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O Desenvolvimento da Teoria do Psicodrama

no Brasil

O autor inicia seu texto sobre o desenvolvimento da teoria do


psicodrama no Brasil, a partir da comparação entre a espera da ressurreição
de herói para os antepassados lusitanos e os psicodramistas em torno de
Moreno. Algo irreal como a imagem importada de neve contrastando que a
realidade brasileira.

Moreno, criador da técnica derivada do teatro, não um simples teatro,


mas um teatro terapêutico, iniciada nos fins da década 70, causou
impressão derivadas dos seus resultados. Um momento marcado por uma
grande efervescência cultural juntamente com a repressão política. Período
que favoreceu a técnica do psicodrama em S.P, tempo também considerado
de infidelidade brasileira a Moreno.

Havia a teoria do núcleo do EU de Rojas–Bermudez, orientando a


formação dos primeiros psicodramatistas brasileiros, uma teoria que
tentava suprir uma ‘aparente’ lacuna deixada por moreno, uma vez que
tentava “estabelecer uma ponte entre o intrapsíquico e o inter-relacional
através de uma compreensão da estrutura do EU que se articulasse com a
noção de papel” (p.22). Teoria que conseguiu sobressair em importância na
teoria psicodramática.

Somente após o congresso internacional de psicodrama em 1970 -


S.P, houve o divisor de águas. Novas questões surgiram e começaram a
inquietar os psicodramatistas remanescentes, e somente com a vinda de
Dalmiro Bustos, em meados dessa década, foi introduzido a etapa
Moreniana do compartilhamento ou ‘Sharing’, substituindo a etapa de
comentários, revalorizando o método de ação.

Bustos obriga a revisão do temo psicodrama, situa a sociometria


como ponto central da teoria psicodramática, além de recuperar a noção e
importância de seus ramos. O resultado foi o questionar e desfocar da
teoria do núcleo do EU, com composições radicais de defensores e
opositores de ambos os lados.

Mas em 1977, em Curitiba, com o Congresso de Psiquiatria e


Higiene Mental, houve um marco no psicodrama no Brasil, pois a partir
daí aconteceu a criação da FEBRAP -Federação Brasileira de Psicodrama;
o I Congresso Brasileiro de Psicodrama, e no próximo ano a publicação do
primeiro número da revista da FEBRAP.

Vários foram os acontecimentos após estes eventos. Souza Leite, na


revista TEMAS, sistematiza as primeiras críticas à teoria do núcleo do EU.
Campedelli inaugura a discussão sobre o atendimento psicodramático
individual bipessoal. Eva dá inicio á diferenciação entre o funcionamento e
fundamentação entre os grupos terapêuticos psicodramáticos e
psicanalíticos.

Outro fator relevante foram as duas obras, que marcaram a nova


direção do psicodrama brasileiro. A primeira, em 1979, Afredo Naffah
Neto publica Psicodrama: Descolonizando o Imaginário, obrigando a
retomada a Moreno, porém com uma crítica da teoria da Espontaneidade-
Criatividade, da teoria dos papéis e de seu projeto sócio econômico, com
redefinições decisivas.

Neste livro também são encontradas as primeiras críticas ao conceito


de papel psicossomático, destacando “a etapa do reconhecimento do EU e
do outro como sendo a do domínio simbólico do ser social” (p.26).
A segunda obra, aconteceu em 1980, quando José de Souza Fonseca
Filho publica o Psicodrama da Loucura, criando uma nova teoria
conhecida como Teoria da Matriz de Identidade. Também neste ano
Mezher publica um artigo criticando o conceito do papel psicossomático.

Estes três formaram a base teórica para os psicodramistas


insatisfeitos e foram decisivos para que a Teoria do Núcleo do Eu fosse
definitiva abandonada, iniciando um novo período para a Teoria da Matriz
de Identidade.

A década de 80 foi marcada por uma ampla produção científica.


Aguiar e Volpe através dos livros Teatro da Anarquia e Édipo: Psicodrama
do Destino, “recupera a noção de psicodrama enquanto teatro terapêutico”
(p. 28). Aguiar ainda vai além e introduz novas pontuações teóricas. É ele
também que observa que a Matriz da identidade não é uma constante na
teoria Moreniana.

Finalmente, surge um novo termo, criado por Fonseca filho, o


‘neopsicodrama’, que marca o período atual. Não representando uma nova
corrente ou ponto de vista, mas um período que para ele, não é mais
puramente Moreniano.

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