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!ULA !!
DIREITOS!!!DEVERES!INDIVIDUAIS!!!
COLETIVOS!(PARTE!!!1)
Conceito de Constituição ............................................................................................................... 4
Estrutura das Constituições ........................................................................................................... 4
Aplicabilidade das normas constitucionais ............................................................................... 6
Teoria Geral dos Direitos Fundamentais .................................................................................. 11
1. Direitos do Homem x Direitos Fundamentais x Direitos Humanos: ....................... 11
2. As “gerações” de direitos: ................................................................................................ 12
3. Características dos Direitos Fundamentais: .................................................................. 14
4. Limites aos Direitos Fundamentais: ............................................................................... 17
5. Eficácia Horizontal dos Direitos Fundamentais: ......................................................... 20
6. Os Direitos Fundamentais na Constituição Federal de 1988: .................................... 21
Direitos e Deveres Individuais e Coletivos: Parte I ................................................................ 22
Questões Comentadas .................................................................................................................. 61
Lista de Questões ........................................................................................................................... 68
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ƒ com enorme alegria que damos in’cio hoje ao nosso ÒCurso de Direito
Constitucional p/ PM-ES e CBM-ES (Oficial)Ó, focado na banca AOCP.
Antes de qualquer coisa, pedimos licen•a para nos apresentar:
Como voc• j‡ deve ter percebido, esse curso ser‡ elaborado a 4 m‹os. Eu
(N‡dia) ficarei respons‡vel pelas aulas escritas, enquanto o Ricardo ficar‡
por conta das videoaulas. Tenham certeza: iremos nos esfor•ar bastante para
produzir o melhor e mais completo conteœdo para voc•s.
Dito tudo isso, j‡ podemos partir para a nossa aula 00! Come•aremos nossa
aula apresentando alguns conceitos introdut—rios, que, embora n‹o tenham
sido cobrados expressamente no edital, s‹o importantes para compreender o
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nosso curso. A partir da p‡gina 11, daremos in’cio ao estudo daquilo que
Um grande abra•o,
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Conceito de Constitui•‹o
1
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o
Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 17.
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Coment‡rios:
2
ADI 2.076-AC, Rel. Min. Carlos Velloso, DJU de 23.08.2002.
3
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o
Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 53-55
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4
FERREIRA FILHO, Manoel Gon•alves. Curso de Direito Constitucional, 38» edi•‹o. Editora
Saraiva, S‹o Paulo: 2012, pp. 417-418.
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S‹o normas que est‹o aptas a produzir todos os seus efeitos desde o
momento da promulga•‹o da Constitui•‹o, mas que podem ser restringidas
por parte do Poder Pœblico. Cabe destacar que a atua•‹o do legislador, no caso
das normas de efic‡cia contida, Ž discricion‡ria: ele n‹o precisa editar a lei,
mas poder‡ faz•-lo.
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Coment‡rios:
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3¼, CF/88, que disp›e que a Òlei estadual poder‡ criar, mediante
proposta do Tribunal de Justi•a, a Justi•a Militar estadualÓ.
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Direitos fundamentais, por sua vez, se refere aos direitos da pessoa humana
consagrados, em um determinado momento hist—rico, em um certo Estado.
S‹o direitos constitucionalmente protegidos, ou seja, est‹o positivados em
uma determinada ordem jur’dica.
5
MAZZUOLI, ValŽrio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Pœblico, 4» ed. S‹o Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 750-751.
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2. As Ògera•›esÓ de direitos:
6
CANOTILHO, JosŽ Joaquim Gomes. Direito Constitucional e Teoria da Constitui•‹o, 7»
edi•‹o. Coimbra: Almedina, 2003.
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LIBERDADE
IMPÕEM AO ESTADO O DEVER DE
1a GERAÇÃO
ABSTENÇÃO
DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS
IGUALDADE
2a GERAÇÃO
IMPÕEM AO ESTADO O DEVER DE
ATUAÇÃO
DIREITOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E
CULTURAIS
GERAÇÕES DOS
DIREITOS
FUNDAMENTAIS
FRATERNIDADE
3a GERAÇÃO
DIREITOS DIFUSOS E COLETIVOS
PAULO BONAVIDES: DEMOCRACIA,
INFORMAÇÃO, PLURALISMO
4a GERAÇÃO
NORBERTO BOBBIO: ENGENHARIA
GENÉTICA
5a GERAÇÃO DIREITO À PAZ
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Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
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A teoria externa (teoria relativa), por sua vez, entende que a defini•‹o dos
limites aos direitos fundamentais Ž um processo externo a esses direitos. Em
outras palavras, fatores extr’nsecos ir‹o determinar os limites dos
direito fundamentais, ou seja, o seu nœcleo essencial. ƒ somente sob essa
—tica que se admite a solu•‹o dos conflitos entre direitos fundamentais pelo
ju’zo de pondera•‹o (harmoniza•‹o) e pela aplica•‹o do princ’pio da
proporcionalidade.
Quest‹o muito relevante a ser tratada Ž sobre a teoria dos Òlimites dos
limitesÓ, que incorpora os pressupostos da teoria externa. A pergunta que se
faz Ž a seguinte: a lei pode impor restri•›es aos direitos fundamentais?
A resposta Ž sim. A lei pode impor restri•›es aos direitos fundamentais, mas
h‡ um nœcleo essencial que precisa ser protegido, que n‹o pode ser objeto
de viola•›es. Assim, o grande desafio do exegeta (intŽrprete) e do pr—prio
legislador est‡ em definir o que Ž esse nœcleo essencial, o que dever‡ ser feito
pela aplica•‹o do princ’pio da proporcionalidade, em suas tr•s vertentes
(adequa•‹o, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito).
O Prof. Gilmar Mendes, ao tratar da teoria dos Òlimites dos limitesÓ, afirma
o seguinte:
8
SILVA, Virg’lio Afonso da. O conteœdo essencial dos direitos fundamentais e a efic‡cia
das normas constitucionais. In: Revista de Direito do Estado, volume 4, 2006, pp. 35 Ð 39.
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Por fim, vale ressaltar que os direitos fundamentais tambŽm podem ser
restringidos em situa•›es de crises constitucionais, como na vig•ncia do
estado de s’tio e estado de defesa.11
Coment‡rios:
9
MENDES, Gilmar Ferreira. Direitos Fundamentais e Controle de Constitucionalidade:
Estudos de Direito Constitucional. 3.ed. S‹o Paulo: Saraiva, 2009. P. 41
10
MENDES, Gilmar Ferreira; COELHO, Inoc•ncio M‡rtires; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet.
Curso de Direito Constitucional. P. 319.
11
O estado de defesa e estado de s’tio est‹o previstos nos art. 136 e art. 137, da CF/88.
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Coment‡rios:
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ƒ importante ter aten•‹o para n‹o cair em uma ÒpegadinhaÓ na hora da prova.
Os direitos individuais e coletivos, os direitos sociais, os direitos de
nacionalidade, os direitos pol’ticos e os direitos relacionados ˆ exist•ncia,
organiza•‹o e participa•‹o em partidos pol’ticos s‹o espŽcies do g•nero
Òdireitos fundamentaisÓ.
Coment‡rios:
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Quest‹o errada.
Art. 5¼ Todos s‹o iguais perante a lei, sem distin•‹o de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pa’s a
inviolabilidade do direito ˆ vida, ˆ liberdade, ˆ igualdade, ˆ seguran•a e ˆ
propriedade, nos termos seguintes: (...)
Cabe destacar, ainda, que os direitos fundamentais n‹o t•m como titular
apenas as pessoas f’sicas; as pessoas jur’dicas e atŽ mesmo o pr—prio
Estado s‹o titulares de direitos fundamentais.
12
HC 94.016, Rel. Min. Celso de Mello, j. 16-9-2008, Segunda Turma, DJE de 27-2-2009.
13
RE 33.319/DF, Rel. Min. C‰ndido Motta, DJ> 07.01.1957.
14
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o
Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 106.
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Por fim, cabe destacar que nem mesmo o direito ˆ vida Ž absoluto. A
Constitui•‹o Federal de 1988 admite a pena de morte em caso de guerra
declarada.
15
Pleno STF AgR 223. Rel. Min. Celso de Mello. Decis‹o em 14.04.2008.
16
STF, Pleno, ADPF 54/DF, Rel. Min. Marco AurŽlio, decis‹o 11 e 12.04.2012, Informativo STF
no 661.
17
ADI 3510/DF, Rel. Min. Ayres Britto, DJe: 27.05.2010
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Coment‡rios:
DIREITO À BUSCA PELA FELICIDADE (UNIÕES HOMOAFETIVAS
SÃO ENTIDADES FAMILIARES)
SOBREVIVÊNCIA + EXISTÊNCIA DIGNA
ALCANÇA A VIDA INTRA E EXTRAUTERINA
DIREITO À
VIDA
É RELATIVO
COM A INTERRUPÇÃO DE
GRAVIDEZ DE ANENCÉFALO
COM A PESQUISA COM
É COMPATÍVEL
CÉLULAS‑TRONCO
EMBRIONÁRIAS
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DESTINA‑SE AO
IGUALDADE NA LEI
LEGISLADOR
IGUALDADE
DESTINA‑SE AOS
IGUALDADE PERANTE A LEI
APLICADORES DO
DIREITO
18
MI 58, Rel. p/ o ac. Min. Celso de Mello, j.14-12-1990, DJ de 19-4-1991.
19
RE 597285/RS. Min. Ricardo Lewandowski. Decis‹o: 09.05.2012
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Segundo o STF:
20
STF, Pleno, ADI 3330/DF, Rel. Min. Ayres Britto, j. 03.05.2012.
21
RE 597285/RS. Min. Ricardo Lewandowski. Decis‹o: 09.05.2012
22
RE 523737/MT Ð Rel. Min. Ellen Gracie, DJe: 05.08.2010
23
RE 498.900-AgR, Rel. Min. Carmen Lœcia, j. 23-10-2007, Primeira Turma, DJ de 7-12-2007.
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Coment‡rios:
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Coment‡rios:
Como exemplo de reserva legal absoluta, citamos o art. 37, inciso X, da CF/88,
que disp›e que a remunera•‹o dos servidores pœblicos somente poder‡ ser
fixada ou alterada por lei espec’fica. N‹o h‡, nesse caso, qualquer espa•o para
regulamenta•‹o por ato infralegal; somente a lei pode determinar a disciplina
jur’dica da remunera•‹o dos servidores pœblicos.
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Na reserva legal relativa, por sua vez, apesar de a Constitui•‹o exigir lei
formal, esta permite que a lei fixe apenas par‰metros de atua•‹o para o
—rg‹o administrativo, que poder‡ complement‡-la por ato infralegal,
respeitados os limites estabelecidos pela legisla•‹o.
A doutrina tambŽm afirma que a reserva legal pode ser classificada como
simples ou qualificada.
A reserva legal simples Ž aquela que exige lei formal para dispor sobre
determinada matŽria, mas n‹o especifica qual o conteœdo ou a finalidade
do ato. Haver‡, portanto, maior liberdade para o legislador. Como exemplo,
citamos o art.5¼, inciso VII, da CF/88, segundo o qual ÒŽ assegurada, nos
termos da lei, a assist•ncia religiosa nas entidades civis e militares de
interna•‹o coletivaÓ. Fica bem claro, ao lermos esse dispositivo, que a lei ter‡
ampla liberdade para definir como ser‡ implementada a presta•‹o de
assist•ncia religiosa nas entidades de interna•‹o coletiva.
A reserva legal qualificada, por sua vez, alŽm de exigir lei formal para
dispor sobre determinada matŽria, j‡ define, previamente, o conteœdo da
lei e a finalidade do ato. O melhor exemplo de reserva legal qualificada,
apontado pela doutrina, Ž o art. 5¼, inciso XII, da CF/88, que disp›e que ÒŽ
inviol‡vel o sigilo da correspond•ncia e das comunica•›es telegr‡ficas, de
dados e das comunica•›es telef™nicas, salvo, no œltimo caso, por ordem
judicial, nas hip—teses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investiga•‹o criminal ou instru•‹o processual penalÓ.
Ao ler esse dispositivo, percebe-se que o legislador n‹o ter‡ grande liberdade
de atua•‹o: a Constitui•‹o j‡ prev• que a intercepta•‹o telef™nica somente
ser‡ poss’vel mediante ordem judicial e para a finalidade de realizar
investiga•‹o criminal ou instru•‹o processual penal.
Coment‡rios:
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Por analogia, Ž poss’vel entender que isso tambŽm se aplica ˆqueles que
defendam publicamente a legaliza•‹o do aborto. Assim, a defesa da
24
STF, Inq 1957/ PR, Rel. Min. Carlos Velloso, Informativo STF n¼ 393.
25
ADPF 187, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 15-6-2011, Plen‡rio.
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Por fim, concluindo a an‡lise do inciso IV, Ž importante saber que, tendo como
fundamento a liberdade de express‹o, o STF considerou que a exig•ncia de
diploma de jornalismo e de registro profissional no MinistŽrio do Trabalho
n‹o s‹o condi•›es para o exerc’cio da profiss‹o de jornalista. Nas
palavras de Gilmar Mendes, relator do processo, Òo jornalismo e a liberdade de
express‹o s‹o atividades que est‹o imbricadas por sua pr—pria natureza e n‹o
podem ser pensados e tratados de forma separadaÓ.
DENÚNCIAS ANÔNIMAS: ACOLHIMENTO VEDADO PELO STF
REGRA: NÃO PODEM SER
INCOPORADOS FORMALMENTE AO
PROCESSO
PEÇAS APÓCRIFAS/
ESCRITOS
ANÔNIMOS
DOCUMENTOS
PRODUZIDOS
PELO ACUSADO
EXCEÇÕES
LIBERDADE DE
EXPRESSÃO
DOCUMENTOS
QUE
CONSTITUEM
CORPO DE
DELITO
ʺMARCHA DA MACONHAʺ: É COMPATÍVEL COM A LIBERDADE DE
EXPRESSÃO
DISCURSOS DE ÓDIO VIOLAM A LIBERDADE DE EXPRESSÃO
26
HC 82.424. Rel. Min. Maur’cio Corr•a, DJ 19.03.2004.
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APLICAÇÃO A PESSOAS FÍSICAS E PESSOAS JURÍDICAS
DIREITO DE PROPORCIONAL AO AGRAVO
RESPOSTA
PODE SER ACUMULADO COM INDENIZAÇÃO POR DANO
MATERIAL, MORAL OU À IMAGEM
27
Sœmula STJ n¼ 37: ÒS‹o cumul‡veis as indeniza•›es por dano material e dano moral
oriundos do mesmo fato.
28
O TCU Ž um —rg‹o auxiliar do Poder Legislativo (do Congresso Nacional), cujas principais
fun•›es s‹o acompanhar a execu•‹o do or•amento (dos gastos pœblicos) e julgar as contas
dos respons‡veis por dinheiro ou bens pœblicos. Suas atribui•›es est‹o discriminadas no art.
71 da CF/88, que voc• pode ler, para sanar sua curiosidade. Entretanto, n‹o se preocupe em
aprend•-las agora.
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Coment‡rios:
Coment‡rios:
29
RE 578.562. Rel. Min. Eros Grau. DJe 12.09.2008
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O art. 5¼, inciso VIII, Ž uma norma constitucional de efic‡cia contida. Todos
t•m o direito, afinal, de manifestar livremente sua cren•a religiosa e
convic•›es filos—fica e pol’tica. Essa Ž uma garantia plenamente exercit‡vel,
mas que poder‡ ser restringida pelo legislador.
Explico. Havendo uma obriga•‹o legal a todos imposta, a regra Ž que ela
dever‡ ser cumprida. Entretanto, em raz‹o de imperativos da consci•ncia, Ž
poss’vel que alguŽm deixe de obedec•-la. Nesse caso, h‡ que se perguntar:
existe presta•‹o alternativa fixada em lei?
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Coment‡rios:
O que voc• n‹o pode esquecer sobre esse inciso? ƒ vedada a censura.
Entretanto, a liberdade de express‹o, como qualquer direito fundamental, Ž
relativa. Isso porque Ž limitada por outros direitos protegidos pela Carta
Magna, como a inviolabilidade da privacidade e da intimidade do indiv’duo, por
exemplo.
Coment‡rios:
30
ADI 4.451-MC-REF, Rel. Min. Ayres Britto, Plen‡rio, DJE de 24-8-2012.
31
Rcl 18.566 Ð MC/SP. Rel. Min. Celso de Mello. Julg: 12.09.2014. DJE 17.09.2014.
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ƒ importante que voc• saiba que o STF considera que para que haja
condena•‹o por dano moral, n‹o Ž necess‡rio ofensa ˆ reputa•‹o do
indiv’duo. Assim, a dor e o sofrimento de se perder um membro da fam’lia,
por exemplo, pode ensejar indeniza•‹o por danos morais.
AlŽm disso, com base nesse inciso, o STF entende que n‹o se pode coagir
suposto pai a realizar exame de DNA. Essa medida feriria, tambŽm, outros
direitos humanos, como, por exemplo, a dignidade da pessoa humana e a
intangibilidade do corpo humano. Nesse caso, a paternidade s— poder‡ ser
comprovada mediante outros elementos constantes do processo.
32
MORAES, Alexandre de. Constitui•‹o do Brasil Interpretada e Legisla•‹o
Constitucional, 9» edi•‹o. S‹o Paulo Editora Atlas: 2010, pp. 159.
33
AO 1.390, Rel. Min. Dias Toffoli. DJe 30.08.2011
34
Sœmula 227 STJ - A pessoa jur’dica pode sofrer dano moral.
35
STJ, REsp n¼ 60.033/MG Ð Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar, DJ 27.11.1995
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36
Inq 2589 MS, Min. Marco AurŽlio, j. 02.11.2009, p. 20.11.2009.
37
RE 577785 RJ, Min. Ricardo Lewandowski, j. 20.05.2008, p. 30.05.2008.
38
ADPF 130, DJE de 6-11-2009.
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Ao examinar o caso, o STJ decidiu que s‹o l’citas Òas provas obtidas
por meio de requisi•‹o do MinistŽrio Pœblico de informa•›es
banc‡rias de titularidade de prefeitura municipal para fins de
apurar supostos crimes praticados por agentes pœblicos contra a
Administra•‹o PœblicaÓ. 39
40
MS n¼ 21.729-4/DF, Rel. Min. Francisco Rezek. Julgamento 05.10.1995.
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O STF entende que os dados banc‡rios somente podem ser usados para os
fins da investiga•‹o que lhes deu origem, n‹o sendo poss’vel seu uso
quanto a terceiros estranhos ˆ causa (STF, INq. 923/DF, 18.04.1996).
Coment‡rios:
Coment‡rios:
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PODER JUDICIÁRIO
QUEBRA DO
SIGILO
BANCÁRIO
CPI FEDERAL OU ESTADUAL
CONTAS BANCÁRIAS DA
TITULARIDADE DE ENTES
MINISTÉRIO PÚBLICO
PÚBLICOS
ATENÇÃO: AS AUTORIDADES FISCAIS PODEM REQUISITAR INFORMAÇÕES PROTEGIDAS
POR SIGILO BANCÁRIO A INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS!
41
HC 93.050, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 10-6-2008, Segunda Turma, DJE de 1¼-
8-2008.
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Nesses crimes, exige-se uma pronta resposta das autoridades policiais, que
devem ingressar no domic’lio sem autoriza•‹o judicial. Todavia, essa pr‡tica
pode dar ensejo ao abuso de autoridade, uma vez que um policial pode vir a
ingressar em domic’lio sem que tenha ind’cios relevantes de que um crime
est‡ sendo praticado em seu interior.
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Por œltimo, vale destacar que a doutrina admite que a for•a policial, tendo
ingressado na casa de indiv’duo, durante o dia, com amparo em ordem
judicial, prolongue suas a•›es durante o per’odo noturno.
Coment‡rios:
Coment‡rios:
42
RE 603.616. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento: 05.11.2015.
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QUALQUER COMPARTIMENTO HABITADO
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR
CONCEITO DE CASA: QUALQUER APOSENTO HABITADO DE OCUPAÇÃO
AMPLO
COLETIVA
QUALQUER COMPARTIMENTO PRIVADO NÃO ABERTO
AO PÚBLICO
COM O
CONSENTIMENTO DO
MORADOR
O INGRESSO NA CASA ORDEM JUDICIAL:
PODERÁ OCORRER
DURANTE O DIA
SEM O
CONSENTIMENTO:
FLAGRANTE DELITO,
DESASTRE, OU
PRESTAÇÃO DE SOCORRO:
A QUALQUER HORA
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Com o mesmo argumento, o STF considerou l’cita a prova obtida por policial
a partir da verifica•‹o, no celular de indiv’duo preso em flagrante delito, dos
registros das œltimas liga•›es telef™nicas. A prote•‹o constitucional,
afinal, Ž concedida ˆ comunica•‹o dos dados (e n‹o aos dados em si). 45
43
(HC 70.814. Primeira Turma, Rel. Min. Celso de Mello, DJ de 24/06/1994).
44
STF, RE 418416/SC, Rel. Min. Sepœlveda Pertence, j. 10.05.2006, DJ em 19.12.2006.
45
STF, HC 91.867, Rel. Min. Gilmar Mendes. Julg: 24.04.2012, DJ de 20.09.2012.
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a) ordem judicial
O art. 5¼, inciso XII, como Ž poss’vel verificar, Ž norma de efic‡cia limitada.
ƒ necess‡rio que exista uma lei para que o juiz possa autorizar, nas hip—teses
e na forma por ela estabelecida, a intercepta•‹o das comunica•›es
telef™nicas.46
46
STF, HC n¼ 69.912-0/RS, Rel. Min. Sepœlveda Pertence, DJ. 26.11.1993.
47
STF, HC 106.129, Rel. Min. Dias Toffolli. DJE de 23.11.2010).
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48
STF, HC 83.515/RS. Rel. Min. Nelson Jobim, Informativo STF n¼ 361.
49
STF, HC 78098/SC, Rel. Min. Moreira Alves, j. 01.12.98.
50
HC 96.909/MT, Rel. Min. Ellen Gracie. J.10.12.2009, p. 11.12.2009.
51
STF, Inq 2424, Rel. Min. Cesar Peluso, DJ. 24.08.2007.
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52
STJ, HC 161.053-SP, Rel. Min. Jorge Mussi. 23.04.2010
53
STF,HC 75.338/RJ, Rel. Min. Nelson Jobim, j. 11.03.98, DJ de 25.09.98.
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54
STF, RE 414.426, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 1¼-8-2011, Plen‡rio, DJE de 10-10-
2011.
55
STF, RE 603.583, Rel. Min. Marco AurŽlio, julgamento em 26-10-2011, Plen‡rio, Informativo
646, com repercuss‹o geral.
56
STF, RE 511.961. Rel. Min. Gilmar Mendes. DJe 13.11.2009.
57
STF, RE 413.782, Rel. Min. Marco AurŽlio. DJ 17.03.2005
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58
RE 565.048 / RS, Rel. Min. Marco AurŽlio. Julg: 29.05.2014.
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d) Desnecessidade de autoriza•‹o;
Coment‡rios:
Coment‡rios:
59
ADPF 187, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 15-6-2011, Plen‡rio.
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N‹o h‡ muito a se falar sobre esse inciso: apenas que ninguŽm pode ser
obrigado a se associar (filiar-se a um partido pol’tico, por exemplo) ou a
permanecer associado. Caso cobrado o inciso, isso acontecer‡ em sua
literalidade.
60
STF Ð RE 201819 / RJ Ð 2» Turma Ð Rel». Min». Ellen Gracie Ð DJ 27/10/2006.
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Apresentada essa distin•‹o, cabe-nos afirmar que o art. 5¼, XXI, CF/88, Ž um
caso de representa•‹o processual. As associa•›es poder‹o, desde que
expressamente autorizadas, representar seus filiados judicial e
extrajudicialmente. Em outras palavras, poder‹o atuar em nome de seus
filiados e na defesa dos direitos destes.
Coment‡rios:
61
RE 573.232/SC. Rel. Min. Ricardo Lewandowski. 14.05.2014
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c) Desapropria•‹o confiscat—ria.
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d) O perigo pœblico deve ser iminente, ou seja, deve ser algo que
acontecer‡ em breve. No exemplo dado, o Estado n‹o poderia requisitar
a casa j‡ na esta•‹o da seca baseado na possibilidade de uma enchente
ocorrer v‡rios meses depois.
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Note, tambŽm, a exig•ncia, pela Carta Magna, de lei que defina quais
propriedades rurais poder‹o ser consideradas pequenas e como ser‡
financiado o desenvolvimento das mesmas. Tem-se, aqui, reserva legal.
Com efeito, o art. 5¼, inciso XXVII, disp›e que o direito autoral Ž
transmiss’vel aos herdeiros apenas pelo tempo que a lei fixar. Nesse
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Quest›es Comentadas
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Letra A: errada. A Carta Magna veda o anonimato (art. 5o, IV, CF).
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O gabarito Ž a letra C.
Coment‡rios:
O gabarito Ž a letra D.
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O gabarito Ž a letra C.
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Letra B: errada. A Carta Magna veda a censura ou licen•a (art. 5o, IX, CF).
O gabarito Ž a letra D.
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Coment‡rios:
Coment‡rios:
Segundo o art. 5¼, XXVI, CF/88, Òa pequena propriedade rural, assim definida
em lei, desde que trabalhada pela fam’lia, n‹o ser‡ objeto de penhora para
pagamento de dŽbitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei
sobre os meios de financiar o seu desenvolvimentoÓ. Quest‹o correta.
Coment‡rios:
Coment‡rios:
Coment‡rios:
O gabarito Ž a letra C.
Coment‡rios:
Reza o art. 5o, II, da CF/88 que ninguŽm ser‡ obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa sen‹o em virtude de lei. Quest‹o errada.
12. (AOCP/ EBSERH Ð 2015) Uma vez que o Brasil Ž um pa’s laico,
n‹o Ž assegurada, nos termos da lei, a presta•‹o de assist•ncia
religiosa nas entidades civis e militares de interna•‹o coletiva.
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A viola•‹o domiciliar por ordem judicial s— pode se dar durante o dia (art. 5o,
XI, CF). Quest‹o errada.
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Lista de Quest›es
1. (AOCP/ DESENBAHIA Ð 2017) Acerca dos direitos e deveres
consagrados pelo art. 5¼ da Constitui•‹o Federal de 1988, assinale a
alternativa correta.
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12. (AOCP/ EBSERH Ð 2015) Uma vez que o Brasil Ž um pa’s laico,
n‹o Ž assegurada, nos termos da lei, a presta•‹o de assist•ncia
religiosa nas entidades civis e militares de interna•‹o coletiva.
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Gabarito
1. LETRA C
2. LETRA D
3. LETRA C
4. LETRA D
5. ERRADA
6. ERRADA
7. CORRETA
8. ERRADA
9. ERRADA
10. LETRA C
11. ERRADA
12. ERRADA
13. CORRETA
14. LETRA D
15. ERRADA
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