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Percepção
Não há percepção sem atenção. A percepção é a função cerebral que atribui significado a
estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através desta, um indivíduo
organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio.
Consistem na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas
pelos sentidos.
Já na cegueira inatencional, “inatencional blindness”, não se presta atenção ao que não se está
à espera, isto é, se nos é pedido para contarmos o número de passes entre a equipa preta, não
iremos prestar atenção aos da equipa branca nem conseguiremos ver o urso a fazer
moonwalking.
A perceção é uma atividade construtivista, na qual é feita uma analogia entre a percepção
visual e a câmara fotográfica, que é falsa, e na qual a representação é perceptiva parcial e
incompleta logo desde o ponto de vista sensorial, como no caso do blind spot, o ponto cego.
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A acuidade visual corresponde à capacidade do olho de distinguir entre dois pontos próximos é
chamada acuidade visual, a qual depende de diversos fatores, em especial do espaçamento
dos fotorreceptores na retina e da precisão da refração do olho. Na retina encontramos
respostas eletrofisiológicas, responsáveis pela formação de imagens, que retém as imagens e
faz a tradução para o cérebro através de impulsos elétricos enviados pelo nervo óptico.
O nervo óptico capta as informações através dos cones e bastonetes presentes na retina que
são estimulados pela luz projetada em objetos. As informações visuais são captadas e enviadas
ao lóbulo occipital do cérebro para as áreas 17, 18 e 19 que são responsáveis de processar esta
informação, gerando resultados de cor, forma, tamanho, distância e noções de espaço. O
ponto cego é insensível à luz, e dele emergem o nervo óptico e os vasos sanguíneos da retina.
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Em suma, a visão não recebe imagens, processa informação, e por isso, é considerada uma
atividade construtiva que opera a diferentes escalas, que incorpora conhecimentos que não
são transparentes ao organismo que percebe. Funciona e decide na ambiguidade e não
pressupõe nos seus mecanismos uma representação verdadeira da realidade.
A Sensação na Percepção
Basicamente, são as seguintes questões que podem pôr-se assim a propósito da sensação:
(1) Onde começa para nós a zona de estimulação eficaz - questão do 'limiar absoluto'
da sensação.
(2) De onde a onde vai a zona de estimulação eficaz (limites inferiores e superiores)? –
questão da amplitude de variação dinâmica útil dos estímulos
(3) Com que grau de distinção a nossa sensibilidade consegue analisar esse domínio de
variação? (questão da “resolução”, mais ou menos grosseira consoante a capacidade
dos nossos sistemas sensoriais, para aí produzirem distinções de intensidade mais ou
menos finas; questão do 'limiar diferencial' da sensação).
O termo estética deriva do grego aisthetikos, que significa “sensível”. Esta última palavra
derivou por sua vez de aisthanomai, que significa “eu percebo,sinto”. A sensação envolve a
questão da realidade do que é percebido: o “sentir” fundamental. Se algo não for percebido,
não existe. No estudo da Psicofísica a sensação determina ao existência de algo.
Qual o estatuto dos «qualia» perceptivos – a cor, o som, etc.?Serão alucinações sem
ancoragem no real?Por exemplo, os alucinados têm o problema de acreditar na realidade de
algo que não existe. Os «qualia» são as qualidades perceptivas, contudo, a cor não existe na
física, estas são um produto da variação das ondas electromagnéticas, mas existe uma relação
entre a sensação e a realidade.
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Uma resposta fornecida pela psicofísica é que a sensação (subjetiva) mantém uma relação
direta e interna com as energias exteriores (“objetivas”). O “problema” inicial da psicofísica foi
exatamente o da relação entre os “excitantes externos” e as “sensações internas”.
Desta forma, o limiar absoluto é o início da sensação de audição, o limiar da dor não está
relacionado com a sensação de audição, mas sim quando o estímulo é reconhecido como
doloroso, sendo que a dor pura sem diferenciação do estímulo e o limiar de tolerância à dor é
o momento em que o estímulo alcança tal intensidade que não mais pode ser aceitavelmente
tolerado.
A sensação envolve a questão do inconsciente perceptivo, associada à questão dos limiares (da
percepção consciente).
Gottfried Wilhelm Von Leibniz (1614-1716), na sua obra “Novos Ensaios sobre o Intelecto
Humano”, estuda as pequenas percepções, que quando abaixo do limiar de audição, processa-
se quando não é alcançada a sensação consciente traduz-se em percepções inconscientes, isto
é, as pequenas percepções.
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Fechner e Leibniz pretendiam responder à questão “Há ou não sensação abaixo do limiar de
sensação?” Há sensações “inconscientes”?Relação com a noção de “limiar sensorial”. Há
atividade sensorial abaixo do ponto onde começamos a sentir conscientemente (o Limiar
Absoluto)?
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C= Intensidade do Contraste
Face à alternância entre as barras brancas e pretas, quando a transição é mais lenta,
corresponde a uma frequência de onda baixa, ou seja, menos perceptível, pela redução da
intensidade da energia. Este mede o limiar absoluto em diferentes locais, dando preferência
pelas zonas médias, isto é, é mais perceptível.
A frequência média permite distinguir preto e branco mais facilmente do que as frequências
altas e baixas.
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A noção “pontual” de limiar absoluto (LA): intensidade abaixo da qual não é possível detectar o
estímulo (0% de probabilidade de detecção) e acima da qual se percebe sempre o estímulo
(100% de probabilidade de detecção).
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O observador C é mais preciso do que observador D (apesar deterem o mesmo LA). O declive
superior da curvado observador C indica uma menor zona de incerteza(intervalo em que uma
intensidade do estímulo é uma vezes percebida e outras vezes não)
Lei de Weber:
Não se trata de uma verdadeira lei psicofísica, porque nela não é feita referência explícita à
sensação (S). O seu enunciado envolve essencialmente a noção de limiar diferencial (I –
diferença minimamente discriminável entre dois estímulos, ou jnd [Just noticeable
difference]). Uma implicação da Lei de Weber é a de que as intensidades dos estímulos
evoluem em passos crescentes e proporcionais à intensidade de partida (e.g.: I2 = I1 + I1*K).
Segundo Weber, cada modalidade sensorial possuía o seu valor de K específico, e podia assim
ser quantitativamente resumida por ele.
De acordo com a Lei de Weber, o valor da chamada Fração de Weber (ΔI/I = K) é uma
característica de cada modalidade sensorial. A lei de Weber corresponde a uma regularidade
nos limiares diferenciais, para se perceber duas intensidades diferentes.
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As frações de Weber com valor mais alto indicam uma sensibilidade discriminativa menor (a
fração constante do estímulo inicial que é necessário acrescentar-lhe para dar lugar a uma
nova sensação é maior) (cf. gráfico da direita)
A psicofísica clássica
As medidas que a Psicofísica Clássica pretende fazer da sensibilidade envolve, na realidade, um
misto de sensibilidade e atitude de resposta (ou atitude decisória).
Apresentação breve da experiência de Smith e Wilson (1953) com três grupos de participantes
a quem foi calculado um limiar absoluto de audição para um tom puro: os participantes
correspondentes ao grupo “conservador” foram instruídos a só responder positivamente
quanto interrogados sobre a existência de uma sensação quando tivessem a certeza absoluta
de que sentiam; os participantes designados como “radicais” receberam ao contrário a
indicação de que deveriam assinalar a presença de uma sensação à mínima impressão de que
detectavam um estímulo; finalmente, um grupo designado como “liberal”, recebeu instruções
intermédias (responder positivamente quando estivesse razoavelmente certo de que sentia).
Os resultados ilustraram enormes diferenças no valor do 'limiar absoluto' (correspondente ao
valor do estímulo percebido em 50% dos casos) em função das instruções, com os
participantes do grupo “radical” a fornecerem praticamente 50% de respostas de detecção
quando nenhum estímulo estava na realidade a ser apresentado (ensaios ditos “brancos”). Os
limiares avaliados correspondiam assim a um misto não analisado de sensibilidade e atitude.
Tendo em conta que o critério inicialmente utilizado nos laboratórios de Psicologia
Experimental (a começar pelo de Wundt) era o de treinar os participantes a responder
positivamente apenas em caso de certeza absoluta, os valores dos limiares então calculados
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As leis psicofísicas relacionam a magnitude dos excitantes com a magnitude das sensações. A
lei de Weber ainda não é verdadeiramente psicofísica porque não faz referência expressa à
sensação (S), ou seja, não há inferência às sensações, mas sim às intensidades de sensação.
Esta é no seu total o equivalente a diz que mede o limiar diferencial. Já na lei de Fechner:
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Esta é uma lei compressiva, contudo nem todas as modalidades são compressivas, muitas são
expansivas.Esta é o antecessor histórico da lei de Fechner: a lei logarítmica que Bernoulli
propôs para a utilidade (ou “fortuna moral”) do dinheiro.
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Concluindo, a sensação envolve a relação dos nossos sentidos com o domínio das energias
físicas que utilizamos como meio de percepção. Os nossos sentidos talham um espaço num
domínio de energia com limites abaixo dos quais e acima dos quais não percebemos
(exemplos: a região do espaço das frequências físicas e da pressão sonora –espaço a duas
dimensões – no qual podemos ouvir a fala, a música, os sons; a zona de radiação
electromagnética, entre os 400 e os 700 nanómetros, na qual somos capazes de visão).
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de modo a produzir elementos de ordem superior (como o raciocínio). Assim, na sua prática, a
psicofísica devia resumir-se ao estudo das sensações. Já a crise teórica da psicofísica tem a ver
com o dualismo cartesiano, a inspiração geral da psicofísica, que consistia na incongruência
entre os planos do método (manipulação dos estímulos) e o objeto a que a disciplina se
propunha – estados e conteúdos da consciência.A influência do positivismo traduz-se no
objetivo de estabelecer leis funcionais, descritivas e gerais que desconsideravam as diferenças
individuais e a explicação. Tinham em conta a objetividade e o positivismo por restrição.
Caso o postulado de Fechner se verificasse, entre os 40 e os 100 deb deveria encontrar-se para
o som de 60 c/s, um número de unidades de sensação, isto é, de diferenças minimamente
perceptíveis (jnd), idêntico ao registado entre os 0 e os 100 deb, para o som de 1000 c/s. Os
valores encontrados foram, todavia, de 30 jnd no primeiro caso, e de 360 jnd no segundo.
A lei de Weber tinha alguns problemas, pois esta não se aplica nas altas intensidades sonoras,
onde a fração decresce, i.e., no “near-miss of the Weber Law” de Riesz (1928), que primeiro foi
verificado com tons puros, mas depois também generalizado ao ruído. Esta lei também não se
aplica à altura do som (“tom”, pitch) e não se aplica à percepção e produção de intervalos de
tempo. Também falha no domínio da ação guiada visualmente (percepção-para-a-acção).
Ainda existem algumas violações à lei de Weber, como a lei do Mínimo, que corresponde a um
desajuste das Lei de Weber nas intensidades baixas e a lei do Máximo, provocado pelo
desajuste das Leis de Weber nas intensidades altas, ou seja, ambas são desvios à lei.
Empiricamente, não há motivos para considerar a lei de Weber uma lei, devendo ser sim
considerada uma regularidade. Desta forma, a lei de Weber é muitas vezes denominada da “lei
que nunca foi”. É de notar ainda que a lei de Fechner apresenta os mesmos problemas ao
basear-se na primeira.
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Em suma, a lei de Weber tem problemas de generalidade, entre outros uma tendência para a
elevação do valor e K nas intensidades mais baixas (intensidades próximas do limiar) e mais
altas. Estes desvios à lei ficaram conhecidos como, respectivamente, Lei do Mínimo e Lei do
Máximo. Com o objectivo de ultrapassar o desvio associado à Lei do Mínimo, foram
introduzidas versões corrigidas da lei de Weber, todas formalmente muito semelhantes. Uma
das mais conhecidas é a chamada correcção de Miller (1947): I/(I +a)= k. A constante “a” é
interpretada como uma pequena intensidade correspondente ao ruído sensorial interno;
encontrando-se no denominador da fração, faz baixar o valor de K nas baixas intensidades,
mas deixa-o praticamente inalterado (em virtude da sua pequenez comparativa) nas médias e
altas intensidades. Além disso, conhecem-se modalidades em que a Lei de Weber ou não se
aplica (caso da percepção das durações) ou se aplica apenas em parte da gama dos estímulos
(caso da altura do som).
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Os limites da Lei de Weber afectam a generalidade e validade da Lei de Fechner, que se baseia
naquela. A interpretação mais geral do significado da lei logarítmica de Fechner é que
corresponde a uma forma de comprimir enormes amplitudes de variação das intensidades
externas na amplitude de variação da nossa sensibilidade. Na realidade, a Lei de Fechner
estipula que enquanto as “excitações” (intensidades externas) variam em progressão
geométrica (segundo uma razão multiplicativa = [K(fração de Weber)+ 1], as “sensações”
(intensidades internas ou mentais) variam em progressão aritmética, isto é, num certo sentido,
“mais devagar”.
Os limites da Lei de Weber afectam a generalidade e validade da Lei de Fechner, que se baseia
naquela. A interpretação mais geral do significado da lei logarítmica de Fechner é que
corresponde a uma forma de comprimir enormes amplitudes de variação das intensidades
externas na amplitude de variação da nossa sensibilidade. Na realidade, a Lei de Fechner
estipula que enquanto as “excitações” (intensidades externas) variam em progressão
geométrica (segundo uma razão multiplicativa = [K(fração de Weber)+ 1], as “sensações”
(intensidades internas ou mentais) variam em progressão aritmética, isto é, num certo sentido,
“mais devagar”. Não é possível afirmar que a Lei de Fechner é a verdadeira Lei Psicofísica, ou
sequer que haja uma Verdadeira Lei Psicofísica. É possível mesmo que Fechner tenha lançado
a primeira psicologia experimental numa corrida enganosa em busca da verdadeira Lei
Psicofísica. No essencial, a sua lei mantém-se apenas como uma razoável descrição da relação
não linear que existe entre as intensidades e a nossa resposta/avaliação (como exemplos, a
classificação adotada para a magnitude das estrelas é ainda hoje, desde Hiparco, logarítmica;
autores como Dehaene têm defendido recentemente, com base também em dados de
neuroimagiologia, que a nossa representação dos números é logarítmica e obedece à Lei de
Weber). Provavelmente, um dos contributos inquestionáveis de Fechner foi, isso sim, a
proposta dos primeiros métodos sistemáticos de medida dos limiares: método dos limites,
método constante, método do “erro médio” (também dito “do ajustamento”, no caso dos
limiares diferenciais)
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vez sentidos como de intensidade subjetiva igual nos 100db NA. O pressuposto de Fechner de
que cada "diferença minimamente perceptível" corresponde a uma unidade de sensação
implicaria assim que o mesmo número de diferenças (ou limares diferenciais) fosse
encontrado nas duas frequências – entre os 40 e os 100 dB no caso do som de 60 Hz e entre os
0 e os 100 dB no caso do som de100 Hz. Os resultados foram bem diferentes do esperado, com
muito mais "diferenças minimamente perceptíveis" na frequência de 1000 Hz (360, contra 30
no caso do som de 60 Hz).
Os problemas encontrados com a Lei de Weber nas baixas e altas intensidades (Lei do Mínimo
e Lei do Máximo) levaram à adoção de formas corrigidas da Lei. A correcção de Miller à Lei de
Weber, aqui ilustrada graficamente, corrige o problema associado à Lei do Mínimo), através da
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Esta correcção resolve o problema da Lei do Mínimo (o denominador fica maior com a), pois a
lei do Mínimo implica que sofra uma alteração contrária à estabelecida pela Lei de Weber
estamos perante intensidades baixas.
A lei de Fechner é afectada por estes problemas relacionados com a de Weber, ainda mais
porque há operações logarítmicas que têm o mesmo efeito que a de Fechner, pelo que esta
não se pode considerar uma medida psicofísica.
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As medidas foram afetadas medidas de ordem, e não apenas por diferenças sensoriais. Isto é
visível quando se compara a série ascendente com a descendente, pois sensações antes não
detectadas na ascendente são sentidas nas série descendente. Para cálculo, é utilizada uma
medida de tendência central, neste caso a mediana (Pegando na primeira da série ascendente,
depois da descendente e de seguida a mediana de ambas).
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Método Constante
O método constante para o cálculo do limiar absoluto assenta na definição do limiar como “o
valor do estímulo percebido em 50% dos casos”. A definição deste valor de probabilidade
envolve uma convenção: exprime a ideia de “máxima incerteza”. A característica do método
constante é que as intensidades do estímulo são apresentadas aleatoriamente, calculando-se
no fim a proporção de vezes em que cada uma dessas intensidades foi percebida. O valor de
intensidade correspondente a uma taxa de detecção de 50% é o valor do “limiar absoluto”.
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Ao utilizar a regra de três simples para cálculo do limiar absoluto neste método implica admitir
que haja uma regressão linear, pois esta calcula uma proporcionalidade. Ao utilizar uma curva
normal, é calculada a probabilidade de certo estímulo ser menor do que X, por exemplo, estar
abaixo de 4, como demonstra o gráfico. A curva de Galton permite ajustar os dados quando
estes estão desorganizados, dando ordem aos mesmos.
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O papel da curva normal ou de Laplace-Gauss: Fechner adoptou a curva normal como modelo
da distribuição de probabilidade do limiar sensorial (ou, o que é o mesmo, da distribuição de
probabilidade do “ruído sensorial” que faz flutuar o valor do limiar). A curva normal indicaria a
probabilidade de o limiar corresponder a um certo valor do estímulo. A curva normal
acumulada indicaria a probabilidade de um dado estímulo ser percebido: essa probabilidade
depende não apenas da probabilidade de o limiar absoluto coincidir com o valor do estímulo,
como de se encontrar abaixo dele. Esta função normal acumulada é genericamente designada
como ogiva de Galton. Uma das vantagens da ogiva de Galton é possibilitar um método
conveniente de determinação do limiar por interpolação gráfica. Depois de ajustar uma curva
normal acumulada aos resultados de uma experiência psicofísica basta interceptar essa curva a
partir do valor 50% da ordenada, projectando depois a intersecção sobre a abcissa (onde se
encontram os valores do estímulo), para encontrar o valor do limiar. Uma vez que ogiva de
Galton é aproximadamente linear na sua porção intermédia, este modelo da função psicofísica
justifica que, no caso de nenhum dos estímulos ter sido percebido em 50% dos casos, se utilize
uma regra de três simples, ou interpolação linear, para determinar o valor do estímulo que
corresponderia à proporção de 50%.
Breve caracterização do método do ajustamento, identificado pelo facto de ser o sujeito quem
controla a intensidade dos estímulos. No caso da determinação do Limiar Absoluto, ao sujeito
cabe elevar a intensidade do estímulo até começar a percebê-lo, e baixar-lhe em seguida a
intensidade até deixar de percebê-lo. A média dos valores de intensidade assim obtidos é
tomada como o valor do LA. O método do ajustamento sofre de vários limites, entre os quais o
de não permitir uma medida direta do Limiar Diferencial.
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Determinação do limiar diferencial
[PSI-EP = EC]. Breve referência à definição do LD, no método constante, como a "diferença
entre dois estímulos que é percebida em 75% dos casos".
Ilustração da variabilidade entre sujeitos quanto ao uso das resposta de "igualdade”: a opção
de suprimir as respostas de igualdade (obrigando os sujeitos à escolha forçada entre "inferior"
ou "superior") inviabiliza a definição do LD como uma "diferença percebida em 50% dos casos"
(os 50% de juízos de inferioridade ocorriam forçosamente no mesmo ponto onde se
verificavam os 50% de juízos de superioridade). Passou por isso a adoptar-se correntemente,
no método constante, o valor de 75% para a definição operacional do LD.
O método dos limites é hoje largamente empregue sob a forma do “método da escada”
(staircase); o método do ajustamento, por sua vez, é largamente utilizado, sobretudo nos
domínios da avaliação audiológica e da sensibilidade visual ao contraste, numa variante
“moderna” conhecida como “método da perseguição dos limiares”. Em ambos os casos se
trata de variantes adaptativas dos métodos clássicos: “adaptativo” significa, neste contexto,
que a apresentação dos estímulos é condicional às respostas anteriores dos sujeitos.
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2. Escolher o «passo» para a evolução do estímulo, isto é, o intervalo entre dois níveis
sucessivos. Para que seja informativo, o intervalo não poderá ser excessivamente
grosseiro nem demasiado fino.
3. Fixar a regra para a inversão do sentido da apresentação. A mais simples consiste em
inverter sempre que se verificar uma alteração na natureza da resposta do sujeito.
Contudo, trata-se de uma convenção, e outras poderiam ser utilizadas, por exemplo,
uma dupla ou tripla alteração de resposta.
4. Fixar a regra de paragem, isto é, o critério decide do termo da experiência.
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das estimações de magnitude fornecidas pelos sujeitos (as médias geométricas constituem
uma forma de agregar dados provenientes de relações multiplicativas ou divisivas – razões -
como as que os sujeitos são solicitados a avaliar e exprimir nas suas estimações de magnitude).
Deste modo, a admitir-se a função de potência como verdadeira lei psicofísica, cada
modalidade sensorial fica caracterizada por um dado valor do expoente que indica o modo
como as sensações evoluem em função das intensidades do estímulo.
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O significado do expoente.
Stevens atribui ao expoente característico de cada modalidade um sentido de adaptação
biológica. Quando o expoente de uma função de potência é > 1, a função apresenta-se
acelerada (côncava vista de cima); quando = 1, a função é linear; quando < 1, a função é
desacelerada (como a função logarítmica, é então côncava vista de baixo). Estes três tipos de
situação indicam, respectivamente, que (1) a razão de crescimento das sensações é superior à
razão de crescimento das intensidades do estímulo; (2) a razão de crescimento das sensações
é igual à dos estímulos; (3) a razão de crescimento das sensações é inferior à dos estímulos.
Se admitirmos uma amplitude constante da nossa capacidade de sentir (isto é, uma amplitude
característica da nossa sensibilidade), e duas modalidades sensoriais em que, num caso, a
gama de energias físicas úteis (intensidades do estímulo) possui um espectro muito amplo –
como no caso das intensidades luminosas ou sonoras – enquanto no outro possui um banda de
variação útil relativamente estreita (como na temperatura, ou no olfacto), é compreensível
que a razão de crescimento das sensações seja menor (mais lenta) do que a das intensidades
no primeiro caso ( <1), de modo a incluir um espectro amplo de intensidades nas nossas
capacidades de expressão sensorial, e mais rápida do que a das intensidades no segundo caso (
> 1), permitindo diferenciar melhor, nos limites da nossa capacidade de sentir, o pequeno
número de intensidades físicas relevantes. Isto corresponde, no fundo, a uma compressão das
intensidades no primeiro caso ( <1) e a uma amplificação das intensidades ( > 1) no segundo
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O significado funcional da Lei de Potência - iguais razões entre intensidades são expressas por
iguais razões entre sensações. A lei de Stevens assenta, tal como a de Fechner, na aceitação da
Lei de Weber como lei empiricamente válida. Difere, porém, na adopção de um outro
pressuposto quanto às sensações, segundo o qual ΔS/S = C, isto é, a diferença entre duas
sensações contíguas (na escala sensorial) é uma fracção constante da sensação inicial. Dado
que esta relação equivale a admitir que um equivalente da Lei de Weber (ΔI/I = K) rege
também o domínio das sensações, equivale a admitir que tantos os estímulos como as
sensações evoluem em progressão geométrica (isto é, através de uma razão multiplicativa). A
Lei de Potência afirma assim, no fundo, que “iguais razões entre estímulos se exprimem por
iguais razões entre sensações”, com o expoente da função a exprimir a relação entre a razão
de evolução das sensações e a razão de evolução dos estímulos (> 1 se a primeira for maior do
que a segunda e <1 no caso contrário). Uma das vantagens reclamadas pela psicofísica directa
é justamente a de fornecer medidas de "nível de razão" (isto é, com um 0 conhecido).
Daqui é possível derivar o expoente previsto para reger a relação entre as intensidades físicas
das duas dimensões envolvidas (I1 e I2), igual a 2/1 (isto é, à razão entre os dois expoentes
característicos). Torna-se assim possível, conhecendo os expoentes de duas modalidades
sensoriais, calculados anteriormente, executar uma experiência de emparelhamento
intermodal para verificar o ajuste das previsões teóricas quanto ao novo expoente. Esse ajuste
(que Stevens quase sempre pôde verificar empiricamente) constitui tanto o critério de
validação da lei de potência – mostrando que os expoentes anteriormente calculados com
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base nessa lei permitem boas previsões -, como o critério de que os sujeitos foram capazes de
atribuir números às sensações de acordo com a regra pretendida, isto é, foram capazes de
exprimir consistentemente as razões entre as magnitudes das suas sensações.
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Exemplificação com um estudo de psicofísica da memória da dor realizado por Algom e Lubel
(1994). O expoente característico da recordação da dor produzida em diferentes momentos do
parto mostrou ser superior ao da percepção da dor nos momentos correspondentes
(aproximadamente o quadrado do primeiro, sugerindo que o mesmo expoente operou duas
vezes, para determinar a magnitude da sensação/percepção a partir das intensidades,
primeiro, e a da memória dessa sensação, em seguida).
Princípio geral: o todo é mais do que a soma das suaspartes, definindo-se sobretudo pelo
sistema das relações entre elas. A mera associação de sensaçõeselementares não responde
assim, ao contrário do que defendia o estruturalismo (Titchener) e, em geral, todas asformas
de elementarismo, ao problema da "organização perceptiva" (isto é, da emergência de formas
ouconfigurações perceptivas).
Persistência Retiniana
Esta não é um movimento aparente, mas antes uma sensação de arrastamento do objeto.
Contudo a persistência não pode ser a base do movimento. Por outro lado, o movimento tem
uma base binocular, estando assim relacionado com as pupilas.
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No movimento Phi (“PhiMotion”), o movimento do objeto é apenas uma impressão, pelo que
este movimento aparente não é devido às impressões sensoriais. Já o movimento Beta (“Beta
Motion”) é um movimento aparente, num nível intermédio, que depende das variáveis
intervalo e distância. Quando o intervalo é demasiado rápido não temos sensação de
arrastamento, o denominado Flickering, assim como demasiado lento. Este é um movimento
ótimo.Ao aumentar o tempo de intervalo, o movimento é mais lento, o que se traduz em
arrastamento. O movimento Phi tem um intervalo de tempo menor que o movimento Beta,
que corresponde a uma maior rapidez.
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olho. As condições do movimento aparente não são assim periféricas (situadas ao nível dos
receptores), mas centrais, e correspondem a uma estrutura determinada de relações espaciais
e temporais entre os estímulos estáticos apresentados.
2. Para uma mesma distância, a intensidade deve crescer à medida que o ISI aumenta.
3. Para uma mesma intensidade, o ISI deve aumentar com a distância (Esta lei sugere a
existência de uma “velocidade preferida” no movimento aparente)
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A adaptação neural corresponde aos neurónios que captam o mesmo movimento, que são
seletivos para os critérios direcção e movimento.
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O Problema da Correspondência
Ternus (1926) e o estudo do movimento aparente em ecrãs com três pontos (o modo como o
movimento é percebido depende do valor do ISI).
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O sistema visual parece utilizar uma regra de “proximidade” para decidir o sentido da rotação,
que depende da velocidade: A) Baixa B) Intermédia, C) Elevada.
O sistema visual aplica um principio da proximidade para fazer corresponder elementos entre
dois “frames” sucessivos. Isto explica o efeito “Wagon Wheel”.
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A distinção entre os sistemas Parvo Celular e Magno Celular, e a projecção dos últimos para as
áreas MT (V5) e SMT. (Livingstone & Hubel, 1988)
A impressão de movimento “sem objecto” – fenómeno phi – poderia ter por base a via do
“onde”, vocacionada para a análise do movimento e da profundidade e, pelo menos
parcialmente, dissociável da via do “que”, vocacionada para a análise da forma e para a
identificação de objectos.
O problema da Abertura
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córtex extra-estriado, para onde a área V1 apresenta várias projecções. Várias evidências
apontam para a área MT (também chamada V5) como um candidato plausível a efectuação
deste género de tratamento.
Quando os recetores têm um campo limitado a perceção do objeto muda, por isso, não serve
para testar a coerência do movimento – insuficiência dos detetores de movimento. As células
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Integração do Movimento Local (Adelson & Movshon, 1982 ; Movshon et. L, 1985)
Papel da área V5/MT na integração dos sinais de movimento locais, projectados a partir da
área V1 (córtex visual primário) no estabelecimento de movimentos globais coerentes. A
distinção entre a via de processamento dorsal parietal (via do "onde'" ou da "percepção para a
acção"), na qual se encontra justamente a área V5, e a via ventral-temporal (via do "o quê?").
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A impressão de movimento “sem objecto” – fenómeno phi – poderia ter por base a via do
“onde”, vocacionada para a análise do movimento e da profundidade e, pelo menos
parcialmente, dissociável da via do “quê”, vocacionada para a análise da forma e para a
identificação de objectos.
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Parvo: baixa resolução temporal (sensibilidade às baixas frequências temporais), alta resolução
espacial (detalhe), resposta sustentada (demorada), transmissão mais lenta dos sinais,
discriminação da cor, especialização na “cor e no detalhe” é alimentado por informação
retiniana procedente maioritariamente da fóvea.
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Base possível para a perceção do movimento: Células ganglionares da Retina- as células parvo
e magnocellulares- que correspondem aos dois hemisférios- o quê? (ventral-temporal) e onde?
(dorsal-parietal)
Possível "motivação física" das leis Gestaltistas. As "leis do agrupamento" poderão constituir
heurísticas (regras que não conduzem a um resultado correcto com 100% de probabilidade) do
sistema perceptivo para detectar objectos físicamente prováveis (a proximidade, o destino
comum, a boa continuação, a semelhança, todas estas leis capturam aspectos gerais da
maioria dos objectos, como a coesão, continuidade e homogeneidade textural das suas
partes). As leis do agrupamento determinam a constituição de Regiões. Mas, para que passem
a formas, estas regiões têm que se destacar sobre um fundo e adquirir um contorno ou
fronteira (isto é, serem segregados perceptivamente).
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Boa continuação: elementos dispostos segundo linhas rectas ou curvas suaves tendem a
constituir uma unidade.
Destino comum: elementos que partilham uma mesma direcção de deslocamento tendem a
ser agrupados e constituir uma unidade. Aqui, demonstra-se a importância do agrupamento
fronteira-textura na segregação perceptiva.
Lei da Região Comum– Na imagem observa-se que o circulo delimita dois pontos, o que nos
leva a percepcionar uma região que os liga.
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Lei da Sincronia – Agrupamento por sincronia de “flickering” entre uma região e a fronteira (O
“piscar” da fronteira leva à sua sincronia com a fronteira – Semelhante à Lei do Destino
Comum)
Actuação Conjunta das Leis de Organização Perceptiva – As leis da Gestalt não agem
independentemente, podem actuar de modo convergente ou em conflito. São leis do tipo
“Ceteris Paribus” (Tudo o resto igual)
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Proximidade: a maioria dos objectos são feitos de material coeso e opaco, donde resulta que
dois pontos próximos numa imagem têm mais provavelmente origem num mesmo objecto do
que dois pontos mais afastados entre si(limites: por exemplo, os fenómenos de transparência)
Boa continuação: a forma dos objectos tende a variar gradualmente, especialmente quando os
objectos foram moldados por forças naturais e pela erosão.
Destino comum: Sendo os objectos usualmente coesos, se um objecto se move as suas partes
tendem a mover em conjunto. Diferentes regiões duma imagem em movimento numa mesma
direcção têm uma razoável probabilidade de corresponder ao movimento de um mesmo
objecto.A procura da simplicidade, fechamento e regularidade na forma (lei da Boa Forma)
poderia neste sentido corresponder a uma heurística de Simplicidade que estabelece uma
correspondência adaptativa entre o Simples para a organização perceptiva e o Provável(não
certo) do ponto de vista do ambiente físico.
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Factores de Pregnância
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Inclusão: uma forma incluída é mais pregnante do que uma forma “continente”.
Simetria: formas simétricas são mais facilmente percebidas e preservam-se mais facilmente
enquanto formas
Disposição em altura no campo visual: formas dispostas na porção inferior do campo visual
(solo) são mais facilmente percebidas como formas.
Convexidade: Elementos convexos são mais facilmente percebidos como formas do que
elementos côncavos.
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Factores de Pregnância
Possível equivalência entre a lei geral da “boa forma” (a mais simples) e o princípio da
preferência pelo ponto de vista genérico (mais provável) ou a recusa do ponto de vista
acidental (menos provável), empregue em várias das teorias modernas da percepção.
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Simplicidade e ponto de vista “genérico” (A) (recusa do ponto de vista acidental) (B)
Sistema visual funciona a partir de hipóteses, o que está sujeito a erros. Quando o ponto de
vista não é acidental, é possível ver um maior número de possibilidades, mas quando se aceita
que esta é acidental, ocorrem as ilusões de ótica. Simetria anexa as extremidades com a figura
central.
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Figuras Reversíveis
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O fenómeno dos contornos subjectivos (sem gradiente de contraste físico) - Gaetano Kanizsa
(1976). Crítica da tentativa de explicação dos contornos subjectivos pela activação de
"detectores de traços". É possível obter contornos subjectivos utilizando apenas pontos
indutores, segmentos desalinhados (que resultam em contornos subjectivos curvos) e
contornos ortogonais aos elementos indutores.
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Ilustração de campos recetores de células simples do córtex visual primário que poderiam
funcionar como detetores de traços seletivos a determinadas orientações.
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Crítica da tentativa de explicação dos contornos subjectivos pelo mecanismo dos "contrastes
de brilho": é possível reduzir drasticamente os contrastes físicos sem prejuízo da robustez do
fenómeno, e obtendo mesmo, em certos casos, o seu fortalecimento. Ilustrações.
A proposta de explicação dos contornos subjectivos pela "lei do fechamento" (G. Kanizsa): a
função do contorno subjectivo na pregnância e robustez da forma (regularidade, simplicidade,
simetria, fechamento).
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Anel de Koffka
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Hochberg & Brooks efectuaram diversas medidas em diferentes figuras para perceberem quais
delas se correlacionavam mais com juízos de tridimensionalidade. A
irregularidade/complexidade das figuras aumenta com o número de ângulos diferentes entre
si.
Factores principais:
Nº de ângulos que uma figura apresenta (o mais importante), pois parece representar a
complexidade de uma figura. Quanto mais ângulo mais a figura se torna bidimensionalmente
complexa, maior probabilidade de ser percebida como representação de um objeto mais
simples em 3D.
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Nº de linhas contínuas – parece ser uma “medida” de descontinuidade – quanto mais linhas
contínuas houver, necessariamente, maior a descontinuidade entre elas.
Breve referência à diferença entre a concepção gestaltista da percepção 3D e a que ocorre nas
teorias computacionais “modernas”, como as de Marr (passagem da imagem retiniana,
centrada no sujeito, à imagem 3D, centrada no objecto, através de uma longa série de
tratamentos algorítmicos) ou de Biederman (os “geones” [geons – contracção de “geometrical
icons”] como unidades de base, pré-construídas, do reconhecimento de objectos).
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Da imagem retiniana (2D, view-centered) ao Objeto (3D, object-centred) – David Marr, 1982
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Pistas de profundidade
Introdução às pistas de profundidade: classificação em não visuais (e.g., óculo-motoras) e
visuais e, dentro das últimas, em binoculares (envolvendo o funcionamento dos 2 olhos) e
monoculares (podendo ainda estas serem estáticas e de movimento).
Músculos ciliares (intra-oculares) são os que permitem ter a focalização do objeto, o que pode
ser uma pista para a profundidade dos objetos, relacionando-se com o Grau de Convergência e
de focalização, que quanto maior o grau, mais próximo está o objeto. Se o olho tivesse
trigonometria, seria possível recuperar a distância a que está o objeto de uma forma
quantitativa e não apenas qualitativa como agora. Quando o objeto se situa para lá dos dois
metros não é necessário haver focalização através do movimento do olho, pelo que não é
necessária convergência na zona da fóvea.
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Limitação prática da utilidade da convergência dos olhos como pista informativa para a
profundidade (seria apenas útil até uma distância de cerca de dois metros)
Estereoscopia
Esteroscopia(a disparidade retiniana como pista binocular): a estereoscopia tem por base a
existência de dois olhos com uma separação média de cerca de 6,5 - 7 cm, resultando na
existência de diferenças entre o que é visto por um olho e pelo outro (disparidade retiniana). A
base geométrica da estereoscopia é o facto de a maiores separações na profundidade entre
objectos corresponderem maiores disparidades entre os dois olhos. Para tirar partido desta
relação o sistema visual e o cérebro têm de encontrar forma de combinar a informação
proveniente dos dois olhos de modo a produzir uma única imagem (fusão estereoscópica), na
qual os objectos se encontram ordenados na profundidade.
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Fusão estereoscópica
A fusão estereoscópica é obtida numa franja de disparidades que não pode ser excedida (a
área de fusão de Panum). No centro da área de fusão pode imaginar-se um arco
correspondente à situação em que a disparidade entre os dois olhos é zero (o horóptero),
significando isso simultaneamente que um mesmo ponto do objecto estimula áreas
correspondentes nas duas retinas (é o que acontece com o ponto fixado pelo observador, que
cai na fóvea de cada uma das retinas, direita e esquerda) e que os objectos se encontram no
mesmo plano de profundidade. Para aquém e para além do ponto de fixação (e do horóptero)
existem disparidades (ditas"cruzadas" para aquém dele e "descruzadas" para além dele) que o
sistema visual resolve na área de Panum e que dão lugar a diplopias (imagens duplas) fora da
área de Panum, isto é, quando os valores de disparidade ultrapassam as capacidades de fusão
estereoscópica do sistema visual. A estereoscopia é, necessariamente,uma função de nível
central/cortical, dada a inexistência de combinação entre a informação procedente das duas
retinas até que as "radiações ópticas" saídas do corpo geniculado lateral atinjam o córtex
visual primário.
Disparidade Binocular: quando se foca (foveando) um objeto (A) a sua imagem cai na fóvea de
cada uma das retinas, que constituem pontos retinianos correspondentes. As imagens de um
objeto B a uma distância diferente de A relativamente aos olhos do observador caem então
em pontos não correspondentes (dispares) de cada retina.
Os olhos estão focados sobre um objeto situado em A e a imagem de A incide sobre os dois
pontos retinianos correspondentes (a1 e a2). As imagens de um objeto B mais afastado
incidem sobre pontos díspares das duas retinas (b1 e b2)
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A amplitude das disparidades que o sistema visual pode resolver através da visão
esteroscópica (fusão na profundidade) é limitada a uma área vizinha do horóptero – a área
fusional de Panum. Disparidades acima desse valor (para lá ou para cá da área de Panum) dão
lugar não à fusão estereoscópica, mas a rivalidade binocular.
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Paralaxe do movimento (pista monocular de movimento, também dita, por isso “dinâmica”): o
movimento de translação do observador fornece informações sobre a separação de planos de
distância entre objectos. Para objectos situados entre o observador em movimento (por
exemplo, o passageiro de um comboio que olha pela janela) e o seu ponto de fixação existe
um fluxo óptico de sentido contrário ao do movimento, tanto mais rápido quanto mais
próximos do observador se encontram os objectos, e um fluxo óptico orientado no mesmo
sentido que o do observador, tanto mais rápido quanto mais distante do observador,
correspondendo aos objectos situados para lá do ponto de fixação (estas diferenças de fluxo
óptico representam-se por vectores cuja orientação e comprimento indicam, respectivamente,
a direcção e a velocidade do fluxo). Apesar de útil para a localização relativa de objectos em
profundidade, a paralaxe não fornece informação sobre a distância absoluta a que um objecto
se encontra do observador, nem uma informação precisa sobre as distâncias relativas entre
objectos na profundidade (indica sobretudo os que estão para além e os que estão para
aquém do ponto de fixação). É uma pista que pode ser usada monocularmente (isto é,
utilizando um só olho).
Paralaxe do Movimento
Quando nos movemos no mundo os objetos mudam constantemente de posição dentro do
nosso campo de visão. Os objetos mais próximos, aquém do ponto de fixação, parecem fluir
em oposição à direção do movimento atual. Os objetos mais longínquos, além do ponto de
fixação, parecem mover-se também, mas na mesma direção do movimento atual
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de fluxo ótico orientados para a direita); os pontos para além de F deslocam-se no sentido do
observador – representado por vetores orientados para a esquerda)
Catch – Para ir ao encontro da bola, o atleta deverá manter o olhar fixo na bola mantendo-a no
seu campo de visão sempre com o ângulo relativo à bola constante.
Acreção/Elisão de Texturas
Pistas Estáticas
Oclusão/Interposição
O desenho na esquerda parece
ser um objeto branco ocludindo
parcialmente um objeto preto,
enquanto a da direita parece um
objeto preto com uma região
branca no meio
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Perspectiva Atmosférica
Sombreamento
Gradientes de textura
Perspectiva Linear
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Tamanho Relativo
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Figuras Impossíveis
Ilusões Ótico-Geométricas
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Matéria complementar
A noção de Tempo de Reacção (TR) – variável dependente muito utilizada no estudo da
Atenção e da Percepção. Definição de TR; importância do Período Preparatório.
Tempo de Reacção
O tempo de reacção inclui execução e resposta. Este é o tempo médio entre a apresentação de
um estímulo e inicio de uma resposta voluntária a esse estímulo. Antes de um estímulo tem de
haver uma sinalização, um intervalo do sinal de preparação de um estímulo.
Sinal S R
O período preparatório tem de ser validado para evitar que os sujeitos comecem a responder a
cadência, ou seja, automaticamente. Quanto maior o período preparatório, maior o controlo
sobre a experiência.
Pouco depois dos anos 50 e 60, ou seja, depois da Revolução Cognitiva, tinha-se em vista o
processamento da informação, a forma como as pessoas recebem, tratam, etc., a informação.
Entre o estímulo e a resposta, há tratamento de informação, que sofre influência da
interpretação dos tempos de reacção. A informação não é o mesmo que o estímulo, mas é
transportado pelo estímulo.
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Ilustração da utilização do tempo de reacção (TR) como variável dependente na distinção entre
processos seriais(atencionais) e paralelos (não atencionais): o paradigma de Sternberg na
busca da memória de curto prazo(MCP).
Tipos de Memória
Memória de De duração
Icónica Ecóica Trabalho - A ilimitada, que
manipulação da permite o
informação é conhecimento
condicionada duradouro
Depois de ser
Sensação de pelo tempo.
ouvida uma frase,
arrastamento há informação
que é retida.
Curta duração -
Impressão Cerca de 30 sg.
retiniana dura
mais do que
obter um novo Capacidade de
estímulo armazenamento
reduzida
Para que a memória de curto prazo passe a memória de longo prazo é necessário que hajam
processos de codificação, armazenamento e recuperação dessa mesma memória. Contudo, um
dos problemas que afeta a memória a curto prazo é a recuperação da informação. G. Miller
fala mesmo que a memória tem uma capacidade de sete elementos, mais ou menos dois
(“magic number seven plus or minus two”).
A atenção tem várias classificações, entre elas, tem como característica a seleção e está
comprometida com a seriação.
Apresentação da lógica da experiência de Sternberg: busca serial, busca paralela; busca serial
auto-terminada ebusca serial exaustiva. Resultados e conclusões de Sternberg.
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Não
Sim Não
Sim
Pop-Out: Define os alvos quando estes são definidos por traços simples. Acontece mesmo
quando há um grande número de elementos, mas apenas quando uma característica é
ressaltada. Contudo, quando há mais do que uma característica, o “pop-out” deixa de
acontecer.
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Cancelamento de Pop-Out
Conjunções Ilusórias:Os traços simples dependem do Método de Busca Visual, desta forma, a
“maquinaria” organiza o que é simples ou não. O sistema visual agrupa numa mesma área
figuras que se assemelham. Algo simples como a apresentação vertical é detetado como um
elemento simples, semelhantes entre si.
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1) semelhança alvo-distractor;
3) Familiaridade do alvo;
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Na experiência apresentada e comparando “L” invertido, “T” vertical e “T” oblíquo, o campo
visual reconhece que o “L” invertido é mais semelhante a “T” vertical, do que “T” vertical
comparado a “T” oblíquo, o que nos leva a ver duas áreas e não três como suposto durante o
pouco tempo que há para realizar a experiência. Segundo Treisman, esta é uma experiência de
detecção de traços (segregação textural)
Com esta informação podemos confirmar que existe um disparo das células individuais
neuronais que correspondem à frequência das ligações que interessavam ao gato, ou seja, há
neurónios que se dedicam a certas formas, direcções e velocidades, o que permite o
tratamento de informação neuronal. De forma generalizada, existem capacidades inatas e
primitivas no nosso campo visual/neuronal.
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Primeiro vemos a estrutura – o global- e depois os elementos –o local. Para resolver o debate,
são utilizados os tempos de reação com interferência, que é o prejuízo causado a um
processamento de informação concorrente.
A lógica do método prende-se com a situação de atenção quando são combinados dois traços,
como a cor e a forma.
A visão da percepção começa por elementos simples até chegar aos elementos complexos, tal
como a Teoria da Gestalt, que afirma que a percepção tem o seu inicio em estruturas
organizadas.
Para Treisman, os tempos de reação podem aumentar ou diminuir, mas não seu estudo ela
não contempla essa descida. Contudo, é este o fenómeno de organização dos estímulos. Os
resultados de Treisman traduzem-se em mapas cognitivos, que são registos associados à
população neuronal. Há um mapa para cada organização. A cada grupo de células corresponde
um módulo, que se dedica ao tratamento da informação das formas independente de outros
módulos, e assim sucessivamente, ou seja, cada um tem a sua especificidade. A Psicologia
empírica estudava estes módulos, afirmando que cada mapa era resultado de módulos.
Contudo, a independência de cada mapa é um problema, pois surge a concepção da atenção,
pelo que é necessária para que dois mapas trabalhem em conjunto. A atenção de base espacial
une duas informações, que se foca no estímulo atencional. Sem isto, surgem as noções
ilusórias.
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Problema de “Binding”
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Familiaridade
Efeito Top-Down (Figura Invertida): Aqui há uma busca visual guiada pois o efeito top-down
orienta a busca do elemento.o efeito “top-down” não é explicado pelos mapas cognitivos,
contudo a estrutura do objecto facilita a busca .
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Relações Parte-Todo (facilitam a conjunção): Permitem tornar eficientes buscas em que o alvo
é definido por uma conjunção de traços (por ex., ser vermelho e azul)
Enns & Rensink (1992:) Os “traços” que aqui determinam o pop-out especificam objectos
tridimensionais no mundo real e não “traços” na imagem retiniana.
Assimetrias na busca visual (Treisman & Souther, 1985) provocam dificuldades com a
correspondência simples “situação de disjunção-processamento paralelo”.
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Situações de aparente disjunção em que, num caso (círculo com traço entre círculos sem
traço), a busca é paralela, mas no outro (círculo sem traço entre círculos com traço) é serial.
Situações de aparente disjunção em que, num caso (traço oblíquo entre traços verticais), a
busca é paralela, mas no outro (traço vertical entre traços oblíquos) é serial.
É mais fácil detetar uma das formas que correspondem a um processamento semelhante ao
paralelo, embora ambos os processos sejam situações de disjunção. Treisman considera este
factor uma vantagem e não um problema, o que facilita a explicação da busca visual em
termos neuronais.
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Pop-Out
Os sujeitos procuram uma letra “O” vermelha entre letras vermelhas e letras verdes . Apesar
da conjunção, ao aumentar os elementos verdes o tempo de reacção torna-se paralelo. Se
aumentar os vermelhos, o tempo de reacção aumenta também, pois há mais uma
característica a procurar.
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Manon, através do seu artigo “the forest before the tree”, pretende demonstrar a precedência
do global sobre o local
Quando perante letras compostas, existe a possibilidade de ler a letra de duas formas, uma
global e outra local, demonstrando a sua congruência ou incongruência, consoante se pode ler
a mesma letra de modo global e local, ou não.
Local
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Efeitos dos diâmetros dos campos receptores das células ganglionares (Percepção por canais)
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As grelhas de Hermann podem ser explicadas neuronalmente pelo ponto de fixação, onde
existe uma resposta maior e outra menor.
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Condições da experimentação
Ângulo de Entrada
CA CA = ?
5 cm
CO CO = 10 cm =2o
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A partir do seu local de controlo no córtex cingulado anterior, a rede de atenção executiva
realiza várias funções, incluindo o controlo da memória de trabalho, da orientação visual e do
processamento das características visuais.
Stroop Cores-Palavras
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Estamos perante um conflito entre a semântica e a cor impressa, que se traduz num
aumento dos tempos de reacção e do erro. Podemos confrontar três dimensões: a
relevante, que intervêm diretamente na experiência, a irrelevante, que não conta para a
experiência, mas que a influencia (como o exemplo da semântica, que é um processo
automático, inatencional, pois a leitura é sobreapreendida o necessário para que esta se
torne automática), e o neutro, onde não há uma segunda dimensão.
Segundo Treisman, na sua teoria da busca visual, a atenção é dada ao “local”, mas no
entanto pode ser uma atenção ao objecto ou às dimensões do objecto, pelas três
dimensões descritas a seguir. A dimensão atencional não pode interferir na automática,
pois só é admitida a atenção da dimensão automática para a controlada, num único
sentido.
Stroop Espacial
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Stroop Numérico
Stroop Emocional
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Condição base – duas dimensão em variação, uma relevante (forma), a outra irrelevante
(brilho). As dimensões relevantes e irrelevantes estão correlacionadas, o que se pode traduzir
em possíveis benefícios.
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Condição base – Duas dimensão em variação, uma relevante (forma), a outra irrelevante
(brilho). As dimensões relevantes e irrelevantes são ortogonais, pelo que existem possíveis
interferências de Garner.
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Pistas endógenas
A quantidade e custo da pista é elevado, pela probabilidade que tem de ser errónea. Quando a
pista é correcta, o tempo de reacção é menor, o que corresponde a um ganho, pela deslocação
da atenção para onde aponta a pista. Quando é incorrecta, sucede o oposto.
A tarefa modelo pode apresentar uma pista na própria localização do alvo, chamada pista
periférica. À direita vemos uma caixa onde o alvo vai aparecer e que se acende para chamar à
atenção do sujeito.
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Ganhos e custos tornam-se mais drásticos. A eficiência aumenta com o CTOA. Neste gráfico, as
pistas exógenas têm a sua máxima eficiência aos 100 milissegundos, enquanto que as
endógenas têm a partir dos 300 milissegundos, pois significa que a atenção se desloca para
onde aponta a pista, o que custa tempo, mas no primeiro caso, a pista aponta para onde a
atenção se deve deslocar, o que se processa quase de forma automática.
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As pistas
endógenas
despoletam o
fenómeno da IOA
Tempos mais baixos correspondem a um benefício das pistas, mas a partir dos 200
milissegundos, as pistas contribuem para um aumento dos tempos de reacção,
desenvolvendo-se um processo inibitório.
Inibição de Retorno
Pensa-se que este conjunto de operações mentais tem lugar quando uma pista indica o local
do campo visual ao qual deve prestar-se atenção. A operação de Mover muda a atenção para a
localização da pista, a operação ligar faz com que os disparos sejam acrescidos no córtex, no
local corresponde à pista.
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Posner considera que a atenção espacial está relacionada com três processos: desligar, que
suspende os processos de atenção; mover, na qual a atenção que se move consoante a pista; e
ligar, onde os processos atencionais são reativados.
Foi pedido a pessoas com lesões nos lobos parietais que realizassem a tarefa-modelo com
pistas periféricas. Quando a sua atenção foi atraída por uma pista para o lado da lesão, mas
com os alvos a serem apresentados no lado oposto ao da lesão (contralateral), os tempos de
reação aumentaram muito. Este estudo é baseado em sujeitos com lesões que provocaram
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As três áreas da rede de orientação desempenham as três funções necessárias para orientar a
atenção. O foco de atenção é, antes de mais, desligado de uma pista e, posterioramente,
destacado para o local previsto para o alvo, e finalmente, é realçado o alvo no local que
constituiu o centro da atenção. A partir do seu local de controlo no córtex cingulado anterior,
a rede de atenção executiva realiza várias funções, incluindo o controlo da memória de
trabalho, da orientação visual e do processamento das características visuais.
1. Lobo Parietal(Desligar)
2. Encéfalo (Mover) – Colículo superior (Relacionado com os movimentos oculares)
3. Pulvinae (Realçar)
As áreas dos lobos parietal direito e frontal direito podem constituir uma rede de vigília que
mantém o estado de vigilância.
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Era pedido aos sujeitos que imaginassem o percurso de uma viagem mental e a partir daí
estimavam o tempo que estes demoravam a “chegar lá”. Quanto maior era a distância, maior
era o tempo de reação, o que demonstra a proporcionalidade, ou seja, o tempo é proporcional
à distância. Há então uma representação analógica do espaço, tanto psicológico como físico.
Aqui foi pedido que os sujeitos imaginassem um coelho ao lado do elefante e depois ao lado
de uma mosca, e demonstrou-se que há um maior ganho quando se analisa um objeto maior
comparativamente a um objeto menor, ou seja, há uma redução do tempo de reação.
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Este gráfico demonstra como há um crescimento linear do tempo até aos 180 graus (no eixo
horizontal). Contudo, entre os 0 e os 14 graus e 315 e os 380 graus o objeto já está perto da
posição vertical o que faz com que não seja necessário invertê-la.
Depois de calculada a velocidade de rotação mental de cada um dos sujeitos utilizados nestas
experiências, Lynn Cooper pedia-lhes que rodassem para a direita um polígono irregular de
referência. A dado momento, apresentava uma versão “normal” ou uma versão “em espelho”
desse polígono, com um certo grau de rotação, para que o sujeito decidisse o mais
rapidamente possível de que versão se tratava.
O resultado foi interpretado como favorável a uma rotação mental contínua (análoga à
verdadeira rotação espacial, física, dos objetos) do polígono de referência.
Dispositivo para a medida do campo visual utilizando três alvos com distintas frequências
espaciais. O mesmo dispositivo foi utilizado para a medida do campo visual utilizando os
mesmos três alvos, mas imaginados no círculo central. Tratou-se sempre de assinalar o
momento em que, ao deslocar os olhos ao longo dos raios a partir do centro (onde se
encontrava ou se imaginava o alvo), deixava de ser percetível a diferença entre as duas
metades, superior e inferior, do alvo.
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A rotação mental de mãos
Nas experiências de Parsons para além da diferença nos tempos de reação entre movimentos
“difíceis” e “fáceis”, os sujeitos reportavam experienciar sentimentos quinestésicos quando
em situação de simulação mental dos movimentos. Existe, por exemplo, o estudo
cronométrico da rotação mental de letras e mãos em pessoas com Paralisia Cerebral. Outros
estudos remetem para a dor (Schwoebel et al., 2001); doentes com Parkinson (Dominey et al.,
1995); hemiplegias (pós-traumáticas) (Johnson-Frey, 2004); amputados; pessoas nadas com
uma só mão (Funk & Brugger, 2002).
Existem duas teses quanto à relação funcional entre Imaginaria motora e visual: a dissociação
(Sirigu & Duhamel, 2001), que assentam em recursos distintos, visuais e motores, e por isso,
funcionalmente dissociadas e que dependem do tipo de estímulo ou perspetiva assumida; e a
comunalidade (Wexler et al., 1998), que permite o envolvimento geral do sistema
sensoriomotor nas transformações visuais durante a rotação mental (Johnston et al., 2004;
Wohlschlager & Wohlschlager, 1998). Toda a rotação mental procede originariamente da
simulação latente de uma rotação motora (Wexler et al., 1998).
Existe uma diferenciação entre as tarefas, porque existe maior dificuldade dos sujeitos com
paralisia cerebral nas tarefas que implicam imaginaria motora, traduzida por menor precisão
(maior taxa de erro); latências superiores da resposta; e valores de DIFF superiores (evidência
de constrangimentos biomecânicos mais acentuados).
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Contudo existe uma precisão equivalente dos dois grupos nas tarefas visuopespaciais, o que
sugere o envolvimento mais direto de representação motoras na imaginaria associada à tarefa
de imaginaria visual (rotação de letras, objeto externo).
Relações Perceção-Ação
A rotação mental de partes do corpo é mais rápida do que a de objetos externos. Ao construir
equivalentes “corporais” dos cubos de Metzler, M.-A. Amorim encontrou um abaixamento dos
tempos de reação em tarefas de rotação implícita.
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A mera introdução de um eixo corporal (através de uma cabeça esquemática) nos “cubos de
Metzler” teve efeitos na aceleração da rotação Em contraste, a adição de um cilindro segundo
o mesmo eixo não teve esses efeitos.
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