Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
UPA Nordeste
MEDICAÇÃO EM PRONTO ATENDIMENTO
Elaboração
Carolina Diniz Bolzan de Oliveira
Denise Valadão da Silveira Souza
Davidson Coelho Jácome
Marcela C. M. de Souza
Rosenara Viana Barbosa
Thaís Aparecida Rodrigues de Jesus
Revisão e Aprovação
Denise Valadão da Silveira Souza
Marcela C. M. de Souza
Raquel Felisardo Rosa
Renata Alves Campos
Luciana Márcia Felisberto
Yuri da Silva Figueiredo
2018
PBH - UPA Nordeste 1
MEDICAÇÃO EM PRONTO ATENDIMENTO
Sumário
Medicamentos Gerais--------------------------------------------------------------------- 14
Analgésicos-----------------------------------------------------------------------------------------------------------14
Antibioticoterapia---------------------------------------------------------------------------------------------------15
Insulina-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------19
Hipoglicemiantes Orais--------------------------------------------------------------------------------------------20
Cloreto de Potássio 10%-------------------------------------------------------------------------------------------20
Cloreto de sódio 10%-----------------------------------------------------------------------------------------------21
Octreotida-------------------------------------------------------------------------------------------------------------21
Metoclopramida-----------------------------------------------------------------------------------------------------22
Omeprazol------------------------------------------------------------------------------------------------------------23
Prometazina----------------------------------------------------------------------------------------------------------23
Medicando na Observação----------------------------------------------------------------24
Anticoagulantes Parenterais-------------------------------------------------------------------------------------24
Anticoagulante Oral------------------------------------------------------------------------------------------------25
Cuidados Gerais-----------------------------------------------------------------------------------------------------26
Medicamentos em Pediatria-------------------------------------------------------------29
Uso de Espaçadores------------------------------------------------------------------------------------------------30
Uso de Inalador Pressurizado (Bombinha)--------------------------------------------------------------------33
Segurança do Paciente---------------------------------------------------------------------41
Siglas--------------------------------------------------------------------------------------------43
Referências------------------------------------------------------------------------------------44
Catecolaminas
Muitos pacientes na sala de urgência precisam de medicações como
adrenalina (epinefrina), noradrenalina (norepinefrina), dopamina e
dobutamina, que devem ser administradas em veias de grosso calibre e os
pacientes devem sempre estar monitorizados.
Adrenalina (epinefrina, 1mg/ml – ampola de 1ml) – utilizada em PCR, IV (em
bolus), com intervalo de 2 a 3 minutos entre uma ampola e outra. Também
pode ser administrada por via IM, SC, ou pelo tubo orotraqueal (via menos
frequente, utilizada em pacientes sem acesso venoso – a dose administrada
deve ser dobrada – 2 ampolas – e, após administração, “lavar” o tubo com
3ml de SF0,9%).
Noradrenalina (norepinefrina, 2mg/ml – ampola de 4ml) – utilizada para
estabilização da pressão arterial em casos de hipotensão aguda. Diluição: 05
ampolas em 180 ml de SGI5% - em bomba de infusão. Administrar
preferencialmente em acesso venoso central!
Anti-hipertensivos Venosos
Os medicamentos mais utilizados nas crises hipertensivas são o Nipride
(nitroprussiato de sódio, 50mg de pó liofilizado) e o Tridil (nitroglicerina,
5mg/ml – ampola de 10ml). Ambas são medicações fotossensíveis e devem
ser infundidas protegendo o frasco da luz.
Anticonvulsivantes
Diazepam (5mg/ml – ampola 2ml) – utilizado em pacientes com crise
convulsiva ativa. Administrado EV, em bolus, SEM DILUIÇÃO.
Atentar para o tempo de infusão do diazepam: deve ser administrado
lentamente, entre 3 a 5 minutos, pelo risco de rebaixamento do sensório e
até parada respiratória!
Crise Asmática
Em pacientes com crises asmáticas geralmente é realizada a
micronebulização (berotec – fenoterol, 5mg/ml, solução oral ou inalatória - e
atrovent - ipratrópio, 0,25mg/ml, solução inalatória) em doses de ataque – 3
micronebulizações, uma a cada 20min – e dose de manutenção se for
necessário) e corticóide oral associado ou após 1ª dose de micronebulização
(prednisona 1 a 2mg/Kg/dose – máximo de 40mg/dose). O corticoide venoso
deverá ser administrado em casos de impossibilidade de administração VO
como apresentação de vômitos pelo paciente, dispneia acentuada, torpor,
alteração de consciência e agravamento do quadro (hidrocortisona, 100 e
500mg, pó liofilizado – dose de ataque 10mg/Kg/dose; dose de manutenção
5mg/Kg, EV, de 6/6 horas). Em casos mais graves, sem resposta ao
tratamento inicial, utiliza-se também o sulfato de magnésio (50%, ampola de
10ml) que age como broncodilatador das vias aéreas. Diluição: 04ml de
MgSO4 em 100ml de SF0,9%, infundido EV livre.
Bicarbonato de Sódio
Medicação utilizada em acidose metabólica (o bicarbonato aumenta o pH
sanguíneo, revertendo a acidose). Geralmente utilizado frasco de 8,4%,
250ml, pronto para uso, presente no carrinho de urgência. Infusão deve ser
feita em acesso venoso exclusivo, ou seja, não deve ser administrado junto
com outros medicamentos. Infusão EV de 20 a 30 minutos. Quando a
administração ocorrer em pacientes em parada cardiorrespiratória, a infusão
deverá ser livre (a indicação em PCR se resume a intoxicação por tricíclicos,
hipercalemia e acidose prévia - PCR prolongada).
Medicamentos Gerais
Analgesia
O que temos:
Paracetamol 200mg/ml, gotas;
Antibioticoterapia
Sempre conferir com médico se a primeira dose do antibiótico (ATB) deve ser
iniciada de imediato ou entrar no horário padrão. Caso seja necessário o
início imediato, o médico deverá indicar na prescrição para que a farmácia
libere fora do horário padrão.
Comunicar ao enfermeiro e ao médico alguma descontinuidade no
tratamento.
Respeitar diluições, tempo de infusão e horário de administração para que a
morte bacteriana seja o esperado para uma terapêutica eficaz, evitando
seleção de organismos resistentes.
Você sabia que hoje, segundo dados publicados pela OMS (Organização
Mundial de Saúde) em fevereiro de 2017, 12 famílias de bactérias
necessitam urgentemente de novos antibióticos devido à resistência
medicamentosa, causada pelo uso/indicação inadequada de antibióticos.
Entre elas estão: Acinetobacter baumannii, Pseudomonas aeruginosa,
Staphylococcus aureus,Salmonellae,Haemophilus influenzae.
ATB’s disponíveis:
Ampicilina Sódica (1g, pó liofilizado) - mais comum em pediatria:
administrada por via IM profundo (3ml de SF0,9% ou ABD), ou EV direto
(diluído em 10 ml de SF0,9%, em 15 minutos), ou EV de 15 a 30 minutos,
diluído em 100ml de SF0,9% (40ml em pediatria); 4 x ao dia.
Também pode ser usada em suspeita de endocardite ou infecção do trato
urinário (ITU) resistente.
Insulina
Hipoglicemiantes orais
Temos disponíveis como hipoglicemiantes orais, a Metformina (850 mg,
comprimido) e a Glibenclamida (5 mg, comprimido). São destinados ao
tratamento de diabetes mellitus, quando os níveis de glicose no sangue não
podem ser controlados apenas por dieta, exercício físico e redução de peso.
Medicando na Observação
Anticoagulantes parenterais
Anticoagulante oral
Varfarina (5 mg, comprimido)
É um fármaco indicado para várias condições clínicas com/por alteração da
coagulação sanguínea, como o tromboembolismo venoso (e na sua
prevenção), na prevenção do embolismo sistêmico em pacientes com prótese
ou doença das válvulas cardíacas ou fibrilação atrial e na prevenção do
acidente vascular cerebral, do infarto agudo do miocárdio e da recorrência do
infarto.
Cuidados Gerais
Esteja sempre atento aos sinais e sintomas dos pacientes em
observação antes de administrar os medicamentos prescritos.
Aferir a pressão arterial antes de administrar anti-hipertensivos.
Verificar frequência cardíaca antes da administração de cedilanide
(deslanosídeo).
Atente para hipoglicemia em pacientes diabéticos (sudorese, letargia,
confusão, hiporesponsividade), especialmente aqueles que estão com
dieta suspensa ou baixa ingestão via oral (comunicar enfermeiro e
sinal de desconforto.
Medicação em Pediatria
Uso de Espaçadores
Vias de Administração IM e SC
Segurança do Paciente
Você sabia que existe uma legislação, publicada pelo Ministério da Saúde
(RDC 36, de 25 de julho de 2013), que diz ser obrigatório o cumprimento dos
Protocolos de Segurança do Paciente e a Identificação do Paciente é um
deles?
Esse protocolo define que todos os pacientes devem ser identificados por
meio de pulseiras que contenham pelo menos 2 (dois) identificadores (nome
completo e data de nascimento – padrão UPA Nordeste) e que devemos
checar os mesmos com os pacientes antes da administração de qualquer
medicamento e realização de qualquer procedimento.
Siglas
ATB: antibiótico
ECG: eletrocardiograma
EV ou IV: endovenoso ou intravenoso
GGT: gastrostomia
H/Hs: hora/horas
JJT: jejunostomia
IM: intramuscular
Mg: miligrama
MgSO4: sulfato de magnésio
ML: mililitro
PCR: parada cardiorrespiratória
RDC: resolução da diretoria colegiada
SC: subcutâneo
SF: solução fisiológica
SGI: solução glicosada isotônica
SGH: solução glicosada hipertônica
SNE: sonda nasoentérica
SNG: sonda nasogástrica
UI: unidade
VO: Via oral
Referências
ALVES, F., A. Fisioterapia na disfunção temporomandibular: informações sobre a DTM e o tratamento
fisioterápico. Ago., 2014. Disponível em:<https://fisiodtm.blogspot.com.br/2014/>. Acesso em: set., 2017.
ARAGAO, H. Administração por via subcutânea - SC. Fev., 2015. Disponível em:<http://
enfermagembio.blogspot.com.br/2015/02/administracao-por-via-sc.html>. Acesso em: set., 2017.
DOURADO, G. Como usar o espaçador. Allergo Centro Clínico: mai., 2016. Disponível em:
https://www.allergoclinica.com/single-post/2016/05/18/Como-usar-o-espa%C3%A7ador>. Acesso em:
set., 2017.
GOMES, R., O. Respiração como necessidade de cuidados para clientes em uso de cuff: aposição dos
enfermeiros sobre o saber e o fazer da Enfermagem. Dez., 2013. Disponível
em:<http://www2.unirio.br/unirio/ccbs/ppgenf/arquivos/dissertacoes-arquivo/dissertacoes-2013/rachel-
gomes>. Acesso em: set., 2017.
Micromedex® Healthcare Series [Internet database]. Greenwood Village, Colo: Thomson Healthcare.
Atualizado periodicamente.
Oliveira, G.B. Guia de Medicamentos Injetáveis do Hospital Municipal Odilon Behrens. Belo Horizonte,
2016.
ROCHA, F. AVC, convulsão, infarto com parada cardíaca, o que fazer? Disponível
em:<http://maeterrra.blogspot.com.br/2011/09/avc-convulsao-infarto-com-parada.html>Acesso em: set.,
2017
SAUDEDESCOMPLICADA. Infarto Agudo do miocárdio: sinais e sintomas. Disponível em:
<https://www.google.com.br/imgres?imgurl=http%3A%2F% 2Fwww.saudedescomplicada.com%2Fwp-
content%2Fuploads%2F2016% 2F06%2Finfarto-agudo-do-mioc%25C3%25A1rdio.jpg&imgrefurl=
http%3A%2F%2Fwww.saudedescomplicada.com%2Fclinica-geral%2Finfarto-agudo-do-
miocardio%2F&docid=xUbMSNxcGvPOoM&tbnid=8x2d6-
XH8Kh6mM%3A&vet=10ahUKEwisuprM2Z3WAhXHi5AKHVuCB9EQMwhNKAAwAA..i&w=448&h=252&bih=
613&biw=1366&q=infarto%20agudo%20do%20miocardio&ved=0ahUKEwisuprM2Z3WAhXHi5AKHVuCB9E
QMwhNKAAwAA&iact=mrc&uact=8>. Acesso em: set., 2017.
VIEIRA NETO OM & MOYSÉS NETO M. Distúrbios do equilíbrio hidroeletrolítico. Medicina, Ribeirão Preto
36: 325-337, abr./dez. 2003. Disponível em:<http://revista.fmrp.usp.br/2003/ 36n2e4/
17disturbios_equilibrio_hidroeletrolitico.pdf>. Acesso em: set., 2017.
VILELA, S. Grande quantidade de alarmes falsos emitidos por aparelhos nos hosp itais colocam em
risco paciente e trabalhador. Disponível em:<https://www.plugbr.net/grande-quantidade-de-alarmes-
falsos-emitidos-por-aparelhos-nos-hospitais-colocam-em-risco-paciente-e-trabalhador/>. Acesso em: set.,
2017.