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Amalia Chavane

Crisalda Muinga
Larson Langa
Nelia Mabunda
Vasconcelos Massango

Fundamentos e Processos de Convergência de contabilidade Internacional

Licenciatura Em Gestão De Empresas

Universidade Pedagógica
Escola superior de contabilidade e Gestão
Maputo 2018
Amalia Chavane

Crisalda Muinga

Larson Langa

Nelia Mabunda

Vasconcelos Massango

Fundamentos e Convergência de Contabilidade Internacional

Projecto de pesquisa a ser apresentado no


departamento de contabilidade e gestão sob a
supervisão de Dr. Celso Cunha e feitos de
avaliação na cadeira de ontabilidade Internacional

Universidade Pedagógica

Escola superior de contabilidade e Gestão

Maputo 2018
1. Introdução
A Ciências Contabilística, por se tratar de uma ciência social aplicada, é influenciada
directamente pelo ambiente em que está inserida, sendo assim vários aspecto interferem nas
dinâmicas e processos atrelados as normas contabilísticas de um determinado país, como valores
culturais, tradição histórica, sistemas políticos, económicos e sociais, além do grau de
desenvolvimento económico e financeiro.

Dessa forma, a contabilidade passa a ser uma necessidade, estabelecendo uma ordem e
controlando seus valores e suas grandezas. Nos dias actuais, funções do contabilista não se
restringem meramente ao fiscal, tornando-se, essencial para empresas com informações mais
precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores.
1.1. Objectivos

1.1.1 Objectivo Geral


 Abordar de forma sintética, ,Materias de Contabilidade Internacional

1.1.2 Objectivos Específicos

 Especificar os Fundamentos da contabilidade Internaciona;


 Descrever os processos de Convirgência das normas internacionais;

1.2 Metodologia

A realização de um trabalho científico compreende o estudo sistemático, dos fenómenos da


natureza, dos fenómenos sociais, matemáticos, para se chegar a um conjunto de conclusões
verdadeiras, lógicas, exactas, demonstráveis através da pesquisa e dos testes. Onde teve se como
meio de investigação exclusivo a pesquisa bibliográfica. A revisão bibliográfica, sem dúvida,
uma das fontes mais importantes de pesquisa e constitui etapa prévia a ser feita em um processo
de investigação, seja qual for o problema em questão.
2.Contabilidade Internacional

A contabilidade internacional é uma ciência social aplicada, sendo fortemente influenciada no


ambiente em que actua. Sendo a ‘’linguagem do negocio’’, é utilizada pelos agentes económicos
que buscam informações para avaliação dos riscos e oportunidade.

A contabilidade possui uma história muito antiga, tanto quanto a história do ser humano. Está
directamente ligada às manifestações tanto do homem, quanto as suas necessidades de defesa aos
seus bens, além de eternizar e interpretar os acontecimentos com seu material.

O homem passa a deixar a caça e voltou-se aos acontecimentos da agricultura e do pastoreio,


passa-se a origem da Contabilidade que está ligada a necessidade de registos do comércio.

Para acompanhar suas negociações e possíveis mudanças nos preços e saber os valores em que se
comprava e vendia, regravam-se relatórios e registrava-se tudo que era negociado.

Dessa forma, a contabilidade passa a ser uma necessidade, estabelecendo uma ordem e
controlando seus valores e suas grandezas.

Nos dias actuais, funções do contabilista não se restringem meramente ao fiscal, tornando-se,
essencial para empresas com informações mais precisas possíveis para tomada de decisões e para
atrair investidores.

Com o surgimento da Comunidade Europeia, impactou-se na cultura da contabilidade, chegando


em alguns anos a contabilidade nacional a ficar marcada por acontecimentos importantes, os
quais foram a criação do CPC, entidade autónoma criada pela Resolução CFC nº 1.055/05.
Segundo Bugarim et al. (2009, p. 8-9).

Para alguns o CPC é a abertura da economia para o exterior, o qual proporciona que as entidades
tenham mais acesso a economias com mais
Avanços e com capitais nas bolsas de valores de maior movimento do mundo, além de ficar mais
perto de investidores de outras regiões e localizações diferentes. Segundo Ploger et al. (2009, p.
4-5).

O objectivo dos Pronunciamentos é aplicar basicamente às demonstrações contabilísticas


consolidadas, e garantir que as mesmas demonstrações de uma entidade de acordo com as
Normas Internacionais de Contabilidade emitidas pelo IASB l Accounting Standards Board;
IFRSs - International Financial Reporting Standards, além das comunicações sobre contabilidade
intercessora para circuitos parciais que possuem as demonstrações contabilisticas e que possuem
retalhamentos de qualidade superior e demonstrem o resultado líquido igual ao património
líquido.

2.1Modelos Contabilísticos Internacional

Os modelos contabilísticos internacionais (MCF), consagram a necessidade de existência


padronizados, mas flexíveis, para as demonstrações de resultados, de alterações no capital
próprio caixa.

Conjunto completo de Modelos Internacionais inclui:

 Balanço;
 Demonstração dos Resultados;
 Demonstração das Alterações no Capital Próprio;
 Demonstração de Fluxos de Caixa (método directo);
 Anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adoptadas
e outras divulgações.

Balanço

O Balanço é um quadro alfanumérico que contém informação reportada a determinada data,


acerca dos recursos que a entidade utiliza e da forma como estão a ser financiados pelos titulares
da entidade e por terceiros.
Em relação a este modelo financeiro, o SNC veio introduzir algumas alterações dos quais se
destaca a adopção pelo modelo vertical, ou seja, capital próprio e passivo deixam de estar a
direita do activo, e passa para baixo deste;

Demonstrações dos Resultados

A Demonstração dos Resultados é um quadro alfanumérico que contém informação reportada a


um determinado intervalo de tempo, isto é período de tempo que medeia entre as datas do
Balanço.

Tal como acontece no balanço, também se adoptou para este modelo um formato vertical
(interligado), ou seja, em vez do gastos se encontrarem a esquerda num membro e os resultados
noutro, os gastos vão passar agora a estar situados por debaixo dos rendimentos.

Demonstração das Alterações no Capital Próprio

Este novo modelo é uma inovação introduzida pelo novo sistema contabilístico. Foi criado com o
objectivo de reflectir todas as modificações no Capital Próprio entre dois períodos
contabilísticos, isto é, explicar as alterações ocorridas na expressão monetária e na composição
do Capital Próprio.

É um quadro de dupla entrada onde as linhas são discriminadas em função das razões que
originaram as alterações no capital próprio e nas colunas se listam os itens do capital próprio
constantes do balanço.

Demonstração de Fluxos de Caixa

A Demonstração de Fluxos de Caixa é uma parte integrante dos modelos Financeiras, sendo
mesmo considerada a parte de maior importância, uma vez que:

 Permite a comparabilidade entre empresas;


 Está imune à contabilidade criativa;
 Permite avaliar a capacidade da empresa
Este modelo vem regulado finalidade “…exigir informação acerca das alterações históricas de
caixa e seus equivalentes de uma entidade por meio de uma demonstração de fluxos de
classifique os fluxos de caixa durante o período em operacionais, de investimento e de
financiamento.

Anexo

Este modelo de contabilidade internacional não é propriamente uma novidade uma vez que
apresenta-se com o mesmo espírito da contida no POC, apesar de ostentar novas notas e uma
nova estrutura e sequência das mesmas.

A grande inovação desta demonstração reside na organização e facilidade de obtenção de


informação específica que justifique e ajude na compreensão de qualquer valor que conste do
balanço, demonstração dos resultados, demonstração das alterações no capital próprio e
demonstração de fluxos de caixa. Isto torna-se possível, uma vez que são apresentadas nas
respectivas faces das demonstrações ora referidas, no alinhamento de cada item, o número da
nota do anexo.

2.3Diferenças Internacionais

A Ciências Contabilística, por se tratar de uma ciência social aplicada, é influenciada


directamente pelo ambiente em que está inserida, sendo assim vários aspecto interferem nas
dinâmicas e processos atrelados as normas contabilísticas de um determinado país, como valores
culturais, tradição histórica, sistemas políticos, económicos e sociais, além do grau de
desenvolvimento económico e financeiro, contudo existem dois modelos bastante difundidos
entre diversos países do mundo, que são os modelos: Anglo-Saxão e Europeu Continental.

O Modelo Anglo-Saxão tem como adeptos países como Grã-Bretanha, Estados Unidos,
Austrália, Nova Zelândia e Canadá, já o modelo Europeu Continental é formado por países
como: França, Alemanha, Itália, Japão e Espanha. O primeiro modelo, tem como características,
a existência de uma profissão contabilisicos forte e actuante, sólido mercado de capitais como
fonte de captação de recursos, pouca interferência governamental na definição de práticas
contabilísticos e demonstrações financeiras que buscam atender, em primeiro lugar, os
investidores, já o segundo modelo tem como características uma profissão contabilísticos fraca e
pouco actuante; forte interferência governamental no estabelecimento de padrões contabilísticos,
notadamente a de natureza fiscal; as demonstrações financeiras buscam atender primeiramente
aos credores e ao Governo em vez dos investidores; importância de bancos e de outras
instituições financeiras (inclusive governamentais) em vez de recursos provenientes do mercado
de capitais como fonte de captação pelas empresas.

A principal causa das diferenças internacionais no “Financial Reporting” é a natureza dos


sistemas legais implantados, pois existem duas correntes que retratam está questão, os países não
legalistas (common-law) e os legalistas (code-law). Nos não legalistas, se faz necessário detalhar
as regras a serem aplicadas para todos os casos ou para todas as situações, e também focando o
que deve ser evitado (presume-se que o que não vem a ser proibido, nos legalistas há um elevado
grau de detalhadamente das regras a serem cumpridas, incluindo procedimentos a serem
observados pelas empresas, nesse sentido, há muito menos flexibilidade na preparação e na
apresentação das demonstrações contabilísticos, a ênfase maior é na projecção dos credores da
companhia.

Outro aspecto importante e que interfere directamente no “Financial Reporting” é a forma de


financiamento e captação de recursos pelas empresas, pois em países onde há um forte mercado
de capitais as demonstrações são apresentadas visando atender os interesses dos investidores e
accionistas, já em países onde não há um sistema de mercado de capitais forte, predomina a
captação de recursos, junto a instituições bancárias ou através de fontes governamentais de linhas
de crédito.

2.4Causas das diferenças contabilísticas internacionais

De acordo com Shima (2007), os estudos sobre os factores que influenciam desenvolvimento dos
sistemas contabilístico internacionais começaram por volta do ano de 1960. Já Baker e Barbu
(2007) destacam o pequeno interesse nas pesquisas sobre a harmonização contabilístico
internacional por parte da comunidade académica no período que antecede o ano de 1965. Diante
da importância de se estudar as causas das diferenças internacionais com o intuito de se atingir a
comparabilidade entre os países em âmbito internacional, é notável o crescente número de
pesquisas acerca deste tema após esse período entre 1960 e 1965.

Conforme o estudo de Baker e Barbu (2007), os primeiros factores do ambiente apontados como
explicativos para as diferenças nas práticas contabilístico internacionais foram o factor cultural e
o factor económico. Vários estudos acerca do impacto da cultura foram feitos tendo como base
as estruturas culturais de Hofsted (1980) e Gray (1988).

Para analisar as diferenças entre os países, como por exemplo o de Ding et al. (2005). Em relação
aos factores económicos, outros estudos foram conduzidos (BAKER; BARBU, 2007) e chegou-
se à conclusão que a harmonização das práticas contabilísticas não depende apenas do nível de
regulação dentro de uma economia, mas também depende de factores educação, duração e
tamanho da profissão contabilístico, estágio do desenvolvimento económico, sistema legal,
cultura, história, geografia, linguagem, influência da teoria contabilístico, sistema político, clima
social, religião e acidentes de percurso, nesse mesmo sentido, Choi e Meek (apud SHIMA 2007,
p.6) apontam oito factores do ambiente que influenciam o desenvolvimento do sistema
financeiro e, portanto, podem ser classificados como as causas das diferenças no financial
reporting: principal fonte de financiamento, sistema legal, sistema de tributos, relações políticas
e económicas, inflação, nível de desenvolvimento económico, educação e cultura.

2.5Complexidade da Regulamentação Contabilística

Nos últimos anos a contabilidade tem sido seriamente pressionada para acompanhar a crescente
complexidade dos negócios, nomeadamente dos negócios com instrumentos financeiros
derivados cada vez mais complexos e variados.

Segundo Volker (2002) apesar de a contabilidade procurar emitir normas adequadas e dar
resposta aos novos desenvolvimentos dos mercados financeiros, a rápida globalização destes
mercados com diferentes normativos contabilísticos e diferentes mecanismos de cumprimento
aumenta ainda mais os riscos.

Simultaneamente as pressões sobre a gestão das empresas, para cumprir as expectativas dos
mercados de aumento dos lucros ano após ano, sendo essa a principal medida de sucesso,
conduziram ao comprometimento da produção de informação financeira transparente e
tempestiva. Depois dos escândalos financeiros da Enron, da WorldCom e de outras empresas
cotadas date, enquanto as normas do IASB não são tão pormenorizadas deixando mais espaço
para interpretações na elaboração das demonstrações financeiras.

A crescente complexidade e a dimensão das normas do FASB deram origem a dois problemas:

 As empresas que querem cumprir as normas nem sempre conseguem assegurar-se que
tiveram em consideração todas as questões reguladas;
 As empresas que querem contornar as normas encontram alternativas legais na
regulamentação excessivamente pormenorizada, que procura regular todas as situações
possíveis, mas não consegue (Herz referido por Shortridge e Myring, 2004).

3.Processo de convergência das normas Internacionais de Contabilidade

A Harmonização das Normas Contábeis não é apenas uma questão teórica a ser estudada.
Acredibilidade da informação contábil no cenário mundial pode ser afetada pela falta de
comparabilidade das demonstrações contábeis, o que poderá prejudicar o interesse por
investimentos diretos e indiretos por parte dos investidores estrangeiros. O desejo por uma
contabilidade harmonizada internacionalmente e de alta qualidade não é recente. Todavia,
somente nos últimos anos a pressão pela harmonização tem se tornado mais efetiva.Companhias
transnacionais não são entidades recém estruturadas, mas a aceleração dos negócios num
mercado mundial tem encorajado operações genuinamente internacionais.O órgão que
desempenha um papel de destaque no processo de harmonização das normas contábeis
internacionais é o IASB (International Accounting Standards Board), órgão responsável pela
emissão das IFRS (International Financial Reporting Standards)

3.1Histórico do Processo de Convergência das Normas Internacionais


O debate profissional em torno da harmonização internacional da contabilidade teve origem em
St.Louis, em 1904, durante o “Primeiro Congresso Internacional de Contadores”. O assunto foi
discutido no congresso posterior, realizado a cada cinco anos, no entanto sem nenhum progresso
efetivo.
A questão da harmonização foi retomada no final dos anos 50 por Jacob Kraayenhof, sócio de
uma das maiores empresas de auditoria da Holanda. Este defendia que o AICPA (American
Institute of Certified Public Accountants) deveria coordenar comitês contábeis em várias grandes
nações. O AICPA não respondeu ao desafio. Em 1970, na tentativa de estreitar as diferenças
entre os procedimentos contábeis adotados por cada país, a União Européia tentou, de 1970 a
1980, implementar um programa de harmonização das legislações contábeis. O programa
também não obteve sucesso. Finalmente em 1973 foi criado o IASC (International Accounting
Standards Committee), predecessor do IASB, por órgãos de contabilidade nacionais de diversos
países e sobre o qual falaremos mais tarde.

3.3Razões, Vantagens e Desvantagens


A rapidez com que alguns mercados desenvolvidos estão adotando as normas internacionais
indica claramente que dentro em breve essa será a única saída para os países cujas empresas
desejem captar recursos externos. Até 2005 cerca de 90 países deverão ter suas empresas
divulgando informações financeiras de acordo com as normas internacionais de contabilidade.
Um problema adicional neste cenário é que as empresas com interesse na negociação de títulos
nas Bolsas de Valores ou em outras formas de captação de recursos, além dos mercados
nacionais, acabam incorrendo em custos e consumo de tempo adicional para apresentação das
demonstrações contábeis na linguagem contábil do país fornecedor de capitais. Além disso,
existe o risco do constrangimento com as freqüentes alterações – ou até mesmo, inversão no
resultado das empresas, oriundas da elaboração de um segundo conjunto de demonstrações
contábeis.
Vantagens
 Facilitar análises comparativas de resultados financeiros de empresas nacionais
estrangeiras;
 Ajudar os usuários externos das demonstrações financeiras a avaliar o desempenho das
empresas a nível mundial;
 Redução de tempo e custo relacionado à conversão de demonstrações financeiras de
subsidiárias estrangeiras;
 Muitos países não têm ainda uma normatização contábil adequada. Estes países, além de
harmonizarem suas normas, poderiam organiza-las internamente.
 A Harmonização irá facilitar transações internacionais, política de preços e decisão de
alocação de recursos, além de tornar o mercado de capitais internacional mais eficiente.
 Empresas que precisam de capital externo para crescimento terão vantagem por
apresentar demonstrações financeiras comparáveis.

Desvantagens
 Alguns contadores são extremamente contra quaisquer esforços no sentido de harmonizar
normas contábeis porque acreditam que a harmonização impede o progresso contábil ao
refutar práticas contábeis bem fundamentadas, ou seja, para eles o processo de
harmonização de normas contábeis implica redução de opções de práticas contábeis
apropriadas;
 Ausência de julgamento subjetivo em se tratando de interpretação e divulgação de
eventos econômicos, pois cada entidade possui características próprias;
 Diferentes normas contábeis devem ser derivadas de diferentes conjuntos de postulados
para diferentes sistemas culturais, sociais, legais, políticos e econômicos;
 Na maioria dos países o Governo, na qualidade de arrecadador de impostos, é uma das
principais fontes de regulação da contabilidade;
 Algumas vezes governos locais lançam políticas fiscais provisórias, visando atender a
determinadasituação temporária. Um artigo publicado em 1995 pelos autores Dr.
Fernando Pereira Tostes e Luiz Carlos Gomes de Melo apresenta ainda outras
desvantagens:
 Desafio à soberania nacional;
 Dificilmente padrões internacionais de informações divergentes conseguem conciliar as
diferenças;
 A harmonização desconsidera diferença de costumes comerciais e tradições culturais. Ex:
cheque pré-datado.

3.4Principios e orgãos envolvidos no Processo de Convergência


Dentro do processo de harmonização das normas contábeis, podemos citar alguns órgãos que
muito tem contribuído para seu desenvolvimento. O principal deles é o IASC, responsável pela
emissão das normas internacionais de contabilidade. e é sobre ele que iremos nos focar. Com
relação aos demais, será feita apenas uma rápida apresentação.

3.5Orgões envolvidos no Processo de Convergência


CVM - Comissão de Valores Mobiliários
A CVM tem poderes para disciplinar, criar normas e fiscalizar a atuação dos diversos agentes
integrantes do mercado. Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao
mercado de valores mobiliários. Ressalte-se que não exerce papel fiscalizador em relação a
qualquer informação divulgada pelas companhias, mas preocupa-se com a regularidade e
confiabilidade, por isto normatiza e almeja a sua padronização.

IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes


Em 1971, foi criado o Instituto dos Auditores Independentes, IAIB, atualmente
denominado Ibracon. O Ibracon tem a função de discutir, desenvolver e aprimorar as questões
éticas e técnicas da profissão do auditor e do contador e, ao mesmo tempo, atuar como porta-voz
dessas categorias diante de organismos públicos e privados e da sociedade em geral. Auxiliar na
difusão e na correta interpretação das normas que regem a profissão, possibilitando aos
profissionais conhecê-la e aplicá-la de forma apropriada, também é parte de sua missão.

CFC - Conselho Federal de Contabilidade


O órgão representativo da classe contábil é o Conselho Federal de Contabilidade, CFC, cujas
atribuições são orientar, normatizar e fiscalizar as atividades profissionais do contador.
Destacam-se também organismos governamentais que determinam práticas contábeis para cada
segmento do mercado que regulam, como por exemplo o Banco Central, Bacen, que normatiza
as instituições financeiras; Superintendência de Seguros Privados - Susep, normatiza as
seguradoras; a Secretaria de Previdência Complementar, SPC, normatiza os Fundos de Pensão e
a Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel, normatiza o Setor Elétrico.

Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)


Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a
emissão de Pronunciamentos Técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de
informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora
brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre
em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais". O Comitê de
Pronunciamentos Contábeis (CPC) foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de
objetivos das seguintes entidades:
 ABRASCA;
 APIMEC NACIONAL;
 BOVESPA;
 Conselho Federal de Contabilidade;
 FIPECAFI; e IBRACON.
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) em função das necessidades de: convergência
internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis,
redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital); centralização na
emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem); representação e
processo democráticos na produção dessas informações (produtores da informação
contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).

3.6.Órgãos Norte- Americanos


O FASB (Financial Accounting Standards Board) é o principal órgão de normatização
contabilistica nos Estados Unidos. Iniciou suas atividades em Junho de 1973, com grande apoio
financeiro por parte do Governo dos Estados Unidos, das entidades de classe da profissão
contábil e por grandes empresas. A SEC (Securities and Exchange Commission), a CVM
Americana, endossou o FASB como a única emissora de padrões reconhecidos.
A missão do FASB é estabelecer e melhorar os padrões de contabilidade financeira, promover a
convergência internacional de padrões de Contabilidade, além de contribuir para a educação
contábil e ampliação do nível de entendimento dos contadores, auditores e usuários das
informações financeiras.
O FASB é um órgão de grande importância para a harmonização contabilistica mundial pelo fato
de que as maiores investidoras mundiais são as companhias multinacionais, muitas das quais
americanas, e que adotam os US GAAP (US Generally Accepted Accounting Principles). Além
disso, o Mercado de Capitais americano é um dos maiores do mundo. A base conceitual para os
US-GAAP está incluída nos pronunciamentos conceituais do FASB, denominados SFAC, que
criaram uma espécie de estrutura conceitual básica usada pelo conselho para o estabelecimento
de padrões de contabilidade. Os pronunciamentos emitidos pelo FASB são chamados de FAS
(Financial Accounting Standards) ou SFAS (Statement of Financial Accounting Standards).

Securities and Exchange Commission (SEC)


Securities and Exchange Commission, SEC, uma agência governamental independente,
estabelecida em 1934, é responsável pela regulamentação do comércio de valores mobiliários
nos EUA com o objetivo principal, no campo da contabilidade, de assegurar a total
transparência. O formato e o conteúdo das demonstrações financeiras das companhias abertas
são regulados pela SEC.

3.7.Principais Causas das diferençs entre paises na Emissão de Normas Contabilisticas


A contabilidade, por ser uma ciência social aplicada, é fortemente influenciada pelo ambiente em
que actua. De uma forma geral, valores culturais, tradição histórica, estrutura política, econômica
e social acabam refletindo nas práticas contábeis de uma nação e, conseqüentemente, a evolução
das mesmas pode estar vinculada ao nível de desenvolvimento econômico de cada país.
Usualmente, a contabilidade é considerada a linguagem "dos negócios", ou seja, é onde os
principais agentes econômicos buscam informações (principalmente de natureza econômico-
financeira) sobre a performance empresarial e avaliação de risco para se realizar investimentos.
Nesse sentido, relatórios contábeis sempre são requeridos pelos investidores que desejam
mensurar a conveniência e oportunidade para concretizar seus negócios.
Assim, sua importância ultrapassou as fronteiras, deixando de ter sua utilidade limitada ao
campo doméstico para servir de instrumento de processo decisório em nível internacional,
principalmente no atual cenário de globalização dos mercados Entretanto, essa linguagem não é
homogênea em termos internacionais, pois cada país tem suas práticas contábeis próprias,
significando dizer que o lucro de uma empresa brasileira não seria o mesmo se adotadas práticas
contábeis de outros países, dificultando sua compreensão devido à falta de uniformidade
Classificação dos Sistemas Contabilisticos
A contabilidade, por ser ciência social aplicada, é produto do ambiente em que atua. Como cada
país tem seu próprio ambiente político, social, cultural e econômico (diferente um do outro), e
sendo a contabilidade produto dessa complexa interação, classificar sistemas contábeis nacionais
de uma forma objetiva não é uma tarefa fácil para os pesquisadores. "O número de tentativas que
têm sido feitas para classificar sistemas contábeis nacionais é o mesmo esforço que os biólogos
tentam fazer para classificar fauna e flora", conforme Nobes e Parker (1995).

O Modelo Anglo-Saxão é composto por países como Grã-Bretanha (incluindo Inglaterra, País
de Gales, Irlanda e Escócia), Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos da América, Canadá,
Malásia, Índia, África do Sul e Cingapura, cujas características predominantes são:
 Existência de uma profissão contabilistica forte e atuante;
 Sólido mercado de capitais, como fonte de captação de recursos;
 Pouca interferência governamental na definição de práticas contábeis; e
 As demonstrações financeiras buscam atender, em primeiro lugar, os investidores.
Analisando-se particularmente o caso brasileiro, observa-se, à primeira vista, uma forte
vinculação com o modelo da Europa Continental, caracterizado pela influência governamental na
edição de normas contábeis, a pouca valorização da profissão contabilistica, e, ainda, por ser a
educação na área contábil ainda de qualidade duvidosa, requerendo exames de suficiência e
educação profissional continuada. Entretanto, em termos de financial reporting com a vigência e
os esforços da. CVM para adaptação das normas contabilisticas internacionais, a disseminação
cada vez mais acentuada do ensino da contabilidade baseada na escola norte-americana e a
possível criação de um Comitê de Procedimentos Contabilisticos revelam que mudanças podem
ocorrer no futuro.

3.9.Causas das Diferenças Internacionais


Considerando-se que cada país tem seu conjunto de leis, regras, filosofias, procedimentos,
objetivos (buscam proteger os seus interesses nacionais), é razoável supor que os sistemas
contabilistica de cada país venham a ser impactados por tais medidas, dependendo do seu grau de
influência sobre outros.
Walton (2003) apresenta interessante comparação (até de forma jocosa) para explicar as causas
das diferenças internacionais, ao afirmar: A compreensão de regras internacionais é muito difícil
porque as regras têm diferentes significados: na Alemanha, tudo é proibido a menos que esteja
explicitamente permitido na lei, enquanto que na Inglaterra tudo é permitido a menos que esteja
explicitamente proibido na lei. No Irã, por outro lado, tudo é proibido mesmo que esteja
permitido na lei enquanto que na Itália tudo é permitido, especialmente se é proibido. Como a
contabilidade é usualmente mencionada como linguagem de comunicação, a regra contábil
também pode se enquadrar na comparação de Walton, como, por exemplo, a provisão para
créditos de liquidação duvidosa cuja constituição seria proibida se não explicitamente permitida
na lei (Alemanha) ou cuja constituição é permitida, exceto se não explicitamente proibida na lei
(Inglaterra).

Aqui temos efetivamente um conflito de natureza legal na constituição da provisão para créditos
de liquidação duvidosa. Os principais estudiosos sobre o assunto apresentam diversos aspectos
como causas das diferenças internacionais.

Forma de captação de Recursos pelas Empresas


Outro fator de destaque é a existência de um mercado de capitais sólido e atuante, onde as
empresas podem buscar recursos ou, de outro lado, sua dependência junto ao mercado bancário
ou fonte governamental, seus principais provedores de recursos.
Por que a forma de captação de recursos pelas empresas é relevante para a determinação do tipo
de financial reporting?
Nessa linha de raciocínio, para julgar o que é relevante para o usuário, teríamos que conhecer um
pouco melhor quem é esse usuário para saber que tipos de informações são necessários. E aí que
reside a questão: as informações requeri das por investidores (em ações) são significativamente
diferentes das requeridas pelos credores por empréstimos (seja crédito bancário ou fonte
governamental)? Conseqüentemente, se um país tem características voltadas para financiar suas
empresas com recursos oriundos do mercado acionário, tenderá a apresentar suas demonstrações
contabilisticas contemplando informações que privilegiem seu usuário mais importante, seus
acionistas.
Por outro lado, se um país tem características voltadas para financiar suas empresas com recursos
oriundos do crédito bancário ou fonte governamental, tenderá a privilegiar a apresentação de
suas demonstrações contábeis contemplando informações que favoreçam seu usuário mais
importante, qual seja, o credor bancário ou governamental.

4.O Nivel de influência,credibilidade e status (amadurecimento) da profissão Contabilistica


Nos países onde o mercado de capitais é sólido e atuante, como Canadá, Estados Unidos da
América, Grã-Bretanha, informações financeiras confiáveis e tempestivas têm sido requeridas
pelos seus usuários (investidores em geral).
Órgãos governamentais legalmente autorizados para editar normas contabilisticas. Infelizmente,
a realidade brasileira revela que o "status" da profissão contábil e a capacidade de influenciar (ou
mesmo de editar) a elaboração de normas contábeis estão ainda aquém do esperado.

4.1A Vinculação da legislação Tributária com Contabilidade Societaria


O Fisco tem objetivo específico voltado para tributação do lucro e, conseqüentemente, estabelece
critérios ou percentuais bem definidos para reconhecimento de despesas ou receitas (como, por
exemplo, depreciação de ativo permanente), enquanto os usuários de demonstrações contábeis
têm: propósitos diferentes do Fisco, como, por exemplo, os investidores (querem: avaliar o
retorno de seu investimento), os credores (querem conhecer fluxo de caixa futuros que garantam
a devolução dos empréstimos).

Dessa forma, critérios de reconhecimento e mensuração de ativos para propósitos de


Contabilidade financeira (Financial Reporting) podem ser fortemente impactados por regras
fiscais. Ainda convivemos com inúmeras situações desconfortáveis de legislações ou
regulamentos de natureza tributária determinando regras de como contabilizar transações (como,
por exemplo, o leasing, aqui denominado arrendamento mercantil, já mencionado anteriormente)
ou regras proibindo (ou não admitindo sua dedutibilidade fiscal como despesa e,
conseqüentemente, desincentivando sua contabilização), ou, ainda, regras para classificação (se
um adiantamento para fornecedores, por exemplo, é permanente ou realizável a longo prazo).
Nivel de qualidade de educação na área contabilistica
Saudagaran (2004) apresenta interessante comparação entre os paíse: que têm longa tradição na
área contábil e que contam com elevado padrão de ensino oferecendo, inclusive, alternativas para
seus alunos buscarem programas de mestrado/doutorado ou serem treinados para enfrentar um
mercado de trabalho atraente e bem remunerado. Entretanto, em muitos outros países onde a
qualidade do ensino na área contábil é relativamente fraca, (Contabilidade é confundida com
escrituração fiscal e é tratada mais come uma vocação do que profissão. Além disso, o ensino é
limitado ao nível secundário, não sendo disponível em curso superior (nível universitário) Como
conseqüência, a profissão contábil sofre os efeitos da qualidade de ensino, bem como se sente
incapaz de atrair melhores alunos para integrarem a carreira profissional de contadores, pelo
pouco prestígio perante a sociedade.
A exigência do Exame de Suficiência pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC) para os
bacharéis em ciências contábeis e os graduados no ensino médio de contabilidade também revela
que o nível de ensino estão aquém do que o mercado de trabalho requer para o exercício da
profissão. Finalmente, em nosso entendimento, o ensino de contabilidade tem limitada influência
no financial reporting das empresas, principalmente por três fatores:
1-Poucos cursos notoriamente de excelente qualidade;
2- Poucos docentes com formação acadêmica e titulação adequados; e
3- Regras para o financial reporting estão nas mãos de órgãos governamentais que editam
normas contábeis. A profissão contábil e a academia têm pouca participação ou
capacidade de influir.

4.2.Razões
Razões são apontadas em diversos estudos. No entanto, dada a sua menor importância em termos
de correlação com as causas da diferenças, não serão profundamente abordadas aqui. São elas:
 Estrutura empresarial e tipo de empresas;
 Existência de um arcabouço conceitual teórico e o nível de desenvolvimento da teoria
contábil ou estrutura conceitual básica da contabilidade;
 Acidentes de percurso, invasões, localização geográfica, herança de ser colônia,
linguagem, etc;
 Nível de inflação.
4.3.Exercicios
.
3- (Petrobras-2006/Cesgranrio) Há alguns anos o IASB – International Accounting Standards
Board – (colegiado de padrões contábeis internacionais) vem buscando realizar uma
harmonização nos padrões de contabilidade das nações associadas. Fundamentalmente, o
objetivo dessa harmonização dos padrões contábeis mundiais visa a:
a) Permitir a comparabilidade das informações.
b) Criar um padrão único a ser utilizado por todas as nações.
c) Estabelecer princípios contábeis universais.
d) Estabelecer leis, regras e normas a que todas as nações obedeçam.
e) Padronizar, exclusivamente, a forma de apresentação dos demonstrativos contábeis

2- (Petrobras Distribuidora -2008/Cesgranrio) Um dos fatores que demonstram grandes


diferenças entre os países, em relação aos sistemas contábeis por eles praticados, é a legislação
tributária. Os países em que as demonstrações contábeis (financial reporting) se destinam a
atender tanto a propósitos fiscais como a objetivos específicos de usuários externos são:
a) Grã-Bretanha, Holanda e Suíça.
b) Alemanha, Áustria e França.
c) Suécia, Dinamarca e Islândia.
d) Espanha, Portugal e Austrália.
e) Estados Unidos, Irlanda e Canadá.
5.Conclusão
A contabilidade, por ser ciência social aplicada, é produto do ambiente em que actua. Como cada
país tem seu próprio ambiente político, social, cultural e econômico (diferente um do outro), e
sendo a contabilidade produto dessa complexa interação, classificar sistemas contábeis nacionais
de uma forma objetiva não é uma tarefa fácil para os pesquisadores. "O número de tentativas que
têm sido feitas para classificar sistemas contábeis nacionais é o mesmo esforço que os biólogos
tentam fazer para classificar fauna e flora. Consideramos que cada país tem seu conjunto de leis,
regras, filosofias, procedimentos, objetivos (buscam proteger os seus interesses nacionais), é
razoável supor que os sistemas contabilistica de cada país venham a ser impactados por tais
medidas, dependendo do seu grau de influência sobre outros.
6.Referência bibliográfica
Dos Santos: Fundamentos da Contabilidade Internaciona, Atlas. Primerira edição.
IBRACON. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil Normas Internacionais de
Contabilidade são Paulo, Câmara Brasileira do Livro.
Conteudos
1. Introdução............................................................................................................................................. 4

1.1. Objectivos ..................................................................................................................................... 5


1.1.1 Objectivo Geral ................................................................................................................................ 5
3.Processo de convergência das normas Internacionais de Contabilidade ................................................ 12

3.6.Órgãos Norte- Americanos ........................................................................................................... 16


3.7.Principais Causas das diferençs entre paises na Emissão de Normas Contabilisticas .................. 17
Forma de captação de Recursos pelas Empresas ............................................................................... 19
4.O Nivel de influência,credibilidade e status (amadurecimento) da profissão Contabilistica .......... 20
4.1A Vinculação da legislação Tributária com Contabilidade Societaria ............................................ 20
Nivel de qualidade de educação na área contabilistica ...................................................................... 21
4.2.Razões ........................................................................................................................................... 21
4.3.Exercicios .......................................................................................................................................... 22
5.Conclusão ................................................................................................................................................. 23

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