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07/09/2018 ampvox

(Construa o seu)
Amplificador Valvulado Vox 50
Antes de construir um amplificador deve-se responder à pergunta: qual é a vantagem de um
amplificador valvulado em relação ao transistorizado? A resposta é simples: fidelidade. A fidelidade da
resposta do amplificador indica o quanto ele modifica o sinal de entrada ao amplificar este sinal. Um bom
amplificador apresenta uma boa fidelidade, ou seja, ele reproduz exatamente aquilo que recebe como
entrada. Você deve estar imaginando então que os amplificadores valvulados possuem mais fidelidade do que
os transistorizados, não? Nada disso. Os transistorizados são "HiFi", ou seja, apresentam alta fidelidade.
Porém os amplificadores valvulados introduzem harmônicos no som original, e com isso distorcem o som.
Esta distorção é, contudo, agradável e até mesmo desejável. O som fica mais rico, mas menos fiel. Quanto
melhor for um amplificador valvulado, mais harmônicos ele irá introduzir e menos fiel ele será. Os
amplificadores transistorizados, por sua vez, são mais baratos, mais compactos e com maior fidelidade. Não
pense, entretanto, que as válvulas deixaram de ser fabricadas depois da invenção do transistor. Nunca foram
produzidas tantas válvulas como atualmente!

DIY é um acrônimo, em inglês, de "Do It Yourself", que em português fica "faça você mesmo". Embora
seja bastante trabalhoso produzir um amplificador valvulado, de forma alguma deve ser considerado
impossível. Tentarei passar todo o processo de confecção deste amplificador, com dicas sobre os pontos mais
importantes e indicadores para páginas que forneçam mais informações, ilustrações e projetos. Pode-se
separar o amplificador em 5 partes: eletrônica, montagem, chassi, testes, caixa (ou gabinete) e o painel. São
ainda apresentados os custos e as ferramentas necessárias na construção.

O circuito eletrônico
Montar um circuito eletrônico para um amplificador não é difícil, mas exige um pouco de conhecimento
de eletrônica, como saber distinguir uma resistência de uma capacitor, e ser capaz de avaliar ou medir os seus
valores. Se você se enquadra nesta exigência, vamos em frente.
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Antes de começar, é necessário um projeto de um amplificador. Existem vários "sites" que


disponibilizam projetos já prontos, como: World Tube Audio, Duncan's Amp Pages, AmpTone, Dr. Tube,
Schematic Heaven, o excelente Ampage, e vários outros. O World Tube Audio e o Duncan oferecem
indicadores para páginas similares. Para este projeto selecionei o Vox50 preparado pelo Joe Piazza Este
amplificador usava 1 válvula ECC82 na entrada, 3 válvulas ECC83 no pré e 2 válvulas EL34 na saída de
potência. No circuito feito pelo Piazza, contudo, foram empregadas uma válvula 12AU7, 3 12AX7 no pré e 2
EL34 (potência). Como eu já havia conseguido algumas válvulas 6L6GC (talvez da Sovtek), substituí as
EL34 pela 6L6 sem maiores modificações. O primeiro passo foi introduzir o esquema eletrônico no
programa Eagle para gerar uma placa de circuito impresso. Coloquei o circuito amplificador e a fonte de
tensão na mesma placa, porém em locais diferentes dela. Decidi também utilizar potenciômetros e jacks
fixados à placa, o que criou dificuldades adicionais, como a necessidade de um chassi muito grande (talvez
eu corrija isto no próximo amplificador). Já os soquetes das válvulas foram fixados ao chassi com parafusos
e ligados à placa por meio de fios e conectores providos de parafusos. O esquema completo, incluindo os
componentes não fixados à placa pode ser visto aqui. Os conectores Xnn fazem a interface entre a placa e os
componentes que ficam fora dela. Na verdade, como sempre acontece, o circuito final apresentou algumas
modificações não relacionadas no esquema. A principal delas é que o transformador de entrada possui três
saídas: alta-tensão, tensão para os filamentos e tensão para o "bias", que no esquema é alimentado também
pela alta-tensão junto com um conjunto de resistores e capacitores para reduzi-la (R51, R52, C14 e C15).
Caso haja uma saída para o ajuste do "bias", ela deve ser ligada ao conector X13-1 e à terra. O "jumper" JP1
faz a seleção da fonte para o bias: a ponte em 1-2 seleciona a alta-tensão, enquanto que em 2-3 ela seleciona
a tensão de 50 V de outro enrolamento do secundário (não mostrado no esquema). Introduzi também um
circuito de ajuste individual para o "bias", para que cada válvula possa ser ajustada individualmente. Isto
praticamente elimina a necessidade de válvulas "casadas". A chave S4 (para "aterrar" uma ou outra fase da
alimentação) também foi omitida no circuito final. Uma outra modificação introduzida foram saídas do pré-
amplificador (jacks J6 e J7), que são úteis para gravações ou para serem usadas com outro amplificador de
potência. Contudo, caso estas saídas sejam utilizadas, o amplificador não envia o sinal para o módulo de
potência interna, isto é, ele fica mudo. O jack J5 (no transformador de áudio - saída), foi substituído no
circuito final por um jack RCA, e a resistência R44 não foi utilizada. Cada um dos canais possui uma entrada
de alta impedância (ligação direta da guitarra) e uma de baixa impedância, para conexão com pedais. Essas
entradas não devem ser utilizadas simultaneamente, mas somente a Normal e a Brilliant.

A lista de componentes para o clone do Vox50 encontra-se aqui. A maior parte dos componentes,
inclusive as válvulas, pode ser encontrada na Multi Comercial, na rua dos Timbiras, travessa da Santa
Efigênia, em São Paulo. Os 3 transformadores podem ser encomendados na Transformadores Lider, na Rua
dos Andradas, paralela à Santa Efigênia. O primário do transformador de entrada é para 120-240V, com 3
secundários: alta-tensão com duas saídas (320 e 340 V ac), uma de 6,3 V ac para o filamento das válvulas,
com derivação central para o terra, e uma alimentação de 52 V ac para o circuito de regulagem do "bias". O
"choque" é de 7 Hy (Henry) para 0,3 Ampère. O transformador de áudio tem entradas no primário para a
grade (não utilizadas) e saídas de 4 e 16 Ohms, também não utilizadas, além da saída normal de 8 Ohms. Se
for possível, opte por um transformador ultra-linear. O núcleo deste transformador é feito com um aço
especial que suporta um campo magnético maior sem saturar. Os três transformadores custam entre 400 e
500 reais.

A qualidade do alto-falante é fundamental na sonoridade do amplificador. Recomendo um alto-falante


Eminence Legend. Ele pode ser comprado na Torau, também na Santa Efigênia. Eu selecionei o modelo
GB128, de 75W, a um custo de 169 reais. Dependendo do local de compra, os componentes eletrônicos
(potenciômetros, resistores, conectores, jacks e capacitores) devem ficar entre 50 a 100 reais, exceto as
válvulas. Elas podem ser encontradas em algumas lojas da Santa Efigênia (como a Valvulândia e a Multi
Comercial), também pela internet e até no Mercado Livre. Prepare-se para pagar entre 30 a 80 reais cada
válvula 12AX7 ou 12AU7 - o preço depende da marca - e até 160 reais pelas duas válvulas 6L6. Os soquetes
das válvulas também não são baratos e variam de 5 a 15 reais cada. Se puder comprar no exterior, terá mais
opções a um preço melhor. Há uma infinidade de lojas que vendem pela internet e enviam para o Brasil.
Veja, por exemplo, o Tube Depot e o Dr. Tube. Os preços variam de 10 dólares a 40 dólares cada pentodo
6L6. As válvulas que usei vieram da Rússia (eu conheço alguns russos) a preços módicos.

A placa de circuito impresso pode ser feita a partir de um fotolito que contenha as ligações. Há várias
firmas que fazem placas em pequena quantidade sob encomenda, mas em geral o preço não é muito
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acessível. Há também sites que ensinam como fazer sua própria placa de circuito impresso, como a
Handmades (veja o projeto de amplificador Hi-Octane nesta página). Nem sempre funciona, mas é uma
alternativa a mais. Eu optei por uma placa de duas faces (inferior e superior), o que eleva ainda mais o custo
dela, mas eu consegui alguém que fizesse para mim na "faixa". O layout das placas já corrigidas de alguns
problemas que detectei na minha placa estão disponíveis aqui: topo e fundo, no formato PDF.

Para montar os componentes na placa, será necessário um bom ferro de solda (com ponta fina), solda (a
melhor é Best), alicates de corte e de ponta fina, lupa e bastante paciência. Eu tentei usar o máximo possível
componentes facilmente encontrados no mercado nacional, e com isso espero que o esquema de
componentes na placa ajuste-se aos seus. As ilhas nomeadas TPnn no diagrama são pontos de teste para
verificação de tensões, mas podem também servir de pontos de "entrada" de sinal para testes. Os JPnn são
"jumpers". É conveniente montar os resistores R48 e R49 sobre soquetes, porque pode ser necessário alterá-
los caso o ajuste do "bias" seja insuficiente para atingir a tensão adequada.

Montagem
Para fazer a montagem final basta seguir as indicações de conexões mostradas neste diagrama. A visão de
conexões das válvulas é inferior, como alguém que estivesse olhando diretamente para o conector do lado
dos seus terminais de conexão. Atenção: o jumper JP1 da placa precisa ser configurado corretamente. Se o
seu transformador de entrada possuir saída no secundário para 52 VAC, faça as conexões, incluindo JP1
conectado nos terminais 2 e 3, como indicado no diagrama. Se o seu transfomador não possuir esta saída do
secundário, então JP1 deve ser conectado nos terminais 1 e 2. Nesta situação o pequeno circuito formado por
R51, R52, C14 e C15 irá reduzir a tensão do secundário para algo próximo de 50 V. Embora este circuito
tenha sido testado, é provável que haja diferenças nas tensões em função das características do
transformador. Por isso é necessário cuidado quando o amplificador for ligado. Teste as tensões antes de
montar as válvulas no amp. A tensão no lado negativo do capacitor C13 deverá ser negativa, entre -34 a -59
V.

Os testes
Uma vez montada a placa do amplificador, pode-se, caso se queira, efetuar alguns testes para eliminar
possíveis problemas ou erros cometidos na montagem. Para os testes, é necessário um multímetro e um
circuito para verificação do sinal. Para gerar o sinal a ser amplificado, a própria guitarra pode servir. Uma
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vez que estes testes necessitam que todos os componentes (soquetes, transformadores, chaves, etc.) estejam
conectados à placa, é mais conveniente efetuar estes testes após a montagem da placa no chassi. Neste caso,
será necessário desmontar a placa sempre que for preciso efetuar uma modificação ou substituição. Eu optei
por esta solução, caso contrário teria que efetuar as ligações duas vezes: nos testes e na montagem final.

O primeiro teste é o estático. Deve-se conectar todos os transformadores e todos os soquetes das
válvulas nos conectores apropriados. Para saber quais são os conectores, examine no diagrama esquemático
as conexões Xnn e relacione com os mesmos conectores no diagrama de montagem da placa. Ligue o
amplificador, mas sem nenhuma válvula. Devido às altas tensões, pode acontecer de um capacitor eletrolítico
estourar, e, por isso, afaste-se da eletrônica ao ligá-lo. As tensões geradas pelo transformador são bastante
altas, e, portanto, deve-se tomar muito cuidado com choques elétricos. Manuseie a placa com cuidado, e
nunca toque em nenhuma parte com as mãos se estiver alimentada com tensão da rede - use apenas as
pontas de prova do multímetro. Após efetuar um teste desligue em seguida a tensão e espere os capacitores
descarregarem antes de tocar na placa. Se a chave de Stand-by tiver uma lâmpada de neón, como aquela que
utilizei, então espere que a lâmpada apague. Estas lâmpadas possuem um resistor em série para controle da
tensão, embutido na própria chave. Eu tive que aumentar este resistor para reduzir a tensão, pois a lâmpada
estava esquentando demais.

Feito o teste estático, meça as tensões em todos os terminais dos soquetes das válvulas, e assegure que
todos os terminais referentes aos filamentos recebam alimentação adequada, entre 5,4 e 6,3 V. As tensões nos
anodos devem ser elevadas e nos catodos são baixas. A tabela a seguir ilustra as tensões que encontrei:

Pino V1- 12AU7 V2 - 12AX7 V3 - 12AX7 V4 - 12AX7


1 430 V DC 430 V DC 430 V DC 430 V DC
2 0 V DC 0 V DC 0 V DC 0 V DC
3 0 V DC 0 V DC 0 V DC 0 V DC
4 3,4 AC 3,4 AC 3,4 AC 3,4 AC
5 3,3 AC 3,3 AC 3,3 AC 3,4 AC
6 435 V DC 440 V DC 440 V DC 440 V DC
7 0 V DC 447 V DC 437 V DC 0 V DC
8 0 V DC 0 V DC 0 V DC 0 V DC
9 2,6 V DC 2,6 V DC 2,6 V DC 2,6 V DC

Deve-se, em seguida, efetuar o ajuste do "bias" das válvulas 6L6 (há, na página da Duncan's Amp, uma
descrição completa do processo de ajuste do bias). Para isso:

1. Assegure-se que a válvula V4 esteja removida


2. Conecte o alto-falante ou, melhor ainda, faça uma junção de duas lâmpadas de lanterna automotivas
em série, de forma a conseguir uma resistência ao redor de 8 Ohms, e conecte as lâmpadas no
secundário (saída) do transformador de áudio. Assim, caso haja um "clique" muito forte nas válvulas
de saída o alto-falante não será danificado. Por outro lado, caso a resistência R44 tenha sido instalada,
então as lâmpadas não são necessárias.
3. Remova (caso haja), as capas de ligação dos jumpers JP2 e JP3.
4. Ajuste o multímetro para medir tensões abaixo de 100 mV DC, e meça a tensão entre os terminais de
JP2.
5. Ajuste o trimpot R57 até que a leitura do multímetro indique uma tensão de 50 mV, que corresponde a
uma corrente de 0,05 A (50 mA) de "bias" da válvula. Isto ocorre porque as resistências R54 e R55
são de 1 Ohm.
6. Meça a tensão do anodo da válvula V5 (pino 3), que deve estar por volta de 440 V.
7. Ajuste novamente o trimpot, caso necessário, para que o produto desta tensão pela corrente.fique entre
18 e 23 W (por exemplo, 440 V * 0,05 mA = 22 W) Deixe com uma potência menor (18 W) para ter
uma vida mais longa das válvulas ou deixe maior (23 W) caso queira mais potência no amplificador.

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Nunca ultrapasse 23 W. Esta potência pode variar de acordo com o fabricante da válvula, por isso é
sempre aconselhável verificar o catálogo do fabricante.
8. Repita o procedimento para o ajuste de V6, com o jumper JP3 e o trimpot R58.
9. Recoloque os jumpers JP2 e JP3 e as válvulas restantes.

O próximo passo é testar todo o amplificador. Conecte então todas as válvulas e também o alto-falante.
Deixe todos os potenciômetros de volume e tonalidade na posição mínima. Ligue o amplificador, mas deixe
(sempre) esquentar um ou dois minutos antes de ligar a alta-tensão (chave de Stand-by). Conecte a guitarra
na entrada de baixa impedância (J2) e aumente o volume aos poucos. Se tudo funcionar corretamente, então
parabéns: você já tem um ótimo amplificador. Contudo, pode ser que ele não funcione, ou que apresente
muito ruído, ou ainda que funcione parcialmente. Neste caso siga em frente com os testes. Há duas formas
diferentes de teste: direto ou reverso. No método direto, testam-se os estágios, válvula após válvula, da
entrada de sinal até o transformador de saída. No teste reverso faz-se o contrário, isto é, inicia-se pela saída
em direção à entrada. Se o seu problema for muito ruído (mas ainda assim o amplificador funciona), é
melhor fazer o teste reverso e tentar encontrar o estágio onde ocorre a fonte de ruído. Se o problema for não
funcionamento, o teste direto é então mais indicado.

Teste direto
Antes de verificar qual pode ser o defeito, é conveniente construir um circuito "casador" de impedâncias
para este teste, como indicado na figura abaixo. É necessário também um outro amplificador auxiliar
qualquer (e que esteja funcionando), que pode ser inclusive um microsystem, desde que tenha uma entrada
de áudio, guitarra ou microfone.

Faça uma ponta de prova conectada à entrada do circuito acima. Construa também um cabo que seja
capaz de conectar a entrada do amplificador auxiliar em uma das saídas A, B, C, D ou E do casador de
impedâncias. Remova, a seguir, todas as válvulas, conecte apenas a V1 - 12AU7 e ligue ambos os
amplificadores (inclusive a chave Stand-by). É claro que ambos os amplificadores e também o casador de
impedância devem ter terra comum. Injete um sinal (com a guitarra, por exemplo), na entrada do
amplificador valvulado e com a ponta de prova teste o TP10, se a guitarra estiver conectada no jack Normal,
ou TP11, se estiver no Brilliant. Na verdade, é conveniente testar os dois. O cabo do amplificador auxiliar
deve estar conectado ao terminal A do circuito casador de impedância. Neste caso o amplificador auxiliar
deve mostrar o som da guitarra de forma audível. Conecte, a seguir, o cabo ao terminal B e teste os pontos
TP8 (Normal) e TP9 (Brilliant). Novamente deve-se ouvir o som no amplificador auxiliar. Caso não seja
ouvido som algum, verifique as ligações, os resistores R1, R2, R3, R4, R7 e R8, e também o estado da
válvula V1. Tente também aumentar o ganho por meio da ligação do cabo auxiliar no terminal A. Não
prossiga com a análise dos estágios subseqüentes de amplificação enquanto este estágio não estiver correto.

Caso o sinal de amplificação de V1 esteja de acordo com o esperado, desligue o amplificador e insira as
válvulas V2 e V3 nos soquetes. Religue o amplificador. A ponta de teste deve agora ser conectada a TP14 ou
TP15, enquanto que o cabo deve ser conectado ao terminal C. Coloque os potenciômetros de volume R11 e
R12 na metade do curso. Caso o sinal audível esteja fraco conecte o cabo ao terminal B ou A. Verifique,
também, se os potenciômetros de volume funcionam adequadamente. Continue com o teste, agora com as
válvulas V2B e V3B. Os pontos de teste são agora TP16 e TP17. Verifique a ação dos potenciômetros de
"Treble" e "Bass" de ambos os canais.

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Caso estes testes sejam satisfatórios, desligue novamente o computador e conecte a válvula V4. Religue
e faça os testes com a ponta de prova ligada ao conector X14-2 ou X14-3. Use o terminal D ou C.
Finalmente, caso tenha sido bem sucedido, conecte as válvulas de potência V5 e V6 (6L6) - não se esqueça
de desligar o amplificador durante a conexão e também de conectar o alto-falante ou as lâmpadas na saída do
transformador de áudio. A ponta de prova deve verificar o sinal nas conexões X13-2 e X13-3.

É importante repetir que os testes são efetuados em seqüência, e somente após um teste ser bem
sucedido passa-se ao próximo. É também desnecessário dizer que um conhecimento mínimo de eletrônica é
necessário para identificar quando e porque a amplificação num determinado estágio não corresponde ao
esperado.

Teste reverso
Para este teste será necessário igualmente um casador de impedância e um amplificador auxiliar. O
casador é ligeiramente diferente do anterior, mas usa os mesmos componentes, como ilustra a figura abaixo.
Conecte o alto-falante no transformador de saída. Injete um som (da própria guitarra, um cassete ou um CD)
na entrada do amplificador auxiliar e conecte a saída amplificada deste na entrada do casador de impedância.
Como no teste anterior, os amplificadores devem ser aterrados juntos com o casador de impedância. A ponta
de prova, neste caso, em série com o capacitor de 0.22 µF, será conectada a um dos terminais A, B, ..., E.
Remova então todas as válvulas, ligue ambos os amplificadores (incluindo a chave Stand-by) e conecte, com
a ponta de prova, o terminal A com os pinos 3 das válvulas V5 e V6 (um de cada vez). Em ambos os casos,
você deverá escutar um som de baixa amplitude (volume baixo) no alto-falante. Caso funcione siga adiante,
porém caso haja ruído ou ausência de som procure descobrir a causa.

Desligue o amplificador, espere os capacitores descarregarem e conecte agora as duas válvulas de


potência 6L6. Ligue o amplificador novamente. e conecte, com a ponta de prova, o terminal B (ou A) com os
conectores X14-2 e X14-3. Não se preocupe se o volume ficou muito baixo no alto-falante - isto realmente
não importa - mas o nível de ruído deve ser baixo. Se o teste foi bem sucedido, então sabemos que o estágio
de potência está funcionando. Vamos passar agora ao teste do pré-amplificador.

Siga os procedimentos de desligar, conectar e ligar novamente nos próximos passos. Insira agora uma
válvula 12AX7 no soquete de V4, e conecte com a ponta de teste o terminal C com os pontos TP16 e TP17.
Se o volume no alto-falante for muito alto, conecte a ponta de teste no terminal D; caso contrário ligue-a no
terminal B. Novamente, se não houver som tente trocar a válvula, ou então verifique as ligações. Como
sempre, o ruído deve ser baixo. Insira as duas válvulas 12AX-7 nos soquetes de V2 e V3, e injete o sinal nos
pontos TP14 e TP15, e depois em TP12 e TP13. Não se esqueça que os dois últimos são afetados pelo
potenciômetro de volume do amplificador. Se der tudo certo, então insira a última válvula, 12AU7, no
soquete V1 e injete o sinal da ponta de prova conectada ao terminal E nos pontos TP10 e TP11. Espero que
agora esteja tudo funcionando, caso contrário... Bem, caso contrário reveja o que pode ter saído de errado.

Chassi
Grande parte dos fabricantes de amplificadores utiliza chassi em chapa de aço galvanizada. Para um
serviço manual, a chapa de alumínio é mais fácil de ser trabalhada, além de ser esteticamente mais bonita e
ter durabilidade praticamente eterna. O inconveniente é o preço, mas as vantagens compensam. Eu decidi
comprar uma chapa inteira (135 reais) de alumínio de 1,5 mm de espessura, com 2 m por 1 m. Utilizei cerca
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de 1/8 da chapa, mas aproveitei mais 1/8 para fazer alguns pedais de efeito. Tenho, portanto, material ainda
suficiente para mais amplificadores (ufa!). Embora o alumínio seja de fácil manuseio, ainda assim requer
ferramentas especiais para um bom acabamento, e isto não é fácil de se conseguir. É fundamental uma
guilhotina para corte, uma dobradeira mecânica de chapa e uma furadeira de bancada. Fiz os furos com
brocas de diversos diâmetros, mas tive que alargar os furos dos soquetes das válvulas com uma fresa
limadora de micro-retífica, pois é praticamente impossível encontrar brocas de 20 a 25 mm. Aliás, esta fresa,
mostrada na imagem abaixo, ajudou também a alargar os cortes retangulares para acomodação das chaves
elétricas. Usei também um conjunto de limas de ferramenteiro (pequenas) para acertar os cortes retangulares.
Faça todos os furos necessários antes de dobrar a chapa, exceto os furos dos parafusos de montagem que
ficam na placa inferior (os furos da placa superior podem ser feitos). Os furos de montagem da placa inferior
serão feitos somente após a junção das partes, com marcação pelo furo superior, o que garante um bom
alinhamento mesmo se as dobras não forem perfeitas.

As duas figuras, a seguir, ilustram as faces frontal e posterior do chassi. As demais mostram as chapas já
dobradas e montadas. Nota-se, nestas imagens, que inexplicavelmente fiz apenas 3 furos para as válvulas do
pré-amplificador, quando o correto seriam 4 furos (fiz o quarto furo posteriormente). O esquema com as
medidas e furações já corrigido deste pequeno problema é disponibilizado aqui. Veja que eu adicionei ao
chassi duas furações retangulares extras para tomadas de força na parte traseira.

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Terminadas a montagem da placa e o chassi, é hora de integrá-los. É necessário um separador


relativamente grande para sustentar a placa, uma vez que ela fica praticamente no meio do chassi. Eu usei
pequenos perfis de alumínio dobrados em C, com cerca de 45 mm de espaçamento. Estes perfis foram
parafusados no chassi e também na placa (vistos na terceira imagem abaixo). Usei pequenos pedaços de
borracha de ponta de sugador de solda para isolar a placa com relação aos perfis. Após a fixação da placa e
demais componentes (soquetes, chaves, etc.), faça as ligações elétricas usando fios coloridos. Escolha um fio
não muito grosso, porque as tensões são elevadas, mas as correntes elétricas são baixas.

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Caso ainda não tenha feito, então efetue agora todos os testes. Siga os procedimentos indicados na seção
de testes Assim que tiver terminado os testes feche o amplificador, que ficará como indicado nas imagens
abaixo. Veja nestas imagens que a quarta válvula, esquecida anteriormente, foi posta entre a segunda e a
terceira.

A Caixa
A caixa acústica é a última etapa do projeto. Eu só iniciei a sua construção após assegurar-me que o
amplificado funcionava conforme desejado. Produzi então um layout para guiar os cortes das várias partes da
caixa. É importante usar compensado naval, com espessura entre 16 e 18 mm. (selecionei 16 mm). Quanto
mais espesso melhor é a reprodução do som, mas também mais pesado ficará o amplificador. Eu preferi
comprar uma chapa inteira de compensado, que custou cerca de 106 reais incluindo os cortes das
peças.principais, as cantoneiras e os rodízios para os pés. O recorte do alto-falante foi feito com uma serra
tico-tico elétrica, e o arredondamento dos cantos foi realizado com tupia elétrica portátil. Para montar a caixa
utilizei apenas cola branca e bancada de marceneiro para apertar as partes enquanto a cola secava. Os cantos
foram arredondados com grosa, e usei massa plástica de funileiro para encobrir pequenos defeitos no
compensado.

A maior parte dos amplificadores para guitarra possuem uma abertura na parte de trás. Na verdade esta
abertura não traz benefício algum, e serve somente para que o instrumentista tenha um pouco de retorno de
som quando o amplificador estiver à sua frente num palco. De fato, para que não haja interferência destrutiva
entre o som frontal e aquele que sai pelo lado oposto do alto-falante, é desejável que a caixa seja selada, e
com um grande volume. Eu optei por uma caixa com uma pequena abertura que comunica a parte interna
com o chassi., que pode ser visto na imagem abaixo. A abertura possui uma base que permite guardar
pequenos objetos (cabos, pedais, etc.).

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Em virtude do peso dos transformadores e alto-falante, é conveniente fixar algumas cantoneiras de aço
na parte interna da caixa, como visto na figura abaixo. Evita-se assim que o tampo descole com o peso
excessivo. As únicas partes parafusadas são o painel do alto-falante, o tampo traseiro, e uma nervura de 50 x
620 mm que fica acima do painel do alto-falante (vista nas imagens acima). Usei também um perfil de aço
em forma de S (também visto na figura abaixo) para fazer o encaixe do chassi e suportar seu peso. As duas
abas laterais na face traseira possuem um pequeno rebaixo para permitir a passagem do chassi, que entra na
caixa como se fosse uma gaveta.

Eu decidi recobrir a caixa com courvin preto texturado. Para evitar emendas, comprei 2,5 m (40 reais,
incluindo o "vivo") de courvin, o que permite recobrir mais um amplificador do mesmo tamanho. Em virtude
da espessura do courvin e também do tecido ortofônico, deixe um pequeno espaço nas partes a serem
parafusadas (2 a 3 mm de cada lado) para que possam encaixar livremente após a colagem do courvin. Eu
usei uma plaina de marceneiro para remover material e fazer os encaixes mais precisos nestas partes. Fixei o
courvin com cola de contacto (uma lata pequena, de 200 ml, por 4 reais), tomando bastante cuidado nas
junções. Mantenha sempre o tecido o mais esticado possível. A nervura acima do painel do alto-falante e o
tampo traseiro foram cobertos separadamente. Fixei uma alça de plástico no tampo superior comprada (10
reais na rua dos Andradas, SP). Caso o tecido ortofônico (comprei na Multi Comercial por 40 reais) seja
escuro e o painel de madeira seja claro, é conveniente pintar o painel de preto-fosco.

Fixe o alto-falante no painel com parafusos antes de aplicar o tecido ortofônico. Remova em seguida o
alto-falante. A fixação do tecido ortofônico é realmente uma tarefa difícil. Usei um grampeador de tapeceiro
e tive que refazer algumas partes que não ficaram bem esticadas. A fixação do "vivo" é também complicada,
pois exige que os grampos estejam com espaçamento pequeno. Antes de iniciar a montagem do tecido

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ortofônico, verifique (colocando apenas alguns grampos) se o encaixe na caixa é feito livremente ou se
engasga. Remova levemente algum material dos lados do painel com uma plaina se houver muita
interferência na montagem.

A última etapa da caixa é a parafusar o alto-falante no painel já com o tecido ortofônico. Eu colei duas
nervuras (vistas na imagem abaixo) no painel do alto-falante para aumentar a rigidez e evitar vibrações. Faça
a ligação do alto-falante com solda e cabo coaxial. O painel é parafusado pelo lado interno da caixa, portanto
verifique antes os locais mais acessíveis para colocar os parafusos. O painel precisa ser rigidamente preso à
caixa para evitar vibrações. Logo, use de 8 a 12 parafusos.

Inclua também os parafusos entre os gastos, tanto para a caixa (ao redor de 30 parafusos com
comprimentos entre 20 e 30 mm) quanto para o chassi. Cerca de 20 reais é o suficiente. O passo final é
integrar todo o conjunto, visto nas imagens abaixo. O tampo traseiro foi parafusado com apenas 4 parafusos
com anilhas.

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O Painel
Com o amplificador totalmente terminado, falta ainda fazer o painel frontal, com as legendas
alfanuméricas dos botões, jacks e chaves. Recomendo uma visita a CommonSound Kits, que ensina não
apenas como fazer vários pedais de efeitos, mas também como pintá-los. A solução mais barata e simples é,
na verdade, imprimir um layout em folha plástica adesiva, semelhante ao papel Contact, e depois aplicá-la ao
amplificador. Atualmente existem diversas empresas especializadas em impressão de banners e adesivos para
automóveis que podem fazer este trabalho. Eu imprimi em uma destas empresas e custou apenas 8 Reais. O
resultado pode ser visto nas fotos mostradas abaixo. Se você utilizou as mesmas medidas no seu amplificador
que aquelas que eu utilizei neste projeto, então o layout para o painel deverá também servir. Em geral as
empresas de impressão trabalham com Corel Draw, mas algumas aceitam também arquivos em PDF. Para
evitar problemas, aqui tem o link para o layout do painel de ambos: em painel em CDR (Corel Draw) e
painel em PDF. Caso não tenha reparado, veja que foi produzido também um logotipo em metal, fixado no
canto superior esquerdo do amp, com as letras ValV (Val são as letras iniciais do meu nome e também de
válvulas). Eu produzi este logo em Word, imprimi em papel comum, colei sobre uma placa pequena de latão
com 2 mm de espessura, e recortei usando uma serra de joalheiro. Leva-se mais ou menos 8 horas para
recortar a peça inteira, e muita, mas muita mesmo, paciência, pois a serra é delicada e se quebra ao menor
esforço. Depois de recortado, usei um jogo de limas de ferramenteiro (ou de joalheiro), para dar um melhor
acabamento nos cortes. Em seguida passei palha de aço e finalmente lustrador Kaol. Por cima de tudo ainda
coloquei várias camadas de verniz em lata de spray. Para fixar o logo ao amp, eu soldei dois pedaços de
arame de latão (de mais ou menos 2 mm de diâmetro por 40 mm de comprimento) usando solda de prata. Os
arames foram soldados em topo, na parte de trás do logo. Fiz em seguida dois furos de 2 mm no painel, com
a distância exata entre os dois arames, e inseri o logo. Os arames entraram bem justo e não foi preciso
prendê-los para que não saíssem.

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Quanto custa?
O custo total deste amplificador, em 2006, foi de aproximadamente:

Item Preço (em Reais)


4 Válvulas do pré-amplificador + soquetes 300,00 (preço estimado)
2 Válvulas de potência + soquetes 200,00 (preço estimado)
1 Transformador de entrada 180,00
1 Transformador de áudio 180,00
1 Choque 80,00
1 alto-falante Eminence Legend 170,00
1 placa de circuito impresso + fotolito (sem estimativa)
1 chapa de alumínio 135,00
1 chapa de compensado naval de 16 mm 80,00
0,5 m de Tecido ortofônico 40,00
2,4 metros de courvin preto + vivo 40,00
1 alça 10,00
4 pés de rodízios + cantoneiras + perfil S 25,00
Componentes diversos (jacks, potenciômetros, resistores. capacitores) 80,00 (preço estimado)
Material de consumo (solda, cola branca, cola de contacto, cola quente) 25,00
Parafusos para metal e madeira 20,00
Total 1565,00

Ferramentas necessárias:
Eletrônica e testes: multímetro, chaves de fenda, chaves de boca, alicates, pinça, pistola de cola quente,
soldador.

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Chassi: furadeira de bancada e furadeira portátil, dobradeira de chapa, guilhotina de chapa,


paquímetro, riscador, brocas de diversos diâmetros, conjunto de limas, chaves de fenda de chaves de
boca.
Caixa: serra circular para madeira, serra tico-tico, tupia, sargentos grandes (até 0,7 m), chaves de
fenda, formão, plaina, grosa, tesoura ou estilete.

Se depois de tudo isto ainda sobrar dúvidas, então mande uma mensagem para mim. O endereço
encontra-se na página principal.

Valdemir Carrara
Atualizado em 13/01/2007

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