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Santaella define mídias como um conceito histórico, nos anos 80, apenas as agências de

publicidade, onde é definido: “No sentido mais restrito, mídia se refere especificamente
aos meios de comunicação de massa, especialmente aos transmissores de informação.
(...) também podemos chamar de mídias todos os meios de que a publicidade se serve,
desde outdoors até as mensagens publicitárias veiculadas por jornal, rádio e TV."
(SANTAELLA, 2003), ou seja, a concepção de mídia está relacionada ao meio de
circulação da comunicação.
Depois disso, o termo se popularizou. Dos anos 70 para 80, o termo cultura de massa
começou a disputar espaço com algo novo, que colocava em crise a mesma, pelo
surgimento de aparelhos que circulavam de forma acessível, os quais, inclusive, a autora
compara com vírus. O fato é que os aparelhos começaram a penetrar a comunicação, e
modifica-la. A tv, o walkmen, dentre outros abriam espaço para que o receptor
escolhesse o que consumir, “preparando o terreno pra cibercultura”, segundo a autora.
A cultura das mídias, nesse sentido não se caracterizava como mídia massiva pelo
surgimento de receptores capazes de filtrar a sua recepção de mensagens, afastando-se
do conceito de massa anteriormente “vigente”, atuando desta forma como um período
transitório entre a cultura de massas e cibercultura, ou cultura digital, a qual estamos sob
dominância atualmente. Nesse sentido, o surgimento de novos equipamentos, segundo a
autora, propiciou novas formas comunicacionais, que romperam com a exclusividade da
era massiva. Dentro desse contexto, surge também o conceito de novas mídias.
Na sua análise, Santaella define como novas mídias, os processos comunicacionais
mediados por computador, como por exemplo os livros digitais, os conteúdos de
websites, visto que esses são mídias como as demais, porém apresentam consequências
mais profundas que as anteriores. Diante disso, a autora conceitua a cultura das massas
(SANTAELLA, 1992) como " Uma dinâmica cultural que ia se distinguindo da cultura
de massas, devido justamente ao aparecimento das novas tecnologias segmentadoras,
diversificadoras, capazes de uma maior adequação a um público mais individualizado
(...)
Conclui-se, desta forma, que a distinção entre as culturas discutidas pela autora podem
ser definidas em pontos nos quais se distanciam e se especificam, porém, a continuidade
dos mesmos fazem com que a sociedade viva em um hibridismo cultural, onde
Santaella, inclusive retoma um conceito de Canclini (1977), reforçando a ideia de que
“as culturas são fronteiriças, fluidas, desterritorializadas” (SANTAELLA, 2003). Sendo
assim, as eras culturais e comunicacionais são complementares, e não desconsideram o
caráter polissêmico das realidades.

Vídeo do canal lucilapesce, Cultura das Mídias e Educação, publicado em 2009.


Livro: SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós-humano
Da cultura das mídias à cibercultura (2003)

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