Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
Londrina,
2012
LUIZ GUSTAVO BATISTA FERREIRA
Londrina, 2012
LUIZ GUSTAVO BATISTA FERREIRA
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Prof. Dr. José Roberto Pinto de Souza
Universidade Estadual de Londrina
__________________________________
Prof. Dr. Seiji Igarashi
Universidade Estadual de Londrina
_______________________________
Eng. Agr. Ms. Letícia Trindade Ataíde
Universidade Estadual de Londrina
_________________________________
Prof. Dr. Adilson Luiz Seifert (Suplente)
Universidade Estadual de Londrina
_________________________________
Prof. Dra. Maria Isabel Balbi Pena (Suplente)
Universidade Estadual de Londrina
Filepenses 4: 13 e 14
FERREIRA, Luiz Gustavo Batista. Qualidade fitossanitária de espécies
medicinais comercializadas em Londrina – PR. 2012. 51 p. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) – Universidade Estadual de
Londrina, Londrina, 2012.
RESUMO
ABSTRACT
The use of medicinal plants is a common practice around the world since the
dawn of mankind, when the ancestors of the human species plants used as
food and medicine. Its use is of great importance especially in low-income
populations without access to health resources. The aim of this study was to
evaluate the quality medicinal plant species traded in the city of Londrina.
Medicinal plants were chosen on the basis of secretory structures or storage
facilities of the active ingredients such as leaves, bark, flowers and fruits. Plant
species chosen to perform the analyzes were phytosanitary quality: chamomile
(Chamomilla recutita L. Rauschert), peppermint (Mentha piperita), anise
(Pimpinella anisum L), hibiscus (Hibiscus sabdariffa L.), cinnamon
(Cinnamomum zeylanicum Blume) and lemon balm (Melissa officinalis L.). The
plant materials were purchased by five points or shops in town: Fair free (site
1), food stores (site 2, site 3 and site 4) and homeopathic pharmacy (site 5).
The species purchased were transported to the laboratory. Then, they were
placed in sterile petri plates with PDA culture medium (potato, dextrose and
agar) and 40 g of each plant species divided into four distinct points of the plate,
and maintained at a constant temperature of 25ºC for seven days. There were
two replicates for species and point of sale. Were identified microorganisms
harmful to human health as Aspergillus flavus, Aspergillus niger, Aspergillus
ochraceus, Fusarium sp, Nigrospora sp, Penicillium sp, and Rhizopus sp. The
six medicinal species acquired in trade from Londrina lower quality plant. There
is a high incidence of fungi harmful to human health as Aspergillus flavus and
Penicillium sp in the six medicinal plants collected within five points of
marketing.
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................12
2 DESENVOLVIMENTO ...........................................................................................15
2.1 A IMPORTÂNCIA, UTILIZAÇÃO E ESTUDOS DE PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL ...........15
2.1.1 Comercialização de Plantas Medicinais ...........................................................20
2.1.1.1 Patógenos nocivos ao homem presente nas plantas comercializadas .........21
2.1.1.1.1 Caracterização e utilização das plantas medicinais: camomila,
melissa, erva doce, canela, hibisco e hortelã ............................................................25
5 CONCLUSÃO ........................................................................................................37
REFERÊNCIAS.......................................................................................................38
APÊNDICES ...........................................................................................................47
APÊNDICE A – Ilustrações da condução do trabalho .............................................48
12
1 INTRODUÇÃO
2 DESENVOLVIMENTO
a fitoterapia era mais adotada pela população carente da área rural ou urbana,
devido à fácil disponibilidade e menores custos. Atualmente, o uso de plantas
como uma fonte de medicamentos é predominante em países em
desenvolvimento como no Brasil, sendo solução alternativa para problemas de
saúde. O uso de plantas medicinais está bem estabelecido em alguns
continentes como Ásia, América Latina e África.
De acordo com Martins et al. (2003), a utilização de plantas no
Brasil para o tratamento de doenças apresenta fundamentalmente, influências
da cultura indígena, africana e européia. Os índios utilizavam a fitoterapia
dentro de uma visão mística. A influência européia, por sua vez teve início com
a vinda dos primeiros padres da Companhia de Jesus ao Brasil. É fundamental
para o aproveitamento racional e não predatório dos recursos naturais, o
conhecimento tradicional sobre a ecologia e o manejo de plantas medicinais
(CASTELLANI, 2003). O Brasil detém a maior diversidade biológica do mundo,
contando com uma rica flora, despertando interesses de comunidades
científicas internacionais para o estudo, conservação e utilização racional
destes recursos. O Brasil, segundo Plotkin (1991), é o país com maior número
de espécies espermatófitas no mundo. Os biomas brasileiros contem uma das
maiores diversidades do mundo (MENDONÇA et al, 1998), muitas delas com
valor alimentício e principalmente medicinal (ALMEIDA et al, 1998). Para
Duarte (2006), vários biomas brasileiros têm sido utilizados como fármacos
naturais.
No setor da medicina, as plantas tropicais fornecem material
para a produção de analgésicos, tranquilizantes, diuréticos, laxativos e
antibióticos entre outros. A comercialização mundial de produtos medicinais de
origem vegetal tem tendência a aumentar (MEYERS,1983; PRINCIPE,1985),
uma vez que há tratamentos e medicamentos sintéticos demasiadamente
custosos ao usuário.
A ciência da etnobotânica é considerada nova vertente
científica (HAMILTON et al., 2003) e considerada por Ford (1978) estudo
científico da interação direta entre a espécie humana e os vegetais, em
sistemas dinâmicos (ALCORN, 1995) e possui amplo caráter interdisciplinar
científico (ALBUQUERQUE,2009). Para Schultes e Reis (1995), o
conhecimento etnobotânico existe desde a origem da espécie Homo sapiens.
18
3 MATERIAL E MÉTODOS
bacterianas, não foi possível efetuar identificação dos gêneros e das espécies
das mesmas, uma vez que o laboratório não apresenta as condições técnicas
apropriadas, como microscópio eletrônico de varredura, para efetuar essa
identificação, dessa forma, foram apenas visualizadas, quando presente nas
amostras.
30
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Local %
Patógenos
L1 L2 L3 L4 L5 patógeno****
*
Alternaria sp 0
Aspergillus flavus** X 20
Aspergillus niger** X X X 60
Aspergillus
X 20
ochraceus**
Curvalaria sp* X 20
Fusarium sp** X X X X 80
Nigróspora sp** X X 40
Penicillium sp** X 20
Rhizopus sp** X X 40
Bactérias*** X X X X 80
% local***** 75,0 50,0 37,5 37,5 25,0 ---
*
Patógeno com potencial nocivo a saúde humana.
**
Patógeno com potencial não nocivo a saúde humana.
***
Bactérias não foram identificadas.
****
Porcentagem de presença do patógeno nos cinco pontos de comercialização.
*****
Porcentagem de presença dos patógenos no ponto de comercialização.
L1: Feira livre. L2, L3, L4: Lojas específicas de produtos naturais. L5: Farmácia homeopática.
Local %
Patógenos
L1 L2 L3 L4 L5 patógeno****
*
Alternaria sp X 20
Aspergillus flavus** X 20
Aspergillus niger** X X X 60
Aspergillus
X 20
ochraceus**
Curvalaria sp* 0
Fusarium sp** X X 40
Nigróspora sp** X 20
Penicillium sp** X X 40
Rhizopus sp** X 20
Bactérias*** X X X 60
% local***** 62,5 50,0 12,5 37,5 12,5 ---
*
Patógeno com potencial nocivo a saúde humana.
**
Patógeno com potencial não nocivo a saúde humana.
***
Bactérias não foram identificadas.
****
Porcentagem de presença do patógeno nos cinco pontos de comercialização.
*****
Porcentagem de presença dos patógenos no ponto de comercialização.
L1: Feira livre. L2, L3, L4: Lojas específicas de produtos naturais. L5: Farmácia homeopática.
Local %
Patógenos
L1 L2 L3 L4 L5 patógeno****
*
Alternaria sp X X 40
Aspergillus flavus** X X X X X 100
Aspergillus niger** X X X 60
Aspergillus
X 20
ochraceus**
Curvalaria sp* X 20
Fusarium sp** X X 40
Nigróspora sp** X X 40
Penicillium sp** X X 40
Rhizopus sp** X X 40
Bactérias*** X X X 60
% local***** 87,5 62,5 37,5 50,0 12,5 ---
*
Patógeno com potencial nocivo a saúde humana.
**
Patógeno com potencial não nocivo a saúde humana.
***
Bactérias não foram identificadas.
****
Porcentagem de presença do patógeno nos cinco pontos de comercialização.
*****
Porcentagem de presença dos patógenos no ponto de comercialização.
L1: Feira livre. L2, L3, L4: Lojas específicas de produtos naturais. L5: Farmácia homeopática.
Local %
Patógenos
L1 L2 L3 L4 L5 patógeno****
*
Alternaria sp 0
Aspergillus flavus** X 20
Aspergillus niger** X X 40
Aspergillus
0
ochraceus**
Curvalaria sp* 0
Fusarium sp** X 20
Nigróspora sp** X X 40
Penicillium sp** X X X 60
Rhizopus sp** X X 40
Bactérias*** X X X 60
% local***** 50,0 25,0 12,5 50,0 37,5 ---
*
Patógeno com potencial nocivo a saúde humana.
**
Patógeno com potencial não nocivo a saúde humana.
***
Bactérias não foram identificadas.
****
Porcentagem de presença do patógeno nos cinco pontos de comercialização.
*****
Porcentagem de presença dos patógenos no ponto de comercialização.
L1: Feira livre. L2, L3, L4: Lojas específicas de produtos naturais. L5: Farmácia homeopática.
Local %
Patógenos
L1 L2 L3 L4 L5 patógeno****
*
Alternaria sp X X 40
Aspergillus flavus** X 20
Aspergillus niger** X X X 60
Aspergillus
X X 40
ochraceus**
Curvalaria sp* X 20
Fusarium sp** X 20
Nigróspora sp** X 20
Penicillium sp** X X X 60
Rhizopus sp** X X X X 80
Bactérias*** X X X X 80
% local***** 62,5 50,0 37,5 12,5 75,0 ---
*
Patógeno com potencial nocivo a saúde humana.
**
Patógeno com potencial não nocivo a saúde humana.
***
Bactérias não foram identificadas.
****
Porcentagem de presença do patógeno nos cinco pontos de comercialização.
*****
Porcentagem de presença dos patógenos no ponto de comercialização.
L1: Feira livre. L2, L3, L4: Lojas específicas de produtos naturais. L5: Farmácia homeopática.
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
AGRIOS, N.G. Plant pathology. 4. ed. San Diego: Academic Press, p.635.,
1997.
ALCORN, J.B. The scope and aims of ethnobotany in a developing world. In:
R.E. Schultes and S.V. Reis (eds.). Ethnobotany: evolution of a discipline.
Cambridge, Timber Press, p.23-39, 1995.
CURIONI, A.O. Cultivation and post harvest process for aromatic and medicinal
plants in Argentina. In: International symposium breeding research on
medicinal and aromatic plants, 3, latin American symposium on the
production of medicinal and aromatic plants and condiments, Campinas.
Program and Abstracts, Campinas: UNICAMP/IAC/CEFET/ UNESP, p.5, 2004.
41
DEL PONTE, E.M.; GODOY, C.V.; Li. X; YANG, X.B. Predicting severity of
Asian soybean rust epidemics with empirical rainfall models. Phytopathology
96:797-803, 2006.
FORD, R.I. Ethnobotany: historical diversity and synthesis. In: R.I. Ford; M.
Hodge and W.L. Merril (eds.). The nature and status of ethnobotany. Annals
of Arnold Arboretum. Michigan: Museum of Anthropology, University of
Michigan, Anthropological Papers 67: 33-49, 1978.
HAMILTON, A.C.; SHENGJI, P.; KESSY, J.; KHAN, A.A.; LAGOS-WITTE, S.;
SHINWARI, Z.K. The purposes and teaching of Applied Ethnobotany.
Godalming, People and Plants working paper. 11, 2003.
HERRICK, J.W. The symbolic roots of three potent Iroquois medicinal plants.
p. 134-155. In: L. Romanucci- Ross; D.E. Moerman and L.R. Tancredi (eds.).
The antropology of medicine: From culture to method. South Hadley, J.F.
Bergin ,1983.
HITOKOTO, H.; MOROZUMI; S., WAUKE, T.; SAKAI, S.; KURATA,H. Inhibitory
effects of spices on growth and toxin production of toxigenic fungi. Applied and
Environmental Microbiology, 39: 818-822, 1980.
MARTINS, E.R; CASTRO, D.M. de; CASTELLANI, D.C.; DIAS, J.E. Plantas
Medicinais. Viçosa: UFV, 1995.
MING, L.C.; SILVA, S.M.P; SILVA, M.A.S.; HIDALGO, A.H; MARCHESE, J.A.;
CHAVES, F.C.M. Departamento de Produção Vegetal Setor Horticultura.
Faculdade de Ciências Agronômicas UNESP – Botucatu – SP, 2009
VEIGA JÚNIOR, F.V.; PINTO, A.C; MACIEL, M.A. Plantas medicinais: cura
segura? Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Campus Universitário,
Natal – RN, vol. 28, no. 3, p. 519-528, 2005
APÊNDICES
48
APÊNDICE A
Ilustrações da condução do trabalho.