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OBRIGAÇÕES

1. INTRODUÇÃO.

Conceito: é a relação jurídica estabelecendo vínculos entre diferentes partes,


denominadas credor e devedor, cujo objeto é uma prestação pessoal, positiva ou negativa,
garantido o cumprimento sob pena de coerção estatal.

Características Essenciais:

→ Elemento Subjetivo: são os sujeitos que compõem a obrigação. O sujeito ativo (credor), que
possui o direito subjetivo e o sujeito passivo (devedor), que possui o dever jurídico. Os sujeitos
podem ser determinados desde o nascimento da obrigação ou determináveis (ex.: o cheque ao
portador).

→ Elemento Objetivo: é a prestação devida, que pode ser positiva (dar ou fazer) ou negativa
(não fazer). Não confundir o objeto da obrigação (que é a prestação) com o objeto da prestação
(um bem da vida qualquer). Por exemplo, em uma dívida de $100, o objeto da obrigação é o de
dar (entregar dinheiro) e o objeto da prestação são os $100. Objeto imediato e mediato.

→ Elemento Abstrato ou Espiritual: é o vínculo jurídico. É o liame abstrato que une o credor
e o devedor e outorga coercibilidade ao direito subjetivo. É o dever ser da prestação.

P.S.: Débito e Responsabilidade. O débito (schuld) é a prestação a ser espontaneamente


cumprida pelo devedor (é o dar, o fazer ou o não fazer). É o direito subjetivo, o direito à
prestação, que será extinto com seu adimplemento. A responsabilidade patrimonial (haftung) é
a sujeição do patrimônio do devedor como forma de garantir o débito em caso de
inadimplemento. São sucessivos; o primeiro nasce junto da obrigação e o segundo com seu
inadimplemento. É possível, porém, em caráter excepcional, o débito sem responsabilidade
(ex.: a dívida prescrita) ou a responsabilidade sem débito (ex.: vide art. 790 do CPC, v.g.,
desconsideração da personalidade jurídica. Outro exemplo: fiança). Obrigação perfeita é a que
possui débito e responsabilidade, ao passo que obrigação imperfeita é aquela que possui
somente o débito.

Distinções Essenciais:
→ Direito Obrigacional x Direito Real: a) no direito obrigacional a relação jurídica se
estabelece entre duas pessoas determinadas ou determináveis, enquanto que no direito real isso
não ocorre, impondo-se um direito subjetivo oponível erga omnes (à toda coletividade de
possíveis sujeitos, presentes ou futuros); b) o sujeito ativo atua diretamente sobre a coisa nos
direitos reais, ao passo que nos direitos obrigacionais o sujeito ativo não consegue atuar
diretamente sobre o dar, fazer ou não fazer (precisa da cooperação do sujeito passivo); e c)
enfim, os direitos obrigacionais são amplos, infinitos, sujeitos à autonomia privada, ao passo
que os direitos reais são numerus clausus.

P.S.: Obrigações Propter Rem. São prestações impostas ao titular de determinado direito real
pelo simples fato de assumir tal condição. A mera titularidade de um direito real importará na
assunção de obrigações independentemente de qualquer manifestação de vontade. A obrigação
propter rem vincula ao titular do bem, quem quer que seja ele, querendo ele ou não (ex.: todos
os direitos de vizinhança referenciados no Código Civil. As obrigações dos condôminos de
cuidado com a coisa em comum. Os impostos relativos à propriedade). Nestas obrigações, o
adquirente posterior se responsabiliza ainda que os débitos tenham surgido em face do
titular anterior. Um porém: o devedor só se obriga nos limites da coisa e não do seu próprio
patrimônio, permitindo a chamada renúncia liberatória (abandono da coisa).

P.S.: Obrigação Complexa (Obrigação como um Processo): antigamente as obrigações eram


tidas por obrigações simples (eram exclusivamente dar, fazer e não fazer). Vinculavam-se
apenas pela vontade. Hoje a obrigação é vista como processo, pois assume-se como sua
finalidade o inadimplemento, criando-se deveres acessórios a ambas as partes para evitar o
inadimplemento e facilitar o adimplemento, da forma mais satisfatória ao credor e menos
onerosa ao devedor. Surgem os deveres anexos ou laterais, que nada mais são deveres de
conduta honesta e leal, consubstanciados na cooperação, na proteção e na informação (CPI).
Vide cláusula geral dos artigos 421 e 422 do Código Civil. Ela incidirá antes da obrigação, na
fase de negociações, e depois do cumprimento.

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