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Contabilidade e Empreendedorismo

PLANO DE NEGÓCIOS
BMS, LDA.

Bárbara Gabriela Oliveira Carvalho


Sílvia Rosária Teixeira Ribeiro

MARÇO 2016
Contabilidade e Empreendedorismo

PLANO DE NEGÓCIOS
BMS, LDA.

Trabalho solicitado pela professora Celeste Pinto, apresentado no âmbito da


disciplina de Gestão Estratégica e Empreendedorismo como parte dos
requisitos para avaliação sumativa.

1
Índice
Introdução ......................................................................................................................... 3

1. O plano de negócios: criar e dar início aos empreendimentos .................................. 4

Tipos de Planos de negócio .......................................................................................... 4

Plano Inicial (“Start-up Plan” ou “Early Stage Plan”) .............................................. 4

Plano de Crescimento ou Plano de Expansão ........................................................... 5

Plano de Reestruturação (ou “Turnaround-Plan”) .................................................... 6

i. O processo de elaboração do plano de negócio ..................................................... 7

Elementos de um plano de negócios ......................................................................... 7

ii. O porquê de alguns planos falhar ........................................................................ 19

Conclusão ....................................................................................................................... 22

Bibliografia ..................................................................................................................... 23

Índice Ilustrações
Figura 1 - Análise de Mercado ....................................................................................... 12
Figura 2 - Análise SWOT ............................................................................................... 15
Figura 3 - Gráfico de Gantt ............................................................................................ 18

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Introdução
Segundo Sebrae, um plano de negócio é um documento que descreve por escrito
os objetivos de um negócio e quais passos devem ser dados para que esses objetivos sejam
alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. Um plano de negócio permite identificar
e restringir os seus erros no papel, ao invés de cometê-los no mercado.

Assim, o Plano de Negócio pode ser definido como um documento de


planeamento, elaborado de acordo com as necessidades de cada empreendimento, capaz
de mostrar toda a viabilidade e estratégias deste, do ponto de vista estrutural,
administrativo, estratégico, mercadológico, técnico, operacional e financeiro.

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1. O plano de negócios: criar e dar início aos empreendimentos
Um plano de negócios é uma ferramenta que permite observar a real situação do
mercado para o produto ou serviço que se pretende negociar.

O plano de negócios de uma empresa tem três grandes funções:

1. Durante a sua elaboração, ajudar o empreendedor a compreender as várias vertentes do


seu negócio (mercado, produto, modelo de financiamento, modelo de negócios, e riscos);

2. Guiar o desenvolvimento da empresa a curto, médio e longo-prazo mediante um


conjunto de objetivos previamente estabelecidos e acordados;

3. Ser um apoio para apresentação da empresa a outras partes interessadas (investidores,


parceiros,).

Na maior parte dos casos as pessoas pensam num plano de negócios como algo
necessário para começar uma empresa, candidatar-se a um empréstimo ou encontrar
investidores. É verdade que tudo isto é importante mas serve para muito mais.

Quando usamos o plano de negócios devemos fazer a aplicação do que


pretendemos, por exemplo:

- Definir e fixar objetivos, e a forma como o conseguir;

- Apoio à identificação e discussão de financiamentos;

- Estabelecer o valor do negócio em caso de venda ou para efeitos legais;

- Avaliar uma nova linha de produto, promoção ou crescimento.

Tipos de Planos de negócio


Plano Inicial (“Start-up Plan” ou “Early Stage Plan”)
Este plano define as linhas gerais de uma nova ideia de negócio. Este plano
examinará vários tópicos tais como o tipo de empresa, o produto ou serviço para o qual
está vocacionado, o mercado, eventuais exportações, estratégia de implementação, a
equipa de gestão e a análise financeira.

Algumas componentes são especialmente importantes, dado que se trata de um


Plano para suportar uma ideia ou negócio não existente, por exemplo:

4
- A fundamentação da ideia/Projeto, face ao mercado subjacente, ou seja, porque
acreditamos que a ideia terá sucesso;

- A fundamentação técnica da ideia, no caso de produtos, etc.;

- A credibilidade e experiência da equipa ao nível técnico e de gestão.

Plano de Crescimento ou Plano de Expansão


Este plano focar-se-á numa área específica de negócio ou num negócio
secundário. Estes planos podem ou não ser planos internos, dependendo se são ou não
dirigidos para a procura de novos financiamentos.

Um plano interno, usado para estabelecer as linhas de crescimento ou expansão


com recurso à própria empresa, poderá não conter os detalhes financeiros de toda a
empresa, mas deverá conter, no mínimo, o conjunto de Demonstrações Financeiras que
se fariam para um Start-up Plan, orientados à nova ideia/produto. No entanto, um Plano
de Expansão que requeira novos investimentos deverá incluir uma descrição exaustiva da
empresa e o background da equipa de gestão, bem como um plano de apresentação do
novo projeto/ideia para novos investidores, com as respetivas Demonstrações
Financeiras.

Neste caso, recomenda-se que o Plano seja estruturado de forma específica, ou


seja:

- Explicar e analisar a nova ideia/produto como um negócio autónomo;

- Assumir todos os proveitos e custos específicos da nova área;

- A fundamentação da experiência passada da Empresa e da Equipa é decisiva, para


demonstração da experiência concreta da Gestão da mesma e dos fundamentos
operacionais de suporte ao novo projeto.

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Plano de Reestruturação (ou “Turnaround-Plan”)
É um plano de Negócio que inclui um sumário, as chaves para o seu sucesso e
uma estrutura muito semelhante aos anteriores. Este plano deverá incluir todos os
fundamentos de um Plano global. No entanto, um Plano de Viabilização de uma Empresa,
embora possa incluir o lançamento de novas ideias/produtos, deverá estar mais focado
em outras componentes desse mesmo exercício, tais como:

- Um Plano de Implementação bastante mais detalhado e concreto, dado que se destina a


transformar ativamente uma realidade existente e que se assume bem conhecida;

- As competências e a experiência da equipa de gestão envolvida no mercado em causa e


em processos de viabilização anteriores;

- Uma ideia clara quanto à forma de reformular o Plano de Financiamento da Empresa.

Depois da análise destes três tipos de bases de planos de negócio é importante


destacar que existem sub- conjuntos destes planos apresentados, por exemplo:

- Plano Estratégico - Um plano estratégico é também considerado um plano interno


que foca principalmente nas decisões de alto nível, estabelecendo prioridades. Este tipo
de plano decorre quando é definido a visão de uma empresa aprovada num plano de
negócios;
- Planos Internos - Um plano interno inclui tópicos específicos e planos de ações
dirigidos as áreas a que se destinam;
- Planos Operacionais - É também considerado um plano interno mas que visa a
implementação de objetivos, de datas e responsabilidade das equipas e dos gerentes.

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i. O processo de elaboração do plano de negócio
A elaboração do plano de negócios é uma oportunidade para o empreendedor
analisar e refletir sobre todas as facetas da empresa e a sua coerência conjunta, numa
visão integrada do empreendimento.

É importante que o empreendedor perceba que um projeto não vale apenas pelos
seus méritos técnicos mas sobretudo pelo seu potencial de mercado e pela capacidade de
empreendedor captar o interesse dos financiadores.

O plano de negócios é o documento escrito que explica, detalha e indica o que


pretende atingir e o que a nova empresa vai fazer. Independentemente da estrutura final
do plano de negócios é importante que inclua itens como a explicação do modelo de
negócios, que identifique os clientes e concorrentes, as necessidades de pessoal e o
montante de investimento, e isto além de um conjunto de elementos operacionais e
financeiros.

Elementos de um plano de negócios


Os elementos do plano de negócios que analisamos em seguida são:

 - Capa e índice;
 - Introdução/sumário executivo;
 - Apresentação de negócio;

- A equipa fundadora e de gestão;

- Apresentação da empresa e sua estrutura;

- A análise do meio envolvente e da indústria;

- O plano de marketing e análise do mercado;

- A estratégia da empresa;

- O plano de organização e de recursos humanos;

- O plano de produção ou operações;

- O plano económico- financeiro;

- Plano/Calendário de implementação;

- Anexos.

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Capa
A capa é a primeira impressão que o leitor do plano de negócios terá. Por isso,
deve-se sempre ter cuidado e adequar a capa ao estilo da empresa e à ideia que queremos
transmitir dela. Deve ser clara e objetiva, contendo todas as informações necessárias:

 Nome da empresa;
 Endereço da empresa;
 Telefone da empresa;
 Logótipo;
 Nomes, endereços e telefones dos proprietários da empresa;
 Mês e ano em que o plano foi feito;
 Número da cópia (por exemplo: cópia 2 de 10);
 Nome do escritor do plano de negócios.

Índice
O plano de negócios tem sempre um número de páginas que justificam
perfeitamente o uso de um índice. Por isso, deve ter todas as divisões e respetivas páginas,
sem esquecer os anexos.

Introdução/ Sumário Consecutivo


O Sumário Executivo trata-se da principal divisão de um Plano de Negócios e
deve expressar uma síntese do que será exposto na sequência, preparando o leitor e
atraindo o mesmo para uma leitura com mais atenção e interesse. Embora o Sumário
Executivo apareça no início do Plano de Negócios, deve ser a última coisa a ser escrita
durante a elaboração do plano. É muito mais eficiente e coerente escrever uma síntese
depois de se preparar o texto básico da síntese. Deve conter todas as informações chaves
do Plano de Negócios em não mais que 2 páginas (no caso do plano completo) ou no
máximo 1 página (plano resumido).

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Apresentação do negócio
A forma mais eficaz de apresentar um negócio é descrever a oportunidade que o
empreendedor identificou – isto é, o problema a receber ou a necessidade a satisfazer – e
depois descrever como o negócio vai ser direcionado para satisfazer a necessidade. A
descrição da oportunidade deve ser seguida de uma breve história da empresa, da missão,
da visão e dos objetivos da empresa. Uma explicação da vantagem competitiva da
empresa e uma breve descrição do modelo de negócios deve seguir-se. Por fim deve
discutir qualquer tipo de propriedade internacional que a empresa possua, incluindo
patentes, marcas, direitos de autores, etc. A propriedade intelectual é a base para a
avaliação da vantagem competitiva de muitas empresas empreendedoras, mais
significativamente para as novas empresa de base tecnológica.

A equipa fundadora e de gestão


Um dos aspetos essenciais para os investidores é a equipa fundadora. No fundo,
quem são os empreendedores? Quais as capacidades e competências? Que legitimidade e
conhecimentos trazem para o negócio? Nota-se que a equipa não for suficientemente boa,
é provável que os investidores não tenham interesse em analisar melhor o plano. Portanto
para além das informações básicas – dados pessoais (nome, naturalidade, residência, etc),
formação académica e outra formação complementar, atividade profissional atual e
experiência profissional – é fundamental que incluímos quaisquer outros elementos que
permitam demonstrar as competências individuais. Informação adicional, tal como m
currículo mais detalhado, por ser remetido por anexo. Também a equipa de gestão é
importante na medida em que transmite credibilidade e legitimidade à nova empresa.

Apresentação da empresa e sua estrutura


A apresentação da nova empresa é essencial. Mas o que é importante salientar?
Neste ponto não há grande novidade, devendo ser breve mas incluindo alguns aspetos
relevantes como sejam: o nome ou denominação social, o logotipo, a composição da
Direção ou Administração, os contactos e páginas da internet (se existir), o código é
identificar (CAE), a forma jurídica e as participações sociais e repartição pelos sócios e
organograma.

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A análise do meio envolvente e da indústria
Na análise do meio envolvente o empreendedor descreve e analisa o ambiente em
que a empresa vai operar. O objetivo é identificar os elementos que podem afetar as
operações da empresa. O que devemos observar ao analisar o ambiente? Nesta análise, o
empreendedor deve observar as várias dimensões ambientais:

- Demográficos:

A demografia inclui aspetos como a taxa de crescimento da população, taxa de


envelhecimento ou rejuvenescimento da população, distribuição etária, distribuição por
sexo ou género, as categorias socioprofissionais, os níveis de formação/educação, etc.;

- Culturais:

Este inclui mudanças nos valores e normas dominantes, nos estilos de vida, nas atitudes
a respeito do trabalho, nas crenças e práticas religiosas, nos hábitos e costumes;

- Ambientais:

Com particular acuidade a legislação e regulamentação ambiental e a preocupação da


empresa e da população com a proteção, preservação e conservação do ambiente natural;

- Tecnológicas:

Evolução dos conhecimentos científicos, investigação científica e técnica, progressos


tecnológicos e inovações;

- Económicas:

Mudanças na conjuntura económica geral e setorial, ao consumo, nos investimentos, no


nível de emprego, nos preços, no crédito concedido;

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- Político-legais:

Em particular o enquadramento jurídico da atividade da empresa e a legislação em vigor,


bem como a regulamentação governamental com impacto na atividade económica em
geral e da empresa em particular.

O plano de marketing e análise do mercado


Nos dias de hoje, o marketing apresenta uma grande importância dentro das
empresas, de tal modo que por vezes toma conta dela, pelo que toda a empresa fica
responsável e empenhada em fazer marketing. O marketing passa a fazer parte das
decisões estratégicas a todos os níveis. Assim, é impensável lançar um produto sem uma
estratégia de marketing adequada, que é muitas vezes mais decisiva para o sucesso do
produto, do que propriamente a qualidade do mesmo.

A regra que se deve ter em conta para a elaboração do plano de marketing é a


chamada marketing Mix:

 Produto: definição dos produtos a fabricar e/ou vender, e os serviços associados.


Deve estar refletido na forma como a empresa é percebida pelo cliente em relação
à concorrência.
 Preço: política de preços a aplicar pela empresa. São definidas as margens de lucro
mínimas. O preço não deve ser calculado a partir do custo de produção,
acrescentando um pouco, mas em relação ao valor que o produto tem para o
cliente.
 Promoção: um dos pontos mais importantes do marketing mix. Inclui todas as
formas de tornar notório o produto: estratégias de publicidade, relações públicas
e promoções. Os objetivos da promoção são informar e persuadir, e quando
atingidos podem trazer aumento das vendas, melhoria da imagem do produto,
aumento do conhecimento do negócio e preparação para o lançamento de
próximos produtos.
 Ponto de Venda: define a política de distribuição dos produtos, em termos de vias,
distribuidores e retalhistas.

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O próximo passo desta fase é a projeção de vendas, baseada também na análise de
mercado.

Na análise de negócios deve se mostrar que conhece bem o mercado para o qual
se pretende entrar, os seus possíveis clientes e concorrentes e, sempre que possível,
comprovar com dados quantitativos ou estatísticos.

Deve ser realizada uma análise ao setor onde sua empresa está inserida, indicar a
sua dimensão, estabilidade, taxa de crescimento, bem como as estratégias gerais que estão
a ser tomadas pelos concorrentes. Por vezes mercados em mudança podem significar o
aparecimento de oportunidades para novas empresas.

Deve ser descrito o segmento de mercado, mostrando o tipo de clientes,


localização geográfica, tipo de produtos e o que mais for necessário para saber quem irá
afinal comprar e aconselha-se que seja apresentado o nível de potencialidade e
oportunidades que o mercado oferece.

O importante é saber quem está a comprar, o que está a comprar e porque é que
está a comprar o seu produto.

Quem está a comprar?


- Estilo de vida
- Profissão
- Idade

Produto
O que está a comprar?
Porque está a comprar? - Recursos
- Utilidade - Embalagem
- Características -Preço
-Entrega

Figura 1 - Análise de Mercado

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A estratégia da empresa
O plano de negócios deve conter uma parte dedicada a estratégia que a empresa
irá seguir, onde se especifique a visão, missão, objetivos da empresa, a diferenciação do
negócio, a análise SWOT e a estratégia adotada face ao mercado alvo e aos concorrentes.
Uma estratégia deve ser sempre orientada por objetivos, acompanhando sempre a
visão e a missão que os empreendedores definiram para a empresa.
A missão permite que a organização tenha uma visão de onde quer chegar. Uma
missão suficientemente desafiadora. A missão de qualquer empresa consiste nas
necessidades e expectativas dos clientes, na excelência da tecnologia, na capacidade de
produção, na resposta rápida, na flexibilidade produtiva e nos cumprimentos dos prazos
de entrega. Assim como uma boa responsabilidade social e ambiental.

A visão consiste num plano, uma ideia que descreve o que a organização quer
realizar objetivamente nos próximos anos de existência.

Há algumas perguntas que devemos ter sempre em consideração, por exemplo:

 Qual o objetivo?
 Qual a força que nos impulsiona?
 Quais os valores básicos?
 O que pretendemos fazer melhor?
 O que desejamos realizar?
 O que gostaríamos de mudar?

Ao elaborar uma estratégia para a empresa é importante que os empreendedores


definam os objetivos a longo, médio e curto prazo. Atualmente diz-se que os objetivos,
para poderem verificar a sua validade, devem ser SMART:
- Específicos;

- Mensuráveis;

- Atingíveis;

- Relevantes;

- Temporais.

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Na elaboração da estratégia da empresa é preciso ter em conta a análise SWOT
uma vez que esta permite analisar o meio envolvente. Esta análise funciona como uma
ferramenta para examinar uma empresa e os fatores que influenciam o seu funcionamento.

Forças
As forças é tudo aquilo que está relacionado às vantagens que a empresa possui
em relação às empresas adversárias. Para definir as forças podemos analisar o seguinte:

- Competitividade dos preços;

- Qualidade do produto;

- Originalidade do produto;

- Eficiência do transporte.

Fraquezas
As fraquezas relacionam-se com as desvantagens da empresa. Para determinar as
fraquezas de uma empresa podemos ter em conta os mesmos aspetos das forças.

Oportunidades
As oportunidades de uma empresa é tudo aquilo que beneficia a empresa mas que
a empresa não pode controlar. Temos como exemplos:

- Atuação do estado sobre determinado setor;

- Índices económicos;

Para determinar as oportunidades deve ser elaborado um estudo a nível


demográfico, social, político e económico e depois relacionar os resultados apurados com
o ambiente da empresa.

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Ameaças
As ameaças relativamente a uma empresa consistem em aspetos externos à
entidade e que podem colocar o resultado da empresa em risco, se não forem tratadas
minuciosamente.

Para enfrentar as ameaças é necessário fazer estudos, tal como nas oportunidades,
para assim poderem ser definidas estratégias de modo a conseguir manter inabaláveis os
resultados pretendidos.

Análise SWOT
FORÇAS
160
140
120
100
80
60
40
20
AMEAÇAS 0 FRAQUEZAS

OPORTUNIDADES

Figura 2 - Análise SWOT

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O plano de organização e de recursos humanos
Uma empresa não funciona sem recursos humanos, por isso, também no plano
deve ser descrito os planeamentos das necessidades dos recursos humanos, as
competências que cada um deve possuir e as suas tarefas. Assim, é fundamental ter no
plano de negócio uma parte dedicada a apresentação da equipa de trabalho, do perfil
desejado, das tarefas distribuídas, da estrutura organizacional expor exemplo de um
programa de formação dos colaboradores.

O plano de produção ou operações


Nesta etapa o empreendedor deve fazer um plano de produção onde irá descrever
como se realizará a fabricação dos produtos, ou a prestação de serviços.
O plano de operações deve apresentar toda a complexidade da produção e a
tecnologia que é utilizada, normalmente é vantajoso analisar o lay-out de produção e
explicar de forma detalhada todas as fases do processo de produção. Mas nem sempre há
uma produção do produto, pois nos casos dos serviços o modelo de negócio, é diferente,
pois apenas deves ser explicado como funciona o serviço evitando a repetição, pretende-
se sempre ser coerente e simples mas expondo sempre a informação relevante.
Praticamente, esta secção trata todas as operações diárias da empresa, onde se
descreve todas rede de fornecedores, todos os parceiros de negócio, tudo o que é
necessário para construir o produto/serviço que a empresa venderá, nunca esquecendo,
também, de indicar as regulamentações relativas a resíduos e desperdícios, normas de
trabalho e/ou a segurança dos trabalhadores.

16
O plano económico- financeiro
O plano económico-financeiro traduz as capacidades da nova empresa
relativamente à viabilidade financeira e à probabilidade de sucesso, por isso deve ser
sempre introduzido nesta parte do plano todos os aspetos relativos ao plano do
investimento e financiamento, explicações de como serão usados os fundos, as projeções
financeiras, demonstrações de resultados, balanços e mapas de fluxo de caixa. Deve ainda
incluir um orçamento de tesouraria e uma análise do ponto crítico de vendas. Os
indicadores de gestão servem sobretudo para ver a credibilidade do negócio, nunca
esquecendo que os planos de negócios devem possuir projeções realistas uma vez que a
empresa será sempre confrontada pela os investidores e elas devem apresentar respostas
verídicas.
No plano de investimento há uma distinção das rubricas onde serão feitos os
investimentos e quais os montantes envolvidos.
Na parte do plano de financiamento há uma descrição dos recursos financeiros que a
empresa precisa e quais são as fontes de financiamento. As fontes de financiamento são,
por exemplo, as poupanças, empréstimos de familiares e amigos e/ou financiamentos
externos.
Por último, deve ser feita uma análise à sensibilidade, que consiste num exercício
de construção de cenários que permite aferir a credibilidade e a viabilidade do negócio
quando alguns fatores sofrem variações, por exemplo, as vendas, o preço de vendas e / ou
os certos custos.

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Plano/Calendário de implementação
“As ideias e as estratégias são importantes, mas o verdadeiro desafio é a sua
execução.” Percy Barnevick, ex-presidente da ABB.

Elaborar um cronograma de execução é importante. Com a elaboração deste


cronograma não só ficamos com uma melhor ideia do tempo que cada etapa demora,
como também nos permite ver o estado de adiantamento do projeto. Para esse efeito
elabora-se normalmente um cronograma, que pode ser representado graficamente como
na figura que segue usando um diagrama de Gantt que nos permite ver quando é que cada
uma das etapas começa e termina.

Figura 3 - Gráfico de Gantt

Anexos
Nos anexos um empreendedor deve sempre incluir todas as informações que acha
relevante e que por qualquer motivo não foi incluída nas outras partes do plano de
negócio. Os anexos são por exemplo todos os estudos de marketing ou de mercado que
não foram incluídos no desenvolvimento do guia, ou também currículos dos
empreendedores e/ou projeções financeiras

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ii. O porquê de alguns planos falhar
É certo que um plano de negócios ajuda uma empresa a vingar-se no mercado
contudo, nem sempre as coisas correm pelo melhor e como “Errar é Humano”, os planos
também falham. Na causa destas falhas estão os seguintes aspetos:

1. Não definir o tamanho do mercado

Sobre fontes secundárias ou primárias, estabelecer o tamanho de mercado é

fundamental. Por melhor que sejam rentabilidade e prazo de retorno do investimento a

ausência de um mercado com tamanho definido é fator excludente. Não se deve avançar

sem que esta dimensão tenha sido definida sobre ao menos uma fonte de consulta.

2. Contar uma história qualquer

Um bom indicador da qualidade da história que é contada no plano de negócios

será o “sumário executivo”. Simplicidade é a complexidade resolvida (Constantin

Brancusi). Se a síntese é longa e vaga deve ser analisada.

3. Não ter concorrentes

Hoje em dia, em qualquer nicho de mercado, os concorrentes são todos os

inimigos que têm de ser vencidos para fazer as primeiras vendas e dar-lhes continuidade..

Para o investidor será fundamental demonstrar que o empreendedor tem uma certa

modéstia e, especialmente na fase inicial do projeto, que tem feito um estudo para

entender as fontes de seu mercado.

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4. Não definir a visão estratégica

Nos erros clássicos de planos de negócios que se vê regularmente, existe uma

síndrome recorrente: a falta de uma visão estratégica. O que se espera é que haja um

plano, uma visão que de suporte à direção estratégica para o projeto.

5. Não ter vendido nada

Em suma, é importante sair do virtual nos primeiros meses. Discutido e aprovado,

chega de discutir o plano de negócios. Para partilhar o projeto e permitir que os parceiros

acreditem nele, deve-se ir às vendas uma vez que elas fazem parte do plano

6. Não considerar o crescimento um processo natural, normal (“agora que temos um plano

o crescimento virá”)

O processo de desenvolvimento de uma nova empresa, negócio ou produto nos

primeiros anos será completamente caótico, com passagens mais complexas para

negociar do que apenas ganhar força nas vendas. É possível afirmar que a empresa

enfrentará quatro fases: criação, viabilização, orientação e finalmente o crescimento.

7. Invocar “o marketing” como método de comunicação

Este erro comum é cometido, e constatado, quando um se pergunta a um

empresário como ele irá comunicar com o seu mercado, promover o seu produto, dar uma

boa visibilidade em relação à sua concorrência. Para resposta será obtido o seguinte:

“marketing” como se este conceito fizesse magia.

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8. Destruir uma equipa de vencedores

Existem várias maneiras do líder destruir a sua credibilidade junto à sua equipa.

Aqui estão alguns modelos clássicos: radicais integradores (creem que são inteligentes o

suficiente para não precisar ouvir ninguém), ditadores joviais (imensa teoria a definir a

sua formação, quando o seu ego e falta de pragmatismo forem confrontadas a sua equipa

vai odia-lo), visionário isolado (o núcleo duro de um novo projeto é a equipa, ninguém

tem todas habilidades necessárias), “executivos part-time (já possui um projeto de

sucesso e o novo assume o papel de hobby).

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Conclusão
O plano de negócios de uma empresa tem três grandes funções:

1. Durante a sua elaboração, ajuda o empreendedor a compreender as várias vertentes do


seu negócio (mercado, produto, modelo de financiamento, modelo de negócios, drivers
de crescimento e riscos do negócio);
2. Guiar o desenvolvimento da empresa a curto, médio e longo-prazo mediante um conjunto
de objetivos previamente estabelecidos e acordados;
3. Ser um apoio para apresentação da empresa a outras partes interessadas (investidores,
parceiros…)

22
Bibliografia
Dornelas, José, “Capítulo 5 – Dilema 4 – Livro Empreendedorismo”. Acedido pela última
vez em 28/02/2016 em http://www.josedornelas.com.br/artigos/capitulo-5-dilema-4-
livro-empreendedorismo/.

Prado, Lauro Jorge (2002) “Você precisa de um plano de negócios?”, Biblioteca temática
do empreendedor,

http://www.bte.com.br/download/Iniciação%20Empresarial\Plano%20de%20Negó
cio/197_1_arquivo_plano.pdf

Dornelas, José, “Por que escrever um Plano de Negócios?”,


http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=23;

Dornelas, José, “Como fazer a Análise de Mercado do seu Plano de Negócios”,


http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=30;

Dornelas, José, ”Como fazer o Plano de Marketing do seu Plano de Negócios”,


http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=31

Dornelas, José, “Como fazer o Sumário Executivo do seu plano de negócios”


http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=26

Dornelas, José, “Como fazer a Descrição da Empresa do seu Plano de Negócios”


http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=28

Dornelas, José, “Como fazer a descrição dos Produtos e Serviços do seu Plano de
Negócios”
http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=29

Dornelas, José, “Como fazer o Planejamento Estratégico do Negócio do seu Plano de


Negócios”
http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=27

Dornelas, José, “Como fazer a capa do seu plano de negócios”


http://www.planodenegocios.com.br/dinamica_artigo.asp?tipo_tabela=artigo&id=24

23
Figueiredo, A. Dias, (1995) “Sistemas de Informação Capítulo 3 - Técnicas para análise
do negócio”

Teixeira, Miguel, (2002) “Gestão de marketing – O marketing mix”

Teixeira, Miguel, (2001) “Como elaborar um plano de marketing”

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