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Centro de Educação
Departamento de História e Geografia
Curso de Licenciatura Plena em Geografia
RILDO DE SOUSA
Campina Grande – PB
2008
A HIBRIDICAÇÃO DO RURAL-URBANO NO MUNICIPIO DE
CATURITÉ-PB: Uma análise socioeconômica
RILDO DE SOUSA
Campina Grande – PB
2008
RILDO DE SOUSA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Prof. Ms. Faustino Moura Neto
Orientador
___________________________________________
Profª. Marília
1ª Examinadora
__________________________________________
Profª. Graça
2ª Examinadora
AGRADECIMENTOS
LISTA DE QUADROS
Quadro 01: Obras de Infra-estrutura do Municipio de Caturité – PB
LISTA DE FOTOS
Foto 01: Calçamento da Rua João Queiroga
Foto 02: Construção de casas populares
Foto 03: Vista aérea da cidade
Foto 04: Leite Vita
Foto 05: Leite Cariri
Foto 06: Criação de animais no perímetro urbano
LISTA DE TABELA
LISTA DE GRÁFICOS
Abstract
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO I – ABORDAGEM TEÓRICO-CONCEITUAL
1.1 Pequenas cidades: questão conceitual
1.2 Reflexões sobre o espaço urbano
1.3 O Processo de Urbanização Brasileiro
CAPÍTULO II – CONTEXTUALIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO
2.1 Localização
2.2 Aspectos físicos
2.3 Aspectos históricos
2.4 Aspectos socioeconômicos
2.5 Aspectos estruturais
CAPÍTULO III – A IMBRICAÇÃO DO RURAL-URBANO NO MUNICÍPIO
DE CATURITÉ
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
INTRODUÇÃO
Este trabalho apresenta estudos tendo como temática pequenas cidades, com o
enfoque para os municípios cuja população não ultrapassa os 20 mil habitantes e onde o
rural e o urbano se confundem. No Brasil devido à adoção de um critério político-
administrativo, que na maioria dos casos envolve interesses políticos, dezenas de
aglomerados casas, mesmo sem exercer qualquer função urbana para, foram
transformados em cidades. O povoado ganhou status de cidade, mas fica arraigado “in
loco” o modo de vida campal de tempos anteriores.
Para alguns estudiosos, a exemplo de MARTINE e FARIA, o que existe de fato
no Brasil é um número expressivo de cidades que não poderiam ter esse “titulo” seria
impróprio chamar de cidades as sedes dos mais de 4,5 mil municípios, cuja sede tem
menos de 20 mil habitantes. Como diz o ditado “tamanho não é documento” existe
cidades com valores superiores a 20 mil habitantes em que a dinâmica socioespacial
local é comandada pelo o modo de vida campal, em contrapartida, existe cidades com
população bem inferior a já mencionada com hábitos sociais tipicamente urbano.
O que existe de fato no Brasil é um modo de vida urbano que extrapolou os
limites das cidades, virtualizada pela sociedade do consumo que se expandiu por todo o
território nacional. Neste sentido a maioria dos brasileiros usufrui de uma práxis urbana
que não condiz com a realidade socioeconômica e espacial na qual fazem parte.
O Município de Caturité-PB está inserido nesta nova lógica da urbanização
brasileira, em que surgiram um numero expressivo de cidades, oriundas de um processo
de desmembramento, todavia, a maioria delas dependem único e exclusivamente do
FPM (Fundo de Participação Municipal), para sobreviver, no entanto, o município
referido tem um diferencial, alem da prefeitura como principal empregador existe duas
agroindústrias que emprega um numero considerável de pessoas residentes
principalmente na zona rural, o que será posteriormente ressaltada na pesquisa.
O presente estudo foi apresentado em três capítulos, cujo conteúdo encontra-se
organizado conforme o seguinte exposto
No primeiro capitulo, foi realizada uma revisão bibliográfica aprofundada sobre
geografia urbana, principalmente as que fazem referência a municípios de pequeno
porte em que será utilizada diversas fontes, a exemplo de livros, publicações sobre
urbanização e rural-urbano brasileiro, dentre outros.
Segundo capitulo, foi feita a caracterização da área de estudo do Município de
Caturité-PB, destacando os aspectos de localização e contextualização física. Os
aspectos históricos, econômicos e estruturais. Para a realização desse capitulo foram
utilizadas informações e dados repassados pela Prefeitura Municipal e informações
coletadas através de entrevistas realizados com os habitantes mais experientes do
município.
No terceiro capitulo foi efetuada a pesquisa de campo “in loco”.para isso, foram
aplicados 40 questionários (ver apêndice) entre os dias 18 e 22 de dezembro de 2007,
correspondente as áreas residenciais.
A pesquisa em pauta trata-se de um estudo de caso, haja vista que se pretende
esclarecer e analisar um fenômeno econômico e espacial proporcionados pela
emancipação política e a implantação das agroindústrias que concorrem com
concomitantemente para a transformação do espaço local do Município de Caturité -
PB. Para tanto, foi utilizado o método dialético onde se analisou a partir da abordagem
quali-quantitativa a produção do espaço municipal como determinante e determinador
de uma formação socioeconômica.
CAPÍTULO I:
ABORDAGEM TEÓRICO-CONCEITUAL
Diante dessas ponderações, Martine (Op. Cit) utilizou uma definição de urbano
baseado no tamanho demográfico. Para tanto, considerou apenas os núcleos com pelo
menos 20 mil habitantes, como cidades. Na classificação como rural ficou incluída
todas as cidades com população inferiores a 20 mil habitantes.
Martine (Op. Cit), ao examinar a dinâmica demográfica desses dois conjuntos
espaciais diagnosticou que no período entre 1980 e 1991 houve “uma redução
significativa no ritmo de crescimento urbano” em comparação com as décadas
anteriores. De outro lado verificou
Que a população (aqui deve ser reiterada, referimo-nos a toda população que
reside no campo ou em localidades e adensamentos populacionais com menos
de 20 mil habitantes) teve um crescimento que embora lento, foi mais
acelerado do que na década anterior passando de 56,7 para 60,8 milhões de
pessoas (MARTINE, 1994, P. 25).
A mesma autora nos diz que, enquanto o estudo do meio rural for a monótona
confirmação da profecia que vem sendo realizada de seu esvaziamento, será impossível
compreender as razões que explicam a existência de áreas rurais dinâmicas, o que, como
bem mostram os trabalhos da divisão do desenvolvimento territorial da OCDE
(1994/96), compromete a própria concepção de políticas para as áreas mais atrasadas.
Não existe uma definição universalmente consagrada do meio rural e seria vã a
tentativa de localizar a melhor entre as atualmente existentes.
Abramovay (2000, p. 4) e Veiga et al. (2001, p. 6), afirmam que, atualmente
existem duas maneiras de predominantes na delimitação do rural, as quais, são
criticadas pela grande maioria dos pesquisadores, seja em nível nacional ou
internacional.
Primeiro, a delimitação administrativa ou normativa que é utilizada no Brasil, é
também me vários paises da América Latina, como Equador, Guatemala, El Salvador e
República Dominicana. Para Tavares (2003), as principais restrições que se podem a
esse contexto seriam assim resumidas:
• O rural é definido em parte ao arbítrio dos poderes públicos municipais, em que
as conseqüências fiscais da definição acabam sendo mais importantes que seus
aspectos geográficos, sociais, econômicos, ou culturais;
• Desde que haja extensão de serviços públicos a um certo aglomerado
populacional, ele tenderá a ser definido como urbano: é assim que, no Brasil, as
sedes de distritos com algumas dezenas ou centenas de casas são definidas
como “urbanas”;
• O rural tenderá a ser definido, a principio, pela carência, o que não pode ser
considerado um critério adequado, sob qualquer ponto de vista.
2.1 Localização
Obs: Citar no rodapé do mapa, seu título e a fonte, bem como fazer
referências no texto.
2.2 Aspectos Físicos
Foto 01: Calçamento da Rua João Queiroga Foto: Construção de Casas Populares
- P. M. Caturité, outubro de 1997 - P. M. Caturité, setembro de 2001.
QUADRO 01 – OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA DA CIDADE DE CATURITÉ
Ainda é grande o numero de pessoas que residem na cidade e mantém uma forte
dependência com o campo, trabalham nas agroindústrias, colocam pequenas roças,
criam gado, dentre outras. Percebe-se que existem citadinos que nos quintais de suas
residências praticam atividades agropecuárias destacando-se: criação da pecuária
leiteira, suínos e aves, atividades estas que são peculiares ao campo, mas que
contraditoriamente são realizadas no perímetro urbano do município. Veja a Foto 06.
Nº DE PESSOAS Nº DE RESIDÊNCIAS %
02 03 7,5
03 07 17,5
04 10 2,5
05 13 32,5
06 03 7,5
07 01 2,5
08 02 5
09 01 2,5
TOTAL 40 100
Fonte: Pesquisa direta. Município de Caturité-PB, dezembro de 2007.
As Tabelas 02, 03 e 04, a seguir tratam-se das faixas etárias dos pais, das mães e
dos filhos respectivamente, da amostra realizada no Município de Caturité-PB,
destacando-se a classe de idade, a freqüência relativa (fi)e o percentual.
Na Tabela 02 pode ser destacado que 52,5% das mães estão entre 32 e 44 anos
5% dos pais com 20 a 32 anos e 2,5 entre 68 e 80.
Na Tabela 02 pode ser identificado que a maioria dos pais, se encontram na faixa
etária entre 45 e 55 anos, representando 30% do total pesquisado; o mesmo percentual
apresentado por aqueles de 55 a 65 anos de idade.; outros 26,6% estão situado na faixa
etária entre 35 a 45 anos; ainda vamos ter 6,6 que têm 25 a 35 anos, percentual igual ao
país entre 65 e 75 anos.
Pode-se constatar na Tabela 04, que 52,2% dos filhos são jovens de 12 a 18
anos; outros 10,8 dos filhos são crianças que estão entre 0 e 06 anos, o que representa o
mesmo percentual de crianças com 6 a 12 anos; outros 24% são jovens que se encontra
na faixa etária de 18 a 24 anos e 2,2% é adulto entre 24 e 30 anos.
100
90
80
70 Famílias sem
integrantes morando
60
fora de casa
50
40 Famílias com
integrantes morando
30
fora de casa
20
10
0
Famílias residentes em Caturité - PB
Gráfico – 01: Procedência das famílias que moram no Município de Caturité – PB.
Fonte: Pesquisa Direta. Município de Caturité – PB, Dezembro, 2007.
70
60
50
Com 01 pessoa
40
30 Com 02 pessoas
20
De 03 a 05
10 pessoas
0
Pessoas com atividade
remunerada por residência
Gráfico 02: Quantidade de pessoas que exercem atividades remuneradas por residência do
Município de Caturité - PB
Fonte: Pesquisa direta. Município de Caturité - PB, dezembro de 2007.
Renda Percentual
Entre meio e um salário mínimo 70%
Entre um e dois salários mínimos 17,5%
Entre dois e cinco salários mínimos 10%
Mais de cinco salários mínimos 2,5%
Total 100%
Fonte: Pesquisa direta. Município de Caturité - PB, dezembro de 2007.
60
50
40
30 Recebem
20 Não recebem
10
0
Famílias que recebem
ajuda financeira
70
60
50
40
Concordam
30 Discordam
20
10
0
Melhoria da qualidade de vida
Gráfico 05: Melhoria das condições de vida da população caturiteense após a emancipação política.
Fonte: Pesquisa direta. Município de Caturité - PB, dezembro de 2007.
CONSIDERAÇÕES FINAIS