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Hicsos

Os hyksôs foram um povo asiático, provavelmente semita (pouco provável) ou indo-árico (mais
provavelmente) que invadiu o Delta do Nilo, iniciando a XV dinastia egípcia, no denominado
segundo período intermediário do Antigo Egito.

O termo grego Hicsos deriva do egípcio Hik-khoswet, e significa "governantes de países


estrangeiros". Flávio Josefo, historiador judeu do Século I d.C., preferiu verter por "pastores
cativos", em vez de "reis pastores". O único relato pormenorizado sobre os Hicsos em qualquer
antigo escritor é uma passagem não fidedigna duma obra perdida de Maneton (sacerdote
egípcio e historiador do Século III a.C.), citada por Flávio Josefo em sua réplica a Apião. É
interessante que Josefo, afirmando citar Máneto palavra por palavra, apresenta o relato de
Máneto como associando os Hicsos directamente com os israelitas, talvez pelo fato de que
ambos os grupos eram invasores estrangeiros e hostis; porém um grupo era sul-semitóide e o
outro não.

Presença na História Egípcia

O "Período dos Hicsos" ainda obscuro da história do Egipto, é entendido muito


imperfeitamente. É consensual que os Hicsos foram uma vaga de povos asiáticos do corredor
sírio-palestino e dos desertos limítrofes que ocupou gradualmente o Delta do Nilo, em busca
de alimentos. O período consistiu essencialmente na mudança de governantes e na forma de
administração.

Provavelmente a interface comercial era de semitas e a interface tecno-militar, de


indoeuropeus migrantes do vale do Indo; os hicsos na origem eram mais uma aliança de povos
e um evento cultural e tecnológico, mais do que invasores militares propriamente ditos. Em
copta, Hakasu: estrangeiros, pastores, nómades.

A morte do Faraó Sebekneferu (aprox. 1780 a.C.) e a tomada de poder por Amósis I (aprox.
1570 a.C.) podem ser determinadas com uma certa segurança. Tendo a data da morte de
Sebekneferu ocorrido aproximadamente em 1780 a.C., e tendo Amósis tornado Faraó por
volta de 1570 a.C., o Segundo Periodo Intermédio teve uma duração não superior a cerca de
220 anos.
Os historiadores modernos acreditam que as citações de Antonio não são exactas ao
associarem o termo Hicsos exclusivamente ao povo israelita. Mas, eles aceitam a ideia de uma
conquista pelos Hicsos. Isto se deve principalmente a que podem achar pouca ou nenhuma
informação nas antigas fontes egípcias para encher os registros do Segundo Período
Intermédio que supostamente abrange da 14.ª Dinastia a 17.ª Dinastia. Por este motivo, os
eruditos presumem que houve uma desintegração de poder egípcio. Os vestígios arquelógicos
atualmente disponíveis conhecidos não confirmam e nem negam a ideia que os Hicsos tenham
conquistado militarmente o Delta do Nilo; é certo que houve um sistema de fortalezas no
Levante nos anos finais do período.

Muitos comentadores bíblicos situam a entrada de José no Egipto, a sua ascensão a segundo
governante do Egipto ou Vizir, a entrada de Jacó e sua família, no "Período dos Hicsos", no
Segundo Período Intermediário. O livro bíblico de Génesis mostra que o Egipto era bem
receptivo aos estrangeiros desde do tempo do nómade Abraão. Mas é bem possível que o
relato de Máneto sobre os Hicsos seja a versão egípcia oficial dos sacerdotes no esforço de
justificar a permanência do povo israelita no Egipto durante 215 anos e no destaque que José e
Moisés obtiveram (José, como Vizir, e Moisés, como um principe da Casa Real).

Conquistas

Maneton, segundo Flávio Josefo, apresenta os Hicsos como conquistando o Egito sem batalha,
destruindo cidades e "os templos dos deuses", e provocando matança e devastação. São
apresentados como se fixando na região do Delta. Por fim, diz-se que os egípcios se
sublevaram, travaram uma longa e terrível guerra, com 480 mil homens, cercaram os Hicsos na
sua cidade principal, Aváris, e então, de modo estranho, chegaram a um acordo que permitiu
que os Hicsos deixassem o país sem sofrer danos, junto com suas famílias e seus bens, e daí,
esses foram para a Judéia e construíram Jerusalém. (Contra Apião, Vol. I, pág. 73-105 § 14-6;
pág. 223-232 § 25-6). Numa referência adicional, Máneto supostamente aumenta a narrativa
com uma história que Josefo chama de história fictícia. Menciona um grande grupo de 80 mil
leprosos e doentes receber permissão para se estabelecer em Aváris, depois da partida dos
pastores. Esses mais tarde se rebelaram, chamaram de volta os "pastores" [os Hicsos],
destruíram cidades e aldeias, e cometeram sacrilégio contra os deuses egípcios. Por fim, foram
derrotados e expulsos do país. (Contra Apião, Livro I, Cap. 26, 28)

Evolução histórica

Por volta de 1800 a.C., iniciou-se uma onda migratória pacífica para o Egito, oriunda da Ásia
Ocidental; as regiões do Oriente passavam por um período de seca e fome. Os povos nómades
asiáticos não eram pessoas bem-vindas ao Egito, pois os egípcios desprezavam os asiáticos até
então, referiam-se a estes como "vagabundos das areias". Todos os povos oriundos da Ásia
eram instalados na região do Delta do Nilo, para evitar o acesso dos estrangeiros à parte mais
civilizada e rica do país, e também evitar a miscigenação com a população natural. Nessas
vagas de povos semitas ao Egito, estariam os filhos de Jacó - os israelitas.

No final do reinado do Faraó Amenemhet III (1843 a 1797 a.C.), iniciou-se uma lenta e
constante decadência do poderio do Império Egípcio. Eles derrotaram a fraca 13.ª Dinastia,
cuja capital se situava perto de Mênfis, e governaram o médio e baixo Egipto por volta de 1700
AC por um período de cerca de 100 anos.

A invasão iniciou com um banho de sangue na região do Delta, seguido pelos saques às
cidades: "Havia então um rei nosso chamado Timaios. Foi no seu reinado que isso aconteceu.
Não sei por que os deuses estavam descontentes conosco. Surgiram de improviso, homens de
nascimento ignorado, vindos das terras do Oriente. Tiveram a audácia de empreender uma
campanha contra nossa terra e a subalugaram facilmente sem uma única batalha. Depois de
haver submetido nossos soberanos ao seu poder, incendiaram barbaramente nossas cidades,
destruíram os templos, os deuses, e todos os habitantes foram tratados barbaramente;
mataram uma parte e levaram os filhos e as mulheres de outros como escravos. Por fim,
elegeram rei um dos seus; o nome dele era Salatis; vivia em Mênfis e cobrava tributo ao Alto e
Baixo Egipto; instalou guarnições em lugares convenientes... Escolheram no Distrito de Saís (no
Baixo Egipto) uma cidade adequada para seus fins, que ficava à leste dos braços do Rio Nilo,
junto a Bubaste, e chamaram-na de Aváris" - segundo o relato de Méneto. Esse sacertode e
historiador foi exilado em sua época por registrar essa história em uma estela de pedra. Após a
ocupação, coexistiram com a 13.ª Dinastia Tebana. Nesse tempo, a Síria e Canaã (a terra de
Retenu) estavam sob domínio do Egito. Era o início do período histórico conhecido como
Segundo Período Intermediário.

Em 1704 a.C., tem início do reino do Faraó Aya (Merneferre). Desse ano até o ano de 1640
a.C., sucederam-se outros 43 Faraós no trono, mas, não sem oposição. Os vizires do Alto
Egipto e Baixo Egipto adquiriram forças política cada qual em suas regiões administrativas e
iniciaram a descentralização do país aproveitando a desordem que começou gradativamente
com a chegada dos imigrantes asiáticos; o aumento das riquezas nivelou as famílias mais
importantes, fragmentando em diversos nomos as 4 divisões em que Sesóstris III (1879 a 1843
a.C.) havia estabelecido no ano de 1878, agindo de forma independente. Os asiáticos se
agrupavam cada vez mais no delta do Rio Nilo, chegaram a superar a população egípcia,
muitos deles foram absorvidos pelas camadas mais pobres da sociedade, alguns alcançaram
elevados postos na administração local; um dele, cujo nome era Khendjer (do semita hanzir
que significa "javali") chegou a ser Faraó por 1 ano. Os Hicsos permitiram a princípio que a 13.ª
e 14.ª Dinastia (que foram faraós remanescentes da 13.ª Dinastia, sem importância) se manter
no Alto Egipto, desde que pagassem o tributo anual.
Guerras entre egípcios e hicsos

Em 1640 a.C., no Baixo Egipto, teve início a 15.ª Dinastia Hicsa com Salitis (Swoserenre), o 1.º
Faraó não-egípcio. Seus domínios se estendiam do Delta do Nilo (Baixo Egipto) até a cidade de
Meir (Alto Egipto). Dessa cidade até à 1.ª catarata, estavam os egípcios divididos em diversas
unidades políticas tributárias dos governantes hicsos; da 1.ª até a 4.ª catarata estava o Reino
da Núbia (Sudão), sediado na cidade de Kerma, aliados dos Hicsos.

Entre os anos de 1640 e 1585 a.C., sucederam-se 3 governantes hicsos no trono de Aváris:
Salatis, Sheshi e Khian. Em 1585 a.C., passou a reinar Apófis (Awoserre). Apóphis provocava os
egípcios com os motivos mais banais, tentando-os à guerra. Em xxxx AC, deu-se a primeira
guerra entre o hicso Apófis e o Faraó Seqenenré Tao II (de cogonome "o Bravo") da 17.ª
Dinastia. Exame da sua múmia mostrou que ele morrera violentamente, seu crânio apresenta
uma perfuração, talvez tenha tombado em combate.

Em 1573 a.C., o sucessor do Faraó Seqenenré Tao II foi o Kamósis (Wadjkheperre). Diz-nos um
Papiro, que Apófis terá mandado um mensageiro à Nô-Amom (Tebas), ordenando-lhe que
matassem os hipopótamos que viviam no Rio Nilo próximo à Nô-Amom, pois o barulho feito
por eles impedia o seu descanso; caso não fossem tomadas as devidas providências, ele
mesmo invadiria o Alto Egipto para dar cumprimento às suas ordens. Kamósis I conclamou o
Alto Egipto em levante contra o governante hicso; este se aliou com os Núbios no Sul, para
conter a revolta. Os egípcios lutaram em duas frentes de batalhas, ao norte contra os hicsos e
no sul contra os núbios e venceram ambas, levando a luta até as proximidades de Aváris no
Norte, e Buhen no Sul. Mas, nada se sabe sobre ele depois dos 3 anos que durou o levante
contra os invasores. Não sabemos como morreu e quandos anos reinou. A sua múmia, em mau
estado de conservação, ficou reduzida a pó antes de poder ser examinada. Foi sepultado num
sarcófago dos mais simples, o que parece indicar morte prematura e falta de tempo de realizar
um funeral solene.

Em 1570 a.C., o Faraó Amósis I (Nebpehtire), filho de Kamósis, inaugura a 18.ª Dinastia. No Sul
do Egipto, Amósis I derrotou os núbios, levando a fronteira até a 3.ª catarata, voltando à
mesma posição da época da 13.ª Dinastia. Khamudi assume o trono de Aváris, e dá continuade
à guerra contra os egípcios. Em 1532 a.C., sucede Amósis I. Este continuou a guerra de
expulsão dos Hicsos, iniciada por seu pai conseguindo seu objetivo após 10 anos de guerra
contra Khamudi. Termina os combates com vitória de Amósis I. Ele expulsou os Hicsos do
Egipto, perseguindo-os pela Canaã, Fenícia e Síria, até a cidade de Carquemis (Karkemish)
junto do Rio Eufrates, onde se deteve militarmente perante os hurritas do Reino de Mitanni.
Razões para invasão

As principais razões que atraíram os Hicsos foram:

1. Escassez de alimentos na Ásia Ocidental, enquanto no Egipto abundava alimentos;

2. A desordem resultante da presença de estrangeiros e a falta de coesão;

3. O atraso técnico e militar do Egipto em comparação com alguns povos asiáticos; os exércitos
egípcios eram formados essencialmente pela infantaria a pé. Como não dispunham de cavalos
e não usavam carros de combate puxados a cavalo (pois, a roda não era "muito útil" no
deserto), seriam uma presa fácil para qualquer exército que tivesse cavalaria.

Consequências para o Egito

O período da ocupação Hicsa trouxe algumas vantagens para o Egipto:

1. Vulgarizaram o uso do bronze até então raramente empregado no país;

2. Substituíram a liga de bronze importada, pela de cobre-arsênico;

3. Introduziram a roda de oleiro aperfeiçoada;

4. O tear vertical;

5. O boi indiano (Zebu), mais resistente que o boi egípcio;

6. Novas culturas de hortaliças e frutas até então desconhecidas no Egipto;

7. Uso do cavalo e do carro de guerra;

8. A roda mais leve de arcos compostos;

9. Novas formas de cimitarras - sabre oriental de lâmina curva;

10. Novas armas e táticas militares;

11. Forma de dançar modificada em relação aos períodos anteriores.

Outras contribuições dos Hicsos:


1. Abalo ao complexo de superioridade dos Egipcios;

2. Com a insegurança provocada, os egipcios voltam-se mais a religião, solicitando às


divinidades que nao houvesse mais ameaças de fora, no caso os próprios Hicsos.

Hipótese Eurasiano-Cretense

Os hicsos assim como os filisteus seriam povos asiáticos de origem européia, que por sua vez
teriam origem no eixo Ásia Central-Mar Negro, só que ao invés de aportarem na atual
Palestina como fizeram os filistóides, estes teriam aportado bem nos limes entre a península
do Sinai e a Cirenaica Líbia, tendo então fugido da escassez do deserto para adentrar no Baixo
Egito se aproveitando da expansão civilizacional egípcia para o Centro e Sul (Alto Egito).

Judeus

Um judeu (em hebraico: ‫ְהּודי‬ ִ ‫י‬, transl. Yehudi, no singular; ‫ְהּודים‬ ִ ‫י‬, Yehudim, no plural; ladino:
‫ג׳ודיו‬, Djudio, sing.; ‫ג׳ודיוס‬, Djudios, pl.; iídiche: ‫ייִד‬, Yid, sing.; ‫ייִדן‬, Yidn, pl.) é um membro do
grupo étnico e religioso originado nas Tribos de Israel ou hebreus do Antigo Oriente. O grupo
étnico e a religião judaica, a fé tradicional da nação judia, são fortemente inter-relacionados, e
pessoas convertidas para o judaísmo foram incluídas no povo judeu e judeus convertidos para
outras religiões foram excluídos do povo judeu durante milênios.

Os judeus foram palco de uma longa história de perseguições em várias terras, resultando
numa população que teve frequentemente seus números e suas distribuições alteradas ao
longo dos séculos. A maioria das autoridades coloca o número de judeus entre 12 e 14
milhões, representando 0,2% da atual estimada população mundial. De acordo com a Agência
Judia para Israel, no ano de 2007 havia 13,2 milhões de judeus mundialmente; 5,4 milhões
(40,9%) em Israel, 5,3 milhões (40,2%) nos EUA, e o resto distribuído em comunidades de
vários tamanhos no mundo inteiro. Esses números incluem todos aqueles que se consideram
judeus se ou não se afiliaram, e, com a exceção da população judia de Israel, não inclui aqueles
que não se consideram judeus ou que não são judeus por halachá. A população total mundial
judia, entretanto, é difícil para medir. Além das considerações haláhicas, há fatores seculares,
políticos e identificações ancestrais em definindo quem é judeu que aumentam o quadro
consideravelmente.
História

Os hebreus eram um povo de origem semita (os semitas compreendem dois importantes
povos: os hebreus e os árabes), que se distinguiram de outros povos da antigüidade por sua
crença religiosa. O termo hebreu significa "gente do outro lado do rio”, isto é, do rio Eufrates.

Os patriarcas

Os hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs


ou tribos, chefiadas por um patriarca. Conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur, na
Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina (Canaã a Terra Prometida), por volta de 2000 a.C.

A Palestina era uma pequena faixa de terra, que se estendia pelo vale do rio Jordão. Limitava-
se ao norte, com a Fenícia, ao sul com as terras de Judá, a leste com o deserto da Arábia e, a
oeste com o mar Mediterrâneo.

Governados por patriarcas, os hebreus viveram na palestina durante três séculos. Os principais
patriarcas hebreus, foram Abraão (o primeiro patriarca), Isaac, Jacó (também chamado Israel,
daí o nome israelita), Moisés e Josué.

Por volta de 1750 a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina. Os hebreus foram obrigados a
deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito. Permaneceram no
Egito, cerca de 400 anos, até serem perseguidos e escravizados pelos faraós. Liderados então,
pelo patriarca Moisés, os hebreus abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina.
Essa saída em massa dos hebreus do Egito é conhecida como Êxodo.

Os juízes

De volta à Palestina, sob a liderança de Josué, os hebreus tiveram de lutar contra o povo
cananeu e , posteriormente, contra os filisteus. Josué (sucessor de Moisés), distribuiu as terras
conquistadas entre as doze tribos de Israel. Nesse período os hebreus, passaram a se dedicar à
agricultura, a criação de animais e ao comércio, tornavam-se portanto sedentários.
No período de lutas pela conquista da Palestina, que durou quase dois séculos, os hebreus
foram governados pelos juízes. Os juízes eram chefes políticos, militares e religiosos. Embora
comandassem os hebreus de forma enérgica, não tinham uma estrutura administrativa
permanente. Entre os mais famosos juízes destaca-se Sansão, que ficou conhecido por sua
grande força, conforme relata a Bíblia. Outros juízes importantes foram Gedeão e Samuel.

Os reis

A seqüência de lutas e problemas sociais criou a necessidade de um comando militar único. Os


hebreus adotaram então, a monarquia. O objetivo era centralizar o poder nas mãos de um rei
e, assim, ter mais força para enfrentar os povos inimigos, como os filisteus.

O primeiro rei dos hebreus foi Saul (1010 a.C.). Depois veio o rei Davi (1006-966 a.C.),
conhecido por ter vencido os filisteus (segundo a Bíblia, ele derrotou o gigante filisteu Golias).
Com a conquista de toda a Palestina, a cidade de Jerusalém tornou-se a capital política e
religiosa dos hebreus.

O sucessor de Davi foi seu filho Salomão, que terminou a organização da monarquia hebraica e
seu reinado marcou o apogeu do reino hebraico. Durante o reinado de Salomão (966-926 a.C.),
houve um grande desenvolvimento comercial, foram construídos palácios, fortificações, a
construção do Templo de Jerusalém, criou um poderoso exército, organizou a administração e
o sistema de impostos. Montou uma luxuosa corte, com muitos funcionários e grandes
despesas.

Para poder sustentar uma corte tão luxuosa, Salomão obrigava o povo hebreu a pagar pesados
impostos. O preço dessa exploração foi o surgimento de revoltas sociais.

Com a morte de Salomão, essas revoltas provocaram a divisão religiosa e política das tribos e o
fim da monarquia unificada.

Formaram-se dois reinos: ao norte, dez tribos formaram o reino de Israel, com capital em
Samaria e, ao sul, as duas tribos restantes formaram o reino de Judá, com capital em
Jerusalém.

Em 722 a.C., os reinos de Israel foram conquistados pelos assírios, comandados por Sargão II.
Grande parte dos hebreus foi escravizada e espalhada pelo Império Assírio.

Em 587 a.C., o reino de Judá foi conquistado pelos babilônios, comandados por
Nabucodonosor. Os babilônios destruíram Jerusalém e aprisionaram os hebreus, levando-os
para a Babilônia. Esse episódio ficou conhecido como o Cativeiro da Babilônia.

Os hebreus permaneceram presos até 538 a.C., quando o rei persa Ciro II conquistou a
Babilônia, e puderam então à Palestina, que se tornara província do Império Persa e
reconstruíram então o templo de Jerusalém.
A partir dessa época, os hebreus não mais conseguiram conquistar a autonomia política da
Palestina, que se tornou sucessivamente província dos impérios persa, macedônio e romano.

Em 332 a.C. os persas foram derrotados por Alexandre, o Grande, e os macedônios e gregos
passaram a dominar a Palestina.

Em 323 a c Alexandre morre deixando um grande legado helenístico. Enquanto isso, uma
contenda pelo poder deixado por Alexandre irrompeu entre seus generais, resultando no
desmembramento de seu império e no estabelecimento dum número de novos reinos.

Os Reinos Helenísticos foram: Reino Selêucida, Reino Ptolomeu, Reino de Pérgamo e o Reino
Antigônido.

A Palestina ficou sob o domínio dos ptolomeus de 321 a C a 198 a C sendo anexado ao domínio
Selêucida em 198 a C até 167 a C quando se inicia a revolta dos Macabeus.

DINÁSTIA HASMONEANA

Os Macabeus eram uma família judaica que encabeçou a revolta contra as forças Sírias de
AntiocoIV e rededicou o Templo a Jeová, pois este havia sido violado e dedicado a Zeus. Um
dos líderes foi Judas, que recebeu a alcunha de Macabeu (martelo) por sua força e
determinação. Mais tarde toda a família ficou conhecida por Macabeus.Deu-se em 135 a.C. e
foi a chamada revolta Hasmoniana (Hasmonean). Acabaria por ser vitoriosa, terminando na
separação dos judeus do reino Selêucida (a potência anterior) e assegurando a independência
até 63 a.C., ano da invasão Romana sob o comando do general Pompeu em nome da República
Romana.

Por fim Roma por meio de seu general Cneu Pompeu tomou Jerusalém em 63 A.C, após um
sítio de três meses.E em 39 A.C, o senado romano nomeou Herodes para ser rei da Judéia,
acabando com o domínio macabeu.

Durante o domínio romano na Palestina a partir de 63 a.C.., o nacionalismo dos hebreus


fortaleceu-se, levando-os a se revoltar contra Roma.
No ano 70 da nossa era, o imperador romano Tito, sufocou uma rebelião hebraica e destruiu o
segundo templo de Jerusalém. Os hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões do
mundo. Esse episódio ficou conhecido como Diáspora (Dispersão).

No ano de 136, sofreram a Segunda Diáspora, no reinado de Adriano (imperador romano), os


judeus foram definitivamente expulsos da Palestina.

Dispersos pelo mundo, o povo israelita, organizou-se em pequenas comunidades. Unidos,


preservaram os elementos básicos de sua cultura, como a linguagem, a religião e alguns
objetivos comuns, entre eles voltar um dia à Palestina. Assim, os hebreus se mantiveram como
nação, embora não constituíssem um Estado.

Somente em 1948, os judeus puderam se reunir num Estado independente, com a


determinação da ONU (Organização das Nações Unidas), que criou o Estado de Israel. Decisão
que criou sérios problemas na região do Oriente Médio, pois com a saída dos judeus da
Palestina, no século I, outros povos, principalmente de origem árabe ocuparam e fixaram-se na
região. A oposição dos árabes à existência do Estado de Israel, tem resultado em continuados
conflitos na região.

Economia e Sociedade

A vida socioeconômica dos hebreus pode ser dividida em duas fases: a nômade e a sedentária.

A princípio, os hebreus eram pastores nômades (não tinham habitação fixa), que se dedicavam
à criação de ovelhas e cabras. Os bens pertenciam a todos do clã.

Mais tarde, já fixados na Palestina, foram deixando os antigos costumes das comunidades
nômades. Desenvolveram a agricultura e o comércio, tornaram-se sedentários.

Nos primeiros tempos a propriedade da terra era coletiva, depois foi surgindo a propriedade
privada da terra e dos demais bens. Surgiram as diferentes classes sociais e a exploração de
uma classe pela outra. A conseqüência dessas mudanças foi que grandes proprietários e
comerciantes exibiam luxo e riqueza, enquanto os camponeses pobres e os escravos viviam na
miséria.

Cultura

A religião é uma das principais bases da cultura hebraica e representa a principal contribuição
cultural dos hebreus ao mundo ocidental.

A religião hebraica possui dois traços característicos: o monoteísmo e a idéia messiânica. A


maioria dos povos da antigüidade era politeísta (acreditavam na existência de vários deuses),
enquanto os hebreus adotaram o monoteísmo, acreditavam em um único Deus, criador do
universo.

A idéia messiânica foi divulgada pelos profetas. Acreditavam na vinda de um messias, um


enviado de Deus para conduzir os homens à salvação eterna. Para os cristãos esse messias é
Jesus Cristo, o que os judeus não aceitam. Assim, continuam aguardando a vinda do messias.

A doutrina fundamental da religião hebraica (o Judaísmo) encontra-se no Pentateuco, contido


no Velho Testamento da Bíblia. O Pentateuco é composto pelo: Gênesis, Êxodo,
Deuteronômio, Números e Levítico. Os hebreus chamam esse livro de Torá.

A religião hebraica prescreve uma conduta moral orientada pela justiça, a caridade e o amor
ao próximo. Entre as principais festas judaicas, destacam-se: a Páscoa, que comemora a saída
dos hebreus do Egito em busca da Terra Prometida; o Pentecostes, que recorda a entrega dos
Dez Mandamentos a Moisés; o Tabernáculo, que relembra a longa permanência dos hebreus
no deserto, durante o Êxodo.

Na literatura, o melhor exemplo são os livros bíblicos do Velho Testamento, dentre os quais
destacam-se os Salmos, o Cântico dos Cânticos, o Livro de Jó e os Provérbios.

A Bíblia é um conjunto de livros escritos por vários autores ao longo de vários séculos.

Etimologia

A palavra "judeu" originalmente era usada para designar aos filhos de Judá, filho de Jacó,
posteriormente foi designado aos nascidos na Judéia. Depois da libertação do cativeiro da
Babilônia, os hebreus começaram a ser chamados de judeus. A palavra portuguesa "judeu" se
origina do latim judaeu e do grego ioudaîos. Ambas palavras vêm do hebraico, ‫יהודי‬,
pronuncia-se "iehudí". O primeiro registro do vocábulo em português foi no ano de 1018.

Palavras etimologicamente semelhantes são usadas em outras línguas, tais como jew (inglês),
jude (alemão), jøde (dinamarquês), ‫ يهودي‬ou yahudi (árabe). No entanto, variações da palavra
"hebreu" também são usadas para designar um judeu, como acontece em ebreo (italiano),
еврей ou yevrey (russo), εβραίος ou εvraios (grego moderno) e evreu (romeno). Em turco, a
palavra usada é musevi, derivada de Moisés.

Judeus e judaísmo

A tradição judaica defende que a origem deles dá-se com a libertação dos filhos de Israel da
terra do Egito pelas mãos de Moisés. Com a fundamentação e solidificação da doutrina
mosaica, um grupo de hebreus passou a ser conhecida como "Filhos de Israel" (Bnei Israel). É
deste evento que surge a noção de nação, fundamentada nos preceitos tribais e na crença
monoteísta.

No entanto, a história demonstra que os antigos israelitas valorizavam a sua linhagem tribal e
a nação, que só viria a ser construída com o início das monarquias de Saul e Davi, que, todavia,
oculta mesmo assim um choque entre as tribos que compunham o antigo reino de Israel. Com
a morte do filho de Davi, Salomão, ocorre a crise que leva à separação das tribos de Israel em
dois reinos distintos: dez tribos formam o reino de Israel, enquanto a tribo de Judá, Benjamim
e Levi constituem o reino de Judá que continua a ser governada pelos descendentes de Davi.
Aqui, pela primeira vez, os israelitas do sul são chamados de judeus devido à sua conexão com
o reino de Judá e posteriormente por todos aqueles que aderissem à doutrina religiosa deste
reino, que passou a ser conhecida como judaísmo.

Com a extinção do reino de Israel, o reino de Judá permanece, e mesmo com a sua destruição,
o termo "judeu" passa a designar todos aqueles que descendessem dos antigos israelitas, não
importando a sua tribo. A ênfase do judaísmo da separação entre judeus e não judeus, deu à
comunidade judaica um sentido de povo separado e religioso, embora, segundo pesquisadores
judeus anti-sionistas, este sentido de separação tenha sido impulsionado e exarcebado pelo
movimento sionista, com objetivos políticos, durante o século XX.

Quem são os judeus?

A pergunta "quem são os judeus?" gera um debate político, social e religioso entre os diversos
grupos judaicos sobre quem pode ser considerado como tal.

O Muro Ocidental em Jerusalém é o que

resta do Segundo Templo de Salomão.

O povo judeu não pode atualmente ser reduzido a sendo somente religião, raça ou cultura,
porque ultrapassa seus limites conceituais aceites. Reduzi-lo a qualquer um desses pontos
seria mero reducionismo, pois ele é na verdade uma miscelânea das três, dando espaço a
várias interpretações do que é ser judeu e, especialmente, quem é judeu. Interpretações essas
que dependem muitíssimo de qual a sua tradição religiosa (ortodoxa, conservadora,
reformista, caraíta) e do espaço geográfico onde se encontram (sefaraditas, asquenazitas,
persas, norte-africanos, indianos etc. (ver etnias judaicas).

Na história recente ocidental, e consequentemente na história judaica, uma revolução


conceitual levou o judaísmo e o povo judeu a um tempo de grandes mudanças estruturais. A
essa revolução, a história deu o nome de iluminismo (Hebraico: ‫ ;השכלה‬Haskalá). Nesse
período histórico, os antigos grupos religiosos detentores de tradições milenares observaram o
nascimento de uma geração que via na criação de grupos com novas formas de pensar a
possibilidade de saída de seus guetos milenares, não somente no plano físico, mas também
mental e filosófico. Por vezes esses novos grupos distanciaram-se da velha ligação do judeu
com a religião judaica-mãe, porém sem nunca perder a sua chama interna de identidade,
sentimento esse que é o ponto de aproximação de todos os judeus e a mais importante linha
para complexa continuação da nação que é, hoje, esse povo.

Assim, com a inserção de novas filosofias no seio do judaísmo, dispares concepções surgiram
sobre as questões básicas da tradição judaica. E obviamente cada grupo desenvolveu suas
discussões de como pode-se definir uma resposta sensata à pergunta constante: "Quem é
judeu?". Essa definição de resposta se deu, em sua maioria, sob duas linhas gerais: Pessoa que
tenha passado por um processo de conversão ao judaísmo ou pessoa que seja descendente de
um membro da comunidade judaica.

Contudo, esses dois assuntos são repletos de divergências. Quanto às conversões, existe
divergências principalmente sobre a formação dos tribunais judaicos responsáveis pelos atos.
Isso faz com que pessoas conversas através de um tribunal judaico reformista ou conservador
não sejam aceitas nos círculos ortodoxos e seus rabinos que exigem um tribunal formado
somente por rabinos ortodoxos, pois entendem serem outros rabinos incapazes de fazer o
converso entender a grandeza da lei que está tomando sobre si. Por outro lado, o judaísmo
reformista e conservador, acusa os ortodoxos de fazerem exigências absurdas, não mais se
preocupando com a essência do ser judeu e sim, com regras e rigidez desnecessária.

Já quanto a descendência judaica, a divergência aparece na definição de quem viria a linha


judaica, se matrilinearmente, patrilinearmente ou ambas as hipóteses. A primeira é a
majoritária, sendo apoiada pelo judaísmo rabínico ortodoxo e conservador. Essa tese têm
força e raio de ação maiores por ser adotada pelo Estado de Israel, além de grande parte das
comunidades ao redor do mundo. Porém, a patrilinealidade é defendida pelo judaísmo caraíta
e os judeus Kaifeng da China, grupos separados dos grandes centros judaicos e que
desenvolveram sob tradições diferentes com base em costumes que remontam a vários
séculos passados. Por último, existe a tese que ambos os pais podem dar ao filho a condição
de judeu que é defendida pelo judeus reformistas que em março de 1983 por três votos a um
reconheceu a validade da descendência paterna mesmo que a mãe não seja judia desde que a
criança seja criada como judeu e se identifique com a fé judaica.

Questões, como se os atos podem abalar a identidade judaica, também entram na discussão,
como por exemplo um judeu que faz tatuagens ou até mesmo nega seu próprio judaísmo,
pode continuar sendo considerado como tal? Apesar de um judeu necessariamente não ter
que seguir o judaísmo, as autoridades religiosas geralmente enfatizam o risco da assimilação
do povo judeu ao se abandonar os mandamentos e tradições do judaísmo. Porém defende-se
que não importa a geração ou ações futuras de pai ou mãe, o judaísmo e o consequente "ser
judeu" é um direito natural da criança.

Atualmente, estima-se que exista, ao redor do mundo, uma população judaica de


aproximadamente 13 milhões de pessoas, concentradas principalmente nos Estados Unidos e
em Israel.

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