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Mobilidade em Barcelos
Baptista da Costa
17 de Setembro de 2018
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Introdução
Trata-se, neste texto, de algumas reflexões sobre a necessidade de uma nova
estratégia e modelo de gestão da mobilidade na Cidade de Barcelos.
Barcelos no mapa
A Euro Região Atlântica, formada pela Galiza e a Região Norte de Portugal, é
uma das euro regiões da União Europeia. Trata-se de um espaço
socioeconómico com grande dinamismo e potencial de desenvolvimento com
mais de 6 milhões de habitantes.
O Concelho de Barcelos tem uma área de 380 km2 e 120 mil habitantes, está
dividido em 61 freguesias.
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Barcelos – Cultura e tradições
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um dos símbolos de Portugal. No Museu Arqueológico pode ser visto o
Cruzeiro do Senhor Galo que data do século XIV.
Cidade Criativa da UNESCO, tem no Figurado uma das suas referências tendo
no Museu da Olaria uma coleção com mais de 6 mil peças.
Visão estratégica
Nas atuais condições económicas, sociais e políticas, há que encontrar e
privilegiar intervenções economicamente sustentáveis que sejam agregadoras
e consensuais na sociedade.
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Desenvolvimento económico baseado no conhecimento e na inovação.
Crescimento sustentável, eficiente no uso dos recursos e competitivo.
Crescimento inclusivo, promovendo uma economia com altas taxas de
emprego que assegure a coesão social e territorial.
Fazer cidade implica uma visão coletiva que envolve os seus agentes e a
população numa visão de longo prazo que não se esgote nos ciclos eleitorais.
Barcelos, como todas as cidades, está em constante construção e tem que dar
resposta às novas realidades que vão surgindo.
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A proximidade da Estação de Caminho-de-ferro com a Estação Central de
Camionagem criou as condições para a instalação de um Interface Multimodal
– Gare Central de Barcelos - de importância regional. Acresce que já foi
lançado o concurso para a construção dos 1,2 Km de acessos deste ponto à
rede viária nacional, aumentado a sua atratividade (Nó de Santa Eugénia).
3 - O Rio Cávado atravessa Barcelos e que não sendo uma nova realidade, é
cada vez mais um elemento valorizado pela sociedade por razões ambientais.
A maior atenção dada ao rio e às suas margens por parte das diferentes
autoridades reforçam a sua importância. Tal como já dizia o Eng. António
Guterres há mais de 20 anos, o século XXI é o século da água.
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As cidades devem projetar no desenho urbano e na mobilidade, soluções que
beneficiem a saúde e a segurança dos seus habitantes.
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A linha Amarela, com 5 km por sentido, liga o Continente a Arcozelo, passando
pelo acesso pedonal do IPCA e pelo principal Interface de transportes públicos
da cidade – a Gare Central de Barcelos que contempla a Estação da CP e a
Estação Central de Camionagem.
As duas linhas são o mais a direito possível, para serem de fácil leitura aos
utilizadores, e cruzam-se no ponto central da cidade: o Campo da Feira.
Estas duas linhas possuem, em três das suas extremidades, locais de interface
entre o Transporte Individual e o Transporte Coletivo: O E’Leclerc, o Estádio
Cidade de Barcelos e o Continente.
2 – Rede Ciclavel
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Com uma extenção de 7 km, nas zonas mais centrais da Cidade contará com a
intervenções físicas nos pontos críticos e interceções, compatibilizando-a com
a Rede de Transportes Públicos Urbanos, evitando conflitos futuros.
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Esta centralidade pode ser fortemente potenciada e desenvolvida se abordada
numa ótica de TOD – Transit Oriented Development.
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O TOD cria melhor acesso a empregos, habitação e oportunidades para
pessoas de todas as idades e rendimentos, proporcionando a todos estilos de
vida convenientes, acessíveis e ativos. Ou seja, lugares onde nossos filhos
podem brincar e nossos pais podem envelhecer confortavelmente.
É neste contexto que vale a pena questionar algumas opções que carecem da
racionalidade acima descrita.
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Há uma melhor rede viária e melhores transportes de Braga para Barcelos do
que para Nine, apesar de ambos estarem a distâncias semelhantes (Barcelos a
21 km e Nine 20 km). Com a construção dos 1,2 km de ligação da Central de
Camionagem de Barcelos à EN 103, esta ligação, por Barcelos é a obvia.
Esta intenção merece uma maior justificação já que não pode representar o
abandono da reserva de canal para a Alta Velocidade Ferroviária em Braga,
privando Barcelos deste serviço no futuro.
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por terem sido criadas por pressão das autarquias, longe das cidades –
conhecidas como estações beterraba porque à sua volta só nasceram campos
de beterraba e nada de cidade.
Nine é uma estação beterraba que muitos, por hábito, persistem em manter
como ponto de interface, o que contribui para que os decisores não parem o
comboio em Barcelos, onde estão as pessoas.
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