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AEVSF – Autarquia Educacional do Vale do São Francisco

FACAPE – Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina


Curso de Ciência da Computação

LABORATÓRIO DE CIRCUITOS DIGITAIS


Prof. Sérgio F. Ribeiro

PREPARAÇÃO 02: Famílias Lógicas

1. Objetivos
- definição de famílias de circuitos lógicos digitais.
- métrica de parâmetros de componentes TTL e CMOS.
- construção de portas lógicas através de componentes discretos.

2. Família de circuitos lógicos digitais


O transistor é um componente de circuito elétrico, cujo nome vem do termo transfer resistor, ou
seja, resistor de transferência. Tornou-se popular nos anos de 1950, sendo o grande responsável
pela revolução da eletrônica. Uma de suas principais funções é a de amplificar e chavear os sinais
elétricos.
Com a evolução da tecnologia e a invenção do transistor, procurou-se padronizar os sinais elétricos
correspondentes aos níveis lógicos. Esta padronização favoreceu o surgimento das famílias de
componentes digitais com características bastante distintas.
As famílias lógicas diferem basicamente pelo componente principal utilizado por cada uma em seus
circuitos. Existem inúmeras famílias que possuem características únicas, podemos citar como
algumas famílias existentes:
 RTL - Lógica resistor-transistor (obsoleta)
 DTL - Lógica diodo-transistor (obsoleta)
 TTL - Lógica transistor-transistor (mais popular)
 ECL - Lógica emissor-acoplado
 MOS - Metal Oxide Semiconductor
 NMOS - Lógica MOSFETs de canal-n
 CMOS - Lógica MOSFETs Complementares
Entretanto, nosso objetivo aqui é analisar o funcionamento de três famílias em particular: família
RTL, TTL (Transistor-Transistor Logic) e CMOS. O estudo da família RTL é só por uma questão
didática, pois já é uma família obsoleta. E o estudo das outras duas é por serem as mais utilizadas
atualmente.
Na sequência, iremos analisar os parâmetros típicos de cada família, verificar como é o
funcionamento destas famílias e verificar se é possível promover a interconexão entre elas.

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2.1. Família RTL (Resistor-Transistor Logic) e DTL (Diode-transistor Logic)
2.1.1. O transistor como chave eletrônica na família RTL
O transistor opera em três modos diferentes. O primeiro é o funcionamento de corte, que consiste
em fazer o transistor atuar como uma chave aberta, impedindo a circulação de corrente
internamente. O segundo consiste no funcionamento do transistor como amplificador, que consiste
na amplificação de um sinal injetado na entrada. O terceiro é fazer o transistor atuar no estado de
saturação, onde o transistor funciona eletricamente como uma chave fechada, circulando corrente
por ele. Se considerarmos somente a primeira e a terceira forma de funcionamento, verificamos
que o transistor pode facilmente substituir uma chave, tornando possível a representação de um
circuito lógico simples.
Uma vantagem importante é que o transistor poderá operar com a tensão ou nível lógico produzido
por uma outra função e não necessariamente por uma pessoa que acione uma chave. Assim, as
funções lógicas implementadas com transistores têm a vantagem de poderem ser interligadas umas
nas outras, pois o sinal que aparece na saída de cada uma pode ser usado como entrada para outra.
Abaixo podemos ver um exemplo simples da utilização de um transistor para obter uma porta
inversora.

Figura 1. Representação de uma porta inversora na família RTL


Aplicando um nível alto (5V) na base do transistor, o mesmo conduz até o ponto de saturar,
fazendo a tensão no seu coletor cair a zero. Por outro lado, na ausência de tensão na sua base, que
corresponde ao nível zero de entrada, o transistor se mantém cortado e a tensão no seu coletor se
mantém alta, o que corresponde ao nível alto. Tomando este entendimento como base, podemos
conseguir outras portas lógicas simples através da combinação de transistores e resistores, como
indicado nas figuras seguintes.

Figura 2. Representação de uma porta NÃO-E na família RTL

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Figura 3. Representação de uma porta NÃO-OU na família RTL
Isso significa que a elaboração de um circuito lógico digital capaz de realizar operações complexas
usando transistores é algo que pode ser conseguido com relativa facilidade.

2.1.2. Usando a família DTL


Uma família que pode ter bastante uso na prática é a DTL (lógica diodo-transistor). Sua principal
vantagem é a facilidade de construção em situações onde não se justifica o uso de um circuito
integrado. Por exemplo, caso seja preciso usar uma porta E de três entradas podemos optar pelo
seguinte circuito:

Figura 4. Composição de uma porta E DTL


Onde a saída S será 1 se, somente se, todas as entradas forem 1. Também é possível construir uma
porta OU, conforme apresentado a seguir:

Figura 5. Composição de uma porta OU DTL


Utilizando estas simples portas com diodos e ainda uma inversora com transistor é possível resolver
facilmente alguns problemas de lógica no circuito. Vale ressaltar, porém, que ao optar por um
circuito mais simples deixamos de lado vantagens como padronização, velocidade,
interconectividade, etc.

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2.1.3. Melhorando o desempenho
Entretanto, utilizar estes circuitos transistorizados que corresponde a uma maneira não padrão
pode trazer dificuldades na criação de sistemas lógicos mais complexos, isto porque os circuitos RTL
e DTL não permitem implementar a alta complexidade de circuitos com várias funções lógicas, além
de não haver um padrão de funcionamento para cada circuito (circuitos operando com a mesma
tensão de alimentação). Para solucionar estes problemas, foi desenvolvida a tecnologia dos
circuitos integrados, colocando-se diversos componentes já interligados dentro de um invólucro
plástico, permitindo o uso de várias funções lógicas simultâneas, em maior quantidade e
alimentadas com a mesma tensão de alimentação. Assim, foi possível diminuir o tamanho dos
projetos, pois foi criada uma série de circuitos integrados que continham numa única pastilha as
funções lógicas digitais mais usadas.
Estas séries de circuitos integrados formaram então as Famílias Lógicas, a partir das quais os
projetistas tiveram facilidade em encontrar todos os blocos para montar seus equipamentos
digitais. Então conforme a figura abaixo, cada CI (Circuito Integrado) continha uma quantidade de
portas lógicas de um mesmo tipo.

Figura 6. Circuito integrado contendo quatro portas NÃO-E


Assim, ao montar um circuito que usasse três portas E, o projetista teria disponíveis componentes
compatíveis entre si contendo estas funções e de tal forma que poderiam ser interligadas das
maneiras desejadas e num espaço físico mínimo. O sucesso do advento dessa tecnologia foi
enorme, pois além do menor tamanho dos circuitos havia menor consumo de energia.
Apesar de a família RTL ser uma precursora da tecnologia digital, hoje não é mais utilizada devido às
limitações impostas por ela, que já foram citadas. Agora, nos limitaremos a estudar as duas famílias
em maior destaque hoje, a família TTL.

2.2. Família TTL


Esta família é facilmente reconhecida durante o seu uso nos projetos principalmente pelo fato de
ter duas séries que começam pelos números 54 para o uso militar e 74 para o uso comercial. Assim,
aàasso iaçãoàdeà ual ue à o po e teà ueà o e eàpeloà ú e oà 74 à àfa íliaàTTLàfi aàevide te.àáà
característica mais importante desta família está no fato de que ela trabalha com uma tensão de
alimentação de 5 V. Assim, para os componentes desta família, o nível lógico zero é sempre a
ausência de tensão ou 0 V, enquanto que o nível lógico um é sempre uma tensão de +5 V. Para os
níveis lógicos serem reconhecidos, eles devem estar dentro de faixas bem definidas, pois na família
TTL há uma faixa chamada faixa de ruído. Uma porta TTL reconhecerá como nível zero as tensões

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que estiverem entre 0 e 0,8 V e como nível um as que estiverem numa outra faixa, entre 2,4 e 5 V.
Entre essas duas faixas existe uma região indefinida que deve ser evitada.
À medida que novas tecnologias foram sendo desenvolvidas, foi possível a integração de uma
grande quantidade de componentes surgindo as seguintes classificações para os graus de
integração dos circuitos digitais:
 SSI (Small Scale Integration ou Integração em Pequena Escala): corresponde a série normal
dos primeiros TTL que contém de 1 a 12 portas lógicas num circuito integrado.
 MSI (Medium Scale Integration ou Integração de Média Escala): contém, num único
circuito integrado, de 13 a 99 portas ou funções lógicas.
 LSI (Large Scale Integration ou Integração em Grande Escala): corresponde a circuitos
integrados contendo de 100 a 999 portas ou funções lógicas.
 VLSI (Very Large Scale Integration ou Integração em Escala Muito Grande): corresponde
aos circuitos integrados com mais de 1000 portas ou funções lógicas.
Em circuitos eletrônicos, o acréscimo de potência não envolve somente maiores correntes mas
também maior consumo de energia e uma dissipação maior de calor. E também afeta diretamente
as capacitâncias parasitas que existem nas junções dos semicondutores sendo carregadas e
descarregadas mais rapidamente.
Estas capacitâncias parasitas não são introduzidas deliberadamente no circuito, mas são os
resultados inevitáveis das dimensões e geometria do circuito.

2.2.1. Algumas características da família TTL


I. Correntes de entrada:
Quando uma entrada de uma função lógica TTL está no nível 0, uma corrente da base para o
emissor do transistor multi-emissor presente dentro do CI TTL é da ordem de 1,6 mA. Esta corrente
deve ser levada em conta no projeto, pois, ela deve ser suprida pelo circuito que excitará a porta.
Quando a entrada de uma porta lógica TTL está no nível alto, flui uma corrente no sentido oposto
daào de àdeà40àμá.àEstaà o e teàvaià i ula àseàa tensão de entrada estiver com um valor superior
a 2,0 V. Estas correntes também são conhecidas pelas suas nomenclaturas abaixo:
IIH (mínimo) – Corrente de entrada correspondente ao nível lógico alto. Valor da corrente que
circula na entrada de um circuito digital, quando um nível lógico alto é aplicado em tal entrada.
Note que os valores de IIL são negativos, pois se convencionou que a corrente que entra na porta
tem sinal positivo; Estando a entrada em 0, a corrente sai da porta, portanto o sinal '-' denota o
sentido contrário.
IIL (máximo) – Corrente de entrada correspondente ao nível lógico baixo. Valor da corrente que
circula na entrada de um circuito digital, quando um nível lógico baixo é aplicado em tal entrada.

II. Correntes de saída:


Quando temos a saída de um circuito TTL indo ao nível zero (baixo), flui uma corrente da ordem de
16mA. Isso mostra que uma saída TTL no nível zero pode drenar de uma carga qualquer ligada a ela
uma corrente máxima de 16mA. Por outro lado, quando a saída de uma função TTL está no nível 1
(alto), ela pode fornecer uma corrente xi aà deà 400μá.à Vejaà e tão que podemos obter uma
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capacidade muito maior de excitação de saída de uma porta TTL quando ela é levada ao nível zero
do que ao nível 1. Isso justifica o fato de que em muitas funções indicadoras, em que ligamos um
LED na saída, fazemos com que ele seja aceso quando a saída vai ao nível zero (e, portanto, a
corrente é maior) e não ao nível 1.

Figura 7. Diferenças entre correntes de saída de uma porta lógica TTL


As correntes de saída podem ser nomeadas como:
IOH (mínimo) – Corrente de saída correspondente ao nível lógico alto. Valor da corrente que circula
na saída de um circuito digital, quando um nível lógico alto é gerado em tal circuito, respeitadas as
limitações para carregamento da saída.
IOL (máximo) – Corrente de saída correspondente ao nível lógico baixo. Valor da corrente que
circula na saída de um circuito digital, quando um nível lógico baixo é gerado em tal circuito,
respeitadas as limitações para carregamento da saída. Novamente deve ser observado que o
sentido positivo é o de saída, portanto IOH é dado em valores positivos e IOL é dado em valores
negativos (corrente entra na porta).

III. Capacidade de saída (Fan-Out):


A fonte de um sinal digital aplicado à entrada de uma porta deve ser capaz de estabelecer naquela
entrada uma tensão correspondente a um ou outro nível lógico (zero ou um). Em qualquer um dos
níveis a fonte deve satisfazer os requisitos de corrente da porta acionada, ou seja, fornecer o nível
mínimo de corrente e tensão. Como a saída de uma porta lógica é usada como fonte para a entrada
de outra porta, é necessário conhecer a capacidade de acionamento de uma porta, isto é,
precisamos saber quantas entradas de portas a serem acionadas podemos ligar à saída de uma
porta acionadora. Este parâmetro é fornecido nos manuais dos componentes, geralmente com o
nome de FAN-OUT. No caso TTL, desde que cada porta acione portas da mesma série, a capacidade
de saída é de dez para portas das séries 74 ou 54 padrão e de alta potência e para as séries de baixa
potência o limite é de vinte. Quando uma porta lógica aciona portas de outras séries, é necessário
verificar a literatura do fabricante para determinar a necessidade de corrente de entrada, a
disponibilidade de corrente de saída e ter certeza de que não há carga excessiva para a saída de
uma porta.

IV. Tensões de entrada e saída:


A família TTL opera com uma tensão de alimentação de 5V, todas as tensões em um sistema TTL
estão no intervalo de 0 a 5V. Para a série 54/74, o fabricante garante que, mesmo que uma porta

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esteja carregada até sua capacidade máxima de saída, a tensão de saída baixa não sobe acima de
0,4 V e a tensão de saída de nível lógico alto não desce abaixo de 2,4 V. O fabricante também
garante que uma tensão igual ou menor que 0,8V sempre será interpretada por uma porta que está
sendo acionada como correspondendo a tensão baixa (nível lógico zero) e que uma tensão de
entrada maior que 2V sempre será interpretada como tensão alta (nível lógico um). As duas tensões
de saída e as duas tensões de entrada são representadas pelos símbolos VOH, VOL, VIH e VIL e são
definidas como:
VOH: A tensão de saída mínima que uma porta fornece quando sua saída estiver no nível alto.
VOL: A tensão de saída máxima que uma porta fornece quando sua saída estiver no nível baixo.
VIH: A tensão mínima que pode ser aplicada à entrada de uma porta e reconhecida como nível alto.
VIL: A tensão máxima que pode ser aplicada à entrada de uma porta e reconhecida como nível
baixo.
Para as séries 54 ou 74, estas tensões são as especificadas abaixo. Quando a tensão de entrada VI
estiver no intervalo de 0 a 0,8V ou no intervalo acima de 2,0 Volts, a saída VO é constante e vale 2,4
ou 0,4 Volts, respectivamente. Para VI no intervalo de 0,8 a 2,0 Volts, a saída varia de seu nível alto
de 2,4V até seu nível baixo de 0,4V.

Figura 8. Níveis de tensão TTL para entrada e saída

V. Tri-State
Tri-state, traduzindo do inglês, corresponde ao terceiro estado. Esta é uma configuração
encontrada em alguns integrados TTL. Quando duas (ou mais) portas tiverem suas saídas
conectadas, deve ocorrer que se uma porta estiver enviando seus níveis lógicos, a outra porta deve
estar numa situação em que na sua saída não tenhamos nem zero e nem um, então ela deve ficar
num estado de circuito desligado, circuito aberto ou terceiro estado.
Issoàéà o seguidoàat avésàdeàu aàe t adaàdeà o t oleàde o i adaà ha ilitação àouà e a le àse doà
abreviada correntemente por EN. Assim, quando EN estiver em zero, o transistor da porta lógica
não conduz e nada acontece no circuito que funciona normalmente. No entanto, se EN for levada
ao nível um, o transistor satura, levando ao corte, ou seja, os dois passam a se comportar como
circuitos abertos, independentemente dos sinais de entrada. Na saída teremos então um estado de
alta impedância.

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Figura 9. Configuração externa simplificada de uma porta inversora tri-state
As funções tri-state são muito usadas nos circuitos de computadores denominados barramentos de
dadosàouà dataà us , onde diversos circuitos devem aplicar seus sinais ao mesmo ponto ou devem
dividir a mesma linha de transferência desses dados. O circuito que está funcionando deve estar
habilitado e os que não estão funcionando, devem ser levados sempre ao terceiro estado.

Figura 10. Ligação de duas portas lógicas ao mesmo barramento


Em virtude da possibilidade da saída assumir um terceiro estado de alta impedância, foi
desenvolvido um tipo de porta muito útil, chamada buffer tri-state. Em eletrônica digital, um buffer
é um componente sem função lógica, isto é, apresenta na saída exatamente o mesmo sinal da
entrada. Quando este buffer é tri-state, a entrada de controle EN comanda se o sinal na entrada
deve ser apresentado na saída ou não.

Figura 11. Buffer tri-state

Tabela 1. Tabela-verdade do buffer tri-state


A EN S
X 0 alta impedância
0 1 0
1 1 1

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PRÉ-RELATÓRIO

Obs: o pré-relatório deve ser respondido a mão, de caneta azul, e deve ser apresentado ao professor da
disciplina no início da aula prática.

1) Qual é a nomenclatura utilizada para classificar os circuitos integrados?

2) De que componentes discretos podem ser formadas as portas lógicas TTL?

3) Quais são as principais métricas de tensão e corrente medidos em uma porta lógica?

4) Quais são as faixas de tensão típicas para a família TTL?

5) Quais são os parâmetro de Fan-out da família TTL?

6) Quais os três modos de operação de um transistor? Diferencie.

7) Represente o esquemático de uma porta E na família RTL.

8) Defina IIH, IIL, IOH e IOL, VIH, VIL, VOH e VOL em circuitos TTL.

9) Defina a função tri-state. Cite uma aplicação.

10) Defina um buffer tri-state.

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