Vous êtes sur la page 1sur 9

Comendo Dinheiro

Dizimo, a mentira dos sacerdotes de ontem e


de hoje
O famoso texto de Malaquias 3:8-10: "Roubará o homem a Elohim? Todavia vós me
roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas. Com
maldição sois amaldiçoados, por que me roubais, vós a nação toda. Trazei todos os
dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na m inha casa e depois fazei prova
de mim, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não
derramar sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança"

Talvez seja este o texto mais distorcido da Bíblia. Embora quase que universalmente
aceito, contém muitos erros de interpretação. Vejamos:
O povo de Israel era governado por vários tipos de Instruções:
O dízimo se enquadra unicamente na Instrução do Templo. Como o regime do Templo
não existe mais hoje. Pois não temos mais O Templo em Jerusalém, então não temos
como cumpri-las.
Tome cada passagem bíblica sobre dízimo e observe que os contextos sempre contêm
instruções cerimoniais do Templo. Agregados aos dízimos lá estão as ofertas alçadas,
os bodes, os sacerdotes, os levitas, o templo, etc.
Mas, alguém poderia argumentar que o termo “roubará o homem a Elohim?” Faz
Malaquias 3:8-10 se enquadrar no oitavo mandamento da lei, “não furtarás”. Entretanto,
cada vez que um judeu quebrava algum mandamento do Templo também pecava contra
a Torah. A ligação é intrínseca. Veja alguns exemplos:

a) Se um sacerdote rapasse os cantos da barba ou fizesse incisões no corpo estaria


pecando contra a lei, pois ele s deveriam ser santos ao YHWH e não profanar o
Seu nome (Levítico 21:5).Estaria também automaticamente pecando contra a lei
do “terceiro” mandamento, não tomarás o nome do YHWH teu Elohim em
falsidade (Êxodo 20:7)
b) Se a filha de um sacerdote se casasse com um estrangeiro e comesse das
ofertas das coisas sagradas estaria pecando contra a lei (Levítico 22:12 em
ligação com Malaquias 2:11) e ao mesmo tempo pecando também contra o
“quinto” mandamento da lei, ‘honra a teu pai e a tua mãe para que se
prolonguem os teus dias na terra que o YHWH teu Elohim te dá’ (Êxodo 20:12)
Não era esta desobediência um vexame e uma desonra para um pai sacerdote?
c) Se um judeu, ao invés de sacrificar animais ao YHWH erguesse um altar a
Baal, estaria pecando contra a lei tanto em adoração como de caráter. O animal
da Instrução do Templo sacrificados a um outro deus implicaria também em
pecado contra o primeiro mandamento da Instrução que diz ‘Não terás outros
deuses diante de mim’. (Êxodo 20:7).
d) Se um israelita furtasse alguma coisa de alguém que já tivesse morrido e não
encontrasse um parente próximo para pagar uma compensação estaria sob o
rigor da Instrução. Deveria fazer plena restituição com acréscimo de vinte por
cento diretamente ao sacerdote trazendo um carneiro para fazer expiação deste
pecado. (Números 5:6-8).Um procedimento ritualístico para um pecado contra o
“oitavo” mandamento da Torah:
‘Não furtarás’. (Êxodo 20:15)
e) Quando um judeu cometia um homicídio culposo pecava contra o “sexto”
mandamento da Torah que diz ‘não matarás’. Mas tinha que cumprir um ritual do
“código civil” fugindo para alguma cidade de refúgio onde o vingador do sangue
não o poderia atacar. Os vários tipos de leis interligadas.
f) Quando uma mulher casada adulterava ou estava sob suspeita de adultério
(pecado contra a Torah ) o marido a trazia ao sacerdote para um longo ritual.
(Instrução). Oferta de farinha de cevada, oferta de cereais de ciúmes, água de
purificação num vaso de barro misturada com pó do chão do Tabernáculo. A
mulher então soltava o cabelo, punha a mão sobre a farinha e bebia a água
amarga fazendo juramentos perante o Senhor. (Levítico5:11 a 31 – principalmente
o verso 29). Novamente uma Instrução de caráter moral e a uma lei de caráter
ritualístico do templo andando juntas. Vimos que as Instruções são ligadas entre
si.

Tome sua Bíblia e leia atentamente os três primeiros capítulos de Malaquias e


veja que o contexto inteiro está fundamentado na Instruções do templo.
CAPÍTULO 1 VERSO 7: Pães imundos sobre o altar.
CAPÍTULO 1 VERSO 8: Animais cegos, coxos e doentes sobre o altar.
CAPÍTULO 1 VERSO 10: Fogo estranho no altar do Senhor.
CAPITULO 1 VERSO 11: Incenso e oblação pura.
CAPÍTULO 1 VERSO 12: Mesa impura e comida desprezível.
CAPÍTULO 2 VERSO 3: Esterco do sacrifício.
CAPÍTULO 2 VERSOS 4 e 8: Aliança com Levi.
CAPÍTULO 2 VERSO 13: Altar do Senhor com lágrimas e choro.
CAPÍTULO 3 VERSO 4: Ofertas de Judá como nos dias antigos.
CAPÍTULO 3 VERSO 8: Dízimos e ofertas alçadas.
CAPÍTULO 3 VERSO 14: Andar em luto.

Como podemos agora tomar o texto de Malaquias, extrair a porção contida nos
versos 8-10 do capítulo 3 e fazer uma aplicação de roubo de dinheiro para as
pessoas de nossa época? Os ladrões do livro de Malaquias são outros e eles não
estão roubando dinheiro!

MALAQUIAS 3:8-10 NÃO É PARA VOCÊ!


O leitor atento notará que Malaquias 3:8-10 pertence a um grande texto com
início no capítulo 2 verso 1 estendendo-se até o verso 18 do capítulo 3. (Faz-se
necessário ler todo o texto para se captar o contexto).
Atente para o primeiro verso do capítulo 2. Para quem é a dura mensagem? Para
os sacerdotes, é claro! ‘Agora, ó sacerdotes, este mandamento é para vós’. A
mensagem era para os sacerdotes e não para nós. Eles é que estavam roubando
a Elohim, e ainda eram bem hipócritas. Veja as ligações do contexto:
a) Em que nos amaste? (1:1)
b) Em que desprezamos? (1:6)
c) Em que te havemos profanado? (1:7)
d) Em que o enfadamos? (2:17)
e) Em que havemos de tornar-se? (3:7)
f) Em que te roubamos? (3:8)

Mesmo o trecho “vós a nação toda” (Mal. 3:9) é dirigida a eles.


É uma hipérbole, uma figura de linguagem que Malaquias usou querendo
dizer: “Tá todo mundo roubando”.

Entretanto, mesmo que toda a nação estivesse roubando a Elohim, a


responsabilidade ainda era dos sacerdotes conforme declarado no verso 8 do
capítulo 2:
‘Mas vós vos desviastes do caminho, a muitos fizestes tropeçar na lei’.
A Bíblia contém mensagens específicas para determinadas pessoa s. Não
podemos tomá-las e sair por aí aplicando-as às nossas vidas.
Imaginemos um crente sincero chegando em casa aflito depois de um sermão.
Então veementemente conclama a esposa e aos filhos para arrumarem as malas,
pois terão que mudar daquela casa, daquele bairro, daquela cidade já ! Para onde
irão? Para onde Elohim mostrar! Por quê? Ordem bíblica: “ Sai da tua terra, da
tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei” (Gênesis
12:1). Isto não seria uma loucura? É bom que fique bem cl aro que esta ordem foi
dada por Elohim especificamente ao patriarca Abraão. Ele deveria se mudar de
casa, de cidade, de país. Ele e não nós.
Se aplicarmos o mesmo raciocínio para a ordem que Elohim deu a Moisés logo,
logo veremos alguns cristãos loucos conversando com pedras, pois Deus lhe
disse: “Fala à Rocha” (Números 20:8). É para nós este mandamento? Devemos
sair por aí dialogando com os rochedos? Ou deveria alguém começar a construir
uma arca só porque a Bíblia ordenou a Noé “Faze para ti uma arca de
madeira” (Gênesis 6:14)?
Quando Elohimfala com Abraão é com Abraão. Quando Ele fala com Moisés é
com Moisés. Com Noé, Noé.
Com sacerdotes, sacerdotes.
OS DÍZIMOS DE MALAQUIAS SÃO ALIMENTOS
O dízimo citado em Malaquias 3:8-10 não é dinheiro. É alimento.
Em coerência com todos os demais textos bíblicos sobre o assunto, dízimo aqui
é MANTIMENTO.
O povo trazia animais perfeitos para a casa do tesouro e, provavelmente os
sacerdotes corruptos estivessem roubando os animais sãos e oferecendo em
seu lugar animais defeituosos. Malaquias afirma categoricamente que os animais
eram roubados! (Mal. 1:8 e 13). Como o dízimo tinha três utilidades básicas: ser
consumido pelo próprio dizimista perante o YHWHr (Deut. 14:23), sustentar o
clero (Num. 18:24) e socorrer os necessitados (Deut. 14:28,29), todos saíam
perdendo. Os sacerdotes estavam roubando a adoração à Elohim. Impediam ao
povo cultuar a Elohim conforme as instruções contidas na Torah de Moisés. Eles
estavam roubando a grandeza de Elohim. (Mal.2:7-9).

O ritual dos dízimos estava diretamente ligado à liturgia, aos procedimentos de


culto e à adoração. No momento em que os sacerdotes desqualificaram o culto,
eles e a nação toda mergulharam no obscurantismo religioso. Sem luz os outros
pecados eram uma questão de tempo. Desonestidade (2:10); hipocrisia (2:13);
adultério (2:14,15 e 16); roubo (1:13).
Advertências ao clero aparecem em outros trechos da Bíblia. Em Ezequiel 34:1-
10 lemos: Ser Humano, profetiza contra os pastores de Israel... Ai dos pastores
de Israel que se apascentam a si mesmos. Não apascentarão os pastores as
ovelhas? Comeis a gordura e vestis-vos de lã. Degolais o cevado, mas não
apascentais as ovelhas. A fraca não fortalecestes, a doente não curastes... a
desgarrada não tornastes a trazer e a perdida não buscaste s, mas dominais
sobre elas com rigor e dureza... As minhas ovelhas andam desgarradas por
todos os montes... Portanto, ó pastores, ouvi a palavra do YHWH..

Precisamos compreender que sacerdote corrupto sempre existiu! As mais duras


mensagens da Bíblia são para eles e não para nós. Até o texto de Apocalipse
3:14-22 é mal interpretado. O endereçamento da advertência é claro: “Ao anjo da
igreja de Laodicéia”. Ao anjo da igreja. Aos administradores ou líder ou líderes
da congregação de Laodicéia.

Roubará o homem a Elohim? Dinheiro não! Ninguém está roubando o dinheiro de


Elohim quando se abstém de dar para a igreja dez por cento de seus salários. Os
que adoram a Elohim hoje o fazem em espírito e em verdade. Quem deixa de
entregar à igreja dez por cento de sua renda não está cometendo nenhum furto.
Não existe esta possibilidade! O texto de Malaquias 3:8-10 foi completamente
distorcido para se chegar a uma teologia tão esdrúxula.
A casa do tesouro estava sem mantimento porque era administrada por
sacerdotes desonestos. A casa do tesouro, um enorme compartimento do
Templo destinado à armazenagem da comida santa, passava por problemas
administrativos. Malaquias então se levanta e envia uma dura mensagem ao clero
judaico da época.
Roubar a Elohim é deixar os órfãos, as viúvas e os pobres sem
comida. Malaquias coloca estes criminosos no mesmo patamar dos feiticeiros e
adúlteros. (Mal. 3:5). Os dízimos do YHWH estavam sendo desviados das bocas
destes excluídos para as “contas bancárias” dos sacerdotes corruptos. Por isso
a ordem:
“Trazei todos os dízimos”. Uma boa parte não estava chegando ao Templo e o
YHWH dos Exércitos enviaria as maldições.

A IGREJA NÃO É A CASA DO TESOURO


Os defensores da doutrina do dízimo interpretam muito mal o texto de Malaquias 3:10
afirmando que Casa do Tesouro corresponde à Igreja (Associação) e que os dízimos são
dez por cento de nossas rendas.
A contextualização é feita da seguinte forma:
DÍZIMO = DEZ POR CENTO DOS SALÁRIOS.
CASA DO TESOURO = IGREJA
MINHA CASA = IGREJA (ORGANIZAÇÃO)
MANTIMENTO = COMIDA (DINHEIRO)
Mas, não se pode tomar um versículo bíblico e aplicar técnicas de contextualização em
apenas parte dele.
Se DÍZIMO, CASA DO TESOURO e MINHA CASA foram contextualizados logo
MANTIMENTO também precisa sofrer a mesma regra..
Ou deixamos o texto inteiro na sua forma literal ou contextualizamos tudo. É por isso
que MANTIMENTO em Malaquias 3:10 contextualizado significará A PALAVRA DE
ELOHIM, EU O YHWH NÃO MUDO (Mal. 3:6) Os homens tentaram modificar a palavra de
Elohim, mas note que inserido no próprio texto do profeta Malaquias, antes das
instruções dizimistas dos versos 8 a 10 do capítulo 3, Elohim declara que Ele não muda.
Uma importante advertência aos que pretendem modificar o sentido da mensagem
adaptando-a a interesses financeiros. Elohim não muda porque os dízimos em Malaquias
continuam tendo ligação com à agricultura, com os frutos da vide, com o mantimento.

Mas, para os obedientes, a benção. Benção detalhada no verso 11 do capítulo 3. Observe


bem a descrição bíblica. A benção é prometida àqueles que trouxessem os dízimos à
casa do tesouro (e a quem deixasse de roubá -los). Toda a bênção é de consequência
agrícola. Repreenderei o devorador, para que não vos consuma o fruto da terra. A vossa
vide no campo não será estéril, diz O YHWH dos Exércitos.
O que fazem os dizimistas? Tomam a última parte do verso 10 que antecede o texto
acima e mudam o sentido da benção. ‘E depois fazei prova de mim, diz o YHWH dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar uma bênção tal, qu e
dela vos advenha a maior abastança’.

Ora, abrir as janelas dos céus é oferecer boas condições climáticas, chuvas, para que a
colheita fosse farta. Era um assunto especificamente destinado aos dizimistas
agricultores. Pessoas ligadas a terra! Os outros profissionais judeus, pescadores,
carpinteiros, padeiros, guardas, nada tinham a ver com esta briga!
Como então dizer que o devorador aqui é o diabo? Que o fruto da terra são nossos
empregos?
Que a abastança é dinheiro, prosperidade?
É triste a situação daqueles que sempre dão dez por cento de seus salários para a igreja
e ficam aguardando indefinidamente pela benção da abastança. Quando ela não vem,
eles reinterpretam o texto dizendo que a abastança citada por Malaquias é saúde, paz,
amor e esperança. Uma cadeia de equívocos interpretativos, pois quando lemos estes
quatro versos com a devida atenção fica claro que o contexto é de bênçãos materiais e
não espirituais. Abastança! Colheita farta! Frutos na vide! Sem devorador! Sem
gafanhotos destruindo as lavouras. O tema é benção material e não saúde, paz, amor e
esperança! Elohim não muda e uma desilusão hermenêutica poderá levar a outros erros
em série. O fim será uma forte decepção com a religião e com Elohim que nenhuma
culpa tem neste processo. Mudaram o texto. Distorceram as palavras de Malaquias! Mas
o nosso Elohim continua sempre o mesmo!

ADVERTÊNCIA FINAL
Já que os líderes religiosos querem tomar para si a aplicação do texto de Malaquias,
sugerimos que absorvam primeiramente a grande mensagem contida no capítu lo 2 verso
7:

Ki shftêi Kohen ishmerú Da'at vê'Torá ivakshu mipihú ki malach Adonay Tzvaot hú.
Porque os lábios do sacerdote devem guardar o Conhecimento e a Torá, pois da sua
boca devem os homens procura-las , porque ele é mensageiro do YHWH dos Exércitos
A superstição criada pela doutrina do dízimo não condiz com a mensagem da verdade. A
crença de que seremos amaldiçoados se não dermos dez por cento de nossos salários à
igreja é um engodo e tanto. Superstição. Simplesmente um ERRO. A superstição é uma
ferramenta perfeita nas mãos de líderes religiosos. Sempre foi assim. Na idade média as
pessoas acreditavam que comprando indulgências escapariam do purgatório indo
diretamente para o céu. Quanto dinheiro o clero medieval não amealhou durante séculos
explorando a crendice supersticiosa de milhões de sinceros!

ABRAÃO E O DIZIMO
É indiscutível que o patriarca Abraão nos deixou um grande exemplo. Fé,
altruísmo, companheirismo com Elohim. Abraão era um “grande latifundiário”.
(Gênesis 13:10, 14 e 15). Centenas (Gênesis 14:14) de servos trabalhavam para o
fazendeiro Abraão, que além de muitas terras, possuía muito gado, muito ouro e
muita prata (Gênesis 13:2).
Os filhos “oficiais” de Abraão foram oito. Isaque nascido de Sara. Ismael nascido
de Hagar e mais seis rapazes nascidos de Quetura (Gênesis 25:1 e 2). As filhas e
os outros filhos de concubinas não são citados por nome. São estatísticas
genéricas (Gênesis 25:6). Mas observe que antes de morrer, Abraão tomou todas
as suas riquezas, terras, gado e transferiu tudo para o nome de Isaque. O filho
predileto e o filho da aliança de Elohim tornou-se herdeiro único e legítimo
herdeiro. Aos outros irmãos couberam indenizações, ou melhor, compensações
de direito, conforme narrado em Gênesis 25: 5-6. Abraão ainda teve o cuidado de
enviá-los para outros lugares todos os seus filhos de sua casa, mandando-os
para o Oriente – o lugar mais distante (Gênesis 25:6), para que Isaque não tivesse
problemas com irmãos mais tarde.
Nos tempos bíblicos o espaço de tempo entre uma gravide z e outra era
determinado pelo período da amamentação. Abraão precisaria de pelo menos 20
anos de “procriação” para gerar estes outros seis filhos de uma mesma mulher.
Em épocas remotas, quando as vacinas BCG ainda não existiam para garantir a
imunidade do bebê, o leite materno era a principal fonte de vida e sobrevida. Por
isso a mãe amamentava a prole durante anos. O pai colaborava abstendo -se de
relações sexuais com a “mulher-láctea”, isto porque, uma nova gravidez
encerraria o fluxo leiteiro. Um desastre para o bebê e uma catástrofe social nas
comunidades nômades adversas à mortalidade infantil.

E quanto ao dízimo de Abraão? Observemos atentamente o contexto histórico:


Fim de viagem! Depois de uma grande jornada e muitas experiências pelo
caminho. Depois do Egito, Neguebe e Betel Abraão fixa acampamento e ergue
um altar ao nome do Senhor. “Afinal, chegamos!”.
Mas o gado era muito e os pastores de Ló brigavam com os de Abraão. Eles
conversam e pacificamente decidem pela separação. Abraão escolhe três amig os
e se faz vizinho deles. São os senhores Mamre, Escol e Aner. Três irmãos
amorreus donos de carvalhais nas terras de Canaã. Ló, por sua vez, estende sua
fazenda para o lado do oriente até os limites de Sodoma. Lindas e bem regadas
campinas do Jordão.
Tudo estava indo muito bem. Até que estoura uma guerra. Cinco reis cansados
de servir por doze anos a um tal de Quedorlaomer, rei de Elão, resolvem se
rebelar no décimo-terceiro ano. Quedorlaomer prepara a reação. Convoca outros
três reis amigos e saem para sufocar os rebeldes. Em (Gênesis 14:1-17) chama
este evento de “A Guerra de Quatro Reis Contra Cinco”. Os reis rebeldes eram
trapalhões. Não tinham muita logística de combate. Dois deles caem em poços
de betume e os outros três fogem para salvar a própria pele.
Sua majestade, o rei Quedorlaomer, vem no décimo-quarto ano consolidar a
vitória. Os reinos derrotados Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar são
subjugados impiedosamente. Tudo e todos são levados cativos. Homens,
mulheres, crianças, gado, alimentos. “Os quatro reis tomaram todos os bens de
Sodoma e Gomorra, e todo o seu mantimento, e se foram” (Gênesis 14:11).
Assim, Ló, um homem muito rico, morando na vizinhança de Sodoma, no lugar
errado, no momento errado, cai nas garras de Quedorlaomer, que lhe confisca
todos os bens.

Lá nos carvalhais de Mamre, Abraão toma conhecimento dos fatos. Confabula


então com seus amigos Mamre, Escol e Aner. Criam uma tropa de elite com
trezentos e dezoito bravos guerreiros. Todos criados em sua casa. E saem em
perseguição a Quedorlaomer. A vitória é esmagadora. “Homens, mulheres e o
povo” Todos os cativos, (Genesis 14:16) são libertados. Todos os despojos
recuperados.
Acontece então uma cena impressionante. Melquisedeque, rei de Salém,
aproxima-se de Abraão e o abençoa. Melquisedeque (Melchi - Tzedek meu rei da
justiça) era (Cohen El Elion) Sacerdote do Poderoso Altíssimo.um símbolo do
Messias. Um Sumo Sacerdote do Elohim verdadeiro, saído de onde não
sabemos!
Até aí nenhuma novidade. Mais tarde outras escolhas deste tipo aconteceriam.
(Balaão, por exemplo, um gentio era um profeta de Elohim, sendo ele mesmo um
amonita).
Melquisedeque abençoa a Abraão. Traz-lhe pão e vinho. E diz: Baruch El Elion
(Bendito seja o Poderoso Altíssimo), que entregou os teus inimigos nas tuas
mãos (Gênesis 14:20). Abraão então organiza os despojos recuperados.
Contabiliza tudo. Parte dos despojos pertencia aos reis de Sodoma e Gomorra.
Uma outra parte a Ló e uma outra parte se referia ao ‘custo operacional da
guerra’. Os reis de Sodoma e Gomorra sugerem a Abraão ficar com os bens
materiais e devolver apenas as pessoas sequestradas por Quedorlaomer.
Abraão recusa a proposta. Devolve tudo aos seus legítimos donos. Mas, antes de
fazê-lo, calcula o dízimo sobre o valor destes despojos e paga ao Sacerdote
Melquisedeque.
Pagar é um termo muito pesado. O tradução bíblico diz que Abraão deu o dízimo
de tudo. Não do seu patrimônio, mas dos despojos recuperados na guerra . (Ver
Hebreus 7:4). ( porque no Texto Hebraico não tem o nome de Abraão)

Ninguém pode afirmar que Abraão vivia sob alguma forma de lei que o obrigava a
ser um dizimista.
Nem tão pouco pode afirmar que Elohim exigia dele, sob mandamento, dez por
cento de sua renda.
O dízimo na era patriarcal não era obrigatório! Muito menos sistemático. A
sazonalidade do dízimo estava ligada a fatos especiais que traziam muda nças de
rendas. Destas receitas extras dava -se o dízimo.

A obrigatoriedade dizimista só começaria a existir na era levítica. (Veja o


contraste das expressões contidas em Levítico 27:30-33; Números 18:24;
Deuteronômio 14:22-29).
Quem usa o exemplo de Abraã o como fiel dizimista, não está atento a vários
detalhes:

A* Abraão deu o dízimo do excedente que ele tinha conquistado na guerra.


(Hebreus 7:4).
b* Muitas das posses que ele recuperou pertenciam a Ló (Gênesis 14:16).
c* A maior parte dos despojos pertencia aos reis de Sodoma e Gomorra (Gênesis
14:11)
d* Nada pertencia a Abraão, que se recusou a tomar qualquer coisa para si.
(Versos 21-24)
e* A lei dos dízimos (Levítico 27:30-31) exigia dízimos em forma de coisas
produzidas pela terra: grãos, gado. Em nenhuma parte fala para dizimar despojos
de guerra.
f* Após a guerra, Abraão ficou com o mesmo patrimônio que possuía antes. Não
houve acréscimo de renda. (Gênesis 14:24). Portanto ele deu o dízimo perfazendo
um caminho inverso da orientação teológica a presentada em nossos dias, que
manda dizimar rendas, ganhos e lucros.
g* Os despojos de guerra incluíam serem humanos, escravos capturados do
exército inimigo.
h* Para que o dízimo de Abraão tenha o mesmo significado dos dízimos
cobrados hoje pelas igrejas, ele teria que ter ficado com os outros 90%. Que
dizimista é este que dá 10% para o Sumo Sacerdote e os outros 90% para um rei
pagão, descontando apenas o custo operacional da guerra?
i* Yeshua nunca recebeu dízimos. Melquisedeque simbolizava ou e ra o Messias,
por que não encontramos relatos de pessoa s dando dízimos a Yeshua durante
seu tempo aqui na Terra? Não é Ele o Sumo Sacerdote da Ordem de
Melquisedeque? Como ousam os líderes religiosos hoje exigir dízimos aos seus
fiéis na qualidade de sacerdotes sucessores de Melquisedeque, se o nosso
Sumo Sacerdote não fazia assim?

DESPOJOS DE GUERRA
Dízimo sobre despojos são único neste caso de Abraão. Dois outros exemplos
são apresentados na bíblia. O primeiro em Êxodo 3:21-22; 11:2-3; 12:35-36,
quando os Israelitas ganharam dos Egípcios pouco antes de saírem para o
deserto. Está bem claro que eles não deram (tão pouco pagaram) qualquer
dízimo.
Interessante notar que o texto justifica esta dádiva afirmando que aquilo era uma
compensação salarial pelos muitos anos de trabalho escravo. Esta massa de
salários atrasados, esta “indenização trabalhista paga na despedida”, deveria ser
à luz da teologia moderna, cem por cento dizimável. Entretanto isto não
acontece.
Mas, a seu bom tempo, meses mais tarde, parte desta fortuna é oferecida
liberalmente, de todo o coração, não por tristeza ou por necessidade, mas com
prazer, em forma de ofertas voluntárias para a construção do
Tabernáculo. Elohim ama quem dá com alegria! (Ver Êxodo 35:5,20,21; 36:3,5,6)
O segundo exemplo traz detalhes sobre os procedimentos das ofertas aplicados
aos despojos de guerra.
O texto encontra-se em Números 31. Houve uma guerra com os Midianitas. Um
quinhentos-ávos da metade dos despojos destinada à congregação deveria ser
oferecido como oferta ao YHWH (verso 27 e 28). Um cinquenta-ávos da outra
metade deveria ser oferecido pelos soldados ao sacerdote Eleazar (Verso 29).
Nenhum sistema de dízimo é aplicado a estes despojos. E saber que toda aquela
matemática de divisão de ofertas dos despojos, incluía bois, jumentos, ovelhas.
(Versos 9, 26-31). Exatamente as mesmas “unidades monetárias” utilizadas no
cálculo do dízimo da era levítica.

Assim, podemos afirmar que Abraão deu o dízimo a Melquisedeque sem estar
obedecendo alguma lei que o obrigasse a fazê-lo. (Segundo a Tradução Bíblica) É
mais fácil afirmar que ele estava seguindo uma tradição de sua época. Costumes
religiosos da cultura de seus dias. Ele deu o dízimo sobre valores de coisas
roubadas. Coisas roubadas, recuperadas e devolvidas aos seus legítimos donos
(Gênesis 14:21-23). Deu também o dízimo sobre o salário alheio. Sobre a parte
que se referia ao pagamento dos homens que foram com ele para a guerra. Os
trezentos e dezoito valentes e seus amigos Aner, Escol e Mamre. (Gênesis 14:24).

Aqueles que buscam em Abraão um exemplo de fiel dizimista deveriam explicar


sua prática de dar o dízimo. Explicar o “pagamento” de um dízimo feito a um
sumo - sacerdote "desconhecido".
Quem eram seus sacerdotes? Como era composto seu clero? Será que as boas-
novas foi pregado primeiramente aos Jebuseus, em contraste ao que é afirmado
em Gálatas 3:8: Ora, tendo a Escritura previsto que Elohim havia de justificar
pela fé os gentios, anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: Em ti serão
benditas todas as nações.

Para Abraão o princípio de dar dízimos não lhe era estranho. Tabletes
cuneiformes comprovam esta prática entre os povos da Mesopotâmia. Os
caldeus e os babilônicos sustentavam seus templos, seus deuses com
dízimos. (Veja W. von Soden, He Ancient Orient, Eerdmans, 1994, pp. 188-198.
Também A. e W. Eichrodt, Theology of He Old Testament, SCM, 1987, Vol. I, pp.
141-177 e Harris, Archer, Waltke, Theological Wordbook of He Old Testament,
Moody Press, 1980).

Concluímos então que Abraão não é um exemplo de dizimista para nossos dias.
Em nenhuma parte da Bíblia ele é apresentado como um dizimista sistemático,
regular. Suas práticas de dízimos em nada se parecem com as requeridas hoje
em dia pelos líderes religiosos. Abraão dizimou justamente riquezas que não lhe
pertenciam. Riquezas que ele devolveu (90%) aos seus legítimos donos. Abraão
estava seguindo um costume de sua época. Costume dos povos da Antiguidade.

Abraão deu seu dízimo a um sacerdote - E ele abençoou Abraão e sua prática
dizimista. Se Elohim abençoou o sistema de dízimo de Abraão, como alguém
ousaria mudar todo o contexto e fazer aplicações distorcidas para sustentar uma
teologia moderna de espoliação a crentes sinceros. Pessoas simples que são
induzidas a dar dez por cento de suas rendas a líderes religiosos comp letamente
desassemelhados a Melquisedeque, o sacerdote do Poderoso Altíssimo. O
recebedor e abençoador do dízimo especial de Abraão?

Na realidade tudo aquilo era uma grande tipologia. Melquisede que representando
Yeshua, nosso Sumo Sacerdote. Abraão re tornando a Jerusalém, a Cidade da
Paz, trazendo os cativos. O pão e o vinho também estavam ali nas mãos de
Melquisedeque complementando a belíssima tipologia da salvação. Da liberdade.
Da paz. O dízimo de Abraão também era um ritual simbólico. Adoração ao Elohim
que liberta. Uma oferenda. Um culto ao grande Elohim que garante todas as
conquistas! Àquele que nos fez livres em Mashiyach Yeshua). Esta é a história de
um Elohim que ama àqueles que lhe dão ofertas voluntárias. Sem imposição.
Sem coação. Sem ameaças de maldição. Sem superstições. Depois destas coisas
veio a palavra do YHWH a Abraão numa visão, dizendo: Não temas, Abraão, eu
sou teu escudo; a sua recompensa será muito grande. (Gênesis 15:1).

Baruch atá Adonay Maguen Avraham (Bendito sejas tu Adonay escudo de


Abraão)
E quanto a você, ainda teme ser amaldiçoado, caso decida parar de sustentar um
lidere religioso financista ávido por receber taxas e mensalidades que eles
insistem em chamar de “dízimos”?
Pense bem! Elohim é o seu escudo, e o seu galardão será grande.
Liberte-se hoje de todas estas superstições denominacionais, fina ncistas e
mentirosas e o YHWH fará de você uma verdadeira benção!

Rosh Shaul bem Avraham (Ericson Soares da Silva)

 Fonte
 Tanach Hebraico

Vous aimerez peut-être aussi