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Introdução :
Caminhos da Semiótica literária
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linguagens, no quadro de uma teoria de vocação científica. A vas do mundo”,7 escreve Roland Barthes, abrindo sua “In-
gemióticaJé em grande parte, em seus princípios estratuiaLe. trodu ção à aná lise estrutural da narrativa ” em 1966. O pri-
^ meiro comentá rio da Morfologia do conto russo de Vladi-
i de inspira çã o. hjelmslevianajTodavia, longe de permanecer on
num puro formalismo - apreendendo o sentido através de (• mir Propp, obra que tanto influenciou o surgimento da teo-
suas descontinuidades e centrando-se na-^ n á lise das estrutu- ria narrativa e, mais amplamente, da narratologia, foi publi-
ras enunciadas independentemente .do suieito do discurso
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cado em 1960 por um antropólogo, C. Lévi-Strauss.8 Mais
èla foi progressivamente integrando em seu desenvolvimento !
que os objetos partilhados,, no entanto, é uma filiação me-
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j as^pesquisasem lingu ísticadaenuft a çãQyilustradasprinci- todológica oriunda de Mareei Mauss qué fundamenta o
palmente pelos trabalhos de E. BenvenisteAA concepção se - parentesco entre a antropologia e a semiótica. Esta prolon -
miótica do discurso, visto como uma interação entre produ- gará e sistematizará o que fora anteriormente constatado
ção (por um sujeito enunciador ) e pieensão (ou interpreta- por aquela a respeito do primado das relações estruturais
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ção, por um outro sujeito enunciador ), foi pouco a pouco se ! sobre a realidade empírica dos objetos. A propósito do En -
aproximando dgLrealidade da linguagem em ato, procurando saio sobre a dádiva , texto importante em que Mauss estuda
apreende£ entidp eni siia dimen^-rnntíMIA p estreitando o problema da reciprocidade na circula ção social dos valo-
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cada vez mais 0 estatuto e a identidade de seu sujeito ( orien-


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res e dos bens, Lévi-Strauss escreve: “ pela primeira vez na
tação ilustrada sobretudo pelos trabalhos de J.-C. Coquet) . histó ria do pensamento etnológico, foi feito um esforç o
Com a antropologia cultural a yypintinj divide para transcender a observação empírica e alcan çar realida-
uma parte de seus objetos e de sua problemá tica . Se ela des mais profundas. Pela primeira vez o social [...] torna-se 1

n ã o se interessa em primeirojugar pela atividade singular um sistema , entre cujas partes podemos pois descobrir co-
do sujeito falante, é porque\ investiga mais os usos culturais nexões, equival ê ncias e solidariedades ”.9 G, Dum ézil expli-
do discurso que modelam o exerc ício da palavra individual: ca por sua vez, com termos surpreendentemente seme-
rituais, há bitos, motivos sedimentados na pr áxis coletiva lhantes, em Mythe et é popée, sua descoberta essencial da
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das linguagens/ Essa ligaçã o entre as duas disciplinas se ma- i
caracter ística comurn das religiões indo-européias, na 1
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nifesta particularmente no estudo das leis que regem a for- l \

ma mais amplamente transcultural áos discurso / a da nar-


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rativa na maneira como ela modela e organiza o imaginá-
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rio humano (da narrativa mítica ao conto popular e deste
^ l\ BARTHES, Roland. A aventura semiológica. Tradução de Maria de
Santa Cruz. Lisboa: Ed . 70, [198-]. p. 95.
8. LÉVI-STRAUSS, C. A estrutura e a forma . Reflexões sobre uma obra
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ao texto literá rio ). “E imposs ível enumerar todas as narrati- de Vladimir Propp. In: . Antropologia estrutural dois. Tradu çã o de
Maria do Carmo Pandolfo'et al. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976 .
cap. VIII, p. 121-51. ri

6. BENVENISTE, É mile. Problemas de linguística gerai Tradu ção de 9. Id ., Introdu çã o à obra de Mareei Mauss. In: MAUSS, M. Sociologia
Maria da Gló ria Novak e L. Neri. Sã o Paulo: Nacional/EDUSP, 1976. e antropologia. Tradu çã o de Lamberto Puccinelli. Sã o Paulo: EPU,
Id .y Problemas de linguística geral II . Traduçã o de E. Guimarães et al. 1974. v. 1, p. 21. Ver també m, de Lévi-Strauss, Antropologia estrutural e
Campinas: Pontes, 1989. Antropologia.estrutural dois, referência constante de vá rios semioticistas!
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