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Tatiane ANTONOVZ
Faculdade Estácio de Curitiba
tatiane152@hotmail.com
Resumo
Em 2004 foram lançadas pelo menos 12 aberturas relevantes de capital que
capturaram R$ 7,5 bilhões de reais, já em 2007 foi o melhor ano desde 1994, com 64
operações com uma captação de 55 bilhões, porém em 2008, devido às oscilações na
economia mundial foram lançadas IPOS de apenas quatro empresas, com um volume
de R$ 7.495 bilhões. Em 2009 nenhuma empresa havia aberto seu capital, porém em
29 de junho desse ano, a Companhia Brasileira de Pagamentos (Visanet) iniciou a
negociação de suas ações no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, foi à primeira do ano
no Brasil e a maior até então registrada nos país. Assim, este estudo tem como
objetivo analisar as implicações decorrentes da abertura de capital da Visanet. É um
estudo exploratório, ex post facto e descritivo. Nas conclusões destacam-se a
retomada das IPOS ao mercado brasileiro com a abertura da Visanet, bem como o
ganho de confiança junto ao público e ao mercado em geral.
http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/rea
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Implicações do processo de abertura de capital:
estudo de caso na empresa Visanet
DOMAKOSKI, CORREA, ANTONOVZ e SANTOS
1 INTRODUÇÃO
O surgimento das sociedades anônimas tem suas origens nas companhias coloniais
que foram fundadas a partir do século XVIII e que tinham como objetivo a exploração e
a colonização de terras (CASAGRANDE NETO, 1985). Ainda segundo o autor, a primeira
vez que o termo “sociedade anônima” foi utilizado, ocorreu em 1807 na França, por
ocasião da revolução Francesa.
De acordo com a o artigo 4º. da Lei 6.404/76 as sociedades anônimas podem ser de
capital aberto ou fechado, conforme a emissão de seus valores mobiliários esteja eles
não admitidos à negociação em bolsa ou mercado de balcão. Além disto, no parágrafo
único do referido artigo define-se que somente os valores mobiliários de companhias
registradas na Comissão de Valores Mobiliários (CVM, 2009) podem ser negociados em
bolsa ou mercado de balcão.
Segundo Cunha (2005) o ano de 2004 havia sido como uma verdadeira redenção para
o mercado de capitais brasileiro, pois neste ano foram lançadas pelo menos 12
aberturas relevantes de capital que capturaram R$ 7,5 bilhões de reais, sendo que
entre 1995 e 2002 foram captados apenas R$1,1 bilhão em operações similares.
Segundo informações da Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA, 2008a) o ano de
2007 foi o melhor desde 1994, com 64 operações e um volume de captação de 55
bilhões. Ainda segundo a Bovespa, já em 2008, devido às oscilações na economia
mundial foram lançadas IPOS - Ofertas Públicas Iniciais (OPI) - ou IPO – sigla em inglês
–de apenas quatro empresas, com um volume de R$ 7.495 bilhões.
Até maio de 2009 nenhuma empresa havia aberto seu capital. Porém em 29 de junho
de 2009, a Companhia Brasileira de Pagamentos (Visanet) iniciou a negociação de suas
ações no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, registrada sob o código VNET3. A IPO da
Visanet foi a primeira do ano no Brasil e a maior já registrada no mercado Brasileiro
(BOVESPA, 2009a).
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Desta forma, baseado nas opções de captação de recursos bem como na análise da
abertura de capital desta companhia, a questão de pesquisa do presente artigo é:
Quais as implicações para a Visanet decorrentes da abertura de capital? Este estudo
tem como objetivo geral analisar as implicações, positivas e negativas decorrentes da
abertura de capital da Visanet. Especificamente os objetivos são investigar as
motivações para a abertura de capital; analisar os aspectos que envolvem este
processo, como custos, etapas, principais implicações; analisar e evidenciar mediante a
análise documental os resultados obtidos com a abertura de capital da Visanet; e por
fim principais consequências para a empresa.
A relevância da pesquisa está na importância do lançamento da IPO da Visanet, que
além de ser a primeira de 2009, passada a grise global que foi deflagrada pelos Estados
Unidos em 2008. Segundo informações da Bovespa (2009) a Visanet tornou-se
protagonista de um momento histórico que marca a retomada dos processos de
abertura de capital no Brasil, além disso, a IPO da Visanet teve o maior valor já
registrado no mercado brasileiro, o que destaca sua importância. Ainda segundo
informações da Bovespa (2009a) a Visanet possui 46,8% no segmento do setor de
cartões no Brasil, que movimentou em 2008, R$ 375,4 bilhões.
A abordagem metodológica utilizada é a do estudo de caso, que segundo Bonoma
(1985), é a mais indicada na para a verificação de uma situação empírica. A estrutura
do presente artigo está dividida em mais três tópicos além da introdução. A revisão da
literatura apresenta os conceitos relativos às sociedades por ações, o mercado
financeiro, as razões e implicações para a abertura de capital e os estudos acerca de
IPOS. No tópico três á abordada à metodologia da pesquisa, posteriormente a análise
dos resultados será conhecida no quarto tópico do presente artigo seguida pelas
considerações finais obtidas e referências utilizadas.
2 REVISÃO DA LITERATURA
Nesta seção será demonstrado o referencial teórico no qual se apoia o presente artigo,
iniciando-se pela descrição das sociedades por ações, mercado financeiro, razões para
abertura de capital e suas implicações e finaliza com o Estado da arte dos estudos
sobre IPO´s.
Brigham e Ehrhardt (2006) relatam a maioria das empresas começa suas atividades
como firmas individuais ou uma sociedade, e com o crescimento das mais bem-
sucedidas, em um dado momento elas acham desejável tornar-se uma sociedade por
ações.
Ross, Westerfield e Jaffe (1995) citam que as sociedades por ações, são a forma mais
importante de organização de empresas. Para os autores, trata-se de um tipo de
sociedade totalmente distinta e que pode gozar de muitos poderes legais das pessoas
físicas, como por exemplo, adquirir e transferir propriedade, assinar contratos bem
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como acionar e ser acionadas na justiça. A comparação entre as sociedades por ações
e por quotas está delineada conforme o quadro 1:
QUADRO 1 – Uma comparação entre sociedade por quotas e sociedade por ações
Fator Sociedade por ações Sociedade por quotas
Liquidez e negociabilidade Ações ordinárias podem ser A transferência de quotas está
registradas em bolsa de valores. sujeita a restrições substanciais.
Não existe mercado secundário
de quotas.
Direitos de voto Em geral cada ação ordinária dá Os sócios limitados têm alguns
a seu titular um voto por ação direitos de votos. O sócio geral,
em questões que exigem porém, tem controle exclusivo
votação e na eleição do da gestão das operações.
conselho de administração. Os
conselheiros escolhem a alta
administração
Tributação As sociedades por ações sofrem As sociedades por quotas não
bitributação: o lucro da empresa são tributadas. Os sócios pagam
é tributado e os dividendos são impostos sobre os resultados
tributados distribuídos.
Reinvestimento e pagamento de As sociedades por ações têm As sociedades por quotas são
dividendos total liberdade para tomar proibidas, em geral, de
decisões de distribuição de reinvestir os fluxos de caixa da
lucros. empresa. Todo o fluxo líquido
de caixa é distribuído aos sócios.
Responsabilidade Os acionistas não são Os sócios limitados não são
pessoalmente responsáveis responsáveis pelas obrigações
pelas obrigações da sociedade. da sociedade. Os sócios gerais
podem ter responsabilidade
ilimitada.
Continuidade de Existência As sociedades por ações podem As sociedades por quotas têm
durar para sempre. vida limitada.
Fonte: Adaptado de: Ross, Westerfield e Jaffe (1995, p.35)
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Segundo Bomfim et al (2006, p.525) cita que a decisão de abertura de capital “[...]
deverá subordinar-se à uma análise de sua viabilidade, demonstrando, para um dado
nível de atividade da empresa, ser mais conveniente incidir nos custos relativos à
abertura de capital do que buscar esses recursos pelo endividamento”, ou ainda
deverá ser considerada a opção da combinação destes dois eventos.
Uma das razões que pode ser apresentada para a abertura de capital trata-se das
diversas vantagens que esta medida tende a proporcionar. A captação de recursos
mediante a abertura de capital é uma delas, pois possibilita o acesso aos investidores
em potencial, no Brasil e no exterior, ou seja, maior acesso ao capital.
Outro ponto de vista que pode ser considerado como vantajoso trata-se das exigências
formais para a abertura de capital e o fato das organizações adequarem-se para
atenderem a essas regulamentações, assim as empresas participantes do novo
mercado devem ser o mais transparente possível.
As instituições buscam revelar bons indicadores a fim de chamarem a atenção dos
investidores, para tanto, essas empresas necessitam de uma organização interna mais
eficiente e passam a sentir-se motivadas para isso mediante a valorização das ações na
bolsa, obtendo como consequência melhoria de seus resultados. Além disso, os
empresários devem se convencer que o mercado de capitais é uma alternativa
eficiente de obtenção de recursos e de financiamento da atividade empresarial; e
mais, que o mercado sabe reconhecer as companhias que respeitam e consideram
seus acionistas, dando-lhes o tratamento adequado, e que tal reconhecimento se
traduz na valorização das ações (CAMPOS, 2001).
A abertura de capital pode apresentar também algumas desvantagens, que devem ser
consideradas e analisadas. Tais como: custos; a transparência, que nem sempre é
aceita pelos empresários, pois muitos não querem divulgar certas informações acerca
de suas entidades, a necessidade de debater a estratégia e por fim, a distribuição de
resultados aos novos acionistas (VIEIRA e OLIVEIRA, 2007).
Atualmente os investidores mais ou menos organizados, já reconhecem os direitos e
comportamentos mínimos que devem exigir de uma companhia aberta e de seu
controlador em troca do investimento de seus recursos, se inicia uma padronização
nestas pretensões mínimas e de caráter mundial, e a nível Brasil este fator se deve a
reforma da Lei nº 6.404/76, que procurou criar um complexo mínimo de direitos
desejáveis para os acionistas minoritários (CAMPOS, 2001).
Em se tratando de custos envolvidos na abertura de capital podem dividir-se em
quatro grupos, possui diversas naturezas e etapas: os custos legais e institucionais, por
exemplo, refere-se a pagamentos de taxas, serviços, anuidades e outras exigências
legais; já os custos de publicação e marketing referem-se à divulgação da operação de
abertura junto aos futuros e atuais acionistas, incluindo também a confecção de
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Outra implicação que deve ser tratada na questão da abertura de capital e não menos
relevante é a relação com os investidores. Segundo Zabisky (2004), quando uma
empresa decide abrir seu capital e lançar suas ações em bolsa, precisa cumprir uma
série de procedimentos e todas as atenções ficam voltadas para os procedimentos
legais, enquanto isso, muitas vezes a estruturação e o planejamento da área de
relações com investidores acabam ficando em segundo plano, prejudicando
sensivelmente a comunicação com o mercado após o IPO. Zabisky (2004) contribui
com as seguintes sugestões:
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Segundo a BOVESPA (2008), os preços das ações podem variar por fatores
relacionados à empresa, como sua situação no mercado, o aumento ou a redução dos
lucros, a ampliação da produção ou dos serviços oferecidos, investimentos e etc., ou
por fatores externos, como o crescimento do país, nível de emprego e das taxas de
juros, entre outros.
As IPOs foram estudadas extensivamente nos mercados desenvolvidos. Porém,
recentemente, houve muito interesse em mercados emergentes e este assunto está
sendo visto como recurso importante, na gerência da carteira global (PETER, 2007).
Para Cassoti e Motta (2008), estudos acerca do IPO cria a necessidade de uma breve
definição sobre os termos Underprincing que significa sub-avaliação e Overprincing
super-avaliação. Quanto aos retornos podem ser abordados de duas maneiras:
retornos de curto prazo, ou retornos iniciais (short-run returns) e retornos de longo
prazo (long-run returns).
O retorno de curto prazo é determinado pela diferença entre o preço de fechamento
do primeiro dia de negociação no mercado secundário e o preço estipulado na oferta
inicial; assim ocorrerá o underprincing se o preço de fechamento for maior do que o
preço inicial da oferta. No entanto, se o preço de fechamento for menor do que o que
o preço inicial houve overprincing, ou seja a ação foi super avaliada e o investidor
obteve retornos negativos. Em se tratando de retorno de longo prazo, normalmente,
consideram o período de um a três anos após a emissão (PROCIANOY e CIGERSA, 2007
apud CASSOTI e MOTTA, 2008).
Os primeiros estudos sobre underpricing em IPO, foram realizados mediante a
observação de recorrentes retornos anormais, ou seja, retornos acima do retorno do
mercado, no primeiro dia de negociação em emissões iniciais de ações foram
apresentados por Stoll e Curley (1970), Logue (1973), Ibbotson e Jaffe (1975), Ibbotson
(1975) e Reilly (1993). Nos anos seguintes, o mesmo fenômeno foi observado por Tinic¸
(1988), Ritter (1991) e outros autores que se propuseram a realizar pesquisas sobre o
tema. Nos Estados Unidos, de acordo com Loughran e Ritter (2002), em 1980 a média
de retorno do primeiro dia de IPOs foi de 7%. Passou para 15% no período entre 1990
a 1998, e para 65% no período entre 1999 e 2000 (CASSOTI e MOTTA, 2008).
Segundo Peter (2007), inúmeras teorias foram propostas a fim de explicar o fenômeno
de preços da IPOs e a assimetria da informação que é a base para a maioria dos
modelos teóricos. A teoria da “Praga do Vencedor”, introduzida por Rock (1986) apud
Ritter (1998), é uma das mais conhecidas hipóteses que tratam sobre a assimetria de
informações e diz que no mercado existem investidores informados e os
desinformados.
Ljungqvist (2005) argumenta que nos processos de bookbuilding (processo no qual,
subscritores tentam determinar o preço de uma IPO baseado na demanda de
investidores institucionais), alguns investidores guardam informações para si, não as
revelando para a instituição líder, objetivando que os preços das ações sejam
colocadas à venda com deságio. Todavia, outros autores como: Benvenist e Spindt
(1989), Wilhelm (1990), Spatt e Srivastava (1991), acreditam que o processo de
bookbuilding, também pode ser um mecanismo de diminuir este deságio, ao implantar
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3 METODOLOGIA DA PESQUISA
4.1 VISANET
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Segundo a Visanet (2009d) em 06 de Julho de 2009 concluiu sua IPO, até a data a
maior operação da história da BM&F Bovespa, no valor de 8,397 bilhões. A operação
consistiu na distribuição secundária de 559.813.928 ações ao preço de R$15,00 por
ação. As ações da empresa integram o nível mais elevado de governança corporativa
da bolsa, o Novo Mercado. A dispersão da oferta da Visanet pode ser visualizada
conforme tabela 1.
Pode-se verificar pela análise da tabela 1 que, em termos percentuais o grupo que
possui o maior volume de ações em seu poder é o de pessoas físicas, representando
92,62% do total de compradores. Porém o grupo de maior representatividade
monetária é o de investidores estrangeiros, que representam 56,5% do total das ações
e os fundos de investimento são o segundo grupo mais relevante em valores
monetários, representando 12,8% do total. Já a estrutura de capital da empresa,
comparativamente na fase pré-IPO e pós-IPO pode ser delineada conforme os gráficos
1 e 2.
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Denota-se que a estrutura de capital pré e pós-IPO possui uma mudança significante
com relação ao free-float que é a quantidade de ações livres nas mãos de acionistas
minoritários. Já com relação à destinação dos recursos constantes no prospecto
definitivo, segundo a Visanet (2009a, p.82), a companhia não receberá quaisquer
recursos em decorrência da realização da oferta. Os Acionistas Vendedores receberão
todos os recursos líquidos resultantes da venda das Ações objeto da Oferta, inclusive
caso haja emissão de Ações Adicionais ou o exercício das Opções de Ações
Suplementares.
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O preço de venda por ação da Visanet foi fixado conforme a tabela 3, em 15 reais, após
a finalização do procedimento de coleta de intenções de investimento com
investidores institucionais (“procedimento de bookbuilding”), conduzido no Brasil
pelos Coordenadores da Oferta e, no exterior, pelos Agentes de Colocação
Internacional. A realização da Oferta e a venda das ações foi aprovada pelos órgãos
competentes dos Acionistas Vendedores (VISANET, 2009d).
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IBOVESPA
VNET3
Em meio à crise iniciada em 2008, a Visanet realizou a sua IPO, que foi a primeira do
ano no Brasil e a maior já registrada no mercado Brasileiro (BOVESPA, 2009a).
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CONCLUSÕES
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