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A EVOLUÇÃO DOS RELÉS DE PROTEÇÃO

Relés de proteção são dispositivos destinados a detectar anormalidades em sistemas


elétricos, atuando diretamente sobre um equipamento ou circuitos de alarmes. O nome relé
advém do termo inglês relay, que significa recolocar, no sentido prático de restabelecer o que
havia sido perdido. Ao longo destes últimos anos, os relés de proteção sofreram uma evolução
substancial em seus aspectos construtivos, dimensionais e de operação. Tais avanços se devem,
principalmente, à evolução da microeletrônica, da informática e da comunicação de dados, o
que contribuiu sobremaneira para que esta evolução fosse possível.

A primeira geração de relés utilizava tecnologia eletromecânica, e eram dispositivos


bastante simples, se comparados com os relés atuais. Seu funcionamento se baseava na
aplicação das forças eletromagnéticas geradas pelo fluxo de corrente elétrica em uma bobina,
movimentando discos magnéticos e ocasionando a abertura e/ou fechamento de contatos
elétricos. Possuíam um range de ajustes limitado, apresentavam uma insensibilidade para
correntes ou tensões de pequena magnitude e a maioria permitia apenas uma função de proteção.
Apesar disso este tipo de relé ainda foi e ainda é bastante utilizado em sistemas mais antigos,
principalmente em função das suas características de desempenho e de confiabilidade.

O desenvolvimento dos dispositivos eletrônicos baseados em silício (diodos,


transistores e SGR’s) possibilitou o surgimento dos relés eletrônicos ou estáticos de segunda
geração. Difundidos a partir da década de 70, estes dispositivos sólidos não possuíam partes
móveis, eram menores, mais flexíveis e possuíam maior sensibilidade, se comparados aos relés
eletromecânicos. Além disso já incorporavam sistemas multifunção. Como desvantagem, estes
equipamentos pecavam pela sua alta sensibilidade a campos eletromagnéticos externos,
causando atuações indevidas.

Com a evolução da microeletrônica e o advento dos microprocessadores, os relés


estáticos deram lugar aos relés digitais. A principal diferença para os dispositivos estáticos foi
a utilização de processamento digital para tratamento das variáveis analógicas que, junto com
uma série de outros dispositivos de medição e controle, também numéricos, têm recebido nos
dias atuais a nome de IEDs - Intelligent Electronic Devices , que, comparados aos equipamentos
de proteção eletromecânicos e estáticos, apresentam um caráter multifuncional relacionado não
apenas com funções de proteção, mas também com muitas funções adicionais, além de
capacidade de comunicação.
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O hardware ou a parte física do relé digital é composto de circuitos que desempenham


a função de condicionar adequadamente os sinais de tensão e corrente informados pelos TP´s e
TC´s que alimentam os relés.
O software de um relé de proteção possui diferentes rotinas dentre as quais estão: (i)
rotinas de proteção compostas pelos algoritmos responsáveis pela aquisição e processamento
dos sinais digitalizados, seguido pelo processo de comparação destes sinais com os valores de
referência para a tomada de decisão. (ii) Rotinas de auto monitoração que são incorporadas
aos relés para uma averiguação constante da integridade dos mesmos, tanto em nível de
software quanto em nível de hardware. (iii) Rotinas de comunicação que são necessárias para
que o relé se comunique com o mundo externo de modo a receber informações dos usuários ou
de outros dispositivos.

Os relés digitas modernos, ou microprocessados, proporcionam inúmeras vantagens


sobre os relés convencionais. Algumas delas são: custo reduzido durante a fase de instalação,
menor espaço ocupado no painel, múltiplas funcionalidades em um único dispositivo, menor
custo de manutenção, flexibilidade na aplicação, possibilidade de múltiplos ajustes no relé.
Além disso, as múltiplas funcionalidades dos relés digitais podem evitar a necessidade de outros
sistemas de medição e controle na subestação. O relé de proteção não mais executa uma função
de proteção básica, mas se tornou parte de um sistema integrado de proteção, controle e
automação da subestação.

Sendo assim, a perspectiva para o futuro é de que os avanços contínuos na tecnologia


em relação ao aumento da capacidade dos microprocessadores e seu barateamento, a
padronização dos protocolos de comunicação (IEC 61850), além da melhoria na velocidade e
na disponibilidade das redes de comunicação e a evolução do sistemas de inteligência artificial
convirjam para o aprimoramento da tecnologia de proteção digital, resultando em sistemas mais
flexíveis, confiáveis e inteligentes. Consequentemente, aumentam as exigências de qualificação
em relação ao perfil profissional dos engenheiros especializados em proteção.

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