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75% das obras prioritárias do Paraná não têm nem projeto básico

Jornal Gazeta do Povo – 20/01/2013 – Cíntia Junges


Seriam necessários R$ 400 milhões para colocar na prancheta as intervenções mais importantes
para a infraestrutura do estado

Uma lista de obras prioritárias feita pelo governo e pela sociedade civil. É a isso que se resume o planejamento
da infraestrutura do Paraná hoje, amargando a falta de projetos para tirar as obras do papel. De acordo com
uma estimativa feita pela Gazeta do Povo, das 55 obras fundamentais para amenizar gargalos e promover o
desenvolvimento da economia paranaense, apenas 14 têm projetos prontos ou estão em alguma fase de
execução.

Embora ainda não esteja funcionando, o Banco de Projetos do Fórum Permanente de Desenvolvimento estima
que o Paraná precise de R$ 400 milhões para viabilizar o detalhamento técnico das obras mais importantes do
estado e de R$ 7 bilhões para concretizá-las: portos (R$ 1 bi); aeroportos (R$ 1 bi); rodovias (R$ 2 bi); e
ferrovias (R$ 3 bi). “Em média, o projeto custa de 5% a 8% do valor total da obra”, explica João Arthur Mohr, do
Conselho de Infraestrutura da Federação das Industrias do Estado do Paraná (Fiep).

Especialistas e representantes do setor produtivo afirmam que a existência de um projeto é meio caminho
andado para conseguir recursos e viabilizar as obras. Para o assessor técnico da Federação da Agricultura do
Estado do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, embora eles custem caro e ainda corram o risco de não serem
amparados pelo governo federal, é obrigação do estado tê-los em mãos. Hoje, contudo, “não existem projetos,
mas intenções”, afirma Camargo.

Atraso

É somente agora, na passagem do segundo para o terceiro ano do atual governo, é que começam a surgir
algumas iniciativas. O Porto de Paranaguá projeta investir R$ 7,7 milhões em projetos executivos.

No modal rodovia, uma série de obras em trechos estaduais no interior do estado, litoral e região de Curitiba
está em fase de licitação dos projetos. O governo também negocia com as concessionárias a duplicação em
trechos importantes das rodovias.

Muitas dessas obras são reivindicações antigas. Um exemplo é a ferrovia que vai ligar Maracaju (MS) ao Porto de
Paranaguá, passando por Guaíra, Cascavel e Guarapuava. A obra correu sérios riscos de ficar de fora do
Programa de Investimentos em Logística (PIL). Um dos motivos alegados pelo governo federal foi a falta de um
projeto que comprovasse a viabilidade do investimento.

Na ocasião, representantes do governo do estado foram a Brasília com um anteprojeto do Instituto de


Engenharia do Paraná (IEP) em mãos para negociar a inclusão do ramal no PIL. “O anteprojeto do IEP foi o que
nos ajudou”, admitiu o secretário de Infraestrutura e Logística (Seil), José Richa Filho. A ministra Gleisi Hoffmam
chegou a afirmar que existiam chances de modificar o projeto e que o governador Beto Richa seria bem-vindo
em Brasília. “Se tiver um projeto para apresentar que seja convincente, eu aposto que ela [Dilma] atende”, disse
ela na ocasião.

Governo do estado conta com dinheiro do BNDES para viabilizar obras nas rodovias estaduais e está
negociando com as concessionárias obras nos trechos pedagiados.

Primeiro passo
Estudo da ferrovia entre Cascavel e Paranaguá fica pronto em março
Projeto de grande porte e prioridade para o estado, a ferrovia que vai ligar Cascavel, no Oeste, ao Porto de Paranaguá
deve ter o Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) concluído em março, segundo o governo
estadual.
Até o primeiro trimestre de 2013, os três traçados alternativos da ferrovia já terão sido definidos, segundo informações
da Vega Consultoria, empresa responsável pela elaboração do EVTEA. A Valec também estaria reformulando o termo de
referência para a contratação dos estudos do trecho entre Cascavel e Maracaju (MS). Mais moderno, o novo ramal deve
aumentar de 15 Km/h para 65 Km/h a velocidade de deslocamento dos vagões.

Fonte: Fórum Permanente de Desenvolvimento; Secretaria de Infraestrutura e Logística; DNIT. Infografia:


Gazeta do Povo.

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