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Curso
Estética Facial – Cosméticos
Antienvelhecimento

MÓDULO III

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mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos na Bibliografia Consultada.
 MÓDULO III

COSMÉTICOS NO COMBATE AO ENVELHECIMENTO

1) ANTIOXIDANTES

São substâncias que apresentam como principal característica diminuir ou

bloquear as reações de oxidação induzidas pelos radicais livres. O organismo possui
substâncias com objetivo de estabelecer um equilíbrio harmônico entre a presença
das moléculas oxidantes, os antioxidantes e a pele. Esta última, por sua área
extensa e função protetora do corpo encontra-se muito exposta ao ataque das
radiações ultravioleta sendo a defesa antioxidante constantemente requisitada.
Desta forma, é preocupação constante da Cosmetologia prevenir e atenuar o
envelhecimento cutâneo por meio da busca e do estudo de substâncias
antioxidantes eficazes, oferecidas em produtos cosméticos aos consumidores.

As indústrias que atuam na área da cosmetologia atualmente faturam

bilhões por ano em produtos para retardar o envelhecimento. Os estudos das
propriedades antienvelhecimentos das substâncias ativas vêm despertando muito
interesse com o aumento da expectativa de tempo de vida observado nas últimas
décadas.

A desorganização do mecanismo de defesa antioxidante é uma das maiores

causas do envelhecimento cutâneo, provocando doenças na pele aumentando um
desequilíbrio em células, tecidos e órgãos como lipídios, proteínas e DNA. Os raios
ultravioletas são responsáveis por 80% dos sinais visíveis causados no
envelhecimento.

A aplicação tópica de antioxidantes reduz os danos oxidativos induzidos pela

radiação Ultravioleta. Porém, essa proteção será mais eficaz se ocorrer penetração
destas substâncias antioxidantes em camadas mais profundas do estrato córneo.

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 Dentre as substâncias ativas utilizadas atualmente em produtos cosméticos com
ação antienvelhecimento são:

1.1 ÁCIDO ALFA LIPÓICO

Impede a ação de radicais livres do tipo hidroxila, peroxila, superóxido e

óxido nítrico, reduzindo a destruição das membranas celulares. O ácido alfa lipóico é
reduzido a ácido dihidrolipóico (DHLA) e prolonga a atividade das vitaminas C e E na
pele.
Outra ação é a modulação do óxido nítrico e o aumento do conteúdo celular
de glutationa (antioxidante). Na modulação do óxido nítrico, suprime seus efeitos
prejudiciais e atenua cicatrizes.
Atua evitando a produção de substâncias pró-inflamatórias chamadas
citoquinas, que danificam as células e aceleram o envelhecimento.
É insolúvel em água e solúvel em etanol. Seu pH de estabilidade varia entre
4 e 6,5 e é usado em concentrações de 1 a 5%.

Fig. 5 – Estrutura química do ácido alfa lipóico

Fonte: www.nutrinow.net

1.2 COENZIMA Q 10

A coenzima Q10 ou ubidecarenone ou ubiquinona é um derivado das

quinonas, que apresentam natureza lipossolúvel e possuem de 1 a 12 unidades
isoprenóides (n), a ubiquinona (quinona 10) ou coenzima-Q10 é a mais comum em

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 humanos e exerce sua atividade antioxidadante através da transferência de prótons
da membrana mitocondrial, neutralizando radicais reativos de oxigênio e prevenindo
os danos nas biomoléculas.

Penetra na epiderme profundamente, através de seu poder antioxidante

reduz o processo de envelhecimento cutâneo. Podem ser incorporados em produtos
capilares, em cremes, leites, géis, protetores solares e loção pós-sol. O pH de
estabilidade varia entre 4,8 a 8,0 na concentração de 0,5 a 10% .

Fig. 3 – Estrutura química da coenzima Q10

Fonte: da autora

1.3 DIMETIL-AMINOETANOL (DMAE)

DMAE/DEANOL, cujo nome técnico é Dimetilaminoetanol, é um importante

antioxidante da membrana plasmática celular capaz de penetrar com facilidade a
pele. Apresenta-se na forma de líquido viscoso com um forte odor característico das
aminas, encontrado na natureza em peixes com salmão e em pequenas
quantidades no cérebro humano. É um precursor da acetilcolina, substância que
permite a passagem do estímulo entre os nervos e os músculos. Utilizado na pele,
tem uma pequena ação firmadora e tensora em um pequeno espaço de tempo e
presume-se que o efeito seja pela contração muscular em longo prazo. Nos estudos
efetuados com DMAE/Deanol, os efeitos visualizados foram o aumento da firmeza
da pele, área dos olhos e melhora do contorno facial.

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 Fig. 1 – Molécula do DMAE

Fonte: da autora

Atua nas fibras musculares do organismo, tornando-as mais firmes,

tonificadas e elásticas. Misturado em coquetel com outros nutrientes, combinado
com uma base antioxidante e aplicado sobre a pele, o DMAE proporciona uma
melhora na aparência da pele flácida.

Inicialmente, foi usado como suplemento alimentar, hoje, porém, sua

formulação compõe muitos produtos cosméticos oferecendo ao consumidor uma
formulação mista com aminoácidos, ácido carboxipirrolodônicos, ésteres de vitamina
C, ácido α-lipóico, os quais promovem firmeza da pele, atenuação de rugas,
aparência jovial e suavidade. Pode ocorrer uma leve irritação cutânea durante as
primeiras quatro semanas de uso tópico de DMAE.

Fig. 2 – Ação do DMAE

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 Fonte: da autora

As concentrações de uso do DMAE, variam de 1 a 5% com pH entre 3,0 a

7,0, em virtude dos ativos associados, da área de aplicação e do veículo utilizado.
Em concentrações em torno de 10 a 20%, o produto pode tornar-se muito instável e
comedogênico.

As principais apresentações do DMAE:

a) DMAE Base e derivados: São solúveis em água, álcool, éter e glicóis,

b) DMAE p-acetoaminobenzoato: é mais instável em pH neutro a alcalino,

pó amarelado com fator de correção 3.

c) DMAE bitartarato: é mais estável em pH ácido e neutro.

Associações com sistema antioxidante como metabissulfito de sódio 0,1%,

EDTA dissódico 01% e BHT 0,05 % ou vitamina C 5%, EDTA dissódico 01%, BHT
0,05% é benéfica e desejável para manutenção da estabilidade do produto final.

Entre as diferentes formas de apresentação do DMAE há a necessidade de

se verificar o fator de correção (caso não seja o DMAE base) e o pH de estabilidade,
assim como as incompatibilidades que alteram em cada uma das formas. Caso seja

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 manipulado, os prescritores devem entrar em contato com as farmácias para
resolução de eventuais dúvidas.

1.4 VITAMINA C

O ácido ascórbico ou vitamina C (C6H8O6, ascorbato, quando na forma

ionizada) é uma molécula usada na hidroxilação de várias outras reações
bioquímicas nas células. Sua principal função é estimular a hidroxilação do
colágeno, substância que dá firmeza e sustentação à pele.
Com a idade a produção de fibras de colágeno diminui, dando espaço à
formação de depressões na superfície da pele, também conhecidas como rugas.
Além disso, é um poderoso antioxidante, sendo usado por inativar os radicais livres;
protege contra fenômenos da coagulação, hematomas e acelera a cicatrização.
O ácido ascórbico é um sólido cristalino de cor branca, inodoro,
hidrossolúvel e pouco solúvel em solventes orgânicos. O ácido ascórbico está
presente em frutas e legumes e é destruído por temperaturas altas por um período
prolongado.
A vitamina C tópica tem ação refirmadora por contribuir para a formação de
novas fibras colágenas, melhorando a elasticidade e firmeza cutânea. Além de
antioxidante tem ação despigmentante, é incompatível com substâncias oxidantes,
alcalinas, salicilato de sódio e nitrito de sódio.
Se na concentração adequada, a vitamina C em cremes, loção e géis tem
um papel múltiplo, promovendo o controle da oxidação (anti-radical livre), o estímulo
da formação das fibras colágenas e a proteção em relação à radiação ultravioleta. É
indicada para:
- todos os tipos de pele e todas as idades, podendo ainda ser uma substituta
dos ácidos no verão, pois ela não mancha;
- Protege a pele do sol, prevenindo o foto envelhecimento (manchas, rugas,
desidratação) e pode ser uma das coadjuvantes no seu tratamento;
- Não provocam irritação ou avermelhamento como os ácidos, além de poder
ser usada durante o dia;

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 - Por estimular a produção de colágeno, diminui rugas finas e flacidez leve;
- Quando em quantidades adequadas pode clarear manchas leves.

Mas, nem tudo é perfeito, a duração de seu princípio ativo é curta. A

concentração ideal para conseguir estes efeitos estaria ao redor de 5% a 10%. A
vitamina C é muito instável, o importante são as pesquisas e ensaios clínicos
comprovando a estabilização e concentração do princípio ativo. O melhor ativo neste
caso é o próprio ácido ascórbico (a vitamina C propriamente dita), sendo que o pH
tem que permanecer baixo, para evitar mudanças na característica da vitamina.
Outro ponto importante é não se esquecer de verificar a data de validade do
produto com atenção, pois, os industrializados têm uma maior durabilidade,
enquanto que os manipulados duram geralmente entre 30 e 45 dias.

Fig. 4 – Estrutura química da vitamina C

Fonte: da autora

Existem vários tipos de vitamina C (ácido ascórbico) disponíveis no mercado

cosmético a saber:

a) Glycospheres de Vitamina C: nanosferas contendo ácido

ascórbico. Suporta meios com pH extremos (2-10) e grande quantidades de
água em seu interior. Manter em recipiente hermeticamente fechado, abaixo
de 4ºC e ao abrigo da luz. Recomenda-se utilizar um seqüestrante em

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 antioxidante. Utilizado na concentração de 1 a 5% e seu pH de estabilidade
varia entre 2,0 e 4,0.

b) Nanosferas de Vitamina C: ácido ascórbico nanosferizados ou

vitamina C biovetorizada, possuem biodisponibilidade aumentada, liberação
prolongada e gradativa, e ação direcionada para camadas internas da pele.
Utilizado nas concentrações de 0,5 a 2% e seu pH de estabilidade é 7,0.

c) Palmitato de Ascobila: incompatível com óleo, luz, uv, metais

pesados, oxigênio e altas temperaturas. Recomenda-se utilizar embalagens
opacas e EDTA dissódico a 0,1% para proteger a formulação. Utilizado nas
concentrações de 3 a 4% e seu pH de estabilidade varia entre 4,0 a 7,0.

d) Thalasferas de Vitamina C: VC-PMG englobado em

microesferas de colágeno marinho, recoberto com glicosaminoglicanas, que
possui ação prolongada (cerca de 12 horas). Incrementa a retenção de água
e a elasticidade da pele. Utilizado em concentrações de 1 a 10% em
emulsões e 5% em géis, e seu pH de estabilidade é 7,0.

e) VC-IP: derivado estável da vitamina C, tetraisopalmitato de

ascorbila, que se decompõe em vitamina C após penetração na pele. Usado
como despigmentante, na síntese de colágeno e na inibição da peroxidação
lipídica. Recomenda-se acrescentar um antioxidante para preservar a fórmula.
Utilizado em concentrações de 0,05 a 1% e seu ph de estabilidade varia de
4,0 a 6,0.

f) VC-PMG: ascorbil-fosfato de magnésio, derivado da vitamina C

capaz de liberar L-ácido ascórbico livre (vitamina C) nas camadas internas da
epiderme, cuja ação é controlar a melanogênese, prevenir o envelhecimento
da pele e promover o clareamento das manchas. É recomendado utilizar
tampões para manter o pH estável e um antioxidante. Utilizado em
concentrações de 1 a 3% e seu ph de estabilidade varia entre 7,0 a 7,5.

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 g) Vitazine C: vitamina C complexada com polipeptídios, utilizada
em soluções aquosas e géis. Seu pH de estabilidade varia de 3,0 a 5,5 e é
utilizado em concentrações de 0,6 a 3%.

h) Whitesphere H: encapsulado de vitamina C, estimulante da

síntese de colágeno. Indicado para produtos antienvelhecimento, hidratantes,
regeneradores e despigmentantes. Seu pH de estabilidade é 6,0 e utilizada
na concentração de 25% para despigmentantes.

i) Éster de vitamina C: ascorbato mineral, uma forma não ácida

de vitamina C dissolvida em meio neutro que retém mais de 90% de ácido
ascórbico ativo. Utilizado em concentrações de 1 a 2% em cremes faciais, 1%
em cremes clareadores, 0,25% em filtros solares e 0,2% em loções e
esfoliantes.

1.5 VITAMINA E

Tem ação anti-radicais livres e hidratantes. Alguns autores afirmam que a

vitamina E contribui para descongestionar a pele. Tem papel importante como
antioxidante nas matérias-primas oleosas.
Está presente nos óleos de germe de trigo, milho e soja (30%).
É utilizada nas concentrações de 1 a 5% em emulsões cremosas e géis, em
produtos para área dos olhos, produtos faciais e corporais.

1 – HIDRATANTES

A hidratação natural da pele ocorre por duas formas, a endógena, onde o

caminho percorrido pela água, através da difusão, segue desde a derme até a

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 superfície cutânea (perspiração invisível) e por sudação (transpiração); e a via
exógena, onde o fornecimento de água é realizado através do contato
ambiente/pele, o qual deve estar saturado de água, ou pela aplicação de
cosméticos.
Além do NMF (Fator natural de hidratação), a pele possui uma emulsão
natural que auxilia na retenção de água, uma mistura entre o suor (água) e
substâncias gordurosas da pele (sebo). Essa mistura forma uma proteção
hidrolipídica sobre a superfície mantendo o grau de hidratação (equilíbrio entre o
fornecimento de água e sua perda por evaporação na atmosfera). Sendo assim, a
evaporação cutânea é um fator importante que exerce efeito sobre o NMF, devendo
ser reduzida a perda de água pelo mecanismo natural, mantendo a hidratação pela
retenção de água através das moléculas com características higroscópicas da
camada córnea. Contudo, nem sempre o sistema de hidratação é eficaz, levando a
desidratação pele.
A hidratação cutânea é um fator importante para uma pele saudável. Para
manter as propriedades normais da pele estão disponíveis no mercado ativos faciais
que em associação promovem a hidratação cutânea. Considerando para cada
formulação os tipos de pele, a fim de propor um tratamento adequado a cada uma.
Em especial as peles envelhecidas que exigem maiores cuidados. Portanto, além da
idade outros fatores estão associados à desidratação cutânea que interferem na
escolha dos ativos faciais.

2.1- ÁCIDO HIALURÔNICO

O ácido hialurônico apesar do nome complicado é um elemento natural,

presente em todos os animais, incluindo o ser humano. Este preenche os espaços
entre as células e é responsável pela fixação da água na pele, daí sua importância
vital a saúde.

O ácido hialurônico é produzido diariamente pelo organismo, numa

proporção de ínfimos 0,02% do peso total, e é constantemente reabsorvido no
processo de regeneração celular da pele. Até a maturidade, a quantia produzida

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 pelo organismo é suficiente, mas a partir disso torna-se insuficiente e a
conseqüência é que a pele perde água e começa a murchar. É quando normalmente
ocorre o aparecimento de rugas. Com a perda de elementos naturais, como o ácido
hialurônico a pele perde a capacidade de manter a estrutura e a elasticidade,
propiciando o aparecimento das rugas.

O ácido hialurônico é um mucopolissacarídio, macromolécula do grupo das

glicosaminoglicanas, constituído aproximadamente de 1.000 a 10.000 unidades de
dissacarídios, com alto peso molecular. Está amplamente distribuído em vários
tecidos conectivos animais, como componente principal de substâncias
intercelulares, que mantém uma matriz geleificada ligando-se a proteínas, outros
mucopolissacarídios e água.

Acredita-se que a diminuição dos níveis deste ácido seja a principal causa
do ressecamento da pele durante o envelhecimento. Portanto, a suplementação do
ácido hialurônico na superfície da pele, através da formação de um filme artificial,
pode manter a condição de umectação natural.

O ácido hialurônico é indicado como princípio hidratante e

antienvelhecimento. Pode ser incorporado a cremes e loções de tratamento com
concentrações usuais de 1,0 a 10%. É um ativo solúvel em água, porém é
incompatível com proteínas e seu pH de estabilidade é de 5,5 à 7,0 nas preparações
magistrais (CORTEZ, 2005).

2.2 ALANTOÍNA

A alantoína (5-ureido-hidantoína) pode ser extraída de uma planta conhecida

como confrei (Symphytum officinale), possui excelente ação cicatrizante, pois
favorece a proliferação celular acelerando a regeneração da pele lesada. É muito
utilizada em cremes e pomadas para o cuidado com as mãos, preparações para
peles sensíveis de bebês, além de cuidados com os lábios e queimaduras solares.

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 Sua ação hidratante é devido à capacidade de ser hidrolisada em uréia na
pele.
Antiirritante, renovador celular e melhora a umectação da pele. Atua sobre a
pele áspera e rachada, tornando-a lisa e flexível, podendo ser aplicado em peles
sensíveis. Usada nas concentrações de 0,1 a 2% em pH 6,0.

2.3 ALOE VERA

Extraído do látex retirado das folhas do Aloe barbadenses (babosa), é um

hidratante, regenerador de epitélio, de ação emoliente e suavizante, por ação das
suas mucilagens, polissacarídeos, esteróides, enzimas antiinflamatórias, aminoácido
e vitaminas.
É um regenerador tissular através de seu componente polissacarídeo que se
liga aos fibroblastos e estimula fatores de crescimento responsáveis pela
cicatrização do tecido.
Quando em tintura ou extrato glicólico seu uso varia de 5 a 10%, em extrato
seco liofilizado (200:1) pode ser usado em concentrações de 0,5 a 2%. Indicações
de uso em hidratantes, cremes corporais e faciais e produtos pós-sol.

2.4 COLÁGENO

Proteína produzida fisiologicamente em nosso organismo pelos fibroblastos

da derme é responsável pela firmeza, tônus da pele. Com o envelhecimento, esta
proteína torna-se insolúvel em água e perde sua capacidade de retenção hídrica
assim como sua flexibilidade. Este processo leva a desidratação e formação de
linhas de expressão na pele.
O colágeno para uso cosmético deve ser solúvel e hidrolisado para que
tenha permeabilidade cutânea. Sua principal função é a formação de um filme não
oclusivo, colaborando com a umectação e nutrição da pele. Não há comprovações
científicas que colágeno de aplicação tópica torna-se colágeno da derme, com
aumento da firmeza da pele.

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 Usado em preparações de peles envelhecidas, nas concentrações de 2
10%, com pH de estabilidade de 5,5 a 6,0.

2.5 D PANTENOL

Obtido através da redução do ácido pantotênico. Tem alta capacidade

umectante e ação cicatrizante.
Pode ser chamado também de dexpantenol ou pró-vitamina B5.
Os umectantes são substâncias que tem a capacidade higroscópica, ou seja,
absorvem água do meio ambiente e depositam essa água na superfície da pele
fixando-a e melhorando a hidratação.

Fig. 5 – Estrutura química do pantenol

Fonte: www.pt.wikipedia.org

Na pele é convertido novamente em ácido pantotênico, participando como

componente da coenzima A, importante no metabolismo celular normal. A ação
cicatrizante se deve ao seu estímulo sobre os fibroblastos e fatores de cicatrização.
Usado em concentrações de 1 a 5%.

2.6 HIDROVITON®

Trata-se de um ativo composto por pentilenoglicol, glicerina, lactato de sódio,

ácido lático, serina, uréia, sorbitol, cloreto de sódio, alantoína e água.
É uma composição sinérgica que imita os componentes do NMF (Natural
Moisturizing Factor - Fator de Hidratação Natural da Pele), que retêm a umidade da
pele garantindo atividade hidratante prolongada.

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 É usado para todos os tipos de pele, em cremes, loções, géis não-iônicos,
em protetores solares, pós-barba, antiacnéicos, pós-sol, tônicos e produtos infantis.
Usado também em produtos para cabelos étnicos em xampus, condicionadores e
máscaras capilares. O pH de estabilidade varia entre 5,0 e 7,0. Utilizado em
concentrações de 1 a 2%.

2.7 LACTATO DE AMÔNIO

Proporciona toque agradável e atenua o ressecamento da epiderme,

possibilitando a recuperação da umidade perdida. Especialmente indicado para
peles secas e para as plantas dos pés.
Auxiliar no funcionamento da hidratação cutânea, na umectação atua
retendo água na superfície da pele, devido às suas propriedades higroscópicas. Na
hidratação ativa, o lactato de amônia atua diretamente nas substâncias constituintes
do extrato córneo ao nível intracelular, fazendo aumentar a capacidade de retenção
de água. Se for utilizado o lactato de amônia simples, não desodorizado, manter em
pH menor que 7,0 para que não haja liberação de amônia, que causa o odor
característico. Utilizado em concentrações de 12 a 20%.

2.8 MATRIXIL®

É um pentapeptídeo composto por lisina, treonina e serina. Estimulante da

síntese de glicosaminoglicana e ácido hialurônico este microcolágeno é mais estável
do que a vitamina C pura. Sua capacidade de estimulação da renovação celular é
equivalente à do ácido ascórbico.
Indicada para produtos antienvelhecimento, cosméticos para área de
contorno de olhos e boca. Sua principal concentração de uso é 5% com pH de
estabilidade de 5,0 a 7,0.

2.9 ÓLEO DE MACADÂMIA

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 Altamente purificado, consiste de triglicerídios vegetais extraídos das nozes
de macadâmia. É a maior fonte natural existente de ácido palmitoleico (contendo
cerca de 25% de ácido palmitoleico e 40% de ácido oleico), ou seja, não existe
nenhuma outra fonte de óleo vegetal ou animal que contém tal concentração de
ácido palmitoleico.

Este óleo é, portanto, indicado como componente de óleos e emulsões

cosmiátricas de tratamento da pele (facial e corporal), produtos antienvelhecimento,
hidratantes, nutritivos e de massagem, sobretudo em produtos para mulheres acima
30 anos, devido à sua propriedade ativadora celular. Suaviza e amacia a pele, além
de não ser comedogênico.

É interessante verificar também que a pele de indivíduos com psoríase

possui somente a metade de ácido palmitoleico que os indivíduos normais; sendo
assim,o uso deste óleo para estes casos também é benéfica.

É indicado em concentrações que variam de 5 a 10% em cremes e

emulsões.

2.10 ÓLEO DE SEMENTE DE UVA

Possui ação hidratante, anti-radicais livres, regenerador do tecido cutâneo.

Está sendo usada por seu poder hidratante em cremes faciais, xampus e
condicionadores para o cabelo. Possui elevado teor de alfa-tocoferol, o que facilita a
regeneração e hidratação do tecido cutâneo, revitalizando-o. O polifenol, substância
extraída da semente da uva (principalmente das vermelhas), tem a capacidade de
promover a regeneração da pele e de suas fibras.
Estudos indicam que os polifenóis são ativos na neutralização dos radicais
livres. Eles surgem com o passar do tempo e em decorrência da radiação solar,
desgastando o colágeno e a elastina, responsáveis pela elasticidade e pela
flexibilidade da pele. O polifenol também pode potencializar os efeitos da vitamina C
disponível no organismo, estimulando a formação de colágeno.

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 A uva contém ainda alfa hidroxiácidos (AHA’s) e Ácido Linoleico, substâncias
úteis para o clareamento da pele, para fechar os poros dilatados e suavizar rugas
finas. A fruta é um coadjuvante em casos de clareamento e rejuvenescimento, ao
lado de substâncias clássicas e consagradas, tais como o ácido retinóico.
Aplicações em hidratantes faciais e corporais, cremes antiidade,
condicionadores para cabelos secos, cremes para as mãos e pés, óleos de banho,
produtos para área dos olhos, prevenção de estrias, formulações pré e pós-sol.
Concentração usual: 5 a 30 %.

2.11 PCA-Na

Este ativo mimetiza o NMF, sendo indicado para o tratamento de peles

secas, expostas a temperaturas altas ou baixas, sujeitas a uso constante de
detergentes, frágeis devido a distúrbios de queratinização (psoríase, icitiose) e de
lubrificação epidérmica (hiperseborréica).

Usado em cremes, loções, xampus, tônicos capilares e faciais, desodorantes

e protetores solares. Solúvel em água. O pH de estabilidade varia entre 5,0 e 7,0.
Pode ser associado à Kinetin L, Lipossomas PML AE, Raffermine, Remoduline,
Aqua Licorice PU e PT e Elastinol+. Utilizando em concentrações de 1 a 3% em
formulações para pele e de 0,1 a 0,5% em formulações capilares.

3- SILÍCIOS ORGÂNICOS

O silício é um oligoelemento que atua sobre a síntese das fibras de

sustentação da derme, fazendo parte da estrutura do colágeno, elastina e
glicoproteínas como as proteoglicanas.

Com o passar dos anos a quantidade de silício vai diminuindo e com ele
diminui também a proteção da membrana celular ao ataque dos radicais livres (RL).

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 3.1 ALGIUM C®

Composto por manuronato de metilsilanol tem a propriedade de regeneração

sobre os fibroblastos além da capacidade de proteger as células da pele da ação
dos RL.

Solúvel em água é incompatível com álcool e sais de cálcio.

Usado em concentrações de 4 a 6%, pH de estabilidade de 4,5 a 6,5.

3.2 ASCORBASILANE C®

Silício orgânico do ácido ascórbico e pectina. Reúne no mesmo ativo as

propriedades do silício orgânico com as propriedades da vitamina c (ácido
ascórbico).
É um ativo redutor dos radicais livres, protetor da membrana celular,
regenerador dos tecidos e normalizador da pigmentação cutânea. Utilizado na
concentração de 3 a 4% e seu pH de estabilidade varia entre 4,0 a 6,5.

3.3 DSHC®

Associação de silício orgânico com o acido hialurônico.

Tem ação hidratante, regulando o teor de água na pele. Sua ação é manter
a estrutura dos mucopolissacarídeos e proteger as fibras elásticas.

Usado em produtos faciais, nas concentrações de 4 a 6% com pH de

estabilidade entre 4,5 a 6,5.

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 4– FILTROS SOLARES

Como se sabe, o aspecto saudável que o bronzeamento confere nem

sempre é verdadeiro, pois os riscos de eritema, edema, dor, envelhecimento precoce
e do câncer de pele estão intimamente relacionados à exposição solar.
Está comprovado que o uso de filtros solares diminui e revertem os efeitos
do foto envelhecimento da pele.
O filtro solar é uma loção que bloqueia os raios ultravioletas solares e reduz
queimadura pelo sol e outros danos à pele, diminuindo, desta forma, o risco de
câncer de pele.
Os melhores protetores solares bloqueiam tanto os raios UVB, que queimam
a pele, quanto os raios UVA, que podem danificar a pele sem causar queimadura. A
maioria dos protetores solares contém um químico orgânico que absorve a luz
ultravioleta, ou material opaco que reflete a luz, ou combinação de ambos, o que
atualmente é mais comum.

4.1 FILTROS QUÍMICOS

Substância química orgânica – devido à sua estrutura química tem

capacidade de absorver a luz de determinado comprimento de onda e assim evitar a
agressão da radiação sobre a pele, transformando a agressão em calor. Os filtros
solares químicos são constituídos de um grupamento cromóforo, que é o
responsável pela absorção de energia radiante. A absorção de energia radiante é
possível graças à utilização de parte desta energia para provocar as transições
eletrônicas entre os orbitais ligantes e antiligantes do grupamento cromóforo.
Para serem efetivos devem absorver radiações entre 290 a 400nm (UVA ou
UVB). Este fenômeno ocorre devido ao deslocamento da ressonância. A pele emite
a radiação na forma de calor.
Há uma infinidade de substâncias que são usadas como filtros químicos e
estão na composição de cosméticos. Abaixo, alguns exemplos dos mais usados,
com as principais características, com o objetivo de identificar a substâncias na
composição dos produtos.

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 a) Ácido Fenilbenzimidazol Sulfônico
Nome comercial: Neo Heliopan Hydro, Eusolex 232, Parsol HS.
Características: Filtro UVB, deve ser mantido em pH entre 7,2 e 7,5. Pode
ser incorporado em géis e géis-creme.
Solubilidade: Hidrossolúvel
Concentração de uso: 1 a 8%

b) Antranilato de Metila
Nome comercial: Neo Heliopan MA
Características: Absorvem radiações UVA-2. Baixa irritabilidade. Resistente
à água. Usado em emulsões, cremes e loções hidratantes.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 3,5 a 5%

c) Bezofenona-2 (tetra-hidroxibenzofenona)
Nome Comercial: Uvinul D50
Características: Protege a pele contra agressões provocadas pelas
radiações UVA e UVB. Para melhorar a espalhabilidade, solubilizar em Parsol MCX
e triglicérides do ácido cáprico-caprílico.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 10%

d) Bezofenoma-3 (oxibenzona)
Nome Comercial: Neo heliopan BB, Escalol 567, Eusolex 4360, Uvinul M40
Características: Protege a pele e os cabelos contra agressões provocadas
pelos UVA-2 e UVB. Para melhorar a espalhabilidade, solubilizar em Parsol MCX e
triglicérides do ácido cáprico-caprílico.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 2% a 6%

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 e) Bezofenoma-4 (2-hidroxi-4-metobenzofenona-5-ácido sulfônico)
Nome Comercial: Escalol 577, Uvinul MS40
Características: Protege a pele e os cabelos contra agressões provocadas
pelos UVA. Para melhorar a espalhabilidade, solubilizar em Parsol MCX e
triglicérides do ácido cáprico-caprílico.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 10%

f) Butil Metoxi-dibenzoilmetano (avobenzona)

Nomes Comerciais: Uvinul BMBM, Neo Heliopan 357, Eusolex 9020, parsol
1789.
Características: Proteção contra UVA-1 e UVA-2. Freqüentemente associado
a protetores solares UVB para aumentar a faixa de proteção das formulações
solares e evitar a recristalização, pois é um excelente solubilizante dos protetores
UVB.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 1 a 5%

g) Metilbenzilideno Cânfora
Nomes Comerciais: Neo Heliopan MBC, Eusolex 6300, Uvinul MBC95
Características: Absorve radiações UVB. Resistente a água.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: até 6%.

h) Metoxicinamato de Isoamila
Nome comercial: Neo Heliopan E 1000
Características: 20% superior ao Neo Heliopan AV em absorver radiação
UVB, na mesma faixa de absorbância. Lipossolúvel. Proteção UVA e UVB.
Resistente a água. É usado em emulsões com alto FPS, em cremes e loções
hidratantes, em protetores labiais e emulsões.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 2 a 10%

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 i) Metoxicinato de Octila
Nomes comerciais: Neo Heliopan AV, Eusolex 2292, Escalol 557, Parsol
MCX, Uvinul MC80, Octilmetoxicinamato Chemyunion.
Características: Lipossolúvel, PABA-free, resistente a água. Protege contra
as radiações UVA -2 e UVB. Muito utilizado em emulsões com alto FPS, cremes e
loções hidratantes e protetores labiais. Solubilizante em outros filtros.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 2 a 10%

j) Octocrileno
Nomes comerciais: Neo Heliopan 303, Univul N 539, Escalol 597, Eusolex
OCR
Características: Resistente a água. Protege contra as radiações UVA-2 e
UVB. É um co-absorvedor UVB que oferece proteção adicional UVA.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentrações de uso: 7 a 10%

k) Salicilato de Octila
Nomes comerciais: Neo Heliopan OS, Escalol 587, Uvinul O18.
Características: co-absorvedor de radiações UVB. Resistente a água. É
agente solubilizante de Neo Heliopan BB, 357 e MBC.
Solubilidade: Lipossolúvel
Concentração de uso: 3 a 5%

4.2 FILTROS FÍSICOS

Substância química inorgânica – são chamados de filtros físicos por agirem

como barreira, a radiação ultravioleta que incide sobre eles é refletida não ocorrendo
reações químicas.
Os mais utilizados são o dióxido de titânio e óxido de zinco micronizados,
óxido de magnésio, óxido de ferro e caulim.

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 a) Dióxido de Titânio Micronizado
Nomenclatura química: Dióxido de titânio tipo rutilo micromizado (tamanho
das partículas: 20 a 40 nm)
Características: Bloqueador físico UVA / UVB por reflexão da luz UV.
Utilizado em cremes e loções cosméticas.
Solubilidade: Insolúvel em água e álcool. Normalmente incorporado à fase
oleosa da emulsão.
Concentração de uso: 1 a 10%

b) Óxido de Zinco
Nomenclatura química: Óxido de Zinco Microfino (tamanho das partículas:
10 a 70 nm)
Características: Reflete e/ou absorve a luz UV, formando um filme protetor
na pele. É atóxico e quimicamente pouco ativo. Não interfere no pH final das
formulações. Incompatível com carbômeros: o uso desses agentes espessantes não
é recomendado.
Solubilidade: Insolúvel em água e álcool. Normalmente é incorporada a fase
oleosa da emulsão.
Concentração de uso: 2 a 10%

--------------- FIM DO MÓDULO III ----------------

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