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Esta biosfera acompanha o estágio evolutivo da litosfera que passou pela fase dos
grandes dobrabmentos kenorianos com dois tipos de processos [1] com a formação de
escudos primordiais, hoje ainda existentes como núcleos cratônicos mais antigos nas
plataformas atuais e [2] as grandes dobras sinuosas unindo um pólo a outro. Em
canais intra-cratônicos origiram-se as formações ferríferas de rochas bandadas
conhecidas em inglês como BIF (banded iron formation).
As cadeias dobradas e fletidas podem ter derivado sua deformação por efeito da
rotação do planeta. Sedimentos em formação àquela época foram afetados, tais como
as formações ferríferas que sofriam estas deformações desde 3,7 BA.
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Os tipos de seres habitando os oceanos seriam bactérias sintetizadores de magnetita,
bactérias oxidantes do S por quimiossíntese e heterotróficas alimentando-se de H2S,
bactérias quimio-litotróficas alimentando-se com tio-sulfato de Na; importantes
o
populações de Archeobactérias termófilas que proliferam a 80 C ou talvez até mesmo
a 120oC nas fontes das cristas meso oceânicas.
Os sedimentos são também afetados desde 3,7 BA como é o caso notável das FFB
que são evidentes no Quadrilátero Ferrífero no Super Grupo Rio das Velhas.
A 3 BA a biosfera é ainda dominada pelo ciclo de Calvin & Benson [Calvin, 1962, 1969]
(Figuras 1 e 2), no qual a fotossíntese tem um intermediário na fixação do gás
carbônico, a saber, o ácido fósforoglicérico utilisado na síntese da glucose. Assim
começou a liberação progressiva de oxigênio para a atmosfera, por via biótica. A esta
época o nível de oxigênio em relação ao atual na atmosfera era de 0,1% do nível atual
(NA).
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Figura 1 – Ciclo de Calvin Benson imagem com acesso em 17/04/20060..
(Em: http: www.herbario.com.br/cie/universi/teoriacont/1003fot04.htm)
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A presença de oxigênio livre começa a deteriorar as condições para a vida anaeróbica
progressivamente e assim o planeta vai se transformando. A presença de O2 livre é
testemunhada pela oxidação do ferro das FFB e posteriormente pela formação de
depósitos ferríferos já em fase mais avançada de teores de O2 livre (Figura 3).
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CO2 → O2
O ciclo de Krebs se instala com a respiração aeróbica, que é associada aos seres
autotróficos que começaram a evoluir.
C6 H12 O6 + 6O2 ⇒ 6CO2 + 6H2O
Entre os seres protocariontes (ou protocariotes) as Cyanobactérias seriam as únicas a
resolver a questão da produção autotrófica do oxigênio, evoluindo assim da condição
anterior para a grnade revolução ecológica que iria progressivamente se implantar no
planeta. As Archebactérias continuam a atuar em ambientes anóxicos que se tornavam
cada vez menos abundantes.
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a
Tal datação parece um pouco precoce para se considerar o fim da 3 biosfera em
virtude de que as condições tectônicas reinantes do Proterozóico superior deveriam ter
a
tido alguma ação sobre a 3 biosfera, e assim o intervalo de 880 a 540 MA seja próprio
a a
para se considerar o término da 3 biosfera e o início da 4 biosfera. Esse intervalo é
grande, mas pelo momento é um intervalo relativo aos conhecimentos atuais.
Da 2a biosfera para a 3a biosfera passou-se por uma glaciação a 2.000 MA com tilitos
no Canadá, na Áfica do Sul e Sul do Brasil. Pode-se admitir que sua influência sobre a
flora bacteriana tenha sido mínima, embora existam evidências que todo ciclo glacial
uma vez terminado deixa um saldo de evolução muito importante, permitindo mesmo
admitir-se que glaciações são de algum modo ligadas a processos de complexificação
biótica.
Os oceanos e mares dessa época parecem ter mantido temperatura elevada. Entre
1750 e 1700 MA um novo equilíbrio instalou-se entre fotossíntese e respiração. Tal
eqüílíbrio é denominado “limiar de Pasteur” que corresponde a um teor de O2 livre na
atmosfera de 1% NA. Tal fato está associado a um declínio forte das FFB dado que os
últimos são datados de 1800 a 1500 MA. A partir de então se constata que os arenitos
ou gres vermelhos vão predominar sobre os continentes. Asssim pode-se ter por certo
que todo o oxigênio que atua de modo geológico passapela fotossíntes e neste sentido
os seres vivos passaram de maneira mais ativa do que nunca a serem grandes
construtores geoquímicos dos ambientes. Um novo mundo se instalou de modo
marcante, como uma das maiores revoluções ambientais que o planeta já tivera
conhecido restando ainda hoje como das mais expressivas em todos os tempos.
UV
H2O ↓ → 1/2 O2 + 2 H+ processo que ocorre desde quando a atmosfera tornou-se
livre de forte efeito estufa e permitiu que a claridade
chegasse a 25% da claridade atual durante a 2a biosfera.
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A 3,5 BA a 1750 MA - Fase anaeróbica - Já há algum tempo, desde 3,5 BA, durante ao
2a biosfera, formava-se o azoto pela polimerização do oxigênio livre ao ritmo de
dissociação da água desde 3 BA com bactérias Eucariontes, funcionando sem
clorolofila, mas em presença da luz com fotossíntese, e tendo como combustível seja
a água seja o H2S.
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A 3.000 MA a biosfera é dominada pelo ciclo de Calvin & Benson – com o qual a
fotossínstese conta com um intermediário na fixação do CO2, a saber, o ácido
fosforoglicérico utilizado na síntese da glucose. Aí então começa a liberação
biossintética do oxigênio, quando a atmosfera devia ter um teor de O2 livre de 0,1 NA.
A fauna é original em muitos sentidos, indicando uma temperatura muito elevada para
a época. Os registros são de filmes carbônicos o que indica que a este tempo ainda
não havia sido desenvolvido nenhum tipo de esqueleto ou de carapaça mineralisada.
Os tecidos de sustentação eram de chitina associados talvez a escleroproteínas.
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Os grupos representados eram de Cnidários – medusas, Pennatulídeos [Glaessner,
1959] [Glaessner & Wade,1966]. Trata-se por certo de uma fauna pelágica flotante não
sendo possível avaliar até que profundidades viviam. Trata-se de fato de
Eumetazoários. Termier & Termier [1986] sugerem que se procure por fitoplancton
dado que os Cnidários recentes são ricos em simbióticos fotossintéticos, mas são
carnívoros especializados pelas suas enzimas. Assim esta fase pode ter sido rica em
fitoplancton, em intermediários de zooplancton, talvez sem esqueleto, podendo-se
contar com Protistas como Radiolaria também bem providos de simbiontes
fotossintéticos [Anderson, 1983].
Pode-se ter por possível que àquela época iniciara-se a formação das pré-
hemoglobinas associadas a um sistema vascular insipiente que transportava
pigmentos captadores e estocadores de oxigênio.
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Figura 4 – Mapa mundi do NeoProterozóico a 650 MA, quando a vida já explodia de formas complexas, ainda não dsipondo de teças rígidas para
serem facilmente fossilizadas. Ainda no NeoProterozóico a relação massa de terras e oceano obedecia de modo muito claro a divisão meio-a-
meio de ocupação do planeta conforme já desenvolvimento do Eo-Arqueano.
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Figura 5 – Ao final do Proterozóico em tempos Pré-Cambrianos, o Gondwana estava já caracterizado como tal e micros continentes, que viriam a
constituir a Laurasia, tais como a Laurentia, a Siberia, a Báltica e a Kazakhstania estavam soltos no mar oceano Iapetus; o resto do planeta era
oceano [Scotese, 1997].
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REFERÊNCIAS
ANDERSON, O.R. The Radiolarian Symbiosis. in Algal Symbiosis. Cambridge University Press.
1983. p.: 69-89.
BURKE, K., DEWEY, J.F. An Outline of Precambrian Plate Development. Referência
incompleta.
GLAESSNER, M.F. Precambrian Coelenterates from Australia, Africa and Greenland.
NATURE. 183(4673).1959. p.: 1472-1473.
GLAESSNER, M.F., WADE, M. The Late Precambrian Fossils from Ediacara, South Australia.
Paleontology. 9(4). 1966.p.: 599-628. Academy Press. England.
GLAESSNER, M.F. An Echiurid worm from the Late Precambrian. LETHAIA. 12. 1979. p.:121-
124.
HAYS, D.J., IMBRIE, J., SHACKLETON, N.J. in Science. 194. 1976. 1121.
LUBIMOVA, E.A. Thermal History of the Earth, the Earth’s Crust and the Upper Mantle. AGU
Monograph. 13. 1969. p.: 63-67
SCOTESE, C.R. Paleographic Atlas. Paleomap Progress Report 90-0497. Dep. Geology. Univ.
Texas. Arlington. 1997. 37 p.
TERMIER, H., TERMIER, G. La Double Evolution de la Lithosphere et de la Biospehere.
GEOLOGISH RUNDSCHAU. 75/3.1986.p.:863-887.
UNESCO / IUGS. Explanatory Note to the International Stratigraphic Chart. Paris. 2000.
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