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POPULAÇÕES ESPECIAIS
Batatais
Claretiano
2015
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
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forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição
na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito
do autor e da Ação Educacional Claretiana.
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Graduação
Título: Atividade Física para Populações Especiais
Versão: ago./2015
Formato: 15x21 cm
Páginas: 142 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS................................................................................ 13
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 19
4. E-REFERÊNCIAS.................................................................................................. 19
Conteúdo
Função do conteúdo curricular e princípios do atendimento.
Paradigmas histórico-sociais de atendimento às pessoas com
desenvolvimento atípico. Aspectos éticos, legais e políticos.
Perspectivas de atuação: educação especial e educação inclusiva.
Linhas gerais para avaliação, planejamento de intervenções,
registro de dados e controle da eficácia do tratamento.
Procedimentos de ensino. Considerações acerca de aspectos:
motores/físicos, cognitivos, sensoriais, sociais e da comunicação.
Bibliografia Básica
MAUERBERG DE CASTRO, E. Atividade física: adaptada. Ribeirão Preto: Tecmedd, 2005.
MARTIN, G. Consultoria em psicologia do esporte: orientações e práticas em análise do
comportamento. Campinas: Instituto de Análise do Comportamento, 2001.
WINNICK, J. (Org.) Educação física e esportes adaptados. Barueri: Manole, 2004.
Bibliografia Complementar
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez,
1992.
DIEHL, R. M. Jogando com as diferenças: jogos para crianças e jovens com deficiência.
São Paulo: Phorte, 2006.
GORGATTI, M. G., da Costa, R. F. Atividade física adaptada: qualidade de vida para
pessoas com necessidades especiais. Barueri: Manole, 2005.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo:
Cortez, 2005.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
RODRIGUES, D. (Org.). Atividade motora adaptada: a alegria do corpo. São Paulo: Artes
Médicas, 2006.
Palavras-chave:–––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Educação Física; Esporte; Desenvolvimento Atípico; Deficiência; Populações
Especiais.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deverá
ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes necessárias
à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos,
os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento
ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de
saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente sele-
cionados nas Bibliotecas Virtuais Universitárias conveniadas ou disponibilizados em
sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdos Digitais Integradores" por-
que são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Referên-
cia. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos complementa-
res) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência,
a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de
estudo obrigatórios, para efeito de avaliação.
1. INTRODUÇÃO
Prezados alunos, sejam bem-vindos!
Iniciaremos o estudo de Atividade Física para Populações
Especiais, por meio do qual você obterá as informações
necessárias para o embasamento teórico da sua futura profissão
e para as atividades que virão.
Os conteúdos aqui apresentados formam um produto
carregado de significados e valores relacionados não somente
a uma grande conquista pessoal bem como de possibilidades
de contribuição (ou retribuição) para a sociedade e, mais
especificamente, para a área da Educação Física. Empenhamo-
nos em planejar e escrever esta obra muito em função dos
anseios em compartilhar com a comunidade envolvida com a
prática e prescrição de exercício físico uma nova perspectiva
de atendimento – a de equiparação de oportunidades de
aprendizagem. Em tese, vocês poderão imaginar que esta
proposta de perspectiva de atendimento não é assim tão “nova”,
mas, em termos aplicados e verdadeiramente compreendida
pelos profissionais, é sim e, ao longo do estudo desse material
vocês entenderão o motivo pelo qual isso acontece.
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
1) Exercício Físico: segundo a resolução nº 046/2002
do Conselho Federal de Educação Física - CONFEF
(2002), exercício físico é conceituado como “sequência
sistematizada de movimentos de diferentes segmentos
corporais, executados de forma planejada, segundo
um determinado objetivo a atingir.” Além disso,
exercício físico caracteriza-se por uma das formas de
atividade física, estruturada e repetitiva, e que deve
ter como objetivo o desenvolvimento da aptidão física,
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MAUERBERG DE CASTRO, E. Atividade Física: Adaptada. Ribeirão Preto. Tecmedd,
2005.
PEDRINELLI, V. J. Educação física adaptada: conceituação e terminologia. In:
PEDRINELLI,V. J. Educação física e desporto para pessoas portadoras de deficiência.
Brasília: MEC/Sedes, 1994.
4. E-REFERÊNCIAS
CONSELHO FEDERAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA. Resolução no 046/2002 do CONFEF.
Disponível em: <http://www.confef.org.br/extra/resolucoes/conteudo.asp?cd_
resol=82>. Acesso em: 6 jul. 2015.
COSTA, A. M., SOUSA, S. B. Educação física e esporte adaptado: história, avanços e
retrocessos em relação aos princípios da integração/inclusão e Perspectivas para
o século XXI. In: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, v. 25, n. 3, p.
7-160, maio 2004. Disponível em: <http://rbce.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/
view/236> Acesso em: 6 jul. 2015.
Objetivos
• Compreender o panorama de atendimento às
pessoas com deficiência no campo da Educação
Física.
• Relacionar os tipos de tratamentos oferecidos
às pessoas com deficiência com aspectos
histórico-sociais.
• Identificar os paradigmas histórico-sociais de
atendimento às pessoas com desenvolvimento
atípico e vigentes até os dias atuais.
Conteúdos
• Panorama de atendimento às pessoas com
deficiência e terminologias atuais.
• Paradigmas histórico-sociais de atendimento às
pessoas com desenvolvimento atípico.
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UNIDADE 1 – EDUCAÇÃO FÍSICA E PESSOAS COM DESENVOLVIMENTO ATÍPICO: CONCEITOS, ÉTICA E
PANORAMA DE ATUAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Vamos iniciar nossa primeira unidade de estudo. Você está
preparado?
Nesta unidade, entraremos no denso universo dos
diversos tipos de atendimentos sociais e educacionais que,
historicamente, as pessoas com desenvolvimento atípico foram
expostas. A estes modelos de atendimentos históricos dá-se o
nome de paradigmas histórico-sociais, mas antes de apresentar
e discutir cada um deles, será apresentado o panorama atual de
atendimento e que possibilita as pessoas fazerem julgamentos
discriminatórios e pejorativos às pessoas com deficiência.
Ao discutirmos as diversas fases da história mundial e
brasileira é importante que você comece a refletir sobre o
currículo acadêmico e humano que você, futuro profissional de
Educação Física, deve construir em curto, médio e longo prazo.
Ainda que nos dias atuais nós possamos nos deparar com
pessoas com deficiência nos mais variados ambientes sociais,
sejam eles relacionados diretamente à prática de atividade
Sites oficiais:
• COMITÊ PARALÍMPICO BRASILEIRO. Disponoível em:
<http://www.cpb.org.br/>. Acesso em: 10 jul. 2015.
• ADD. ESCOLA DE ESPORTE ADAPTADO. Disponível
em: < http://www.add.org.br/escolaEsporte.asp#.
VaAiJl9VhHw>. Acesso em: 10 jul. 2015.
• INEP. INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS
EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA. Disponível em:
<http://portal.inep.gov.br/web/educacenso/educacao-
especial>. Acesso em: 10 jul. 2015.
Filmes sugeridos:
• A JANELA da Alma. Direção e produção: João Jardim. Co-
Direção e Fotografia: Walter Carvalho. Ravina Filmes.
Brasil, 2002. 73 min.
• FELIZ Ano Velho. Direção: Roberto Gervitz. Produção:
Cláudio Kahns. Roteiro baseado no livro de Marcelo
Rubens Paiva. Brasil, 1987. 111 min.
• MEU PÉ Esquerdo (em inglês: My Left Foot). Direção:
Jim Sheridan. Roteiro baseado na autobiografia de
Christy Brown. Reino Unido, 1989. 100 min.
• O GAROTO selvagem. Direção: François Truffaut.
Produção: Marcel Berbert. França: LesProductions
Artistes Associes, 1969. 88 min.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Qual das situações abaixo enfaticamente caracteriza a perspectiva da
exclusão?
a) Judô para pessoas com deficiência visual.
b) Pessoas com deficiência que foram impedidas de jogar Futebol.
c) Recreação envolvendo pessoas com desenvolvimento típico e atípico.
d) Goalball.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) b.
2) a.
3) c.
4) d.
5) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Chegamos ao final da primeira unidade, na qual você teve
a oportunidade de compreender as principais características de
três dos quatro paradigmas histórico-sociais. Vimos, também,
a importância do papel do profissional de Educação Física na
sociedade atual que permite mudanças dos rumos de processo
histórico de atendimento. Além disso, foram apresentadas
discussões e reflexões que se relacionam às dificuldades e às
vantagens que o profissional de Educação Física pode ter nos dias
atuais para atuar junto com alunos e clientes com deficiência.
Discutimos a respeito das imposições políticas e legais, tanto na
esfera nacional quanto internacional, que alteraram os formatos
de atendimento esportivo para pessoas com deficiência e
também indiretamente daquelas com desenvolvimento típico.
Muitos questionamentos e críticas apresentadas por donos
de academias, professores ou mesmo de pessoas leigas neste
assunto podem ser explicados por fatores históricos. Embora
o panorama de atuação descrito nesta unidade não seja muito
favorável, veremos nas unidades seguintes novas e ricas
propostas de atendimento, especialmente acerca do paradigma
da inclusão.
Na próxima unidade, você aprenderá as características
principais do paradigma de atendimento da inclusão e os
mecanismos possíveis para extrapolar este mercado de
trabalho.
6. E-REFERÊNCIAS
Lista de figuras
Figura 1 Representação de atendimento igualitário e análogo ao paradigma na
integração. Disponível em: <http://blog.panhoteis.com.br/fatos-e-tendencias/index.
php/2014/04/08/meritocracia-a-palavra-mais-ouvida-no-forum-panrotas-2014/#.
VZhyAxtViko>. Acesso em: 13 jul.. 2015.
Site pesquisado
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Especial. Política nacional de
educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília: MEC/SEESP, 2007.
Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/politica.pdf>. Acesso em:
13 jul. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMIRALIAN, M. L. T. M. Psicologia do excepcional. Clara Regina Rappaport (Coord.).
São Paulo: E.P.U., 1986.
ARANHA, M. S. F. Inclusão. In: MARQUEZINE, M. C.; ALMEIDA, M. A.; TANAKA, E. D. O.
(Eds). Perspectivas multidisciplinares de educação especial. Londrina: EDUEL, 2001.
v. 2.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Assembleia Nacional
Constituinte. DF: Senado Federal/Secretaria Especial de Editoração e Publicações,
1988.
CARMO, A. A. Deficiência Física: a sociedade brasileira cria, "recupera" e discrimina.
Brasília: secretaria dos Desportos, 1991.
JANNUZZI, G. M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século
XXI. Campinas: Autores Associados, 2004.
MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo:
Cortez, 2005.
MENDES, A radicalização do debate sobre inclusão escolar no Brasil. São Paulo:
Revista Brasileira de Educação, v. 11, n. 33, set./dez., 2006.
PESSOTTI, I. Deficiência Mental: da superstição à ciência. São Paulo: Edusp, 1984.