Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Crisalda Muinga
Larson Langa
Nelia Mabunda
Vasconcelos Massango
Universidade Pedagógica
Escola superior de contabilidade e Gestão
Maputo 2018
Amalia Chavane
Crisalda Muinga
Larson Langa
Nelia Mabunda
Vasconcelos Massango
Universidade Pedagógica
Maputo 2018
1. Introdução
A Ciências Contabilística, por se tratar de uma ciência social aplicada, é influenciada
directamente pelo ambiente em que está inserida, sendo assim vários aspecto interferem nas
dinâmicas e processos atrelados as normas contabilísticas de um determinado país, como valores
culturais, tradição histórica, sistemas políticos, económicos e sociais, além do grau de
desenvolvimento económico e financeiro.
Dessa forma, a contabilidade passa a ser uma necessidade, estabelecendo uma ordem e
controlando seus valores e suas grandezas. Nos dias actuais, funções do contabilista não se
restringem meramente ao fiscal, tornando-se, essencial para empresas com informações mais
precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores.
1.1. Objectivos
1.2 Metodologia
A contabilidade possui uma história muito antiga, tanto quanto a história do ser humano. Está
directamente ligada às manifestações tanto do homem, quanto as suas necessidades de defesa aos
seus bens, além de eternizar e interpretar os acontecimentos com seu material.
Para acompanhar suas negociações e possíveis mudanças nos preços e saber os valores em que se
comprava e vendia, regravam-se relatórios e registrava-se tudo que era negociado.
Dessa forma, a contabilidade passa a ser uma necessidade, estabelecendo uma ordem e
controlando seus valores e suas grandezas.
Nos dias actuais, funções do contabilista não se restringem meramente ao fiscal, tornando-se,
essencial para empresas com informações mais precisas possíveis para tomada de decisões e para
atrair investidores.
Para alguns o CPC é a abertura da economia para o exterior, o qual proporciona que as entidades
tenham mais acesso a economias com mais
Avanços e com capitais nas bolsas de valores de maior movimento do mundo, além de ficar mais
perto de investidores de outras regiões e localizações diferentes. Segundo Ploger et al. (2009, p.
4-5).
Balanço;
Demonstração dos Resultados;
Demonstração das Alterações no Capital Próprio;
Demonstração de Fluxos de Caixa (método directo);
Anexo em que se divulguem as bases de preparação e políticas contabilísticas adoptadas
e outras divulgações.
Balanço
Tal como acontece no balanço, também se adoptou para este modelo um formato vertical
(interligado), ou seja, em vez do gastos se encontrarem a esquerda num membro e os resultados
noutro, os gastos vão passar agora a estar situados por debaixo dos rendimentos.
Este novo modelo é uma inovação introduzida pelo novo sistema contabilístico. Foi criado com o
objectivo de reflectir todas as modificações no Capital Próprio entre dois períodos
contabilísticos, isto é, explicar as alterações ocorridas na expressão monetária e na composição
do Capital Próprio.
É um quadro de dupla entrada onde as linhas são discriminadas em função das razões que
originaram as alterações no capital próprio e nas colunas se listam os itens do capital próprio
constantes do balanço.
A Demonstração de Fluxos de Caixa é uma parte integrante dos modelos Financeiras, sendo
mesmo considerada a parte de maior importância, uma vez que:
Anexo
Este modelo de contabilidade internacional não é propriamente uma novidade uma vez que
apresenta-se com o mesmo espírito da contida no POC, apesar de ostentar novas notas e uma
nova estrutura e sequência das mesmas.
2.3Diferenças Internacionais
O Modelo Anglo-Saxão tem como adeptos países como Grã-Bretanha, Estados Unidos,
Austrália, Nova Zelândia e Canadá, já o modelo Europeu Continental é formado por países
como: França, Alemanha, Itália, Japão e Espanha. O primeiro modelo, tem como características,
a existência de uma profissão contabilisicos forte e actuante, sólido mercado de capitais como
fonte de captação de recursos, pouca interferência governamental na definição de práticas
contabilísticos e demonstrações financeiras que buscam atender, em primeiro lugar, os
investidores, já o segundo modelo tem como características uma profissão contabilísticos fraca e
pouco actuante; forte interferência governamental no estabelecimento de padrões contabilísticos,
notadamente a de natureza fiscal; as demonstrações financeiras buscam atender primeiramente
aos credores e ao Governo em vez dos investidores; importância de bancos e de outras
instituições financeiras (inclusive governamentais) em vez de recursos provenientes do mercado
de capitais como fonte de captação pelas empresas.
De acordo com Shima (2007), os estudos sobre os factores que influenciam desenvolvimento dos
sistemas contabilístico internacionais começaram por volta do ano de 1960. Já Baker e Barbu
(2007) destacam o pequeno interesse nas pesquisas sobre a harmonização contabilístico
internacional por parte da comunidade académica no período que antecede o ano de 1965. Diante
da importância de se estudar as causas das diferenças internacionais com o intuito de se atingir a
comparabilidade entre os países em âmbito internacional, é notável o crescente número de
pesquisas acerca deste tema após esse período entre 1960 e 1965.
Conforme o estudo de Baker e Barbu (2007), os primeiros factores do ambiente apontados como
explicativos para as diferenças nas práticas contabilístico internacionais foram o factor cultural e
o factor económico. Vários estudos acerca do impacto da cultura foram feitos tendo como base
as estruturas culturais de Hofsted (1980) e Gray (1988).
Para analisar as diferenças entre os países, como por exemplo o de Ding et al. (2005). Em relação
aos factores económicos, outros estudos foram conduzidos (BAKER; BARBU, 2007) e chegou-
se à conclusão que a harmonização das práticas contabilísticas não depende apenas do nível de
regulação dentro de uma economia, mas também depende de factores educação, duração e
tamanho da profissão contabilístico, estágio do desenvolvimento económico, sistema legal,
cultura, história, geografia, linguagem, influência da teoria contabilístico, sistema político, clima
social, religião e acidentes de percurso, nesse mesmo sentido, Choi e Meek (apud SHIMA 2007,
p.6) apontam oito factores do ambiente que influenciam o desenvolvimento do sistema
financeiro e, portanto, podem ser classificados como as causas das diferenças no financial
reporting: principal fonte de financiamento, sistema legal, sistema de tributos, relações políticas
e económicas, inflação, nível de desenvolvimento económico, educação e cultura.
Nos últimos anos a contabilidade tem sido seriamente pressionada para acompanhar a crescente
complexidade dos negócios, nomeadamente dos negócios com instrumentos financeiros
derivados cada vez mais complexos e variados.
Segundo Volker (2002) apesar de a contabilidade procurar emitir normas adequadas e dar
resposta aos novos desenvolvimentos dos mercados financeiros, a rápida globalização destes
mercados com diferentes normativos contabilísticos e diferentes mecanismos de cumprimento
aumenta ainda mais os riscos.
Simultaneamente as pressões sobre a gestão das empresas, para cumprir as expectativas dos
mercados de aumento dos lucros ano após ano, sendo essa a principal medida de sucesso,
conduziram ao comprometimento da produção de informação financeira transparente e
tempestiva. Depois dos escândalos financeiros da Enron, da WorldCom e de outras empresas
cotadas date, enquanto as normas do IASB não são tão pormenorizadas deixando mais espaço
para interpretações na elaboração das demonstrações financeiras.
A crescente complexidade e a dimensão das normas do FASB deram origem a dois problemas:
As empresas que querem cumprir as normas nem sempre conseguem assegurar-se que
tiveram em consideração todas as questões reguladas;
As empresas que querem contornar as normas encontram alternativas legais na
regulamentação excessivamente pormenorizada, que procura regular todas as situações
possíveis, mas não consegue (Herz referido por Shortridge e Myring, 2004).
A Harmonização das Normas Contábeis não é apenas uma questão teórica a ser estudada.
Acredibilidade da informação contábil no cenário mundial pode ser afetada pela falta de
comparabilidade das demonstrações contábeis, o que poderá prejudicar o interesse por
investimentos diretos e indiretos por parte dos investidores estrangeiros. O desejo por uma
contabilidade harmonizada internacionalmente e de alta qualidade não é recente. Todavia,
somente nos últimos anos a pressão pela harmonização tem se tornado mais efetiva.Companhias
transnacionais não são entidades recém estruturadas, mas a aceleração dos negócios num
mercado mundial tem encorajado operações genuinamente internacionais.O órgão que
desempenha um papel de destaque no processo de harmonização das normas contábeis
internacionais é o IASB (International Accounting Standards Board), órgão responsável pela
emissão das IFRS (International Financial Reporting Standards)
Desvantagens
Alguns contadores são extremamente contra quaisquer esforços no sentido de harmonizar
normas contábeis porque acreditam que a harmonização impede o progresso contábil ao
refutar práticas contábeis bem fundamentadas, ou seja, para eles o processo de
harmonização de normas contábeis implica redução de opções de práticas contábeis
apropriadas;
Ausência de julgamento subjetivo em se tratando de interpretação e divulgação de
eventos econômicos, pois cada entidade possui características próprias;
Diferentes normas contábeis devem ser derivadas de diferentes conjuntos de postulados
para diferentes sistemas culturais, sociais, legais, políticos e econômicos;
Na maioria dos países o Governo, na qualidade de arrecadador de impostos, é uma das
principais fontes de regulação da contabilidade;
Algumas vezes governos locais lançam políticas fiscais provisórias, visando atender a
determinadasituação temporária. Um artigo publicado em 1995 pelos autores Dr.
Fernando Pereira Tostes e Luiz Carlos Gomes de Melo apresenta ainda outras
desvantagens:
Desafio à soberania nacional;
Dificilmente padrões internacionais de informações divergentes conseguem conciliar as
diferenças;
A harmonização desconsidera diferença de costumes comerciais e tradições culturais. Ex:
cheque pré-datado.
O Modelo Anglo-Saxão é composto por países como Grã-Bretanha (incluindo Inglaterra, País
de Gales, Irlanda e Escócia), Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos da América, Canadá,
Malásia, Índia, África do Sul e Cingapura, cujas características predominantes são:
Existência de uma profissão contabilistica forte e atuante;
Sólido mercado de capitais, como fonte de captação de recursos;
Pouca interferência governamental na definição de práticas contábeis; e
As demonstrações financeiras buscam atender, em primeiro lugar, os investidores.
Analisando-se particularmente o caso brasileiro, observa-se, à primeira vista, uma forte
vinculação com o modelo da Europa Continental, caracterizado pela influência governamental na
edição de normas contábeis, a pouca valorização da profissão contabilistica, e, ainda, por ser a
educação na área contábil ainda de qualidade duvidosa, requerendo exames de suficiência e
educação profissional continuada. Entretanto, em termos de financial reporting com a vigência e
os esforços da. CVM para adaptação das normas contabilisticas internacionais, a disseminação
cada vez mais acentuada do ensino da contabilidade baseada na escola norte-americana e a
possível criação de um Comitê de Procedimentos Contabilisticos revelam que mudanças podem
ocorrer no futuro.
Aqui temos efetivamente um conflito de natureza legal na constituição da provisão para créditos
de liquidação duvidosa. Os principais estudiosos sobre o assunto apresentam diversos aspectos
como causas das diferenças internacionais.
4.2.Razões
Razões são apontadas em diversos estudos. No entanto, dada a sua menor importância em termos
de correlação com as causas da diferenças, não serão profundamente abordadas aqui. São elas:
Estrutura empresarial e tipo de empresas;
Existência de um arcabouço conceitual teórico e o nível de desenvolvimento da teoria
contábil ou estrutura conceitual básica da contabilidade;
Acidentes de percurso, invasões, localização geográfica, herança de ser colônia,
linguagem, etc;
Nível de inflação.
4.3.Exercicios
.
3- (Petrobras-2006/Cesgranrio) Há alguns anos o IASB – International Accounting Standards
Board – (colegiado de padrões contábeis internacionais) vem buscando realizar uma
harmonização nos padrões de contabilidade das nações associadas. Fundamentalmente, o
objetivo dessa harmonização dos padrões contábeis mundiais visa a:
a) Permitir a comparabilidade das informações.
b) Criar um padrão único a ser utilizado por todas as nações.
c) Estabelecer princípios contábeis universais.
d) Estabelecer leis, regras e normas a que todas as nações obedeçam.
e) Padronizar, exclusivamente, a forma de apresentação dos demonstrativos contábeis