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PLANO DE NEGÓCIOS
BMS, LDA.
MARÇO 2016
Contabilidade e Empreendedorismo
PLANO DE NEGÓCIOS
BMS, LDA.
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Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3
Conclusão ....................................................................................................................... 22
Bibliografia ..................................................................................................................... 23
Índice Ilustrações
Figura 1 - Análise de Mercado ....................................................................................... 12
Figura 2 - Análise SWOT ............................................................................................... 15
Figura 3 - Gráfico de Gantt ............................................................................................ 18
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Introdução
Segundo Sebrae, um plano de negócio é um documento que descreve por escrito
os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam
alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar
e restringir os seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.
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1. O plano de negócios: criar e dar início aos empreendimentos
Um plano de negócios é uma ferramenta que permite observar a real situação do
mercado para o produto ou serviço que se pretende negociar.
Na maior parte dos casos as pessoas pensam num plano de negócios como algo
necessário para começar uma empresa, candidatar-se a um empréstimo ou encontrar
investidores. É verdade que tudo isto é importante mas serve para muito mais.
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- A fundamentação da ideia/Projeto, face ao mercado subjacente, ou seja, porque
acreditamos que a ideia terá sucesso;
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Plano de Reestruturação (ou “Turnaround-Plan”)
É um plano de Negócio que inclui um sumário, as chaves para o seu sucesso e
uma estrutura muito semelhante aos anteriores. Este plano deverá incluir todos os
fundamentos de um Plano global. No entanto, um Plano de Viabilização de uma Empresa,
embora possa incluir o lançamento de novas ideias/produtos, deverá estar mais focado
em outras componentes desse mesmo exercício, tais como:
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i. O processo de elaboração do plano de negócio
A elaboração do plano de negócios é uma oportunidade para o empreendedor
analisar e refletir sobre todas as facetas da empresa e a sua coerência conjunta, numa
visão integrada do empreendimento.
É importante que o empreendedor perceba que um projeto não vale apenas pelos
seus méritos técnicos mas sobretudo pelo seu potencial de mercado e pela capacidade de
empreendedor captar o interesse dos financiadores.
- Capa e índice;
- Introdução/sumário executivo;
- Apresentação de negócio;
- A estratégia da empresa;
- Plano/Calendário de implementação;
- Anexos.
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Capa
A capa é a primeira impressão que o leitor do plano de negócios terá. Por isso,
deve-se sempre ter cuidado e adequar a capa ao estilo da empresa e à ideia que queremos
transmitir dela. Deve ser clara e objetiva, contendo todas as informações necessárias:
Nome da empresa;
Endereço da empresa;
Telefone da empresa;
Logótipo;
Nomes, endereços e telefones dos proprietários da empresa;
Mês e ano em que o plano foi feito;
Número da cópia (por exemplo: cópia 2 de 10);
Nome do escritor do plano de negócios.
Índice
O plano de negócios tem sempre um número de páginas que justificam
perfeitamente o uso de um índice. Por isso, deve ter todas as divisões e respetivas páginas,
sem esquecer os anexos.
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Apresentação do negócio
A forma mais eficaz de apresentar um negócio é descrever a oportunidade que o
empreendedor identificou – isto é, o problema a receber ou a necessidade a satisfazer – e
depois descrever como o negócio vai ser direcionado para satisfazer a necessidade. A
descrição da oportunidade deve ser seguida de uma breve história da empresa, da missão,
da visão e dos objetivos da empresa. Uma explicação da vantagem competitiva da
empresa e uma breve descrição do modelo de negócios deve seguir-se. Por fim deve
discutir qualquer tipo de propriedade internacional que a empresa possua, incluindo
patentes, marcas, direitos de autores, etc. A propriedade intelectual é a base para a
avaliação da vantagem competitiva de muitas empresas empreendedoras, mais
significativamente para as novas empresa de base tecnológica.
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A análise do meio envolvente e da indústria
Na análise do meio envolvente o empreendedor descreve e analisa o ambiente em
que a empresa vai operar. O objetivo é identificar os elementos que podem afetar as
operações da empresa. O que devemos observar ao analisar o ambiente? Nesta análise, o
empreendedor deve observar as várias dimensões ambientais:
- Demográficos:
- Culturais:
Este inclui mudanças nos valores e normas dominantes, nos estilos de vida, nas atitudes
a respeito do trabalho, nas crenças e práticas religiosas, nos hábitos e costumes;
- Ambientais:
- Tecnológicas:
- Económicas:
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- Político-legais:
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O próximo passo desta fase é a projeção de vendas, baseada também na análise de
mercado.
Na análise de negócios deve se mostrar que conhece bem o mercado para o qual
se pretende entrar, os seus possíveis clientes e concorrentes e, sempre que possível,
comprovar com dados quantitativos ou estatísticos.
Deve ser realizada uma análise ao setor onde sua empresa está inserida, indicar a
sua dimensão, estabilidade, taxa de crescimento, bem como as estratégias gerais que estão
a ser tomadas pelos concorrentes. Por vezes mercados em mudança podem significar o
aparecimento de oportunidades para novas empresas.
O importante é saber quem está a comprar, o que está a comprar e porque é que
está a comprar o seu produto.
Produto
O que está a comprar?
Porque está a comprar? - Recursos
- Utilidade - Embalagem
- Características -Preço
-Entrega
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A estratégia da empresa
O plano de negócios deve conter uma parte dedicada a estratégia que a empresa
irá seguir, onde se especifique a visão, missão, objetivos da empresa, a diferenciação do
negócio, a análise SWOT e a estratégia adotada face ao mercado alvo e aos concorrentes.
Uma estratégia deve ser sempre orientada por objetivos, acompanhando sempre a
visão e a missão que os empreendedores definiram para a empresa.
A missão permite que a organização tenha uma visão de onde quer chegar. Uma
missão suficientemente desafiadora. A missão de qualquer empresa consiste nas
necessidades e expectativas dos clientes, na excelência da tecnologia, na capacidade de
produção, na resposta rápida, na flexibilidade produtiva e nos cumprimentos dos prazos
de entrega. Assim como uma boa responsabilidade social e ambiental.
A visão consiste num plano, uma ideia que descreve o que a organização quer
realizar objetivamente nos próximos anos de existência.
Qual o objetivo?
Qual a força que nos impulsiona?
Quais os valores básicos?
O que pretendemos fazer melhor?
O que desejamos realizar?
O que gostaríamos de mudar?
- Mensuráveis;
- Atingíveis;
- Relevantes;
- Temporais.
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Na elaboração da estratégia da empresa é preciso ter em conta a análise SWOT
uma vez que esta permite analisar o meio envolvente. Esta análise funciona como uma
ferramenta para examinar uma empresa e os fatores que influenciam o seu funcionamento.
Forças
As forças é tudo aquilo que está relacionado às vantagens que a empresa possui
em relação às empresas adversárias. Para definir as forças podemos analisar o seguinte:
- Qualidade do produto;
- Originalidade do produto;
- Eficiência do transporte.
Fraquezas
As fraquezas relacionam-se com as desvantagens da empresa. Para determinar as
fraquezas de uma empresa podemos ter em conta os mesmos aspetos das forças.
Oportunidades
As oportunidades de uma empresa é tudo aquilo que beneficia a empresa mas que
a empresa não pode controlar. Temos como exemplos:
- Índices económicos;
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Ameaças
As ameaças relativamente a uma empresa consistem em aspetos externos à
entidade e que podem colocar o resultado da empresa em risco, se não forem tratadas
minuciosamente.
Para enfrentar as ameaças é necessário fazer estudos, tal como nas oportunidades,
para assim poderem ser definidas estratégias de modo a conseguir manter inabaláveis os
resultados pretendidos.
Análise SWOT
FORÇAS
160
140
120
100
80
60
40
20
AMEAÇAS 0 FRAQUEZAS
OPORTUNIDADES
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O plano de organização e de recursos humanos
Uma empresa não funciona sem recursos humanos, por isso, também no plano
deve ser descrito os planeamentos das necessidades dos recursos humanos, as
competências que cada um deve possuir e as suas tarefas. Assim, é fundamental ter no
plano de negócio uma parte dedicada a apresentação da equipa de trabalho, do perfil
desejado, das tarefas distribuídas, da estrutura organizacional expor exemplo de um
programa de formação dos colaboradores.
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O plano económico- financeiro
O plano económico-financeiro traduz as capacidades da nova empresa
relativamente à viabilidade financeira e à probabilidade de sucesso, por isso deve ser
sempre introduzido nesta parte do plano todos os aspetos relativos ao plano do
investimento e financiamento, explicações de como serão usados os fundos, as projeções
financeiras, demonstrações de resultados, balanços e mapas de fluxo de caixa. Deve ainda
incluir um orçamento de tesouraria e uma análise do ponto crítico de vendas. Os
indicadores de gestão servem sobretudo para ver a credibilidade do negócio, nunca
esquecendo que os planos de negócios devem possuir projeções realistas uma vez que a
empresa será sempre confrontada pela os investidores e elas devem apresentar respostas
verídicas.
No plano de investimento há uma distinção das rubricas onde serão feitos os
investimentos e quais os montantes envolvidos.
Na parte do plano de financiamento há uma descrição dos recursos financeiros que a
empresa precisa e quais são as fontes de financiamento. As fontes de financiamento são,
por exemplo, as poupanças, empréstimos de familiares e amigos e/ou financiamentos
externos.
Por último, deve ser feita uma análise à sensibilidade, que consiste num exercício
de construção de cenários que permite aferir a credibilidade e a viabilidade do negócio
quando alguns fatores sofrem variações, por exemplo, as vendas, o preço de vendas e / ou
os certos custos.
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Plano/Calendário de implementação
“As ideias e as estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua
execução.” Percy Barnevick, ex-presidente da ABB.
Anexos
Nos anexos um empreendedor deve sempre incluir todas as informações que acha
relevante e que por qualquer motivo não foi incluída nas outras partes do plano de
negócio. Os anexos são por exemplo todos os estudos de marketing ou de mercado que
não foram incluídos no desenvolvimento do guia, ou também currículos dos
empreendedores e/ou projeções financeiras
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ii. O porquê de alguns planos falhar
É certo que um plano de negócios ajuda uma empresa a vingar-se no mercado
contudo, nem sempre as coisas correm pelo melhor e como “Errar é Humano”, os planos
também falham. Na causa destas falhas estão os seguintes aspetos:
ausência de um mercado com tamanho definido é fator excludente. Não se deve avançar
sem que esta dimensão tenha sido definida sobre ao menos uma fonte de consulta.
inimigos que têm de ser vencidos para fazer as primeiras vendas e dar-lhes continuidade..
Para o investidor será fundamental demonstrar que o empreendedor tem uma certa
modéstia e, especialmente na fase inicial do projeto, que tem feito um estudo para
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4. Não definir a visão estratégica
síndrome recorrente: a falta de uma visão estratégica. O que se espera é que haja um
chega de discutir o plano de negócios. Para partilhar o projeto e permitir que os parceiros
acreditem nele, deve-se ir às vendas uma vez que elas fazem parte do plano
6. Não considerar o crescimento um processo natural, normal (“agora que temos um plano
o crescimento virá”)
primeiros anos será completamente caótico, com passagens mais complexas para
negociar do que apenas ganhar força nas vendas. É possível afirmar que a empresa
empresário como ele irá comunicar com o seu mercado, promover o seu produto, dar uma
boa visibilidade em relação à sua concorrência. Para resposta será obtido o seguinte:
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8. Destruir uma equipa de vencedores
Existem várias maneiras do líder destruir a sua credibilidade junto à sua equipa.
Aqui estão alguns modelos clássicos: radicais integradores (creem que são inteligentes o
suficiente para não precisar ouvir ninguém), ditadores joviais (imensa teoria a definir a
sua formação, quando o seu ego e falta de pragmatismo forem confrontadas a sua equipa
vai odia-lo), visionário isolado (o núcleo duro de um novo projeto é a equipa, ninguém
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Conclusão
O plano de negócios de uma empresa tem três grandes funções:
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Bibliografia
Dornelas, José, “Capítulo 5 – Dilema 4 – Livro Empreendedorismo”. Acedido pela última
vez em 28/02/2016 em http://www.josedornelas.com.br/artigos/capitulo-5-dilema-4-
livro-empreendedorismo/.
Prado, Lauro Jorge (2002) “Você precisa de um plano de negócios?”, Biblioteca temática
do empreendedor,
http://www.bte.com.br/download/Iniciação%20Empresarial\Plano%20de%20Negó
cio/197_1_arquivo_plano.pdf
Dornelas, José, “Como fazer a descrição dos Produtos e Serviços do seu Plano de
Negócios”
http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=29
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Figueiredo, A. Dias, (1995) “Sistemas de Informação Capítulo 3 - Técnicas para análise
do negócio”
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