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3.4.

2 Proteção de sobrecorrente dependente da tensão (ANSI 51V)

A dificuldade do ajuste da proteção de sobrecorrente referida na seção anterior aumenta porque uma compensação
tem que ser feita no ajuste da corrente de falha do gerador com decréscimo da tensão. Para superar a dificuldade de
ajuste, a tensão nos terminais do gerador pode ser medida e usada para modificar dinamicamente os parâmetros de
corrente e tempo da função de sobrecorrente básica para falhas perto do gerador. Existem duas alternativas básicas
para a aplicação da proteção de sobrecorrente com tensão dependente que são discutidas nas seguintes seções. Os
relés de sobrecorrente dependentes da tensão são encontrados freqüentemente aplicados aos geradores usados em
sistemas industriais como uma alternativa à proteção principal diferencial.

3.4.2.1 Proteção de sobrecorrente com tensão controlada

A proteção de tensão controlada tem duas características que são selecionadas de acordo com a medição de tensão
nos terminais do gerador. O limite do ajuste da tensão para substituir a escolha dos elementos é feito da seguinte
maneira:

A – durante sobrecargas, quando a tensão do sistema permanece próximo à normal, a proteção de sobrecorrente deve
ser configurada para atuar acima da carga máxima e do tempo de operação, com característica que impedirá que o
gerador alimente uma falha externa remota por um período superior dos limites definidos pela planta.

B – na ocorrência de uma falha próxima, a tensão de barra irá sofrer uma queda e ficará abaixo da tensão permitida,
devendo, então, ser selecionado o segundo grupo de parâmetros para a proteção. Assim que a função perceber que a
tensão está abaixo do valor estabelecido deve permitir o novo ajuste. A curva característica é mostrada na Figura 1.

Figura 1 - Curva de sobrecorrente com tensão controlada Fonte: NETWORK... ,2002

41 3.4.2.2 Proteção de sobrecorrente com restrição de tensão

A técnica alternativa é variar constantemente o ajuste de disparo da função com a variação da tensão do gerador
dentro de um limite superior e inferior. A tensão é que dita a restrição de operação do elemento de corrente. O efeito é
proporcionar uma proteção dinâmica de acordo com a tensão nos terminais da máquina. Uma curva típica para esta
função é mostrada na Figura 12.

Fonte: NETWORK ,2002


Figura 12 - Curva de sobrecorrente com restrição de tensão 3.5 PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO (ANSI 59)

A atuação da proteção por sobretensão em um gerador pode ocorrer devido à transitórios na rede ou por sobretensão
prolongada na rede. Uma condição contínua da sobretensão não deve ocorrer numa máquina com um regulador de
tensão em operação normal, mas pode ser causada pelas seguintes contingências:

• Defeito no regulador de tensão automático quando a máquina estiver na operação isolada;

• Operação sob o controle manual com a tensão do regulador fora de serviço. Uma variação repentina da carga, em
particular um componente de potência reativa, causará uma mudança substancial na tensão por causa da regulação da
alta tensão, própria de um típico alternador;

• Perda repentina de carga (devido a uma abertura na saída dos alimentadores, deixando o gerador isolado ou
alimentando uma carga muito pequena) pode causar uma ascensão repentina na tensão dos terminais devido ao fluxo
de campo armazenado e/ou exceder os limites de velocidade.

É comum fornecer a proteção de sobretensão, sob a forma de um elemento com tempo de retardo, curva de tempo
inverso ou por tempo definido. O tempo de retardo deve ser suficientemente longo para impedir a operação durante a
ação normal do regulador. Às vezes um elevado ajuste do elemento é fornecido com um tempo definido de atuação
muito curto ou um ajuste instantâneo para fornecer uma rápida abertura em circunstâncias extremas.

3.6 PROTEÇÃO DIRECIONAL DE POTÊNCIA (ANSI 32)

A proteção direcional de potência pode ser dividida em proteção de baixa potência direta ou de potência reversa e
pode ser exigida para que alguns geradores tenham a sua máquina motriz protegida. As partes da máquina motriz
podem não ser projetadas para experimentar um torque reverso, ficando dessa forma, danificadas com a rotação
continuada depois da falha na máquina motriz.

A proteção de baixo fluxo de potência direto é usada freqüentemente como uma função de intertravamento para
permitir a abertura do disjuntor principal em aberturas não urgentes, como exemplo tem-se uma falta à terra do estator
em um gerador com aterramento de alta impedância evitando assim o risco de uma sobrevelocidade.

A proteção de potência reversa é aplicada para prevenir danos nas partes mecânicas em eventos de falha da máquina
motriz e deve ser temporizada para evitar falsas operações com oscilações transitórias de potência que podem
aparecer seguidas da sincronização ou com um distúrbio na transmissão do sistema potência.

43 3.7 PROTEÇÃO DE CARGA DESIQUILIBRADA (ANSI 46)

Uma carga trifásica balanceada produz um campo de reação que é constante e síncrono com o sistema de campo do
rotor. Qualquer condição de carga desequilibrada pode ser resolvida em componentes positivas, negativas ou zero. A
componente positiva da seqüência é semelhante à carga balanceada normal, a componente de seqüência negativa se
diferencia da positiva apenas no resultado da reação do giro do campo, que é oposta e a componente zero não produz
nenhuma reação da armadura principal.

Na componente da seqüência negativa, um fluxo é produzido no sentido contrário a do rotor e por isso induz o dobro da
freqüência de corrente no sistema no campo e no corpo do rotor. Como a corrente resultante é muito alta, o rotor
aquece e o efeito é tão grave que uma única fase pode carregar para a falta o valor de uma corrente trifásica podendo
rapidamente aquecer as ranhuras do rotor. O aquecimento em curto período de tempo é comum durante condições de
falha do sistema, por isso, é preciso limitar o tempo de exposição a uma seqüência negativa no gerador, assumindo
que a dissipação de calor durante tais períodos é insignificante.

Esta proteção é, então, aplicada para impedir o superaquecimento devido às correntes de seqüência negativas. Os
ajustes dos parâmetros desta proteção devem permitir que os níveis de corrente com seqüência negativa permaneçam
abaixo da capacidade nominal, permitindo que a refrigeração tenha efeito quando os níveis de corrente de seqüência
negativa estiverem abaixo da capacidade nominal.

Desta maneira, a proteção também irá responder por faltas de fase a terra e de fasefase onde existe uma corrente de
seqüência negativa suficiente. Para uma correta coordenação entre o relé de seqüência negativa e outros relés abaixo
dele, é necessário o ajuste de um tempo definindo mínimo, entretanto, um tempo máximo de desligamento também
pode ser usado para assegurar a operação no caso em que a corrente de seqüência negativa exceda os limites de
capacidade nominal (IEEE Tutorial, 1995).

4 3.8 PROTEÇÃO DE PERDA DE EXCITAÇÃO (ANSI 40)

A proteção contra perda de excitação tem a finalidade de evitar que o gerador opere com corrente de excitação muito
baixa quando em paralelo com o sistema. A operação com baixa corrente de excitação leva o gerador ao limite de
estabilidade, podendo assim, causar a perda de sincronismo. Para evitar a operação indevida, esta proteção deve ser
temporizada, pois a perda de sincronismo pode ser tolerada por alguns segundos.
Quando um gerador acoplado a uma rede perde sua excitação, ele torna-se dessincronizado em relação à rede. Então,
passa a funcionar em modo assíncrono, numa leve sobrevelocidade, e absorve a potência reativa do sistema. A
corrente reativa consumida pelo gerador pode ter como conseqüência o aquecimento do estator e do rotor, pois a
corrente pode ser elevada e estas partes não foram dimensionadas para operarem desta forma.

Uma falta de perda de excitação que não é detectada no momento certo pode ter grandes conseqüências para o
sistema elétrico por causar, além da perda de um controlador de energia reativa, um grande consumo de reativo no
sistema. Este tipo de condição pode causar uma oscilação na tensão, assim como, desligamentos de linhas caso não
existam fontes suficientes de energia reativa para alimentar a falta.

Como causa da perda de excitação, é possível citar a falha no sistema de excitação, curto-circuito no circuito do rotor
ou abertura do disjuntor de excitação, permanecendo apenas o disjuntor que interliga o gerador ao sistema fechado.

Na ocorrência de perda de excitação com uma potência de saída elevada, a velocidade do rotor pode chegar a
aproximadamente 105% da velocidade nominal fornecendo baixa potência na saída e uma alta corrente reativa de até
2.0 p.u.. Neste caso, a rápida desconexão automática é exigida para proteger os enrolamentos do estator da corrente
excessiva e para proteger o rotor de danos causados por correntes induzidas (IEEE Tutorial, 1995).

45 3.9 PROTEÇÃO DE SOBRE EXCITAÇÃO OU VOLTS POR HERTZ (ANSI 24)

A sobreexcitação de qualquer gerador ou transformador conectado nos terminais de um gerador ocorrerá basicamente
quando a relação tensão por freqüência, expressada em Volts por Hertz (V/Hz) aplicado aos terminais do equipamento
exceda os limites de projeto. As normas ANSI/IEEE estabelecem que para geradores esta relação não deva
ultrapassar a 1,05 pu na base do gerador e para transformadores não deva ultrapassar a 1,05 pu na base do
secundário do transformador quando este conectado com carga nominal e fator de potência de 0,8 ou maior que 1,1
p.u. sem carga.

Quando esta relação de V/Hz é excedida, pode ocorrer à saturação do núcleo magnético do gerador ou do
transformador conectado, induzindo um fluxo de dispersão nos componentes laminados, os quais não são projetados
para transportá-los. O dano pode ocorrer em segundos.

Uma sobretensão excessiva em um gerador ocorrerá quando o nível de campo elétrico excede a capacidade de
isolamento do enrolamento do estator. Para a devida proteção por sobretensão, não se pode confiar integralmente na
proteção de V/Hz. Se a sobretensão é um resultado de um incremento proporcional da freqüência, a função do relé,
V/Hz, irá ignorar o evento devido que a relação volts por hertz não tenha se alterado. É usual que se utilize um relé de
sobretensão para alarmar ou desconectar o gerador do sistema.

Danos podem ocorrer em segundos e, freqüentemente, esta falha ocorre quando o gerador ainda não está conectado a
rede antes da sincronização, operando de forma isolada. A probabilidade de uma sobreexcitação do gerador aumenta
dramaticamente se os operadores preparam manualmente a unidade para a sincronização (IEEE Tutorial, 1995).

3.10 PROTEÇÃO DE SOBRECARGA (ANSI 49)

Em geral o sobre aquecimento é causado por uma sobrecarga ou por falha no sistema de aquecimento da máquina e
pode ser detectado rapidamente. Na prática são embutidos termo acopladores nos enrolamentos do estator e um grupo
suficiente de termo acopladores é distribuído em diferentes partes do estator, garantindo a medição de temperatura ao
longo de toda sua extensão. Outros dispositivos podem ser utilizados também para supervisionar o funcionamento do
sistema de refrigeração da máquina, acusando, imediatamente, com alarmes, a ocorrência de uma falha.

Outra maneira de detectar sobrecargas é com o uso de relés de imagem térmica que utilizam a corrente do estator
para aproximar os efeitos de aquecimento no gerador. A constante térmica de aquecimento da máquina para
aquecimento e resfriamento é representada pelo relé para antecipar os efeitos da carga presente. Quando o relé
detecta que a temperatura excedeu ao valor máximo permitido pelo isolamento da máquina, um comando de abertura
do disjuntor do gerador é executado (ELMORE, 2003).

3.1 PROTEÇÃO CONTRA FALTA DE SINCRONISMO (ANSI 78)

Durante a operação normal do sistema de potência, existirá alguma combinação de operações, faltas ou distúrbio que
poderá causar a perda de sincronismo entre áreas interconectadas. Na condição de perda de sincronismo, é crucial
que estas áreas sejam separadas antes que os geradores se danifiquem ou que uma falha generalizada possa ocorrer.

Quando um gerador perde o sincronismo, o resultado de altos picos de correntes e de operação fora da freqüência
nominal pode causar esforços no enrolamento, torques pulsantes e ressonância mecânica que são potencialmente
perigosas para causar danos para o conjunto de turbina e gerador. Para minimizar a possibilidade de danos, é
recomendado que o gerador seja desconectado imediatamente, preferencialmente no primeiro ciclo da condição de
perda de sincronismo.

Antigamente a impedância característica do sistema era tal que o centro elétrico durante a perda de sincronismo
geralmente ocorria nas linhas de transmissão. Os esquemas de proteção das linhas de transmissão ou os relés de
perda de sincronismo podiam separar os sistemas sem desconectar os geradores. Com a expansão das linhas de
transmissão e do tamanho dos geradores as impedâncias do sistema têm alterado consideravelmente. As impedâncias
de geradores e de transformador elevador têm aumentado enquanto que a impedância do sistema elétrico como um
todo tem diminuído. Como resultado, o centro elétrico de perda de sincronismo ocorre em geradores ou em
transformadores elevadores (IEEE Tutorial, 1995).

47 3.12 PROTEÇÃO DE DISTÂNCIA (ANSI 21)

Quando ocorrem alterações na configuração do sistema elétrico, devido a manobras na rede, o ajuste de atuação da
proteção de sobrecorrente deve ser alterado. Isso é um agravante, pois o sistema está sempre realizando manobras
para garantir a qualidade e continuidade do fornecimento de energia elétrica. O relé de distância opera medindo os
parâmetros característicos da linha a partir de onde esteja instalado, suprindo esta necessidade existente pelo relé de
sobrecorrente.

O relé de distância recebeu este nome, devido à sua filosofia de funcionamento se basear na impedância, admintância
ou reatância vista pelo relé. Como estes parâmetros são proporcionais à distância, formou-se o nome do relé. Na
verdade o relé vê o parâmetro da linha ou sistema e não a distância propriamente dita.

Os relés de distância respondem em relação aos sinais de tensão e corrente expresso como fasores. A relação entre
dois fasores é um número complexo e o relé pode ser projetado para responder ao módulo deste número ou ao próprio
número complexo. É importante lembrar que o conceito de fasor implica em formas de onda de freqüência fundamental
em regime permanente senoidal, enquanto que, imediatamente após a ocorrência de uma falta, as correntes e tensões
de um sistema de potência são ricas em componentes transitórios, com freqüências diferentes da fundamental.

A relação entre a tensão e corrente representa a fração da impedância de seqüência positiva da linha, na qual a falta
ocorre. A relação calculada pode ser comparada com a impedância de seqüência positiva total da zona protegida e, se
for menor, uma saída de disparo é produzida.

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