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Florence Nightingale
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingleses. Possuía inteligência incomum,
tenacidade de propósitos, determinação e perseverança – o que lhe permitia dialogar com políticos e
oficiais do Exército, fazendo prevalecer suas ideias. Dominava com facilidade o inglês, o francês, o
alemão, o italiano além do grego e latim. No desejo de realizar-se como enfermeira, passa o inverno de
1844 em Roma, estudando as atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e
decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Decidida a seguir
sua vocação, procura completar seus conhecimentos que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de
Dublin dirigido pelas Irmãs de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes.
Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la Providence em Paris.
Aos poucos vai se preparando para a sua grande missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia
declaram guerra à Russia: é a Guerra da Criméia. Os soldados ingleses acham-se no maior abandono. A
mortalidade entre os hospitalizados é de 40%.Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre
religiosas e leigas vindas de diferentes hospitais. Algumas das enfermeiras foram despedidas por
incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. Florence é incomparável: estende sua
atuação desde a organização do trabalho, até os mais simples serviços como a limpeza do chão. Aos
poucos, os soldados e oficiais um a um começam a curvar-se e a enaltecer esta incomum Miss
Nightingale. A mortalidade decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e ela
será imortalizada como a “Dama da Lâmpada” porque, de lanterna na mão, percorre as enfermarias,
atendendo os doentes. Durante a guerra contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de
inválida.
Pelos trabalhos na Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, consegue iniciar
o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Enfermagem – uma Escola de Enfermagem em
1859.
Após a guerra, Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, que passou a servir
de modelo para as demais escolas que foram fundadas posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo
militar, era uma das características da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais
das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias ministradas por médicos.
Nas primeiras escolas de Enfermagem o médico foi, de fato, a única pessoa qualificada para ensinar. A ele
cabia então decidir quais das suas funções poderia colocar nas mãos das enfermeiras Florence morre a 13
de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de Enfermagem. Assim a Enfermagem surge não mais
como uma atividade empírica, desvinculada do saber especializado, mas como uma ocupação assalariada
que vem atender a necessidade de mão-de-obra nos hospitais, constituindo-se como uma prática social
institucionalizada e específica.
Juramento da Florence
“Juro, livre e solenemente, dedicar minha vida profissional a serviço da pessoa humana, exercendo a
enfermagem com consciência e dedicação; guardar sem desfalecimento os segredos que me forem
confiados, respeitando a vida desde a concepção até a morte; não participar voluntariamente de atos que
coloquem em risco a integridade física ou psíquica do ser humano; manter e elevar os ideais de minha
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profissão, obedecendo aos preceitos da ética e da moral, preservando sua honra, seu prestígio e suas
tradições.”
Apesar das dificuldades que as pioneiras de Enfermagem tiveram que enfrentar, devido à incompreensão
dos valores necessários ao desempenho da profissão, as escolas se espalharam pelo mundo, a partir da
Inglaterra. Nos Estados Unidos a primeira escola foi criada em 1873.
Em 1877 as primeiras enfermeiras diplomadas começam a prestar serviços a domicílio em Nova Iorque. As
escolas deveriam funcionar de acordo com a filosofia da Escola de Florence Nightingale, baseada em
quatro ideias-chave:
1 – O treinamento das enfermeiras deveria ser considerado tão importante quanto qualquer outra forma
de ensino e ser mantido pelo dinheiro público.
2 – As escolas de treinamento deveriam ter uma estreita associação com os hospitais, mas mantendo sua
independência financeira e administrativa.
3 – Enfermeiras profissionais deveriam ser responsáveis pelo ensino no lugar de pessoas não envolvidas
em Enfermagem.
4 – As estudantes deveriam, durante o período de treinamento, ter residência à disposição, que lhes
oferecesse ambiente confortável e agradável, próximo ao hospital.
Período colonial
A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira – compreende desde o período colonial até o final
do século XIX e analisa a organização da Enfermagem no contexto da sociedade brasileira em formação.
Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de Misericórdia, que tiveram origem em
Portugal.
A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em 1543. Em seguida, ainda no século XVI,
surgiram as do Rio de Janeiro, Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada
em 1880, com a presença de D.Pedro II e Dona Tereza Cristina. No que diz respeito à saúde do nosso
povo, merece destaque o Padre José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências e catequeses;
foi além: atendia aos necessitados do povo, exercendo atividades de médico e enfermeiro. Em seus
escritos encontramos estudos de valor sobre o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças mais
comuns.
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A terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuciosamente descritas. Supõe-se que os
Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era prestado por pessoas treinadas por eles. Não há registro a
respeito. Outra figura de destaque é Frei Fabiano de Cristo, que durante 40 anos exerceu atividades de
enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, (Séc. XVIII). Os escravos tiveram papel
relevante, pois auxiliavam os religiosos no cuidado aos doentes. Em 1738, Romão de Matos Duarte
consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. Somente em 1822, o Brasil tomou as primeiras
medidas de proteção à maternidade que se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José
Bonifácio Andrada e Silva.
A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expostos em 1822. Em 1832 organizou-se o ensino
médico e foi criada a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de
Medicina diplomou no ano seguinte a célebre Madame Durocher, a primeira parteira formada no Brasil.
No começo do século XX, grande número de teses médicas foram apresentadas sobre Higiene Infantil e
Escolar, demonstrando os resultados obtidos e abrindo horizontes a novas realizações. Esse progresso da
medicina, entretanto, não teve influência imediata sobre a Enfermagem.
Assim sendo, na enfermagem brasileira do tempo do Império, raros nomes se destacaram e, entre eles,
merece especial menção o de Ana Neri.
Ana Neri
Aos 13 de dezembro de 1814, nasceu Ana Justina Ferreira, na Cidade de Cachoeira, na Província da Bahia.
Casou-se com Isidoro Antônio Neri, enviuvando aos 30 anos. Seus dois filhos, um médico militar e um
oficial do exército, são convocados a servir a Pátria durante a Guerra do Paraguai (1864-1870), sob a
presidência de Solano Lopes.
O mais jovem, aluno do 6º ano de Medicina, oferece seus serviços médicos em prol dos brasileiros. Ana
Neri não resiste à separação da família e escreve ao Presidente da Província, colocando-se à disposição de
sua Pátria. Em 15 de agosto parte para os campos de batalha, onde dois de seus irmãos também lutavam.
Improvisa hospitais e não mede esforços no atendimento aos feridos. Após cinco anos, retorna ao Brasil,
é acolhida com carinho e louvor, recebe uma coroa de louros e Victor Meireles pinta sua imagem, que é
colocada no Edifício do Paço Municipal.
O governo Imperial lhe concede uma pensão, além de medalhas humanitárias e de campanha. Faleceu no
Rio de Janeiro a 20 de maio de 1880. A primeira Escola de Enfermagem fundada no Brasil recebeu o seu
nome.
Ana Neri como Florence Nightingale, rompeu com os preconceitos da época que faziam da mulher
prisioneira do lar.
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Os Agentes e o Espaço Hospitalar
Conceito: Segundo Florence (1889) - tem como significado o cuidado do ser humano e sua interligação
com o meio ambiente.
Com isso estabelece a observação: Ventilação; Iluminação; Calor; Limpeza; Ruídos; Odores e Alimentação
são fatores que irão influenciar diretamente no estado de saúde e/ou doença do paciente.
Ventilação
Iluminação
Calor
A enfermeira deve observar atentamente o paciente a fim de evitar que ele se resfrie, prevenindo a
perda de calor vital, essencial à recuperação.
Limpeza
Refere-se ao ambiente, pois, um quarto sujo é fonte certa de infecções, ao paciente, de quem a
higiene cuidadosa “remove matérias nocivas do sistema”. Além de proporcionar alívio e conforto.
De acordo com Florence à enfermeira, “deve estar sempre limpa” e deve “ter o cuidado de lavar as
mãos freqüentemente durante o dia”.
Odores
Alimentação
Ambiente Físico - A higiene constitui uma noção inclusa, relacionada com todos os aspectos
do ambiente físico em que se encontra o paciente;
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Ambiente Psicológico - Um ambiente negativo poderia causar estresse físico, afetando o
emocional do paciente. Recomenda-se que se ofereça ao paciente uma variedade de
atividades para manter sua mente estimulada, enfatizando a necessidade de comunicação;
• Cuidado Empírico – saber popular - requer algum ensino prático, tem por objetivo a prevenção de
doenças e pode ser praticada por todas as mulheres;
• Cuidado Científico - ciência que requer uma educação formal, organizada e científica para cuidar
dos que sofrem com a doença.
DOENÇA:
É vista como um processo restaurador, que traduz um esforço da natureza para corrigir um
processo de desgaste.
O papel da enfermeira seria de ajudar o doente a manter suas forças vitais a fim de prevenir a
doença;
SAÚDE:
Surge, neste contexto, como resultante da interação de fatores ambientais, de modo que
Nightingale a considera não apenas como o contrário de doença;
ENFERMAGEM: Função de colocar o indivíduo nas melhores condições para a natureza agir, o que
seria obtido basicamente pela ação sobre o ambiente;
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Poder: Fenômeno que atinge a todas as dimensões do convívio humano e, nas organizações sociais, suas
características como: soberania, liderança e obediência, hierarquia e subordinação, influência, prestígio e
autoridade, encontram-se em todas as relações sociais;
Sobre a escola fundada por Florence: Deveria primar pela disciplina e moral das alunas, pois era preciso
moralizar o perfil da enfermeira da época, já estereotipado por serem mulheres de reputação
questionável e que bebiam durante o trabalho;
Não era necessário o registro, porque o real significado da profissão era o seu espírito vocacional e de
submissão. Postura que, de certa forma, mostrava seu compromisso com as elites.
Como conseqüência, a profissão sai de uma fase de desmoralização social para uma outra autoritária e
preconceituosa.
O ingresso das moças no Hospital Saint Thomas exigia o máximo de elevação moral contra o mínimo de
condições educacionais.
As disciplinas eram rígidas e, por qualquer deslize, a candidata era afastada do curso. Perfil que também
existiu no Brasil na sua implantação e perdurou por muitos anos.
Ao final do século XIX, apesar de o Brasil ainda ser um imenso território com um contingente populacional
pouco elevado e disperso, um processo de urbanização lento e progressivo já se fazia sentir nas cidades
que possuíam áreas de mercado mais intensas, como São Paulo e Rio de Janeiro.
As doenças infectocontagiosas, trazidas pelos europeus e pelos escravos africanos, começam a propagar-
se rápida e progressivamente.
Para deter esta escalada que ameaçava a expansão comercial brasileira, o governo, sob pressões
externas, assume a assistência à saúde através da criação de serviços públicos, da vigilância e do controle
mais eficaz sobre os portos, inclusive estabelecendo quarentena
Revitaliza através da reforma Oswaldo Cruz introduzido em 1904, a Diretoria-Geral de Saúde Pública,
incorporando novos elementos à estrutura sanitária, como o Serviço de Profilaxia da Febre Amarela, a
Inspetoria de Isolamento e Desinfecção e o Instituto Soroterápico Federal, que posteriormente veio se
transformar no Instituto Oswaldo Cruz.
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Mais tarde, a Reforma Carlos Chagas (1920), numa tentativa de reorganização dos serviços de saúde, cria
o Departamento Nacional de Saúde Pública, órgão que, durante anos, exerceu ação normativa e executiva
das atividades de Saúde Pública no Brasil.
A formação de pessoal de Enfermagem - para atender inicialmente aos hospitais civis e militares e
posteriormente, às atividades de saúde pública - principiou com a criação, pelo governo, da Escola
Profissional de Enfermeiros e Enfermeiras, no Rio de Janeiro, junto ao Hospital Nacional de Alienados do
Ministério dos Negócios do Interior.
Esta escola, que é de fato a primeira escola de Enfermagem brasileira, foi criada pelo Decreto Federal nº
791, de 27 de setembro de 1890, e denomina-se hoje Escola de Enfermagem Alfredo Pinto, pertencendo à
Universidade do Rio de Janeiro - UNI-RIO.
A primeira diretoria foi Miss Clara Louise Kienninger, senhora de grande capacidade e virtude, que soube
ganhar o coração das primeiras alunas. Com habilidade fora do comum, adaptou-se aos costumes
brasileiros. Os cursos tiveram início em 19 de fevereiro de 1923, com 14 alunas. Instalou-se pequeno
internato próximo ao Hospital São Francisco de Assis, onde seriam feitos os primeiros estágios. Em 1923,
durante um surto de varíola, enfermeiras e alunas dedicaram-se ao combate à doença. Enquanto nas
epidemias anteriores o índice de mortalidade atingia 50%, desta vez baixou para 15%.
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Por Decreto nº 10.925, de 7 de junho de 1933 e iniciativa de Dr. Ernani Agrícola, diretor da Saúde Pública
de Minas Gerais, foi criado pelo Estado a Escola de Enfermagem "Carlos Chagas", a primeira a funcionar
fora da Capital da República. A organização e direção dessa Escola coube a Laís Netto dos Reys, sendo
inaugurada em 19 de julho do mesmo ano. A Escola "Carlos Chagas", além de pioneira entre as escolas
estaduais, foi a primeira a diplomar religiosas no Brasil.
Fundada e dirigida por Irmã Matilde Nina, Filha de caridade, a Escola de Enfermagem Luisa de Marillac
representou um avanço na Enfermagem Nacional, pois abria largamente suas portas, não só às jovens
estudantes seculares, como também às religiosas de todas as Congregações. É a mais antiga escola de
religiosas no Brasil e faz parte da União Social Camiliana, instituição de caráter confessional da Província
Camiliana Brasileira.
Fundada em 1939 pelas Franciscanas Missionárias de Maria, foi a pioneira da renovação da enfermagem
na Capital paulista, acolhendo também religiosas de outras Congregações. Uma das importantes
contribuições dessa escola foi início dos Cursos de Pós-Graduação em Enfermagem Obstétrica. Esse curso
que deu origem a tantos outros, é atualmente ministrado em várias escolas do país.
Fundada com a colaboração da Fundação de Serviços de Saúde Pública (FSESP) em 1944, faz parte da
Universidade de São Paulo. Sua primeira diretora foi Edith Franckel, que também prestara serviços como
Superintendente do Serviço de Enfermeiras do Departamento de Saúde. A primeira turma diplomou-se
em 1946.
Cruz Vermelha
A Cruz Vermelha Brasileira foi organizada e instalada no Brasil em fins de 1908, tendo como primeiro
presidente o médico Oswaldo Cruz. Destacou-se a Cruz Vermelha Brasileira por sua atuação durante a I
Guerra Mundial (1914-1918).
A Cruz Vermelha é uma organização internacional, sem fins lucrativos, cujo objectivo principal é prestar
socorro e assistência às pessoas vítimas de maus tratos.
Entidades de Classe
Associação Brasileira de Enfermagem – ABEn
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• Sociedade civil sem fins lucrativos, que congrega enfermeiras e técnicos em enfermagem, fundada
em agosto de 1926, sob a denominação de "Associação Nacional de Enfermeiras Diplomadas Brasileiras".
• É uma entidade de direito privado, de caráter científico e assistencial regida pelas disposições do
Estatuto, Regulamento Geral ou Regimento Especial.
• Em 1929, no Canadá, na Cidade de Montreal, a Associação Brasileira de Enfermagem, foi admitida
no Conselho Internacional de Enfermeiras (I.C.N). Por um espaço de tempo a associação ficou inativa
• Em 1944, um grupo de enfermeiras resolveu reerguê-la com o nome Associação Brasileira de
Enfermeiras Diplomadas.
• Seus estatutos foram aprovados em 18 de setembro de 1945.
• Foram criadas Seções Estaduais, Coordenadorias de Comissões.
• Ficou estabelecido que em qualquer Estado onde houvesse 7 (sete) enfermeiras diplomadas,
poderia ser formada uma Seção.
Finalidades da ABEN
Sistema COFEN/COREN'S
• Criação - Em 12 de julho de 1973, através da Lei 5.905, foram criados os Conselhos Federal e
Regionais de Enfermagem.
• Constituindo em seu conjunto Autarquias Federais, vinculadas ao Ministério do Trabalho e
Previdência Social.
• O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos disciplinadores do exercício da Profissão
de Enfrmeiros , e Técnicos de Enfermagem e Auxiliares de Enfermagem.
• Em cada estado existe um Conselho Regional os quais estão subordinados ao Conselho Federal,
que é sediado em Brasília.
Direção
Os Conselhos Regionais de Enfermagem, são dirigidos pelos próprios inscritos, que formam uma chapa e
concorrem a eleições.
O mandato dos membros do COFEN/COREN's é honorífico e tem duração de três anos, com direito
apenas a uma reeleição.
A formação do plenário do COFEN é composta pelos profissionais que são eleitos pelos Presidentes dos
CORENs.
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Receita - A manutenção dos Sistemas COFEN/CORENs é feita através da arrecadação de taxas
emolumentos por serviços prestados, anuidades, doações , legados e outros, dos profissionais inscritos
nos CORENs.
Finalidade - São entidades públicas de direito privado vinculadas ao Poder Executivo, na esfera da
fiscalização do exercício profissional.
O objetivo primordial é zelar pela qualidade dos profissionais de Enfermagem, pelo respeito ao Código de
Ética dos Profissionais de Enfermagem e cumprimento da Lei do Exercício Profissional.
Competências
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• Área disciplinar normativa - estabelecendo critérios de orientação e aconselhamento, para
o exercício de Enfermagem, baixando normas visando o exercício da profissão, bem como
atividade na área de Enfermagem nas empresas, consultórios de Enfermagem, observando
as peculiaridades atinentes à classe e a conjuntura de saúde do país.
Postura Profissional
Módulo II
Teorias de Enfermagem
O que é teoria?
Sua Utilidade?
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“As teorias de enfermagem servem para descrever, explicar, diagnosticar e/ou prescrever medidas
referentes ao cuidado de enfermagem. O trabalho cientifico envolvido no desenvolvimento da teoria é tal
que, uma vez identificado que uma destas teorias é relevante para uma ciência tal como a enfermagem,
ela oferece justificativa ou razão bem fundamentada sobre como é por que os enfermeiros realizam
determinadas intervenções.” (POTTER E PERRY;2006) .
CONCEITOS - São formulações mentais de um objeto ou evento que resulta da experiência da percepção
individual.
SUPOSIÇÕES - São afirmações que descrevem conceitos ou que ligam dois conceitos que sejam reais.
Suposições são as afirmações “tomadas como certas” que determinam a natureza dos conceitos,
definições finalidades, relações e estrutura da teoria.
Tipos de Teoria
A Enfermagem como ciência deve estar pautada em uma ampla estrutura teórica, aplicada à prática por
meio do Processo de Enfermagem.
O Processo de Enfermagem deve ser guiado por uma teoria de Enfermagem, o que tornará mais
operacionalizáveis os resultados da assistência.
Pirâmide de Maslow
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Segundo Maslow, o homem é motivado segundo suas necessidades que se manifestam em graus de
importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as
necessidades finais.
- Cuidado de Excelência;
- Ciência da Enfermagem;
- Ciências Sociais;
- Ciências Físicas;
- Políticas de Saúde;
- Ciências Biomédicas.
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Teoria Ambiental -> F. Nightingale (1860)
Teoria das Necessidades Básicas -> Virginia Henderson (1955)
Teoria do Autocuidado -> Dorothea Orem (1971)
Teoria da Adaptação -> Callista Roy (1979)
Teoria das Relações Interpessoais -> Hildegard Peplau (1952)
Teoria Holística -> Myra Levine (1967)
Teoria do Modelo Conceitual do Homem -> Martha Rogers (1970)
Teoria das Necessidades Humanas Básicas – Wanda Horta (1970)
Teoria do Alcance dos Objetivos -> Imogenes King (1970)
Teoria do Cuidado Transpessoal-> Jean Watson (1979 )
Teoria do Cuidado Transcultural-> Madeleine M. Leininger (1978)
Teoria da Ajuda Mútua -> P. Benner e J. Wrubel (1989)
ATENÇÃO!!!
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Teoria Ambiental – Florence Nightingale
Foco: Ambiente;
Homem: Indivíduo cujas defesas naturais são influenciadas por um ambiente saudável ou não;
Ambiente: Condições externas capazes de prevenir doenças, suprimí-las ou contribuir para elas;
Homem: indivíduo com necessidades humanas com significado e valor singular a cada pessoa;
Saúde: capacidade para satisfazer as necessidades básicas humanas (físicas, psicológicas e sociais);
Enfermagem: Assistência temporária a um indivíduo que possua dificuldades para satisfazer uma ou mais
necessidades básicas.
Foco: Autocuidado;
Homem: Individuo que utiliza o autocuidado para manter a vida e a saúde, recupera-se da doença e
consegue enfrentar seus defeitos;
Ambiente: elementos externos com os quais o homem interage em sua luta para manter o autocuidado.
Homem: ser social, mental, espiritual e físico, afetado por estímulos do ambiente interno e externo;
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Enfermagem: Arte humanitária e ciência em expansão que manipula e modifica os estímulos de modo a
promover e facilitar a capacidade adaptativa do homem.
Homem: Indivíduo que luta para reduzir a tensão gerada pelas necessidades;
Saúde: é um símbolo que implica movimentos relacionados à personalidade e outros processos humanos
em curso, na direção de uma vida criativa, produtiva, pessoal e comunitária;
Foco: Homem;
Homem: indivíduo como um todo dinâmico, em constante interação com o ambiente dinâmico;
Saúde: Resposta sistêmica do homem ao meio ambiente mantendo e defendendo o seu todo;
- Apresentar conceitos sobre o homem, sobre a enfermagem como ciência e como prática;
- Apresenta postulados para fundamentar o sistema teórico da enfermagem;
- A preparação da teoria foi motivada por uma convicção profunda da necessidade de uma crítica da
prática da enfermagem e de se estar fundamentada por conhecimentos efetivos para promover cuidados
de enfermagem seguros.
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Teoria das Necessidades Humanas Básicas - Wanda Horta
Foco: Homem;
Homem: Ser capaz de reflexão está em constante interação com o universo trocando energia;
Ambiente: a dinâmica do universo provoca mudanças que levam o homem a estados de equilíbrio e
desequilíbrio no tempo e no espaço;
Enfermagem: Assistir ao ser humano no atendimento das necessidades básicas, torná-lo independente
dessa assistência pelo ensino do autocuidado, recuperar, manter e promover a saúde com outros
profissionais =Processo de Enfermagem.
Abraham Maslow foi um psicólogo de grande destaque por causa de seu estudo relacionado às
necessidades humanas.
Segundo Maslow, o homem é motivado segundo suas necessidades que se manifestam em graus de
importância onde as fisiológicas são as necessidades iniciais e as de realização pessoal são as
necessidades finais.
Homem: O indivíduo constitui sistemas abertos, em constante interação com seu meio ambiente;
Saúde: Experiências dinâmicas de vida de um ser humano que implicam ajustamentos contínuos a
estressores, no ambiente interno e externo, através de uso adequado dos recursos próprios para alcançar
o máximo potencial para a vida diária;
Enfermagem: Estabelecer relação interpessoal, intergrupal e social para alcançar objetivos de saúde ou
ajustamento aos problemas de saúde do indivíduo.
Trata-se de uma teoria que propõe intervenção consciente nos cuidados, potencializando a cura e a
integridade. Não descarta a ciência convencional ou práticas de enfermagem modernas, mas é um
complemento às mesmas.
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Descreve a conscientização voltada ao levantamento de quaisquer questões sobre o que significa cuidar,
estar enfermo e ser cuidado/curado.
Prioriza a preservação da saúde e procura meios para proteger, melhorar e preservar a dignidade,
humanidade, integridade e harmonia interior de uma pessoa;
Os focos da Teoria são: enfermagem, caracterizada por cuidar como um imperativo ético e moral de
relação transpessoal, as pessoas tidas como um todo, isto é, seres com mentes, emoções e corpo (como
sujeito, tempo e espaço);
A saúde, vista experiência subjetiva de unidade e harmonia de mente, corpo e espírito associados; e meio
ambiente a cujas atitudes de cuidar podem ser transmitidas.
A Teoria do Cuidado Transpessoal apresenta 10 (dez) fatores de cuidado, os quais são a base para o
cuidado transpessoal em sua visão holística. Abordam o ser humano como um todo biológico social e
espiritual unido, que não pode ser fragmentado, e leva em consideração o profissional de enfermagem
como ser humano.
2) estimulação da fé-esperança;
8) provisão de um ambiente mental, físico, sociocultural e espiritual sustentador, protetor e/ou corretivo;
Para a Enfermagem: Precisa conhecer as necessidades dos indivíduos, como responder aos outros, as
forças e limitações do cliente e de seus familiares.
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Teoria do Cuidado Transcultural - Madeleine M. Leininger
Conceito: Esta relacionada às transformações ocorridas na junção de duas culturas distintas, intercultural.
Para esta teoria o enfoque cultural significa e demonstra os comportamentos de cuidar em diferentes
culturas, os quais correspondem, em última análise, ao modo de ser de cada um.
Leninger construiu sua teoria com base na crença de que os povos de cada cultura são capazes de
conhecer e definir as maneiras, através das quais eles experimentam e percebem seu cuidado de
Enfermagem, sendo também capazes de relacionar essas experiências e percepções às suas crenças e
práticas gerais de saúde.
Para ela, o cuidado é uma necessidade humana essencial para o total desenvolvimento e manutenção da
saúde e sobrevivência dos seres humanos em todas as culturas do mundo. O cuidado é a essência da
Enfermagem e também o seu foco único, unificador e dominante. Para ela não existe cura sem cuidado.
Preservação do cuidado cultural: as ações da enfermagem precisam apoiar, facilitar ou capacitar o cliente
para restabelecimento da saúde ou enfrentamento da morte.
Cuidar: é um verbo que se refere a ações de assistir, ajudar, facilitar o outro individuo ou grupo, com
necessidades evidentes ou que podem ser antecipadas, que levam a melhorar ou aperfeiçoar uma
condição humana ou modo de vida.
Cuidado: substantivo que se refere às atividades empregadas na assistência, ajuda ou facilitação desse
individuo ou grupo com necessidades evidentes ou antecipadas, a fim de melhorar a condição ou modo
de vida humana ou para se defrontar com a morte.
Pessoa/ Ser Humano: Um ser que apresenta comportamentos de cuidar/cuidado que variam segundo as
culturas, porém é universalmente um fenômeno humano. As pessoas se caracterizam por padrões de
cuidar/cuidado.
Pessoas expressam cuidado de acordo com valores.
Saúde: Fala se saúde, doença e bem-estar – são culturais e baseados em valores. O cuidado é um
processo. A cura não existe sem o cuidar.
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Meio Ambiente: O ambiente influencia a forma de expressar cuidar/cuidado assim como política, religião,
parentesco e valores culturais. O cuidado é um construto social.
O cuidar é central para que a enfermagem crie possibilidades de enfrentamento, permite possibilidades
de conexão com a pessoa e preocupação com os outros, e permite dar e receber ajuda (Chinn e Kramer,
2011). O cuidar significa que pessoas, eventos, projetos e coisas são importantes para alguém. Esta teoria
apresenta uma conexão e representa uma ampla gama de envolvimento (p.ex, preocupar-se com a
família de uma pessoa, amizades dela, e os pacientes de alguém).
Benner e Wrubel entendem a preocupação pessoal como uma característica inerente a prática de
enfermagem. Ao cuidar de seus pacientes, as enfermeiras ajudam os mesmos a se recuperarem
observando as intervenções que são bem-sucedidas e que orientam a prestação de cuidados do futuro.
Características
A estrutura básica da abordagem da Benner e Wurbel é que a prática de enfermagem é uma "arte de
cuidar", baseado na ética. O mundo gira em torno principalmente da percepção ética e de um "universo
de significado", que está na raiz de termos como "saúde" ou "doença".
Em muitos casos, estes termos são relativos à situação que o paciente se encontra em, especialmente o
estado mental do paciente. Os significados de "cuidado", "expertise" e "saúde" são incorporados na
prática. Cuidado neste contexto significa ajudar o paciente "lidar" com todas as tensões da doença, em
vez de apenas seguir o procedimento clínico.
Função
O resultado real desta teoria para a enfermagem é que toda prática de enfermagem está situada além da
prática de cuidados físicos. O corpo do paciente é mais do que apenas um conjunto de variáveis
anatômicas, mas também é uma parte de um mundo social e mental mais amplo, que é tanto uma parte
da "saúde" como anatomia. A paz de espírito, por exemplo, pode ser tão valiosa como a saúde real, clínica
e física.
Os seres humanos são seres holísticos integrados. Deve se abandonar a divisão de corpo-mente.
O conhecimento clínico da enfermagem depende de até que ponto suas habilidades profissionais marcam
uma diferença entre os cuidados prestados e os resultados do paciente.
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