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Resumo: Este artigo se propõe a tecer considerações sobre o trabalho de equipes, com
objetivo de disseminar o conhecimento nas organizações.
Mostra como a gestão do conhecimento, produzida por essas equipes pode ser aproveitada
para gerar vantagem competitiva e inovações nas organizações. No mercado globalizado
onde essas empresas atuam, faz-se imprescindível um acompanhamento das mudanças que
ocorrem dia-a-dia nas organizações.
Palavras-chave: Equipes; Gestão do Conhecimento;Inovação
1. Introdução
Na atualidade a Gestão do Conhecimento tem se apresentado como uma ferramenta
estratégica para as organizações se manterem competitivas no mercado globalizado, visto que
o conhecimento é um bem que qualquer organização, independente do seu tamanho ou tipo de
negócio, possui, desenvolve e dissemina.
Reis apud Aleixo (2003), enfatiza que o ambiente nesta nova era, tanto para as indústrias
quanto para as empresas prestadoras de serviços, exige novas capacidades para assegurar o
sucesso competitivo. A capacidade de mobilização e exploração dos ativos intangíveis ou
invisíveis tornou-se muito mais decisiva do que investir e gerenciar ativos físicos tangíveis no
momento de avaliar a performance das empresas.
Objetivos compartilhados por um grupo de pessoas criam um sentimento de coletividade que
permeia a organização e abrem espaço para a coerência, tornando as pessoas mais aptas a se
empenharem em grandes desafios. Os objetivos comuns têm como base os objetivos pessoais.
Só as pessoas que traçam objetivos pessoais são capazes de comprometer-se com objetivos
comuns. Daí a importância de se estimular o conhecimento e lapidar os modelos mentais, de
forma que as pessoas percebam a importância dos objetivos comuns para a organização
(CERQUEIRA, 1996).
Através do trabalho em equipe, as organizações utilizam métodos de controle da qualidade
para solucionar problemas e garantir o cumprimento de padrões operacionais. Analisam os
problemas sugerem, implantam e acompanham as soluções quando aprovadas. São grupos que
constantemente buscam a melhoria da qualidade, da produtividade, dos produtos, dos
insumos, dos processos, das condições ambientais, da segurança, tudo em prol da Inovação do
Conhecimento nas organizações (SOUZA, 1996).
Para Stewart (1998), o conhecimento esta diretamente relacionado às experiências e ao
aprendizado constante, por isso sua essência encontra-se nas pessoas e só através delas é que
o conhecimento pode ser criado. O que proporciona uma vantagem competitiva para as
empresas, é a soma do conhecimento de todas as pessoas que nela estão inseridas.
2. Equipes
O individualismo é coisa do passado, e o trabalho em equipe é que está em voga. O poder caiu
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de moda, e a ordem agora é o empowerment afirma Martini et al apud Aleixo (2003). E esse
autor ainda afirma que as equipes realmente vieram para ficar, não se tratando apenas de
modismos.
Senge (1998), vê as equipes como a unidade fundamental de aprendizagem nas organizações
que buscam saúde e desenvolvimento. A organização só terá capacidade de aprender, se os
grupos forem capazes de aprender, onde na essência de uma organização que aprende
encontram-se uma mudança de mentalidade: uma organização que aprende é um lugar onde as
pessoas descobrem continuamente como criar sua realidade e como poder modificá-la.
O conceito básico de equipes pode ser encontrado de várias maneiras. Robbins (2000),
entende por equipe um grupo cujos esforços individuais resultam em um desempenho que é
maior que a soma das contribuições de cada um dos indivíduos.
Cruz (2002), ressalta que existe uma predominância entre os teóricos da administração, de que
o trabalho em equipe apresenta inúmeras vantagens em relação ao trabalho individual.
Pinchot apud Cruz (2002), afirma que os funcionários, trabalhando sozinhos, não conseguem
gerar grande valor. Os membros da equipe se responsabilizam pelo todo e se ajudam sempre
que surge um problema.
Mussnug & Hughey apud Cruz (2002), define equipe como “um grupo de funcionários que
trabalha para atingir uma meta específica, interagindo para compartilhar informações sobre os
melhores procedimentos ou práticas e tomando decisões que estimulem todos os seus
membros a utilizar plenamente seu potencial.”
Katzenbach apud Cruz (2002), define equipes como unidades flexíveis que constituem um
importante elemento no alinhamento da estrutura organizacional. E Robbins & Finley apud
Cruz (2002) resumem da seguinte forma as vantagens das equipes:
− Aumentam a produtividade;
− Melhoram a comunicação;
− Realizam tarefas que grupos comuns não podem fazer;
− Fazem melhor uso dos recursos;
− São mais criativas nas resoluções de problemas;
− Tomam decisões de alta qualidade;
− Resultam em melhores produtos e serviços;
− Apresentam processos melhorados;
− Diferenciam enquanto integram.
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Parker (1995), evidencia algumas vantagens que uma equipe interfuncional proporciona às
organizações que as implementam:
a) Velocidade: As equipes interfuncionais são essenciais para reduzir o tempo gasto na
execução das tarefas, principalmente no processo de desenvolvimento de produtos, onde
muitas dessas partes são executas simultaneamente.
b) Complexidade: Essas equipes melhoram a capacidade da empresa de solucionar
problemas complexos.
c) Enfoque no cliente: Direcionam seus esforços para melhoria da qualidade dos produtos e
serviços da empresa, no intuito de satisfazer as necessidades dos clientes.
d) Criatividade: Aumentam a capacidade criativa e inovativa da empresa, à medida que
reúnem pessoas com diferentes perfis, valores culturais, orientações e estilos.
e) Aprendizagem organizacional: Os membros de equipes interfuncionais têm mais
oportunidade de aprender a trabalhar com pessoas de estilos de trabalho e perfis diferentes
e para desenvolver novas habilidades e técnicas profissionais do que membros que
equipes funcionais.
f) Ponto único de contato: As equipes interfuncionais criam um ponto único de contato para
recorrer a informações sobre decisões relativas ao projeto ou ao cliente.
Segundo Cruz (2002), as equipes interfuncionais são um instrumento altamente poderoso para
uma organização atingir um alto nível de desempenho. Ela supera os outros tipos de equipes
quando a tarefa a ser realizada exige aptidões múltiplas, discernimento e experiência. Essas
equipes são mais flexíveis e adaptáveis a eventos variáveis do que as outras formas de
equipes. No entanto, não é fácil administrar equipes interfuncionais, seus estágios iniciais de
desenvolvimento demandam muito tempo para que seus membros aprendam a trabalhar com
diversidades e complexidades.
A decisão de trabalhar com equipes interfuncionais deve ser avaliada levando-se em
consideração os objetivos pretendidos e o tempo disponível, além de se atentar para seleçào
das pessoas, que devem ser indivíduos que se comuniquem de maneira franca e honesta,
saibam resolver conflitos e sublimar metas pessoais em favor da equipe.
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4. Considerações Finais
A Gestão do Conhecimento proporciona às organizações a oportunidade de elevar o grau de
aprendizado organizacional e alavancar sua vantagem competitiva. O conhecimento é valioso
se for aplicado com êxito em atividades que criem valor para a organização.
Como pudemos observar nessa breve análise, existem vários pontos de sinergia entre o
trabalho em equipe e a gestão do conhecimento.
Se levarmos em consideração que as equipes constroem um ambiente importante para
socialização de conhecimentos e tomada de decisões, fica evidente que os resultados que o
trabalho em equipe podem apresentar conforme destacado acima, têm um impacto
significativo para as organizações que prezam a gestão do conhecimento.
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5. Referências Bibliográficas
ALEIXO, A. I. S. Procedimento para implantar Equipes. Dissertação ( Mestrado em Engenharia da
Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção. UFSC, Florianópolis, 2003.
CRUZ, M. G. S. Reestruturação organizacional direcionada para formação de equipes. Dissertação
(Mestrado em Engenharia da Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Produção. UFSC,
Florianópolis, 2002.
FIORAVANTE, F. TERRA, J. C. Gestão de Reuniões e Gestão do Conhecimento: uma ligação
importantíssima. Disponível em:
http://www.terraforum.com.br/sites/terraforum/biblioteca/forms/dispform.aspx?ID=117. Acesso em 17/08/06.
PARKER, G. M. O poder das equipes. Rio de Janeiro: Campus, 1995.
ROBBINS, S. P. Administração – Mudanças e Perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2000.
SENGE, P. A quinta disciplina: Arte e prática nas organizações. São Paulo: Best Seller, 1998.
STWART, A. T. Capital Intelectual. A nova vantagem competitiva das empresas. 5 ed. Rio de Janeiro:
Campus, 1998.
VALLS, V. M. A sinergia entre gestão da qualidade e do conhecimento. Disponível em:
http://www.terraforum.com.br/sites/terraforum/Biblioteca/Forms/DispForm.aspx?ID=116. Acesso em 17/08/06.