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JOGOS COOPERATIVOS NA REDUÇÃO

DA AGRESSIVIDADE INFANTIL
8 de abril de 2013
Acesso 20 de set. de 2018 site: https://pedagogiaaopedaletra.com/jogos-cooperativos-na-
reducao-da-agressividade-infantil/

Jogos Cooperativos na Redução da Agressividade Infantil

INTRODUÇÃO
Os primeiros 6 anos da criança são decisivos para toda a sua vida. Ela tem direito a ser cuidada e
educada em um ambiente adequado e saudável, a brincar, a apropriar-se de sua cultura, a construir
sua identidade como cidadã e a ampliar seu universo de experiência e conhecimentos a partir de
suas relações na família e na comunidade.
O aumento da violência na atual sociedade vem sendo discutido há muito tempo, porém poucas
ações são tomadas para que esse quadro se reverta. Quadro este que começa atingir também os
profissionais de Educação Física e suas atividades didáticas. Na escola, professores relatam o
aumento da agressividade e da violência, que são, em muitos casos, utilizados para promover atos
de exclusão e marginalização de crianças que não conseguem interagir dentro de grupos
específicos. Esta deficiência no processo de inclusão pode ser provocada por características
individuais ou sociais de certos alunos.
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A idéia de Brotto (2001), em que ninguém joga ou vive sozinho, e de que ninguém joga ou vive tão
bem em oposição e competição contra outros, como se jogasse ou vivesse em sinergia e
cooperação com todos, catalisa a necessidade de se refletir sobre as atitudes diárias como seres
humanos e como profissionais da Educação e da Saúde.
Um dos principais objetivos dos jogos cooperativos, enfatizado por Brotto (2001), é o de levar as
pessoas a vencer os desafios, limites e medos pessoais, ultrapassando a idéia de que o importante
é superar os outros. Este autor, sendo um dos pioneiros na publicação de textos sobre esta temática
no Brasil, baseando seus estudos em Brown (1994), lança o livro “Jogos Cooperativos: se o
importante é competir o fundamental é cooperar” que se torna um dos marcos iniciais para
publicações sobre esse assunto em território nacional, e que tem em seu título a representação da
principal característica desta atividade:
Neste sentido, a aula de Educação Física, parecer ser uma excelente oportunidade de se
implementar tais estratégias pedagógicas, que devem ser utilizadas pelo professor com a finalidade
de ampliar a reflexão dos alunos sobre a idéia de que se pode ganhar sempre, mesmo sem ter que,
necessariamente, vencer, e propiciar a implementação de atitudes éticas durante as relações,
lançando desafios que extrapolam os muros das instituições escolares e refletem, inclusive, no
âmbito do lazer.
O objetivo deste trabalho é mostrar o quanto os jogos cooperativos podem contribuir contra a
agressividade difundindo suas práticas de solidariedade, exercendo á cidadania plena,exigindo
profundas mudanças de atitudes e valores no lugar do individualismo.

A ORIGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL


Na idade média o modo de lidar com as crianças durante todo o processo infantil, era baseado em
alguns costumes herdados da antiguidade, onde o papel das crianças era definido pelo pai.
No mundo grego os direitos do pai era total podendo tirar-lhe a vida, caso o rejeitasse.
No mundo germânico, o poder era patriarcal, exercido pela dominação política e social.
Observa-se que nas sociedades antigas a criança não tinha qualquer status. Sua existência social
dependia única e exclusivamente do pai, no caso das crianças deficientes e das meninas o pai podia
mandá-los para prostíbulos ao invés de matá-los; e no caso das crianças pobres, elas eram
abandonadas ou vendidas.
As mudanças em relação ao modo de lidar com as crianças começaram a acontecer após a
ascensão do cristianismo.
Devido as mudanças sociais e econômicas causadas pela revolução industrial, as mulheres se
viram obrigadas a abandonar seus lares, onde antes sua função era cuidar do marido, dos filhos e
dos afazeres domésticos, e, ingressar no mercado de trabalho. Essas trabalhadoras começaram a
fazer pressão pois viam nas instituições especializadas, um direito seu e de seus filhos, por
melhores condições de vida, dessa forma deu-se início a educação infantil no Brasil.
Até 1920 essas instituições tinham um perfil exclusivamente filantrópico e era caracterizado pelo
seu difícil acesso oriundo do período colonial e imperialista no Brasil.
“Na década de 20, passava-se à defesa da democratização do ensino, educação significava
possibilidade de ascensão social e era defendida como direito de todas as crianças, consideradas
como iguais”. (KRAMER et al., 1995, 55).
Entende-se como educação infantil, o período de vida escolar em que se atende, pedagogicamente,
crianças com idade entre 0 a 6 anos.
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional chama o equipamento educacional
que atende crianças de 0 a 3 anos de creche; e o equipamento que atende crianças de 4 a 6 anos
de pré-escola.
Na década de 30 foram criados diversos órgãos voltados à assistência infantil, tais como: Ministério
da Saúde, Ministério da Justiça, Previdência Social e Assistência Social, Ministério da Educação e
também a iniciativa privada.
Visando o combate a mortalidade infantil, nesta época passou-se a preocupar-se com a educação
física e a higiene das crianças como fator de desenvolvimento das mesmas.
Em 1940, surgiu o Departamento Nacional da Criança (DNC) que tinha como objetivo ordenar
atividades dirigidas à infância, maternidade e adolescência. Esse departamento era administrado
pelo Ministério da Saúde.
Segundo Kramer (1995) na década de 50 o DNC desenvolveu vários programas e campanhas,
visando o combate a desnutrição, vacinação e diversos estudos e pesquisas de cunho médico
realizados no Instituto Figueira.
Com o enfraquecimento do DNC na década de 60, acabou-se por transferir algumas de suas
responsabilidades para outros setores, prevalecendo o caráter médico-assistencialista.
Na década de 70 acontece a promulgação da Lei nº 5692, de 1971, o qual faz referencia à educação
infantil, dirigindo-a como ser conveniente à educação em escolas maternais, jardins de infância e
instituições equivalentes.
Observa-se que a educação infantil surgiu visando a assistência de saúde objetivando a
preservação da vida, não se relacionando em nada com o fator educacional.

VIOLÊNCIA NA PRIMEIRA INFÂNCIA


Pouco se conhece sobre o tema violência na primeira infância.
Segundo Jares (2002) apesar do incremento de denuncias, conseqüentes atendimentos, estudos e
políticas, permanece muito distante de um conhecimento da real dimensão dessa tragédia que se
abate diariamente sobre as crianças.
Independente da classe social as crianças submetidas a maus-tratos físicos e psíquicos, a
violências sexuais passando por situações de exploração, trabalho na rua, entre outros.
Para Jares (2002) vários fatores contribuem para o aumento da agressividade podendo-se citar:

 Pobreza e desemprego – por falta de condições de uma vida digna e pela ausência de
assistência educacional e à saúde, muitas crianças se vêem obrigadas a trabalhar na rua,
prostituindo-se, traficando, roubando e mendigando.
 Meios de comunicação – neste caso as crianças estão sujeitas à influencia nociva dos
videogames, da televisão e dos computadores, através dos quais são vinculados, em forma
de filmes, jogos, histórias em quadrinhos e propagandas idéias agressivas e destrutivas. As
crianças vêem na agressão uma estratégia de resolução de problemas, ignorando o caminho
do diálogo.
 Família – observa-se neste caso uma desestruturação familiar e falta de tempo para os
filhos. A violência familiar ocorre, pelo abuso de poder disciplinador dos pais que viola
diretamente a essência da criança.

Alguns pesquisadores focam que a violência psicológica é a mais comum dentro do âmbito familiar
e a mais difícil de ser reconhecida.
Segundo Jares (2002) bullying é o conjunto de comportamentos agressivos, caracterizados pela
natureza repetitiva e pelo desequilíbrio de poder, podendo ser reconhecido na escola, na família,
nas comunidades, nos clubes, etc.
Ainda segundo o autor a violência entre escolares causa danos psicológicos gravíssimos aos
envolvidos.
Em relação a situações violentas e suas causas, estudos apontam traços comuns às vítimas
podendo-se citar: timidez, baixa auto-estima, dificuldade de relacionamento, rejeição e exclusão.
Esses estudos mostram que no Brasil esse fenômeno acontece em 100% das escolas,
independente da localização, da esfera e da faixa etária.
Pesquisas realizadas em diferentes contextos da educação infantil demonstram condutas
agressivas que acontecem na sala de aula, no recreio, nos corredores e nos banheiros: apelidos
que incomodam, brincadeira, acusações, discriminação, gozações e ofensas, furtos de materiais,
lanches e dinheiro, violência física, abuso sexual e chantagens.
Na visão de Jares (2002) alguns professores tornam-se agressores pela sua postura, quando
demonstram autoritarismo e intimidação.
Ainda segundo o autor, existe programas antibullying que…
“[…] utilizam estratégias psicopedagógicas e socioeducacionais, visando à prevenção à prevenção
da violência escolar, mostrando ser imprescindível o envolvimento da comunidade escolar no
problema. Tais programas reafirmam o fato de que os valores como ética, moral e cidadania são
essenciais para a redução da violência e para a construção da paz. O diálogo, o respeito e a
cooperação precisam ser valorizados”. (2002, 29).
Nesse sentido é possível ensinar comportamentos não violentos para lidar com a frustração e a
raiva, bem como ensinar habilidades pêra que os conflitos interpessoais possam ter soluções
pacificas desde a primeira infância.

A AGRESSIVIDADE INFANTIL
A agressividade infantil é um assunto bastante amplo e podemos notar suas raízes desde o início
das relações das crianças ainda na educação infantil.
Precisamos inicialmente, discernir o que é inerente a determinada faixa etária ou sexo e o que está
fora dos padrões esperado pelos mesmos.
Segundo a teoria piagetiana podemos classificar o desenvolvimento cognitivo em diversas etapas.
Na educação infantil, passamos basicamente por duas delas: Sensório-motora que vai do
nascimento aos dois anos de idade. Nesta fase a criança se utiliza basicamente dos sentidos para
conhecer o mundo. Tudo aqui acontece por reflexos e acriança leva tudo à boca; Pré-operatória
que vai dos 2 aos 7 anos onde a criança começa a adquirir noções de tempo, espaço. Ainda não
há raciocínio lógico e as ações para ela ainda são irreversíveis.
Uma criança que morde o amiguinho até dois anos de idade, não pode ser rotulada como agressiva.
Ela ainda não sabe usar a linguagem verbal e a linguagem corporal acaba sendo mais eficiente. A
criança nesta fase, é egocêntrica e acredita que o mundo funciona e existe em função dela. Uma
das primeiras maneiras de relacionamento é a disputa por objetos ou pela atenção de alguém
querido – como a mãe, o pai ou o professor. A intenção da criança, ao morder ou empurrar, é obter
o mais rápido possível aquele objeto de desejo, já que não consegue verbalizar com fluência. Esta
fase de disputa é natural e quanto menos ansiedade for gerada, mais rápida e tranqüilamente será
transposta. É claro que o adulto não deve apenas assumir a postura de observador e sim, interferir
quando necessário, evitando que se machuquem, e explicando que a atitude não é correta. Enfim,
impondo limites! Porém não devem supervalorizar a agressão, pois as crianças ainda não
conseguem entender que estão machucando.
A agressividade pode ser hostil, com a intenção de machucar ou ser cruel com alguém, seja física
ou verbalmente. Ou ainda pode aparecer com o intuito de conquistar uma recompensa, sem desejar
o mal do outro.
A agressividade aparece ainda em reação a uma frustração. Birras, gritarias e chutes.
Comportamento comum, porém necessário ser amenizado até extinguido mais uma vez explicando
à criança que não é um comportamento adequado.
Outro aspecto fundamental ao desenvolvimento de comportamento agressivo é o meio ambiente
em que a criança está inserida, família, escola e estímulos recebidos por meios de comunicação.
Há, ainda, fatores individuais, inatos como sexo e hereditariedade.
É essencial saber discernir quando um comportamento agressivo é passageiro, por motivos
temporários, como o nascimento de um irmãozinho, a hospitalização ou perda de um ente querido,
ou ainda por mudança de casa ou escola ou se pode ser considerado como um transtorno de
conduta, caso em que é necessário um acompanhamento de especialista para auxiliar a sanar o
problema. Se não dermos a devida importância nesta fase essas atitudes poderão evoluir de forma
prejudicial na adolescência e vida adulta, podendo transformar a criança em agente ou alvo de
Bullying.
A diferença de sexo também pode indicar um aspecto da agressividade. Diversas pesquisas
apontam para uma capacidade precoce das meninas, em relação aos meninos para adaptarem-se
em grupo e socializarem-se com maior facilidade. Meninos tendem a apresentar mais problemas
para adaptação social.
Segundo Vygotsky, no processo de desenvolvimento, a criança começa usando as mesmas formas
de comportamento que outras pessoas inicialmente usaram em relação a ela. Isto ocorre porque,
desde os primeiros dias de vida, as atividades da criança adquirem um significado próprio num
sistema de comportamento social, refratadas através de seu ambiente humano, que a auxilia a
atender seus objetivos. Isto vai envolver comunicação, ou seja, fala.
Vygotsky cria um conceito para explicitar o valor da experiência social no desenvolvimento cognitivo.
Segundo ele, há uma zona de desenvolvimento proximal, que se refere à distância entre o nível de
desenvolvimento atual – determinado através da solução de problemas pela criança, sem ajuda de
alguém mais experiente – e o nível potencial de desenvolvimento – medido através da solução de
problemas sob a orientação de adultos ou em colaboração com crianças mais experientes.
A brincadeira fornece, pois, ampla estrutura básica para mudanças da necessidade e da
consciência, criando um novo tipo de atitude em relação ao real. Nela aparecem a ação na esfera
imaginativa numa situação de faz-de-conta, a criação das intenções voluntárias e a formação dos
planos da vida real e das motivações volitivas, constituindo-se, assim, no mais alto nível de
desenvolvimento pré-escolar.

JOGOS COOPERATIVOS
Entende-se por jogos todo e qualquer competição onde as regras são feitas ou criadas num
ambiente restrito ou até mesmo imediato.
“O jogo é uma atividade ou ocupação voluntária, exercida dentro de certos e determinados limites
de tempo e de espaço, seguindo regras livremente consentidas, mas absolutamente obrigatórias,
dotado de um fim em si mesmo acompanhado de um sentimento de tensão e alegria e de uma
consciência de ser diferente de vida cotidiana”. (HUIZINGA, 1996, 33).
Segundo Brotto (2001) os jogos cooperativos surgiram da preocupação com a excessiva
valorização dada ao individualismo e à competição exacerbada, na sociedade, na cultura ocidental.
Ainda segundo o autor a competição tem sido adotada como uma regra em praticamente todos os
setores da vida social.
“Temos competido em lugares, com pessoas e em momentos que não precisamos e muito menos
deveríamos. Temos agido como se essa fosse a única opção”. (BROTTO, 2001, 45).
“[…] existe a necessidade para criar modelos cooperativos de jogar juntos, para oferecer um
equilíbrio diante da competição que nos envolve. Sem alternativas cooperativas as quais passamos
escolher, nos não sabemos discernir sobre quando a competição é o modo apropriado”.
(WEINSTEIN & GOODMAN et al., 1993: 26).
Para Orlick (1989) a criança não é ensinada a ter prazer em busca de conhecimento; elas são
ensinadas a se esforçarem para tirar boas notas. Nesse sentido ele afirma que não se ensina a
criança a gostar de esportes e sim a vencer jogos.
Segundo Brotto (2001) os jogos tornaram-se rígidos e altamente organizados, dando a ilusão que
sé existe uma maneira de jogar.
“As crianças não jogam jogos competitivos elas obedecem”. (KAGAN et al., 1994, 23).
Para Brotto (2001) este fato se dá pela orientação transmitida por uma parcela significativa de
professores, pais e meios de comunicação, não oferecem alternativas a serem experimentadas.
Kagan (1994) cita que grande parte dos jogos conhecidos estimula o confronto ao invés do encontro.
Essas situações são capazes de eliminar a diversão e a pura alegria de jogar. Sendo estruturados
para eliminação de pessoas e para produzir ,ais perdedores do que vencedores, os jogos tornaram-
se um espaço de tensão e ilusão.
“Se fizermos um balanço de nossas experiências de jogar na escola ou fora dela, verificaremos que
pendem muito para o lado dos jogos competitivos”. (BROTTO, 2001, 45).
Com o objetivo de promover a auto-estima foram criados os jogos cooperativos, juntamente com o
desenvolvimento de habilidades interpessoais positivas. E muitos deles são orientados para a
prevenção do problema.
“Apesar de jogos cooperativos existirem em muitas culturas há séculos, em nossa cultura oriental
existem jogos que são desenhados de forma a unir os jogadores em direção a uma meta comum e
desejável a todos”. (ORLICK et al, 1989, 04).
Nesse sentido, segundo Brotto (2001) resgatar, recriar e difundir os jogos cooperativos é um
exercício de potencialidade de valores e atitudes, capaz de favorecer o desenvolvimento da
sociedade humana como um todo integrado.
“Jogos cooperativos são jogos com uma estrutura alternativa onde os participantes, jogam uns com
os outros, ao invés de uns contra os outros”. (DEACOVE, 1974, 01).
Nesse sentido Brotto (2001) assina que joga-se para superar desafios e não para derrotar os outros;
joga-se para se gostar do jogo, pelo prazer de jogar. São jogos onde o esforço cooperativo é
necessário para atingir um objetivo comum e não para fins mutuamente exclusivos.
“[…] jogando cooperativamente temos a chance de considerar o outro como parceiro, um solidário,
em vez de tê-lo como adversário, operando para interesses mútuos e priorizando a integridade de
todos. (BROTTO, 2001, 54).
Segundo Kagan (1994) os jogos cooperativos são jogos de compartilhar, unir pessoas, despertar a
coragem para assumir riscos, tendo pouca preocupação com o fracasso e o sucesso em si mesmo.
Reforçando a confiança pessoal e interpessoal, uma vez que ganhar e perder são apenas
referencias para o continuo aperfeiçoamento de todos.
Segundo Brotto (2001) vários autores refletiram sobre a relação entre jogos cooperativos e jogos
competitivos, aonde chegaram a um entendimento comum sobre o assunto.
“O jogo competitivo consiste em jogos e atividades onde os participantes jogam juntos, ao invés de
contra os outros, apenas pela diversão. Através desse tipo de jogo, nós aprendemos a trabalhar em
grupo, confiança e coesão grupal. A ênfase está na participação total, espontaneidade, partilha,
prazer em jogar, aceitação de todos os jogadores, dar o melhor, mudar regras e limites que
restringem os jogadores e no reconhecimento que todo jogador é importante. Nós não comparamos
nossas diferentes habilidades nem performances anteriores, nós não enfatizamos a vitória e a
derrota, resultados ou marcas”. (SOBEL et al, 1983, 01).
Para Brotto (2001) essa reflexão visa primeiramente ampliar a percepção sobre as dimensões que
o jogo e o esporte oferece como campo de vivencia humana; e, indicar que nos jogos e esportes,
bem como na vida, existem alternativas para jogar além das formas de competição, usualmente
sugeridas como única ou a melhor maneira de jogar ou viver.

JOGOS COMPETITIVOS JOGOS COOPERATIVOS


São divertidos apenas para uns. São divertidos para todos
Alguns jogadores têm o sentimento de derrota. Todos os jogadores têm um sentimento de vitória.

Alguns jogadores são excluídos por sua falta deTodos se envolvem independentemente de sua
habilidade. habilidade.

Aprende-se a ser desconfiado, egoístas ou seAprende-se a compartilhar e a confiar.


sentirem melindrados com os outros.

Divisão por categorias: meninos x meninas, criandoHá mistura de grupos que brincam juntos criando
barreiras entre as pessoas e justificando asalto nível de aceitação mútua.
diferenças como uma forma de exclusão.

Os perdedores ficam de fora do jogo eOs jogadores estão envolvidos nos jogos por um
simplesmente se tornam observadores. período maior, tendo mais tempo para desenvolver
suas capacidades.

Os jogadores não se solidarizam e ficam felizesAprende-se a solidarizar com os sentimentos dos


quando alguma coisa de “ruim” acontece aosoutros, desejando também o seu sucesso.
outros.

Os jogadores são desunidos. Os jogadores aprendem a ter um senso de unidade.

Os jogadores perdem a confiança em si mesmoDesenvolvem a auto-confiança porque todos são


quando eles são rejeitados ou quando perdem. bem aceitos.

Pouca tolerância à derrota desenvolve em algunsA habilidade de perseverar face as dificuldades é


jogadores um sentimento de desistência face afortalecida
dificuldades.

Poucos se tornam bem sucedidos. Todos encontram um caminho para crescer e


desenvolver.
(WALKER, 1987, 183)
“Talvez seja preciso um pouco de paciência para aprender essa “nova” forma de jogar,
principalmente se os participantes nunca jogaram de forma cooperativa antes. […] uma vez que os
participantes passam pela transição (jogo competitivo para o jogo cooperativo) e começam a jogar
cooperativamente, a supervisão e a preocupação com regras tornam-se mínimas”. (ORLICK et al,
1978, 04).
Segundo Brotto (2001) como toda e qualquer mudança a presença de resistências iniciais pode nos
indicar cuidados importantes, que quando respeitados podem atuar com balizadores e moduladores
das nossas intervenções.
“A consciência da cooperação como num movimento de síntese interior-exterior, se mantém em
constante renovação e nos instiga a abrir os olhos e enxergar com o coração e descobrir nossas
mais essenciais aspirações”. (BROTTO, 2001, 65).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Brotto, Fábio Otuzi. Jogos cooperativos: o jogo e o esporte como um exercício de
convivência. Santos, SP: Projeto Cooperação, 2001.
Jares, X.R. Educação para a paz: sua teoria e sua prática. Porto Alegre: Artmed, 2002.
Katz, Lílian e Chard, Sylvia. A abordagem de projeto na educação de infância. Lisboa: Fundação
Calouste Gulbenkian, 1998.
Autor: Marcia Cristina Moreira de Andrade

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