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EExperimental , Parte II
ÍNDICE
1) Introdução
2) Trabalhos práticos
O caderno de laboratório
É necessário ter um caderno de laboratório para cada grupo (equipa) de trabalho durante as
experiencias, para registrar os resultados obtidos. A capa deve conter: o curso, turma, número
do grupo e nomes dos alunos que formqan o grupo. No inicio de cada trabalho deve ser
registrado no caderno a data, o titulo da experiencia a realizar bem como toda a informação
necessária auxiliar.
Os dados devem ser registrados no caderno de laboratório no tempo da sua observação.
Nem memoria nem pedaços de papel devem ser usados – copiar duma folha para
outra normalmente introduz erros. O experimentalista deve ter presente o seu caderno de
laboratório quando está em acção! Quando está, de facto, em acção, deve considera os
seguintes pontos:
O relatório
A escritura dum relatório completo sobre a experiencia realizada é uma parte importante
da aprendizagem do estudante sobre a construção do conhecimento científico. Será feito un
relatório por cada prática e por cada grupo. Quando fazam estes relatorios eles devem
obedecer ao esquema seguinte:
a) A capa debe conter o curso, turma, número do grupo, nome dos autores e título da prática
a) Temas programáticos:
Medições de grandezas eléctricas, como intensidade de corrente, tensão e
resistência
Erros das medições
Aplicações do multímetro para medir correntes, tensões e resistências elétricas
Medição de temperatura utilizando um termopar
b) Objectivo:
Conhecer um circuito elétrico básico com fonte de tensão e resistência
Medir a intensidade de corrente, tensão elétrico e resistência utilizando um
multímetro
Medir a temperatura de corpos utilizando um termopar
d) Conhecimentos necessários:
Lei de Ohm, definições de corrente eléctrica, tensão eléctrica, resistência, princípio de um
termopar
f) Teoria
Grandezas básicas da electricidade
Carga eléctrica:
A cada partícula pode ser atribuída uma carga eléctrica. Assim a carga eléctrica é um atributo
da matéria parecido como a massa. Ao contrário da massa, a carga eléctrica pode ser positiva,
negativa ou nula. A carga menor é a carga do electrão, e a unidade da carga eléctrica é o
coulomb (C).
A carga do electrão é uma constante fundamental da física: e = 1,602 ·10-19C.
Cargas q1 e q2 do mesmo sinal provocam forças repulsivas, cargas com sinal diferente
provocam forças atractivas:
Num circuito, U chama-se comummente tensão eléctrica ou voltagem e é também costume nos
Intensidade de corrente:
A aplicação de uma tensão entre dois pontos de um condutor eléctrico, por exemplo, um
metal, provoca um movimento de carga eléctrica. Dice-se que tem-se produzido uma
corrente eléctrica. Quando a carga Q passa numa secção transversal de um condutor
durante o tempo t, flui uma corrente de intensidade
Q
I (2)
t
A unidade da intensidade de corrente é [ I ] = A = ampere. Nos met ais, as cargas que
se movem são os electrôes (cargas neg ativas), mas uma carga negativa que
se move num sent ido é equivalente a uma carga potiva do mesmo valor
modular movendo -se em sentido contrário. Por convenção, o sentido en que se
movem as cargas positivas é tomado como o sentido posit ivo da corrent e.
Resistência eléctrica:
Quando U é a tensão entre os dois extremos de um condutor em que passa uma corrente de
intensidade I, o respectivo quociente destas duas grandezas é chamado resistência eléctrica
U
R (3). A unidade de R é [R] = Ω = Ohm.
I
Para muitos metais R é constante e independente da intensidade de corrente (grande intervalo
das intensidades).
R I
U
O Multímetro Digital
Um multímetro pode ser utilizado para medir várias grandezas da electricidade, como:
Tensão (constante e alternada)
Guia de Trabalhos Práticos de Física Experimental II
EExperimental
Intensidade de corrente (constante e alternada), Parte II
Resistência
Capacidade
Indutância
Temperatura
Guia de Trabalhos Práticos de Física Experimental II
EExperimental , Parte II
A parte principal de cada multímetro é um voltímetro. Como mostra a figura c, a parte
voltímetro contém um gerador de uma tensão que aumenta linearmente com o tempo (forma
“dente de serra”), um oscilador, que produz uma tensão periódica com frequência definida, um
comparador, um contador e um ecrã que indica o resultado da medição. Assim o sinal da
tensão para medir é comparado com a tensão do gerador. Durante o aumento da tensão do
gerador em cada unidade de tempo, definido pelo oscilador, o contador é aumentado de um.
Quando a tensão do gerador é igual à tensão a medir, o oscilador pára e o conteúdo do
contador aparece no ecrã como resultado da medição.
Comparador Gerador
Ecrã
Contador
Figura d: Divisão da
tensão a medir para
aumentar a faixa de
medição
Lembramos que
• Resolução: Cota menor, que pode ser medida com um instrumento, ou a diferença
menor entre dois valores que ainda podem ser distinguidos com o
instrumento.
• Incerteza: Parâmetro associado ao resultado da medição, que caracteriza a dispersão
dos valores que podem ser razoavelmente atribuídos à grandeza medida.
• Erro: Diferença algébrica entre o resultado da medição e o valor verdadeiro da
medida.
• Erro relativo: Quociente do erro da medição pelo valor verdadeiro da medida.
A parte Amperímetro utiliza a parte Voltímetro para determinar a tensão caída sobre uma
resistência interna (shunt) aplicando a lei de Ohm. As características da parte Amperímetro do
nosso Multímetro são listadas na tabela 2.
Gerador
Voltímetro
de
corrente Digital
Guia de Trabalhos Práticos de Física Experimental II
EExperimental , Parte II
Medição da temperatura
Por tanto, electrões do metal com densidade mais alta vão difundir no metal de densidade dos
electrões mais baixa. Forma-se assim uma zona da carga positiva e uma zona de carga
negativa perto do contacto. Existirá, então, uma diferença de potencial ou tensão eléctrica (ou
voltagem) nos extremos do contacto, que é função da temperatura e depende também dos
metais que formam o par (figura g). Por tanto, dados dois metais específicos, medindo a
diferencia de potencial, é possível determinar a temperatura.
quedas de potencial diferentes nos contactos dos dois metais do termopar com os terminais do
instrumento. Estas dificuldades são geralmente eliminadas mediante esquemas de medição
que introduzem o uso de duas uniões, uma das quais é mantida a uma temperatura fixa, por
exemplo, 0 0C, (ponta fria). Na prática pode trabalhar-se a temperatura ambiente e fazer-se a
correcção correspondente. Há alguns multímetros que já têm a informação da curva de
calibração e a correcção e, por tanto, dão directamente o valor da temperatura para um par
termoeléctrico específico. Também há interfaces para computadores e programas específicos
que permitem medir directamente a temperatura. No nosso caso empregaremos, para a
presente experiência, multímetros que têm a calibração necessária para os chamados
termopares do tipo K, que usualmente consistem de fios das ligas chamadas de cromel e
alumel.Têm as características seguintes:
Figura h:
Medição da
Intensidade de
corrente
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EExperimental , Parte II
Figura i:
Medição da
tensão
Figura j:
Medição da
temperatura
duma lâmpada
utilizando um
termopar
h) Procedimento experimental
1) Ligue uma resistência de R = 330 Ω a uma fonte de tensão. Varie a tensão U entre 1V
e 10V em passos de 1V e meça em cada passo a tensão e a intensidade de corrente.
Determine os valores das incertezas em cada medição. Mostre os dados numa tabela.
Prepare um gráfico em EXCEL da intensidade de corrente em função da tensão
aplicada. Faça o ajuste linear e determine o valor da resistencia a partir do declive da
recta.
2) Execute a mesma experiência com uma resistência de R = 1 kΩ. Registre os dados
respectivos no mesmo diagrama preparado no ponto 1).
3) Verifique os valores das duas resistências utilizando o multímetro no modo “resistência”.
Calcule as incertezas em cada caso.
4) Compare os valores das resistências deduzidas dos gráficos de 1) e 2) com os valores
medidos em 3).
5) Ligue uma lâmpada na fonte de tensão. Observação: leve em conta o valor
máximo da tensão soportada pela lâmpada, a qual será informada no
laboratório. Meça a temperatura do vidro e da parte metálica da lâmpada fazendo
contacto directo com o termopar, para dois valores diferentes da tensão de alimentação.
Determine as incertezas das medições.
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EExperimental , Parte II
a) Temas programáticos:
Lei de Ohm
Leis de Kirchhoff
b) Objectivo:
Aplicar as leis de Ohm e de Kirchhoff aos circuitos eléctricos de corrente e
tensão continua.
d) Conhecimentos necessários:
Lei de Ohm, Leis de Kirchhoff, definições de corrente eléctrica, voltagem,
resistência e resistividade
f) Teoria
As Leis de Kirchhoff permitem a determinação das voltagens e correntes de circuitos eléctricos
que consistem de várias resistências eléctricas (redes eléctricas).
Conservação da carga eléctrica (I 1 ) I 2 (I 3 ) I 4 (I 5 ) 0 (1)
As correntes que saiam do nó contam negativo, as que entram, positivas.
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EExperimental , Parte II
A tensão total ao longo de uma malha fechada de um circuito, i.é. a soma de todas as quedas
de tensão em cada um dos elementos (por exemplo resistências) de que a malha é constituída
é nula:
Ligamos duas resistências R1 e R2 em serie em uma fonte de tensão U. As tensões que caiem
sobre as resistências e a corrente I que passa no circuito são medidas como indicado na figura
c.
Assim podemos substituir duas resistências em serie por uma resistência com um valor da
soma das duas.
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EExperimental , Parte II
(4)
g) Procedimento Experimental:
Atenção: Não ultrapasse a potência máxima das resistências indicada acima delas.
Os resultados de todas as medições realizadas devem ser reportados com as suas
Incertezas. Use sempre as escalas mais baixas possiveis (melhor resolução)
1 kΩ
47 Ω
470 Ω
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2) Monte um circuito com duas resistências em paralelo, como na figura d. Escolha R1 =1kΩ e
R2 =470Ω. Aplique a tensão U = 10V e execute as mesmas operações como no ponto 1.
3) Monte o cicuito seguinte, aplique uma tensão de 10 V e execute as mesmas operações como
no ponto 1:
1kΩ
470 Ω 47 Ω
U
4) Monte um circuito com duas resistências em serie, como na figura c. Escolha R1 =1kΩ e R2
=470Ω. Aplique a tensão U = 10V e meça U1, U2 e I. Compare os valores de tensão
medidos com os valores calculados aplicando a lei de Ohm. Verifique a lei das m a l h a s de
Kirchhoff (equação 2). Calcule la resistência equivalente, determineo valor da corrente
empregando a Lei de Ohm e compare com o valor medido.
a) Temas programáticos:
Campo Magnético de um condutor, Lei de Biot - Savart
Campo Magnético de uma bobina
Efeito de Hall, sonda de Hall
b) Objectivo:
Compreender e fixar a geração de campos magnéticos utilizando bobinas
Compreender o funcionamento de sondas Hall
Medir campos magnéticos utilizando sondas Hall
Verificar a Lei de Biot – Savart medindo os campos magnéticos de bobinas com
várias dimensões e números de espiras.
d) Conhecimentos necessários:
Força de Lorentz, definição do campo magnético, Lei de Biot – Savart, Efeito de Hall, indução
magnética
f) Teoria
Campos magnéticos
Os campos Magnéticos são gerados por carga eléctrica em movimento. O campo
magnético é definido em analogia do campo eléctrico:
Definição:
Um campo magnético é uma zona onde uma força é aplicada sobre um magnete. Magnetes
têm sempre um pólo norte e um pólo sul. Os dois pólos não podem ser separados.
Campos magnéticos são produzidos por magnetes permanentes e por correntes
eléctricas.
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EExperimental , Parte II
Experimentalmente foi encontrado, de que uma carga eléctrica q sofre uma força F quando
passa por uma região onde há um campo magnético B.
F qv B (1)
Efeito de Hall
Figura b: O campo
magnético dB no
sítio P1 produzido
pelo elemento de
corrente Idℓ
Com estas ferramentas podemos calcular a intensidade do campo magnético sobre o eixo de
um circuito em anel. Considerando a geometria indicada na figura
Figura c:
Geometria para
calcular o campo
magnético sobre
o eixo de um
circuito em anel
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Somando sobre todos elementos de corrente, os componentes dBy e dBz se compensam para
zero. Fica o componente dBx.
Para obter o campo do anel inteiro temos de integrar sobre o círculo fechado:
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No eixo do circuito em anel o campo magnético só tem uma componente na direcção x com
a intensidade indicada na equação (12).
Figura d: Campo
magnético de um
circuito em anel
Quando um número pequeno de circuitos de anel é junto como as espiras duma bobina, o
valor da equação (12) tem que ser multiplicado com o número n das espiras.
Para calcular o campo magnético de uma bobina bobinada uniformemente de comprimento ℓ e
com n espiras o valor de uma espira tem de ser multiplicado com a densidade das espiras n/ℓ e
integrada sobre o comprimento da bobina.
ℓ Figura e:
Campo magnetico de
uma bobina
B(x) (13)
(14)
Resulta útil comparar esta expresão (14) do campo no centro da bobina com a
correspondente a uma bobina (solenoide) ideal, segundo é obtida empregando a Lei de
Ampere. Com efeito, para esse caso o campo é uniforme (figura f) e obtem-se a
expresão (15).
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Não é difícil verificar que a expresão (14) reduz-se à expresão (15) para R<< ℓ, o que corresponde,
com efeito, às condições do solenoide ideal.
h) Procedimento experimental
Nos experimentos serão utilizados dois grupos (A y B) de três bobinas cada um deles. Todas
as bobinas do grupo A têm o raio R= 20 mm e os seus comprimentos são 53, 105 e 160 mm,
ou seja, as bobinas segunda e terceira são, aproximadamente dois e três vezes mais longas,
respetivamente, do que a primeira. O número de espiras é 100, 200 e 300 respetivamente, por
tanto a densidade de espiras (n/ ℓ) tem o mesmo valor para as três bobinas. Todas as bobinas
do grupo B têm raio R = 13 mm e comprimento 160 mm, mas o número de espiras é 75, 150 e
300.
Será usado o valor maior posivel para a corrente nas bobinas (indicado no laboratório).
1) Utilize a sonda de Hall e a bobina do grupo A comprida com 300 espiras e comprimento
de 160 mm. Meça o campo magnético ao longo do eixo central da bobina variando a
coordenada x entre o centro da mesma (x=0) e a sonda, em passos de 1 cm, ate 10
cm, em ambos os sentidos. No relatório faça um gráfico em EXCEL, do campo medido
em função da coordenada x. Compare pelo menos três dos valores medidos com os
valores teóricos obtidos com a equação 13.
4) No relatório, estude as bobinas dos grupos A e B que têm 300 espiras e comprimento
de 160 mm (raios diferentes de 13 e 20 mm). Analise os valores medidos para o campo
magnético no centro em comparação com os correspondentes ao modeçlo ideal
segundo a equação (15) e determine qual das duas bobinas corresponde melhor com o
modelo, justificando a sua análise.
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EExperimental , Parte II
a) Temas programáticos:
Campo Magnético
Força de Lorentz
Movimento de cargas, corrente eléctrica
b) Objectivo:
Aplicar e fixar a fórmula da força de Lorentz
Compreender a relação entre carga em movimento e corrente eléctrica
Aprender como gerar campos magnéticos uniformes
d) Conhecimentos necessários:
f) Teoria
A força de Lorentz descreve a força F que sofre uma carga q com uma velocidade v dentro de
um campo magnético B .
F q v B (1)
F plano ( v, B) . B v F = q v B (2)
Quando
Figura b:
Balança de
Lorentz
Quando uma corrente IC passa num condutor ao longo da distância ℓ dentro dum campo
magnético B como indicado na figura b, IC é relacionada com a velocidade v dos portadores de
carga (electrões) da forma
h) Procedimento experimental
4) A partir das equações das retas no exercício anterior, calcule os valores da força para
um valor fixo da corrente nas placas, por exmplo, para o valor Ic = 3 A. Então prepare um
gráfico em EXCEL de força em função do comprimento do conductor de cobre para esse
valor da corrente, faça o ajuste linear e calcule de novo o valor do campo magnético a partir
da inclinação da reta. Compare esse valor com os valores calculados no exercício 3).
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a) Temas programáticos:
Óptica geométrica
Lentes ópticas, imagens de lentes delgadas
Método de Bessel para determinar o comprimento focal
b) Objectivo:
a. Familiarizar-se com os conceitos da óptica geométrica.
b. Compreender o funcionamento de lentes delgadas
c) Aplicações nas engenharias
A óptica é uma disciplina da física muito antiga. Tem aplicações na astronomia, navegação
e medicina. Microscópios fizeram muitos avanços na biologia, medicina e engenharia dos
materiais possíveis. A invenção do laser facilitou aplicações adicionais em máquinas (sensores)
e na transmissão de dados (fibras ópticas). Finalmente, aparelhos e dispositivos de utilização
no dia- a - d i a como óculos, máquinas fotográficas e televisores funcionam aplicando as leis
da óptica.
d) Conhecimentos necessários:
Leis da óptica geométrica, reflexão, distância focal, lentes divergentes e convergentes,
construção de imagens de lentes delgadas, Método de Bessel para determinar a distância
focal.
f) Teoria
Ondas e raios luminosos
A luz consiste de ondas electromagnéticas. Mas quando as dimensões dos objectos e as
imagens observadas são grandes em comparação com o comprimento de onda λ, a luz pode
ser tratada como um feixe de raios rectilíneos. O comprimento de onda da luz visível é 400nm
< λ < 750nm. Assim, na maioria dos casos a luz visível pode ser tratada como um feixe
luminoso.
Princípio de Fermat
Assumindo que um feixe de luz viaja de um ponto A para um ponto B, de acordo com o
princípio de Fermat o feixe escolhe o caminho que permite o menor tempo de viagem possível.
Num espaço euclidiano (sem massa) este caminho é uma recta.
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Reflexão
Figura a: Reflexão
num espelho plano
Um feixe de luz com origem no ponto A chega a um espelho plano no ponto P e continua para
o ponto B. A´ é a imagem de A no espelho. Para determinar as posições de P e A´ aplica-se o
teorema de Fermat:
A luz durante todo o tempo viaja no mesmo meio, o ar.
O tempo para fazer o caminho de A para B tem um mínimo quando a distância
AP + PB é mínima.
A´ é a imagem de A AP + PB = A´PB
A´PB é mínima, quando A´PB forma uma recta.
Angulo de entrada = Angulo de saída do feixe no ponto P
Figura b
Figura c
Quando um feixe de luz passa de um meio para outro uma parte do feixe é reflectida e a outra
parte entra no outro meio e muda de direcção. Este fenómeno chama-se refracção.
Figura d:
Princípio da
refracção
Feixe refractado
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O tempo necessário para passar do ponto A para o ponto B tem um mínimo quando o feixe
passa no ponto Pmin (figura e) porque a velocidade da luz é maior no ar do que no outro meio.
Figura e:
Possíveis
caminhos do
feixe de luz
Figura f:
Caminho do
tempo mínimo do
feixe de luz
O tempo t que o feixe de luz precisa para passar do ponto A para o B depende das velocidades
da luz no meio 1 c1 e no meio 2 c2.
onde n1 e n2 são os índices de refracção do meio 1 e meio 2, respectivamente. Este tempo tem
Figura g:
Tempo t em
dependência da
distância
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EExperimental , Parte II
A expressão (6) é a lei da refracção, também conhecida como lei de Snellius.
Lentes delgadas
As lentes ópticas desviam raios luminosos por causa do efeito de refracção. Assim
raios paralelos ao eixo óptico são focados num ponto do eixo óptico chamado foco. O foco
está a uma distância f (distância focal) da lente.
Quando posicionamos um objecto G, por exemplo um ponteiro, que emite raios luminosos, à
frente de uma lente, estes raios formam uma imagem B no outro lado da lente. Esta imagem
pode-se construir da maneira seguinte:
Cada ponto da superfície do objecto emite raios luminosos. Primeiro só escolhemos dois
raios especiais, emitidos do topo do ponteiro: um raio paralelo ao eixo óptico e um raio que
passa no centro da lente. De acordo com as leis da refracção o raio central não é desviado e
o raio paralelo é desviado e passa pelo foco no outro lado da lente.
Imagem
Imagens reais
O Olho
Figura j: Visão de um
olho humano
O olho humano funciona como uma lente convexa, que tem uma distância focal variável. A
imagem do objecto y é projectada n a retina, que é sensível à luz. Assim a imagem é
transmitida para o cérebro através do nervo da visão.
A distância óptima para ler é s0 = 25 cm.
Aparelhos de óptica, como a lupa, o microscópio e o telescópio aumentam o ângulo visual
para `. Assim a amplificação angular é definida
como
(12)
A Lupa
Lupa
Imagem Olho
virtual
Figura k: Lupa
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Uma lente convexa pode ser utilizada para ampliar objectos. O objecto é posicionado dentro da
distância focal da lente (ver figura k e situação 6 na figura i). A imagem é virtual e ampliada. A
ampliação angular calcula-se de acordo com a fórmula (12) considerando que sen ɛ ≈ ɛ e sen
ɛ´≈ ɛ´:
Amplificação:
'
A direcção dos raios luminosos é reversível. Por isso existem, para cada distância fixa d
entre objecto G e imagem B, duas posições da lente que resultam em imagens nítidas (ver
figura l). Uma das imagens é maior e uma mais pequena do que o objecto.
I
A equação (14) pode ser utilizada para determinar f quando os parâmetros d e e são
conhecidos (medidos).
Considerando a figura i podemos concluir: Para obter imagens de lentes, a distância objecto –
tela d deve ser d > 4f. Por isso as experienciais são montadas num banco óptico com 1,20 m
de comprimento. Uma lâmpada com a respectiva fonte de tensão serve como fonte de luz. Para
formar feixes paralelos uma lente com f = 50mm é montada entre a lâmpada e o alvo. A
lâmpada fica no foco da lente. Assim o alvo representa um objecto que emite luz. Os
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respectivos feixes passam outra lente e formam uma imagem que é visível numa tela. O banco
óptico contém uma escala milimétrica que facilita a determinação das distâncias dos vários
dispositivos.
Figura m: Montagem de uma experiencia com banco óptico, lâmpada, fonte de alimentação
para lâmpada, lente para produzir luz paralela, alvo, lente para formar uma imagem na tela
h) Procedimento experimental
A fonte luminosa e o objeto estarão fixos em todo momento. O objeto estará situado na posição
20 cm (0,20 m) do banco óptico. Só serão movimentadas a lente e a tela:
3) Posicione agora a lente de maneira que o objeto fique fora da distância focal da
lente, ou seja, de maneira que que a distância objeto g seja maior do que f (100 mm).
Utilize os valores g= 12, 16 e 20 cm.. Meça, em cada caso, a distância imagem b
movimentando a tela até que uma imagem nítida seja observada na mesma. Realize o
procedimento 3 vezes para cada distância objeto e no relatório calcule o valor médio.
No relatório calcule a distância focal da lente a partir dos valores das distâncias objeto e
imagem e empregando a fórmula (11), 1/f=1/g+1/b nos três casos. Determine a altura
do objeto (G) e da imagem (B) nos três casos, usando um paquímetro. No relatorio
determine também os valores da ampliação lateral definida como m= -(B/G) para cada
caso. Verifique ainda o cumprimento da fórmula (10), /m/=/B/G/=b/g. Mostre todos os
valores da distância objeto, distância imagem, distância focal, altuda do objeto, altura da
imagem e ampliação numa tabela.
1 1 1
= +
𝑓𝑠 𝑓1 𝑓2
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a) Temas programáticos:
Óptica geométrica
Lentes ópticas, imagens de lentes delgadas
Microscópio
Projector
Telescópio de Kepler
Telescópio de Galileu
b) Objectivo:
a. Familiarizar-se com os conceitos da óptica geométrica.
b. Compreender o funcionamento de instrumentos ópticos simples tais como o
microscópio, o projector e o telescópio.
c. Treinar a utilização de equipamento de óptica
d) Conhecimentos necessários:
Leis da óptica geométrica, distância focal, lentes divergentes e convergentes, construção de
imagem de lentes delgadas, princípios de funcionamento do microscópio, o projector e os
telescópios
f) Teoria
Imagens de lentes delgadas
feixes paralelos ao eixo óptico em feixes que passam no foco da lente no outro lado da
lente
feixes que passam no foco da lente antes da lente para feixes paralelos ao eixo óptico
depois da lente.
Feixes que passam no centro da lente não são desviados
Com estes conceitos podem ser construídas imagens de objectos posicionados em várias
distâncias da lente:
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EExperimental , Parte II
Imagem
Imagens reais
Primeiro são obtidas as imagens dos pontos das extremidades do objecto, utilizando os feixes
de luz emitidos destes pontos que passam no centro da lente e que passam paralelos ao eixo
óptico. As imagens dos pontos intermédios são construídas da mesma maneira e podem ser
obtidos ainda mais fácilmente ligando as extremidades da imagem com uma recta. A figura a
mostra estas construções para várias posições dos objectos relativamente à lente.
O olho
Figura b:
Visão de um
olho humano
O olho humano funciona como uma lente convexa, que tem uma distância focal variável. A
imagem do objecto y é projectada na retina, que é sensível á luz. Assim a imagem é transmitida
ao cérebro através do nervo da visão. A distância óptima para ler é s0 = 25 cm.
Figura c:
Corte de um
olho humano
Figura d: (a) Um objecto distante com altura G aparece pequeno porque a imagem B na retina
é pequena. (b) Quando o mesmo objecto é posicionado mais perto do olho, o objecto aparece
maior, porque a imagem na retina é maior. (c) O angulo visual é definido como ɛ = B/2,5cm,
porque a distância entre a córnea e a retina é aproximadamente 2,5 cm.
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O microscópio EExperimental , Parte II
Em princípio um microscópio de luz consiste de uma lente com distância focal L 1 curta (por
exemplo f = +20mm) e uma lente com distância focal L2 maior (p. ex. f = 50mm). Assim um
objecto pequeno é amplificado com a lente L1 (objectiva) e a respectiva imagem real é
observada com uma lupa L2 (ocular) que produz uma imagem virtual amplificada.
Para obter um resultado óptimo da ampliação o objecto é posicionado ligeiramente fora da
distância focal da objectiva. Assim uma imagem intermédia real y` é gerada, que é bastante
maior do que o objecto (ver situação 4 da fig. a).
A ocular é posicionada para que a imagem intermédia fique ligeiramente dentro da
distância focal da ocular (ver situação 6 da fig. a).
Assim a ampliação do microscópio pode ser escrita como o produto das ampliações da
objectiva e da ocular:
Aparelhos de óptica, como lupa, microscópio e telescópio aumentam o ângulo visual para `.
Assim a ampliação angular é definida como
(3)
Uma lupa consiste de uma lente convergente.
lupa
Imagem olho
virtual
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'
Utilizando a nomenclatura da figura b e considerando a equação (2), a ampliação de um
microscópio é dada por:
Ampliação:
O projector
O condensador produz feixes paralelos da luz duma lâmpada. Estes feixes passam no
diapositivo. Dependente da estrutura do diapositivo mais ou menos intensidade de luz é
absorvida. A imagem do diapositivo pode ser construída de acordo com o caso 2, 3 ou 4 da
figura a.
Telescópio de Kepler
Telescópios servem para ver e observar objectos distantes. O telescópio de Kepler consiste de
duas lentes convexas: uma objectiva com distância focal grande (f = 300mm) que produz
uma imagem invertida e uma ocular tipo lupa com distância focal curta (f = 50mm) que é
utilizado para observar esta imagem.
Quando a distância d entre as duas lentes é d = f1 + f2
a imagem do objecto à distancia infinita é projectada no foco da objectiva L1 onde é observada
pelo nosso olho com a lupa L2.
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Telescópio de Galileu
O efeito de uma lente côncava pode ser resumido nos pontos seguintes
Feixes paralelos ao eixo óptico são desviados como se passassem no segundo ponto
focal da lente F´.
Feixes que passam o ponto central da lente não são desviados.
O feixe focal, que aponta ao primeiro ponto focal F fica paralelo ao eixo óptico depois da
passagem pela lente.
d = f1 - |f2 |
Figura k: Montagem de um microscópio com lâmpada, fonte de alimentação para lâmpada, com
lentes (objectiva e ocular) e objecto (pulga de cão)
h) Procedimento experimental
1) Monte um telescópio de Kepler utilizando uma lente objetivo de f = + 300 mm e uma lente
ocular de f = + 50 mm e observe um objeto distante, como será indicado no laboratório.
Meça a distância real entre as duas lentes quando observe a imagem nítida e no relatório
compare com o valor teórico segundo a Figura h da guia. No relatório explique o
funcionamento do telescópio construindo a imagem dum objeto com a geometria duma seta.
Estime a ampliação do objeto.
3) Monte um microscópio com uma lente objetivo de f = + 20 mm e uma lente ocular de f = +50
mm e observe um preparado duma pulga de cão. No relatório estime a ampliação utilizando
equação (5) do guia. Sugestão: segundo a Figura e do guia, situe o objeto (pulga)
ligeiramente fora da distância focal (+ 20 mm) da lente objetivo. Para isso utilice o valor da
distância objeto igual a 23 mm (2,3 cm) (mínima distância permitida pelos soportes do objeto
y da lente). Usando a fórmula (11) da prática anterior, ou seja, 1/f=1/g+1/b, determine a
distância imagem a partir da distância objeto 2,3 cm e da distância focal f= 2cm. O resultado
será b= 15 cm. Então, usando a tela, verifique, que, com efeito, essa é aproximadamente a
posição da imagem nítida. Situe agora a lente ocular (f = + 50 mm) de maneira tal que a
imagem fique ligeiramente dentro dessa distância focal, por exemplo, a 4,5 cm da lente (5
mm da imagem até o foco). Mova então ligeiramente a lente objetivo para observar uma
imagem nítida. Meça a distância t’ entre as duas lentes para calcular a ampliação pela
equação (5) no relatório, onde t na fórmula cumpre com t = t’ – (fob + foc).
4) Monte um projetor de diapositivos utilizando a lente convexa de f = + 100 mm. Situe o objeto
(diapositivo do imperador Maximiliano) a diferentes distâncias da lente, busque a imagem
nítida com a tela e meça a distância imagem. Sugestão: situe o objeto em 13 cm e leve a
tela até o infinito (extremo do banco óptico). Mova a lente e verifique que a imagem nítida é
obtida quando a distância objeto (do objeto até a lente) é próxima a 100 mm, como deve
ser. Situe a tela em 60 cm, 70 cm e 80 cm. Determine as posições da lente para obterem
imagens nítidas. No relatório calcule as distâncias imagem (b) e objeto (g) bem como as
ampliações laterais pela fórmula m = - b/g, para todos os casos. Presente os resultados
numa tabela.
Guia de Trabalhos Práticos de Física Experimental II
EExperimental , Parte II
a) Temas programáticos:
Óptica ondulatória
Interferência
Espelho duplo de Fresnel
Biprisma de Fresnel
b) Objectivo:
Ficar familiar com os conceitos da óptica ondulatória
Saber aplicar os conceitos da interferência a espelhos e prismas
Treinar a utilização e afinação de equipamento da óptica
O carácter ondulatório de luz explica os fenómenos da refracção e difracção que são a base de
quase todos componentes e dispositivos da óptica como por exemplo lentes ópticos e redes
ópticos. Estes dispositivos são montados em maquinas e aparelhos mais complexos como
microscópios, projectores, copiadores etc.. Aparelhos ópticos têm aplicações como sensores e
meios de ensaio na biologia, química, medicina e metalurgia. Aplicações mais recentes são por
exemplo CD e DVD e transmissão de dados utilizando fibras opticas.
O carácter ondulatório de luz limita a resolução dos instrumentos ópticos como microscópios
e telescópios quando as dimensões observadas são da ordem de comprimento de onda.
Guia de Trabalhos Práticos de Física Experimental II
EExperimental , Parte II
d) Conhecimentos necessários:
f) Teoria
Ondas electromagnéticas
Interferência e Coerência
Ondas de quantidades vectoriais, como ondas electromagnéticas, interferem umas às outras
e adicionam-se em cada sitio e tempo. Assim luz + luz pode resultar em escuridade ou
interferência destrutiva, quando o máximo de uma onda e o mínimo de outra onda
interferem. Mas quando queremos observar fenómenos estacionários da interferência, as
ondas envolvidas têm que ser coerentes.
Eixo de tempo
Figura b: Ilustração da coerência, incoerência temporal e incoerência espacial e
temporal de ondas (Raumachse = eixo espacial)
Fontes térmicas de luz (por exemplo uma lâmpada) produzem luz não coerente, porque os
respectivos átomos emitem a radiação independentemente. Ondas ou raios coerentes de luz
são usualmente da mesma fonte. A luz de um laser é coerente e por isso é bem adequado para
utilizar em experiencias de interferência.
Generalizando a equação (1) pode-se descrever ondas utilizando grandezas complexas:
Assim a intensidade da sobreposição das duas ondas tem máximas e mínimas dependentes da
diferença de fase = 1 - 2. Os máximos das ondas sobrepõem-se e existe claridade em
todos os pontos P, que se encontram à mesma distancia das fontes L1 e L2, ou cuja distancia
às mesmas fontes difere de um múltiplo inteiro de :
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EExperimental , Parte II
Um espelho duplo de Fresnel, como mostrado na figura c, pode ser utilizado para produzir
feixes coerentes de luz.
Figura c:
Espelho duplo de Fresnel. A
luz de uma fonte L é refletida
de um espelho de duas partes
planas inclinadas. O ângulo
entre os dois espelhos afasta-
se apenas alguns minutos de
180º.
Assim uma fonte real L (por exemplo um laser) produz duas fontes virtuais de luz coerente,
L1 e L2 . Os feixes destas fontes virtuais interferem.
L ∆
Alvo
L1
L2
Figura d: Geometria dos feixes de luz de uma fonte L refletidos num espelho de
Fresnel. As duas partes do espelho se toucam no ponto A.
As posições das fontes virtuais L1 e L2 podem ser determinadas aplicando as leis da reflexão
num espelho (figura d).
As ondas das duas fontes que interferem no ponto P do alvo têm uma diferença de percurso
óptico:
dsen (9)
Assim as máximas da interferência aparecem quando d senzz inteiro), ou
e as mínimas quando
A distância d das fontes virtuais de luz é determinada projetando uma imagem nítida delas no
alvo com uma lente da distancia focal f. O tamanho da imagem B de d é medido no alvo
diretamente.
Espelho *
º
d g b B ℓ=g+b
º
Lente *
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Assim o biprisma funciona parecido como o espelho de Fresnel. As duas fontes virtuais são
geradas via refracção da luz num prisma. Aplica-se as mesmas fórmulas (14), (15) e (16) para
determinar o comprimento de onda da luz.
Figura g: (superior) Equipamento montado para observar interferências de luz com laser,
lente, e espelho duplo de Fresnel. (inferior) Equipamento com biprisma
Lente 2
Lente 1
Biprisma
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O equipamento é montado de acordo com as figuras g (a) e (b). Utilize uma lente com f = +20
mm à frente do laser (lente 1). A distância das fontes virtuais é determinada com uma lente
de f = + 300 mm (lente 2) entre o espelho duplo ou o biprisma e o alvo.
Antes do inicio da experiencia, a parte móvel do espelho é afinado para ser paralela à
parte fixa e ao banco óptico. Ajuste o laser até que ilumine as duas partes igualmente. Duas
zonas separadas, de iluminação, devem aparecer no alvo (parede da sala). Incline a parte
móvel do espelho utilizando o parafuso de ajustamento até que as duas zonas sobrepunham-se
e obtenha-se o padrão de interferência.
A parte da experiencia com o biprisma é montada similarmente. O adaptador do biprisma é
montado depois do laser e da lente 1 no banco óptico (45cm) e a lente 2 é montada na
posição 60cm.
O feixe alargado do laser entra no canto central do biprisma e com a lente 2 uma imagem das
duas fontes virtuais é projetada na parede (distância mais ou menos 3m).
h) Procedimento experimental
a) Temas programáticos:
Princípio de Huygens, Interferência
Difracção em fendas
Redes ópticas
b) Objectivo:
Compreender e fixar o conceito da difracção
Aplicar o princípio de Huygens e da interferência aos problemas de difracção de
luz em fendas simples e múltiplas
Compreender o funcionamento de redes ópticas
Ganhar experiencia e sensibilidade em montagem e afinação do equipamento
óptico
Os fenómenos da óptica como difracção e refracção são a base dos instrumentos ópticos
utilizados nas ciências e na indústria. Sensores ópticos têm aplicações em máquinas de
produção e meios de ensaio. O conhecimento dos conceitos básicos ajuda na escolha do
equipamento adequado para as aplicações.
O princípio da difracção em fendas e redes ópticas pode ser utilizado para explicar a resolução
do microscópio e de outros instrumentos ópticos. A s redes ópticas servem para analisar a
luz e os raios x.
Estas leis da óptica são aplicáveis mesmo aos raios x e aos electrões facilitando o
funcionamento dos espectrógrafos de cristais e dos microscópios electrónicos.
d) Conhecimentos necessários:
f) Teoria
Difracção
Quando luz de um ponto luminoso passa às aberturas e cantos de uma lâmina de barbear,
aparecem estruturas de interferência nos cantos. Este fenómeno chama-se difracção.
claro
Fonte de luz
escuro
*
Lamina
Alvo de projecção
Fonte de luz
Luz paralelo /
ondas planas
Plano de difracção
Lente
convexa
Plano de observação
A geometria da difracção de Fraunhofer é mais fácil para tratar matematicamente, por isso este
tipo de arranjo experimental vai ser utilizado aqui.
Princípio de Huygens:
Fonte de
Luz
(Laser)
Diafragma Alvo
Utilizando:
A equação (6) descreve bem a distribuição da intensidade de luz observada (ver Fig. e).
Figura. f:
Rede óptica
:
q
j 1
j
q 1
(13)
A figura g mostra a distribuição da intensidade I() de acordo com equação (16) para
uma rede de 7 fendas.
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Figura g:
Distribuição de intensidade
duma rede de 7 fendas. As
máximas secundarias são
indicadas maior do que na
realidade.
(16) Máximos principais: sin M z ; com z inteiro (17)
d
Quando a distância entre a rede e o detector L >> distância do máximo até o
centro do alvo, o angulo φ é pequeno.
M+1 - M = /d
O ângulo M+1 - M = L, onde é a distância entre os dois máximos no alvo,
por tanto
= (M+1 - M) L = L/d (19)
d
(20)
L
b) Procedimento experimental
1- Meça a distribuição de intensidade da luz produzida por uma fenda de largura s = 0,1 mm.
Começa com o diafragma do detector no centro do padrão de intensidade e mova o mesmo à
esquerda e depois à direita em passos de 0,2 mm até encontrar pelo menos dois mínimos a
cada lado. No relatório, trace um gráfico de intensidade versus distância, determine as posições
dos mínimos e compare com os valores esperados de acordo com a expressão 7 da guia. Para
calcular sen φm nessa expressão utilize a aproximação sen φm ≈ tan φm = x/L, onde x é a
distância do centro do padrão até o mínimo e L é a distância da fenda até o detector (Figura d).
Z é o número do mínimo (z= 1, 2…). Considere a λ do laser igual a 632 nm.
2- Meça a distribuição de intensidade de luz produzida por uma fenda dupla da mesma largura
anterior s= 0,1 mm e separação entre as fendas d = 0,25 mm. Siga o mesmo procedimento do
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3- ponto 1 e identifique pelo menos três máximos a cada lado. No relatório, trace um gráfico de
intensidade versus distância e determine as posições dos máximos. Compare com os valores
teóricos dados pela equação 17 da guia. Para isso, faça a mesma aproximação do exercício
anterior.