z = 3k em x = 100 – 8z/3 e y = 5z/3,
adquiridas? obteremos:
Qual o número máximo de patos que podem ser x = 100 – 8k
adquiridos? y = 5k
z = 3k
Solução:
Sejam x galinhas, y codornas e z patos, a serem Temos então, que os ternos ordenados formados por
adquiridos. inteiros, que satisfazem ao sistema de equações,
Pelo enunciado da questão, poderemos escrever: serão da forma (100 – 8k, 5k, 3k) onde k é um inteiro.

x + y + z = 100 Como x, y e z são positivos, poderemos escrever:


5x + 2y + 10z = 500 100 – 8k > 0  100 > 8k  8k < 100  k < 100/8  k
< 12,5
Temos um sistema de equações lineares de duas Também deveremos ter 5k > 0  k > 0.
equações e três incógnitas, para ser resolvido.

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Portanto, k deve assumir valores inteiros maiores do
que zero e menor do que 12,5. Logo, os valores De quantas maneiras distintas poderemos adquirir 100
possíveis para k serão 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e aves, entre codornas, galinhas e patos, sabendo-se
12. que os preços unitários de cada ave são $ 1,00, $
10,00 e $ 20,00 respectivamente, se pretendemos
Concluímos então que existirão 12 ternos ordenados gastar exatamente $ 200,00?
de números inteiros que satisfazem ao problema dado.
Resposta: Apenas uma maneira: 1 pato, 90
Portanto, a aquisição poderá ser feita de 12 formas
codornas e 9 galinhas.
distintas, obtidas fazendo-se sucessivamente k = 0, 1,
2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 e 12 nas soluções gerais Faça Humor, não faça guerra!
x = 100 – 8k (quantidade de galinhas)
y = 5k (quantidade de codornas) Num grande acampamento militar há 150 blindados
z = 3k (quantidade de patos). dos tipos BM3, BM4 e BM5, isto é, equipados com 3, 4
e 5 canhões do tipo MX9 respectivamente. O total de
Fazendo as substituições indicadas, obteremos: canhões disponíveis é igual a 530. A soma dos BM4
com os BM5 corresponde aos 2 / 3 dos BM3. Se para
Para k = 1, vem x = 92, y = 5 e z = 3. o início de uma manobra militar, cada canhão carrega
Para k = 2, vem x = 84, y = 10 e z = 6 e assim, 12 projéteis, quantos projéteis serão necessários para
sucessivamente. o grupo dos BM4 no início da operação?
Veja o resumo, na tabela a seguir:
A) 1920
B) 3240
GALINHAS CODORNAS PATOS C) 1240
D) 1820
92 5 3
E) 3220
84 10 6 Solução:
76 15 9
Considerando-se que são x blindados do tipo BM3, y
68 20 12 do tipo BM4 e z do tipo BM5, do enunciado infere-se
imediatamente que x + y + z = 150, pois existem 150
60 25 15
blindados no acampamento.
52 30 18
Como cada um dos blindados BM3, BM4 e BM5
44 35 21 possuem 3, 4 e 5 canhões respectivamente, que
36 40 24 totalizam 530, poderemos também escrever: 3x + 4y +
5z = 530.
28 45 27
20 50 30 Como a soma dos BM4 com os BM5 corresponde aos
2 / 3 dos BM3, do enunciado vem imediatamente que
12 55 33 y + z = (2 / 3) . x , já que são x blindados do tipo BM3,
y do tipo BM4 e z do tipo BM5. Observe que se
4 60 36
y + z = (2 / 3) . x , poderemos multiplicar ambos os
Observe que em cada alternativa possível, será gasto membros da igualdade por 3 (para eliminar o 3 do
exatamente $500,00. denominador) , obtendo:
3(y + z) = 3[(2 /3) . x]
Exemplo: 92 galinhas, 5 codornas e 3 patos custarão: 3y + 3z = 2x
92.5 + 5.2 + 3.10 = 500, etc Igualando a zero, fica:
3y + 3z – 2x = 0 ; multiplicando ambos os membros da
Da simples leitura da tabela acima, poderemos igualdade por (-1) , o que não altera a igualdade,
concluir facilmente que: obteremos 2x – 3y – 3z = 0 .
Número máximo de galinhas = 92
Número máximo de codornas = 60 Assim sendo, temos as 3 equações seguintes:
Número máximo de patos = 36
x + y + z = 150
Agora resolva este: 3x + 4y + 5z = 530

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2x – 3y – 3z = 0
Somando membro a membro a segunda e a terceira
O conjunto das 3 equações acima forma portanto, um equações e substituindo o valor da soma na terceira,
sistema linear com 3 incógnitas. fica:

O interessante aqui é que x , y e z já "sabem" os seus - 6x - 6y - 6z = - 900


valores. Nós, é que não sabemos ainda! Vamos 15 y + 30z = 1200
resolver então o sistema para conhece-los! . 15z = 300

Poderemos resolver o sistema acima utilizando a Da terceira equação vem imediatamente que z =
Regra de Cramer ou o Método de escalonamento. (300) / (15) = 20.
Fá-lo-emos pelo segundo método, ou seja, vamos
resolve-lo pelo método do escalonamento. Substituindo z = 20 na segunda equação, vem:

Voltemos ao sistema acima. 15y + 30(20) = 1200


15y + 600 = 1200
Multiplicando ambos os membros da primeira equação 15y = 1200 - 600
por (-3), vem: 15y = 600
- 3x - 3y - 3z = - 450 y = 600 / 15 = 40
Observe que isto não altera a igualdade, pois se A = B
então n. A = n . B, ou seja: uma igualdade não se Como y é o número de blindados tipo BM4, o problema
altera quando multiplicamos ambos os membros por está quase resolvido.
um mesmo número. Porém, de lambujem (ou lambuja, no popular),
podemos calcular o valor de x, substituindo na primeira
O novo sistema (que é equivalente ao primeiro) fica equação os valores de z = 20 e y = 40 obtidos
então: anteriormente. Teremos:

- 3x - 3y - 3z = - 450 - 6x – 6(40) – 6(20) = - 900


3x + 4y + 5z = 530 – 6x – 240 - 120 = - 900
2x – 3y – 3z = 0 – 6x = -900 + 240 + 120 = - 900 + 360 = - 540
– 6x = - 540
Somando as duas primeiras equações membro a
x = (-540) / (-6) = 90
membro e substituindo a segunda por esta soma, vem:
x = 90
- 3x - 3y - 3z = - 450
Resumindo temos: x = 90, y = 40 e z = 20, o que
y + 2z = 80
confirma que a soma dos blindados resulta em 150
2x – 3y – 3z = 0
conforme enunciado da questão.
Multiplicando a primeira por 2 e a segunda por 3, vem:
Voltemos ao problema:
- 6x – 6y - 6z = - 900
Já sabemos que x = 40 (blindados BM3), y = 40
y + 2z = 80
(blindados BM4) e z = 90 (blindados BM5).
6x – 9y – 9z = 0
Pelo enunciado da questão, cada blindado BM4 é
Somando membro a membro a primeira equação com
equipado com 4 canhões. Como são 40 blindados tipo
a terceira e substituindo o resultado na terceira, vem:
BM4, resulta em 40 . 4 = 160 canhões.
Como cada canhão carrega 12 projéteis, o número de
- 6x - 6y - 6z = - 900
projéteis necessário para o grupo dos BM4 será igual a
y + 2z = 80
160 . 12 = 1920. Portanto, a alternativa correta é a de
– 15y – 15z = - 900
letra A.
Multiplicando a segunda equação por 15, vem:
Agora resolva este:
- 6x - 6y - 6z = - 900
Quantos projéteis serão necessários para carregar os
15 y + 30z = 1200
150 blindados ?
– 15y – 15z = - 900

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Fica: 12b – 168 + 2b = 112
Resposta: 6360. 14b = 280  b = 280 / 14 = 20
Então, a = 3b – 42 = 3.20 – 42 = 60 – 42 = 18 e,
finalmente,
Numa certa loja de discos do planeta Terra c = 79 – 3a = 79 – 3.18 = 79 – 54 = 25
Uma loja de discos classificou seus CDs em três tipos
Logo, a = 18, b = 20 e c = 25.
A, B e C, unificando o preço para cada tipo. Quatro
Portanto, o quarto consumidor gastou a + b + c = 18 +
consumidores fizeram compras nessa loja nas
20 + 25 = 63
seguintes condições:
Logo, ele gastou R$63,00.
O primeiro comprou 2 CDs do tipo A, 3 do tipo B e 1 do
tipo C, gastando R$121,00.
Notas:
O segundo comprou 4 CDs do tipo A, 2 do tipo B e
gastou R$112,00.
1 – o engraçado é que um estudante enviou-me esta
O terceiro comprou 3 CDs do tipo A, 1 do tipo C e
questão por e-mail de seguinte teor:
gastou R$79,00.
"Olá Paulo! Visitei o seu site e achei o conteúdo
O quarto comprou 1 CD de cada tipo. Calcule quanto o
importante. Gostaria que me ajudasse a resolver esta
quarto consumidor pagou à loja.
questão, pois tentei pelo diagrama de Venn e não
consegui. Agradeço desde já".
Nota: CD = abreviatura de compact disk.
2 – diagrama de Venn = representação de um conjunto
Solução: dado através de uma curva plana fechada. Idéia
atribuída a John Venn – matemático inglês (1834 –
Sejam a , b e c os preços unitários dos CDs dos tipos 1923). Observem que aplicar o conceito de diagrama
A, B e C respectivamente. de Venn para resolver a questão acima, não seria uma
Poderemos escrever, de acordo com o enunciado: boa idéia.

2a + 3b + c = 121
4a + 2b = 112 Exemplo de diagrama de Venn:
3a + c = 79

O problema pediu para calcular o valor consumido pelo


quarto comprador. Como ele comprou 1 CD de cada
tipo, o valor gasto é igual a 1.a + 1.b + 1.c = a + b + c.

Observe que temos acima um sistema linear de 3


equações e 3 incógnitas, o qual pode ser reescrito na
forma:

2a + 3b + 1c = 121
4a + 2b + 0c = 112
3a + 0b + 1c = 79

Poderíamos aplicar o método de escalonamento ou a


regra de Cramer para a solução do sistema acima. Nota: no diagrama de Venn acima, por exemplo,
Mas, neste caso, ganharemos mais tempo usando o podemos visualizar imediatamente que o conjunto
método de substituição, tirando o valor de c na terceira V U X U T possui 13 + 7 + 9 + 11 + 23 + 11 + 25 = 99
equação e substituindo na primeira. elementos. (o símbolo U significa união).
Tirando o valor de c na terceira equação: c = 79 – 3 a . Podemos visualizar também, por exemplo, que o
Substituindo o valor de c na primeira equação: 2a + 3b conjunto V X T possui 11 elementos.(o símbolo
+ (79 – 3a) = 121 significa intersecção).
Simplificando, fica: 2a + 3b + 79 – 3a = 121  3b – a = Podemos visualizar por exemplo, que o conjunto V 
121 – 79 = 42 X possui 9 + 11 = 20 elementos.
Ou seja: 3b – a = 42 Podemos visualizar também, por exemplo, que o
Tirando o valor de a na igualdade acima e substituindo conjunto T - (V U X) possui apenas 25 elementos.
na segunda equação do sistema linear acima, fica:
3b – 42 = a  4(3b – 42) + 2b = 112

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3 – caso utilizássemos aqui o método de Observe que na matriz de Vandermonde acima, temos:
escalonamento ou a regra de Cramer para a solução a) a primeira linha é composta por bases do tipo a i (i 
deste problema, gastaríamos muito mais tempo. Tomar N , conjunto dos números naturais) elevado a zero, ou
a decisão certa quanto à metodologia a ser aplicada seja, a1, a2, ... , an elevadas ao expoente zero e
na solução de uma questão, é muito importante, pois portanto são todas iguais a 1, pois a 0 = 1 para todo a 
nos exames vestibulares, o tempo é uma variável R , conjunto dos números reais.
preciosíssima, decidindo às vezes, a sorte do b) a segunda linha é composta por bases do tipo a i
vestibulando. Isto não quer dizer, de forma nenhuma, elevado à unidade, ou seja, a 1, a2, ... , an elevadas ao
que os métodos acima são inadequados. Aliás, são expoente um e portanto são todas iguais a si próprio,
métodos poderosíssimos para a solução de Sistemas pois a1 = a para todo a  R. Sendo assim, a matriz
Lineares. Ocorre que neste problema, ambos os genérica acima pode ser reescrita na forma abaixo:
métodos não seriam os mais adequados, uma mera
questão pontual, ou seja, uma mera questão particular
desse problema proposto.

4 - Imagine por exemplo que você vai fazer uma prova


com 80 questões propostas, de duração total 4 horas.
Ora, como 4 horas = 4.60 = 240 minutos, você disporá
de 240/80 = 3 minutos para resolver cada questão.
O segredo para um bom resultado na prova é não
ultrapassar os 3 minutos para a solução de cada
Numa matriz de Vandermonde, os elementos a1, a2, a3,
questão. Se você perceber que não vai conseguir
... , an são denominados elementos característicos da
resolver a questão neste tempo, o mais prudente é
matriz. Assim por exemplo, na matriz de Vandermonde
passar para a próxima.
abaixo,
Empacar (ou seja, ficar e não prosseguir) numa
única questão, tem eliminado muita gente de
vestibulares.
É claro, que se você conseguir resolver a questão
em 2 minutos, por exemplo, a próxima poderá ser os elementos característicos são 5, 6 e 7. Observe que
resolvida em até 3 + 1 = 4 minutos, usando o a matriz é de Vandermonde pois na terceira linha os
minuto que você ganhou na questão anterior. elementos são obtidos da segunda linha, quadrando
Portanto, achar o melhor caminho para resolver cada termo, ou seja:
25 = 52, 36 = 62 e 49 = 72.
uma questão, logo no início, é fundamental e
estratégico para um bom desempenho. Claro que Prova-se que o determinante de uma matriz de
estas assertivas são óbvias, mas, muita gente se Vandermonde pode ser obtido multiplicando-se todas
esquece desses detalhes simples. as diferenças possíveis entre os elementos
característicos (ai – ak) com a condição de que i > k.
Determinante de matrizes de Vandermonde Assim, por exemplo, na matriz M acima, o
Chama-se matriz de Vandermonde a toda matriz determinante será igual a :
quadrada de ordem n x n , ou seja, com n linhas e n |M| = (6 – 5).(7 – 6).(7 – 5) = 1.1.2 = 2.
colunas, da forma geral:
Veja mais um exemplo: Calcule o determinante de
Vandermonde abaixo:

Ora, como os elementos característicos são 5, 3, 2 e 4,


Matriz de Vandermonde com n linhas e n colunas. o determinante será igual a:
Nota: Alexandre Vandermonde - músico (violino) e |D| = (3 – 5).(2 – 5).(2 – 3).(4 – 5).(4 – 3).(4 – 2) = (-2).
matemático francês do século XVIII - 1735/1796. (-3).(-1).(-1).1.2 = 12.

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O conceito de região poligonal
Claro que este método de cálculo de determinantes,
aplica-se somente a matrizes de Vandermonde. Uma região poligonal é a reunião de um número finito
de regiões triangulares não-sobrepostas e coplanares
Nota: como o determinante de Vandermonde é obtido (estão no mesmo plano). Na gravura abaixo,
multiplicando-se todas as diferenças possíveis (ai – ak) apresentamos quatro regiões poligonais. Observe que
entre os elementos característicos, com a condição uma região triangular é por si mesmo uma região
que i > k, podemos concluir que se pelo menos dois poligonal e além disso uma região poligonal pode
dos elementos característicos forem iguais entre si, o conter "buracos".
determinante será nulo, pois aparecerá um zero no
produto.

6. GEOMETRIA PLANA: Áreas e


Perímetros
Uma região poligonal pode ser decomposta em várias
regiões triangulares e isto pode ser feito de várias
Áreas maneiras

Triângulo e região triangular

No desenho abaixo, o triângulo ABC é a reunião


dos segmentos de reta AB, BC e AC. A reunião de
todos os pontos localizados no triângulo e
Duas ou mais regiões poligonais são não-sobrepostas
também dentro do triângulo é chamada uma quando a interseção de duas regiões quaisquer, é
região triangular. A região triangular ABC é vazia, é um conjunto finito de pontos, é um segmento
limitada pelo triângulo ABC. Os pontos dos lados de reta ou é um conjunto finito de pontos e um
do triângulo ABC bem como os pontos do interior segmento de reta.
do triângulo ABC são pontos da região triangular.
O estudo de área de regiões poligonais depende de
alguns conceitos primitivos:
Triângulo ABC
1. A cada região poligonal corresponde um único
número real positivo chamado área.
2. Se dois triângulos são congruentes então as
regiões limitadas por eles possuem a mesma
área.
Região triangular ABC
3. Se uma região poligonal é a reunião de n
regiões poligonais não-sobrepostas então sua
área é a soma das áreas das n-regiões.

Observação: Para facilitar o estudo de regiões


poligonais, adotaremos as seguintes práticas:

Duas ou mais regiões triangulares não são


a. Os desenhos de regiões poligonais serão
sobrepostas, se a interseção é vazia, é um ponto ou é
sombreadas apenas quando houver
um segmento de reta. Cada uma das regiões planas
possibilidade de confusão entre o polígono e a
abaixo é a reunião de três regiões triangulares não
região.
sobrepostas.
b. Usaremos expressões como a área do
triângulo ABC e a área do retângulo RSTU no
lugar de expressões como a área da região
triangular ABC e a área da região limitada pelo
retângulo RSTU.

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Exemplo: A área da figura Área do quadrado
poligonal ABCDEFX pode ser
obtida pela decomposição da Um quadrado é um caso particular de retângulo cuja
região poligonal em regiões medida da base é igual à medida da altura. A área do
triangulares. quadrado pode ser obtida pelo produto da medida da
base por si mesma.

Esta é a razão pela qual a segunda potência do


Após isto, realizamos as somas dessas áreas número x, indicada por x², tem o nome de quadrado de
triangulares. x e a área A do quadrado é obtida pelo quadrado da
medida do lado x.
Área(ABCDEFX)=área(XAB)+área(XBC)+...
+área(XEF) A = x²

Exemplo: Obter a área do retângulo cujo comprimento


da base é 8 unidades e o comprimento da altura é 5
Unidade de área unidades.

Para a unidade de medida de área, A = b×h


traçamos um quadrado cujo lado tem uma A = (8u)x(5u) = 40u²
unidade de comprimento.
No cálculo de áreas em situações reais, usamos
Esta unidade pode ser o metro, o centímetro, o medidas de comprimento em função de alguma certa
quilômetro, etc. unidade como: metro, centímetro, quilômetro, etc...

Área do Retângulo

A figura ao lado mostra o Exemplo: Para calcular a área de um retângulo com 2


retângulo ABCD, que mede 3 m de altura e 120 cm de base, podemos expressar a
unidades de comprimento e área em metros quadrados ou qualquer outra unidade
2 unidades de altura. O de área.
segmento horizontal que
passa no meio do retângulo 1. Transformando as medidas em metros
e os segmentos verticais,
dividem o retângulo em seis Como h=2m e b=120cm=1,20m, a área será
quadrados tendo cada um 1 obtida através de:
unidade de área.
A = b×h
A = (1,20m)×(2m) = 2,40m²
2. Transformando as medidas em centímetros
A área do retângulo ABCD é a soma das áreas destes
seis quadrados. O número de unidades de área do Como h=2m=200cm e b=120cm, a área do
retângulo coincide com o obtido pelo produto do retângulo será dada por:
número de unidades do comprimento da base AB pelo
número de unidades da altura BC. A = b×h
A = (120cm)×(200cm) = 24000cm²
O lado do retângulo pode ser visto como a base e o
lado adjacente como a altura, assim, a área A do Área do Paralelogramo
retângulo é o produto da medida da base b pela
medida da altura h.
Combinando os processos para obtenção de áreas de
triângulos congruentes com aqueles de áreas de
A=b×h retângulos podemos obter a área do paralelogramo.

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Qualquer lado do paralelogramo pode ser tomado
como sua base e a altura correspondente é o
segmento perpendicular à reta que contém a base até
o ponto onde esta reta intercepta o lado oposto do
paralelogramo.

No paralelogramo ABCD abaixo à esquerda, os


segmentos verticais tracejados são congruentes e
qualquer um deles pode representar a altura do Propriedade: A razão entre as áreas de dois
paralelogramo em relação à base AB. triângulos semelhantes é igual ao quadrado da
razão entre os comprimentos de quaisquer dois
lados correspondentes.

Área de ABC a² b² c²
= = =
Área de RST r² s² t²

No paralelogramo RSTV acima à direita, os dois


Área do losango
segmentos tracejados são congruentes e qualquer um
deles pode representar a altura do paralelogramo em
relação à base RV. O losango é um paralelogramo
e a sua área é também igual ao
produto do comprimento da
A área A do paralelogramo é obtida pelo produto da
medida da base pela medida da
medida da base b pela medida da altura h, isto é,
altura.
A=b×h.

A área do losango é o semi-produto das medidas das


Área do Triângulo
diagonais, isto é, A=(d1×d2)/2.

A área de um triângulo é a metade do produto da


medida da base pela medida da altura, isto é, A=b.h/2.
Área do trapézio

Em um trapézio existe uma base menor de medida b1,


uma base maior de medida b2 e uma altura com
medida h.

Comparação de áreas entre triângulos


semelhantes

Conhecendo-se a razão entre medidas


correspondentes quaisquer de dois triângulos
semelhantes, é possível obter a razão entre as áreas
desses triângulos. A área A do trapézio é o produto da média aritmética
entre as medidas das bases pela medida da altura, isto
é, A=(b1+b2).h/2.

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Raios: OA,OF Raios: OR,OT
Ângulo central: AOF Ângulo central: ROT
Polígonos regulares
5. Medida do ângulo central de um polígono
com n lados é dada por 360/n graus. Por
Um polígono regular é aquele que possui todos os
exemplo, o ângulo central de um hexágono
lados congruentes e todos os ângulos congruentes.
regular mede 60 graus e o ângulo central de
Existem duas circunferências associadas a um
um pentágono regular mede 360/5=72 graus.
polígono regular.
Áreas de polígonos regulares
Circunferência circunscrita: Em um polígono regular
com n lados, podemos construir uma circunferência
circunscrita (por fora), que é uma circunferência que Traçando segmentos de reta
passa em todos os vértices do polígono e que contém ligando o centro do polígono
o polígono em seu interior. regular a cada um dos vértices
desse polígono de n-lados, iremos
decompor este polígono em n
triângulos congruentes.

Assim, a fórmula para o cálculo da área da região


poligonal regular será dada pela metade do produto da
medida do apótema a pelo perímetro P, isto é:

A = a × Perímetro / 2

Circunferência inscrita: Em um polígono regular com Comparando áreas entre polígonos semelhantes
n lados, podemos colocar uma circunferência inscrita
(por dentro), isto é, uma circunferência que passa Apresentamos abaixo dois pentágonos irregulares
tangenciando todos os lados do polígono e que está semelhantes. Dos vértices correspondentes A e L
contida no polígono. traçamos diagonais decompondo cada pentágono em
três triângulos.
Elementos de um polígono regular

1. Centro do polígono é o centro comum às


circunferências inscrita e circunscrita.
2. Raio da circunferência circunscrita é a
distância do centro do polígono até um dos
vértices.
3. Raio da circunferência inscrita é o apótema
do polígono, isto é, a distância do centro do
polígono ao ponto médio de um dos lados.
4. Ângulo central é o ângulo cujo vértice é o Os pares de triângulos correspondentes ABC e LMN,
centro do polígono e cujos lados contém parecem semelhantes, o que pode ser verificado
vértices consecutivos do polígono. diretamente através da medição de seus ângulos com
um transferidor. Assumiremos que tal propriedade seja
válida para polígonos semelhantes com n lados.

Observação: Se dois polígonos são semelhantes, eles


podem ser decompostos no mesmo número de
triângulos e cada triângulo é semelhante ao triângulo
que ocupa a posição correspondente no outro
polígono.

Apótema: OM, Apótema: OX,

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b)

Este fato e o teorema sobre razão entre áreas de


triângulos semelhantes são usados para demonstrar o
seguinte teorema sobre áreas de polígonos
semelhantes.

Teorema: A razão entre áreas de dois polígonos Área = 6 · Área do triângulo


semelhantes é igual ao quadrado da razão entre
os comprimentos de quaisquer dois lados Área = 6 ·
correspondentes.

Área de ABCDE... s² t²
= =
Área de A'B'C'D'E'... (s')² (t')²
Exercícios Resolvidos

1) Calcular a área dos polígonos regulares abaixo, c)


considerando que todos têm o mesmo lado l.

a) triângulo eqüilátero

b) hexágono regular

c) octógono regular

Resolução
Áreas das Regiões Elementares
a)

x2 + x2 = l2 x2 = x=

Área = (Área do quadrado) – 4 · (Área do triângulo)

Área = (l + 2x),sup>2 – 4 ·

h= Área = l2 + 4lx + 4x2 –2x2

Área = Área = l2 + 4lx + 2x2 = l2 + 4l · +2·

Área = 2l2 + 2l2

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Área = 2l2 (1 + )
SABD = SABC = · 120
SABD = 72 CM2
02. Um trapézio tem altura 4 cm e base média 6 cm.
Calcule a área do trapézio.

Resolução

Sendo a e b as medidas das bases do trapézio, temos: SADM = SABD

SADM = · 72 = 36 CM2
= 6cm

Assim, área = · h = 6 · 4 = 24 cm2

Resposta: 24 cm2

03. O triângulo ABC da figura tem área 120 cm 2, com

BD = BC, AN = ND e AM = BM. Calcule a área do


triângulo MND.

SMND = SADM = · 36

6. GEOMETRIA ESPACIAL
Prisma
Resolução
Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces
planas, no qual as bases se situam em planos
paralelos. Quanto à inclinação das arestas laterais, os
prismas podem ser retos ou oblíquos.

Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo

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Bases são regiões Seção transversal: É a região poligonal obtida pela
poligonais interseção do prisma com um plano paralelo às bases,
congruentes sendo que esta região poligonal é congruente a cada
uma das bases.
A altura é a
distância entre as Seção reta (seção normal): É uma seção
bases determinada por um plano perpendicular às arestas
laterais.
Arestas laterais
são paralelas com Princípio de Cavalieri: Consideremos um plano P
as mesmas sobre o qual estão apoiados dois sólidos com a
medidas mesma altura. Se todo plano paralelo ao plano dado
interceptar os sólidos com seções de áreas iguais,
Faces laterais são então os volumes dos sólidos também serão iguais.
paralelogramos
Prisma regular

Objeto Prisma reto Prisma oblíquo É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais
têm a mesma têm a mesma regulares.
Arestas laterais
medida medida
Exemplos: Um prisma triangular regular é um prisma
são
são oblíquas reto cuja base é um triângulo equilátero. Um prisma
Arestas laterais perpendiculares
ao plano da base quadrangular regular é um prisma reto cuja base é um
ao plano da base
quadrado.
não são
Faces laterais são retangulares
retangulares
Planificação do prisma

Um prisma é um sólido formado por todos os pontos


Quanto à base, os prismas mais comuns estão do espaço localizados dentro dos planos que contêm
mostrados na tabela: as faces laterais e os planos das bases.

Prisma triangular Prisma quadrangular

Base:Triângulo Base:Quadrado
Prisma pentagonal Prisma hexagonal

As faces laterais e as bases


formam a envoltória deste
sólido. Esta envoltória é uma
"superfície" que pode ser
Base:Pentágono Base:Hexágono planificada no plano cartesiano.
Tal planificação se realiza como
Seções de um prisma se cortássemos com uma
tesoura esta envoltória
exatamente sobre as arestas
para obter uma região plana

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formada por áreas congruentes às faces laterais e às
bases. A planificação é útil para facilitar os cálculos
das áreas lateral e total. Exemplo: As pirâmides do Egito, eram utilizadas para
sepultar faraós, bem como as pirâmides no México e
Volume de um prisma nos Andes, que serviam a finalidades de adoração aos
seus deuses. As formas piramidais eram usadas por
O volume de um prisma é dado por: tribos indígenas e mais recentemente por escoteiros
para construir barracas.
V(prisma) = A(base).h

Área lateral do prisma reto com base poligonal


regular Elementos de uma pirâmide

A área lateral de um prisma reto que tem por base uma Em uma pirâmide, podemos identificar vários
região poligonal regular de n lados é dada pela soma elementos:
das áreas das faces laterais. Como neste caso todas
as áreas das faces laterais são iguais, basta tomar a 1. Base: A base da pirâmide é a região plana
área lateral como: poligonal sobre a qual se apoia a pirâmide.
2. Vértice: O vértice da
A(lateral) = n A(Face Lateral) pirâmide é o ponto
isolado P mais
distante da base da
Uma forma alternativa para obter a área lateral de um
pirâmide.
prisma reto tendo como base um polígono regular de n
3. Eixo: Quando a base
lados é tomar P como o perímetro desse polígono e h
possui um ponto
como a altura do prisma.
central, isto é, quando
a região poligonal é
A(lateral) = P.h simétrica ou regular, o
eixo da pirâmide é a
Tronco de prisma reta que passa pelo
vértice e pelo centro da base.
Quando seccionamos um prisma por um plano não 4. Altura: Distância do vértice da pirâmide ao
paralelo aos planos das bases, a região espacial plano da base.
localizada dentro do prisma, acima da base inferior e 5. Faces laterais: São regiões planas
abaixo do plano seccionante é denominado tronco de triangulares que passam pelo vértice da
prisma. Para calcular o volume do tronco de prisma, pirâmide e por dois vértices consecutivos da
multiplicamos a média aritmética das arestas laterais base.
do tronco de prisma pela área da base. 6. Arestas Laterais: São segmentos que têm um
extremo no vértice da pirâmide e outro
extremo num vértice do polígono situado no
plano da base.
7. Apótema: É a altura de cada face lateral.
O conceito de pirâmide
8. Superfície Lateral: É a superfície poliédrica
formada por todas as faces laterais.
Consideremos um polígono 9. Aresta da base: É qualquer um dos lados do
contido em um plano (por polígono da base.
exemplo, o plano horizontal) e um
ponto V localizado fora desse
plano. Uma Pirâmide é a reunião
Classificação das pirâmides pelo número de lados
de todos os segmentos que têm da base
uma extremidade em P e a outra
num ponto qualquer do polígono. triangular quadrangular
O ponto V recebe o nome de
vértice da pirâmide.

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Sucesso
é conhecido como a planificação desse sólido. Isto
pode ser realizado se tomarmos o sólido de forma que
a sua superfície externa seja feita de papelão ou
algum outro material.

No caso da pirâmide, a idéia é tomar uma tesoura e


cortar (o papelão d)a pirâmide exatamente sobre as
arestas, depois reunimos as regiões obtidas num plano
que pode ser o plano de uma mesa.
base:triângulo base:quadrado
pentagonal hexagonal As regiões planas obtidas são congruentes às faces
laterais e também à base da pirâmide.

Se considerarmos uma pirâmide regular cuja base tem


n lados e indicarmos por A(face) a área de uma face
lateral da pirâmide, então a soma das áreas das faces
laterais recebe o nome de área lateral da pirâmide e
pode ser obtida por:

A(lateral) = n A(face)
base:pentágono base:hexágono
Exemplo: Seja a pirâmide quadrangular regular que
está planificada na figura acima, cuja aresta da base
Pirâmide Regular reta mede 6cm e cujo apótema mede 4cm.

Pirâmide regular reta é aquela que tem uma base Como A(lateral)=n.A(face) e como a pirâmide é
poligonal regular e a projeção ortogonal do vértice quadrangular temos n=4 triângulos isósceles, a
V sobre o plano da base coincide com o centro da área da face lateral é igual à área de um dos
base. triângulos, assim:

raio do circulo
R
circunscrito
raio do círculo A(face) = b h/2 = 6.4/2 = 12
r
inscrito A(lateral) = 4.12 = 48 cm²
l aresta da base
apótema de
ap uma face
lateral
Exemplo: A aresta da base de uma pirâmide
altura da
h hexagonal regular mede 8 cm e a altura 10 cm.
pirâmide
Calcular a área lateral.
al aresta lateral Tomaremos a aresta com a=8 cm e a altura com h=10
As faces laterais são triângulos isósceles cm. Primeiro vamos calcular a medida do apótema da
congruentes face lateral da pirâmide hexagonal. Calcularemos o
raio r da base.
Como a base é um hexágono regular temos que
r=(a/2)R[3], assim r=8R[3]/2=4R[3] e pela relação de
Área Lateral de uma pirâmide Pitágoras, segue que (ap)²=r²+h², logo:

Às vezes podemos construir (ap)²= (4R[3])²+10² = 48+100 = 148 = 4·37 = 2R[37]


fórmulas para obter as áreas das
superfícies que envolvem um A área da face e a área lateral, são dadas por:
determinado sólido. Tal processo

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Sucesso
A(face) = 8.2[37]/2 = 8.R[37] Volume = (1/3) A(base) h
A(lateral) = n.A(face) = 6.8.R[37] = 48.R[37]
Exemplo: Juliana tem um perfume contido em um
Área total de uma Pirâmide frasco com a forma de uma pirâmide regular com base
quadrada. A curiosa Juliana quer saber o volume de
A área total de uma pirâmide é a soma da área da perfume que o frasco contém. Para isso ela usou uma
base com a área lateral, isto é: régua e tirou duas informações: a medida da aresta da
base de 4cm e a medida da aresta lateral de 6cm.
Como V(pirâmide)=A(base).h/3, devemos calcular a
A(total) = A(lateral) + A(base)
área da base e a medida da altura. Como a base tem
forma quadrada de lado a=4cm, temos que
Exemplo: As faces laterais de uma pirâmide A(base)=a²=4cm.4cm=16 cm².
quadrangular regular formam ângulos de 60 graus com
a base e têm as arestas da base medindo 18 cm. Qual
A altura h da pirâmide pode ser
é a área total?
obtida como a medida de um cateto
de um triângulo retângulo cuja
Já vimos que A(lateral)=n.A(face) e como hipotenusa é dada pela altura L=6cm
cos(60º)=(lado/2)/a, então 1/2=9/a donde segue que da aresta lateral e o outro cateto
a=18, assim: Q=2×R[2] que é a metade da medida
da diagonal do quadrado. Dessa
A(face) = b.h/2 = (18.18)/2 = 162 forma h²=L²-Q², se onde segue que
A(lateral) = 4.162 = 648 h²=36-8=28 e assim temos que h=2R[7] e o volume
A(base) = 18² = 324 será dado por V=(1/3).16.2R[7]=(32/3)R[7].

Concluímos que: Seção Transversal de uma pirâmide

A(total) = A(lateral) + A(base) = 648+324 = 970 Seção transversal de uma pirâmide é a interseção da
pirâmide com um plano paralelo à base da mesma. A
seção transversal tem a mesma forma que a base, isto
é, as suas arestas correspondentes são proporcionais.
A razão entre uma aresta da seção transversal e uma
Exemplo: Um grupo de escoteiros
aresta correspondente da base é dita razão de
quer obter a área total de suas
semelhança.
barracas, as quais têm forma piramidal
quadrangular. Para isso, eles usam
medidas escoteiras. Cada dois passos Observações sobre seções transversais:
de um escoteiro mede 1 metro. A barraca tem 4
passos escoteiros de lado da base e 2 passos de 1. Em uma pirâmide qualquer, a seção
apótema. Calcular a área da base, área lateral e a transversal e a base são regiões poligonais
área total. semelhantes. A razão entre a área da seção
transversal e a área da base é igual ao
A(base) = 2.2 = 4 m² quadrado da razão de semelhança.
A(lateral) = 4.2.1 = 8 m³ 2. Ao seccionar uma pirâmide por um plano
paralelo à base, obtemos outra pirâmide
menor (acima do plano) semelhante em todos
Logo, a área total da barraca é
os aspectos à pirâmide original.
3. Se duas pirâmides têm a mesma altura e as
A(total) = A(lateral) + A(base) = 8+4 = 12 m² áreas das bases são iguais, então as seções
transversais localizadas à mesma distância do
vértice têm áreas iguais.

Volume de uma Pirâmide

O volume de uma pirâmide pode ser obtido como um 0


terço do produto da área da base
pela altura da pirâmide, isto é:

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Volume da Como
seção até o
vértice V(pirMenor)/V(pirâmide) = h³/H³
V(seção) V(pirMenor)/108 = 6³/9³
(volume da
pirâmide V(pirMenor) = 32
menor)
Volume da então
V(piram) pirâmide
(maior) V(tronco)=V(pirâmide)-V(pirMenor)= 108cm³-2cm³ = 76
cm³
Área da
seção
transversal
A(seção)
(base da
pirâmide Introdução aos cilindros
0 menor)
Área da O conceito de cilindro é muito importante. Nas
base da cozinhas encontramos
A(base) aplicações intensas do uso de
pirâmide
(maior) cilindros. Nas construções,
observamos caixas d'água,
Distância do ferramentas, objetos, vasos de
vértice à plantas, todos eles com formas
seção cilíndricas.
h
(altura da
pirâmide
menor) Existem outras formas cilíndricas diferentes das
comuns, como por exemplo o cilindro sinuzoidal obtido
Altura da pela translação da função seno.
H pirâmide
(maior)
A Construção de cilindros

Assim: Seja P um plano e nele vamos construir um círculo de


raio r e tomemos também um segmento de reta AB
V(seção) A(seção) h que não seja paralelo ao plano P e nem esteja contido
= · neste plano P. Um cilindro
V(base) A(piram) H circular é a reunião de
todos os segmentos
A(seção) h² congruentes e paralelos a
= AB com uma extremidade
A(base) H² no círculo.

Então: Observamos que um cilindro é uma superfície no


espaço R³, mas muitas vezes vale a pena considerar o
cilindro como a região sólida contida dentro do cilindro.
V(seção) h³ Quando nos referirmos ao cilindro como um sólido
= usaremos aspas, isto é, "cilindro" e quando for à
V(base) H³ superfície, simplesmente escreveremos cilindro.

A reta que contém o segmento AB é denominada


Exemplo: Uma pirâmide tem a altura medindo 9cm e geratriz e a curva que fica no plano do "chão" é a
volume igual a 108cm³. Qual é o volume do tronco diretriz.
desta pirâmide, obtido pelo corte desta pirâmide por
um plano paralelo à base da mesma, sabendo-se que Em função da inclinação do segmento AB em relação
a altura do tronco da pirâmide é 3cm? ao plano do "chão", o cilindro será chamado reto ou

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oblíquo, respectivamente, se o segmento AB for V = pi r² h
perpendicular ou oblíquo ao plano que contém a curva
diretriz. Exercício: Calcular o volume de um cilindro oblíquo
com base elíptica (semi-eixos a e b) e altura h.
Sugestão: Veja nesta mesma Página um material
sobre a área da região elíptica.

Área lateral e área total de um cilindro circular reto

Em um cilindro circular reto, a área lateral é dada


por A(lateral)=2pi.r.h, onde r é o raio da base e h
é a altura do cilindro. A área total corresponde à
soma da área lateral com o dobro da área da
Objetos geométricos em um "cilindro"
base.

Em um cilindro, podemos identificar vários elementos:


A(total) =
1. Base: É a região plana contendo a curva A(lateral) + 2
diretriz e todo o seu interior. Num cilindro A(base)
existem duas bases. A(total) = 2 pi r h
2. Eixo: É o segmento de reta que liga os centros + 2 pi r²
das bases do "cilindro". A(total) = 2 pi
3. Altura: A altura de um cilindro é a distância r(h+r)
entre os dois planos paralelos que contêm as
bases do "cilindro".
4. Superfície Lateral: É o conjunto de todos os
pontos do espaço, que não estejam nas Exemplo: Um cilindro circular equilátero é aquele
bases, obtidos pelo deslocamento paralelo da cuja altura é igual ao diâmetro da base, isto é
geratriz sempre apoiada sobre a curva diretriz. h=2r. Neste caso, para calcular a área lateral, a
5. Superfície Total: É o conjunto de todos os área total e o volume, podemos usar as fórmulas,
pontos da superfície lateral reunido com os dadas por:
pontos das bases do cilindro.
6. Área lateral: É a medida da superfície lateral
do cilindro.
A(lateral) = 4 pi r²
7. Área total: É a medida da superfície total do
A(base) = pi r²
cilindro.
A(total) = A(lateral) + 2 A(base) =
8. Seção meridiana de um cilindro: É uma
6 pi r²
região poligonal obtida pela interseção de um
Volume = A(base).h = pi r².2r = 2
plano vertical que passa pelo centro do cilindro
pi r³
com o cilindro.

Volume de um cilindro
Exercício: Seja um cilindro circular reto de raio igual a
2cm e altura 3cm. Calcular a área lateral, área total e o
Em um cilindro, o volume é dado pelo produto da área
seu volume.
da base pela altura.
A(base) = pi.r² = pi.2² = 4 pi cm²
V = A(base) h
A(lateral) = 2.pi.r.h = 2.pi.2.3 = 12 pi cm²
A(total) = A(lateral) + 2 A(base) = 12pi + 8pi = 20 pi cm²
Se a base é um círculo de raio r, e pi=3,141593..., Volume = A(base).h = pi.r²h = pi.4.3 = 12 pi cm³
então:

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O conceito de cone plano da base e é oblíquo quando não é um cone reto.
Ao lado apresentamos um cone oblíquo.
Considere uma região plana limitada por uma curva
suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais
plano. importantes são os cones retos. Em função das bases,
os cones recebem nomes especiais. Por exemplo, um
Denominamos cone ao sólido formado pela reunião de cone é dito circular se a base é um círculo e é dito
todos os segmentos de reta que têm uma extremidade elíptico se a base é uma região elíptica.
em um ponto P (vértice) e a outra num ponto qualquer
da região. Observações sobre um cone circular reto

Um cone circular reto é denominado cone de


revolução por ser obtido pela rotação (revolução) de
Elementos do cone um triângulo retângulo em torno de um de seus
catetos.
Em um cone, podem ser identificados vários
elementos:

1. Vértice de um cone é o
ponto P, onde
concorrem todos os
segmentos de reta.
2. Base de um cone é a
região plana contida no
interior da curva,
inclusive a própria A seção meridiana do cone circular reto é a interseção
curva. do cone com um plano que contem o eixo do cone. Na
3. Eixo do cone é quando figura ao lado, a seção meridiana é a região triangular
a base do cone é uma limitada pelo triângulo isósceles VAB.
região que possui
centro, o eixo é o segmento de reta que passa Em um cone circular reto, todas as geratrizes são
pelo vértice P e pelo centro da base. congruentes entre si. Se g é a medida da geratriz
4. Geratriz é qualquer segmento que tenha uma então, pelo Teorema de Pitágoras, temos uma relação
extremidade no vértice do cone e a outra na notável no cone: g²=h²+r², que pode ser "vista" na
curva que envolve a base. figura abaixo:
5. Altura é a distância do vértice do cone ao
plano da base.
6. Superfície lateral de um cone é a reunião de
todos os segmentos de reta que tem uma
extremidade em P e a outra na curva que
envolve a base.
7. Superfície do cone é a reunião da superfície
lateral com a base do cone que é o círculo.
8. Seção meridiana de um cone é uma região
triangular obtida pela interseção do cone com A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida
um plano que contem o eixo do mesmo. em função de g (medida da geratriz) e r (raio da base
do cone):
Classificação do cone
A(lateral) = pi.r.g
Ao observar a posição relativa do
eixo em relação à base, os cones A Área total de um cone circular reto pode ser obtida
podem ser classificados como retos em função de g (medida da geratriz) e r (raio da base
ou oblíquos. Um cone é dito reto do cone):
quando o eixo é perpendicular ao

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A(total) = pi.r.g + pi.r² = = pi.r.(g+r) h = 10 R[3] cm

Como V = (1/3)×(A(base).h, então:

Cones Equiláteros V = (1/3) pi.r²h


V = (1/3) pi.10².10 R[3]
Um cone circular reto é um V = (1/3) 1000.R[3].pi cm³
cone equilátero se a sua
seção meridiana é uma Se r=10cm; g=20cm e A(lateral)=pi.r.g,
região triangular equilátera escreveremos:
e neste caso a medida da geratriz é igual à medida do
diâmetro da base. A(lataral) = pi.r.g = pi.10.20 = 200.pi cm²
A(total) = A(lateral) + A(base)
A área da base do cone é dada por: = pi.r.g + pi.r² = pi.r.(r+g)
= pi.10.(10+20) = 300 pi cm²
A(base) = pi r²
2. A hipotenusa de um triângulo retângulo mede
Pelo Teorema de Pitágoras temos que (2r)²=h²+r², logo 2cm e um dos ângulos mede 60 graus.
h²=4r²-r²=3r², assim: Girando-se o triângulo em torno do cateto
menor, obtem-se um cone. Qual é o seu
volume? Como sen(60º)=r/2, segue que:
h=r
R[3]/2 = r/2
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da r = R[3] cm
área da base pela altura, então:
Substituindo os valores de g e de r, na relação
3 g²=h²+r², obtemos
V = (1/3) pi r
h = 1cm
Como a área lateral pode ser obtida por:
V = (1/3).A(base).h = (1/3) pi.r²h
= (1/3).pi.3 = pi cm³
A(lateral) = pi.r.g = pi.r.2r = 2.pi.r²

então a área total será dada por:

A(total) = 3 pi r²

Exercícios resolvidos 3. Os catetos de um triângulo retângulo medem b


e c, e a sua área mede 2m². O cone obtido
Notação: Usaremos a notação R[3] para representar a pela rotação do triângulo em torno do cateto b
raiz quadrada de 3. tem volume 16 pi m³. Obteremos a medida do
cateto c. Como a área do triângulo mede 2m²,
segue que: (1/2)bc=2, o que garante que bc=4.
1. A geratriz de um cone circular reto
Como a área da base é dada por
mede 20 cm e forma um ângulo de
A(base)=pi.r²=pi.c², temos que
60 graus com o plano da base.
Determinar a área lateral, área total e
o volume do cone. V = 16 pi = (1/3) pi c² b
c = 12 m
Como sen(60o)=h/20, então

(1/2) R[3] = h/20

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Considerando a rotação completa de um
semicírculo em torno de um eixo e, a esfera é o sólido
gerado por essa rotação. Assim, ela é limitada por uma
superfície esférica e formada por todos os pontos
pertencentes a essa superfície e ao seu interior.

4. As áreas das bases de um cone circular reto e


de um prisma quadrangular reto são iguais. O
prisma tem altura 12 cm e volume igual ao
dobro do volume do cone. Determinar a altura
do cone.

Se Volume

h(prisma) = 12
O volume da esfera de raio R é dado por:
A(base do prisma) = A(base do cone) = A
V(prisma) = 2×V(cone)

assim:

A×h(prisma) = 2(A h)/3


A 12 = (2/3)A h Partes da esfera
h = 18 cm
5. Anderson colocou uma casquinha de sorvete Superfície esférica
dentro de uma lata cilíndrica de mesma base,
mesmo raio r e mesma altura h da casquinha. A superfície esférica de centro O e raio R é o
Qual é o volume do espaço (vazio) conjunto de pontos do es[aço cuja distância ao ponto
compreendido entre a lata e a casquinha de O é igual ao raio R.
sorvete?
Se considerarmos a rotação completa de uma
V = V(cilindro) - V(cone) semicircunferência em torno de seu diâmetro, a
= A(base).h - (1/3) A(base).h superfície esférica é o resultado dessa rotação.
= pi.r².h - (1/3).pi.r².h
= (2/3) pi.r².h cm³

A área da superfície esférica é dada por:

Esfera

Chamamos de esfera de centro O e raio R o Zona esférica


conjunto de pontos do espaço cuja distância ao centro
é menor ou igual ao raio R. É a parte da esfera gerada do seguinte modo:

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Cunha esférica
A área da zona esférica é dada por:
Parte da esfera que se
obtém ao girar um
semicírculo em torno de seu
eixo de um ângulo
Calota esférica :

É a parte da esfera gerada do seguinte modo:

O volume da cunha pode ser obtido por uma regra


de três simples:

Ä área da calota esférica é dada por:

Números Complexos

Introdução
Fuso esférico
No século XVI o matemático italiano Girolamo
Cardano, com o auxílio de seu compatriota Tartáglia,
O fuso esférico é uma
descobriu uma fórmula para resolver equações
parte da superfície
cúbicas do tipo
esférica que se obtém ao
x3 + px = q.
girar uma semi-
circunferência de um
A fórmula era:
ângulo
em torno de seu eixo:

A área do fuso esférico pode ser obtida por uma


regra de três simples: De posse dessa fórmula, Rafael Bombelli, matemático
italiano e da mesma época de Tartáglia e Cardano, ao
resolver a equação:
x3 – 15x = 4

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x2 + 9 = 0 x2 = – 9 x2 = 9 · (–1)
encontrou: o que Como i2 = –1, temos: x2 = 9i2 x = ± 3i
mostrava que x não deveria ser um número real, pois

No entanto, Bombelli percebeu que o número real x = 2a) Resolva a equação: x2 – 6x + 13 = 0


4 era raiz da equação, pois 43 – 15 · 4 = 4, e isso o
intrigou bastante. Resolução
Continuando suas pesquisas, Bombelli descobriu que:
= b2 – 4ac = (–6)2 – 4 · 1 · 13 = –16 = 16i2

Assim: x = 3 + 2i ou x = 3 – 2i
Portanto, o valor encontrado com o uso da fórmula S = {3 + 2i, 3 – 2i }
passava a ser:
2. Conjunto dos Números Complexos

Com a criação da unidade imaginária i, surgiu um novo


Um valor coerente com as expectativas. conjunto numérico C, o conjunto dos números
complexos, que engloba o conjunto R dos números
A partir desse momento, começou-se a trabalhar com reais.
raízes quadradas de números negativos e, mais tarde, Números Complexos – Introdução
já no século XVIII, o matemático suíço Leonhard Euler
passou a representar por i, convenção que
utilizamos até os dias atuais. Assim, por meio de um diagrama Euler-Venn, temos:

Assim:
que passamos a denominar unidade imaginária.

Normalmente utilizamos a igualdade:

1. Resolução de Algumas Equações

A partir da criação da unidade imaginária i, vamos


resolver algumas equações cuja solução era O surgimento desse novo conjunto numérico foi de
impossível no conjunto universo dos número reais. grande utilidade para a superação de alguns
obstáculos na matemática e, por conseguinte, nas
1a) Resolver a equação: x2 + 9 = 0 aplicações diretamente ligadas a ela.
Resolução Definições

Chamamos de número complexo na forma algébrica,


Como essa é uma equação de segundo grau todo número na forma a + bi, em que a e b são
incompleta, não há necessidade de utilizarmos a números reais e i é unidade imaginária (i2 = –1).
fórmula de Bhaskara.

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Da mesma forma que, quando nos referimos a um


número natural, usamos a letra n para representá-lo, a
letra z será usada para representarmos um número
complexo.

Assim, no número complexo z = a + bi, dizemos que a Substituindo a = 1 na equação –a + b = 3, temos:


é a parte real de z, e b é a parte imaginária de z. –1 + b = 3 b = 4
Assim: a = 1 e b = 4
Representamos: a = Re(z)

b = Im(z) 4. Adição, Subtração e Multiplicação de Números


Complexos
Em particular, temos:
A. Adição
1o) Se Im(z) = 0, dizemos que z é um número real.
Dados os complexos z1 = a + bi e z2 = c + di, com a, b,
Exemplos: – 5 = – 5 + 0i ; + 0i c e d reais, a soma z1 + z2 será um complexo tal que:

2o) Se Re(z) = 0 e Im(z) 0, dizemos que z é um


imaginário puro.
Números Complexos – Introdução
Exemplos: 2i = 0 + 2i ; =0+
Exemplo

Sendo z1 = – 3 + 4i e z2 = 2 – i, calcular z1 + z2
3. Igualdade de Números Complexos
Resolução
Dois números complexos, na forma algébrica, são
iguais quando suas partes reais e imaginárias forem z1 + z2 = (– 3 + 4i) + (2 – i) = (– 3 + 2) + (4 – 1)i
respectivamente iguais. (As partes imaginárias são Assim: z1 + z2 = – 1 + 3i
iguais, quando os coeficientes forem iguais).
B. Subtração
Assim, sendo z1 = a1 + b1i e z2 = a2 + b2i, com a1, b1, a2
e b2 reais, dizemos: Dados os complexos z1 = a + bi e z2 = c + di, com a, b,
c e d reais, a diferença z1 – z2 será um complexo, tal
que:

Exemplo

Calcular a e b de modo que:


Exemplo
(2a – b) + 3i = – 2 + (– a + b)i
Sendo z1 = 5 + 3i e z2 = 3 + 2i, calcular z1 – z2
Resolução
Resolução

z1 – z2 = (5 + 3i) – (3 + 2i) = (5 – 3) + (3 – 2)i


Assim: z1 – z2 = 2 + i

Resolvendo o sistema, temos: C. Multiplicação

Dados os complexos z1 = a + bi e z2 = c + di, com a,


b, c e d reais, o produto z1 · z2 será um complexo, tal
que:

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De fato, usando a propriedade distributiva, temos:


Como a e b são reais, z · R.

Resumo

1. Unidade Imaginária
Como i2 = – 1, temos:
(a + bi) · (c + di) = ac + adi + bci – bd
Agrupando a parte real e a parte imaginária, temos:
z1 · z2 = (ac – bd) + (ad + bc)i
2. Conjunto dos Números Complexos ou Números
Exemplo Imaginários

Sendo z1 = 3 + 2i e z2 = 2 + 4i, calcule z1 · z2

Resolução Números Complexos – Introdução

z1 · z2 = (3 + 2i) · (2 + 4i) 3. Forma Algébrica de Z


z1 · z2 = 3 · 2 + 3 · 4i + 2i · 2 + 2i · 4i
z1 · z2 = 6 + 12i + 4i + 8i2
z1 · z2 = 6 + 12i + 4i – 8
z1 · z2 = – 2 + 16i

Observação – As propriedades da adição, subtração e Parte real Parte imaginária


multiplicação válidas para os números reais continuam x = Re(z) y = Im(z)
válidas para os números complexos.
Observação
D. Conjugado de um Número Complexo

Chamamos de conjugado do número complexo z = a + Se x = 0 e y 0


bi, com a e b reais, o número complexo = a – bi.

Exemplos Se y = 0

1o) z1 = 2 – 3i = 2 + 3i 4. Igualdade entre Números Complexos


2o) z2 = –1 – 4i = –1 + 4i
3o) z3 = –3i = 3i z1 = a + bi e z2 = c + di, se z1 = z2 a=ceb=d
4o) z4 = 2 =2
5. Adição e Subtração de Números Complexos
Propriedade
(a + bi) + (c + di) = (a + c) + (b + d)i
O produto de um número complexo pelo seu (a + bi) – (c + di) = (a – c) + (b – d)i
conjugado é sempre um número real.
6. Multiplicação de Números Complexos

(a + bi) · (c + di) = (ac – bd) + (ad + bc)i

Demonstração 7. Conjugado de um Número Complexo

Sendo z = a + bi e = a – bi (a R e b R) temos:

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Resolução

Propriedade: z · R Se (1 – i) é raiz, temos:

(1 – i)2 + k(1 – i) + t = 0
Exercícios Resolvidos 1 – 2i – 1 + k – ki + t = 0
(k + t) + (–2 – k)i = 0 + 0i
01. Resolva a equação: x4 – 1 = 0

Resolução Logo:

x4 – 1 = 0 (x2 + 1) (x2 – 1) = 0
x2 + 1 = 0 x2 = – 1 x2 = i2 x = i
ou
x2 – 1 = 0 x2 = 1 x = 1 05. (UCMG-MG) O número complexo z, tal que
S = { + i, + 1, – 1, – i} 5z + = 12 + 16i, é igual a:

a) – 2 + 2i d) 2 + 4i
02. Resolva a equação: x2 – 2x + 10 = 0 b) 2 – 3i e) 3 + i
c) 1 + 2i
Resolução
Resolução
2
= (–2) – 4 · 1 · 10 = – 36
Fazendo z = a + bi e = a – bi, temos:
5z + = 12 + 16i
5(a + bi) + a – bi = 12 + 16i
5a + 5bi + a – bi = 12 + 16i

x=1 3i

S = {1 – 3i, 1 + 3i}

03. Se Z = 4 + 2i e W = 3 – 5i, então, calcular:


Logo: z = 2 + 4i
a) Z + W Números Complexos – Divisão e Potências de i
b) Z – W
c) Z · W 1. Revisão
A. Conjugado de um Número Complexo
Resolução
Chamamos de conjugado do número complexo z = a
Z + W = (4 + 2 i) + (3 – 5 i) = 4 + 2 i + 3 – 5 i = + bi, com a e b reais, o número complexo = a – bi.
Z – W = (4 + 2 i) – (3 – 5 i) = 4 + 2 i –3 + 5 i =
Z · W = (4 + 2 i) (3 – 5 i) = 12 – 20 i + 6 i – 10 i 2 = 1o)
12 – 14 i + 10 = 2o)
3o)
04. (FCC-BA) O número complexo 1 – i é raiz da
4o)
equação x2 + kx + t = 0 (k, t R ) se, e somente se:
B. Propriedade
a) k = t = – 2 d) k = 2 e t = – 2
O produto de um número complexo pelo seu
b) k = t = 2 e) k + t = 1
conjugado é sempre um número real.
c) k = –2 e t = 2

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2. Divisão de Números Complexos B. Regra Prática

A. Conceito Dados os complexos z1 = a + bi e z2 = c + di, a, b, c e d


reais e z2 0, para efetuarmos a divisão de z1 por z2,
Dados dois números complexos z1 e z2, com z2 0, basta multiplicarmos o numerador e o denominador da
efetuar a divisão de z1 por z2 é encontrar um terceiro
número complexo z3 tal que z1 = z2 · z3, ou seja:
fração pelo conjugado do denominador .
Números Complexos – Divisão e Potências de i

Assim, temos:
Exemplo

Efetuar a divisão de z1 = 2 – 3i por z2 = 1 + 2i.

Resolução

Devemos encontrar um número complexo z3 = a + bi

tal que . Assim,

= a + bi
Assim:
2 – 3i = (a + bi) · (1 + 2i)

2 – 3i = a + 2ai + bi + 2bi2

2 – 3i = a + 2ai + bi – 2b Exemplo

2 – 3i = (a – 2b) + (2a + b)i Efetuar a divisão de z1 = 2 – 3i por z2 = 1 + 2i

Resolução

Substituindo em a – 2b = 2, temos:

Assim:

3. Potências de i

Então

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Calculemos algumas potências de i com expoente
natural:

i0 = 1
i1 = i
i2 = – 1
i3 = i2 · i = (– 1) · i = – i
i4 = i2 · i2 = (– 1) · (– 1) = 1
i5 = i4 · i = 1 · i = i 2o) Calcular i130
i6 = i4 · i2 = 1 · (– 1) = – 1
i7 = i4 · i3 = 1 · (– i) = – i Resolução

Notamos que, a partir de i4 as potências de i vão


repetindo os quatro primeiros resultados; assim, de um
modo mais geral, com n N, podemos afirmar que:

i4n = (i4)n = 1n = 1 Números Complexos – Divisão e Potências de i


i4n + 1 = i4n · i1 = 1 · i = i
i4n + 2 = i4n · i2 = 1 · (–1) = –1 Resumo
i4n + 3 = i4n · i3 = 1 · (– i) = – i

Esta conclusão sugere-nos o seguinte: 1) Conjugado de um Número Complexo

Propriedade z = a + bi = a – bi

é o conjugado de z.

2) Divisão de Números Complexos

Demonstração
Para efetuarmos a divisão de z1 por z2 (z2 0) basta
multiplicarmos o numerador e o denominador da
fração z1/ z2 pelo conjugado do denominador .

Assim:

im = i4q + r = i4q · ir = (i4)q · ir

im = 1q · ir

Observação
3) Potências de i
Notamos que r {0, 1, 2, 3}, então, com m N, a
potência im é sempre igual a i0 ou i1 ou i2 ou i3, ou seja,
1, i, – 1, – i, respectivamente.

Exemplos

1o) Calcular i359


Exercícios Resolvidos
Resolução

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01. Determine o inverso do número complexo z = 3 – Resposta: m =


2i.

Resolução 03. Calcular: i14 – 3i9 + 2i26

O inverso de z será z–1, tal que z · z–1 = 1, ou seja, Resolução

Assim:
i2 – 3 i1 + 2 i2 = –1 – 3i – 2 = – 3 – 3i

04. Calcular i4n – 2

Resolução

Assim,
Resposta: – 1

Resposta:

02. Determinar m R para que seja um


imaginário puro.

Resolução

Para que z seja imaginário puro, devemos ter:

Re (z) = 0

Assim:

=0 4 + 3m = 0 m=–

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