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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER

POLO CASTRO - PARANÁ

CLAUDIA ROSANE IANK


JANAINA

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NO


ENSINO FUNDAMENTAL
Nossas Memórias

Castro, junho de 2017


APRESENTAÇÃO

Neste relatório, apontamos os resultados, bem como a documentação


relativa às atividades desenvolvidas no estágio curricular obrigatório de
docência no Ensino Fundamental, realizado no curso de Pedagogia – Centro
Universitário Internacional Uninter, correspondente à disciplina Estágio
Supervisionado: Ensino Fundamental.
O estágio foi realizado pela dupla de alunos Janaina …. e Claudia
Rosane Iank, orientados pelo Prof. ……... A escola que considerou e nos
acolheu para o desenvolvimento do projeto de estágio foi a Escola de Escola
Municipal Professor José Nery C. de Napoli . O projeto foi desenvolvido com a
turma de 5º ano do Ensino Fundamental.
Foram desenvolvidas as seguintes atividades no decorrer do estágio,
observação das aulas e prática de docência proporcionando a necessária
capacitação para o exercício futuro da carreira.
Tendo como finalidade o registro das experiências e dos resultados
obtidos durante essa capacitação para a profissão, configurando-se como
requisito indispensável para a avaliação final dos acadêmicos.
O relatório subdivide-se em cinco e seções, na primeira seção, refere-
se a experiência dos estagiários no quesito observação em salas aulas; a
segunda seção trata do projeto de docência desenvolvido pelos alunos
estagiários, onde constam referencial teórico, metodologia, procedimentos,
recursos e cronograma; os planos das aulas, algumas reflexões e
considerações sobre a experiência são expostas na terceira seção; na quarta
seção; refere-se a uma análise avaliativa sobre a realização e os resultados
do projeto; já na quinta seção contém as considerações finais.
O referido estágio teve início no dia 02 de maio de 2017 e terminou no
dia 25 de junho do mesmo ano, com carga horária semanal de 4 horas-aulas,
este relatório contempla a descrição das observações e das experiências
vivenciadas no período de observação, co-participação e regência em sala de
aula.
1 O CONTATO COM A ESCOLA E A TURMA

1.1 SOBRE A ESCOLA

A escola que acolheu nosso projeto de estágio foi a escola Escola


José Nery C de Napoli - EMEIEF situada em área rural , à Rua Sertanópolis
Sn, 0 - Distrito Socavão - Castro - PR - CEP: 84195-000.
A escola da Vila de Socavão pertencia ao Estado. Em 1975, foi
contratada para essa escola a professora municipal Doroti de Lourdes Barbosa,
a fim de prestar uma colaboração à professora Estadual Clodomira Santos,
devido ao crescente número de alunos.
A professora Doroti ficou à frente da 1a série com 31 alunos tendo
como sala um barracão ao lado da Igreja, que não oferecia à professora e aos
alunos nenhum conforto, principalmente nos dias de chuva e inverno, por ser
aberto em um dos lados.
Nessa sala improvisada eram usados bancos, sem encosto, pouco confortáveis
e ainda insuficientes.
Em 1976, com a aposentadoria da professora Clodomira Santos, esta
escola passou a cargo do município e funcionou desde então, no prédio
estadual. No entanto, em virtude da precária situação desse prédio, antigo e
bastante estragado, nesse mesmo ano, na gestão do prefeito Municipal Dr.
Lauro Lopes, foi construída na vila uma escola em convênio com a
FUNDEPAR.
A escola era dotada de diversos requisitos para um bom
funcionamento, constando do seguinte: 02 salas grandes, um hall e cozinha.
Na subprefeitura, junto à escola, duas salas de aula e mais sanitários,
foram ocupados provisoriamente por esse grupo, visto não existir na vila outra
sala, para essa finalidade.
Em 1979 na gestão do Prefeito Dr. Ronie Cardoso na data de 24 de
maio de 1979 pela lei 48/79 a Câmara Municipal decretou o nome da Escola
como "Escola José Nery Carneiro de Nápoli", prestando uma homenagem a
esse vereador falecido nessa época.
A escola contava com 133 alunos e 11 professores, de 1ª a 6ª série.
Tendo como diretora a Senhora Maria Helena Albuquerque de Carvalho. Após
a professora Maria Helena, passaram pela direção dessa escola os seguintes
diretores:
Eudetes Pereira da Silva - Joarez Sebastião de Oliveira - Nicolau Hampf Filho -
Rosemari Martins - Sueli Verdile Souza - Izabel Rebonato Miranda - Vera
Polistchuk de Oliveira
Em 1994 os ensinos de 1ª a 4ª e de 5a e 8a série foram
desmembrados, devido à municipalização do Ensino na cidade de Castro,
sendo de 1a a 4a série municipal e de 5a e 8a série estadual.
Hoje a escola conta com 196 alunos, sendo 4 em condoções de
Educação Especial, assim subdivididas as turmas, 1º ano 28 alunos, 2º ano 28
alunos, 3º ano 58 alunos, 4º ano 40 alunos, 5º ano 42 alunos.
Sobre o espaço físico da escola, percebe-se o extremo cuidado com a
manutenção e higiene de todo o espaço interno e externo da escola.. Quanto à
distribuição do espaço físico, a escola está dividida em: 9 salas de aulas, sala
de leitura, sala de diretoria, sala de secretaria, sala de professores, laboratório
de informática, sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional
Especializado (AEE), cozinha, refeitório, despensa, banheiros feminino e
masculino fora do prédio, banheiro feminino e masculino dentro do prédio, pátio
descoberto, área verde.
A Escola conta com 26 funcionários, os recursos de infraestrutura são
alimentação escolar para os alunos, água filtrada, água da rede pública, água
de poço artesiano, energia da rede pública, fossa séptica, lixo destinado à
coleta periódica e acesso à Internet, disponibilizando computadores para a
administração, computadores para alunos, TV, Videocassete, DVD, antena
parabólica, retroprojetor, impressora e aparelho de som.
As salas de aula são adequadamente estruturadas e comportam até
quarenta alunos, são bem iluminadas e bem ventiladas, quadro e carteiras bem
conservadas, tem piso cerâmico, janelas basculantes, um ventilador de parede,
uma lousa, um armário, carteiras e cadeiras para os alunos e uma mesa e uma
cadeira para o professor. A pintura da sala é precária, bastante desgastada.
Esta escola está sempre buscando formas de melhor atender os alunos
e propor ideias e projetos que melhor ajudem a vida escolar dos alunos, por
tratar-se de uma escola rural, esta é uma forma de introduzir novidades, lazer e
diversificação, sendo também uma diretiva a capacitação dos alunos para um
futuro enquanto cidadãos críticos, participativos, e capazes de compreender e
atuar sobre a realidade em que vivem, comprovando que esta é uma instituição
que acredita nas potencialidades de seus alunos, pois busca sempre incentivar
os alunos à integração entre conhecimento e vivência cidadã.
O relacionamento entre os professores é bastante saudável e eles
interagem trocando ideias e novas propostas. Nos intervalos, as discussões na
sala dos professores é a indisciplina de algum aluno, as novidades locais e
assuntos do cotidiano da localidade.
A escola escolhida para realização do estágio já se destacou pelas
habilidades de integrar os conteúdos das aulas às atividades extracurricular,
focalizando a educação e cidadania, inclusão, diversidade cultural, autonomia,
democracia, buscando a construção do conhecimento de forma mais atrativa.
1.2 DA OBSERVAÇÃO DAS AULAS

1.2.1 Relato das observações

As análises expostas neste relatório são resultados das observações


referentes ao Estágio Supervisionado: Ensino Fundamental, do curso de
Licenciatura em Pedagogia - Uninter, realizado José Nery C de Napoli, na
turma de 4º ano 1, matutino.
O objetivos balizadores da observação centra-se na análise
metodológica das práticas educacionais, da rotina de alunos e funcionários
assim como conhecer as regras que regem as aulas, bem como a dinâmica
entre professor e aluno no processo de ensino- aprendizagem, considerando e
analisando os princípios e critérios para organização de atividades de ensino
adotados pelos professores, as dificuldades e os avanços evidenciados pelos
alunos na aprendizagem dos conteúdos, o desenvolvimento do planejamento
e Docência (regência) das aulas.
Os relatos das observações contida neste relato foram realizadas em
uma turma de 5º ano do Ensino Fundamental composta por quarenta e dois
alunos e uma professora ……., formada ……….. O estágio ocorreu em dois
momentos distintos: num primeiro momento houve um período de observação
e posteriormente no segundo momento ocorreu o período de regência que se
deu em um mês.
Fomos recebidas calorosamente pelos alunos, os quais se mostraram
muito curiosos e ansiosos pelas novidades, sobre o que iríamos trabalhar com
eles, demonstrando estarem muito interessados, atentos e serem bastante
participativos. O que se mostrou ao longo das observações ser uma turma com
alunos educados, ……. , foi possível também perceber que a professora tem
total domínio de classe fazendo-se perceber através do bom comportamento,
atenção e participação dos alunos durante as aulas, as quais que foram
expositivas e tradicionais, utiliza-se do livro didático e quadro.

As crianças são estimuladas a se expressar, permitindo que o


relacionamento professor/aluno promova um aprendizado constante, os
alunos demonstram interesse em participar de forma ativa das atividades
propostas.

Durante as aulas observadas os alunos desenvolveram atividades como


leitura, produções textuais, leitura de textos de diferentes gêneros, exploração
de escrita das palavras, interpretações textuais, realizadas de forma individual
ou em duplas, utilizando os recursos materiais utilizados durante as aulas
consistiam em quadro negro, cadernos, livros didáticos e paradidáticos, e
atividades impressas pela professora.

A professora também trabalhou matemática com os alunos através de


resolução de problemas. A idéia de somas de parcelas iguais, disposição
retangular como o comprimento de uma quadra de esporte; quanto vou pagar
por um aparelho de TV se comprar em 5 parcelas com juros de 10%, ou à vista
com desconto de 10%, quantas horas tem uma semana, um mês, um ano.
Deixando os alunos a vontade para trocar opiniões entre eles e compararem
resultados, intervindo algumas vezes para melhor direcioná-los na conclusão
acertada dos problemas, utilizando exposição dialogada buscando a
construção do conhecimento.

No plano semanal ainda constavam os seguintes conteúdos: leitura


individual e em grupo, redação, ditado, ortografia, em ciências constavam o
estudo de parasitas, em geografia os rios e seus afluentes, e operações e
resolução de problemas em matemática.

Durante as aulas a professora demonstrou sua preocupação em relação


a aprendizagem dos alunos, acompanhando o cumprimento dos exercícios e
os auxiliando sempre.

Neste período das observações das aulas foi possível conhecer a turma
de um modo privilegiado, tendo acesso a tudo o que acontece em aula,
percebendo aspectos que influenciam a dinâmica e das aulas, a metodologia e
os procedimentos didáticos adotados pela professora.

Essa etapa foi de extrema importância para o reconhecimento do local


com suas características ímpares, por se tratar de uma escola rural, para o
estreitamento das relações com os alunos, professores, funcionários da escola
e pessoas da comunidade, bem como a verificação dos recursos disponíveis
para realizar a prática pedagógica no período de co-participação e
principalmente no período da regência.

2 O PROJETO DE DOCÊNCIA
2.1 REFERENCIAL TEÓRICO
Como estagiárias e discentes do curso de Pedagogia precisávamos
desenvolver um planejamento a partir de observações no campo de
estágio, momento em os alunos demonstraram interesse em nos informar
como são as coisas na zona rural, sobre as especificidades de um vida no
campo, onde muitas famílias residem a várias gerações, foi possível perceber
que eles tinham muitas histórias interessantes sobre como os avós, ou pais
vieram morar naquele local, como eles se adaptaram, sobre objetos e fotos
antigos que possuíam, entre muitas outras curiosidades que eles
demonstraram alegria e orgulho em nos contar, assim questionamos a
coordenação e a professora regente da turma sobre a possibilidade de
desenvolver um projeto de resgate das memórias locais, o qual foi acolhido por
todos com entusiasmo.

Assim surgiu a ideia de resgatar a história local e montar uma exposição


que através dos objetos, fotos e narrativas de pessoas da comunidade,
ilustrasse esta história o que poderia acontecer no dia da reunião de Pais, e
que contemplasse a associação entre cotidiano e história de vida dos alunos
e seus familiares, possibilitando a contextualização dessa vivência individual
inserida numa história coletiva, buscando a compreensão de como a história é
reconstruída a partir das evidências balizadas pelas compreensões possíveis e
pelos interesses do momento da reconstrução.

Destacamos que os Parâmetros Curriculares Nacionais de História,


indicam alternativas que favorecem a compreensão dos alunos sobre
importância da construção da identidade individual e social estreitando a
relação entre identidade e memória, herança social e padrões de
comportamento, possibilitando a introdução da formação de um raciocínio de
história que contemple não só indivíduo, mas a coletividade no tempo e no
espaço, priorizando a visualização das transformações realizadas por homens
comuns, superando a ideia de que a vida cotidiana não faz diferença na história
global, dando a oportunidade para que os alunos se identifiquem como
sujeitos ativos construtores da História.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental


(1998), em suas séries iniciais enaltece o estudo da localidade:

A preocupação com os estudos de história local é a de que os


alunos ampliem a capacidade de observar o seu entorno para
compreensão de relações sociais e econômicas existentes no seu
próprio tempo e reconheçam a presença de outros tempos no seu dia-
a-dia. (pág.40)

Ainda acordo com o PCN:


Os estudos da história local conduzem aos estudos de diferentes
modos de viver no presente em outros tempos, que existem ou que
existiram no mesmo espaço. Nesse sentido, a proposta os estudos
históricos é de favorecer o desenvolvimento das capacidades de
diferenciação e identificação, com a intenção de expor as permanências
de costumes e relações sociais, as mudanças, as diferenças e as
semelhanças das vivências coletivas, sem julgar grupos sociais.
Classificando-os como mais evoluídos ou atrasados. (Brasil/MEC/SEF,
pág.52)

Assim amparados pela equipe pedagógica da escola iniciamos os


trabalhos enviando um bilhete aos pais pedindo que caso possuíssem algum
objeto antigo ou alguma foto, o qual fosse possível expor na reunião dos Pais,
e pudessem nos emprestar por um determinado tempo que nos enviassem
pelos seus filhos.

Fomos surpreendidas pelo envolvimento de todos, pois os objetos


vieram em quantidade e com uma riqueza de dados, o que permitiu muitas
discussões e pesquisas sobre tais objetos antigos, objetos de casa, da horta,
de agricultura, inúmeras fotos, e assim iniciamos o processo de catalogar tudo,
junto aos alunos.

Assim no primeiro dia de aula observamos o ano das fotos, suas


curiosidades como vestimentas, as construções, o número de integrantes das
famílias que no geral tinham mais de seis filhos, relacionamos esses
curiosidades com os dias atuais e como são as coisas hoje, as separamos
primeiro por países, depois as do Brasil, por estado e por cidade, falamos
sobre o clima em cada região, algumas curiosidades e diferenças com nosso
clima e nossa região. Foi uma manhã muito proveitosa cheia de risos e
alegrias, todos participaram e contribuíram.

No segundo dia partimos do ponto de cada foto encontrada no mapa e


procuramos descobrir como eles vieram, navio, avião, carro, trem e o tempo
que levou cada viagem, fomos refazendo o percurso num mapa da escola,
falamos sobre as dificuldades das viagens, como a fome, o frio, as doenças, o
clima, a comunicação e adaptação a uma nova vida, cheia de imprevistos,
dificuldades e o desconhecido.

Haviam fotos dos familiares dos alunos em muitos lugares, no brasil e


fora do Brasil, assim desenhamos um grande mapa mundial, e cada um
marcou a origem do lugar onde a foto foi feita, em seguida iniciamos a criação
de uma mapa local através do depoimento de cada aluno, onde desenhamos
as ruas, as casas, as fazendas, e a medida que eles iam acrescentando
detalhes fomos incorporando ao mapa identificando cada detalhe, como nomes
das famílias e seus integrantes, descrição dos pontos turísticos, dos locais
comerciais, da escola, ao final comparemos nosso mapa atual com as
imagens das fotos que tínhamos, observando, evidenciando e analisando as
diferenças.

No terceiro dia construímos juntos um texto, fomos escrevendo no


quadro e os alunos copiavam em seus cadernos, incluindo correções e
adaptações do vocabulário com o Título “ O lugar onde vivo”, descrevendo em
detalhes, como localização geográfica, clima, alimentação, vestuário,
costumes, músicas, incorporando tudo ao texto, em seguida incluímos fotos
que já havíamos feito e colocamos tudo dentro de uma cápsula do tempo, a
qual foi cimentada junto a uma parede por um pai de aluno.

Os alunos continuaram a contribuir com mais objetos e assim


começamos a catalogá-los , sempre questionando: O que é isso? Para que
serve? A quem pertence ou pertenceu? Você sabe qual a idade deste objeto?
Como ele chegou a sua família? Esses dados foram transformados em
legendas.

Recebemos muitos objetos de agricultura como enxada, ancinho, pá,


foice, entre outros a ferrugem como marca do tempo, o desgaste pelo uso, e
falamos sobre as dificuldades enfrentadas pelas pessoas para plantar usando
ferramentas pesadas e na difícil vida que eles enfrentaram como a escassez de
alimentos, a ausência de hospitais e recursos de saúde, e então começamos
iniciamos um processo de comparação entre o que eles tinham e o que nós
temos, escola, transporte, casa, banheiro, remédios, farmácia, hospitais,
médicos, mercado, padaria, televisão, internet, telefone, surgiram muitas coisas
e eles puderam notar o quanto sua vida está mais fácil hoje em dia, e como foi
difícil a vida chegar no pontos em que estamos, os sacrifícios que muitas
fizeram para que hoje se possa desfrutar de tantas comodidades.

No quarto dia recebemos duas pessoas da comunidade para contar


histórias sobre o local, as famílias que viviam ali, “como eram os tempos
antigos”, os alunos se mostraram interessados, participativos, questionando,
acrescentando detalhes que achavam pertinentes, inclusive pudemos observar
a forma como falavam, as palavras que usavam, os costumes como o que a
mulher sempre tinha que andar atrás do marido e não ao lado, se referir ao
marido sempre como Sr., algumas histórias engraçadas, alguns contos tendo
sido extremamente gratificante para todos.

No quinto e último dia de regência criamos um vocabulário com


palavras e expressões que caíram em desuso e seus significados e foi
surpreendente o grande número de expressões e palavras encontradas ,
realmente muitas.

Cada aluno fez um levantamento de sua família, como número de


integrantes, a quanto residem neste distrito, profissão, atividades diárias, de
onde vieram, os parentes mais próximos, antecedentes, entre outros.

Construímos uma árvore genealógica de cada aluno, e cada um fez uma


descrição com os dados apurados no levantamento como legenda para a
árvore genealógica, a qual ficaria exposta no dia da reunião de pais.

Ao final dos trabalhos, organizamos tudo o que havíamos construído e


organizamos numa sala previamente preparada pela coordenação, todos
participaram nesta organização, os alunos, a coordenação, a direção e outros
funcionários, todos estavam animados para a reunião que aconteceria nesta
noite na Reunião de Pais, ocorrida com a participação de todos os alunos,
bem como de seus familiares. Foi gratificante ver o alegria e orgulho dos
alunos em mostrar aos pais e aos colegas de outras turmas, que também
estavam presentes o resultado das suas pesquisas, ver os pais animados
relembrando histórias e pessoas procurando por fotos de parentes, discutindo
parentescos e ocorrências passadas, foi nostálgico para a maioria dos pais,
também tivemos momentos de risos, de alegria e a percepção por parte dos
alunos e seus familiares como parte de um processo histórico.

Praticamente todos os alunos da escola e seus pais acompanharam com


bastante atenção as apresentações dos alunos e alguns se envolveram na
atividade fazendo questionamentos durante as apresentações.

PLANO DE AULA

ESTAGIÁRIOS : Claudia Rosane Iank, Janaina ……...


SÉRIE: 4° ano do Ensino Fundamental
PROFESSORA REGENTE: …….
CARGA HORÁRIA: ….

Tema: Nossas Memórias.

Objetivo geral

● Pesquisar, preservar, divulgar e valorizar o patrimônio cultural material e


imaterial da comunidade, oportunizando um momento de interação e
aprendizagem a partir das atividades de resgate e valorização da
história da comunidade em que estão inseridos, bem como a formação
de alunos críticos, participantes, comprometidos e conhecedores de
suas raízes e seus valores.

Objetivos específicos

● Conhecer a própria história, construindo a identidade;


● Construir o conceito de família;
● Identificar antepassados;
● Reconhecer semelhanças, diferenças, permanências nas relações
sociais, culturais e modos de vida;
● Compreender o passado a partir de referências do seu presente;
● Ter noção de tempo cronológico;
● Fazer uso de instrumentos de busca, de fontes de informação;
● Ampliar a oralidade.
2.5.1 Procedimentos

● Orientação e pesquisa
● Entrevistas e catalogação de materiais pesquisados.
● Produção de textos, vocabulário.
● Prática de oralidade;
● Dinâmicas de grupo;

2.5.2 Cronograma Regencia

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Cart
a

Data Atividades H/a Horári Local Profes


o sor

05/06 Coletar e organizar fotos, observar e analisar 4 7:30 – Sala Claudia-


diferenças culturais, geográficas, climáticas entre 11:30h Janaina
outras na linha do tempo.
7:30 – Claudia-
06/06 Localização geográfica, catalogação das fotos,
11:30h Janaina
análise de aspectos distintos de cada região, 4 Sala
locomoção e transportes antigos e atuais,
criação de mapa com localização de familiares
antecedentes dos alunos
7:30 – Claudia-
07/06 Produção de texto coletiva“ O lugar onde vivo”, 4 Sala
11:30h Janaina
considerando a localização geográfica, clima,
alimentação, vestuário, costumes, músicas,
culturas, línguas. Confecção de cápsula do tempo.
7:30 – Claudia-
08/06 Recepção de pessoas da comunidade local, 4 Sala
11:30h Janaina
contação de histórias locais, alguns causos,
curiosidades sobre mudanças climáticas,
alterações na fauna e na flora local, estradas, usos
e costumes, acontecimentos extraordinários
relacionados ao local.

Catalogação de objetos e fornecidos pelos


alunos, revelando uso, época de fabricação, local
de fabricação, curiosidades, etc...

Exposição “Nossas Memórias”.


08/06 18h – Sala
Claudia-
2 20h Grande
Janaina

2.6 RECURSOS
● Fotos;
● Objetos familiares variados ;
● rolo papel craft;
● Materiais de Uso Comum (MUC).
● Quadro branco;
● Mapa mundi;

Avaliação:
● Os alunos serão avaliados de acordo com o envolvimento nas atividades
propostas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Durante toda a realização das atividades, em vários momentos tivemos que
repensar nosso planejamento, adaptação foi algo que aprendemos, pois nem
sempre podemos seguir exatamente o que antes havíamos planejado, em
alguns momentos os alunos se mostraram extremamente participativos e
ansiosos por continuar e se aprofundar nas tarefas propostas que nos era
inconcebível interromper o fluxo de aprendizagem e interesse daquele momento,
pois a participação e o interesse dos alunos tomaram proporções que não
esperávamos, assim como o apoio das famílias dos alunos. Tínhamos como
proposta levar o aluno a entender que ele é sujeito da história contando com o
envolvimento da comunidade local, estabelecendo assim relações sociais que
dificilmente seriam alcançadas em outras propostas.
A experiência metodológica da prática docente nos permitiu repensar
sobre os desafios que cercam e afetam o processo de ensino-aprendizagem
bem como o modo como são conduzidas e avaliadas as propostas
pedagógicas.
Tanto aprendemos, quanto ensinamos, nesta experiência extremamente
gratificante, pois pudemos compreender que o processo de ensino e
aprendizagem exige envolvimento, discussões, reflexões, e acima de tudo
comprometimento.

Nos foi possível refletir e considerar que o Estágio Supervisionado, realmente


promove uma formação continuada, já que nos convida a refletir constantemente
sobre a prática, que não se sustenta com uma fundamentação teórica
inadequada, o que certamente contribuiu não apenas com a nossa formação,
mas, principalmente nos leva a uma prática coerente com a teoria, certamente
um grande desafio, uma vez que não se pode distanciar-se de valores como o
compromisso ético de refletir sobre essas questões e elaborar estratégias de
transpor os limites que possam prejudicar a boa prática da pedagogia.
Restam ainda inúmeros questionamentos acerca de que posturas devemos tomar
diante deste ou daquele imprevistos que se apresentam tanto na prática, quanto
na teoria, e ao final concluímos que ao finalizar o estágio, obtivemos muitas
respostas, porém tínhamos mais questionamentos que ao iniciarmos e que a
aprendizagem nunca acaba, que as reflexões nos levam sempre a novas
indagações e a um novo horizonte.

REFERÊNCIA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação e da pedagogia: geral e


Brasil/ . 3ª Ed. Ver. Ampliada- São Paulo: Moderna, 2006

BOSI, Ecléa O tempo vivo da memória: ensaios de psicologia social/ Ecléa Bosi.
_ São Paulo: Ateliê Editorial, 2003.

BRASIL/MEC/SEF. Coleção explorando o ensino de história: Ensino


Fundamental. Volume 21, 2010.

BRASIL/MEC/SEF. Parâmetros Curriculares Nacionais, 1997.


BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental 1º e 2º Ciclos
– História. Brasília: MEC/SEF, 1997.

BRASIL, Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental 3º e 4º Ciclos


– História. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL, Lei nº 9.394/96 – Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília:


Ministério da Educação, 20 dez. 1996, Artigo 22.

BRASIL, Orientações Curriculares Para O Ensino Médio: Conhecimentos de


História. Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2006.

BURKE, Peter. “História Como Memória Social”. In: Variedades de História


Cultural. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000

HORN, Geraldo Balduíno. GERMINARI, Geyso Dongley. O Ensino de História e


seu Currículo: Teoria e Método. Editora Vozes: Rio de Janeiro, 2010.

KARNAL, Leonardo (org.). História na Sala de Aula: Conceitos, Práticas e


Propostas. Editora Contexto: São Paulo, 2010.

NORONHA, Isabelle de Luna Alencar. Livro Didático e Ensino de História Local


no Ensino Fundamental: Associação Nacional de História - ANPUH XXIV.
Simpósio Nacional de História, 2007.

ZAMBONI, Ernesta. O Ensino de História e a Construção da Identidade.


História-Série Argumento. São 3.

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