Vous êtes sur la page 1sur 35

IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.

241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Ciências Contábeis

Atualizada conforme a Lei 11.638/2007 e na Lei


11.941/2009

IASB: IAS 28 – Investments in Associates

A Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº


1.241/09 aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18,
que dispõe sobre Investimento em Coligada e em
Controlada.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Os investimentos societários são avaliados:

Pelo Método do Custo ou da Equivalência Patrimonial

MÉTODO DO CUSTO (Aspectos relevantes)

• São avaliados pelo custo quando a participação no capital votante


da investida for inferior a 20% (desde que não haja influência
significativa);

• Os investimentos são registrados pelo valor efetivamente pago;

• Os dividendos recebidos antes de seis meses da aquisição são


deduzidos da própria conta investimentos. Caso contrário, são
reconhecidos como Outras Receitas operacionais.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IAS 28 / 31 e CPC 18 / 19 - Avaliação de Investimentos em Controladas,
Coligadas e Controladas em Conjunto

Pouca ou Nenhuma Influência Controle Controle


Influência Significativa Preponderante Compartilhado

Presunção:
Part. < 20% 20% >= Part. <= 50% Part. > 50% Part = demais acionistas

CPC 38 CPC 18 CPC 18/36 CPC


Instrumentos Coligada Controlada Negócios em Conjunto
Financeiro

Valor Justo MEP e MEP


MEP Até 2013 – Cons.Prop
Ou Custo Consolidação
Após 2013 – SEM Cons
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTO

CUSTO / VALOR JUSTO

- Avaliados inicialmente pelo custo de aquisição e, a


partir daí, ajustados pelo valor justo (se for o
caso) e deduzidos das perdas estimadas, quando
necessário.

EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL
- Avaliados inicialmente pelo custo (segregado
entre investimentos e ágio) e, a partir daí, é
ajustados pelas variações sobre os ativos líquidos
da investida.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 OBRIGATORIEDADE DE APLICAÇÃO DO MEP

Art. 248 da Lei das SAs - No balanço patrimonial da companhia, os


investimentos em coligadas ou em controladas e em outras
sociedades que façam parte de um mesmo grupo ou estejam sob
controle comum serão avaliados pelo método da equivalência
patrimonial, de acordo com as seguintes normas...

Capítulo 2 do CPC 18 - Este Pronunciamento deve ser aplicado por


todas as entidades que sejam investidoras com o controle individual
ou conjunto de investida ou com influência significativa sobre ela.

Art 348 do RIR/99 – Serão avaliados pelo valor do patrimônio líquido


das investidas, os investimentos relevantes em (i) sociedades
controladas; e (ii) sociedades coligadas sobre cuja administração o
investidor tenha influência ou de que participe com vinte por cento
ou mais do capital social. (Res.1.598/77 – Lucro PELA Lei das
SAs)

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 DEFINIÇÕES

CONTROLE

- Poder de definir as políticas financeiras e operacionais de uma entidade


visando beneficiar-se de suas atividades.

- Pressupõe controle quando a investidora detém mais de 50% das ações com
voto. Essa presunção pode ser afastada à medida em que haja evidências em
contrário.

CONTROLE CONJUNTO
- Controle compartilhado sobre determinada atividade econômica, conforme
estabelecido em contrato (estatuto).

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 DEFINIÇÕES

COLIGAÇÃO
- Uma coligada é uma entidade, sobre a qual o investidor tenha influência
significativa e que não seja nem uma subsidiária nem um interesse num
empreendimento conjunto.

INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA
- Poder de participar das decisões sobre políticas financeiras e operacionais
da investida, sem contudo, exercer controle sobre tais políticas.
- Presume influência significativa quando a investidora detiver (direta ou
indiretamente) 20% ou mais do poder de voto da investida, a menos que
possa demonstrar claramente que este não é o caso.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

A figura do controle comum

Exemplo:

A empresa Alfa controla as empresas: Beta, Gama e Ômega.

A Cia Beta é uma empresa de capital aberto com participação de 10% no


capital votante das empresas Gama e Ômega.

Cia Alfa

Cia Beta Cia Gama Cia Ômega

9
Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 DEFINIÇÕES

INFLUÊNCIA SIGNIFICATIVA

A existência de influência significativa por um investidor é geralmente evidenciada


por uma ou mais das seguintes formas:
(a) representação no órgão de direção ou órgão de gestão equivalente da investida;
(b) participação em processos de decisão de políticas, incluindo a participação em
decisões sobre dividendos e outras distribuições;
(c) transações materiais entre o investidor e a investida;
(d) intercâmbio de pessoal de gestão; ou
(e) fornecimento de informação técnica essencial.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


Investimento em Sociedades Coligadas ou Controladas Avaliado pelo

Valor de Patrimônio Líquido

Dever de Avaliar pelo Valor de Patrimônio Líquido

Art. 384. Serão avaliados pelo valor de patrimônio líquido os investimentos relevantes da pessoa
jurídica (Lei nº 6.404, de 1976, art. 248, e Decreto-Lei nº 1.598, de 1977, art. 67, inciso XI):

I - em sociedades controladas; e

II - em sociedades coligadas sobre cuja administração tenha influência, ou de que participe com
vinte por cento ou mais do capital social.

§ 1º São coligadas as sociedades quando uma participa, com dez por cento ou mais, do capital da
outra, sem controlá-la (Lei nº 6.404, de 1976, art. 243, § 1º).

§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora, diretamente ou através de


outras controladas, é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de modo permanente,
preponderância nas deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos administradores (Lei nº
6.404, de 1976, art. 243, § 2º).

§ 3º Considera-se relevante o investimento (Lei nº 6.404, de 1976, art. 247, parágrafo único):

I - em cada sociedade coligada ou controlada, se o valor contábil é igual ou superior a dez por
cento do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica investidora;

II - no conjunto das sociedades coligadas e controladas, se o valor contábil é igual ou superior a


quinze por cento do valor do patrimônio líquido da pessoa jurídica investidora.
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 DEFINIÇÕES

POTENCIAIS DIREITOS DE VOTO

- A existência e a efetivação dos potenciais direitos de voto prontamente


exercíveis ou conversíveis, incluindo os potenciais direitos de voto detidos
por outras entidades, devem ser consideradas na avaliação de a entidade
possuir ou não influência significativa ou controle.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Quem controla a empresa?

GDF Suez Energy Latin America Camargo Corrêa Investimentos em Companhia Hidro Elétrica do São Eletrosul Centrais Elétricas S.A.
Participações Ltda Infra-Estrutura Francisco
GSELA CCIE CHESF ELETROSUL

50,1% 9,9% 20% 20%

Energia Sustentável do
Brasil - ESBR
(UHE JIRAU)

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Quem controla a empresa?

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Quem controla a empresa?

Ações ordinárias (ON),


e preferenciais (PN).

Capital Social:
ON = 57%
PN = 43%

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 Investidas com perda de continuidade:

Mantido o controle ou a influência, devem continuar a ser


avaliadas pelo MEP, ainda que operando com restrições que
indiquem a perda de continuidade.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Investidas destinadas à venda:

Devem ser avaliadas pelo menor entre o seu valor contábil e o


valor justo menos as despesas de venda (CPC 31/IFRS 5 -
Ativos não circulantes detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas).

Se houver mudança de intenção, deve ser adotado o MEP


retrospectivamente, desde a data da classificação como
destinado a venda e as demonstrações contábeis devem ser
refeitas desde esta data.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

CONTROLADA E COLIGADA
Previsão Legal: art. 243, §2º da Lei 6.404/76
Art. 243. O relatório anual da administração deve relacionar os
investimentos da companhia em sociedades coligadas e controladas
e mencionar as modificações ocorridas durante o exercício.
§ 2º Considera-se controlada a sociedade na qual a controladora,
diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de
sócio que lhe assegurem, de modo permanente, preponderância nas
deliberações sociais e o poder de eleger a maioria dos
administradores.
Pelo entendimento do dispositivo legal, depreende-se que
controladora é a sociedade que possui a titularidade de mais
de 50% das cotas ou ações com direito a voto de outra
sociedade. Podendo este controle ser exercido de forma
direta ou indireta.
18
Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

CONTROLADA E COLIGADA - Continuação


Exemplo: Imagine, agora, a situação abaixo:
- Empresa J possui 60% do capital votante da empresa K;
- Empresa J possui 30% do capital votante da empresa L; e
- Empresa K possui 25% do capital votante da empresa L.
Conglomerado Alfabético:

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 APLICAÇÃO DO MEP – RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

 O Investimento deve ser inicialmente reconhecido pelo


custo, e o seu valor contábil será aumentado ou diminuído
pelo reconhecimento da participação do investidor nos lucros
ou prejuízos do período, gerados pela investida após a
aquisição.

 Lucro ou Prejuízo do período da investida deve ser


reconhecida no resultado do período do investidor.

 As distribuições recebidas da investida reduzem o valor


contábil do investimento.

 Outros resultados abrangentes da investida, reconhecidos,


de forma reflexa, diretamente em seu patrimônio líquido.
Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 APLICAÇÃO DO MEP – ÁGIO / DESÁGIO

Na aquisição do investimento, diferenças entre o custo do


investimento e a parte do investidor no valor justo líquido dos
ativos e passivos identificáveis da controlada ou da coligada
devem ser contabilizadas como segue:

(a) o ágio fundamentado em rentabilidade futura (goodwill)


relativo a uma coligada deve ser incluído no valor contábil do
investimento e sua amortização não é permitida.

(b) qualquer excedente da parte do investidor no valor justo


líquido dos ativos e passivos identificáveis da coligada sobre o
custo do investimento deve ser incluído como Receita (Ganho por
Compra Vantajosa) na determinação da parte do investidor nos
resultados da coligada no período em que o investimento for
adquirido.
Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 APLICAÇÃO DO MEP - ÁGIO

Na data da obtenção do controle (também coligada e controlada em


conjunto), o montante do investimento deve ser registrado nas
demonstrações contábeis individuais da adquirente, de forma segregada, da
seguinte forma:

1) parcela relativa à equivalência patrimonial (aplicação da percentagem


de participação adquirida) sobre o patrimônio líquido contábil da
adquirida;

2) parcela relativa à diferença entre o valor obtido no item acima e a parte


da adquirente no valor justo dos ativos líquidos da adquirida - Mais Valia.

3) diferença positiva entre o valor pago (ou valores a pagar) e o montante


líquido proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos da
entidade adquirida - Ágio pago por expectativa de rentabilidade futura
(goodwill).
Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 RESULTADOS NÃO REALIZADOS

- Resultados não realizados de operações ascendentes


(upstream) ou descendentes (downstream) devem ser
eliminados.
- Resultados não realizados de operações ascendentes ou
descendentes com coligadas, devem ser eliminados
proporcionalmente.
- Resultados não realizados de operações ascendentes ou
descendente com controladas, devem ser eliminados
integralmente.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 RESULTADOS NÃO REALIZADOS

Resultados não realizados, positivos ou negativos (lucro ou


prejuízo*), devem ser eliminados.
No entanto, a existência de transações que gerem prejuízos é,
normalmente, evidência de necessidade de reconhecimento anterior
de impairment, o que leva a não eliminação da figura desse
prejuízo.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 REQUISITOS DE DIVULGAÇÃO

1. O fair value (valor de mercado) dos investimentos em associadas para


as quais existam cotações publicadas;

2. Resumo das informações financeiras das associadas, incluindo os


montantes globais de ativos, passivos, receitas e lucros ou prejuízos;
3. A justificativa de não aplicação do MEP nos casos em que há
presunção de influência significativa;

4. Ao contrário, se a influência não é presumida, deve ser incluída a


justificativa para a aplicação do MEP;

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

 REQUISITOS DE DIVULGAÇÃO

5. A data das demonstrações financeiras da associada quando é


utilizada com defasagem, bem como as razões para a utilização de
uma data de relato diferente;
6. A natureza e a extensão das eventuais restrições à capacidade das
investidas em transferir recursos para o investidor, sob a forma de
dividendos em dinheiro, amortização de empréstimos ou
adiantamentos, etc;
7. Eventuais perdas (líquidas) não registradas de associadas, para o
período e cumulativamente.
Além dessas divulgações, o investidor deve divulgar a sua parte nos
passivos contingentes de um associado para os quais também é
responsável.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


Caso Prático:

Questão (TCU ESAF): A empresa Cia. Aços Especiais investiu 200.000,00 em ações da empresa S.A.
Armamentos Gerais e contabilizou o investimento em “Ações de Coligadas”, constituindo uma
participação acionária de 30%, a ser avaliada pelo método da equivalência patrimonial. No fim do
exercício de 2014 a S.A. Armamentos Gerais contabilizou um lucro líquido anual de 20.000,00 e destinou
25% desse lucro para dividendos na forma do lançamento abaixo:
Lucros Acumulados
a Dividendos a Pagar
Valor que ora se distribui aos acionistas...................................................5.000,00
Ao receber a comunicação sobre os dividendos propostos e contabilizados na forma acima, o Contador da
empresa investidora, Cia. Aços Especiais, deverá promover o seguinte lançamento:
a) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos..........................................1.500,00
b) Ações de Coligadas
a Receitas de Dividendos.........................................1.500,00
c) Dividendos a Receber
a Ações de Coligadas................................................1.500,00
d) Dividendos a Receber
a Receitas de Dividendos.........................................5.000,00
e) Ações de Coligadas
a Receitas de Dividendos.........................................6.000,00
Gabarito: C
IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Caso Prático:
A Cia. Investidora adquiriu por $ 72.000, em 31-12-X9, 60% das ações da Cia. Investida, cujo patrimônio líquido nessa data era de $
120.000. Em 31-12-X10, a Cia. Investida apurou um lucro líquido de $ 15.000, do qual a administração propõe a distribuição de $ 5.000 de
dividendos. Assumindo que o investimento seja relevante, efetue na Cia. Investidora a contabilização de compra, da avaliação do
investimento e dos dividendos.

Diário:

1) Investimentos 3) Dividendos a Receber


a Disponibilidade (Caixa/Bco c/Movimento Investimentos
Aquisição, em 31/12/X9 de 60% das ações da Cia R$ 72.000 Distribuição de R$ 5.000 x 60% de dividendos R$ 3.000

2) Investimento
a Resultado da Equivalência Patrimonial
Avaliação do Investimento pelo MEP, R$ 15.000 x 60%. R$ 9.000

Razonete:

Investimentos Disponibilidade
(1) 72.000 xxxxx 72.000 (1)
(2) 9.000 3.000 (3)
78.000

Resultado da equivalência Dividendos a receber


patrimonial

9.000 (2) (3) 3.000

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos


Aquisição de investimento em coligadas ou controladas – contabilização –
com mais valia e goodwill.

O ágio na aquisição de investimentos em coligadas e controladas deve ser


classificado em duas parcelas:

1) MAIS VALIA dos ativos líquidos e


2) GOODWILL.

Vamos explicar como ficam classificados no balanço individual e no balanço


consolidado.

Na aquisição, os ativos e passivos da adquirida devem ser avaliados pelo


valor justo. A diferença entre o valor justo e o valor contábil dos ativos
líquidos é a Mais Valia (antigamente chamada de “ágio por diferença de valor
de mercado dos ativos”).

E a diferença entre o valor pago e o valor justo é o GOODWILL (também


chamado de “ágio por expectativa de rentabilidade futura”).
Um exemplo: A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por $100.000. O valor justo do ativo
líquido da XYZ é de $ 80.000 e o valor contábil é de $70.000.

Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil
Mais Valia: $80.000 – $70.000 = $10.000

Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo do ativo
líquido:
Goodwill: $100.000 - $ 80.000 = $20.000.

Nas demonstrações individuais da controladora, a Mais Valia e o Goodwill ficam classificados


em Investimento, controlados em sub-contas:

Diversos
a Caixa/bancos
Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial.................... 70.000
Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido..... 10.000
Investimento controlada XYZ – Goodwill................................. 20.000 100.000

ou

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial.................... 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido..... 10.000
D – Investimento controlada XYZ – Goodwill................................. 20.000
C – Caixa/bancos............................................................................. 100.000
Observação: no balanço, pode aparecer apenas o valor do investimento,
sem as sub-contas: investimento controlada XYZ.........100.000.

No balanço consolidado, a mais valia será eliminada contra os ativos e


passivos que lhe deram origem.

E o goodwill será transferido para o Intangível, em conta


específica.

A Mais Valia será realizada conforme a realização do ativo e passivo que a


originaram.

E o Goodwill não é amortizado (não é realizado), apenas deve ser


submetido ao teste de recuperabilidade.

Se o valor pago for menor que o valor justo, surge a “Compra Vantajosa”,
que era chamada de “Deságio”. A Compra Vantajosa deve ser
reconhecida (contabilizada) no Resultado do Período.
Exemplo:
A Cia KZ adquiriu 100% da Empresa XYZ por R$ 78.000. O valor justo do ativo líquido da XYZ é
de $80.000 e o valor contábil é de $70.000.

Cálculo da Mais Valia: Valor justo dos ativos líquidos (-) valor contábil
Mais Valia: $80.000 – $70.000 = $10.000
Cálculo do Goodwill: É a diferença entre o valor pago pelo investimento e o valor justo do ativo
líquido:

Goodwill: $78.000 - $ 80.000 = - $2.000. (Goodwill Negativo = Compra Vantajosa).

Contabilização na Controladora Cia KLR:

Diversos
a Diversos

Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial........................ 70.000


Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido......... 10.000................80.000
a Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado)...................... 2.000
a Caixa/bancos........................................................................... 78.000................80.000

ou

D – Investimento controlada XYZ – Valor patrimonial........................ 70.000


D – Investimento controlada XYZ – Mais Valia do ativo líquido......... 10.000
C – Compra Vantajosa – Controlada XYZ (resultado)......................... 2.000
C – Caixa/bancos.............................................................................. 78.000
A Cia. Rio Grande adquiriu, em 31/12/2013, 30% das ações da Cia. Rio Sul por R$
3.000.000,00 à vista. Na data da aquisição, o Patrimônio Líquido contábil da Cia. Rio
Sul era R$ 5.000.000,00 e o valor justo líquido dos ativos e passivos identificáveis
dessa Cia. era R$ 6.000.000,00, sendo a diferença decorrente da variação entre o valor
contabilizado pelo custo e o valor justo de um terreno.

No período de 01/01/2014 a 31/12/2014, a Cia. Rio Sul reconheceu as seguintes


mutações em seu Patrimônio Líquido:

- Lucro líquido de 2014: R$ 300.000,00


- Pagamento de dividendos: R$ 100.000,00

Com base nestas informações, o valor reconhecido em Investimentos em Coligadas, no


Balanço Patrimonial individual da Cia. Rio Grande, em 31/12/2014, foi, em reais,

a) 3.090.000,00.
b) 1.590.000,00.
c) 1.890.000,00.
d) 3.060.000,00.
e) 1.560.000,00.

Gabarito: D
Gabarito Comentado:

Valor reconhecido em Investimento = valor pago pelas ações que corresponde a 3.000.000
PL de 5.000.000
x 30% = 1.500.000

O ágio mais-valia de ativos líquidos tem origem na aquisição de investimentos avaliados


pelo MEP, sendo obtido pela aplicação da percentagem de participação da investidora na
diferença entre o patrimônio líquido a valor justo e o patrimônio líquido a valor contábil
da investida.

Mais valia de 300.000


% valor justo 1.800.000 (R$ 6.000.000 x 30%) - % PL 1.500.000 (R$ 5.000.000 x 30%)

O ágio pago por expectativa de rentabilidade futura (goodwill) é representado pela


diferença positiva entre o valor pago (ou valores a pagar) e o montante líquido
proporcional adquirido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida.

Goodwill de 1.200.000
valor pago de 3.000.000 - % do valor justo 1.800.000 (R$ 6.000.000 x 30%)

Avaliação do Investimento pelo MEP = LL de 300.000 x 30% = 90.000


Pgto de Dividendos 100.000 x 30% = 30.000

1.500.000 + 300.000 + 1.200.000 + 90.000 - 30.000 = 3.060.000


IASB: IAS 28 – Investments in Associates, Deliberação CVM nº 605/09 e a Resolução CFC nº 1.241/09, que aprovaram o Pronunciamento Técnico CPC 18

Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no


11.638/07
e pela Lei no 11.941/09.
Pronunciamentos do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC).
www.cpc.org.br
Normas do Conselho Federal de Contabilidade (CFC). www.cfc.org.br
Normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). www.cvm.gov.br
FIPECAFI, Manual de Contabilidade Societária (aplicável a todas as
sociedades). São Paulo. Editora Atlas. 2010.
MORAES JUNIOR, José Jayme. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro. Elsevier
Editora. 3a Edição. 2011.
NEVES, Silvério das; VICECONTTI, Paulo Eduardo V. CONTABILIDADE
AVANÇADA E ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS. 17. ed. São
Paulo: Frase, 2012.

Contabilidade Avançada - Profº Ms. Marcelo J. Lemos

Vous aimerez peut-être aussi