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1. O que são taludes?

Talude é um termo genérico, compreendendo qualquer superfície inclinada que limita


um maciço de terra, de rocha ou de ambos. Pode ser natural, caso de encostas ou vertentes,
ou artificial, quando construído pelo homem, caso dos cortes. Os taludes artificiais são declives
de aterros a partir de vários materiais em estrutura conhecida e exibem uma homogeneidade
mais acentuada que os naturais.
Depreende-se da sua definição que na estabilidade dos taludes intervêm
condicionantes relativos à natureza dos materiais constituintes e dos agentes perturbadores,
quer sejam de natureza geológica, antrópica ou geotécnica.
Do ponto de vista teórico, um talude se apresenta como uma massa de solo submetida
a três campos de força distintos: forças devidas ao peso dos materiais, forças devidas ao
escoamento de água e forças devidas à resistência ao cisalhamento.

2. Quais os tipos de taludes?

NATURAIS E ARTIFICIAIS:

Talude natural: é aquele que foi formado naturalmente pela natureza, pela ação
geológica ou pela ação das intempéries (chuva, sol, vento, etc.).

Talude artificial: é aquele que foi construído pelo homem. Encontramos taludes artificiais
nas minas a céu aberto, nas barragens de reservatório de água, nas laterais de estradas e
ruas, na escavação de uma vala para assentamento de tubo de água e até nos fundos das
casas construídas em local em aclive (terreno subindo) ou declive (terreno descendo).

3. Quais os tipos de escorregamento de um talude?

 Escorregamento devido à inclinação


Estes escorregamentos ocorrem sempre que a inclinação do talude excede aquela
imposta pela resistência ao cisalhamento do maciço e nas condições de presença de água. A
prática tem indicado, para taludes de corte de até 8m de altura, constituídos por solos, a
inclinação de 1V:1H como a mais generalizável.

 Escorregamento por descontinuidades

O contato solo-rocha constitui, em geral, uma zona de transição entre esses materiais.
Quando ocorre um contraste de resistência acentuado entre eles, com inclinação forte
e, principalmente, na presença de água, a zona de contato pode condicionar a instabilidade do
talude. As descontinuidades geológicas, presentes nos maciços rochosos e em solos de
alteração, constituem também planos ao longo dos quais pode haver escorregamento, desde
que a orientação desses planos seja em sentido à rodovia.

 Escorregamentos por percolação de água

Os escorregamentos, devidos à percolação d’ água são ocorrências que se registram


durante períodos de chuva quando há elevação do nível do lençol freático ou, apenas, por
saturação das camadas superficiais de solo. Quando os taludes interceptam o lençol freático,
a manifestação, eventual, da erosão interna pode contribuir para a sua instabilização.

 Escorregamento em aterro

O projeto de um aterro implica na consideração das características do material com o


qual vai ser construído, como também das condições de sua fundação. Quando construídos
sobre rochas resistentes, os aterros se mostram, em geral, estáveis por longo tempo.

 Escorregamentos em massas coluviais


Massas coluviais constituem corpos em condições de estabilidade tão precárias que
pequenos cortes, e mesmo pequenos aterros, são suficientes para aumentar os movimentos
de rastejo, cujas velocidades são ainda mais aceleradas, quando saturados, na época das
chuvas.

 Queda e rolamento de blocos

A queda e rolamento de blocos é frequente em cortes em rocha, onde o fraturamento


do maciço é desfavorável à estabilidade; em taludes com matacões, por descalçamento; em
taludes com camadas sedimentares de diferentes resistências à erosão e à desagregação
superficial. Em qualquer situação, a consequência pode ser a obstrução da rodovia, parcial ou
totalmente.

4. Quais as causas para a instabilidade de um talude?

 Causas externas – ações externas que alteram o estado de tensão atuante sobre
o maciço resultando num acréscimo de tensões cisalhantes que igualando ou superando a
resistência ao cisalhamento, levam à ruptura. Podem ocorrer devido ao aumento da inclinação
do talude, deposições de material ao longo da crista do talude, efeitos sísmicos, cortes no pé
do talude, etc.;
 Causas internas – ações internas que atuam reduzindo a resistência ao
cisalhamento, sem alterar visualmente a geometria do maciço. Podem ocorrer devido ao
intemperismo/decomposição, erosão interna, ciclagem do poro pressão, decréscimo da
coesão, etc.;
 Causas intermediárias – ações que podem ocorrer na fundação do maciço devido
à elevação ou rebaixamento do lençol freático, elevações do artesianismo, empuxo hidrostático
da água preenchendo fendas verticais, liquefação espontânea, etc.
5. Quais os métodos para aumento da estabilidade de talude?

 Tratamento Superficial: É uma medida apenas preventiva com a finalidade de


evitar a perda do material do talude através de erosões ou da excessiva infiltração de água no
solo. Para evitar que isso ocorra, pode ser feito o recobrimento do talude com vegetação
rasteira, com telas ou até mesmo com argamassa ou concreto jateado.
 Solo Reforçado: Consiste na introdução de elementos resistentes no solo do
talude a fim de aumentar a resistência do mesmo. Diversos materiais podem ser utilizados
nesse reforço, como: terra armada, geossintéticos ou materiais alternativos.
 Terra Armada: Nesse tipo de reforço é utilizado tiras metálicas com tratamento
especial anti-corrosão. As tiras são presas em blocos de concreto que protegem a sua face
para evitar um deslocamento excessivo do solo.
 Materiais alternativos: A utilização de materiais alternativos é realizada desde
que o material possua uma resistência maior que a do solo. Esses materiais são importantes,
pois vários possuem baixo custo e são ecologicamente viáveis, entre eles estão os pneus e
bambus.
 Solo Grampeado: Esse método consiste na inserção de barras metálicas no
talude, podendo estas serem revestidas ou não. Para sua execução, primeiramente deve ser
feita a perfuração do maciço, seguida da introdução da barra metálica e o seu preenchimento
com nata de cimento. A face do talude pode ser preenchida com argamassa ou cimento
jateado.

 Muros de Arrimo: São nada mais do que paredes construídas para conter
grandes massas de terra. Podem ser de diversos tipos e possuir diferentes formas de
funcionar.
 Cortina Atirantada: É composta por uma parede de concreto armado na qual o
talude é perfurado e nesses furos são inseridas barras metálicas - tirantes. Dentro dessas
barras é introduzida a nata de cimento a alta pressão. Após a cura da nata de cimento os
tirantes são protendidos aumentando a sua resistência.
 Drenagem: A água é um elemento que pode ocasionar diversos efeitos sobre um
solo ou rocha. Portanto, a sua drenagem é de extrema importância.

6. O que é empuxo?

Entende-se por empuxo de terra a ação horizontal produzida por um maciço de solo
sobre as obras com ele em contato. A determinação do valor do empuxo de terra é fundamental
para a análise e o projeto de obras como muros de arrimo, cortinas de estacas-prancha,
construção de subsolos, encontro de pontes, etc. O valor do empuxo de terra, assim como a
distribuição de tensões ao longo do elemento de contenção, depende da interação solo-
elemento estrutural durante todas as fases da obra. O empuxo atuando sobre o elemento
estrutural provoca deslocamentos horizontais que, por sua vez, alteram o valor e a distribuição
do empuxo, ao longo das fases construtivas da obra.

7. Em quais casos as teorias de Coulomb Rankine obtêm bons resultados?

A teoria clássica de Rankine para o cálculo de empuxos de solo é válida para:


 Muros de contenção de grande altura,
 Com tardoz vertical liso (despreza a resistência ao cisalhamento (atrito e adesão)
no contato solo-muro),
 Suportando retroaterro com superfície horizontal.

Com estas condições, as tensões principais (σ1 e σ3) existentes em um elemento de


solo próximo ao tardoz do muro estão sempre atuando nas direções vertical e horizontal. A
teoria de Rankine é válida, portanto, quando toda a massa de solo no retroaterro encontra-se
em um estado de equilíbrio plástico.
Outro aspecto importante a ser ressaltado é que a teoria de Rankine despreza a
ocorrência de resistência ao cisalhamento (atrito e adesão) no contato solo-muro. Esta
simplificação pode levar a valores significativamente maiores de empuxo ativo. Neste caso,
porém, o erro da teoria é favorável a segurança do muro, apesar de antieconômico.
A teoria de Rankine pode ser estendida para o caso de retroaterro com superfície
inclinada de um ângulo β com a horizontal. Neste caso, a tensão efetiva do solo sobre o muro
pode ainda ser admitida com distribuição triangular, porém atuando com direção β, paralela à
superfície do retroaterro.

8. Quais os tipos de empuxo?

Os empuxos de Terra podem ser ativos, passivos ou em repouso.


O empuxo ativo ocorre quando a estrutura de contenção é gradualmente empurrada
pelo maciço de solo, onde diminui a tensão horizontal efetiva e ocorre a ruptura do solo. De
forma simplificada, o empuxo ativo é a força que o solo exerce sobre uma estrutura para
derruba-la.
No empuxo passivo, por sua vez, quando a estrutura é empurrada para o maciço ocorre
o aumento da tensão horizontal efetiva até que se atinja o equilíbrio plástico, e por fim a ruptura.
Empuxo no repouso é a condição em que o plano de contenção não se movimenta
Consideramos, neste tipo de empuxo, um equilíbrio perfeito em que a massa de solo se
mantem absolutamente estável, sem nenhuma deformação na estrutura do solo, isto é, está
num equilíbrio elástico.

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