Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
o
0DSXWRGH-XQKRGH$12;;,,,1o3UHoR0W0RoDPELTXH
log
Mais revelações do projecto securitário franco-libanês
ció
so
um
de
io
Pág. 2
ár
Empréstimos escondidos
o
do valor da dívida
log
VHJXQGRPHPRFRQÀGHQFLDOGR&UHGLW6XLVVH
O
Credit Suisse, um dos ban- toda a ZEE, bem como a criação de das receitas da P
Proindicus.
cos envolvidos no escânda- capacidade de intervenção contra a Um encaixe no valor de 30 milhões
lo dos chamados emprésti- pirataria, contrabando e tráfico. de dólares seria proveniente do paga-
mos escondidos contraídos A Zitamar refere que os dois bancos mento de taxas de trânsito por parte
pelo Governo moçambicano entre declinaram comentar porque foram de navios que usassem o Canal de
2013 e 2014, estimou em 372 mi- os empréstimos aumentados e a Pri- Moçambique. Os navios grandes pa-
lhões de dólares o custo de um siste- vinvest não respondeu às questões gariam 10 mil dólares por passagem
ció
ma abrangente de protecção da costa formuladas no mesmo sentido pela e os pequenos pagariam quatro mil
moçambicana, menos de um terço agência noticiosa. dólares.
do valor da dívida que acabou sendo A Privinvest estaria obrigada, no Segundo o documento citado pela
contraída pelo executivo de Arman- âmbito do acordo com a Proindicus, Zitamar News, 57 milhões de dóla-
do Guebuza, revela a Zitamar News, a fornecer e instalar 16 estações de res anuais seriam obtidos em taxas
uma agência noticiosa especializada radar (10 automatizadas), dois aviões de desembarque de mercadoria nos
em temas económicos sobre Mo- de vigilância mar
marítima, dois patru- portos moçambicanos. A Proindicus
çambique. lheiros navais, 12 interceptadores e iria cobrar cinco dólares por volume
diverso mater sobressalente.
material sobr mínimo de carga descarregada e 150
so
A publicação revela que a projecção O acordo prevê ainda a instalação de dólares por contentor. Barcos de tu-
inicial das despesas da constituição Os milionários barcos estão a degradar-se sem ter pescado um único atum um centro de comando e um centro rismo iriam contribuir com 310 mil
de um sistema abrangente da costa Privinvest Shipbuilding SAL, a mes- de treino, bem como o aluguer de dólares de receita/ano.
(EMATUM), na emissão de obri-
moçambicana, que tem sido usada ma empresa ligada ao libanês Iskan- três anos de vigilância por satélite. O Já a indústria pesqueira iria também
gações no valor de 850 milhões de
como argumento para justificar os dar Safa que recebeu 850 milhões de SAVANA apurou que parte dos sis- contribuir com a sua parte. Os barcos
dólares, em 2013. Quando rebentou
empréstimos, consta de um docu- dólares da EMATUM para adquirir temas de vigilância já estão instalados de pesca iriam pagar 18 mil dólares
o escândalo dos denominados “títu-
mento confidencial do Credit Suisse, barcos paraa a pesca do atum. e o centro de treinos funciona na base anuais à Proindicus pela protecção da
los do atum” e sob pressão da comu-
datado de Fevereiro 2013. naval da MAM instalada em Pemba, sua actividade, mas os barcos de pesca
nidade doadora, o Governo aceitou
A Zitamar News assinala que, no to- Os equipamentos do Segundo a Zitamar, a Proindicus e a especializada em atum iriam pagar 30
inscrever 500 milhões de dólares do
tal, o executivo na altura liderado por projecto MAM têm experimentado dificulda- mil dólares cada.
um
empréstimo gastos em equipamento
Armando Guebuza acabou angarian- A Zitamar explica que a Proindicus e des no acesso à base naval de Maputo, A Zitamar lembra que o ministro da
de defesa no Orçamento de Estado
do USD1157 milhões para o referido a EMATUM depois de pagarem os bem como no desalfandegamento de Economia e Finanças, Adriano Ma-
como dívida pública. Embora exis-
sistema de protecção marítima (em- serviços
viços dos dois bancos – o Credit peças e equipamentos relacionados leiane, disse no passado dia 09 que os
tam dúvidas sobre se o montante de
préstimos da Proindicus e da MAM). Suisse e o VTB - transferiram o re- com o projecto. estudos de viabilidade da Proindicus
USD350 milhões foi gasto em barcos
O referido documento confidencial, manescente dos empréstimos para a apontavam para um lucro de 1,7 mil
de pesca, outros artefactos e forma-
prossegue a Zitamar News, assinala- Privinvest, precisamente a empresa As receitas potenciais milhões de dólares nos primeiros oito
ção profissional, os gastos totais com
va que 372 milhões de dólares seriam que tinha prometido um sistema de O plano previa que a Proindicus anos de operações.
defesa e segurança contabilizados
suficientes para garantir a segurança segurança marítima por apenas 372 conseguisse os seus lucros através Contudo, a empresa ainda não assi-
nos empréstimos dos bancos Credit
de uma Zona Económica Exclusiva milhões de dólares na modalidade da cobrança a operações petrolíferas nou nenhum contrato com qualquer
Suisse e VTB totalizam USD1657 um dos potenciais clientes, disse, na
até 30 milhas náuticas e de toda a li- “chave na mão”. no mar, arrecadando três milhões de
milhões de dólares (incluído
luído o finan- altura Adriano Maleiane.
nha costeira moçambicana. A semana passada a agência Reuters dólares anuais de cada operador, na
De acordo com o memorando do ciamento do banco VTB de USD535 A Proindicus pagou a primeira pres-
revelou que os serviços de preparação perspectiva de que estariam em ac-
milhões à empresa MAM), não se sa-
de
D
epois dos acordos e con- sido aprovado pelo governo, os par- foram já acordados os termos de
ár
mentos, segundo fonte governa- 10% dos direitos de exploração no Fontes na ENI e no governo de
e iii) gerar receitas adicionais para o da performance do projecto”. mental moçambicana. bloco. Moçambique esperam que a FID
Governo”. O documento do banco suíço precisa A área Coral pertence ao blo- Segundo a Zitamar, contrariamente (Decisão Final de Investimento)
A Zitamar recorda na sua peça que que o mutuário é a Proindicus SA, co 4 na Bacia do Rovuma e está ao sugerido inicialmente, depois da seja anunciada até 30 de Setembro
o Governo moçambicano admitiu uma empresa moçambicana criada concessionado à empresa ENI de “luz verde” do governo, a ENI vai do ano corrente, mas a Zitamar
em Abril que avalizou ou um emprésti- com o propósito de adquirir e operar Itália que fará a exploração e li- agora iniciar as negociações finais News faz notar que observado-
mo no valor de 622 milhões de dó- o projecto de protecção da costa na- quefacção do gás a partir de uma com as empresas apuradas em con- res da indústria do gás e petróleo
lares a favor da Proindicus, mais de cional e é propriedade do “Ministério plataforma flutuante (FLNG). A curso. O consórcio TJS (Technip de acham pouco provável devido aos
um quarto de um bilião de dólares do Interior, do Ministério da Defesa semana passada foi aprovado o França, JGC da Japão e Samsung da aspectos económicos do projecto.
do que o valor inicialmente revelado Nacional e dos Serviços de Informa- contrato de compra e venda de gás Coreia) para a entrega da plataforma Um dos elementos a considerar é
pela Privinvest, uma companhia com ção e Segurança do Estado (SISE) da a favor da multinacional BP assim de exploração de gás (FLNG), com a a venda potencial de parte da par-
sede em Abu Dhabi contratada para República de Moçambique”. como a autorização para a ENI Aker Solutions para o equipamento ticipação da ENI à Exxon Mobil,
fornecer assistência técnica e tecno- “A garantia é do Governo da Re- começar a negociar a contratação logístico de apoio, com a GE para o processo que conheceu algum
lógica à Proindicus. pública de Moçambique, actuando de serviços para as várias áreas es- equipamento submarino e com a sua arrefecimento em Abril, depois
Anteriormente, o Governo mo- através do Ministério das Finanças”, pecializadas. subsidiária Saipem para as operações de anunciadas as dívidas secretas
çambicano já tinha assumido ter indica o memorando do Credit Suis- Segundo apurou a Zitamar News, de perfuração. contraídas pelo governo de Mo-
actuado como avalista a favor da se que acrescenta que o pagamento embora o acordo com a BP tenha Fontes governamentais disseram que çambique na era Guebuza.
Empresa Moçambicana de Atum deveria ser efectuado em adiantado à
Savana 24-06-2016 3
TEMA DA SEMANA
&DVRGHDOHJDGRVIDYRUHVj(1,
o
A
Procuradoria-Geral da colha de informação junto à sua pelo mar, como por uma lagoa e
República (PGR) ar- congénere italiana, tendo recebi- dista a 140 quilómetros da capital
log
quivou o processo no do indicações de que não existia Maputo. Descreve-o ainda como
qual o antigo chefe de nenhum processo que envolvia sendo uma espécie de língua de
estado moçambicano, Arman- “aquele dirigente”, neste caso Ar- terra que se estende entre o oceano
do Guebuza, era indiciado de ter mando Guebuza. “A averiguação e o lago Uembje, que para além de
oferecido à petrolífera italiana foi arquivada por falta de matéria”, águas de cor turquesa, o terreno é
ENI uma isenção de impostos rematou a PGR, num informe de um paraíso
par de tartarugas marinhas
na venda das suas acções à China 231 páginas, que relata o estado da
e areia branca. De acordo com a
National Petroleum Corporation justiçaa em Moçambique .
publicação, os italianos iniciaram
ció
(CNPC), na Bacia do Rovuma, Recorde-se que de acordo com
com as investigações quando es-
em troca de favores não especifi- aquela publicação italiana, assun-
tranharam o facto de que a oferta
cados. to que também foi retomado pelo
era feita por um chefe de Estado e
Canal de Moçambique, no âmbito
As primeiras revelações surgiram da referida investigação, a PGR de não uma imobiliária.
no diário italiano Il Fatto Quo- vár
Milão interceptou várias chama- Refere ainda que o alegado acordo
tidiano, que relatava as investiga- das telefónicas de Sacaroni, dentre para a ENI, que está a pesquisar
ções sobre corrupção internacio- as quais algumas com Guebuza gás na Bacia do Rovuma, na pro-
so
nal contra Paolo Scaroni, antigo Armando Guebuza
entre 2012 e 2013. víncia de Cabo Delgado, não pa-
administrador da petrolífera ita- Numa das chamadas segundo a gar impostos entre finais de 2012
liana, levadas a cabo pela Procura- PGR2015. conta que a Procuradoria de Mi- publicação, as partes discutiram as e princípio de 2013, a italiana
doria de Milão. “Trata-se de uma averiguação lão, na República da Itália, estaria taxas que o Estado moçambicano chega a um entendimento com os
A publicação italiana citava grava- iniciada na sequência de notícias a investigar o caso”, lê-se numa das devia cobrar à ENI, incluindo ou-
chineses da CNPC para a venda
ções telefónicas no poder da Pro- veiculadas pelos meios de comuni- passagens do informe sobre o esta- tras trocas de favores, como a con-
de uma parte da sua participação
curadoria italiana, onde Guebuza cação social, nacionais e estrangei- do anual da justiça que a Procura- cessão de um terreno paradisíaco
ros, sobre suspeita de corrupção na dora Geral da República, Beatriz na Bacia do Rovuma. O Acordo
terá ainda oferecido um terreno a Paulo Scaroni no Bilene com a
um
paradisíaco no Bilene, no sul de empresa petrolífera italiana ENI, hili, apresentou nesta quarta
Buchili, possibilidade de um DUAT (Di- viria a ser formalizado a 13 de
Moçambique. Foi na sequências com menção do envolvimento de e quinta-feira na Assembleia da reito de Uso e Aproveitamento de Março de 2013. À luz do acordo,
destas revelações que a Procura- um antigo Presidente da Repú- República. Terra) válido por 40 anos. os chineses da CNPC compravam
doria Geral da República (PGR) blica de Moçambique (Arman- Segundo o informe, a PGR diz ter O terreno é descrito como estan- à ENI 28,57% da sua participação
abriu o processo/averiguação nr3/ do Guebuza). As notícias davam desencadeado mecanismos de re- do situado numa zona com acesso na área 4, na Bacia do Rovuma.
de
I. Introdução e Propósitos da Consultoria HVSHFLDOLGDGHV L 3ODQLÀFDomR (VWUDWpJLFD GH 3URJUDPDV GH 'HV-
$'LUHFomR1DFLRQDOGD3ODQLÀFDomRH2UoDPHQWR'132GR0L-
$'LUHFomR1DFLRQDOGD3ODQLÀFDomRH2UoDPHQWR'132GR0L FHQWUDOL]DomR LL 2UJDQL]DomR H *HVWmR GH 6HUYLoRV 3~EOLFRV LLL
QLVWpULRGD(FRQRPLDH)LQDQoDV0()SUHWHQGHFRQWUDWDUVHUYLoRV
QLVWpULRGD(FRQRPLDH)LQDQoDV0()SUHWHQGHFRQWUDWDUVHUYL )LQDQoDV 3~EOLFDV /RFDLV H ,QWHUJRYHUQDPHQWDLV LY *RYHUQDomR
GHFRQVXOWRULDLQGLYLGXDORXFROHFWLYDSDUDGHVHQYROYHUXPConcept
GHFRQVXOWRULDLQGLYLGXDORXFROHFWLYDSDUDGHVHQYROYHUXP 3DUWLFLSDWLYD H ,QFOXVmR 6RFLDO Y ,QIUD (VWUXWXUDV 3~EOLFDV YL
ár
HPFRQIRUPLGDGHFRPRVWHUPRVGHUHIHUrQFLDFXMRVGHWDOKHV
NoteHPFRQIRUPLGDGHFRPRVWHUPRVGHUHIHUrQFLDFXMRVGHWDOKHV 'HVHQYROYLPHQWR(FRQyPLFR/RFDOHYLL-XULVWDHVSHFLDOL]DGRHP
SRGHPVHUHQFRQWUDGRVQRVHQGHUHoRVDEDL[R2REMHFWLYRpSURYL-
SRGHPVHUHQFRQWUDGRVQRVHQGHUHoRVDEDL[R2REMHFWLYRpSURYL *RYHUQDomR/RFDO
GHQFLDU DR *RYHUQR H RV VHXV 3DUFHLURV XPD DQiOLVH DSURIXQGDGD
H UHFRPHQGDo}HV HVWUDWpJLFDV SDUD IXQGDPHQWDU R GHVHQKR GXP 3DUDPDLVGHWDOKHVIDYRUFRQVXOWDUQRVVHJXLQWHVHQGHUHoRV$Y$K-
3URJUDPD1DFLRQDOGH$SRLRDR'HVHQYROYLPHQWR/RFDOTXHSRWHQ-
3URJUDPD1DFLRQDOGH$SRLRDR'HVHQYROYLPHQWR/RFDOTXHSRWHQ PHG6HNRX7RXUp)ODW0DSXWRRXSHORVLWHwww.mef.gov.mz
Di
0LVVmRGR)0,HP0RoDPELTXH
o
A
missão do Fundo Mo- constituídas em segredo e à revelia conjuntura adversa, mas não foi
netário Internacional da Assembleia da Repúblicaa e das ao pormenor no que diz respeito à
(FMI) que termina nesta instituições financeiras internacio- criação de um fundo de estabiliza-
log
sexta-feira uma visita a nais, o FMI suspendeu uma tran- ção fiscal a ser suportado por recei-
Moçambique não irá abordar com che de uma verba de emergência tas petrolíferas.
as autoridades moçambicanas a que Moçambique havia solicitado A reunião entre o porta-voz do
concessão de qualquer assistência à organização, sendo seguido nessa FMI e a comunicação social foi
financeira. decisão pelos EUA e pelo grupo dominada pelo documento “Pro-
dos principais doadores interna- grama de Trabalho”, que indica o
O escopo da equipa do FMI, que cionais, o chamado G-14, alegando roteiro que a organização irá seguir
se encontra no país desde o pas- quebra de confiança com Maputo. nos próximos seis meses para im-
sado dia 16, foi enfatizado pelo pedir que a economia global des-
ció
porta-voz da organização em Wa- $QJRODVREYLJLOkQFLD carrile.
shington, Gerry Rice, durante uma Sobre Angola, que também foi alvo No documento, o FMI aponta o
conferência de imprensa na capital de grande interesse por parte dos imperativo da consolidação dos
americana, realizada no dia 16, jornalistas presentes na conferên- fundamentos monetários, medidas
quando os peritos da instituição cia de imprensa em Washington, fiscais e reformas estruturais para
iniciavam a missão a Moçambique. Gerry Rice foi confrontado com conferir solidez à economia mun-
Nesta quinta-feira, a missão técni- a recomendação que terá sido feita dial.
ca do FMI foi recebida (audiência recentemente pelo chefe da missão “Na política monetária, o Progra-
do FMI que visitou o país, o bra- ma de Trabalho olha para o impac-
so
de cortesia) pelo Primeiro-Minis-
tro, Carlos Agostinho do Rosário, Gerry Rice, porta-voz do FMI
sileiro Ricardo Velloso, no sentido to negativo das taxas de juro nos
no seu gabinete de trabalho. da criação de um fundo de estabi- lucros dos bancos e nos emprésti-
“A equipa estará em Maputo para e qual será a medida mais urgente? pelo Governo. Dissemos que esse lização fiscal, sustentando por pou- mos bancários e examina o efeito
prosseguir com o processo de apu- O Governo de Moçambique, para foi um primeiro passo importante panças provenientes das receitas de multiplicador destas políticas nos
ramento ligado aos empréstimos poder aceder a mais dinheiro do para a restauração da confiança, petróleo, como forma de o país po- mercados emergentes”, afirmou
não revelados e para avaliar a situ- FMI, terá de reganhar a confiança mas, como digo agora, essas dis- der conter futuras crises resultantes Gerry Rice.
ação macro-económica. Esse será dos parceiros internacionais, assim cussões irão continuar”, acrescen- de perdas de ganhos das exporta- O roteiro do FMI para os próximos
o objectivo da missão. Não irá dis- como evitar que situações como a tou Gerry Rice. ções do país. seis meses abordará igualmente
cutir, neste momento, mais apoio da EMATUM se repitam nova- Na sequência de revelações de que Rice respondeu que a equipa che- a questão dos choques externos e
um
financeiro. Primeiro que tudo, é mente?”, foi a questão colocada, o Governo na altura liderado por fiada por Ricardo Velloso deixou respectivas respostas de uma forma
para um apuramento dos factos e com bastante insistência, por um Armando Guebuza avalizou dí- referências atinentes à dimensão integrada em termos de política
avaliação”, afirmou Rice. jornalista presente na conferência vidas superiores a mil milhões de fiscal das políticas que terão de ser monetária, taxas de câmbio e polí-
O esclarecimento do porta-voz do de imprensa com o porta-voz do dólares a favor de várias empresas seguidas por Angola face à actual ticas regulatórias.
FMI surgiu na sequência de uma FMI.
pergunta sobre se a organização Em resposta, Gerry Rice sublinhou
poderia canalizar mais ajuda fi- que o FMI indicou ao Governo
nanceira a Moçambique, tal como moçambicano a necessidade de ser
procedeu recentemente em relação
a Angola, que vai receber uma as-
sistência financeira da organização.
transparente em relação a qualquer
transacção associada a dívidas não
declaradas, considerando bem-vin-
Álbum Samora Machel por
de
são do FMI de prestar mais ajuda sequentes que foram prestadas cial de Sofala, o álbum Samora
Machel por Kok Nam, enqua-
drado nos trinta anos da morte
do primeiro presidente de Mo-
A
missão técnica do afirmou, numa curta declaração na Casa do Artista da Beira,
Fundo Monetário aos jornalistas, o chefe da mis- numa cerimónia conduzida por
Internacional (FMI), são, Michael Lazare. Maria Pinto Sá, com a presença
que se encontra em Lazare falava após um encon- do director da UP, Beira, Zaca-
Moçambique
ambique para avaliar o tro com o primeiro-ministro rias Ombe, encontra-se à venda
Di
o
U
ma semana depois do presi- ção foi colocada como nota prévia fogo. não for declarado o cessar fogo.
dente do República, Filipe no encontro da Comissão Mista esta Desta opinião comungou também o Mas ressalvou que numa situação
Nyusi e o líder da Renamo, segunda-feira, que de acordo com o antigo estadista moçambicano, Joa- destas é complicado emitir pareceres
log
Afonso Dhlakama, terem mesmo, a equipa do Executivo disse quim Chissano, que disse ser normal enquanto não se está no terreno, pois
ultrapassado via telefónica algumas que ainda não foi declarado o cessar atacar as posições da Perdiz enquanto pode haver aproveitamento político.
das barreiras que dificultavam o
avanço do diálogo ao nível da Co-
missão Mista, o ex-chefe de Estado
moçambicano, Joaquim Chissano,
acusou a Renamo de falta de serie-
dade no cumprimento dos acordos,
principalmente no diz respeito ao
seu desarmamento. ANÚNCIO DE VAGAS
ció
Chissano diz que a Renamo não se Plan International, Inc é uma organização humanitária orientada para o desenvolvimento comuni-
desarma por má-fé, pois o seu líder WiULRFHQWUDGRQDFULDQoDVHPDÀOLDo}HVUHOLJLRVDVSROtWLFDVRXJRYHUQDPHQWDLV$YLVmRGD3ODQp
WiULRFHQWUDGRQDFULDQoDVHPDÀOLDo}HVUHOLJLRVDVSROtWLFDV RXJRYHUQDPHQWDLV$YLVmRGD3ODQp
assinou dois acordos, mas em ne- de um mundo em que todas as crianças alcançam o seu potencial pleno nas sociedades que respei-
nhum momento aceitou o desarma-
Joaquim Chissano WDPRVGLUHLWRVHGLJQLGDGHVGDVSHVVRDV$3ODQpXPDRUJDQL]DomRGHLJXDOGDGHGHRSRUWXQLGDGHV
WDPRVGLUHLWRVHGLJQLGDGHVGDVSHVVRDV$3ODQpXPDRUJDQL]D
mento. de emprego e pretende recrutar, atravez da EP Recruit, para o seu quadro de pessoal, as seguintes
o líder da Renamo assinou dois acor-
A Comissão Mista encarregue de SRVLo}HV
dos, nomeadamente o Acordo Geral
preparar o encontro entre Nyusi e 1.Coordenador(a)
oordenador(a) de Monitoria Avaliação e Investigação
da Paz em 1992 e o da Cessação das
Dhlakama consensualizou os pontos 1GH9DJDV/RFDO0DSXWR
so
Hostilidades Militares em Setembro
de agenda, depois de semana passada de 2014, sendo que ambos previam o
as respectivas lideranças terem con- desarmamento do partido de Afonso Tarefas:
cordado a entrada da Igreja Católica, Dhlakama, facto que não se materia- 5HYHUHPDQWHURVSURJUDPDVHVLVWHPDVGHPRQLWRULDHDYDOLDomR
5HYHUHPDQWHURVSURJUDPDVHVLVWHPDVGHPRQLWRULDHDYDOLDo
União Europeia e do presidente sul- lizou. Contudo, é preciso notar que a )DFLOLWDURGHVHQYROYLPHQWRGHRUoDPHQWRVDQXDLVHSODQRVRSHUDFLRQDLVGRVSURJUDPDV
)DFLOLWDURGHVHQYROYLPHQWRGHRUoDPHQWRVDQXDLVHSODQRVRSH
-africano, Jacob Zuma, no grupo dos Renamo também acusa o Governo/ 5HDOL]DUSHVTXLVDUDSDUWLUGHIRQWHVSULPiULDVHRXVHFXQGiULDVGHVHQYROYHUHUHYHUWHUPRVGH
5HDOL]DUSHVTXLVDUDSDUWLUGHIRQWHVSULPiULDVHRXVHFXQGiU
mediadores/facilitadores, ou terceiras Frelimo de ter negociado de má-fé, UHIHUrQFLDVSDUDLQYHVWLJDomR
partes, na terminologia governamen- tanto em Roma, em 1992, como em $SRLDUDLQVWLWXFLRQDOL]DomRGDPRQLWRULDDYDOLDomRHLQYHVWLJDomRFDSDFLWDQGRRSHVVRDOQHVWD
$SRLDUDLQVWLWXFLRQDOL]DomRGDPRQLWRULDDYDOLDomRHLQYHV
tal. Maputo, em 2014, situação que res- PDWpULD
O Governo já anunciou que irá en- valou para incumprimentos. )DFLOLWDURVSURFHVVRVGHSODQHMDPHQWRFROHFWDGHLQIRUPDo}HVDVtQWHVHUHÁH[mRHHODERUDomRGH
)DFLOLWDURVSURFHVVRVGHSODQHMDPHQWRFROHFWDGHLQIRUPDo}H
UHODWyULRVGHQWURGD0RQLWRULDH$YDOLDomR
um
viar convites formais aos mediadores Questionado sobre o que teria falha-
ou facilitadores e espera que “respon- do para o não cumprimento dos acor- $VVHJXUDUDTXDOLGDGHGRVSURJUDPDVGRFXPHQWDomRHGLVVLPHQDomRGDLQIRUPDomRQDRUJDQL-
$VVHJXUDUDTXDOLGDGHGRVSURJUDPDVGRFXPHQWDomRHGLVVLPHQD
dam à solicitação o mais rapidamente dos, Chissano apontou a má vontade ]DomR
possível”, um pronunciamento que do líder da Renamo. “O líder da Re-
revela que o Executivo tem agora namo não se desarma por má vonta- Requisitos:
pressa em ter já em acção os media- de. Não falhou mais nada do que isso. 1DFLRQDOLGDGH0RoDPELFDQD
dores/facilitadores, cuja presença até Quando o líder da Renamo devia /LFHQFLDWXUDHP(VWDWtVWLFDRXiUHDVHTXLYDOHQWHVPHVWUDGRpXPDYDQWDJHP
/LFHQFLDWXUDHP(VWDWtVWLFDRXiUHDVHTXLYDOHQWHVPHVWUDGRp
há pouco tempo rejeitava. desarmar-se não se desarmou”, disse. DQRVGHH[SHULrQFLDQRGHVHPSHQKRGHIXQo}HVVLPLODUHVHP21*VpXPDYDQWDJHP
DQRVGHH[SHULrQFLDQRGHVHPSHQKRGHIXQo}HVVLPLODUHVHP2
A Comissão Mista já acordou quatro Esclareceu que, após a assinatura do )OXHQWHHP3RUWXJXrVH,QJOrVIDODGRHHVFULWR
pontos de agenda para o encontro AGP em 1992, ficou acordado que &DSDFLGDGHGHOLGHUDQoDHGHFRPXQLFDomRLQWHUSHVVRDO
Nyusi-Dhlakama, nomeadamente, o governo e Renamo deviam criar +DELOLGDGHVQRXVRGR0V2IÀFHSULQFLSDOPHQWH:RUG([FHO3RZHUSRLQWH2XWORRNSXEOLVKHU
+DELOLGDGHVQRXVRGR0V2IÀFHSULQFLSDOPHQWH:RUG([FHO
governação nas seis províncias onde um exército paritário composto por LQWHUQHWHVLVWHPDVGH0RQLWRULDH$YDOLDomRH6$3
a Renamo reivindica vitória nas elei-
de
1\XVLH'KODNDPDYmRjPHVDGHGLiORJRFRPXPDDJHQGDIUDFWXUDQWH
Encontro armadilhado
Por Armando Nhantumbo
o
O
encontro, ora à vista, en- 30 mil homens, 15 de cada lado, um que, na verdade, era uma segunda aça à democracia e à unidade nacio- Renamo exigiu a presença de media-
tre o Presidente da Re- processo que nunca foi terminado, versão do Projecto para a instau- nal, mas é exactamente esse ponto dores, disse, semana finda, em pleno
pública, Filipe Nyusi, e até que os poucos homens da Re- ração das Autarquias Provinciais. que Dhlakama volta a levar ao en- comício popular em Maputo, que já
o Presidente da Renamo, namo que haviam sido enquadrados Mais uma vez, a ditadura de voto da contro à vista com o Presidente da aceitava a presença de terceiros no
log
Afonso Dhlakama, não será em si no exército começaram a ser refor- Frelimo voltou a vingar. República. diálogo. O Presidente da Renamo
mesmo o fim da tensão político- mados compulsivamente, durante De facto, desde o primeiro minuto De resto, o Presidente da Repúbli- não tardou a responder e, uma vez
-militar, mas o início de uma cami- o reinado de Armando Guebuza, que a Renamo propôs o seu projec- ca, num discurso típico de ocasião e mais em teleconferência, afirmou
nhada cheia de espinhos que, para como alegou a Renamo, até que to, a Frelimo, presidida por Filipe contrário a todo o posicionamento que quer negociar, seriamente, pois
além de inteligência, irá requerer, Afonso Dhlakama abandonou a Nyusi, viu nela uma autêntica ame- que vinha assumindo desde que a as armas não resolvem quase nada.
principalmente, cedências em as- capital do país para se instalar em
suntos que, no passado, as duas par- Nampula, de onde começou a lon-
tes se mostraram resistentes a abrir ga marcha para forçar o Governo a
a mão. “entrar na linha”.
ció
Depois de mais de 100 rondas ne-
O anúncio, na semana passada, da gociais com o Governo, a Renamo
consensualização, ao nível da Co- ensaiou uma aceitação ao desarma- ANÚNCIO DE VAGAS
missão Mista, de pontos de agenda mento, mas logo a seguir o processo
para o encontro ao mais alto nível, não avançou, com o partido a exigir Plan International, Inc é uma organização humanitária orientada para o desenvolvimento comunitário
relançou esperanças aos moçambi- modelo para a reintegração dos seus FHQWUDGRQDFULDQoDVHPDÀOLDo}HVUHOLJLRVDVSROtWLFDVRXJRYHUQDPHQWDLV$YLVmRGD3ODQpGHXP
FHQWUDGRQDFULDQoDVHPDÀOLDo}HVUHOLJLRVDVSROtWLFDVRXJRY
canos que, há longos quatro anos, homens, caso largassem as armas. mundo em que todas as crianças alcançam o seu potencial pleno nas sociedades que respeitam os direi-
vivem os dissabores de uma guerra Nem o desarmamento compulsivo, WRVHGLJQLGDGHVGDVSHVVRDV$3ODQpXPDRUJDQL]DomRGHLJXDOGDGHGHRSRUWXQLGDGHVGHHPSUHJRH
WRVHGLJQLGDGHVGDVSHVVRDV$3ODQpXPDRUJDQL]DomRGHLJXDO
que só prospera graças a caprichos iniciado a 9 de Outubro de 2015, SUHWHQGHUHFUXWDUDWUDYH]GD(35HFUXLWSDUDRVHXTXDGURGHSHVVRDODVVHJXLQWHVSRVLo}HV
SUHWHQGHUHFUXWDUDWUDYH]GD(35HFUXLWSDUDRVHXTXDGURGH
so
políticos. na residência de Dhlakama na Bei- 1. Coordenador(a)
oordenador(a) do Projecto de Género (YES IDO)
Expectativas de lado, o encontro, ra, logrou desfazer aquela que é a 1GH9DJDV/RFDO1DPSXOD
que se espera aconteça num futuro retaguarda do partido de Afonso
breve, está cheio de espinhos. Na Dhlakama. Sensível que é, o assunto Tarefas:
agenda, há pelo menos três pontos volta assim a estar em cima da mesa &RRUGHQDUHPRQLWRUDUDVDFWLYLGDGHVGRSURMHFWR
num encontro cimeiro que se aguar- 5HDOL]DUHVWXGRGHEDVHGRSURMHFWRVREUHD,JXDOLGDGHGH*pQHURQDiUHDGHLPSOHPHQWDomRGRSUR-
5HDOL]DUHVWXGRGHEDVHGRSURMHFWRVREUHD,JXDOLGDGHGH*pQ
fracturantes, alguns dos quais se ar-
da com bastante expectativa. MHFWRHP1DPSXODHPFRQMXQWRFRPRD&RRUGHQDGRUDGH*rQHUR
MHFWRHP1DPSXODHPFRQMXQWRFRPRD&RRUGHQDGRUDGH*rQHUR
rastam desde a assinatura do Acor-
'HVDÀRjKHJHPRQLD 3ODQLÀFDUHFRQWURODUDH[HFXomRGRRUoDPHQWRGRSURMHFWR
do Geral de Paz (AGP), em 1992,
da Frelimo ,PSOHPHQWDUDVDFWLYLGDGHVGRSURMHFWRVHJXQGRRSODQRGHVHQKDGRHDOFDQoDUDVPHWDVGDFDPSD-
,PSOHPHQWDUDVDFWLYLGDGHVGRSURMHFWRVHJXQGRRSODQRGHVHQK
portanto, há 24 anos.
Se Nyusi leva na bagagem um com- QKD3RU6H0HQLQD
Por um lado, Dhlakama leva na ba-
um
plicado dossier chamado desar- 'DUDSRLRWpFQLFRDRSHVVRDOQDVLQLFLDWLYDVGDFDPSDQKD3RU6HU0HQLQD
'DUDSRLRWpFQLFRDRSHVVRDOQDVLQLFLDWLYDVGDFDPSDQKD3RU
gagem aquela que tem sido a sua &RQWULEXLUSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGDHVWUDWpJLDGHLJXDOGDGHGHJpQHURHDLQWHJUDomRGDPHVPDD
&RQWULEXLUSDUDRGHVHQYROYLPHQWRGDHVWUDWpJLDGHLJXDOGDGH
mamento da Renamo, por sua vez,
bandeira desde a divulgação dos re- QtYHOQDFLRQDO
Afonso Dhlakama leva aquilo que
sultados eleitorais de 15 de Outubro
põe em causa a hegemonia da Fre-
de 2014 e, por outro, Filipe Nyusi limo, o partido que governa o país Requisitos:
vai tocar na mesma tecla que toca- há 41 anos. 1DFLRQDOLGDGH0RoDPELFDQD
ram Joaquim Chissano e Armando Trata-se do projecto de governação /LFHQFLDWXUDHP&LrQFLDV6RFLDLVRXiUHDVHTXLYDOHQWHVPHVWUDGRpXPDYDQWDJHP
/LFHQFLDWXUDHP&LrQFLDV6RFLDLVRXiUHDVHTXLYDOHQWHVPHVWUD
Guebuza, os seus antecessores. das províncias de Sofala, Manica, DQRVGHH[SHULrQFLDQRGHVHPSHQKRGHIXQo}HVVLPLODUHVHP21*VpXPDYDQWDJHP
DQRVGHH[SHULrQFLDQRGHVHPSHQKRGHIXQo}HVVLPLODUHVHP21
Trata-se, respectivamente, da gover- Zambézia e Tete, no centro de Mo- ([SHULrQFLDQDJHVWmRHLPSOHPHQWDomRGHSURMHFWRV
nação das seis províncias do Centro çambique e Nampula e Niassa, na )OXHQWHHP3RUWXJXrVH,QJOrVIDODGRHHVFULWR
e Norte de Moçambique onde a Re- região norte do país, onde o maior &DSDFLGDGHGHOLGHUDQoDHGHFRPXQLFDomRLQWHUSHVVRDO
namo reclama vitória eleitoral e do partido da oposição reivindica vitó- +DELOLGDGHVQRXVRGR0V2IÀFHSULQFLSDOPHQWH:RUG([FHO3RZHUSRLQWH2XWORRNSXEOLVKHUH
+DELOLGDGHVQRXVRGR0V2IÀFHSULQFLSDOPHQWH:RUG([FHO3
LQWHUQHW
de
antídoto para pôr na linha a “tei- antecipado ao projecto. Estava, aliás, +DELOLGDGHVQRXVRGR0V2IÀFHSULQFLSDOPHQWH:RUG([FHO3RZHUSRLQWH2XWORRNSXEOLVKHUH
mosa” Frelimo, uma convicção que, aberta uma contradição jamais vista LQWHUQHW
depois de 16 anos de guerra, ficou história da Frelimo, entre mem-
na histór %RDFRPXQLFDomRRUJDQL]DFLRQDO
reforçada quando conseguiu, em bros e um presidente do partido. &DSDFLGDGHGHUHGLJLUUHODWyULRVQDOLQJXD,QJOHVDH3RUWXJXHVD
2014, impor ao som dos tiros a re- Foi preciso esperar Abril do mesmo
visão do pacote eleitoral, contra a ano para que a bancada maioritária &DSDFLGDGHGHUHGLJLUUHODWyULRVQDOLQJXD,QJOHVDH3RUWXJXHVD
vontade da Frelimo. no Parlamento formalizasse uma Todos candidatos devem ter elevado cometimento com os Direitos e Protecção da Criança assim como
Nem o presidente Joaquim Chissa- reprovação preliminar que voltou a com a Igualidade do Gênero
no, com o AGP, muito menos o Pre- estremecer a paz, com o reacender ENCORAJA-SE A CANDIDATURA DE MULHERES e PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊN-
sidente Armando Guebuza, com o das ameaças de guerra pela Renamo CIA:
Acordo de Cessação das Hostilida- de Afonso Dhlakama, que se viu en- &DQGLGDWRVFRPSHUÀODGHTXDGRHVWmRFRQYLGDGRVDHQYLDURVVHXV&9·VDFRPSDQKDGRVSRUXPDFDUWD
des Militares, conseguiram conven- ganada por Filipe Nyusi. GHFDQGLGDWXUDFRPLQGLFDomRGHWUrVUHIHUrQFLDVSDUDSODQ#HSUHFUXLWDIULFDFRP até ao dia 30 de Junho
cer Dhlakama a largar o seu braço Inconformada, a Renamo voltou a GH
armado. jogar a última cartada em sede do
Com o AGP, as partes acordaram Parlamento, em Dezembro, através 1RWD7RGDVFDQGLGDWXUDVDVHUHPHQYLDGDVSDUDRHQGHUHoRHOHFWUyQLFRGHYHPPHQFLRQDUQRDVVXQWR
na fusão das suas forças, constituin- de um projecto que denominou por 6XEMHFWGRHPDLORQRPHGDSRVLomRFDVRFRQWUiULRDFDQGLGDWXUDQmRVHUiFRQVLGHUDGD
do um exército único composto por Revisão Pontual da Constituição
Savana 24-06-2016 9
PUBLICIDADE
SOCIEDADE
10 Savana 24-06-2016
SOCIEDADE
o
3RU$UPDQGR1KDQWXPER
log
F
iéis cumpridores de missões, a causa de todos os moçambicanos, de um legado.
os seguidores do regime lan- Pereira respondeu que sim. Aliás, aquando da sua tomada de
çaram uma campanha, depois “É verdade que cada uma das orga- posse, a 15 de Janeiro de 2015, o
da manifestação de sábado nizações tem áreas diferentes, mas presidente Filipe Nyusi pediu a to-
contra a dívida pública e a tensão essante ver organizações di-
foi interessante dos os moçambicanos para serem
político-militar, dando o acto como versas a se juntarem numa causa co- olheiros da sua governação, naquilo
um total fracasso. Eles, que cobar- mum. A porem de lado os interesses que chamou de inclusão.
demente se distanciaram da marcha de partete ou de grupos, em prol do “Estamos a ser soldados para ajudar
para depois considerarem ínfimo o o”, destacou.
povo”, a governação de Nyusi que pediu
ció
número aos quinhentos, festejaram Para aquele professor universitário, a para que todos nós fiscalizássemos
a grande e à francesa, sugerindo que manifestação do último fim-de-se- a sua governação”, recorda o nosso
os problemas do país são exclusivos mana não é o fim em si mesmo. “Foi entrevistado.
dos “malditos” manifestantes. lançada a semente para futuras lutas Sobre as ameaças empreendidas
políticas em prol da solução dos pro- contra os organizadores da marcha,
Entretanto, na hora de balanço, os blemas políticos e de governação que Pereira diz que elas fazem parte da
organizadores fazem uma avalia- o país atravessa”, garantiu. luta e sempre foi essa a lógica do
ção positiva da manifestação que Para o politólogo, a maior cobardia poder.
disse basta aos problemas políticos Poucos , mas disseram basta aos problemas políticos e de governação em Moçambique é os esclarecidos ficarem calados pe- “Sempre foi assim, com intimida-
ções, mas temos de ser fortes. Es-
so
e de governação em Moçambique. rante injustiças sociais e a maior der-
À partida, lembram que não vati- levantarem contra assuntos canden- últimos tempos pensam que não é rota não é ser derrotado em campo ses estão a fazer o papel deles, nós
cinaram a participação de milhões tes do país, num momento bastante possível criticar e expressar as suas de combate, mas sim ser derrotado também temos de continuar a fazer
de pessoas, como propalam os seus atípico. opiniões. sem sequer ir.ir o nosso, lutar pela nossa liberdade
“Fizemos a nossa parte de forma de expressão e pelo nosso Estado de
detractores. Para os organizadores Entende que, através de manifes-
da marcha “pelo direito à esperança”, ordeira e demonstramos, num am- 9rPDtPDLVOXWDV tações, os moçambicanos podem,
Direito”, reagiu.
biente difícil e de medo generali- A uma pergunta deste jornal, so- As pouco mais de 500 pessoas que,
tomando em consideração o am- pedra a pedra, construir o país que
zado, o nosso sentimento sobre a bre se a manifestação representava sábado, saíram à rua na capital
biente de medo generalizado que o sonham e resgatar os valores que moçambicana para, além de exigir
país atravessa, o objectivo foi mesmo situação actual de Moçambique”, ou não o início de um movimento nortearam a luta de libertação na- responsabilização dos arquitectos
alcançado. frisou João Pereira, que cita o assas- contínuo contra as crises que o país cional que, por ironia de destino, fo-
um
da dívida pública e o fim da tensão
João Pereira, director da Fundação sinato do Constitucionalista Gilles atravessa, conforme prometeu numa ram renegados pelo próprio partido político-militar, expressaram indig-
MASC (Mecanismo de Apoio à Cistac e o baleamento do Professor mesa redonda sobre as implicações libertador, a Frelimo. nação com mensagens como “dívidas
Sociedade Civil), um dos organiza- Jaime Macuane, bem como as an- da dívida em Abril último, em Ma- Citou Samora, que dizia que se en- ilegais: não queremos, não aceitamos
dores, disse ao SAVANA que o ob- teriores tentativas de manifestação puto, quando disse que nos próximos contrarem um dirigente a construir e não vamos pagar, o lugar dos la-
jectivo foi atingido porque foi pos- frustradas e a contra-informação tempos, a Sociedade Civil deveria uma casa, é preciso questionar a pro- drões é na cadeia, não matem os que
sível mobilizar diversas organizações nas redes sociais, como factores que arregaçar as mangas, pôr de lado as veniência do dinheiro, para afirmar pensam, o povo ainda é patrão ou
da sociedade civil e citadinos para se intimidam as pessoas que,, aliás, nos diferenças e unir-se para esta que é que se está perante o cumprimento manifestar não é crime”.
*HVWmRGDGtYLGDS~EOLFD
A
crise da dívida pública con- al o entendimento de que a mesma é não concessionais, recorrendo sim- aquando do perdão da última dívida que, a médio prazo, se avance para
tinua uma verdadeira pedra insustentável. plesmente aos concessionais se, na pelo Clube de Paris, o país ter esta- uma auditoria forense, mais na pers-
no sapato das autoridades Eufrigina
igina dos Reis Manoela, directo- verdade, a realidade mostra que este do numa situação de uma dívida de pectiva de se saber a real dimensão
moçambicanas, a avaliar ra executiva do GMD, disse na aber- tipo de crédito está cada vez mais três “is” e agora de cinco “is”. Ou seja, e estrutura da dívida. A análise da
pelas dificuldades que estão a ser en- tura do Fórum que, pelo facto de te- escasso tendo em conta a zanga dos aquando do HIPIC, a dívida era so- sustentabilidade e viabilidade das
frentadas para se conseguir encon- rem sido enganados pelos números e, principais e tradicionais parceiros de mente insustentável, ilegítima e imo- empresas criadas (Ematum, MAM e
neste momento, terem se apercebido ral. “Agora estamos muito pior por- ProIndicus) é também uma necessi-
io
debates públicos, mais na perspecti- as mais carenciadas. tende que o governo não tem uma es- caso as autoridades moçambicanas com função de monitoria às acções
va de se encontrar caminhos menos Para as Organizações da Sociedade tratégia clara e eficaz de combate ao demonstrem mais seriedade na abor- governamentais. A reunião contou
doloridos para a resolução de um Civil (OSC) presentes na reflexão, despesismo e corrupção, cancros que dagem de cada uma das propostas ainda com a participação do governo,
problema que já está a afectar o dia- a estratégia apontada pelo governo continuam a corroer o erário público. colocadas à mesa. de deputados da Assembleia da Re-
çambicanos.
-a-dia dos moçambicanos. para gerir, com alguma razoabilidade, Para completar o caminho das solu- pública, do Tribunal Administrativo,
a actual crise da dívida pública é ex- ções é, neste momento, importante sindicalistas e outros sectores.
cessivamente questionável. 'tYLGDGHFLQFR´LVµ
Di
Neste sentido, uma vez mais, o Gru- É que, para a Sociedade Civil, não faz Partilhando os números disponíveis,
ambicano da Dívida (GMD),
po Moçambicano muito sentido o governo dizer, por Humberto Zaqueu, economista do
em parceria com os seus parceiros exemplo, que vai iniciar um processo GMD, classificou, citando alguns
nacionais e internacionais, promoveu, de contenção priorizando alocações analistas da situação moçambicana,
esta quarta e quinta-feira, o Fórum razoáveis para sectores-chave, tendo que estamos perante uma dívida dos
Internacional Sobre a Dívida Pública. em conta que os referidos sectores cinco “is”.
Com a participação de representan- continuam os mesmíssimos e o dis- Trata-se, pois, segundo Humberto
tes de países africanos e especialistas curso de contenção é muito antigo. Zaqueu, de uma dívida insustentável;
europeus que lidam com questões de Pior é que o cenário que se verifica ilegal; ilegítima; imoral e sobre a qual
endividamento, o encontro serviu é exactamente o inverso da proposta, está comprovada a incapacidade ins-
para se fazer uma reflexão profunda pois os sectores chave e de assistência titucional de lidar positivamente com
em torno da actual crise da dívida pú- social (a exemplo da agricultura, edu- ela, no sentido de assegurar o pleno
blica moçambicana, tentando, a partir cação, turismo, saúde…) estão a rece- e pontual pagamento, segundo os
da abordagem feita, buscar consensos ber, cada vez mais, menores dotações compromissos assumidos perante os
possíveis dos caminhos que se deve orçamentais. credores.
seguir para minimizar o impacto de Não faz, igualmente, sentido dizer-se Zaqueu classificou a actual situa-
uma dívida sobre a qual é consensu- que a ideia é parar de buscar créditos ção de preocupante, pelo facto de
Savana 24-06-2016 11
PUBLICIDADE
SOCIEDADE
12 Savana 24-06-2014 Savana 24-06-2014 17
NO CENTRO DO FURACÃO
ainda precisa
so
Sim, por isso que estamos a pedir uma
auditoria forense internacional para sa-
Já há demarches nesse sentido?
O assunto está na mesa, sim.
Entre os doadores e o Governo?
É óbvio que os moçambicanos não
podem solucionar este problema sem
ajuda internacional.
nais. A confiança entre o Governo e a
Renamo é muito baixa. Um encontro ao
mais alto nível pode ajudar a restabelecer
e encontra o presidente Guebuza,
está a sair em 2016 e deixa o presi-
a entrevista na qual o embaixador ces- É uma democracia em desenvolvimen- elhora-
de ser melhora- ber quem fazia o quê, onde está o di- dente Nyusi. Em qual dos ciclos foi
ções financeiras. Acho que é um pro- nheiro, quais são os fluxos do dinheiro, Entre o FMI e o Governo. Temos uma experiência recente a confiança porque obviamente haverá fácil trabalhar, sem pôr de lado estes
sante diz, entre outras reveleções, que to. Sou admirador da imprensa mo- do e haver ver mais da participação internacional na uma ligação pessoal, ao mais alto nível.
blema psicológico. Passaram um tempo, material foi comprado, a que valor,
qual mater Há avanços? temas que abordamos como a paz e
há pessoas na Frelimo, assim como na çambicana, leio muito os jornais, acho t r a n s p a rê n c i a . EMOCHM que envolveu peritos Não vejo agora que haja condições para
relativamente, bom na antiga RDA, qual o valor real desse material, etc… Não sei. Devemos esperar pelo FMI a economia do país?
Renamo, que não querem que haja
negociações para o restabelecimento
da paz.
mas quando regressaram a Moçambi-
que não houve condições para empre-
m
que há uma imprensa bastante livre. O
que acho que não há, suficientemente,
é a disponibilidade para ouvir ao ou-
Hoje estamos
em guerra
porque a
stamos
uerra
queremos conhecer essa realidade por-
que dois biliões de dólares é a metade
para saber se houve avanços ou não.
Encontraram, pelo menos, uma pré-
-disposição da parte das autoridades
de diferentes países para supervi-
sionar o processo de cessação das
hostilidades militares. Mas o que se
um encontro desse tipo porque o senhor
Dhlakama deve ter medo da sua vida.
Houve esses incidentes que conhecemos
Acho que hoje em dia, mas isso possi-
velmente, deve ser devido, à situação
do Orçamento de Moçambique, é um
Nesta hora de adeus, que retrospec-
tiva é que faz da sua estadia em Mo-
endimentos económicos e emprego.
No último dia 15, foi à Presidência da
República para se despedir do chefe
u
tro. O processo de diálogo não é ainda,
suficientemente, afinado e é uma coisa
que nós percebemos também que ter
Renamo
as últi-
Com certeza que o futuro de Moçambique está hipotecado porque o
acha que país não tem possibilidades económicas de pagar essas dívidas, Philipp
Schauer
montante muito elevado. Mesmo na
Alemanha, dois biliões evaporados se-
de Maputo para um empreendimento
como este que, a avançar, pode causar
rupturas no Governo e no partido no
viu, no fim do dia, foi que os peri-
tos, os países, abandonaram a mis-
são, alegando falta de vontade das
todos, agora há um bombardeamento na
Gorongosa desde sábado, não vejo como
ele possa sair. Há pessoas que dizem que
económica e político-militar, há uma
abertura maior aos parceiros. Não
digo que muito grande, mas sente-se
de Estado moçambicano. Para além uma conversa aberta com pessoas no ria um escândalo político de grande uma maior abertura em geral.
çambique? mas eleições não foram transparentes Houve essa quimera que o gás vai ar- poder? partes. Acha que a vinda de peritos nós os embaixadores, uma vez mais, po-
daquelas declarações cuidadosas que Governo não é fácil para nós, mas a envergadura. Então, devemos conhecer Com o Presidente Guebuza não ha-
Foram três anos muito interessantes e
aprendi muito cá em Moçambique. Foi
o posto realmente de primeira impor-
no final fez à imprensa, que men-
sagem central é que deixou a Filipe
Nyusi?
e
democracia significa ouvir também as
experiências de um país vizinho, de ou-
tros países mais avançados, de pessoas
d e justas. Então, há um trabalho a fazer ranjar tudo e que não se precisa de um
de melhorar os processos e assim con- trabalho de base para incentivar ou
vencer ao povo moçambicano que são facilitar a economia normal, mas seria
muito mais desse assunto do que co-
nhecemos agora.
A maioria dos moçambicanos e não
Com alguns sim, com outros não. Não
há consenso sobre isso.
Entre quem é que não há consensos?
ou mediadores internacionais será
a equação final para a paz em Mo-
çambique?
díamos ir ao encontro dele. Mas deverí-
amos pernoitar todo tempo na Beira ou
não sei aonde com ele para garantir que
via abertura?
A política, e acho que está a conti-
nuar, foi de que Moçambique pode
tância para a minha carreira. Mas não com peritagem, enfim, uma abertura a justos e vimos que ainda não chegamos essa a dar empregos. O gás vai benefi- Entre os membros do Governo? Não, obviamente que é uma medida no dia seguinte não haja incidente como
Foram três. A primeira mensagem é só já tem suspeitos. Apontam de for- fazer tudo, que tudo pode ser feito
foi fácil. Houve vários problemas que outras experiências, mas às vezes acho a esse nível. ciar alguns privados ou ao governo ou Não há consensos nem no Governo, técnica para se entrar numa negocia- aquele da Beira? E deveríamos acompa-
que precisa-se de negociações verda- ma recorrente o antigo presidente pelos moçambicanos, com a ideia de
hoje em dia são evidentes, mas cujos que Moçambique quer ser um caso Acha que há alguém que nega a alter- orçamento no geral que teria depois nem no partido. ção que poderia ou não levar a uma nhá-lo também na serra da Gorongosa
deiras e substanciais entre o Governo e da República, Armando Guebuza, o que os seus financiamentos vão vir do
sinais já existiam em 2013 quando che- particular e que todas as experiências nância de poder em Moç Moçambique? que acelerar essa riqueza nacional em Há quem diga que o futuro deste país solução política. É um assessoramen- outra vez para rapidamente irmos antes
antigo ministro das finanças, Manuel gás e houve essa crispação em 2009
guei, quer dizer, houve já indicações de a Renamo porque ninguém vai ganhar de outros países não valem porque Mo- Sempre há o interesse de o partido no políticas governamentais para que pos- está hipotecado com estas dívidas to só, não é uma imposição, nem fim que haja um bombardeamento? Não sei.
Chang. Quais são os suspeitos do se- depois das eleições, quando houve
que haverá uma guerra, tínhamos a cri- esta guerra. A segunda mensagem é que çambique é diferente. Acho, contudo, poder, ficar no poder, então, não acho sa beneficiar todos. Mas o trabalho na ocultas. Concorda? em si. Para tal, seria necessário um É verdade que houve um desenvolvi-
nhor embaixador? opiniões diferentes sobre o MDM e
se da EMATUM e já sabíamos nessa precisamos de um acordo com o Fundo que Moçambique não é tão diferente, que alguém vai negar abertamente essa economia, por difícil que seja, passa por Sim, com certeza porque Moçambique acordo de cessar-fogo para assegurar mento recente que indica que há uma
É difícil saber em detalhe. Acho proble- desde aquele tempo houve a ideia de
época que não é fácil investir em Mo- Monetário Internacional(FMI) e, para é um país normal, podemos falar sobre possibilidade
possibilidade, mas há um interesse for- muitos sectores. Porquê o turismo está a não tem possibilidades económicas de que não haja incidentes e dar lugar a abertura nesse sentido de mediadores/
çambique. tal, precisamos de uma auditoria fo-
ir o
qualquer coisa e podemos partilhar as te em qualquer país pelo partido no po- reduzir-se? Porquê não é possível fazer
mático que o Governo não queira, neste
pagar essas dívidas. Então, obviamente, conversas essenciais. observadores internacionais, mas eu não Moçambique levar a cabo uma po-
momento, esta auditoria forense, então, lítica mais nacionalista com menos
E no meio desses vários problemas, rense internacional. Sabemos que é um nossas experiências. É nesse sentido de der, em ficar no poder. cabotagem em Moçambique? Porquê a está hipotecado e deveria encontrar-se Todos os dias escutamos do presi- vejo condições hoje para um encontro a
possivelmente houve mais pessoas que ajuda do exterior. Nalgum sentido
quais é que foram as suas principais assunto difícil, mas sem isso, o escla- abertura, de ouvir e de argumentar que uma solução. dente da República, do presidente alto nível.
batalhas?
Um embaixador é um mediador entre
recimento das dívidas escondidas, não
podemos avançar. Terceiro é que pre-
Moçambique
á
ambique pode entrar no caminho
i
do desenvolvimento positivo e de de-
mocracia.
O que acha que o país teria feito em agricultura tem dificuldades e não está a
41 anos de independência e que não disparar como a África do Sul que tem
fez? quase as mesmas terras? Então, há me-
aproveitaram-se desses créditos. Até
instituições. Mas não posso especular,
isso seria o resultado de uma auditoria
Há uma série de condicionalismos
que os doadores colocam a Moçambi-
que para a retomada das ajudas, sendo
da Renamo, dos membros da Freli-
mo, dos membros da Renamo, uma
música que chamada “disponibili-
Acha que há alguém que estará inte-
ressado em que Afonso Dhlakama não
saia do mato para conversar?
concretizou-se porque a nossa par-
te de financiamento foi diminuindo
porque houve a entrada da ANA-
dois países e não é uma posição confor- cisamos de uma política de incentivar O problema maior é que não houve didas que o governo poderia tomar em forense, por isso queremos essa audito- DARCO, ENI, etc, mas agora esta-
investimentos. Com esta situação difícil A propósito dessa falta de disponibi- o ponto de partida o esclarecimento dade ao diálogo, estamos abertos Acho que nas duas partes há pessoas que
tável para entrar em lutas. Não diria que integração da Renamo na sociedade, vários sectores para que haja condições ria porque não queremos que nós todos mos numa situação diferente e deve-
lidade para ouvir os outros, como é dos reais contornos do caso. Na hi- ao diálogo”, mas a guerra nunca não querem negociações.
lutei, observei como bom embaixador,
e isso não foi fácil porque temos uma
imprensa boa, mas que nem sempre dá
da economia, precisamos de ter novas
políticas de incentivo e facilitação de
investimentos.
D
que tem acompanhado os assassinatos
ou tentativas de silenciamento de vo-
zes diferentes? Deve estar lembrado,
na administração, na economia e fal- para investimentos e um relançamento
ta também integração do Centro e da economia. Esse é o reto principal
Norte porque não há vantagens iguais para Moçambique.
comecemos a especular sobre quem é
que poderia ter tido esse dinheiro.
Mas em nenhuma parte do mundo se
pótese de se chegar, de facto, a um
esclarecimento exaustivo, em que se
saiba quem fez o quê, para onde foi o
termina. Isso é mesmo abertura ao
diálogo ou é outra coisa?
Diálogo em si é sempre bom, mas
Quem seriam esses inimigos da paz?
Não posso nomear pessoas porque não
as conheço. Não se expressam de manei-
ria mudar-se essa ideia de isolamen-
to. E a expressão desse isolamento foi
também a política de vistos. Fazem
todos os detalhes. Assim deve se falar E qual foi a resposta do presidente? para pessoas que vivem nessas regiões vai a uma auditoria de natureza foren- muitos esforços para não haver es-
com certeza, das circunstâncias em dinheiro e tudo mais, e a seguir? Será negociações são outra coisa. Numa ra clara, mas acho que nas duas partes há
com muitas pessoas para perceber um Tem a consciência de tudo isso, mas na que morre o Professor Gilles Cistac com as que estão em Maputo. É, em Não faz sentido pôr dinheiro se sem que haja indícios de violações apenas o esclarecimento em si que vai trangeiros em Moçambique e isso
negociação tem de se dar algo, deve uma ala dura e uma ala que quer falar.
pouco mais como funciona, por exem- vida política é sempre mais fácil dizer o em 2015 e do baleamento este ano do algum sentido, normal porque a capi- QXP2UoDPHQWRTXH de lei. ditar o retorno da ajuda ou daí será ne- é uma das razões pelo turismo fra-
formar-se um compromisso e não sei É verdade que disse que a ajuda da co-
plo, o partido no poder, a Frelimo, ou que você precisa, do que implementar Professor Jaime Macuane! tal sempre tem vantagens, mas como a evaporará Bom, o indício maior é que faltam dois cessário fazer-se o quê? co, porque é um pouco difícil obter
se há essa disponibilidade hoje em munidade internacional na busca de
como funciona a guerra que está em esse desejo e essa vontade. Ficámos assustados com essas coisas. capital é o extremo sul, é um problema Em 2015, a Alemanha saiu do então biliões de dólares. Nós insistimos na transparência, as visto para vir a Moçambique, como
dia para realmente negociações subs- soluções vai depender da vontade das
curso. O trabalho principal de nossas Moçambique celebra, esta semana, Obviamente não são eventos positivos, também geográfico. Então, há que se G19, hoje G14, por não concordar É possível que um país se endivide consequências seria um assunto do Go- também é difícil para empresas in-
tanciais nas quais as duas partes dêem duas partes, mas aquando da visita do
embaixadas cá em Moçambique é a co- mais um aniversário da sua indepen- mas afinal não tiveram o efeito desejado trabalhar na igualdade, oportunidades, com a modalidade de Apoio Directo como se endividou Moçambique sem verno de Moçambique. ternacionais ou investidores estran-
algo e façam compromissos. Para presidente Nyusi a Alemanha, este
operação económica. dência. Olhando para os seus diversos de calar a sociedade civil. Condenamos condições económicas em todo o país ao Orçamento, alegando questões de que o Chefe de Estado, enquanto o Se se disser amanhã que foi fulano e geiros, porque a mão-de-obra não
mim, a participação internacional se- ano, a chanceler alemã, Angela Ma-
Se tivesse mais três anos, o que faria sectores, desde o crescimento econó- esse tipo de acção que não tem sentido e integrar-se uma parte do povo que controlo da aplicação dos fundos. O mais alto magistrado da nação esteja a sicrano que se apoderaram do dinhei- pode ser 100 porcento moçambicana
ria também importante para que haja rkel, disse que ela e o seu país fariam
por Moçambique e pelos moçambica- mico até aos alicerces de um Estado e esperamos ser as últimas vezes que lutou 16 anos. Isso ainda não teve uma que, concretamente, terá mudado e par disso? Sem que o homem que con- ro, estariam dispostos a libertar os ideias novas porque as duas partes es- tudo em prol do restabelecimento da e se há um problema de visto não é
nos? de Direito Democrático, vê, neste vimos esse tipo de assassinatos ou aten- solução adequada e por isso estamos a vos levou a mudar de táctica? trola a pasta dos dinheiros do Estado, fundos? tão focadas em algumas coisas e não paz em Moçambique. Qual seria esse fácil continuar com o trabalho. Acho
Depende muito da disponibilidade dos país, um rosto de um adulto com 41 tados acontecerem. viver outra vez a guerra. Foi uma decisão de 2014 do Parlamen- portanto, o ministro das finanças te- Essa é a ideia, porque assim teríamos podem abrir um pouco mais, tanto os apoio? que esse é um elemento que deveria
moçambicanos, do Governo, mas hoje anos de idade? A prosperidade de um país passa, ne- to alemão que tinha receios contra qual- nha conhecimento disso? uma base transparente para retomar o temas nos quais deveria falar-se, quer Se houvesse necessidade de enviar uma repensar-se.
em dia também da oposição que tem Moçambique tem logrado muito, so- É importante alternar o cessariamente, por uma boa governa- quer programa de ajuda ao Orçamento, Não sei, nós queremos esclarecer tudo diálogo e os programas do FMI e sem na maneira de abordar esses temas. pessoa, para uma equipa de negociações, Tem saudades ou não do Presidente
um papel importante em Moçambi- bretudo tendo em conta que teve uma poder ção. A história dos países hoje desen- mas hoje, há uma crise de confiança. Se isso através da auditoria forense inter- o FMI não podemos dar ajuda. Seria Então, precisa-se de peritagem de não necessariamente da Alemanha, mas Guebuza.
que. É muito difícil ajudar a um país guerra civil durante 16 anos. O desafio Segundo a literatura e os gurus da ci- volvidos demonstra que não há mila- dois biliões de dólares quase evapora- nacional e não só de instituições de cá uma base para recomeçar com o nosso outros conflitos, de outras situações, que possa ser não sei donde, mas que Risos…não posso responder.
que não tem vontade de ser ajudado. hoje é não perder os avanços através de ência política, uma democracia é tam- gre algum, senão a boa governação. ram, uma parte sem saber - EMATUM em Moçambique. engajamento.
18 Savana 24-06-2016
OPINIÃO
EDITORIAL Cartoon
Está tudo
Será desta vez? bem!
bem
A
última decisão do governo de aceitar o envolvimento dos me-
diadores nas negociações com a Renamo pode ter removido o
o
último obstáculo que se impunha no caminho para a paz em
Moçambique.
Sou
A paz em Moçambique não é uma questão de opção; é um imperativo
para o qual as duas partes se devem entregar sem reservas. Com uma america
americano!
log
economia em profunda crise, o país precisa de estar em paz para poder
recuperar e construir o seu futuro.
O envolvimento dos mediadores internacionais era o que a Renamo exi-
gia como garantia para que as negociações não resultassem em mais um
nado morto.
Tendo o governo dado este passo, cabe agora à Renamo mostrar a sua
seriedade e flexibilidade. As negociações não podem ser vistas apenas
como um exercício de retórica, uma estratégia de alívio ao cerco contra
o seu líder na Serra da Gorongosa. Em resposta a este cerco, a Renamo
ció
tem estado a intensificar as suas acções armadas contra alvos civis, prati-
camente inviabilizando a circulação de pessoas e bens ao longo dos prin-
cipais corredores de transporte no centro do país. A continuação destes
ataques começa a assumir contornos de crimes de guerra.
Os moçambicanos, por sua vez, esperam que estas negociações tragam a
paz efectiva, no mais curto espaço de tempo.
Há motivos para algum optimismo, mas também é preciso questionar
o que é que desta vez será feito e que não foi feito antes para que a paz
prevalecesse?
Uma breve recolecção dos factos indica que em 1992, o Acordo Geral
E se Cunha tivesse salvado Dilma?
so
de Paz (AGP) de Roma determinava a constituição das Forças Armadas
de Defesa de Moçambique (FADM), com 30 mil homens, numa base de
paridade entre o governo e a Renamo. Contrariando este entendimento, Por Juan Arias*
a Renamo não preencheu nem metade da sua obrigação.
S
Está provado na história, que movimentos de guerrilha nunca desmobi- e tivesse salvado Dilma, Cunha talvez se- assim, à frente do Governo?
lizam todos os seus efectivos militares depois da assinatura dos acordos ria hoje apenas mais um dos acusados pela Porque outros políticos que possuem uma quanti-
formais de cessar fogo. O receio de serem apanhados desprevenidos em Lava Jato, à espera, como tantos outros de dade ainda maior de processos contra si continuam
caso do reacender das hostilidades dita que tenham de permanecer com seus correligionár
correligionários, do moroso parecer do sem ser levados a julgamento?
uma força de reserva. A Renamo estaria a faltar à verdade se dissesse que STF. Hipocrisia do poder de plantão e hipocrisia da opo-
um
ela foi uma excepção. E é de esperar que também tenha mantido em seu
Não vou defender Eduardo Cunha. Simplesmen- sição, já que o PSDB, por exemplo, demorou para
poder grandes quantidades de armas, em diferentes pontos do país.
Para não ter de admitir isto, a Renamo foi propalando ao longo de mais te porque
que não existe defesa possív
possível. Ele já deveria condenar Cunha, esperando que ele abrisse o pro-
de vinte anos a narrativa de que foi o governo quem sabotou a integração estar na cadeia. Já denunciei, nesta coluna, a aber- cesso de impeachment.
dos seus homens nas FADM. Muitos deram crédito a esta versão, porque ração adicional que signific
significa um evangélico, como Hipocrisia também, hoje, do Governo interino de
neste tipo de processos é natural que a maior parte da desconfiança recaia ele, colocar no nome da Jesus.com seus carros de Michel Temer, que ainda não se pronunciou aberta-
sobre o governo. luxo comprados com dinheiro da corrupção, assim mente contra Cunha nem parece estar pressionan-
O acordo de Cessação das Hostilidades de 5 de Setembro de 2014 era como o descalabro vergonhoso do luxo exibido por do para que ele renuncie à Presidência da Câmara,
essencialmente uma tentativa de corrigir esta situação. Sem se especificar sua mulher. da qual já foi afastado pelo Supremo. Cunha ainda
números, as forças residuais da Renamo seriam integradas nas FADM e
Cunha já foi condenado pela opinião pública com dá medo a alguém? Porque o PMDB ainda não o
na polícia. Outros seriam compensados através do Fundo da Paz.
Para esse processo, a Renamo exigiu e conseguiu também a presença
mais contundência do que pelos próprios tribunais. expulsou do partido?
É uma fera ferida de morte politicamente. Até mes- A opinião pública está certa ao não perdoar esse
de
namo rejeitava os resultados das eleições, apesar destes terem sido sufra-
lência do presidente dessa comissão. Tudo isso em que não costuma pecar pela pressa na condenação
gados pelos seus próprios vogais na CNE. Nunca houve uma explicação
plausível sobre o que levou estes a agirem em dissonância com o seu nome do Governo, com a condição de que Cunha de políticos com foro privilegiado, prerrogativa que
próprio partido. não levasse adiante o processo de impeachment de não existe mais em quase nenhum outro país do
Um dos quatro pontos da agenda agora em negociação é o desarmamen- Dilma Rousseff. mundo. Que Cunha seja, assim, condenado. Mas
to da Renamo. É preciso esperar para ver se será desta vez que a Renamo A pergunta que não quer calar é a seguinte: o que sem esquecermos de condenar, também, a hipocri-
seria de Cunha hoje se ele tivesse aceitado a chanta- sia daqueles que usam os corruptos enquanto po-
Di
KOk NAM Editor Executivo: Ivone Soares, Luis Guevane, João Distribuição:
Franscisco Carmona Mosca, Paulo Mubalo (Desporto). Miguel Bila
Director Emérito Colaboradores: (824576190 / 840135281)
Conselho de Administração: (francisco.carmona@mediacoop.co.mz)
André Catueira (Manica) (miguel.bila@mediacoop.co.mz)
Fernando B. de Lima (presidente) Aunício Silva (Nampula) (incluindo via e-mail e PDF)
Redacção:
e Naita Ussene Eugénio Arão (Inhambane) Fax: +258 21302402 (Redacção)
Fernando Manuel, Raúl Senda, Abdul António Munaíta (Zambézia)
Direcção, Redacção e Administração: 82 3051790 (Publicidade/Directo)
Sulemane, Argunaldo Nhampossa e Maquetização:
AV. Amílcar Cabral nr.1049 cp 73 Delegação da Beira
Armando Nhantumbo Auscêncio Machavane e Prédio Aruanga, nº 32 – 1º andar, A
Telefones: )RWRJUDÀD Hermenegildo Timana. Telefone: (+258) 825 847050821
(+258)21301737,823171100, Naita Ussene (editor) Revisão savana@mediacoop.co.mz
Registado sob número 007/RRA/DNI/93 Propriedade da 843171100 e Ilec Vilanculos Gervásio Nhalicale Redacção
NUIT: 400109001 Editor: Colaboradores Permanentes: Publicidade admc@mediacoop.co.mz
Fernando Gonçalves Machado da Graça, Fernando Lima, Benvinda Tamele (823282870) Administração
Maputo-República de Moçambique editorsav@mediacoop.co.mz António Cabrita, Carlos Serra, (benvinda.tamele@mediacoop.co.mz) www.savana.co.mz
Savana 24-06-2016 19
OPINIÃO
E
mbora Pequim e Xangai sejam das tradicionais medidas de dinheiro liguem a China a outras regiões da continuam a salientar as oscilações do dos do Governo mostram que a pro-
relativamente prósperos, ainda barato, do lado da procura, e do dé- Ásia, Ásia Central e, potencialmente, yuan face ao dólar, porque temem que porção de empréstimos bancários face
o
há muita pobreza. É revelador fice orçamental ligeiramente superior, até mesmo da Europa. O objectivo da enfatizar a gestão da taxa de câmbio ao PIB é cerca de duas vezes superior
que para atingir a meta do Pla- ambos já visando o reforço da activi- política externa é expandir a influên- face a um cabaz de moedas leve a crer à dos Estados Unidos. Mais preocu-
no a Cinco Anos de eliminar a po- dade económica. cia chinesa na região e além desta. Irá numa queda em relação ao dólar, uma pante, a proporção de crédito malpa-
breza até 2020, o que exige a redução No topo da lista de políticas do lado também proporcionar uma oportuni- expectativa que aumentaria ia as saídas rado poderá ser gravemente elevada.
log
em 55 milhões do número de pessoas da oferta está a eliminação de parte dade para exportar algum do excesso de capital. Mas mesmo se essa proporção for
pobres, a linha de pobreza seja defini- do excesso de capacidade das empre- de capacidade industrial da China. Políticas para melhorar o meio am- maior do que as estatísticas oficiais
da em apenas 354 dólares por ano, ou sas estatais das indústrias do aço e do Além disso, os responsáveis preten- biente estão também no topo da agen- indicam, o problema do mau crédito
menos de um dólar por dia. carvão. Isto significa despedir cerca dem estimular a inovação através da da do Governo para os próximos cin- na China é muito diferente do regis-
Regressei recentemente de Pequim, de quatro milhões de trabalhadores, investigação e desenvolvimento, in- co anos. A população está ansiosa por tado no Ocidente. As empresas chi-
onde estive uma semana a conversar o equivalente a 0,5% da força de tra- cluindo através da redução das taxas um ar, rios e terra mais limpos. Para nesas mais endividadas são do Estado
com autoridades chinesas e a assis- balho chinesa. O plano autoriza um de imposto para empresas de alta conseguir isso, o Governo vai adoptar e os seus credores são bancos estatais.
tir ao Fórum de Desenvolvimento fundo especial para prestar assistência tecnologia. A reforma tributária irá novas regulamentações e criar “obri- Neste sentido, solucionar as dívidas
da China (CDF, na sigla anglo-sa- aos que continuam desempregados. também alargar o IVA ao sector de gações verdes” para financiar fontes incobráveis implicaria transferir as
de correcção e de energia de baixo perdas dos bancos estatais para o Go-
ció
xónica), o grande encontro anual de Os especialistas acreditam que é ne- serviços. E as reformas financeiras
responsáveis chineses e estrangeiros, cessária uma redução muito maior. eliminarão os limites às taxas de juro carbono. As empresas de automóveis verno. E porque a dívida do Governo
bem como de executivos de topo. O Mas as autoridades estão a começar que os bancos podem pagar sobre os chinesas estão a ser incentivadas a é relativamente baixa - cerca de 17%
Governo chinês acabara de lançar o lentamente, de modo a ver como fun- depósitos e o que cobram sobre os produzir carros híbridos e o Governo do PIB - não seria difícil absorver
seu 13º Plano Quinquenal, com os ciona e para monitorizar a resposta da empréstimos. está a alertar as empresas automóveis essas perdas. Caso fosse necessário,
responsáveis ansiosos por explicar população. Ao mesmo tempo, há uma confusão estrangeiras que irá tomar medidas poderia também lidar com o elevado
o que isso significa para o futuro da para reduzir a sua quota de mercado, endividamento no qual os governos
A China irá também mudar milhões substancial em torno do novo regime
caso estas não se conformem. locais incorreram em 2008 e 2009, in-
China. de pessoas de áreas agrícolas de baixa cambial da China. Nos últimos anos,
Melhorar a qualidade de vida tam- centivados pelas autoridades centrais
Embora o plano mais recente conte- produtividade para dezenas de novas a queda do yuan face dólar provocou
bém requer um reforço na qualidade O que não foi discutido no CDF é o
nha uma lista aparentemente intermi- cidades, lado a lado com planos am- queixas de empresas norte-america-
so
dos produtos que os consumidores enorme combate à corrupção de alto
nável de projectos e metas específicas, biciosos para construir 50 novos ae- nas que competem com produtos chi-
chineses podem comprar. Um minis- nível que o Presidente Xi Jinping está
o novo grande tema deste ano é “a roportos e milhares de quilómetros neses. Mas o yuan também valorizou
tro do Governo salientou no CDF a levar a cabo e que muitos dizem
reestruturação do lado da oferta”, um em novas estradas e ferrovias. As au- 25% desde 2010, face a outras moedas
que os cerca de um milhão de turistas estar a obstruir o processo de deci-
termo que inclui uma ampla gama de toridades estão também a enaltecer o de países desenvolvidos.
volvidos. As autorida-
chineses que viajaram para o exterior são económica, bem como a atrasar
políticas destinadas a impulsionar o projecto “One Belt, One Road”, que des prometem que irão permitir que o o crescimento do PIB. Nem houve
no último ano usaram os seus car-
crescimento económico e os níveis de utilizará os recursos e a assistência mercado
cado determine a taxa de câmbio e qualquer discussão em torno da pre-
tões de crédito para comprar cerca de
vida. O termo “lado da oferta” desti- financeira chineses para desenvol- que não há razão para uma desvalori- ocupação generalizada sobre uma
mil milhões de dólares em bens que
na-se a distinguir estas novas políticas ver portos, ferrovias e rodovias que zação sustentada. Mas as autoridades mudança ideológica à esquerda, que
não podem obter em casa - embo-
ra salientasse a ironia de que alguns poderia ameaçar os direitos de pro-
um
desses produtos de marcas europeias priedade, levando à fuga de capitais
e norte-americanas são, na verdade, por indivíduos que procuram proteger
fabricados na China. a sua riqueza.
A China é ainda um país de baixos Mas enquanto a China continua a
rendimentos, com um PIB per capi- ser um complicado quebra-cabeças,
ta de apenas 14 mil dólares, cerca de as autoridades estão claramente à
um quarto do registado nos Estados procura de reformas pró-mercado,
Unidos. Embora Pequim e Xangai destinadas a produzir um crescimento
real anual de 6,5% ou mais, durante
o que exige a redução em 55 milhões jectivo não for atingido, não será por
D
aria metade da minha vida para vais casar comigo.” depois da Independência, vieste ter co- do número de pessoas pobres, a linha falta de esforço por parte do governo
voltar a ver-te, Rosa. Não sei E eu – “Rosa, vou sim senhora!” migo e disseste: de pobreza seja definida em apenas chinês.
se teria sentido. Já se passam Então consegui convencer-te, era 24 de – “Renato, apaga o meu nome da tua 354 dólares por ano, ou menos de um
41 anos desde aquela noite de Junho de 1975, e foi assim que perdes- lista. Eu não existo.” dólar por dia. *Martin Feldstein, professor de Eco-
Junho de 1975, quando consegui con- te a tua virgindade. Eu também perdi Fiquei a saber que tinhas encontrado O elevado nível de endividamento das nomia na Universidade de Harvard e
vencer-te a te deitares de costas naque- a minha. um comandante guerrilheiro da Freli- empresas chinesas pode ser uma fon- presidente emérito do National Bureau
la varanda alta da loja do Suzarde, na Sinto-me um pouco culpado, porque mo chamado David, que não se impor- te de instabilidade financeira, embora of Economic Research, presidiu ao Cou-
Avenida Craveiro Lopes. depois disso não aconteceu nada da- tou nada com o facto de seres virgem ou vários responsáveis tenham salientado ncil of Economic Advisers do Presidente
Tinhas os teus verdes 16 anos e eu quilo que te prometi. Nunca mais nos não seres, ele casou-se contigo. que não estavam preocupados. Os da- Ronald Reagan entre 1982 e 1984.
também era verde, tinha 18, e conse- vimos, não me casei contigo, não sei Rosa, eu daria metade da minha vida
io
gui convencer-te a te deitares em cima onde estás e nem sei o que será de ti, para voltar a encontrar-me contigo,
da varanda, aquela varanda alta da loja mas digo-te uma coisa, Rosa: dava me- voltar a ver-te. Ver-te é uma forma de
do Suzarde, e tu eras uma adolescente tade da minha vida para voltar a ver- dizer, porque estou cego, estou meio al-
fremente de pernas frágeis, ou aparen- -te, ou se calhar não, porque se passam quebrado, não consigo andar bem, mas
temente frágeis, tipo tesoura, de púbis 41 anos e eu estou um velho, assim de guardo de ti uma memória muito viva,
húmida, de seios erguidos em direcção cabelo muito branco, metade dos meus de uma menina de 16 anos, bonita, cuja
ár
ao céu, de lábios molhados, de cabelo dentes já foram arrancados, sofro de cintura eu conseguia cingir assim por Email: carlosserra_maputo@yahoo.com
curto,
to, e eu disse- te – “Rosa, vamos impotência sexual e nem sei se valeria completo com o meu braço, e tinhas Portal: http://oficinadesociologia.blogspot.com
fazer uma coisa que nuncaa fizemos na a pena ver-te. Se calhar tu também es- os lábios húmidos e tinhas os seios túr- 482
vida.” tás mais ou menos na mesma situação, gidos erguidos contra o céu e tinhas a
Fizemos. Depois acordámos, tu numa quem sabe? púbis húmida e tinhas as pernas assim
pequena lagoa de sangue, e disseste-me
– “Renato, depois disto, nunca mais
Rosa, se calhar também tens cabelos
brancos, se calhar também tens netos, se
tipo tesoura, a perguntar-me:
– “Renato, depois disto tudo, jura lá que A verdadeira diferença
Di
nada será como dantes. Promete-me calhar também estás numa situação de vais casar comigo, porque depois disto
que te vais casar comigo, porque depois menopausa, não sei. Talvez seja melhor nenhum outro homem me vai aceitar,
P
ara ilustrar quão dife- sas coisas. Mas não cometemos
disto nenhum homem me aceitará.” não nos vermos, Rosa. Mas eu lembro- por já não ser virgem.”
rentes são as tradições erros menores, erros trágicos
Eu disse – “Sim, vou casar-me contigo, -me de ti, eras uma jovem virgem de – “Rosa, juro por Deus que me vou ca-
Rosa.” dentes brancos, de olhos brilhantes que sar contigo.” culturais e quanto a esse afinal, se esquecemos que to-
Rosa, daria metade da minha vida para brilhavam ao longo da noite, de narinas Não me casei, porque pronto: aconteceu respeito podemos correr dos os seres humanos têm de
voltar a ver-te. Passam-se 41 anos. Não frementes, e eu te pegava, tinhas a púbis a Independência, aconteceu tu casares. erros, Raymond Aron observou comer.
sei Talvez não gostasse, porque talvez húmida, tinhas os seios túrgidos, assim Rosa, seja como for, gostaria de te ver num dos seus livros que não só O que, em última análise, faz a
fosse preferível eu guardar a memória como limões erguidos contra o céu, e mais uma vez, ou melhor, talvez não o sorriso dos Japoneses é dife- verdadeira diferença entre X e
que tenho de ti assim como guardo: uma dúvida grande nos lábios: gostasse. Prefiro guardar em mim a me- rente do dos Franceses, quanto Y, não é que X ria à japonesa e
uma jovem adolescente, de pele escura, – “Renato, tu vais casar-te comigo de- mória que tenho de ti: uma Rosa ma- eles exprimem o apreço pela Y à francesa, mas que um possa
de cabelo curto, de narinas frementes, pois disto tudo?” changana de pernas frágeis tipo tesou-
comida comendo pouco, ao rir e outro não, que um possa
de lábios molhados, de púbis húmida, – “Sim, Rosa, vou-me casar.” ra, de lábios húmidos, de seios erguidos
de partes internas que eu tocava com os Levantámo-nos, tu mergulhada numa para o céu, cabelo curto mal penteado a
contrário dos Franceses, que o comer e o outro não, que um
dedos, e tu a dizeres: pequena poça de sangue, na varanda da dançar Shauri yako. fazem comendo. seja protegido e o outro não,
– “Promete-me uma coisa, Renato: loja do Suzarde, na Avenida Craveiro Rosa fica bem. Adoro-te. Se me pude- Claro que podemos cometer que um possa estudar e o outro
aquilo que acontecer depois disto ja- Lopes, era 24 de Junho de 1975, um dia res localizar, localiza-me. Por uma razão erros sérios se esquecermos es- não, etc.
mais será como antes. Promete que te antes da Independência. Depois, pouco muito simples: porque eu te amo.
20 Savana 24-06-2016
OPINIÃO
A TALHE DE FOICE
Um Verão desafogado
P Machado da Graça
Por Por João Carlos Barradas*
S
ondagens incertas estão longe de soberania plena vicejam num debate mar-
augurar um Verão desafogado para cado desde a adesão de 1973 pela ideia de
o
o Reino Unido e só sobra a certeza concessões mínimas para garantia de aces-
de desordem acrescida nas Ilhas so a mercados continentais e livre circula-
log
Chegados ao referendo, não é claro se o David Cameron falhando a vitória por lar-
temor às consequências económicas ne- ga margem queda-se refém da ala eurocép-
gativas da ruptura com a UE - argumento nto tica dos conservadores, sob pressão acresci-
O
Gabriel Muthisse veio a públi- 5. O dinheiro pedido pela MAM por excelência da campanha pelo “Ficar” ar” - da dos independentistas de Nigel Farage,
co tentar justificar o injustifi- destinava-se à construção de um es- prevalece sobre a afirmação da soberania
sobera
sob erania
nia incapaz de negociar cortes nos sistemas de
cável. Pegando nas desculpas taleiro de reparação naval em Pem-
para conter os males da emigração, ção,, mote
ção mote saúde e assistência social e constrangido
esfarrapadas do 1º ministro ba e outro em Maputo. Dado que
obsessivo dos partidários
ioss de
de “Sair”.
“Sair”.
“Sai r”. por escassa margem negocial em Bruxelas.
para o atropelamento da constituição nenhum foi construído nem sequer
começado a construir, em que foi O rastreio aponta paraa empa eempate
mpate
te téc
técnic
técnico
nicoo François Hollande - amargando ímpetos
e de mais legislação no caso das dívi-
com triunfo do “Ficar” naa Escócia,
Escócia
Escó cia,, Irlan-
Irlan-
Irla n- vencedores da direita e extrema-direita - e
ció
das ocultas, Muthisse, sem acrescentar gasto esse dinheiro? Onde é que ele
nenhum argumento, procurou apenas está? da do Norte e, possivelmente,
sivelm
sivelment
ente,
e, Paí
Paíss de
de Ga-
Ga- Angela Merkel - pressionada pelos conser-
arrumar melhor o texto. 6. Voltando à EMATUM, o ministro les, enquanto “Sair” gan
ganha
ha na Inglaterra,
Inglat
Ing laterr
erra,
a, vadores
vador da Baviera, xenófobos de extrema-
Mas sem entrar em teorizações eu faço Adriano Maleiane, informou-nos com a excepção de Londres, estando por -direita e aliados sociais-democratas - não
apenas algumas perguntas: que os barcos mandados construir determinar que influência terá o nível de são na presente conjuntura políticos capa-
1. Em que circunstâncias (típicas ou não obedeciam às especificações participação e o voto de mais de 10% de zes de articular estratégias de renovação
atípicas) é possível não obedecer à internacionais para este tipo de pes- indecisos. para a UE seja qual for o resultado do re-
Constituição? ca. Quem definiu as especificações Ponderando variações devidas a amostras, ferendo.
2. Em que medida é que a compra de para os barcos a serem construídos? contactos online ou telefónicos, os inqué- As persistentes crises na Zona Euro e os
so
24 barcos de pesca do atum e de 6 Foi o nosso Ministério das Pescas?
lanchas de patrulhamento costeiro ritos evidenciam a clara preferência, inde- conflitos sobre cedências de soberania a
7. Para resolver o problema anterior, entidades supranacionais, caso do BCE
tem alguma relação com a tensão pendentemente do sexo, pelo “Sair” entre
Maleiane disse-nos que os barcos
político-militar entre o governo e maiores de 65 anos e eleitores com níveis ou Comissão Europeia, divergências de
estão a ser melhorados por uma
a RENAMO? Será que o governo empresa sul-africana. E que a des- educacionais aquém do ensino superior. interesses com países fora da moeda única
pensa usar as lanchas costeiras para pesa é vultuosa. Quem está a pagar A demagogia apocalíptica das campanhas como a Suécia ou Dinamarca, confrontos
proteger as colunas de veículos na visou sobretudo o eleitorado conservador, sobre poderes de Estado quanto a controlo
essa despesa na medida em que a
estrada nacional nº1 ou os barcos de remetendo-se Jeremy Corbyn a um “Ficar” de migrações, bloqueiam consensos políti-
EMATUM está completamente
pesca para levar tropas para o centro cos no sentido de federalização ou revisão
falida? Estamos a aumentar a dívida contrafeito capaz de decepcionar irlande-
contrafeito,
do país?
de competências das instituições europeias.
um
3. Foi-nos dito que era extremamente externa com essa despesa? ses e escoceses.
urgente o patrulhamento da nossa 8. Segundo o Banco de Moçambique A ambiguidade de Corbyn turvou ainda O referendo, penda para onde pender, coisa
costa para evitar os piratas somalis, nenhum do dinheiro envolvido em mais as opções de potenciais votantes tra- boa não trará.
o tráfico de droga e outros crimes toda esta trafulhice, entrou nos seus balhistas marcados pela percepção de que “Há mar e mar, há ir e voltar”, asseverava
idênticos. Dada essa urgência, como cofres,
res, tendo transitado directa- insegurança e precariedade no emprego, a ironia sardónica de costela irlandesa de
se justifica que os navios comprados mente dos bancos emprestadores degradação dos rendimentos do trabalho Alexandre O’ Neill na campanha por “um
e entregues a vários meses estejam para destinos desconhecidos. Que Verão desafogado”, mas, nas margens do
num quadro de crescente desigualdade so-
a apodrecer num parque de estacio- consequências legais tem esta situ-
cial, resultam de efeitos nefastos da con- Canal da Mancha, do mar da Irlanda e do
namento de automóveis ao pé do ação?
corrência internacional, vulgo globalização, mar Celta, nunca falta quem perca o pé e
Museu das Pescas?
Talvez Gabriel Muthisse, num próximo agravados pela emigração de países da UE. acabe levado pela corrente.
4. O mesmo em relação aos barcos
militares comprados pela PROIN- texto,, nos possa esclarecer sobre estas O estatuto de excepção de Londres na UE
de
Independência in(con)clusiva
io
Q
uarenta e um anos depois da que pelo reconhecimento da existência de Sendo esta débil, o seu reflexo (negativo) reira da pobreza. No entanto, a pobreza
proclamação da independência um País com várias realidades geográficas é notório na cultura, educação, investiga- reproduz-se paralelamente ao défice de de-
nacional tivemos ganhos e re- e, logo, com uma diversidade em termos ção, na prontidão combativa das Forças mocracia. Por exemplo, é um caso de défice
ár
trocessos. Em alguns momen- de potencial (no turismo, na indústria, na de Defesa e Segurança (FDS), no ímpeto de democracia quando são criados motivos
tos estagnamos como País e, em outros pesc
pesca, etc.) da corrupção, na maneira como as famílias para os cidadãos não se manifestarem li-
momentos, não fomos suficientemente Quarenta e um anos já deviam ser sufi- de baixos rendimentos sofrem com a cor- vremente. Aqueles que em algum momen-
flexíveis na tomada de decisões que cientes para a nossa “Constituição” curvar- rupção. Há um emaranhado de problemas to da sua história de vida levantaram-se
evitassem a manutenção de um padrão -se diante da geodiversidade e adequar-se que, gerados pela guerra, afectam o “todo e manifestaram-se, hoje, recusam-se a que
de frustrações. Faltou-nos o lado mera- aos novos ventos. Das duas uma: ou assu- nacional”, fazendo crer que só temos uma outros se manifestem porque “não é bom
Di
mente “técnico”. mimos que a agricultura não é a base do história político-militar. É esta que se im- para o País”, “não é oportuno”. Sem demo-
A eleição da agricultura como base de desenvolvimento económico de Moçambi- põe e ofusca a relevância de outras áreas cracia a pobreza perpetua-se no seu círculo!
desenvolvimento económico, teórica e que, tratando os outros ramos da economia sociais e económicas, inflamando os nomes A independência continua como processo. O
amente, pode ter sido uma boa
filosoficamente, com o merecimento que devem ter; ou, ao que elege. içar da bandeira é um facto deste processo.
opção, mas, em quarenta e um anos de assumirmos que “é a base”, então, teremos Quarenta e um anos podem ser poucos É preciso discutirmos abertamente o senti-
independência, os resultados não fo- de evoluir visivelmente nesse sentido sem para quem gere experimentando sempre do de independência política e económica,
ram suficientemente catalisadores de paliativos e nem politiquices de espécie novas opções cujo cunho político prevalece ou mesmo o sentido de “independência total
consensos ou de um contínuo aplauso alguma. A economia agrária necessita de e ofusca o “técnico”. Mas, esses anos todos e completa”, nos dias que correm.
por parte dos seus defensores. Moçam- uma forte lufada de ar fresco para (re)criar seriam suficientes para o sucesso de uma
bique é geo-diverso e, em contraparti- os necessários equilíbrios que o “campo” gestão inclusiva e adequada ao ambiente NR: Por falha gráfica, na edição pas-
da, dependente economicamente. Essa necessita e que a cidade “reclama”. pluripartidário. sada (1171) repetiu-se o título “Saídas
geodiversidade não foi capitalizada. Mas não é só a agricultura: a nossa histó- Pendentes” na crónica de Luís Gue-
Olhou-se para a agricultura mais pela ria recente continua a ser uma história de Cá entre nós: é difícil conciliar pobreza e de- vane, numa peça cujo título devia ser
exclusividade que alguma interpretação guerras, o que, de modo sufocante, pesa mocracia. Mas, em simultâneo, a democracia é “Código, actos e acções”. Ao autor e aos
atribui a este ramo da economia, do sobre o desempenho da nossa economia. uma importante máquina destruidora da bar- nossos leitores as nossas desculpas.
Savana 24-06-2016 21
PUBLICIDADE
22 Savana 24-06-2016
DESPORTO
3RU3DXOR0XEDORH,OHF9LODQFXORVIRWRV
o
O
país vai parar literalmente ção.
este sábado para comemorar Enquanto isto, Carlos Aik é, à seme-
os 41 anos da independência lhança de Artur Semedo, uma voz
log
nacional, no meio de adver- autorizada para falar do desporto.
sidades, contigências e vicissitudes Ambos desempenharam, por lon-
de vária índole. São 41 anos de vi- go período, várias tarefas depois de
tórias e fracassos, de alegria e tris- inicialmente terem sido jogadores.
teza, de desafios e expectativas, mas Foram treinadores e selecionadores
sobretudo de esperança. Esperança nacionais com muita tarimba, fruto
de dias melhores, até porque sonhar de anos de vivências com o desporto.
é gratuito. “Nestes 41 anos de independência o
marco mais importante é a massifica-
ção desportiva, pois algumas moda-
ció
No âmbito desportivo, há também
lidades chegaram onde antes não se
esperança de surgimento de mais
jogava”, ajuntou.
Lurdes Mutolas, de mais e melhores
Apontou, em seguida, os feitos al-
presenças nos mundiais de hóquei, de
cançados pela Lurdes Mutola como
basquetebol, de mais atletas a conse- Artur Semedo
Nicolau Manjate Carlos Aik os que mais nos honram, para além
guirem mínimos para os Jogos Olím-
da boa prestação do hóquei em pa-
picos, de mais infra-estruturas des- nente desportiva”, primeiras palavras to”. Entre esses êxitos, a fonte elencou o
tins nos campeonatos do mundo e do
portivas um pouco por todo o país. de Shafee Sidat. E acrescenta que em “Temos de apostar e repensar o que hóquei em patins, concretamente, a
basquetebol em várias frentes, como a
Shafee Sidat, presidente da Federa- termos desportivos, exceptuando a queremos no desporto. Neste mo- participação da selecção nacional nos
presença num campeonato de mun-
so
ção Moçambicana Atletismo, e que Lurdes Mutola e algumas participa- mento há muitos clubes que entraram mundiais da modalidade; a participa-
do.
se tem evidenciado por construir ções esporádicas e também medalhas em crise tal como algumas empresas ção de Moçambique nos africanos de
Elencou, igualmente, a prestação de
sedes das associações nas capitais- esporádicas, o país não teve muitos patrocinadoras, deste modo, há que basquetebol, e a presença meritória
voleibol que aos poucos vai se im-
-provinciais; Artur Semedo, o cre- resultados positivos. equacionar possíveis saídas, há que em competições continentais de mo-
pondo.
denciado técnico da União Despor- “Tivemos, sim, alguns ganhos, como repensar as políticas dos clubes”, de- dalidades individuais pouco expressi- Como aspectos negativos, Carlos
tiva de Songo, Carlos Aik, destacado nos Jogos Africanos, realizados em safiou. vas. Aik entende que os clubes que são os
técnico de basquetebol e Nicolau 2011 em Maputo, no que tange a Já Artur Semedo, conhecido pela ver- O técnico entende que o país precisa mais “fabricadores” de atletas estão a
Manjate, presidente cessante da Fe- infra-estruturas desportivas, mas ticalidade e, quiçá, contundência na de massificar
massific ainda mais o desporto. degradar-se progressivamente, con-
deração Moçambicana de Patinagem mais na capital do que nas restantes sua abordagem, aflorou que o despor- “Fica esta mácula de o desporto não cretamente, as instalações desportivas
e candidato à sua própria sucessão, províncias”. to não espelha fielmente os 41 anos estar enraizado na sociedade, mas e os clubes históricos estão a fechar. E
um
deixaram ficar, ao SAVANA, as suas Explicou, ainda, a dado passo, que a da independência nacional. também isso tem a ver com as polí- mais: o desporto escolar praticamen-
ideias relativamente à efeméride. E Lurdes Mutola colocou Moçambi- “Não creio que o desporto esteja ao ticas” , enfatizou. te está em queda livre.
convergem num único ponto: Lurdes que como referência em África, no nível da dimensão das expectativas Semedo minimiza a opinião dos que Finalmente, Nicolau Manjate apon-
Mutola é, para já, o exemplo paradig- mundo e ao nível olímpico, porque colectivas”, afirmou, para em seguida ficam satisfeitos com a simples pre- tou o quarto lugar conquistado pela
mático de uma atleta que, pela sua ela ganhou tudo o que havia por ga- explicar que era suposto que o país sença de Moçambique numa compe- selecção do hóquei em patins no
entrega, sentido de responsabilidade, nhar. desportivo estivesse com potencial tição continental como o CAN. mundial de 201, na Argentina, como
querer e perseverança elevou bem O presidente da FMA diz haver mais expressivo do ponto de vista na- “Alguém acha que é bom irmos aos um facto histórico. “Para além desta
alto o nome e bandeira do nosso país. necessidade de se tornar o desporto cional e regional, o que infelizmente CANs, mas não temos conseguido conquista há que destacar a prestação
“Em 41 anos de independência, o como uma coisa muito séria, “com não está a acontecer, apesar de se ter bons resultados”, disse, deixando o das Lurdes Mutola, a nossa campeã
país teve altos e baixos na compo- políticas muito sérias para o despor- conseguido alguns êxitos. desafio de mais trabalho e organiza- mundial dos 800 metros”
de
6DPXHO&KLULQG]D
A
família desportiva nacional, na Namíbia. “despedir-se de um homem desta di-
em particular a classe da ar- Segundo Luís Lifaniça, Secretário- mensão. O seu exemplo se manterá
io
bitragem do futebol, parou, -Geral da Comissão Nacional de e saberemos honrar os seus ensina-
esta semana, para despedir- Árbitros de Futebol (CNAF), Chi- mentos”, garantiu.
-se daquele que, nos últimos anos, rindza já pertencia ao quadro de elite O MJD também lamenta a perda do
foi porta-estandarte nacional deste B de África, ao nível da FIFA. porta-estandarte da arbitragem mo-
sector ao nível internacional. Sa- “Esta trajectória testemunha o com- çambicana, porém agradece à família
ár
muel Chirindza, árbitro FIFA, des- prometimento de Samuel Chirin- por ter trazido, ao mundo, um jovem
de 2010, perdeu a vida na passada dza, que contribuiu com o seu saber, que inspirava a sua faixa etária.
sexta-feira, na sua residência, vítima a sua humildade e devoção ao traba- “Lamentamos a perda de um grande
de malária. lho”, considera Lifaniça. jovem que fez todo o seu percur-
Para este árbitro, Chirindza sempre so desportivo cedo e que serve de
Familiares, colegas de profissão, revelou ser um homem de “dotadas exemplo a todos os desportistas do
nosso país. Ficamos orgulhosos em
Di
N
esta edição 2016 da Feira do Livro morada, esposa e companheira de luta. Car- Por Luís Carlos Patraquim
de Maputo, que decorrerá de 6 a 8 tas de amor e/ou cartas com amor, ao mesmo
de Outubro, a Rosa de Porcelana tempo que, em linhas ou nas entrelinhas, se
Editora é a primeira editora interna- inferem os tempos históricos e os lugares.
o
cional a marcar presença e, como vem sendo Organizado pela filha de Amílcar Cabral,
habitual, a par das outras editoras nacionais,
Iva Cabral, e pelos editores Márcia Souto e
apresentará uma agenda preenchida com
Filinto Elísio, o livro integra, além das car-
lançamentos, sessões de autógrafos, tertúlias
tas, fotografias, poemas e notas. Conta ainda
log
e workshops.
ció
organizado pela filha de Amílcar Cabral Iva tor pretende romper com o “cânone” surgido
Cabral, e pelos editores Márcia Souto e Fi-
com Pão & Fonema, em 1974, livro esse que A lenta obturação enquadrando as formas
linto Elísio, “Sinos de Silêncio: Canções e
revolucionou a poesia cabo-verdiana desde Para que substância da pedra
Haikais”, de Corsino Fortes, “Zen Limites”
de Filinto Elísio, “Brumário e Derivações de então. Que intervalo nas grades
Brumário” de Arménio Vieira. Zen Limites é mais o recente livro do escri-
As cartas que o líder histórico das indepen- tor cabo-verdiano Filinto Elísio. É composto E não era de Próspero nem Ilha só
dências de Cabo Verde e Guiné Bissau, Amí- por 91 textos entre poemas e notas poéticas, Este divã ferido de cavaleiros marítimos
lcar Cabral, escreveu, durante mais de uma E de garupas esquartejadas
em que o autor, em clara bibliofilia, deixa-
so
década, à sua mulher, foram reunidas neste -nos conhecer o seu universo caleidoscópico
livro. “Cartas de Amílcar Cabral a Maria He- O que na erva humedece
de escritores de sua eleição. Este livro é um lácteos seios apresados
lena: a outra face do homem”, uma publica-
profuso diálogo com outros escritores e uma E o maulide em seu paroxismo de som
ção da editora da Rosa de Porcelana, reúne
53 cartas escritas por Amílcar Cabral a Ma- sistemática de intertextos com diversas obras. Lacerando o vento belígero
ria Helena Vilhena Rodrigues, entre 1946 a De Manoel de Barros e Baudelaire a De-
1960. rekWalcott, de Miguel Torga e Jorge Barbosa − Velas que enfunais o desejo! −
São cartas íntimas para aquela que foi, res- a William Shakespeare, a poética de Filinto
pectivamente no tempo, colega de curso, na- Elísio revisita a literatura universal. (A.S) Do Tempo escrevo a letra infinita
O labirinto
labir no portal das casas
um
Seu o arco e a sustenida leveza
Depois do sangue
Meu regresso
À geometria das ondas
Ao ângulo de silêncio onde o rosto
começa
a destreza da mão pastoreando as ruínas
textuando o colmo
de
M’luli e Moma
E tu, Mussa Pire, tresloucado xeque,
Intercâmbio cultural com Cuba O de Sangage, e Farelay, Mussa Quanto,
Que o Profeta, Allah Seja Louvado, se amerceie de ti, Ibrahimo,
E te perdoem as filhas da Cabaceira
O
saxofonista moçambicano
ambicano Moreira pecialistas de assuntos africanos no Instituto
ár
espermática maresia
Por outro lado, Moreira reuniu no Centro de música, desde que tenham talento e inte-
Nacional de Música Popular com Bren- resse pela música, são aceites no concurso”,
da Besada Rodriguez (musicóloga) e Regla afirma Berta Besada Rodriguez, responsável
Osorio Garcia (Especialista em eventos).
Estas manifestaram interesse em descobrir a pelas Relações Públicas e logística do festival
música moçambicana, trocando experiências cubano Jazz Plaza.
a vários níveis. “Fazemos muitas coisas, en- Moreira Chonguiça disse: “há espaço para
tre elas o festival de Jazz Plaza que acontece cooperação. Cuba é um país irmão e sempre
em Dezembro. Seria interessante ter Moreira houve interacção ao nível da política, educa-
Chonguiça a tocar neste festival que já vai na
edição número 32. Promovemos concursos de ção. Muitos moçambicanos, incluindo meu
jovens que tocam e gostam de jazz. Não são pai, estudaram aqui em Cuba. Agora quere-
Moreira junto com especialistas em assuntos africanos no Instituto cubano de música necessariamente os que frequentam a escola mos estender essa relação para a cultura”. A.S
Dobra por aqui
SUPLEMENTO HUMORÍSTICO DO SAVANA Nº 1172 DE JUNHO DE 2016
go
ólo
c i
s o
um
de
ir o
iá
D
2 Savana 24-06-2016 Savana 24-06-2016 3
SUPLEMENTO
Savana 24-06-2016 27
OPINIÃO
o
log
Ignoraram EMATUM?
N
esta quarta-feira a Procuradora-geral da República, Beatriz Buchi-
li, foi ao parlamento apresentar o informe sobre o estado da justiça
do país. Depois de uma leitura de cerca de duas horas acredito que
todos estavam à espera de ouvir o posicionamento da PGR sobre a
ció
dívida pública do país, sobre a questão das valas comuns e outros assuntos
candentes do país.
so
mesmo que não existam valas comuns, foram mortos moçambicanos. Pre-
cisamos de saber os reais motivos daquelas mortes. Um desses defensores
foi o deputado da Frelimo, Edson Macuácua. Acredito que nesta imagem
esteja a tentar justificar as suas incursões para o outro deputado, Lucas
Chomera, que desvia o seu olhar para um ponto que interessa.
Uma delegação parlamentar moçambicana, chefiada pelo Presidente da co-
missão do Plano e Orçamento, Eneas Comiche, vai participar, de 4 a 7 de
Julho do ano em curso, numa formação, cujo tema é “supervisão financeira
um
Parlamentar da eficácia da ajuda”, em Londres.
Nesta outra imagem, vemos o deputado Eneas Comiche, a ouvir algumas
sugestões do Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, sobre como
ajudar a limpar a imagem do país no encontro em que vai participar. Nisso,
o Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, vislumbra pelo
olhar que não será uma tarefa fácil.
Pelos olhares que vemos as coisas não estão nada bem no nosso país. Repa-
rem como o deputado Eduardo Mulémbwe olha fixamente para o Ministro
da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural, Celso Correia. Enquanto
isso,, o Deputado da Renamo, José Manteigas, desvia o olhar para outro
prisma.
de
t"OEBWBPQPWPBDBMNBEPDPNBBVUPOPNJBRVFQBSFDJBHP[BSP
BBVUPOPNJBRVFQBSFDJBHP[BSP
UJNPOFJSPEBOBÎÍP
RVBOEPB$1SFTPMWFVBDPSEBSFSFDPSEBSFN
QMFOB"3
QBSBB1(3UPNBSOPUBRVFB3FOBNPEFWFTFSJMFHB
QMFOB"3
QBSBB1(3UPNBSOPUBRVFB3FOBNPEFWFTFSJMFHB-
MJ[BEBFRVFBDÎÍPDSJNJOBMEFWFTFSJOUFOUBEBDPOUSBPUJP"GP
MJ[BEBFRVFBDÎÍPDSJNJOBMEFWFTFSJOUFOUBEBDPOUSBPUJP"GPO-
TP"mOBMFNRVFmDBNPTDBSP'JMJQF %JÈMPHPPVJMFHBMJ[BÎÍPF
o
CPNCBTTPCSFB(PSPOHPTB
t"NJTTÍPEP'.*EFJYBFTUBTFYUB.BQVUPEFQPJTEFVNBEJTDSF
t"NJTTÍPEP'.*EFJYBFTUBTFYUB.BQVUPEFQPJTEFVNBEJTDSFUB
log
NJTTÍPEFBWBMJBÎÍP"PRVFEJ[FN
RVFSJBNNVJUPTBCFSEPTQMB
NJTTÍPEFBWBMJBÎÍP"PRVFEJ[FN
RVFSJBNNVJUPTBCFSEPTQMB-
OPTEPHPWFSOPFEPTFV0SÎBNFOUP3FDUJmDBUJWPRVFOVODBNBJT
TBJ"BVEJUPSJBGPSFOTFÏNFTNPQBSBJSQBSBBGSFOUFFFSBCP
TBJ"BVEJUPSJBGPSFOTFÏNFTNPQBSBJSQBSBBGSFOUFFFSBCPN
RVFBTmHVSBTEF.BMFJBOFF3PTÈSJP RVFOÍPTBCFNNFUBEFEB
NJTTBFTFVTQFDBEPT
GPTTFNTVCTUJUVÓEPTQFMPTWFSEBEFJSPTBDU
NJTTBFTFVTQFDBEPT
GPTTFNTVCTUJUVÓEPTQFMPTWFSEBEFJSPTBDUP-
SFTOBDPOUSBDÎÍPEBTEÓWJEBT1BSFDF
QPSÏN
RVFIÈRVFNQFOTF
SFTOBDPOUSBDÎÍPEBTEÓWJEBT1BSFDF
QPSÏN
RVFIÈRVFNQFOTF
TPCSFUVEPBQBSUJSEB$BTB#SBODB
RVFB[BOHBEBDPNVOJEBEF
JOUFSOBDJPOBMÏDPJTBQBTTBHFJSBy
t6NEPTFDPOPNJTUBTNBJTUFMFWJTJWPTEPQBÓT
RVFOBTIPSBTW
t6NEPTFDPOPNJTUBTNBJTUFMFWJTJWPTEPQBÓT
RVFOBTIPSBTWBHBT
ció
EBWBDPOTVMUBTOBFTDPMJOIBEPCBSVMIP
WBJBHPSBUFSEFQSPWBSBT
EBWBDPOTVMUBTOBFTDPMJOIBEPCBSVMIP
TVBT UFPSJBT OP TFJP EP HPWFSOP .FTNP RVF TØ UFOIB QPTUP EF
WJDF1BSBKÈWBJUFSEFFYQMJDBSË$5"BRVFTUÍPEPTFNQSFTÈSJ
WJDF1BSBKÈWBJUFSEFFYQMJDBSË$5"BRVFTUÍPEPTFNQSFTÈSJPT
EFDBSUÍPEFWJTJUBy
t0IPNFNEBTDPMFDUBTEJGÓDFJTWPMUBBPBDUJWP
EFTUBGFJUBOBTFT-
t0IPNFNEBTDPMFDUBTEJGÓDFJTWPMUBBPBDUJWP
EFTUBGFJUBO
UBUÓTUJDBT-ÈPOEFGPJUJSBEP
BDPNJTTÈSJBGSFMDPOUJOVBBUF
UBUÓTUJDBT-ÈPOEFGPJUJSBEP
BDPNJTTÈSJBGSFMDPOUJOVBBUFOUBS
JOWFOUBSBSPEB"QBSFOUFNFOUFTFNHSBOEFTVDFTTP0RVFÏNBV
QBSBPBSSPNCBEPDPGSFEPQBÓTy
O
antigo Presidente mo- 0SHBOJ[BÎÍPEBT/BÎÜFT6OJEBTw BOUJHPT 1SFTJEFOUFT QPSUVHVFTFT
çambicano Joaquim $IJTTBOPÏPSPTUPEFiVNDPOKVO- .ÈSJP4PBSFTF+PSHF4BNQBJP
BP t/BT*MIBT#SVNPTBT
BTUBJTRVFDPOUBWBNFTUBNBESVHBEBPTWP-
um
Chissano e a activista UPEFNVEBOÎBTTØDJPFDPOØNJDBT FYQSFTJEFOUF EB "TTFNCMFJB EB UPTTFRVFSFNPVOÍPFTUBSDPNB&VSPQB6OJEB
VNBEFQVUBEB
grega Lora Pappa, res- RVF USBOTGPSNBSBN .PÎBNCJ- 3FQÞCMJDB "OUØOJP EF "MNFJEB EBPQPTJÎÍPGPJFTGBRVFBEBFEFQPJTNPSUBBUJSPRVBOEPTBÓBEF
ponsável de uma organização de RVF F Ï SFTQPOTÈWFM QFMB QSJNFJ- 4BOUPT
BP BOUJHP 1SFTJEFOUF EP VNB SFVOJÍP OP TFV DÓSDVMP FMFJUPSBM 0 1. JOUFSSPNQFV JNF-
apoio a refugiados, são os laurea- EJBUBNFOUFBDBNQBOIBQBSBPSFGFSFOEP
B.JOJTUSBEP*OUFSJPS
SB $POTUJUVJÎÍP EP QBÓT
EBUBEB #SBTJM -VJ[ *OÈDJP -VMB EB 4JMWB
GF[TF Ë JNQSFOTB QBSB QSFTUBS EFDMBSBÎÜFT DPOEFOBOEP P BDUP
dos do Prémio Norte-Sul 2015 do EF w
BMÏN EF QFSUFODFS BPT (FMEP-
BP DBOUPS JSMBOEÐT #PC (FMEP
*NBHJOFTF DÈ OP CVSHP RVBOEP BCPSEBEP TPCSF P CBMFBNFOUP
Conselho da Europa. $POTFMIPT $POTVMUJWPT EF EJWFS- Ċ
Ë SBJOIB 3ÉOJB EB +PSEÉOJB
Ë EPBDBEÏNJDP+PTÏ.BDVBOF
BÞOJDBDPJTBJOUFMJHFOUFRVFPOPTTP
TBT PSHBOJ[BÎÜFT JOUFSOBDJPOBJT
QPMÓUJDB GSBODFTB 4JNPOF 8FJM
Ë .JOJTUSPEP*OUFSJPSDPOTFHVJVEJ[FSÏRVFIBWJBVNKPSOBMJTUBEB
0QSÏNJPÏBUSJCVÓEPBOVBMNFOUF JODMVJOEPBT/BÎÜFT6OJEBT QSJNFJSBNVMIFSQSFTJEFOUFEB*S-
QSJNFJSBNVMIFSQSFTJEFOUFEB*S 57FTUBUBMRVFUBNCÏNUJOIBTJEPBMWPEFVNBTTBMUP
BEVBTQFSTPOBMJEBEFT
VNBPSJVO- +È-PSB1BQQB
GVOEBEPSBEBPSHB-
+È-PSB1BQQB
GVOEBEPSBEBPSHB MBOEB.BSZ3PCJOTPO
ËNPÎBN-
MBOEB.BSZ3PCJOTPO
ËNPÎBN
EBEP/PSUFFPVUSBEP4VM
iRVF OJ[BÎÍP OÍPHPWFSOBNFOUBM .&- .&- CJDBOB(SBÎB.BDIFMFËKPSOBMJT-
CJDBOB(SBÎB.BDIFMFËKPSOBMJT t6NEPTBSRVJUFDUPTEBJOHMØSJBNÈRVJOBEFQSPQBHBOEBEPBO-
TF EFTUBDBSBN OP QMBOP JOUFSOB- 5"ESBTJ Ï SFDPOIFDJEB QFMP TFV UBUVOJTJOB4PVIBZS#FMIBTTFO UFSJPSSFHJNFRVJTEBSPBSEBTVBHSBÎBFOUSFUFOEPOPTDPNJO-
de
DJPOBM QFMB TVB BDÎÍP FN QSPM EB iUSBCBMIP OP BQPJP F FODBNJOIB-
FODBNJOIB- $SJBEPFN
P$FOUSP/PSUF-
$SJBEPFN
P$FOUSP/PSUF GBOUJMJEBEFTTPCSFBEÓWJEBPDVMUB0TRVFOÍPTFDPOUFOUBNDPN
EFGFTBEPTEJSFJUPTIVNBOPTFEB NFOUPEFNJHSBOUFTFSFGVHJBEPT
4VM JOJDJPV B TVB BDUJWJEBEF FN QFRVFOBTGÈCVMBTQFSHVOUBN$PNUPEPPQPEFSEFEJUBEVSBEF
EFNPDSBDJB
DPOUSJCVJOEPQBSBVN TPCSFUVEPBPTHSVQPTNBJTWVMOF--
TPCSFUVEPBPTHSVQPTNBJTWVMOF QBSBFTUBCFMFDFSQMBUBGPSNBT WPUPRVFB'SFMUFNOBFTDPMJOIBEPCBSVMIP
QPSRVFÏRVFFTTF
NVOEP NBJT JOUFSEFQFOEFOUF F SÈWFJT DPNP BT DSJBOÎBT F NFOP-
NFOP JOUFS-
EF EJÈMPHP
FN NBUÏSJB EF JOUFS QPEFSOÍPGPJVTBEP &GB[FNOPUBSNBJTFNRVFTUÜFTNJMJUBSFT
P QSPQPOFOUF OÍP UFN RVF EBS NVJUPT EFUBMIFT )È WF[FT
mDBS
TPMJEÈSJPw
EJWVMHPV OFTUB RVBSUB- SFT OÍP BDPNQBOIBEPTw
SFGFSF P EFQFOEÐODJBFTPMJEBSJFEBEF
DPN
DBMBEPUPSOBTFVNBWJSUVEF
GFJSB P $FOUSP /PSUF4VM
PSHB- $FOUSP/PSUF4VM SFHJÜFTTJUVBEBTGPSBEPDPOUJOFO-
SFHJÜFTTJUVBEBTGPSBEPDPOUJOFO
OJTNP EP $POTFMIP EB &VSPQB
"0/(
DSJBEBFN
QSFUFO-
"0/(
DSJBEBFN
QSFUFO UFFVSPQFV
OPRVBESPEBiQPMÓUJDB t4PCSF QSPQBHBOEB F SFQSFTTÍP
OB WJ[JOIB ;ÉNCJB
FTUB UFSÎB
P
DPNTFEFFN-JTCPB EF DPMNBUBS GBMIBT OB HFTUÍP EPT EF WJ[JOIBOÎBw EP $POTFMIP EB 1PTU
PNBJTFNCMFNÈUJDPKPSOBMJOEFQFOEFOUFEPQBÓT
GPJGFDIB-
"TEJTUJOÎÜFTTFSÍPFOUSFHVFTQFMP NPWJNFOUPT NJHSBUØSJPT OB (SÏ-(SÏ &VSPQB "DUVBMNFOUF
DPOUB DPN
io
BRVJN $IJTTBOP
1SFTJEFOUF EF USÐTNJMDSJBOÎBTNJHSBOUFTGPTTFN 4ÍP.BSJOP
4BOUB4ÏF4ÏSWJB OÍP FODPOUSPV OFOIVN QSFTJEFOUF BGSJDBOP B RVFN HBMBSEPBS
DPNPQSÏNJPRVFMFWBPTFVOPNF
.PÎBNCJRVF FOUSF F
MFWBEBT QBSB DFOUSPT EF EFUFOÎÍP
'VOEBEPBEF.BJPEF
P
iÏSFDPOIFDJEPQFMPTFVDPOUSJCV-
iÏSFDPOIFDJEPQFMPTFVDPOUSJCV FODBNJOIBOEPBT QBSB VNB SFEF $POTFMIPEB&VSPQBÏBNBJTBO-
Em voz baixa
UPQBSBPSFGPSÎPEFNPDSÈUJDPFN BDPMIJ-
EF GBNÓMJBT PV DFOUSPT EF BDPMIJ UJHB JOTUJUVJÎÍP FVSPQFJB FN GVO-
t"PTQPVDPTWBJUPNBOEPDPOUPSOPTBBQBSJÎÍPEFVNOPWPNJOJT-
«GSJDB F P TFV FOWPMWJNFOUP OB NFOUPBEFRVBEPT DJPOBNFOUP
JOUFHSBOEP &TUB- UÏSJPEFDPOUSPMFJEFPMØHJDPEPTNFJPTEFDPNVOJDBÎÍPBGFDUPTBP
QSPDVSB EB SFTPMVÎÍP QBDÓmDB EF 0 QSÏNJP
RVF WBJ OB FEJÎÍP
EPT
JODMVJOEPUPEPTPTQBÓTFTRVF
Di
SFHJNFPVQBHPTDPNJNQPTUPTEPQPWP4FSÈNFSBDPJODJEÐODJB
DPOnJUPT FN EJGFSFOUFT [POBT EP KÈ GPJ BUSJCVÓEP
FOUSF PVUSPT
BP GPSNBNB6OJÍP&VSPQFJB PVDSJUÏSJPFEJUPSJBMRVFBNBSDIBEFQSPUFTUPDPOUSBEÓWJEBOÍP
DPOUJOFOUF
OPNFBEBNFOUFOBTVB FYTFDSFUÈSJPHFSBM EB 0/6 F NFSFDFVRVBMRVFSSFGFSÐODJBOPTEJUPTNFJPT
RVBMJEBEF EF FOWJBEP FTQFDJBM EB /PCFM EB 1B[
,Pm "OOBO
BPT (Lusa e Redacção)
Savana 24-06-2016 13
0DSXWRGH-XQKRGH$12;;,,,1o 1172
o
Portos nacionais preparam cabotagem
log
ció
so
um
de
O
Ministro dos Trans- dos Transportes e Comunicações, mos para a simplificação de pro- Norte (CDN) e Cornelder de que o custo dos produtos aos con-
portes e Comunicações Carlos Mesquita, referiu que se cedimentos nos portos nacionais, Quelimane. sumidores nacionais diminuam,
io
celebrou, esta quarta- encontra na fase final a harmoni- relativamente à carga de cabota- O director executivo da MPDC, através da redução dos custos de
-feira, memorandos de zação da proposta do Decreto que gem. Osório Lucas, disse que os me- transporte”, frisou.
entendimento com quatro con- vai estabelecer o registo especial Assinaram os memorandos de morandos representam, para os No caso particular do Porto de
cessionárias dos portos de Ma- para o transporte marítimo de entendimento com o Ministério parceiros e o Governo, um estí-
Maputo, conforme realçou Osó-
puto, Beira, Nacala e Quelimane, cabotagem, atribuindo a bandeira dos Transportes e Comunicações mulo à produção nacional e ao
visando a revitalização da cabo- nacional aos navios estrangeiros a Sociedade de Desenvolvimento comércio interno. “Os acordos rio Lucas, foi proposta uma redu-
ár
tagem marítima. sob determinadas condições de do Porto de Maputo (MPDC), prevêem a redução de tarifas e ção nas taxas, na ordem de 50 por
operação em Moçambique, para Cornelder de Moçambique, Cor- uma maior atenção ao serviço de cento, entre outros incentivos às
Os entendimentos alcançados além da reestruturação da Trans- redor de Desenvolvimento do cabotagem para contribuir para actividades na área da cabotagem.
vão permitir a priorização da marítima.
atracação dos navios de cabota- “É nossa visão criar uma empre-
Simango trabalha em Kamubukwana
Di
O
Porto da Beira e 50 por cento nos a torná-la numa companhia de Presidente do Con- de Inhagoia, localizado no bairro recolha de resíduos sóli-
portos de Maputo, Nacala, Que- bandeira para a dinamização da selho Municipal com mesmo nome, inaugurou dos.
limane e Pemba. cabotagem”, disse o governante, de Maputo, David também as obras prioritárias do Hoje último dia de visita
Espera-se, igualmente, a redu- assegurando que o debate sobre Simango iniciou projecto de requalificação do à Kamubukwana, Siman-
ção, em 40 por cento, das taxas a abertura ou não da cabotagem esta quinta-feira, uma visita bairro George Dimitrov e en- go vai inaugurar duas
de prestação de serviços aos ope- para operadores estrangeiros, em de trabalho de dois dias ao tregou os títulos de Direito de bombas de combustíveis,
radores de cabotagem, cobradas face da ausência de frotas nacio- distrito municipal de Kamu- Uso e Aproveitamento de Terra uma localizada no bairro
pelo Instituto Nacional da Ma- nais, vai prosseguir. bukwana. (DUAT) aos camponeses da es- de Zimpeto e outra no
rinha (INAMAR), e da taxa de Num outro desenvolvimento, tufa da casa agraria. bairro de Magoanine e
ajudas à navegação, cobrada pelo Carlos Mesquita destacou os No primeiro dia de trabalho, O primeiro dia de trabalho do ainda o posto de cobran-
Instituto Nacional de Hidrogra- trabalhos em curso com as Al- Simango procedeu a inau- edil da capital terminou com a ça de KaMubukwana.
fia e Navegação (INAHINA). fândegas de Moçambique com o guração do Centro de Saúde reunião com as microempresas de (Redação)
Intervindo na ocasião, o ministro objectivo de encontrar mecanis-
14 Savana 24-06-2016
PUBLICIDADE
o
SOLAR FOTOVOLTAICA E/OU POR OUTRA FONTE DE ENERGIA RENOVÁVEL PARA ENI EAST AFRICA S.p.A.
NA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
log
A Eni East Africa S.p.A. (EEA) convida à todas as em- Sujeito à submissão da Manifestação de Interesse e ao
presas interessadas e experientes para submeterem a sua cumprimento com toda a documentação acima indica-
Expressão de Manifestação de Interesse para a prestação da, as empresas interessadas poderão receber da Eni East
de serviços para um projecto integrado de Mini-rede ali- $IULFDR3DFRWHGH4XDOLÀFDomR
mentado por energia solar e/ou por outra fonte de energia
renovável a ser executado na República de Moçambique. A Eni East Africa S.p.A fará uma avaliação da documen-
O âmbito do trabalho consiste no fornecimento de um ser- tação acima solicitada e, caso o resultado da avaliação seja
ció
viço de energia multi-uso com o uso de painéis solares e/ satisfatório, irá incluir o candidato na sua Lista de Forne-
ou outra tecnologia renovável como fonte principal. cedores com vista a considerar a empresa em futuros pro-
As empresas interessadas poderão submeter a sua Expres- cessos de concurso relacionados com as actividades em
são de Manifestação de Interesse para “prestação de ser- questão.
viços para um projecto integrado de mini-rede alimenta-
do por energia solar fotovoltaica e/ou por outra fonte de $SHQDVDVHPSUHVDVRXFRQVyUFLRVRX-9TXDOLÀFDGRVTXH
so
energia renovável, através do seu registo no nosso website têm demonstrado capacidade e experiência recente do
abaixo indicado (Mozambique Application), submetendo os fornecimento do serviço acima exigido serão considera-
seguintes documentos: dos para potenciais propostas para o âmbito do serviço
1. Estrutura da Empresa/Grupo com a lista dos principais descrito acima.
DFFLRQLVWDVHGRVEHQHÀFLiULRVÀQDLVFDVRDHPSUHVDQmR
esteja cotada na bolsa de valores); A solicitação de informação e documentação tem como
2. Scan da cópia autenticada da Certidão de Registo Co- REMHFWLYRLQLFLDUXPD´DYDOLDomRSDUDTXDOLÀFDomRµHGDU
um
mercial e nome da Entidade Legal; uma oportunidade às empresas seleccionadas de fornecer
3. Estrutura da entidade em Moçambique e estrutura or- detalhes da sua estrutura legal, gestão, experiência, recur-
ganizacional; sos e sua capacidade global para executar o serviço.
4. Prova documentada de um mínimo de 5 anos de experi- Este inquérito não deverá ser considerado um convite
ência na prestação de serviços para projectos de natureza para concurso e portanto, não representa nem constitui
semelhante; nenhuma promessa, obrigação ou compromisso de qual-
&ySLDGDV&HUWLÀFDo}HVRXGRFXPHQWDomRTXHHYLGHQ-
&ySLDGDV&HUWLÀFDo}HVRXGRFXPHQWDomRTXHHYLGHQ quer tipo da parte da Eni East Africa S.p.A em celebrar
cie que o Sistema de Gestão de Saúde, Segurança e Am- contratos ou acordos com qualquer empresa que participe
de
o
OR OTHER RENEWABLE ENERGY SOURCE FOR ENI EAST AFRICA S.p.A.
ACTIVITIES IN THE REPUBLIC OF MOZAMBIQUE
log
Eni East africa S.p.A. (EEA) invites interested com- IMPORTANT:
panies to submit expressions of interest for the pro- The submission must refer to the following commo-
vision of a Smart Mini – Grid powered by solar and/ dity code:
or other renewable energy source to be carried out BB03AG08 - GENERATION SYSTEM WITH SO-
for Eni East Africa’s activities in the Republic of Mo- LAR CELLS
zambique.
ció
The scope of the work is to provide a multi-utility Within the website application, under the section
energy service with the use of solar panels and/or “Object of the Application”, the area “Origin of in-
other renewable solutions as the main energy gene- vitation” shall be completed as follows : “provision
ration source. of services for a smart mini-grid powered by solar
Companies interested in this invitation may submit photo-voltaic and/or renewables”.
their Expression of Interest to participate in a tender Subject to the submission of the application and
so
process for “provision of services for a smart mini- to the compliance of all the above documentation,
-grid powered by solar photo-voltaic and/or other Companies interested in this Expression of Interest
renewable source” by registering on our website in- PD\ UHFHLYH IURP (QL (DVW $IULFD WKH 4XDOLÀFDWLRQ
dicated below and submitting the following requi- Package
red documentation: Eni East Africa will evaluate the above requested
GRFXPHQWDWLRQDQGLIVDWLVÀHGZLOOLQFOXGHWKHDS-
GRFXPHQWDWLRQDQGLIVDWLVÀHGZLOOLQFOXGHWKHDS
um
1. Company/group structure with the list of major plicant in its Vendor List for consideration in future
VKDUHKROGHUVDQGXOWLPDWHEHQHÀFLDULHVLIQRWOLVWHG tender processes regarding the subject activities.
in the stock exchange); This is not an invitation to participate in the above-
6FDQQHGFHUWLÀHGFRS\RIWKHWUDGHUHJLVWHUOHJDO mentioned potential Tender but only an invitation to
entity name and contact person for receiving quali- participate to the Expression of Interest
ÀFDWLRQDQGFRPPHUFLDOLQIRUPDWLRQ This enquiry shall not be considered an invitation to
3. Entities structure in Mozambique and organizatio- bid and therefore it does not represent or constitute
nal structure; any promise, obligation or commitment of any kind
de
4. Documented proof of at least 5 years’ experien- on the part of Eni East Africa, to enter into any agree-
ce in provision of the services for projects of similar ment or arrangement with you or with any company
nature; participating in this pre-enquiry.
(YLGHQFHRI+HDOWK6DIHW\DQG(QYLURQPHQW0D-
(YLGHQFHRI+HDOWK6DIHW\DQG(QYLURQPHQW0D Consequently all data and information provided wi-
nagement System that complies with the require- thin the application shall not be construed as a com-
PHQWVRI,QWHUQDWLRQDOVWDQGDUG,622+6$6 mitment on the part of Eni East Africa to enter into
io
tes.
is available to the following URL: The deadline for submission of Expression of Inte-
https://eprocurement.eni.it/int_eng/Suppliers/ rest through our website is set at 7th of July 2016.
4XDOLÀFDWLRQ0R]DPELTXH$SSOLFDWLRQ (for appli- For any additional queries please contact us through
cation in English) the following email address:
eea.procurement@eni.com
https://eprocurement.eni.it/int_ita/Fornitori/ Any cost incurred by interested companies in prepa-
4XDOLÀFD$XWRFDQGLGDWXUD0R]DPELFR (for appli- ring the Expression of Interest shall be fully born by
cation in Portuguese/Italian) Companies who shall have no recourse to Eni East
Africa in this respect.
16 Savana 24-06-2016
A
empresa pública mento de mercado. combustíveis, entre outras,
o
M
Caminhos de Fer- Carlos Mesquita revelou que tem pois existe espaço para isso”, ais de 26 mil livros e moçambicanas e moçambicanos e
ro de Moçambique estado a manter contactos com sustentou o ministro. mobiliário novo foram um exemplo a seguir por todas as
(CFM) necessita de vários parceiros, particularmente Num outro desenvolvimento, oferecidos, esta semana, empresas nacionais”.
400 milhões de dólares norte- chineses, que se mostram interes- Carlos Mesquita disse ser ne- à biblioteca da Escola Por sua vez, Manuela Magaia, em
log
-americanos para a operacio- sados em avançar no projecto de cessário investir na aquisição da Missão de São José de Lhan- nome da Sociedade de Águas de
nalização da linha férrea de reabilitação da linha férrea de Ma- de meios circulantes adequa- guene, em Maputo, aquando da sua Moçambique,
Moçambique proprietária da Mar-
Machipanda, um troço de chipanda. dos, nomeadamente locomoti- reinauguração. ca Água da Namaacha, referiu que
317 quilómetros, da cidade “Vamos ver se podemos embarcar vas, vagões e plataformas, para esta iniciativa, inserida no quadro
da Beira, província de Sofala, no modelo BOT (Build–Operate– fazer este tipo de transporte, Este acto resulta do esforço con- da responsabilidade social da em-
até ao posto administrativo Transfer), previsto na lei das Par- porque os vagões para o trans- junto da Água da Namaacha e dos presa, reforça a estratégia seguida
de Machipanda, província de cerias Público-Privadas, para evitar porte de carvão têm um for- cidadãos do município português pela mesma já há alguns anos, cuja
Manica. que seja apenas o Estado a investir mato completamente distinto de Alcobaça em apoiar a educação intenção é a de ser incrementada
O ministro dos Transportes e sozinho nessa infra-estrutura”, fri- dos de cargas normais. e o intelecto dos moçambicanos. para envolver cada vez mais pessoas
ció
Comunicações, Carlos Mes- sou o titular da pasta dos Transpor- Temos depois as linhas fér- Com um extraordinário melho- e comunidades, proporcionando às
quita, assegurou que acaba tes e Comunicações. reas de Limpopo, Goba e ramento, esta biblioteca apresenta mesmas a possibilidade de eleva-
de ser concluído o estudo de Numa breve abordagem ao sistema Ressano-Garcia, que estão agora condições únicas e um equi- rem o seu nível académico e cultu-
viabilidade para a reabilita- ferroviário nacional, Carlos Mes- operacionais, conforme garan- pamento bibliográfico excepcional ral. “Este tipo de acções incorpora
ção daquela infra-estrutura quita indicou que a linha de Sena, tiu o governante, ressalvando, que irá servir toda a comunidade o ADN da Água da Namaacha, da
ferroviária, que se encontra que liga o porto da Beira, em Sofa- entretanto, que a de Limpopo daquela zona avaliada em mais de mesma forma como a Água da Na-
num estado técnico bastante la, à cidade carbonífera de Moatize, opera com tráfego mais redu- cem mil pessoas. maacha incorpora o ADN de Mo-
delicado. em Tete, está numa fase bastante zido, devido às circunstâncias O responsável pela Missão de São çambique. Ao contribuirmos para a
avançada de melhoramento da sua económicas do Zimbabwe. José de Lhanguene,
Lhanguene Pe. Leal, disse, elevação do conhecimento das pes-
so
“Terminámos o estudo de
viabilidade e agora vamos capacidade. De cerca de seis mi- Quanto à linha de Goba, que durante a inauguração da bibliote- soas, contribuímos para a elevação
analisar para apurar como lhões e meio de toneladas anual- está a beneficiar da constru- ca, que esta acção da Água da Na- dos níveis de desenvolvimento do
é que o processo de opera- mente, esta infra-estrutura vai pas- ção de uma nova ponte com maacha “demonstra um altíssimo país e esse é o nosso grande desejo”,
cionalização desta linha será sar agora a ter cerca de 12 milhões capacidade acrescida em ter- sentido de responsabilidade social, referiu Manuela.
efectuado, nomeadamente a de toneladas por ano. mos de acomodação de cargas de amor ao próximo e de vontade Os livros bem como o mobiliário
reabilitação da própria linha “As mineradoras de carvão utiliza- mais pesadas em Boane, Carlos de realmente apoiar as pessoas mais oferecido pela Água da Namaacha
e a aquisição do respectivo ram a linha de Sena, no ano pas- Mesquita disse que a sua rea- carentes num sector vital para o irão ser distribuídos também pela
material circulante”, explicou sado, para o transporte de cerca bilitação será concluída este desenvolvimento de Moçambique, Escola de Artes e Ofícios da Mo-
o governante, acrescentando de cinco milhões de toneladas de ano, depois de ter sido iniciada como é o da Educação”. O mes- amba (Maputo) e pela Escola Téc-
um
que a linha necessita de uma carvão. Agora, para além do carvão, no ano passado, num financia- mo considerou a Água da Nama- nica de Inharrime (Inhambane),
intervenção urgente, para dar precisamos pensar no transporte de mento da empresa CFM, na acha como um exemplo, enquan- cabendo cerca de oito mil livros a
vazão à demanda que tem outras mercadorias clássicas, como ordem de 18 milhões de dóla- to empresa, “que colabora para a cada instituição e servindo assim
estado a existir naquele seg- fertilizantes, trigo, arroz, granito, res norte-americanos. construção das novas gerações de mais de 300 mil pessoas.
G
arrafas plásticas descar- prazo, podem agrupar-se em quatro nas cidades cumprem diversas fun-
de
tadas, separação do lixo categorias, nomeadamente, social, ções: oferecem privacidade, realçam
reciclável, plantio de ár- comunitária, ambiental e, acima de paisagens ou ocultam aquelas que
vore, criação de um mi- tudo, económica. são desagradáveis, reduzem a luz e
ni-jardim em casa, escola ou no De acordo com o projecto, no que o reflexo, complementam ou real-
bairro foram algumas das ideias concerne ao primeiro benefício, çam a arquitectura.
defendidas no âmbito das come- trata-se de incutir no homem a No que toca aos benefícios am-
morações do Dia Internacional necessidade de apreciar o ambiente bientais, bem como económico,
natural, tornar a vida mais agradá- por um lado, no que diz respeito
do Meio Ambiente (05 de Junho)
vel, através da forte relação que as ao primeiro, o plantio de árvores
na Cidade de Pemba, província de joga um papel de extrema impor-
pessoas têm com o meio ambien-
io
Pemba e do Projecto de Adaptação que se pretende atingir com o cha- advêm desta prática estão ligados à
das Cidades Costeiras, a implan- Completa, visa consciencializar os Para os proponentes do projecto, mado “primeiro benefício”. redução de custos em resfriamento
tação de infra-estrutura verde no alunos e professores sobre a pro- os benefícios, que trará a conscien- No diz respeito aos benefícios co- do ambiente nas escolas e nas resi-
Bairro Municipal de Muxara, par- tecção do meio ambiente, segundo cialização sobre o ambiente a curto munitários, normalmente árvores dências.
Di