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MATERIAL DIDÁTICO
DISCIPLINA GESTÃO DO CONHECIMENTO E CAPITAL INTELECTUAL
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FACULDADE ESTRATEGO
DISCIPLINA: GESTÃO DO CONHECIMENTO E CAPITAL
INTELECTUAL
PROFESSOR: CARLOS SIMÕES
PROGRAMA DA DISCIPLINA
OBJETIVOS
Propiciar aos participantes uma análise sobre o impacto do
conhecimento nas empresas e nas pessoas.
Apresentar os conceitos sobre como gerenciar dados, informações e
conhecimento para a elaboração das estratégias de pessoas nas
organizações.
Aprender como ocorre a aprendizagem organizacional e a criação do
conhecimento.
Conhecer ferramentas e metodologias para aplicação da Gestão do
Conhecimento.
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DISCIPLINA: GESTÃO DO CONHECIMENTO E CAPITAL
INTELECTUAL
PROFESSOR: CARLOS SIMÕES
Gestão do Conhecimento
Texto Prof. Carlos Alberto Simões de Luna
Conhecimento Conhecimento
Tácito para Explícito
Conhecimento
Tácito
Socialização Externalização
do
Explicito
Bibliografia
Gestão do Conhecimento
Texto Filipe M. Cassapo é graduado em Engenharia da Computação pela
Université de Technologie de Compiègne (UTC, França, 2000)
distanciamento espiritual. O Corão termina com a seguinte frase: “Que tragédia para
o homem ter de morrer antes de acordar".
Da mesma forma que o Rio Nilo nasce da confluência do Nilo Branco e do
Nilo Azul, podemos concluir de nossa pequena viagem retrospectiva, que a Gestão
do Conhecimento é hoje um "grande rio" formado pela confluência da obra pioneira
de Peter Senge, voltada para o aprendizado organizacional e da pioneira obra de
Karl Sveiby, voltada para a gestão dos ativos intangíveis. Obviamente este "rio"
recebeu muitos afluentes e contribuições posteriores, mas deve-se reconhecer e
dar o devido destaque à obra dos dois grandes pioneiros que iniciaram o
movimento da KM (Gestão do Conhecimento) em escala mundial.
as seguintes questões:
Como transformar conhecimento em valor?
Como transformar valor em diferencial competitivo?
Como criar um sistema de capacitação contínua?
Como fornecer a informação certa, para a pessoa certa, no momento certo?
Como transformar conhecimento tácito em conhecimento explícito
(registrado)? Seja no enfoque acadêmico, seja no enfoque empresarial, a
Gestão do
Conhecimento está longe de ter uma forma consolidada de conceituação e de
tratamento metodológico, e é possível que essa forma nunca seja encontrada.
O fato, porém, é que na era do conhecimento, todas as organizações irão
praticar a Gestão do Conhecimento, mesmo que não adotem este rótulo, talvez
por receio dos modismos e para evitar a dissonância cognitiva causada por uma
metodologia pouco formatada e repleta de dúvidas e de ambiguidades.
Mesmo os mais ferrenhos críticos e adversários da Gestão do
Conhecimento estarão praticando alguma forma de Gestão do Conhecimento,
porque em caso contrário, serão varridos do mercado por concorrentes que
souberam transformar o conhecimento em valor agregado ao negócio e em
leitura antecipada das variáveis internas e externas que condicionam
respectivamente a produção e o mercado.
(Nonaka & Takeuchi). Outros autores acabam sendo mais pragmáticos, propondo
definições como “o conhecimento é a capacidade para a ação efetiva” (Peter Senge).
As definições pragmáticas possuem a grande vantagem de direcionar as
iniciativas de Gestão do Conhecimento para ações operacionalmente claras e
objetivas: gerenciar o conhecimento da organização, de forma pragmática, será, por
exemplo, gerenciar a sua capacidade de agir. Sendo que esta ação é geralmente
guiada por uma série de objetivos concretos, medíveis, e derivados da estratégia
organizacional, entender-se-á rapidamente a importância de vincular uma iniciativa
de Gestão do Conhecimento a estratégia corporativa e seus instrumentos de
representação e direcionamento, como, por exemplo, o Balanced Scorecard.
Cabe ressaltar que as definições mais filosóficas não são nem um pouco
desprovidas de interesse! A percepção do conhecimento como “crença verdadeira
justificada” traz com ela o fundamental entendimento de que o conhecimento é o fato
do ser cognitivo (para o nosso objetivo de gerenciar o conhecimento organizacional: o
fato dos colaboradores da organização). Em outras palavras, uma abordagem
filosófica acrescente a seguinte importante consideração: não existe conhecimento
sem a pessoa que o detém.
Surge então a clássica vontade de querer diferenciar dois tipos de
conhecimento: o conhecimento de tipo “tácito”, e o conhecimento de tipo
“explícito”, conforme realizado por Nonaka e Takeuchi. Definam-se então estas
duas entidades basicamente da seguinte forma:
- O conhecimento tácito é muito pessoal e difícil de ser codificado, ou seja, expresso
por palavras. Por essência, é prático e é geralmente fruto de uma longa experiência,
de uma convivência. Sua transmissão é extremamente complexa, pois necessita
interações prolongadas, acertos e erros. Tipicamente, um conhecimento tácito seria
“saber dirigir uma bicicleta”.
- O conhecimento explícito é geralmente qualificado de “objetivo” e mais simples de
ser codificado, ou seja, formalizado com palavras, números e fórmulas, para ser
transmitido rapidamente e em grande escala. Geralmente, é percebido como teórico
e sua transmissão pode ser realizada muito formalmente. Tipicamente, um
conhecimento explícito seria o cálculo da velocidade conhecendo a distância
percorrida e o tempo de percurso: V = D / T. 1
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Nesta cadeia, podemos rapidamente definir cada uma das entidades envolvidas:
- O dado é proposto como a entidade elementar e essencial da comunicação: um
dado é algo físico, que pode ser isolado e medido, e que, por si só, não faz sentido.
O dado é independente do ser cognitivo. Tipicamente “o” é um dado.
- A informação é percebida como coleção ordenada de dados que faz
potencialmente sentido para um ser cognitivo, mas que permanece algo físico e
independente do ser que poderá captá-la e interpretá-la. Tipicamente, estas
palavras, escritas ou pronunciadas, são informação: “o cliente desistiu”. 1
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- O conhecimento pode depois ser definido como... “crença verdadeira justificada”,
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