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Alfred Wegener (1880-1930)

O meteorologista e geofísico

Introdução

Este trabalho foi concebido para que ficássemos todos a compreender factos sobre a SIDA.
Neste trabalho fala-se sobre vários temas, nomeadamente, o que é a SIDA, sintomas da
doença, como se faz o diagnóstico, de que formas se pode contrair a doença, de que formas
nos podemos prevenir, viver com SIDA, a SIDA em Portugal, onde obter informação e
apoio sobre os testes do VIH, estatísticas e números sobre a SIDA e um pequeno glossário.

O que é a SIDA

A SIDA é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no


organismo por contacto com uma pessoa infectada que, começa de imediato a reproduzir-se
dentro dos linfócitos T4 (ou células CD4) acabando por matá-las. As células CD4 são,
precisamente, os elementos do sistema imunológico que dão indicações às restantes células
para a necessidade de proteger o organismo contra agentes invasores. O VIH apenas afecta
os humanos, só neles sobrevive e se reproduz e pode ser transmitido de três formas: por
contacto sanguíneo; através do sémen e dos fluidos vaginais nas relações sexuais; de mãe
para filho, o que pode ocorrer durante a gestação, no momento do parto e durante o
amamentamento.

O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema


sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico,
destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infectada (seropositiva),
mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são
provocadas por micróbios e que não afectam as pessoas cujo sistema imunológico funciona
convenientemente. Também podem surgir alguns tipos de tumores (cancros).

A infecção com o VIH caracteriza-se por quatro fases diferentes. Ocorre primeiro o período
de infecção aguda, até quatro semanas após o contágio e no qual o seropositivo é afectado
por diversos sintomas pouco característicos, semelhantes aos de uma gripe, e cuja causa,
normalmente, passa despercebida a doentes e médicos. Segue-se um período que pode durar
dez a 15 anos (em alguns casos mais em outros menos), no qual, embora o vírus se continue
a multiplicar, o seropositivo não apresenta quaisquer sintomas. Nesta fase, apesar de o vírus
continuar a matar as células CD4, o organismo consegue repor quase a mesma quantidade de
células que são destruídas diariamente.

A terceira fase da doença, em que o organismo já não consegue repor completamente a


quantidade de células CD4 destruídas pelo vírus, caracteriza-se por uma imunodepressão
moderada, com sintomas e sinais associados. Emagrecimento, suores nocturnos, diarreia
prolongada e febre, são alguns dos exemplos de manifestações clínicas nesta fase de
evolução da infecção.

A quarta fase, em que o seropositivo passa a ter SIDA, ocorre quando a contagem de
células CD4 se torna muito baixa ou quando a pessoa é afectada por outra doença indicadora
de um estado de imunodeficiência grave.

O vírus da SIDA

O Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) é um lentivírus da família dos retrovírus. É


constituído por moléculas de ácido ribonucleico (ARN), com uma única cadeia e possui
envelope formado por proteínas.

Os retrovírus infectam predominantemente animais vertebrados. São conhecidos outros


retrovírus que provocam síndromes de imunodeficiência adquirida noutras espécies de
vertebrados, nomeadamente, o Vírus da Imunodeficiência dos Felinos e o Vírus da
Imunodeficiência dos Símios.

Segundo as investigações feitas nesta área, o VIH pode ter evoluído a partir do Vírus de
Imunodeficiência dos Símios encontrado nos chimpanzés da África ocidental, e ter passado
aos humanos dessa região e daí para o resto do mundo. Esta é a teoria actualmente aceite
para a origem do VIH.

Existem dois tipos de vírus da imunodeficiência humana, o VIH-1 e o VIH-2, e tanto um


como outro só se reproduzem nos humanos. O VIH-1 é o vírus de imunodeficiência humana
mais predominante, enquanto o VIH-2 se transmite com menos facilidade e o período entre a
infecção e a doença é mais prolongado.

O vírus tem que entrar no sistema sanguíneo para poder multiplicar-se. Ele infecta e
multiplica-se dentro dos linfócitos T4, também conhecidos como células CD4, que fazem
parte do sistema imunológico. Ao penetrar na célula, o VIH transforma o seu código
genético de ARN em ADN, que lhe permite replicar-se e destruir estas células. Para
completar o seu ciclo de reprodução, o vírus utiliza ainda outras duas enzimas, a protease e a
integrase.

Todos os dias o organismo produz quase a mesma quantidade de células CD4 para repor a
diferença, mas, a partir de certa altura, não consegue aguentar este ritmo. Se a contagem
diminui para menos de 200 unidades por mililitro de sangue, diz-se que o seropositivo
passou a ter SIDA. O vírus começa a multiplicar-se assim que entra no sistema sanguíneo da
pessoa infectada, mas podem passar algumas semanas até que o organismo comece a
produzir anticorpos.
Imagens do vírus HIV por microscópio electrónico de transmissão

Sintomas da doença

Algumas pessoas apresentam sintomas semelhantes aos de uma gripe como febre, suores,
dor de cabeça, de estômago, nos músculos e nas articulações, fadiga, dificuldades em
engolir, gânglios linfáticos inchados e um leve prurido. Calcula-se que pelo menos de 50 por
cento dos infectados tenham estes sintomas.

Algumas pessoas também perdem peso e outras, ocasionalmente, podem perder a


mobilidade dos braços e pernas, mas recuperam-na passado pouco tempo. A fase aguda da
infecção com VIH dura entre uma a três semanas. Todos recuperam desta fase, em resposta à
reacção do sistema imunológico, os sintomas desaparecem e observa-se um decréscimo da
carga vírica.

Os seropositivos vivem, depois da fase aguda, um período em que não apresentam sintomas,
embora o vírus esteja a multiplicar-se no seu organismo o que pode prolongar-se por
diversos anos. É neste período que se encontram, actualmente, 70 a 80 por cento dos
infectados em todo o mundo.

Na fase sintomática da infecção (mas ainda sem critérios de SIDA), o doente começa a ter
sintomas e sinais de doença, indicativos da existência de uma depressão do sistema
imunológico. O doente pode referir cansaço não habitual, perda de peso, suores nocturnos,
falta de apetite, diarreia, queda de cabelo, pele seca e descamativa, entre outros sintomas.

A fase seguinte na evolução da doença designa-se por SIDA e caracteriza-se por uma
imunodeficiência grave que condiciona o aparecimento de manifestações oportunistas
(infecções e tumores).

Como se faz o diagnóstico

O diagnóstico faz-se a partir de análises sanguíneas para detectar a presença de anticorpos ao


VIH. Estes anticorpos são detectados, normalmente, apenas três a quatro semanas após a
fase aguda, não podendo haver uma certeza absoluta sobre os resultados nos primeiros três
meses após o contágio.
As primeiras análises a um infectado podem dar um resultado negativo se o contágio foi
recente, por isso, os testes devem ser repetidos quatro a seis semanas e três meses após a
primeira análise. O período em que a pessoa está infectada, mas não lhe são detectados
anticorpos, chama-se “período de janela”.

O teste usado é o ELISA (“Enzime Linked Immuno-Sorbent Assay”). Pode usar-se também
um outro teste, o “Western Blot”, para confirmar o resultado.

Aos seropositivos realizam-se também testes para avaliar o nível de VIH no sangue. Estes,
juntamente com os exames servem para contar o número de células CD4, que são
fundamentais para fazer um prognóstico sobre a evolução da doença.

Uma pessoa saudável tem entre 500 a 1 500 células CD4 por mililitro de sangue.

A seropositividade transforma-se em SIDA quando as células CD4 baixam para menos de


200 por mililitro de sangue, ficando assim o organismo mais desprotegido e tornando-se um
alvo fácil das chamadas doenças oportunistas.

De que formas se pode contrair a doença?

Através de sangue, sémen, fluidos vaginais, leite materno e, provavelmente, dos fluidos pré-
ejaculatórios dos seropositivos. O VIH não se transmite pelo ar nem penetra no organismo
através da pele, precisando de uma ferida ou de um corte para penetrar no organismo.

A forma mais perigosa de transmissão é através de uma seringa com sangue contaminado, já
que o vírus entra directamente na corrente sanguínea.

A transmissão por via sexual nas relações heterossexuais é mais comum do homem para a
mulher, do que o contrário. O contágio pode ocorrer em todos os tipos de relação já que as
secreções vaginais ou esperma, mesmo que não entrem no organismo, podem facilmente
contactar com pequenas feridas e cortes existentes na vagina, ânus, pénis e boca.

De mãe para filho, o vírus pode ser transmitido durante a gravidez, o parto ou, ainda, através
da amamentação.

O VIH pode encontrar-se nas lágrimas, no suor e na saliva de uma pessoa infectada,
contudo, a quantidade de vírus é demasiado pequena para conseguir transmitir a infecção.

É durante a fase aguda da infecção, que ocorre uma a quatro semanas após a entrada do vírus
no corpo, que existe maior perigo de contágio, devido à quantidade elevada de vírus no
sangue.

Actualmente, a transmissão por transfusão de sangue ou de produtos derivados do sangue


apresenta poucos riscos, uma vez que são feitos testes a todos os dadores.

De que formas nos podemos prevenir?


Usar sempre preservativo nas relações sexuais, não partilhar agulhas, seringas, material
usado na preparação de drogas injectáveis e objectos cortantes (agulhas de acupunctura,
instrumentos para fazer tatuagens e piercings, de cabeleireiro, manicura).

Além dos preservativos comuns, vendidos em farmácias e supermercados, existem outros,


menos vulgares, que podem ser utilizados como protecção durante as mais diversas práticas
sexuais.

É, também, preciso ter atenção à utilização de objectos, uma vez que, se estiverem em
contacto com sémen, fluidos vaginais e sangue infectados, podem transmitir o vírus.

Viver com SIDA

Os tratamentos anti-retrovíricos permitem preservar e recuperar parcialmente a função


imunológica do organismo, podendo os seropositivos levar uma vida normal ou muito
próxima do normal, desde que tomem as devidas precauções e que estejam informados sobre
os perigos de determinados comportamentos e actividades.

Actividade Física:

Não há nada que impeça um seropositivo de fazer exercício, excepto se o cansaço ou outros
sintomas o impedirem. Como se sabe, o exercício é importante para a saúde e ajuda a
prevenir doenças cardiovasculares. Não se sabe se tem uma influência directa sobre a
infecção com o VIH, mas a maior parte das pessoas que pratica exercícios, com
regularidade, sente-se física e emocionalmente melhor.

Gravidez:

As mulheres seropositivas podem passar o vírus ao filho durante a gestação, no momento do


parto e através do aleitamento, portanto, devem reflectir bem sobre essa possibilidade antes
de engravidar. Caso o pai seja seropositivo e a mãe seronegativa, existe já a possibilidade de
fazer fertilização in vitro com esperma «lavado», ou seja, utilizando apenas os
espermatozóides que não estejam infectados. Este sistema, contudo, tem ainda um risco de
transmissão de um por cento e não está disponível comummente.

Alimentação:

Os seropositivos devem ter bastante atenção ao seu regime alimentar, porque a perda de peso
é um dos sintomas da infecção, podendo os doentes, numa fase avançada da doença,
emagrecer de forma excessiva. É, também, necessário ter uma boa alimentação para ajudar a
manter em forma o sistema imunológico, já que este está a ser afectado pelo vírus.
Vida Sexual:

Desde que se proteja e que tenha em atenção determinadas práticas sexuais, é possível
manter um relacionamento sexual. Deve usar sempre preservativo em todos os tipos de
relações sexuais, por duas razões, para proteger os parceiros e a si próprio, já que pode ser
infectado por uma estirpe diferente do VIH ou por outras doenças sexualmente
transmissíveis como a hepatite B. Devem se evitar as relações sexuais se o parceiro for
mulher e estiver com o período menstrual.

A SIDA em Portugal

Em apenas três meses foram registados 884 novos casos de VIH em Portugal, segundo
resultados publicados no boletim do Centro de Vigilância Epidemiológica das Doenças
Transmissíveis (CVEDF) do Instituto Nacional de Saúde.

Entre 1 de Janeiro e 31 de Março, o Centro recebeu o maior número de casos desde que a
epidemia entrou no país. Dos 884 casos, 55 por cento não apresentam sintomas da doença,
35,7 por cento são de sida em estado visível, 9,3 por cento estão numa fase intermediária. As
idades destes seropositivos vão dos 25 aos 39 anos, e 83,8 por cento são homens.

O total de casos oficiais de VIH em Portugal são 13 287, mas os cálculos apontam para 30
mil. Destes casos identificados, 51,7 por cento são de sida, 9,3 por cento são intermediários e
39 por cento são seropositivos. De acordo com estes resultados a fase intermediária é muito
reduzida, o que poderá indicar ou um rápido desenvolvimento do vírus ou uma tardia
descoberta do mesmo.

A toxicodependência continua a liderar as causas de transmissão com 33 por cento do total


dos casos, seguida pela heterosexualidade (26,6 por cento) e homo/bisexualidade (28 por
cento), o que contraria a ideia de que "a sida é a doença das prostitutas e dos homossexuais".

Onde obter informação e apoio sobre os testes do VIH

O teste de despiste é comparticipado e qualquer médico de um centro de saúde ou de um


hospital público pode passar-te uma credencial de forma a ser possível realizá-lo de forma
acessível. No entanto, actualmente existem diversos serviços de despiste anónimo,
confidencial e gratuito, que efectuam este serviço sem necessidade de te identificares ou
apresentares qualquer tipo de documento ou relatório médico.

Para avaliar as condições de detecção da presença do vírus, deve passar um prazo de três
meses (é chamado o período de janela), entre o início da infecção e a realização do teste.

Durante este período, como em qualquer outro, é preciso que a pessoa se proteja e que tome
as medidas preventivas para evitar os riscos de transmissão.

Se o teste revelar a presença do vírus, a pessoa é dita seropositiva, ou portadora do VIH.


Estatísticas e números sobre a SIDA

. 2 é o número de vírus VIH existentes: VIH-1 e VIH-2;

. 10 é o número de subtipos do vírus VIH-1 do grupo M;

. 50 por cento das infecções adquiridas em 2004 ocorreram em pessoas entre 15 e 24 anos;

. 95 por cento dos novos casos de infecção em 2004 ocorreram em países em


desenvolvimento, sobretudo África;

. 1984 foi o ano em que o VIH foi identificado;

. 14 000 foram infectadas diariamente com o VIH (em 2004);

. 3,1 milhões é o número de seropositivos que morreram em 2004;

. 4,9 milhões é o número de novas infecções em 2004;

. 22 milhões de pessoas morreram vítimas de SIDA;

. 28 milhões de crianças africanas terão, em 2010, perdido pelo menos um dos pais, em
consequência da SIDA. No total dos países em desenvolvimento, estima-se que esse número
seja de 44 milhões (relatório agência americana para desenvolvimento internacional, 2000);

. 39,4 milhões de pessoas estão infectadas em todo o mundo.

Glossário

Anticorpo
Substância que se forma no organismo em resposta a um antigénio, seja alimentar, químico
ou biológico. A sua presença significa que a reacção de defesa do corpo atingiu o pico
máximo contra o antigénio que está a afectar o organismo.

Carga vírica
Teste que permite a determinação da quantidade de VIH que está a circular pelo organismo
de uma pessoa infectada. A carga vírica é calculada em número de cópias de ARN do VIH
por mililitros de plasma.

Imunodeficiência
Incapacidade de resistir a infecções por deficiência, congénita ou adquirida, do sistema
imunológico.

Linfócitos
Células do sangue presentes no tecido conjuntivo, directamente relacionados com o sistema
imunológico. Um dos tipos de Leucócitos ou Glóbulos Brancos. Podem ser de dois tipos: B
(Bursa de Fabrícius) e T (Timo).
Síndrome - refere-se ao grupo de sintomas que colectivamente caracterizam uma doença. No
caso da SIDA pode incluir o desenvolvimento de determinadas infecções e tumores, tal
como a diminuição de determinadas células do sistema imunitário (de defesa).

Conclusão

Com este trabalho fiquei a saber muito mais sobre a SIDA, como a podíamos prevenir e
como deveríamos agir se algum dia a contraíssemos. Espero que com este trabalho muitas
pessoas fiquem mais sensibilizadas com os números desta doença e que não façam asneiras,
pois poderá vir-lhe a custar-lhe a sua própria vida.

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