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Uso da energia ao longo da história:

evolução e perspectivas futuras


Leonel Marques Farias1
Miguel Afonso Sellitto2

Resumo

A energia pode ser definida como a capacidade de realizar trabalho ou de transferir


calor. Nas sociedades humanas, a energia teve origem na forma endossomática,
ou seja, aquela que chega através de cadeias ecológicas. A fonte primária da
energia dessas cadeias é o sol, ao iluminar, aquecer, transferir energia para as
águas, formando nuvens e chuvas, e fornecer energia aos vegetais, através da
fotossíntese. O objetivo deste artigo é apresentar uma breve revisão das formas de
uso da energia pelo homem ao longo dos séculos, a partir da utilização direta das
formas disponíveis na natureza para satisfação de suas necessidades, passando
pela criação de dispositivos mecânicos capazes de converter e multiplicar estas
forças em energia útil e apresentar algumas alternativas futuras de suprimento das
demandas nas áreas de energia elétrica e transportes.

Palavras-chave: Energia. Fontes de energia. História da energia.

Abstract

Energy can be defined as the capacity to do work or transfer heat. In human


societies, the energy originated in endossomatic form, ie, that which comes through
ecological chains. The primary source of energy of those chains is the sun, that
lights, heats, transfers energy to the water forming clouds and rains and provides
energy to plants through photosynthesis. The aim of this paper is to present a brief
review of the forms of energy use by man over the centuries, from the direct use of
the forms found in nature to satisfy their needs, through the creation of mechanical
devices able to convert and to multiply these strength in useful energy and to
present some future alternatives of supply of the demands in the areas of electric
power and transportation.

Keywords: Energy. Energy sources. History of energy.

1 Introdução armazenando energia excedente nos animais e


alimentos (FONSECA, 1972; HÉMERY; BEBIER;
As necessidades energéticas do homem DELÉAGE, 1993). A partir de então, cada vez
estão em constante evolução. Para satisfazer suas mais, pode dedicar-se a outras atividades para
primeiras necessidades, que eram basicamente a potencializar seu trabalho (TESSMER, 2002).
alimentação, uma fonte de iluminação noturna A diversificação do trabalho, visando à oti-
e aquecimento, o homem apropriou-se do uso mização das tarefas e ao aumento do nível de
do fogo e desenvolveu a agricultura e a pecuária, conforto demandou novas formas de utilização de

1 Engenheiro em Energia e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Estadual do Rio Grande do Sul - UERGS.
E-mail: leonel_mf@hotmail.com
2 Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS. Professor na Universidade Estadual
do Rio Grande do Sul – UERGS. E-mail: miguel-sellitto@uergs.edu.br
Artigo recebido em 25/02/2011 e aceito em 25/4/11.
FARIAS, L. M., SELLITTO, M. A.

energia, que foram sendo descobertas e aprimora- o homem de Cro-Magnon era o principal
das, através do desenvolvimento da matemática, da conversor energético. Por possuir hábitos diurnos
geometria e da engenharia, que proporcionaram por natureza, desde os primórdios houve uma
a criação de dispositivos mecânicos complexos, preocupação com a obtenção de uma forma
empregados para o aproveitamento da energia de luz artificial – um uso final da energia, muito
contida nos ventos e no vapor (PIERRE, 2011). importante até hoje - e foi no domínio da pro-
Segundo Amaral (2010), ainda na era do vapor dução do fogo nesse período, com o uso de um
surge o carvão mineral empregado na combustão ramo de vegetal resinoso, que o homem deu
direta para sua produção, sendo considerado o seu primeiro passo para alcançar esse objetivo.
primeiro combustível fóssil usado em larga escala A partir de então, o homem pode aquecer-se e
e o início de uma nova era, caracterizada pela realizar mais atividades no período após o pôr
revolução industrial, o surgimento do automóvel e do sol (FONSECA, 1972). Por viver em grupos
a exploração do petróleo. nômades, desenvolvendo apenas atividades
Juntamente com o petróleo, o domínio do de caça e coleta de alimentos, o homem desse
fenômeno da eletricidade ampliou o número de período tinha um consumo energético baixo –
usos finais de energia. A energia elétrica é uma 2000 a 3000 kcal por dia (contra cerca de
forma de energia secundária, obtida a partir de 250.000kcal por dia do homem moderno),
diferentes fontes de energia primárias, capaz sendo capaz de transformar em energia mecâni-
de entregar aos usuários finais energia através ca útil apenas 20% (500-600 kcal) (GUIMARÃES;
de extensas redes de distribuição. Ao longo das KUWABARA, 2011). Ainda assim, o rendimento
últimas décadas, a matriz energética de produção do ser humano é o mais elevado do reino
de energia elétrica tem-se diversificado de forma animal; como exemplo, o cavalo não ultrapassa
intensiva, como resposta ao aumento dos níveis 10% e os bovinos tem rendimento ainda menor
de consumo (WALTER, 2010). Fatores como a (RIPPEL; RIPPEL; LIMA, 2003).
disponibilidade de recursos, interesses comerciais, O desaparecimento das fontes alimenta-
domínio de tecnologias e a preservação do meio res e mudanças climáticas no sul da Europa
ambiente levaram os países a diferentes escolhas provocaram a migração do homem de Cro-
para a composição de suas matrizes. Magnon para o norte, dando início a revolu-
Este artigo tem por objetivo a apresentação ção Neolítica. Esse período foi caracterizado
das diversas formas de uso da energia pelo ho- pelo maior controle do meio ambiente, pro-
mem ao longo dos séculos, através de uma revi- gresso técnico e crescimento demográfico. Além
são histórica das fontes e processos de conversão do conversor de energia humana, o homem
utilizados. Também identifica alternativas dispo- apropria-se da energia dos chamados con-
níveis e promissoras para o suprimento nas versores biológicos (alimentos e animais) com o
áreas de energia elétrica e transportes. A técnica desenvolvimento da agricultura e da pecuária,
utilizada foi a pesquisa bibliográfica. O artigo primeiras formas de armazenamento da ener-
está organizado da seguinte forma: as seções 2, gia excedente (HÉMERY; BEBIER; DELÉAGE,
3 e 4 abordam o uso da energia em diferentes 1993). Para isso, o Homo Sapiens (10.000 A.C. a
períodos: da pré-história à idade antiga, da anti- 5000 A.C.) desenvolveu a técnica de polimento
guidade à idade média e da idade moderna à da pedra e dedicou-se a outras atividades
contemporânea, respectivamente. A seção 5 como a olaria, o artesanato e a cerâmica que
aborda as alternativas para o futuro: energia potencializaram seu trabalho (TESSMER, 2002).
nuclear, eólica, biomassa e biocombustíveis. São O aparecimento de grandes civilizações no
apresentadas as tecnologias atuais e em estudo, mundo antigo (cerca de 4000 A.C.) representou
vantagens e desvantagens de cada opção. A se- um grande marco no aproveitamento energético.
ção 6 contém as considerações finais. Esses povos apropriaram-se de solos férteis no
oeste e sudoeste da Ásia e em vales aluviais como
o Indu, Tigre, Eufrates e Nilo e utilizaram a energia
2 Uso da energia desde a pré-história à dos conversores vegetais, ao desenvolver a técnica
idade antiga da cultura irrigada de cereais, sendo capazes de
Segundo Hémery; Bebier e Deléage (1993), armazenar quantias, cada vez maiores, de energia
a cerca de 30.000 A.C., no período paleolí- na forma de alimentos. A civilização egípcia
tico superior (antiga idade da pedra superior), construiu bacias de retenção para estender as

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terras inundáveis, a mesopotâmica desenvolveu máquinas foram levadas à Europa no século


carros de combate, carroças agrícolas, diques e XIII pelos que retornavam das cruzadas, onde
canais para a navegação. Destaca-se, também, tiveram a gama de aplicações ampliada. Foram
o uso de um grande número de escravos como empregadas nas indústrias têxteis, madeireira
força motriz nas sociedades egípcia e romana. e metalúrgica. Os holandeses em 1350 D.C.
Outro exemplo do avanço do uso da energia aprimoraram a eficiência do moinho ao colocar
na antiguidade é a utilização do vento como seu eixo de rotação na forma horizontal e com
conversor energético, através da navegação quatro pás, assim utilizaram o moinho para a
com barcos à vela no antigo império (HÉMERY; árdua tarefa de drenagem de pântanos e lagos,
BEBIER; DELÉAGE, 1993). além da fabricação de papel e extração de azeites
(DUTRA, 2001).
A multiplicação da força disponível
3 Formas energéticas na antiguidade e ao homem para a realização de trabalho
idade média: o uso do vapor, da energia já experimentada na utilização dos ventos
mecânica e da força dos ventos aumentaria drasticamente com o aprovei-
Grandes transformações no uso da ener- tamento do vapor, porém esse objetivo reque-
gia aconteceram com as primeiras descobertas ria a construção de máquinas mecânicas de
de cientistas a partir da Idade Média. O desen- grande complexidade na idade média e foi
volvimento de áreas como a matemática, a geo- possível somente com a colaboração de muitos
metria e a engenharia catalisaram o domínio e a cientistas ao longo do século XIII. A história
transformação das formas de energia disponíveis das primeiras máquinas a vapor teve início
na natureza. A obra de Arquimedes (287-212 A.C.) com o problema de alagamento das minas
sintetiza os avanços desse período: o cientista criou de carvão e ferro na Inglaterra que possuíam
alavancas e mecanismos para movimentar objetos grandes rodas de água para içar baldes d’água,
muito pesados, além de ter descoberto o princí- trabalho que equivalia a 500 cavalos. Denis
pio da hidrostática. O uso de artefatos mecânicos Papin iniciou experiências com bombas a vapor,
tornaria possível a multiplicação da força extraída e Thomas Severy construiu a primeira máquina a
de todas as formas de energia conhecidas pelo vapor aproveitável em 1698, porém foi o modelo
homem (PIERRE, 2011). proposto por Thomas Newcomen, onde o
Segundo Terciote (2002), o vento, uma cilindro foi separado da caldeira, que solucionou
forma de energia amplamente disponível na o problema das minas. Esse modelo ficou em
natureza, é considerado uma forma indireta de operação por 75 anos. Ao se tornar inoperante
energia solar, resultante da movimentação do ar diante da profundidade excessiva das minas,
quente que sobe no equador e se desloca para o talentoso James Watt foi capaz de aumentar
as regiões polares, num movimento re-gular, em drasticamente a eficiência da máquina. Com um
outras palavras, os ventos são efeitos permanentes alto aprimoramento mecânico no forjamento
da dinâmica do planeta. Embora o aproveitamento de cilindros retilíneos, a máquina a vapor de
dos ventos para geração de energia elétrica Watt de 20 CV foi posta em operação nas minas
seja recente, a chamada energia eólica já era de carvão. A transformação do movimento
aproveitada a pelo menos 3000 A.C. alternado e linear do êmbolo da máquina em
Os ventos tiveram sua primeira utilização movimento giratório permitiu a criação de
na navegação pelos egípcios, fenícios e romanos uma fonte universal de energia que passou a
entre outros povos. Os egípcios utilizavam velas acionar navios, locomotivas, serrarias, cerâmicas,
como auxílio para embarcações a remo, enquanto drenagens e outros tipos de atividades. Uma
os fenícios já possuíam embarcações totalmente geração após Watt, o domínio do vapor condu-
movidas à vela a 1000 A.C. Na Antiguidade, tanto zia a Inglaterra ao posto de primeira nação
na China como na Pérsia, de onde consta os industrial do mundo (AMARAL, 2010).
registros mais antigos de máquinas desenvolvidas
para o aproveitamento do vento com outros
4 Idade moderna e contemporânea: os
propósitos em 644 A.C. Nessas sociedades foram
combustíveis fósseis (carvão e petróleo)
empregados moinhos de vento, objetivando
e a eletricidade
a moagem de grãos e a irrigação, através do
bombeamento de água (DUTRA, 2001). Essas Amaral (2010) destaca que, com o início

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da Revolução Industrial, se iniciou a era dos de solventes orgânicos, emissão de calor e afetar
combustíveis de origem fóssil. O carvão mineral a fauna e a flora dos ecossistemas, ocasionando
foi o primeiro desses combustíveis utilizado em alguns dos maiores desastres ambientes já cau-
grande escala, ao substituir a lenha e ser usado sados pela ação do homem.
na combustão direta para a produção de vapor A primeira aplicação da eletricidade se
nas máquinas de Watt. Formado por troncos, deu no campo das comunicações, com o te-
raízes, galhos e folhas de árvores gigantes que légrafo e o telefone elétricos. Em 1882, Thomas
cresceram há mais de 250 milhões de anos Edison construiu as primeiras usinas geradoras
em pântanos rasos, essas partes vegetais, após em corrente contínua, para o atendimento de
morrerem, depositaram-se no fundo lodoso e sistemas de iluminação. Em 1886, foi feita
ficaram encobertas. As condições de pressão a primeira transmissão de energia elétrica em
da terra e o tempo transformaram o material corrente alternada por George Westhinghouse;
acumulado em uma massa negra homogênea, as o uso da corrente alternada e dos sistemas
jazidas de carvão. Até 1961, o carvão era a princi- polifásicos desenvolvidos por Nikola Tesla, em
pal fonte primária de energia no mundo, quando conjunto com o transformador eficiente de
foi ultrapassado pelo petróleo. O ano de 1859 Willian Stanley, proporcionaram a transmissão a
é considerado o marco zero da industrialização grandes distâncias e o uso doméstico da ener-
do petróleo, quando Edwin Drake descobriu gia elétrica. Sua facilidade de transporte e de
petróleo a uma profundidade de 21 metros conversão direta, em qualquer outro tipo de
em Tutsville, nos EUA. Até então, o petróleo energia, conferiram a energia elétrica o posto
aproveitado era o que aflorava na superfície, o de principal insumo da presente era. Sua impor-
que era possível devido a sua característica de tância pode ser comprovada pelo fato dos países
constante movimentação no subsolo, no caso de mais industrializados duplicarem seu consumo
não encontrar formações rochosas. O petróleo de energia elétrica a cada dez anos. Atualmente,
é outro combustível fóssil, de provável origem a produção de eletricidade é responsável por
de restos de vida aquática animal acumulados aproximadamente um terço do consumo de
no fundo de oceanos primitivos e cobertos por energia primária mundial (WALTER, 2010).
sedimentos. A explosão do mercado automotivo
com o surgimento do modelo Ford-T em 1908
5 O futuro: energia nuclear, alternativas
fez com que, já em 1911, a venda de gasolina
eólicas, biomassas, biocombustíveis
ultrapassasse a de querosene. O surgimento da
indústria petroquímica em 1930 deu origem a A energia nuclear é conhecida desde a
vários outros subprodutos para produção de década de 40 e figura como fonte primária da
equipamentos, objetos, produtos, entre outros, matriz energética mundial desde os anos 60.
tendo a gasolina como principal produto. Nas O rápido crescimento dos investimentos na
refinarias, são produzidos os seguintes deriva- construção dessas usinas em todo o mundo
dos: gás liquefeito, gasolinas, naftas, óleo diesel, na década de 70 foi abalado pelos acidentes
querosenes, óleos combustíveis, asfaltos, lubri- de Three Mille Island e Chernobyl. Desde en-
ficantes, solventes, parafinas, coque de petróleo tão, novos investimentos foram praticamente
e resíduos (AMARAL, 2010). paralisados pelos países e essa forma de
A polêmica causada pela previsão de aproveitamento energético tem sido alvo de
ultrapassagem do pico de produção previsto por oposição dos ambientalistas (ANEEL, 2009a). O
Hubbert, e as crises do petróleo em 1973 e 1978 recente acidente nuclear na usina de Fukushima
desencadearam a reconsideração da política in- no Japão reativou a discussão da comunidade
ternacional em relação a esse produto; uma nova internacional sobre a segurança das usinas
agenda foi aberta pelos países para discussão nucleares em operação e em fase de construção.
sobre fontes alternativas de energia. Conflitos no Apesar de ocupar a penúltima posição
Oriente Médio, detentor das maiores reservas entre as principais fontes de geração de energia
da fonte, intensificaram-se, assim como os im- elétrica no mundo, em 2006, de acordo com a
pactos ambientais, causados pela exploração International Energy Agency (IEA), representou
intensa, promovida pelas nações dependentes. 14,8% da produção total. No ranking global
As atividades de exploração podem contaminar das fontes primárias de energia, possui 6,2%
o meio ambiente com gases tóxicos, vazamento de participação (727,94 Mtep - Milhões de

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toneladas equivalentes de petróleo). As reservas sistema. No caso de vazamento do combustível


do minério de urânio encontrado em estado das varetas, o material não tem contato com o
natural nas rochas da crosta terrestre totalizam circuito secundário, diferentemente do reator
4,6 milhões de toneladas em 14 países, entre de Chernobyl, onde a água que circulava dentro
eles o Brasil na 7ª posição com 278,7 mil do núcleo do reator era a mesma que acionava
toneladas em reservas conhecidas. O minério a turbina (CNEN, 2010). Nos reatores de água
possui venda controlada pelos governos na- fervente (Boiling Water Reactor – BWR), como os
cionais e pela IEA. A parcela proveniente das existentes na usina de Fukushima, a água ferve
jazidas correspondeu a apenas 54% da energia no núcleo do reator e o vapor passa diretamente
nuclear produzida no mundo, o restante é para os turbo-geradores. Nos reatores BWR,
proveniente de fontes secundárias como o repro- existe um circuito único, sem geradores de vapor,
cessamento do urânio já utilizado. De acordo o que constitui uma desvantagem em relação
com a IEA, os três maiores consumidores são aos do tipo PWR que, no caso de falta de
os Estados Unidos (104 reatores), a França (59 alimentação elétrica da usina, ainda contariam
reatores) e o Japão (55 reatores) (ANEEL, 2009a). como um grande volume de água dos circuitos
A energia nuclear é utilizada através do independentes e dos geradores de vapor, per-
processo de fissão nuclear, onde há a divisão mitindo o resfriamento do reator de forma na-
do núcleo de um átomo pesado como o urâ- tural até o restabelecimento da energia, sem a
nio-235, em dois menores, quando atingido necessidade de utilizar bombas de refrigeração
por um nêutron. Há o desencadeamento de acionadas por energia elétrica.
uma reação em cadeia, na medida em que Atualmente, a maioria das usinas utiliza
dois a três nêutrons são resultantes da absorção o ciclo do combustível nuclear aberto (once-
do nêutron que causou a fissão e irão fissionar through fuel cycle). Um cenário futuro, onde haja
outros núcleos de urânio-235, até consumir todo aumento no preço do urânio, deve levar a adoção
o material físsil. Nos reatores nucleares a reação do ciclo do combustível fechado (recycling), onde
em cadeia é controlada através do emprego é possível recuperar o urânio e o plutônio, que
do cádmio em barras metálicas que absorvem dará origem a um novo combustível de óxido
nêutrons naturalmente, formando isótopos. misto dos dois elementos. Esse ciclo também
As chamadas barras de controle de cádmio apresenta a vantagem de dificultar a produção de
movimentam-se para dentro e fora dos tubos armas nucleares sem a produção dos elementos
guias da estrutura do elemento combustível, de forma separada (SILVA, 2007).
onde estão as varetas de combustível, montadas Embora seja considerada uma fonte
em feixes, de forma a controlar a capacidade limpa, a energia nuclear é classificada como
de geração térmica do reator. não renovável. Caracteriza-se pela emissão
Na central térmica nuclear de reator, a água de baixos volumes de gás carbônico (CO2) e
pressurizada (Pressurized Water Reactor - PWR) demais gases contribuintes para o efeito estufa.
é o tipo mais utilizado atualmente, inclusive nas De longe, o maior problema continua sendo
usinas de Angra I e II. É composta basicamente os rejeitos radioativos gerados pelas usinas.
por um vaso de contenção que abriga o circuito Impactos socioambientais são provocados ao
primário, pressurizador, gerador de vapor e o longo de toda a cadeia produtiva do urânio,
vaso de pressão que, por sua vez, abriga o núcleo permeada pela radioatividade. Basicamente, os
do reator. Fora do vaso de contenção encontram- dejetos são classificados de baixa, média e alta
se a turbina, o gerador elétrico e o circuito atividade. Enquanto para os dois primeiros há o
secundário com o condensador e bombas de processamento e a estocagem, os de alta atividade
refrigeração. No circuito primário, circula a água (combustível nuclear) são provisoriamente esto-
que tem contato direto com o núcleo do reator cados em piscinas de resfriamento, cheias de
em um circuito fechado. Essa água aquece a água. Na sequência, parte deles é misturada a
corrente de água do circuito secundário que outros materiais e solidificada na forma de barras
passa pelo gerador de vapor e turbina que aciona de vidro para facilitar o transporte e a estocagem
o gerador elétrico. Na sequência, é condensada (ANEEL, 2009a).
e bombeada novamente para o gerador de Um fator que contribui para a diminui-
vapor. Os dois sistemas de refrigeração são ção dos investimentos em energia nuclear é
independentes, o que confere segurança ao o alto custo de instalação e manutenção das

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instalações, que requerem tecnologia de ponta caracteriza-se pelo uso de turbinas eólicas de
e profissionais capacitados para operação das eixo horizontal, três pás, alinhamento ativo, ge-
usinas. A utilização de créditos de emissão de rador de indução e estrutura não flexível. Uma
carbono, a partir dos projetos de novas usinas, ampla gama de equipamentos e tecnologias está
pode ajudar a tornar a energia nuclear mais disponível para o uso em diferentes aplicações e
competitiva perante as outras fontes. Ou- locais. Destacam-se tecnologias como o controle
tros usos dessa energia devem torná-la mais do ângulo de passo (pitch) das pás para o con-
atrativa economicamente como a produção de trole da potência máxima gerada e o uso de
hidrogênio, a dessanilização da água do mar e o acionamento direto, com geradores síncronos.
aquecimento industrial (SILVA, 2007). As turbinas classificam-se quanto ao porte em
Segundo ANEEL (2009a), a incerteza pequenas (potência nominal inferior a 500 kW),
do futuro da energia nuclear revela-se na pro- médias (potência entre 500 kW e 1000 kW) e
jeção de diversos cenários feitos por diversos grandes (potência maior que 1 MW) (ANEEL,
países, entre eles o Brasil: de recuo na potência 2009b). As pás começam a girar com ventos
instalada, à forte recuperação. Entre os fatores a partir de 3 m/s sendo possível seu aproveita-
determinantes do rumo da tecnologia nuclear mento com uma velocidade de até 8 m/s. O fator
estão: a competitividade do custo de geração, de capacidade (FC) é um parâmetro importante,
disponibilidade de urânio, aumento da seguran- característico desses sistemas, dado pela razão
ça, eficiência e vida útil das usinas (atualmente é entre a energia produzida durante um período e
de 30 anos), transferência de tecnologias entre as a energia nominal, produzida integralmente no
nações e a aceitação pela sociedade. mesmo período. Esse é um importante critério
A abundância dos combustíveis fósseis para determinação da viabilidade técnica dos
após a 2ª Guerra Mundial e a competitividade projetos eólicos. Segundo Terciote (2002), a
das usinas hidrelétricas e termelétricas até o eficiência média dos sistemas eólicos é dada
início da década de 70, contribuíram para a conforme a tabela 1.
estagnação das pesquisas do uso do vento para
produção de energia elétrica. As sucessivas crises Estágios de Conversão
do petróleo e a consequente variação do preço conversão
do barril desencadearam uma série de ações Rotor 40%
pelos governos e agências internacionais que
Transmissão 95%
visaram a diversificação das fontes de energia.
A partir de então, o desenvolvimento de tur- Gerador 95%
binas eólicas de grande porte experimentou
vertiginoso crescimento, com o desenvolvimento Rajadas de vento
e orientação da 95%
de soluções onshore e offshore – as primeiras turbina
turbinas comerciais tinham potências entre
Média geral 34,3%
10 e 50 kW - kilowatts, enquanto a potência
média das turbinas instaladas na Alemanha Tabela 1- Eficiência média dos sistemas eólicos
Fonte: Terciote, (2002).
em 2002 foi de 1,4 MW - Megawatts (DUTRA,
2001). Atualmente, existem cerca de 30 mil A energia eólica aplica-se a mercados
turbinas eólicas em operação no mundo e de energia diversificados. Pequenas centrais
estima-se em 2020 12% de geração a partir são capazes de atender sistemas isolados em
do vento, com uma capacidade instalada localidades distantes dos centros urbanos,
de mais de 1200 GW - Gigawatts (ANEEL, onde ainda não há o acesso universal à energia
2009b). Aproximadamente, 2% da energia elétrica, enquanto as grandes centrais podem
solar absorvida pela Terra é convertida para conectar-se ao Sistema Interligado Nacional -
energia cinética dos ventos, dando origem SIN. Um fator interessante no contexto nacional
a um potencial bruto mundial estimado em é a possibilidade de complementaridade entre
500.000 TWh - Terawatts-hora - por ano, dos a geração hidrelétrica e a eólica, dada a alta
quais apenas 53.000 TWh são aproveitáveis, disponibilidade dos ventos na região nordeste,
o que equivale a quatro vezes o consumo no mesmo período em que há escassez do
mundial de eletricidade (TERCIOTE, 2002). recurso hídrico (ANEEL, 2009b).
A tecnologia eólica atual, predominante, Além da complementaridade ao sistema

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hidrelétrico nacional, destacam-se os pequenos energéticas sem que haja conflitos com a pro-
impactos ambientais dessas centrais. Com o dução de alimentos (CGEE, 2001).
aumento do número de parques eólicos, cresce a O processo de conversão em energia
preocupação com o ruído, gerado a populações elétrica pode ser feito com ciclos a vapor ou,
vizinhas, ruído que é provocado basicamente ainda, com o uso de gaseificadores, onde a
pelos rotores e variam de acordo com as espe- biomassa é transformada em um gás combustível
cificações dos equipamentos. Turbinas de múlti- de composição variada. A primeira etapa é a
plas pás produzem mais barulho que as de hélices secagem ou retirada de umidade. Na etapa de
de alta velocidade. Grandes concentrações de pirólise ou carbonização formam-se gases, vapor
aerogeradores geram impactos visuais, porém as d’água, vapor de alcatrão e carvão. Finalmente,
instalações das usinas eólicas atraem turistas que na gaseificação, é liberada a energia necessária
movimentam a economia. A interferência na ao processo, pela combustão parcial dos pro-
rota de aves da região tem sido avaliada em cada dutos da pirólise (CGEE, 2001).
empreendimento, sendo que muitos parques Os tipos de biomassa e as quantidades dis-
tiveram a localização de seus aerogeradores alte- poníveis definem a tecnologia a ser empregada.
rada para a criação de corredores de passagem Para a geração em pequena escala (menor que
para as aves. O material utilizado na fabricação 1MW), pode-se utilizar sistemas a vapor (embora
das pás podem ocasionar eventuais interferências com baixa eficiência) ou gaseificadores acoplados
eletromagnéticas, causando perturbações nos a motores diesel ou Otto; os gaseificadores são
sistemas de comunicação e transmissão de dados empregados em menor escala. Para a geração em
(ANEEL, 2009b). média escala (dezenas de MW), aplica-se ciclos
Dá-se o nome de biomassa às fontes or- a vapor, com o uso de tecnologias comerciais e
gânicas que são usadas para produzir energia, consolidadas no atendimento de usinas de cana
usando plantas que, através da fotossíntese, e celulose no Brasil e no mundo. A geração em
capturam energia solar para transformação em média/grande escala está na fase de estudos e
energia química. Estima-se que cerca de 2,4 espera-se gerar energia a custos equivalentes aos
bilhões de pessoas utilizam a biomassa tradi- dos ciclos a vapor, mas com maior eficiência. As
cional, pois não têm acesso aos combustíveis usinas de biomassa possuem fator de capacidade
modernos. Essa forma de aproveitamento ener- entre 25% e 80%, sendo os menores valores
gético, que tinha como principal uso final, a correspondentes à operação sazonal (CGEE, 2001).
energia térmica, destaca-se como origem de A possibilidade de co-geração em in-
combustíveis líquidos (etanol) e na utilização dústrias que necessitam de energia térmica na
para geração de energia elétrica. No Brasil, a forma de vapor de baixa/média pressão para
participação da biomassa na matriz de geração seus processos, como a da cana e a da celulose,
elétrica é de aproximadamente 3%. Dos 10 TWh é um dos atrativos do uso da biomassa, assim
provenientes da fonte produzidos em 1999, como o uso em conjunto com combustíveis
4,1 TWh foram provenientes da co-geração na complementares com vista à geração de energia
indústria de cana-de-açúcar, 2,9 TWh na indústria pela planta durante todo o ano (FCMC, 2010).
de papel e celulose e 3 TWh em diversas unidades, Essa atratividade revela-se no fato das maiores
utilizando resíduos agrícolas (CGEE, 2001). potências instaladas de empreendimentos ter-
Um dos aspectos da biomassa é sua melétricos no Brasil proverem dos combustíveis
baixa densidade espacial, o que exige coleta bagaço de cana da indústria sucro-alcooleira
e transporte para concentração do insumo (391,15 MW) e licor negro da indústria do papel e
utilizado. Visando minimizar o custo de trans- celulose (310,18 MW). As usinas sucro-alcooleiras
porte necessário, busca-se priorizar a utilização chegam a produzir entre 20 e 30 kWh – kilowatts-
de resíduos de outros usos de biomassa, como hora - por tonelada de cana moída. A aposta na
é feito no caso do bagaço de cana, palha de biomassa para produção de energia, depende
arroz, restos em serrarias e casca de árvores de alguns fatores como a prioridade do seu uso
na indústria de celulose, resíduos de biomassa para outros fins, das tecnologias disponíveis para
que possam ser transportados a baixo custo e, conversão e do uso de fertilizantes. O crescimen-
em último caso, plantações específicas para a to das culturas causaria impactos desconhecidos
produção de energia. Estudos demonstram que sobre a disponibilidade de água e impactos no solo
há grande potencial de expansão das plantações como a perda de nutrientes e a erosão (CGEE, 2001).

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FARIAS, L. M., SELLITTO, M. A.

As plantações energéticas também se mundo. Após um período de estagnação, o


expandem para o atendimento da crescente etanol retomou sua grande participação no
demanda por biocombustíveis, cuja produção mercado com a consolidação da tecnologia
alcançou 1% do consumo mundial total de com- dos carros flex-fuel (PETROBRAS, 2006).
bustível para transporte por estrada em 2005, As vantagens dos biocombustíveis con-
sendo o Brasil e os Estados Unidos os principais templam benefícios sócio-ambientais. Entre eles
fornecedores mundiais, com quase 80%. Para o estão a fixação do homem no campo e a redução
aumento de 7%, esperado na procura de com- das emissões de CO2 e particulados. Entre as des-
bustíveis para transportes de estrada, a produção vantagens estão a alta disponibilidade de água
de biocombustíveis deve crescer a uma taxa de necessária para irrigação dos combustíveis de
8,3% ao ano (WBCSD, 2010). primeira geração ou consumida na evaporação
Segundo WBCSD (2010), os biocom- dos de segunda geração, além da competição
bustíveis são os combustíveis líquidos, sólidos com a produção de alimentos e os subempregos
ou gasosos derivados da biomassa, quer sejam criados nas colheitas, principalmente em países
de organismos vivos, quer através de seus do terceiro mundo. O desenvolvimento de sub-
processos metabólicos. A primeira geração produtos pelas biorrefinarias de segunda geração
de biocombustíveis engloba os derivados de e a consequente menor taxa de utilização do
matérias-primas, pela sua constituição em solo para plantações são fatores que tornarão
açúcar, amido e óleo, passíveis de serem os biocombustíveis mais competitivos frente aos
convertidos por hidrólise/fermentação e pren- combustíveis fósseis (WBCSD, 2010).
sagem/esterificação. Podem ser misturados
com gasolina ou diesel, na forma simples
6 Considerações finais
ou quase pura. São exemplos da primeira
geração, as culturas amiláceas, como o milho, A partir da busca do homem por for-
o trigo e a cevada. A segunda geração trata dos mas de energia que pudessem facilitar suas
produzidos pela biomassa lenho-celulósica atividades e não só satisfazer suas necessidades
de plantas herbáceas e perenes, através de alimentares, o desenvolvimento da mecânica
tecnologias de hidrólise/fermentação, gasei- e da química e a compreensão dos fenôme-
ficação ou pirólise. Ainda em fase de pesquisa, nos relacionados à eletricidade, principal for-
o uso de matérias-primas da celulose, que ma de energia consumida pela humanidade
crescem com menores quantidades de ferti- atualmente, representaram os passos mais
lizante e água em solos de baixa qualidade significativos para o aproveitamento das fontes
proporcionarão custos significativamente mais energéticas.
baixos em comparação às culturas de cereais A composição da nova matriz energé-
e sementes. Estima-se que a segunda geração tica no futuro dependerá de muitos fatores,
estará disponível no mercado antes de 2030. que são de difícil previsão. Indiscutivelmente,
O etanol é considerado o carro-chefe haverá grande diversificação das fontes de
do aumento projetado da utilização de bio- geração de energia elétrica, para que não
combustíveis no mundo. Diferentemente da exista dependência exclusiva de uma única
cultura do milho, a cana-de-açúcar possibilita fonte e para o aumento da confiabilidade dos
sua utilização para a geração da energia elé- sistemas. Um exemplo viável na matriz brasileira
trica da própria usina, o que resulta em um é a exploração de recursos naturais como os
balanço extremamente positivo das emissões aproveitamentos hidroenergéticos e os ventos
de dióxido de carbono e outros gases. O em complementaridade nos períodos de secas.
balanço das emissões leva em conta o carbono A energia nuclear continuará sendo
sequestrado no crescimento das matérias- amplamente utilizada pelos países desenvol-
primas e também a eficiência da combustão vidos que requerem altas e crescentes demandas
nos motores dos veículos. No Brasil, desde energéticas e que não possuem configurações
1931, há um decreto que obriga a mistura favoráveis para o emprego de energias re-
de álcool na gasolina aqui comercializada. nováveis, tais como, a pouca disponibilidade
A criação do Programa Nacional do Álcool – de terras para inundação ou produção de
PróAlcool – foi o maior programa comercial culturas agroenergéticas e a falta de ventos. Os
de uso de biomassa, para fins energéticos, no constantes aprimoramentos nas tecnologias

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Uso da energia ao longo da história: evolução e perspectivas...

das usinas nucleares garantem a segurança na Geração de energia elétrica a partir da biomassa
operação dos reatores em atividade e tornam no Brasil: situação atual, oportunidades e
o maior desafio da energia nuclear o destino desenvolvimento. Brasília, 2001. Disponível
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fortalecimento da energia nuclear o fato dos estudo003_02.pdf>. Acesso em: 21 fev. 2011.
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serem cada vez mais raros, dado o desejo de CNEN – Comissão Nacional de Energia
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todas nações. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em:<http://
No setor de transportes, ocorrerá uma www.cnen.gov.br/ensino/apostilas/energia.
lenta transição dos combustíveis fósseis para os pdf>. Acesso em: 22 fev. 2011.
biocombustíveis, apesar dos problemas sociais
relacionados ao seu cultivo e à polêmica da DUTRA, Ricardo Marques. Viabilidade
destinação de crescentes áreas de plantio ex- técnico-econômica da energia eólica face
clusivas, para fins de aproveitamento energético. ao novo marco regulatório do setor elétrico
Países em desenvolvimento, como o Brasil e seus brasileiro. Rio de Janeiro, 2001. Disponível em:
programas de fomento na área, já demonstraram <http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/
a viabilidade da produção em larga escala do teses_mestrado/200102_dutra_r_m_ms.pdf>.
etanol e biodiesel. O próximo passo será a adap- Acesso em: 20 fev. 2011.
tação das próximas gerações das frotas veiculares
dos países desenvolvidos. FCMC – Fórum Capixaba de Mudanças
A principal tendência será a conciliação Climáticas e uso Racional da Água. Biomassa.
dos interesses comerciais e o respeito ao meio Vitória, 2010. Disponível em:<http://www.
ambiente, através do controle e da mitigação fcmc.es.gov.br/download/Biomassa.pdf>.
da poluição gerada. Na produção de energia, Acesso em: 22 fev. 2011.
seja por meio de acordos internacionais ou pela
pressão dos governos e da sociedade, novos FONSECA, Rômulo Soares. Iluminação
empreendimentos terão de operar de forma Elétrica. São Paulo: Editora McGraw-Hill
transparente e eficiente. O aumento da eficiência do Brasil Ltda., 1972.
energética dos processos e equipamentos e a
promoção do consumo racional também serão GUIMARÃES, Orliney Maciel; KUWABARA,
peças-chave para a manutenção de um cenário Izaura Hiroko. Calorias: a energia contida
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